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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde
ERMESINDEN. 902 ANO LIII/LV 28 de fevereiro de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREO: 1,00 Euros (IVA includo) Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 Fax: 229759006 Redao: Largo Antnio da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde E-mail: [email protected]
A VOZ DEA VOZ DE
ERMESINDEMAIS DE 50ANOS E MAIS DE 900NMEROS! M E N S R I O
TAXA PAGAPORTUGAL
4440 VALONGO
DESTAQUE
BASQUETEBOLCPN campeodistritalfemininoem juniores,cadetese iniciadas
DESPORTO
A V o z d e E r m e s i n d e - p g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e rm e s i n d e . c o m /
CMARA MUNICIPALDE VALONGOMostra de TeatroAmador vem a
Enviada aoMinistrio Pblic
inviabilizaode processodisciplinar porFernando Melo
Pg
Enterro do Joosofreu agrurasdo mau tempo
Pg.s 6 e
Auditoria InternGlobaldo Centro Sociade Ermesinde
Pg
A VOZ DAS PALAVRASDois autores,um ttulo
Pg.
HISTRIAO general semmdo foiassassinadoh 48 anos
Pg.
Acompanhe tambm A Voz de Ermesinde online no facebook
EDIO NET * EDIO NET * EDIO NET
Lder do movimento Coragem de Mudar,mas divorciada hoje da Associao queainda leva aquele nome, Maria Jos Aze-vedo no se sente ainda, devido doena,com condies para travar outra batalhapela Cmara Municipal de Valongo. Masentende necessria uma renovao pol-tica e aponta mesmo nomes que estari-
am altura de a protagonizar .DESTAQUE
MARIAJOSAZEVEDO
necessria umarenovao poltica!
MARIAJOSAZEVEDO
necessria umarenovao poltica!
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2 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque
FERNANDA LAGE
DIRETORA
Dia da Mulher
EDIT
ORIAL
um dos mais conhecidos: Quanto mais me bates, mais gos-to de ti.
Embora tenha sido com o 25 de Abril e as conquistas deuma sociedade democrtica e mais justa que no nosso pasas questes da paridade e o apoio s mulheres vtimas deviolncia se veio a acentuar, em muitos pases civilizados o
papel da mulher na sociedade tinha j sofrido profundas alte-raes nos valores morais e culturaissegundo os quais hoje vivemos.
Muitos questionam se faz sentido umDia da Mulher, convencidos que as con-quistas alcanadas j atingiram a pari-dade desejada. Como se enganam!,o mundo continua a ser governado porhomens, homens esses que em mui-tos casos maltratam as mulheres.
Tambm vulgar pensar-se que oscasos de violncia sobre as mulheresso exercidos apenas por homenssem instruo, o que no verdade,a violncia e os maus tratos atingemtodos os estratos sociais.
Vivemos momentos difceis que emmuito podero contribuir para o au-mento da violncia e dos maus tratos,o desemprego, a falta de dinheiro paraos bens essenciais, a fome, a falta deesperana para viver...
So mais uma vez as mulheres quecontinuam a fazer milagres de diviso
e partilha com os seus, que acolhem os fi lhos sem emprego,e quantos desses casos no sero tambm eles motivos dediscrdia!...
Comemoremos o dia 8 de maro, se possvel com ale-gria, porque nos ltimos 100 anos a mulher mudou o mundoem muitos setores, no para ser melhor que os homens, maspara ser ela prpria.
No desejo que as mulheres tenham poder sobre os ho-mens, mas sobre si mesmas. (3)
(1) http://www.glfp.pt/glfp/sinteses_pdf/a_insercao_da_mulher_na_sociedade_do_se-culo_XXI.pdf(2) Histria da Vida Privada em Portugal. Os Nossos Dias. Cludia Casimiro. Tenses,tiranias e violncia familiar. As mulheres: quem calaconsente?(3) Simone de Beauvoir
estejar as conquistas alcanadas, lem-brar a luta das mulheres, no passado eno presente, denunciar e lutar pelos di-reitos das mulheres que continuam adiferentes velocidades: entre duasEuropas que se confrontam, entre aF
sia e a frica, entre o norte e o sul da Amrica, hmulheres a quem so vedadosos mais elementares direitoshumanos e cometidas as maisprofundas atrocidades. (1)
Durante sculos a mulher foivista como um ser frgil que ohomem aparentemente prote-gia, negando-lhe toda a capa-cidade de interveno ativa nasociedade.
() Impediram-na de fazerouvir a sua voz no questiona-mento fundamental e colectivo existncia que permite per-tencer a uma sociedade cultu-ral, caracterizada por indivdu-os providos de sensibilidade,inteligncia e vontade. (1)
Algum dizia que uma meque dedica a sua vida, de cor-po e alma, ao marido e fam-lia amada e estimada edesprezada.
No perodo em que vigorou em Portugal o EstadoNovo era dominante a ideia de que mulher cabiasacrificar-se em proveito da famlia (), esta deveria
aceitar o destino de Deus, resignar-se perante a dor eas penas que lhe coubessem suportar. (2)
At 1967 a legislao admitia, de facto, como funda-mento para o divrcio a ocorrncia de sevcias e injriasgravas, no entanto se os maus-tratos forem infligidospelo marido mulher, sem exceder os limites de umamoderada correco domstica eles no constituirosevcias capazes de justificar o pedido de divrcio.(2)
Os maus tratos eram portanto aceites e desculp-veis e muitas vezes referidos nos ditos populares, como
PINTURA JEAN-FRANOIS MILLET
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque
CMARA MUNICIPAL DE VALONGO
LC
A sesso teve incio
com o ponto de interven-es antes da Ordem do Dia,
tendo usado da palavra o
vereador independente
Afonso Lobo, que apon-
tou as grandes questes
econmicas que tolhem o
concelho. Apontou a situ-
ao de desemprego cres-
cente, o investimento
inexistente, o desapareci-
mento de muitas pequenas
e mdias empresas e a gra-
ve crise do comrcio tradi-
cional. Relembrou, por isso,
as suas propostas anterio-
res de apoio a este comr-
cio, s empresas e s ativi-dades econmicas tradici-
onais po, brinquedo,
lousa como suscetveis de
dinamizar o concelho. De-
fendeu ainda a dinamizao
das zonas industriais, o de-
senvolvimento do associa-
tivismo (reconhecendo em-
bora a pouca expresso do
associativismo empresarial),
a promoo de projetos cri-
ativos de jovens, um ninho
de empresas em Alfena, a cri-
ao de cooperativas (bene-
ficiando dos novos apoios
dados a conhecer pelo Ins-
tituto Antnio Srgio).Joo Paulo Baltazar ma-
nifestou a sua concordn-
cia no essencial com a in-
terveno de Afonso Lo-
bo, e recordou as iniciati-
vas da autarquia do con-
curso de montras (um exem-
plo de promoo do comr-
cio tradicional), a colabora-
o com a ADRITEM, reco-
nheceu a fraqueza do mo-
vimento associativo empre-
sarial, anunciando contudo
uma iniciativa que pode vir
a dar frutos, numa fase ini-
cial, recorrendo ao apoio de
uma associao empresarial
do vizinho concelho de Pa-
redes. Referiu a existncia,em Sobrado, de alguns pro-
dutores agrcolas de alguma
importncia que, de algum
modo, pensa poder vir a as-
sociar ao trabalho de promo-
o das Bugiadas e, final-
mente referiu a cres-
cente procura de espa-
os na zona industrial
de Campo, como con-
sequncia da abertura
da Via Distribuidora.
Joo Paulo Baltazar
comentou ainda, a fina-
lizar a sua interveno,
que o empobrecimento
imposto ao Pas tam-bm o torna mais atra-
tivo ao investimento.
Pedro Panzina foi o
ltimo vereador a inter-
vir neste perodo de
antes da Ordem do Dia,
e respondendo ao pre-
sidente da autarquia
valonguense, apontou
que, no discutindo as
questes de f ou es-
perana, na verdade as
empresas vo fechando a
um ritmo mais acelerado do
que as que vo chegando.
Apontou depois que era
bom que se soubesse o quecada um queria para o con-
celho, pois as candidaturas
iam aparecendo e no se co-
nhecia nenhuma ideia: No
se conhece o pensamento
dos candidatos ou potenci-
ais candidatos disse .
Falo em nome dos cidados
que represento.
Perododa Ordem do Dia
Com assuntos pouco
escaldantes, destaque para
um reparo de Pedro Panzina
apontando que o edifcio
que atualmente acolhe a
Polcia de Segurana Pbli-ca no oferece, ele mesmo,
condies de segurana,
de certo modo criticando o
projeto camarrio de entre-
gar uma parte maior do edi-
fcio (antigo Tribunal do
Trabalho de Valongo) a esta
corporao. Joo Paulo
Baltazar, reconhecendo em
parte a situao, esclareceu
que tal tinha sido alvo deconsulta aos prprios inte-
ressados.
Mais frente foi Maria
Trindade Vale quem escla-
receu que a anulao do
concurso para aquisio de
combustveis rodovirios a
granel se devia a que ne-
nhum dos concorrentes ti-
nha cumprido os requisitos
do concurso, sendo neces-
srio abrir um novo.
Sobre um processo de
loteamento no qual a CMV
apresentava uma proposta
de obras de urbanizao
da Cmara Municipal,
Srgio Sousa esclareceu
tratar-se de inconformi-dades com a lei que, apon-
tadas pela autarquia, no
foram sanadas, assumindo
esta as competentes deci-
ses pelo incumprimento.
Joo Paulo Baltazar,
mais frente, anun-
ciou a participao de
11 associaes do
concelho na Mostra
de Teatro Amador,
para o qual chamou a
ateno e apelou
presena do pblico.
Perodo de
intervenesdo pblico
Neste perodo in-
terveio o muncipe
Celestino Neves, que
pediu esclarecimen-
tos sobre duas ques-
tes, uma referente
ao assunto Marcelo,
Peixoto & Irmo, que
seria respondida por
Srgio Sousa, outra sobre
uma interveno solicitada
pela Junta de Freguesia de
Alfena junto do viaduto da
A41, interveno esta que
seria faseada e que, na pri-meira fase deveria avanar
at ao 5 pilar, com uso de
betuminoso. O muncipe
queria saber se era poss-
vel tal interveno, em lei-
to de cheia. Joo Paulo
Baltazar garantiu que a in-
terveno solicitada no
era em leito de cheia e ain-
da que nunca seria ali cria-
da uma feira, como anteri-
ormente se tinha chegado
a aventar. Apenas ser fei-
ta uma requalificao que
permita a utilizao do es-
pao pelas pessoas.
Relativamente ao outro
assunto, Srgio Sousa
garantiu que decorre nor-malmente, mas com todo o
cuidado. Uma parte do pro-
Reuniu no passado dia 21 de fevereiro, a Cmara Muni-cipal de Valongo (CMV), em sesso morna na qual seaprovaram, entre outras decises, o Regulamento daFeira do Parque Aventura da Lipor, a anulao do concur-so anterior para aquisio de combustveis rodovirios agranel, o concurso pblico para servios de varredura erecolha de resduos slidos urbanos, uma candidatura aoprograma Comenius Regio (no mbito do Programa deAprendizagem ao Longo da Vida), e o apoio s associa-es participantes na Mostra de Teatro Amador 2013.
Vem a a Mostrade Teatro Amador
FOTOS URSULA ZANG
blema pode ser resolvido
quadro da reviso do PD
havendo contudo outras
tuaes em que a CMV tde atuar de acordo com
previsto na lei.
Cmara envia aoMinistrio Pblicono viabilizaode processodisciplinar porFernando Melo
Na reunio camarria de 7 de fevereiro, a Cmara Muni-cipal de Valongo decidiu enviar ao Ministrio Pblico o pe-dido de apreciao para eventual instaurao de processocriminal a Fernando Melo, pelo facto de este no terviabilizado o devido processo disciplinar a uma funcionria.
A questo em torno do processo disciplinar a IsabelOliveira tinha sido levantada pelos vereadores da Oposi-o, e foi suscitada pelo facto de a referida tcnica no terfixado os objetivos para avaliao de desempenho dos tra-balhadores, tal como exigido por lei, constituindo umafalta grave e sancionvel. Conforme aponta documento daCmara, instrudo o processo disciplinar, o instrutor no-meado props o arquivamento, tendo entendido que ocor-reu a prescrio, uma vez que o procedimento no foi ins-taurado pelo presidente da Cmara no prazo de 30 diascontados da data do conhecimento dos factos praticados
Ora foi precisamente sobre esta omisso que incidiu ainterveno de Pedro Panzina, da Coragem de Mudar. Estevereador aceitava o facto de ter prescrito o perodo deinstaurao do processo disciplinar e a consequncia daabertura do inqurito, pondo termo comisso de servioda referida tcnica frente do Departamento. No era poissobre isso que queria intervir, mas sim sobre o facto de,tendo declarado em reunio de Cmara no se opor ins-taurao de um processo, e que tudo iria ser averiguado, ter
j antes e noutra instncia Fernando Melo afianado quetudo estava bem. O presidente da Cmara, apontou aindaPedro Panzina, no tinha competncias legais para noabrir o processo disciplinar suscitado.
Concretizada a proposta do vereador da Coragem deMudar de envio dos factos ao Ministrio Pblico, JosLus Catarino, do PS, pediu uma interrupo de dois minu-tos, saindo ento da sala para conferenciar, os dois verea-dores socialistas Jos Lus Catarino e Lusa Oliveira eo vereador independente Afonso Lobo.
Reatada a sesso foi a proposta votada e aprovadacom trs votos a favor Pedro Panzina e Maria Jos Aze-vedo, da Coragem de Mudar, e o vereador independenteAfonso Lobo e com seis abstenes, do PS e PSD.
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4 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque
GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA FOTOS URSULA ZANG
Maria Jos Azevedo Pela necessidadeda renovao poltica
LC
Chega a Portugal em 1975,refugiada de Angola, mas este nofoi o seu primeiro contacto com oContinente. Tinha j aqui estadoa estudar durante dois anos, ten-do chegado ento com 17 anos de
idade, para encontrar, mesmo emLisboa, onde se radicou duranteesse tempo, uma sociedade muitoconservadora e preconceituosa,que obrigava os estudantes vin-dos das colnias a juntarem-seentre si para continuarem a vivernuma maior sociabilidade, a queestavam habituados.
Oriunda de Silva Porto(Bi), no se adaptou muito beme regressou a Angola. O pai fora,entretanto, transferido paraMalanje e o prosseguimento dosseus estudos universitrios, emHistria, feito em S da Ban-deira (Lubango).
A segunda vinda aindamais traumtica, feita em pleno
PREC, e defrontando a animo-sidade da poca contra as pes-soas vindas das colnias. Nose sentiu bem vinda.
A sociedade portuguesa, ti-rando a agitao social e polti-ca efervescente no era entomuito diferente da que encon-trara alguns anos antes.
Um acolhimento diferenteveio a encontr-lo nos Aores,em Ponta Delgada (S. Miguel),pois embora sociedade maisconservadora que a metrpole,no se sentia ali aquela animo-sidade contra as pessoas quechegavam de frica, refugiadas.
A Voz de Erm esinde
(AVE) Como aconteceu a
sua primeira atividade pol-
tico-partidria? J tinha tido
experincias de envolvimento
poltico?
Maria Jos Azevedo No,no tive qualquer experincia an-
terior. Cheguei poltica pelamo de Fernando Gomes, pre-sidente da Cmara do Porto, umhomem que sabia liderar e moti-
var fortemente as pessoas. Istoaconteceu no seu segundo man-
dato, era eu jornalista da RTP, eo seu convite honrou-me mui-to. Fiz ali, na Cmara do Porto,a minha aprendizagem poltica,atravs de um trabalho muitointenso, durante oito anos, poistinha as competncias pesadasrelativas Habitao e Ao
Social. Foi um trabalho, nos doismandatos, no qual me revejo in-
MJA A minha passagemde independente a militante doPS resultou de um convite deFernando Gomes, no final doseu segundo mandato (na lide-rana socialista de AntnioGuterres), convite que foi apa-drinhado por Mrio Soares pessoa por quem tenho um es-pecial carinho que julgo cor-respondido , e que aceitei logo.Os dois assinaram a minha pro-posta de adeso.
AVE No foi, por isso,
uma adeso motivada por um
impulso de arrebatamento
partidrio?
MJA No, fez-se maispor insistncia em relao amim. Tenho da vida partidriauma perceo de que limita-da, os partidos funcionam mui-tas vezes com prticas em queno me revejo. Mas nunca dei-xei de dizer aquilo em que pen-sava.
Nos partidos, de negativo,h uma lgica de compadrio, dedisputa de lugares s por si e desindicatos de voto. Em que se su-cedem sempre as mesmas caras.
Hoje h um grande desgasteda poltica partidria, e tempodos partidos mudarem as suasprticas, por dentro, antes queos obriguem a mudar, por fora.
AVE Equaciona um e-
ventual regresso poltica
partidria?
MJA De forma alguma!J no estou disponvel paraisso.
AVE Como ocorreu a sua
primeira candidatura Cma-
ra Municipal de Valongo?
MJA Fui contactada porum dirigente nacional que meabordou no sentido de saber seeu estaria disponvel para umacandidatura autrquica na reaMetropolitana do Porto. Res-pondi que, como militante, aju-daria o partido, se tal fosse pre-
ciso. Mas que no seria candidatas para cumprir o mandato.
AVE Como foi recebida
pelo aparelho socialista local?
MJA Fui muito bem rece-bida pela Comisso PolticaConcelhia, ento liderada por Jor-ge Videira, de quem recebi todo oapoio. E realizmos ento umacampanha extraordinria.
AVE Que se passou en-
tretanto, com o aparelho so-
cialista a no lhe renovar a
sua confiana?
MJA No partido haviavrias sensibilidades e muitas
Candidata a presidente da Cmara de Valongo pelo
Partido Socialista em 2005 e lder do movimento inde-
pendente Coragem de Mudar aps a sua sada do PS
quatro anos depois, Maria Jos Azevedo uma figura
incontornvel de mulher marcante no concelho v
hoje, com indignao, valores defendidos na sua can-
didatura independente a serem esquecidos por alguns
dos que foram seus apoiantes. No se rev nos pro-
cessos de negociao de lugares nas listas de candi-
datos, mas no se sente ainda com condies fsicas e
outras, devida longa batalha que vem travando con-
tra um cancro, para liderar uma nova candidatura inde-
pendente. Defende uma renovao geracional e apontamesmo o nome a jovens quadros nos quais reconhece
uma grande capacidade e preparao poltica.
Foi ela a figura que simbolicamente escolhemos
nesta aproximao ao Dia Mundial da Mulher.
tenses. E nestas situaes pr-eleitorais as sensibilidadesemergem rapidamente e criam-
se situaes de algum melindre.Por vezes preciso escolherquem, numa dada circunstn-cia, a melhor pessoa para de-sempenhar um certo papel, oque no quer dizer que o sejasempre, ou que seja melhor queoutros.
Se nas eleies autrquicasanteriores se conseguiu o me-lhor resultado de sempre do PSna oposio talvez at comsurpresa de alguns , se conti-nuava a ser gratificante conhe-cer cada vez melhor o concelho,fazia todo o sentido que a mes-ma equipa continuasse a desen-volver aquele projeto. Mas
no..., porque era necessrio qo aparelho aplacasse as amas de dissenso internas.
Eu j no era precisa. Mo meu trabalho ia aproveitaoutros.
Enfim, do que conheoPS local, ele dificilmente senovar. Pode haver caras nvas, mas mantm-se as velhprticas e as velhas polticAqui e noutros lados.
Hoje o JN d a notcia sada de mais de 100 militanem Valongo. Em vez de se apziguarem h uma cada vez mor exacerbamento das tens
AVE H hoje um esp
o maior para os movime
Ali viveu durante nove anos.
Nos partidos, de negativo,h uma lgica de disputade lugares s por si, de
sindicatos de voto, em quese sucedem sempreas mesmas caras.
teiramente.
AVE O que a fez aderirao PS?
tos cvicos de cidados?
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque
GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA
MJA Certamente! Sobre-tudo no Poder Local. Quanto Assembleia da Repblica achoisso mais difcil, pela necessida-
de de uma gesto poltica de gru-po. Mas no tenho dvidas deque, a nvel local, vo surgir mui-tas candidaturas de cidados.
AVE O facto de ser mu-lher pode ter sido um entrave?
MJA Nunca me senti pre-judicada por isso, nem na mi-nha vida profissional, nem na
minha vida poltica.
AVE A sada do PS foidifcil?
MJA Confesso que nocustou nada. Apresentar umacandidatura foi uma escolha na-tural e um desafio interessante doponto de vista cvico. E emborativesse a expetativa de vitria,tive um muito bom resultado,embora no pudesse aplicar o meuprojeto. Penso que houve mes-mo quem votasse na lista do PS apensar que estava a votar em mim.
AVE E que balano fazdo desempenho dos eleitos,
quer na vereao, quer nogrupo municipal?
MJA Na vereao estu-damos sempre muito bem os
assuntos e tentamos apresen-tar alternativas, no numa oposi-o sistemtica, mas sempre queo entendemos necessrio. No te-nho acompanhado a AssembleiaMunicipal, que tem gente muitaqualificada. Mas reconheo queno foi bem conseguida a articu-lao entre a vereao e o grupomunicipal, at porque as pesso-
as aqui tero menos tempo e tam-bm menos experincia poltica.Mas talvez isto no fosse umainevitabilidade.
O facto de haver dois rgosprejudica a coeso, havendo umdivrcio entre Cmara e Assem-bleia Municipal, que no ser tonotrio nos partidos. Tudo seriadiferente se houvesse, como de-fendo, um Executivo homogneo,em que o presidente da Cmaraconvidasse todo o Executivo e Assembleia Municipal coubesse
MJA No sei bem. ex-ceo do Ncleo de Ermesinde,que manteve a sua atividade, eque fez um trabalho consider-
vel, realizou feiras, distribuiulivros escolares, etc., a ativida-de no concelho quase no exis-tiu. A Coragem de Mudar im-ps-se como marca e teve umavoz na Cmara. Na AssembleiaMunicipal, nalgumas freguesi-as. Teria sido desejvel haveruma maior sintonia.
AVE E a Associao Co-ragem de Mudar?
MJA J no me revejo nemestou nela. No concebo outrotrabalho seno o de uma associ-ao cvica interveniente mas, aocontrrio, parece que se aceita pblico , dar apoio a um par-tido em troca de lugares, sem sediscutir sequer uma ideia. A Di-
reo do Jos Bandeira, que tem14 membros, foi eleita com 14votos! Isto j diz tudo!
No posso estar de acordocom prticas de negociao po-ltica de lugares como comumnos partidos, o que h de piorna poltica. Nenhum dos setefundadores da Associao se revneste percurso que agora feitopela Associao Coragem deMudar. Se, da parte do PS, sepretendeu algum acordo pensan-do que iria includa no pacote foipuro engano. No estou dispo-nvel para essas negociatas.
Alis no consigo ver expres-sas ideias polticas claras da par-te do Dr. Jos Manuel Ribeiro. E
digo mais: o que fizeram comigono PS parece-me que o que es-to a fazer agora ao Dr. AfonsoLobo. O partido assim nuncamais se endireita.
AVE E h espao parauma nova candidatura inde-
pendente liderada por si?
MJA H espao para umacandidatura independente, masde momento no h disponibili-dade fsica da minha parte, de-vido doena, e as eleies soj muito prximo. E vejo combons olhos uma renovaogeracional. Dou-lhe um exem-plo, a Eugnia Ado, eleita pela
Coragem de Mudar para aAssembleia de Freguesia deValongo. Seria um excelentequadro e uma excelente can-
didata, muito bem preparada.Eu no reno ainda as condi-es fsicas e outras. E t-las indispensvel. um trabalhomuito exigente e ainda no es-tou a 100%. Lembro-me como,h quatro anos, em Sobrado,bati porta a porta e acabei porbater o Dr. Fernando Melo naeleio para a Cmara, quandotodos diziam que esse era umassunto resolvido de antemo afavor dele.
AVE Faria sentidoapresentar hoje o mesmo
programa que a Coragem de
Mudar apresentou h qua-
tro anos?
MJA Ns apresentmos
ento uma candidatura detalha-da, com registo notarial dasnossas propostas e grande par-te delas ainda se mantm, masnaturalmente o programa teriade ser reajustado, at porque aliderana da Cmara e as atuaiscircunstncias j so outras...
Mas fazem todo o sentidoas candidaturas de cidados.Estou em crer que as prximasautrquicas, a no apareceremcandidaturas independentes, se
saldaro por nveis de absten-o muito muito elevados.
AVE Teria o apoio do Dr.
Pedro Panzina, creio, casohouvesse condies para se
candidatar?
MJA Certamente, e ele jme deixou isso claro.
AVE A doena apanhou--a completamente de surpre-sa? Foi uma situao difcil?
MJA Sim, quando apa-rentemente no contribumosem nada para isso, a doena sempre uma muito desagrad-vel surpresa. Este segundocancro trouxe-me um proces-so de luta muito pesado, degrande violncia fsica e psico-lgica e o meu processo de curaainda no est terminado. Tive
uma operao muito demorfoi uma batalha muito intemas procurei nunca faltar s nies da Cmara, s me
quelas a que era obrigada atar por causa dos tratamen
AVE Qual ento adisponibilidade para a
poltica hoje em dia?
MJA Eu liguei-me muValongo, embora no seja d
nem viva c. Mas aprendi amuito e fiquei a conhecer mumelhor e a gostar do concelPor isso eu estarei sempre dponvel para ajudar. O conlho de Valongo tem muitas tencialidades e merece ter papel difertente e muito mano seio da rea Metropolitdo Porto.
O concelho de Valongomerece ter um papel
diferente e muito maiorno seio da rea
Metropolitana do Porto
fiscalizar os atos da Cmara.
AVE O que hoje o mo-vimento Coragem de Mudar?
-
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6 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque
ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO
Enterro do Joo sofreuas agruras do mau tempo
LC
A tradio carnavalesca do
Enterro do Joo voltou, este
ano, a animar esta quadra festi-
va, na qual alis, se esperava
que pudesse dar um grande
salto em frente resultante do
empenho da autarquia erme-
sindense em apadrinhar o even-
to. Todavia, o tempo frio e de
chuva tramou as festividades,
que ficaram muito aqum do
programa anunciado, s se sal-
vando o julgamento, cortejo
fnebre e a queima do boneco,
na noite de tera-feira. Mesmo
o programa de tera-feira teve
de sofrer alteraes, realizando-
se o julgamento uma das maisimportantes fases desta farsa
carnavalesca, na qual so li-
das as picarescas deixas no
abrigado pavilho da Unio
Desportiva Cultural e Recrea-
tiva da Bela, e s depois da
saindo o cortejo fnebre para
as margens do Lea, onde se
procedeu ao habitual ltimo
ato da celebrao, a crema-
o do Joo, ainda assim pre-
senciada por numeroso p-
blico (embora, ao contrrio do
desejado, em menor nmero
que no ano anterior). Foram
anuladas as fases da chega-
da do Joo estao de Er-
mesinde e o desejado e novo
cortejo, com carros alegri-cos, da at ao largo da feira
velha, na tarde de domingo,
e ainda o velrio nesta, na
noite de segunda-feira.
A farsa carnavalesca
acolheu uma ou outra novi-
dade, como a introduo de
A Voz autoridade supe-
rior no programa da TVI
Casa dos Segredos, e pro-
porcionou momentos de par-
ticular comicidade nalgumas
deixas, quer as tradicionais
referncias muito brejeiras do
testamento s moas de
Ermesinde, quer a algumas
charges polticas de flagran-
te atualidade, envolvendo,
por exemplo, a Troika e oGoverno, muito bem recebi-
das pelo pblico presente.
No piso do pavilho,
uma troupe de fantasmas
chamava a ateno, incor-
porando-se, no fim, no cor-
tejo fnebre. O corpo do
Joo esteve tambm aqui a
ser velado, antes de sair para
a cremao.
Como aspetos negativos,
a qualidade do som produzi-
do dentro do pavilho, que
no era a melhor, impediu os
espetadores de ouvir nas
melhores condies a atua-
o do Grupo de Msica
Tradicional Portuguesa da
Associao Acadmica eCultural de Ermesinde, cujo
concerto precedeu o ansia-
do julgamento e a maior par-
te do texto deste (exceo fei-
ta magnfica voz do leitor
das deixas) e, de novo, muito
negativo, as referncias pu-
blicitrias enfiadas dentro da
prpria rcita. Pior que isto
s a reincidncia, de muito
mau gosto, dos autarcas de
Ermesinde e de Valongo em
participarem enquanto figu-
ras da farsa, na sua qualida-
de de autarcas um artifcio
detestvel de campanha elei-
toral antecipada, que fez lem-
brar o de Fernando Seabra,
que tambm apareceu quanto personagem pol
e autarca em telenovela ta
bm da TVI, embora este p
tenda agora concorrer
mara de Lisboa e no
Sintra (se o deixarem).
Mas a vida continua,
dias seguintes era a vez
trabalhadores da Junta d
montarem todo o aparato
cessrio montagem do f
da farsa junto ao rio. E co
prova disso mesmo de qu
vida continua ali ao lado
local onde o Joo foi crema
uma famlia de patos, sulc
com encantadora agilidad
guas agora lmpidas do Le
FOTOS URSULA ZANGGER
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque
ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO
A pardia das deixas do JooAs deixas deste ano eram constitudas por 109
quadras. Como habitualmente o texto comea por sereferir vida do Joo, com algumas insinuaesfesceninas...
Foi ajudante de cozinhaE chegou a cozinheiroPor sorte no fez panelasSeno era pa... alis funileiro
e desde logo asurgindo algumas interessantescoisas a anotar, como a referncia a Badajoz...
Capito em BadajozEm Macedo ajudanteEm Lamego foi tenenteE em Braga comandante
... uma indicao de que era vulgar a ida aEspanha ou a ida at ao sul, para trabalhar ou fazercontrabando.
E a crtica viperina aos partidos e corrupomuito bem metidas nas seguintes quadras, algumasdelas subtilmente introduzidas, talvez para esquivaruma eventual censura moderna (o que veio pior do
(...)Deixo s moas sozinhasPor serem das ltimas a falar200 salpices bem grossosPara se poderem consolar
Deixo moas da ErmidaPorque vem mesmo a calharDeixo os meus quartos livresPara vontade a malhar
(...)Deixo s moas da CostaPorque isso bom saberDeixo-lhes a minha potente mangueiraPorque esto sempre a arder
(...)E para as moas da FormigaQue so quem mais comeDeixo chourios compridosPara lhes matar a fome
(...)Para s moas dos Montes da Costa
Isto agora que vai serDeixo-lhes um salpicoPara tirar e meter
(..)Deixo para as moas loirasA quem ningum mal fazMil caixas de calmantePara porem a pomba em paz
(...)Ruivas h poucasMas so das mais quentesPorque sabem dar usos traseiras e s frentes
Vm depois os bens que o Joo deixaaos bombeiros, ao lar de idosos, e onde sefazem mais algumas referncias vida dasinstituies de Ermesinde, como oErmesinde Sport Club, a quem no esque-cem os maus resultados desportivos, pelomenos os de princpio da presente pocadesportiva.
Mais referncias polticas sobre a inutili-dade dos candidatos
Deixo neste ano de eleiesMesmo sabendo que o povo est fartoUma promessa bem slidaMesmo morto vou ser candidato
ou sobre a rivalidade entre Ermesinde eValongo
Deixo 2 milhes de euros JuntaPor ser gente de valiaPara iluminar a cidadeQue Cmara competia
Deixo a deciso ao povoQue Valongo no leve a malMas s com Cmara em ErmesindeHaver iluminao no Natal
H tambm uma referncia para osatuais proprietrios do cinema deErmesinde (Centro Social de Ermesinde,
que o que saiu):
Em Vila Real foi moo de trolhaE ajudante de pedreiroInscreveu-se num partidoE chegou a empreiteiro
Meteu-se em confusesMas saiu sempre serenoFez tantas habilidadesE chegou ao Governo
Foi gestor pblicoE dinheiro esbanjavaMas no fazia malEra o povo que pagava
Enriqueceu e quis sairArranjaram-lhe um substitutoTiveram azar, era pior do que ele
E era um grande prostituto
Seguiam-se as deixas propriamente ditas,onde se homenageava Ablio Ramboia e apermanncia da tradio carnavalesca:
Se h funeral c em ErmesindeDo nosso amigo JooAgradecemos ao Sr. AblioQue os fez sem um tosto
A causa de tudo istoE no para andar boiaE para no apagar da memriaEra o senhor Ablio Ramboia(pedir aplauso de homenagem)
Uma ou outra referncia atualidade polticados utentes e consumidoores:
Se ele ficou assim a deverFoi por causa duma doutoraFicou a dever sadeA taxa moderadora
E porque precisei para champanheQue bebi em flutesDeixei tambm por pagarAs portagens das scuts
Vm depois as referncias brejeiras, dirigidas smeninas de vrios lugares de Ermesinde, que sogozadas pela sua gulodice, umas mais que outras:
Deixo s moas das MalvinasQue gostam muito de dana1000 camisas sem mangasPara no inchar a pana
mas de momento que meios tem, estepara intervir?):
E para o cinema de ErmesindeOnde no passa filme nem mosca poisaDeixo vontade a quem podeDe l fazer qualquer coisa
Mostra-se tambm a revolta pelaarbitrariedade do Estado (como o ex-
Tambm para as FinanasDeixo 200 fardos de palhaQue comam tudo aquiloE no incomodem quem trabalha
Um pouco de bajulao:
E no me podia esquecerPois fico muito mais vontadeDeixo cumprimentos de mo e abraoAo Sr. Presidente da Junta desta cida
Um aviso de amigo:
Ao Governo deixo um avisoA vida est mal e trabalho nem v-loOu resolvem a situaoOu nas eleies levam no pelo
Mais alguma insinuao fescenina:
E para quem ficar chateadoUse para proteo muito alhoCom as verdades que digo
Vos estou a mandar para outro lado
Uma reao a crticas do ano anterio
E para quem nos chama xenfobosTalvez por se acharem melhoresDediquem-se mas lavouraPara no vos dizer coisas piores
Mais uma constatao popula:
Fujam que vou dizer a verdadeNo Brasil s tive saudadeQuando soube que em PortugalSe roubava vontade
Um reparo para A Voz de Ermesindeventualmente outros:
E para os jornalistasGente que espero aqui presenteNo escrevam s o que pensamMas tambm o que o povo sente
Mais queixas cidads:
Para o Ministrio da SadePois pessoal sem lutaQuando os doentes j morreram que os chamam para a consulta
Melhor rima com piorE comear com acabarPensei ter melhoradoMas fiquei todo entroikado
Uma referncia a um furto concreto:
E para a grande cavalgaduraQue veio roubar o JooDeixo-lhe uma sorte maldita
Hs de l querer ir e s se for com a m
As mos te ho de tremerE no rabo ters comichoHs de ser lambedor de cricasE s no rabo ters teso
E de novo a poltica, agora numa cucidade local:
Bem sei que a minha caraVale menos que um chavelhoMas a culpa no nossaNo havia mscara do Coelho
E nem do Portas ou do GasparEnto talvez no fosse piorComo a do Baltazar bem larocasFazer mscaras do Belchiorministro da Cultura):
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8 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Local
CMARA MUNICIPAL DE VALONGO Maro ms da Mostra de Teatro AmadorDe 01 a 27 de maro, a Sala das Artes (Valongo) e o
Frum Cultural de Ermesinde vo acolher mais uma edioda Mostra de Teatro Amador do Concelho de Valongo.Pelo palco dos espaos culturais vo passar 11 grupos deteatro amador e muitas dezenas de atores que tm em co-mum o amor pela arte de representar. Como habitualmente,o encerramento da Mostra acontecer no dia 27 de maro,Dia Mundial do Teatro, com a apresentao de um espet-culo a cargo da companhia profissional sedeada emValongo, o ENTREtanto Teatro.
Ao longo dos ltimos 10 anos, a Mostra de Teatro Ama-dor, que j vai na sua 19 edio, serviu de palco apresen-tao de 136 espetculos, de mais de 20 associaes dife-rentes, com mais de mil pessoas envolvidas diretamente,num total de cerca de 200 horas de teatro e com uma assis-tncia superior a sete mil pessoas.
Programada Mostra
01 DE MARO (sex.) - Associao Acadmica e Cultu-
08 DE MARO (sex.) - Teatro Amador SusanenseSala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45O Duelo;09 DE MARO (sab.) - Centro Recreativo Estrelas da BalsaCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Improvisao;15 DE MARO (sex.) - Associao Desportiva e Cultu-
ral Canrios de BalselhasCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45Sai de baixo pintou sujeira16 DE MARO (sab.) - Agorarte - Associao Cultural
e Artstica (Sabor a Teatro)Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Despertar da Primavera / Tragdia da Adolescncia17 DE MARO (dom.) - Grupo Dramtico e Musical de CampoCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Calcinha do Z;22 DE MARO (sex.) - Grupo Dramtico da Universida-
de Snior do Rotary de ValongoCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Sopa Juliana;23 DE MARO (sab.) - Associao Cultural e Recreati-
va Fora d'HorasSala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Reis... ou Rainhas?24 DE MARO (dom.) - Grupo Dramtico e Recreativo da
RetortaCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Histria uma Histria27 DE MARO (qua.) - ENTREtanto TeatroCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45Espetculo de Encerramento da Mostra de Teatro Amador
ral de Ermesinde (Casca de Ns)Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Aniversrio do Banco;02 DE MARO (sab.) - Cabeas no Ar e Ps na Terra -
Associao Cultural (Batatas com Salsichas)Casa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45
Sementinha;03 DE MARO (dom.) - Associao Cultural e Recreati-va Vallis Longus
Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 17h00A Titi Boazona;
Maleitas...e coisas positivas
JOO DIAS CARRILHO
Aqui no nosso Parque Ur-bano de Ermesinde acontecemcoisas lindas, como a como-vente histria da patinha. Co-
mo tambm coisas infelizes,como um certo carrinho comestacionamento permanenteno interior do parque, junto entrada norte. Talvez no vi-esse mal ao mundo, se ao me-nos estivesse encostado aomuro, no deixando mesmoassim de ser uma aberrao.Mas instalado ali no meio dequatro bancos, aonde as pes-soas se sentem bem e gostamde conviver, elas so obriga-das a levar com a lataria portabela. A lata ali naquele lugar,no falta de bom senso, masabuso de confiana. Ser queos responsveis do Parque Ur-
bano tero necessidade de irao oftalmologista? Devo infor-mar que no conheo nem seia quem pertence a relquia. Mastenho a certeza de que um jar-dim utilizado para parque deestacionamento s lembra aodiabo, com a agravante de pre-judicar os utentes do Parque,j de si to reduzido para asnecessidades da enorme co-munidade populacional da Ci-dade. De notar tambm que odito no se encontra ali naquelestio uma vez por outra, j levameses de permanncia, desde
Agora por razes maispositivas, os nossos leitoresj viram insu rgir -me aquinestas pginas contra ospenduricalhos publicitrios,pendurados por tudo o que
stio e incomodando todaa gente e, normalmente, scaem quando caem de ma-duros. Pois desta vez tam-bm vi a Cidade inundada debandeirolas (os meus pen-duricalhos) por toda a cida-de e disse para os meus bo-tes; l vem a chatice. Puroengano, o evento publici-tado era da Feira de Oportu-nidades, que funcionou en-tre 15 e 17 de fevereiro nopavilho aqui do CPN. Ago-ra vem a magia: dois diasaps o evento todas as ban-deirolas espalhadas pela ci-dade tinham sido recolhidas.
No sei se pela Junta de Fguesia. Se o foi parabnsfoi pela organizao pabns a dobrar. A Cidadecou mais linda e todoscmos a ganhar. Gostaria
da de, pelo menos, dar almas ideias: quando colodo este estilo de publicide no seja colocada
junto de cruzamene entroncamentos, cortaa visibilidade;
altura da cara pessoas;
em passeios estreidificultando a mobiliddos transeuntes.
Creio que cabe JuntaFreguesia zelar pelo cummento destas regras, se aurizada esta forma de publicde. bom termos coisas be positivas para comunica
que adotou aquele lugar.
ANA MARTA FERREIRA
Carnaval na Secundriade ErmesindeANA MARTA FERREIRA
Tem lugar anualmen-te na Escola Secundriade Ermesinde o Concur-so de Carnaval, que serealiza na sexta-feira an-terior interrupo letivado Carnaval.
Este ano, mais umavez, a turma de 12AS(Animao Sociocultural)foi a organizadora do que, todos os anos, o even-to que mais alunos atraiao Polivalente e que maisinscries recebe.
Apresentada pelasalunas Marta Ferraz eMarta Correia, o concur-so teve incio s 15h00 epassava j das 18h30quando foram anuncia-
Ao todo as cortinas abri-ram-se catorze vezes inici-almente estavam previstasquinze atuaes, porm aturma do 11F ausentou-se
subindo ao palco turmasde todos os nveis de ensi-no: bsico, secundrio, cur-sos profissionais e at fun-cionrios.
O jri, constitudo pelopresidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, LusRamalho, pela professoraAna Maria Corts, comomembro representante da Di-reo da ESE, pelo represen-tante dos funcionrios, Mar-co Morgado, pela professoraAna Marinho, representandoos professores de Artes Visu-ais, e pelo representante dosalunos e presidente da Asso-
ciao de Estudantes, Tiago
Bragana, elegeram, de-pois de pontuarem todasas atuaes e deliberarem,o 11DG como vencedordo Concurso de Carnavaldo Ensino Secundrio. Em2 e 3 lugares ficaramposicionadas as turmas do12H e do 11I, respetiva-mente. Do ensino bsico,as turmas eleitas vencedo-ras foram o 9G, o 8B e F(em conjunto) e o 9E, em1, 2 e 3 lugares, res-petivamente. Destaqueainda para a nica atuaodo escalo dos docentese funcionrios e, obvia-mente premiada, da D.Ftima, funcionria da es-cola, que atuou com doisalunos a Famlia Sexy.
A animao manteve-
se sempre ao mais altonvel, fomentada pelaboa disposio das apre-sentadoras e pelo traba-lho dos participantes que receberam todos umdiploma de participao.
Todos os prmios fo-ram patrocnio da MarcoMorgado Decorao.
O Carnaval da EscolaSecundria de Ermesinde,finalizado por mais umano, foi uma tima formade toda a comunidadeescolar entrar em frias.
JOO DIAS CARR
dos os vencedores.
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Local
Auditoria Interna Globaldo Centro Social de Ermesinde
SRGIO GARCIA
Nos dias 31 de janeiro e
01 de fevereiro de 2013 o Cen-
tro Social de Ermesinde(CSE), no decorrer da im-
plementao do seu Sistema
de Gesto da Qualidade
(SGQ), foi alvo de uma Audi-
toria Interna Global (AIG), re-
alizada por um auditor da
empresa que presta consul-
toria ao CSE nesta rea.
A AIG, de dois dias, teve
como principal objetivo afe-
rir o estado de maturao do
SGQ implementado, de acor-
do com o referencial NP EN
ISO 9001: 2008 e os Modelos
de Avaliao da Qualidade
das Respostas Sociais daSegurana Social (MAQ). As
constataes finais apresen-
tadas pelo auditor e os resul-
tados evidenciados no rela-
trio so animadores, indi-
cando que o SGQ e imple-
mentao do MAQ se encon-
tram, na generalidade, ade-
quadamente documentados
apesar da juventude de al-
guns dos seus registos e
NOTCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE
Carnaval 2013No mbito do projeto de
Carnaval, e sempre no intuitode manter a proximidade comfamlias dos utentes, o CATLdo CSE desafiou os Educado-res, a juntamente com os seuseducandos, criarem umamascarilhas utilizando apenasmateriais reutilizveis ou de
cipao dos pais, os utentes,
sem ajuda mas motivadospela equipa pedaggica, cri-aram mscaras fantsticas,que primam pela originalida-de dos materiais (cascas deovos, pedrinhas, restos decorda, chips, redes, algodo,papel higinico, etc.).
Para compor a mesa dojri do concurso, foram con-
vidados alguns idosos doLar (os mais autnomos),que seguiram atentamente o
desfile das mscaras e esco-lheram criteriosamente asmais originais e trabalhosas,no se cansando no entan-to, de tecer rasgados elogi-os a todos os participantes.
Como agradecimentopor to simptica colabora-o, os utentes ofereceramaos idosos uns bombons e a
sobremesa para o dia seguin-te: gelatina de anans (confe-cionada pelos prprios).
Foram momentos bempassados, onde marcou pre-sena a alegria, a criativi-dade e principalmente a tro-ca de afetos que aqueceu oambiente do salo.
A equipa do CATL agra-dece a participao das ani-madoras do Lar, Cristina eCarla Ferreira. CATL
CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.
que, com a implementao das
melhorias j identificadas,
possu os meios e recursos
adequados para ser eficaz.
Na reunio final da AIG o
auditor mostrou-se surpreen-
dido com o envolvimento dos
trabalhadores do CSE em tor-
no da implementao do seu
SGQ, expressando-o atravs
das frases gostei muito da
vossa participao e to-
dos os trabalhadores se em-
penharam e demonstraram
estar comprometidos com o
sistema.
desperdcio.Apesar da pouca parti-
FOTO C
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10 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Literatura
Dois autores,um ttulo
RICARDO
SOARES (*)
onde Portugal acaba e esquecido, onde todo
um modo de vida est em vias de desaparecer Uma ilha, mas em vez de mar, terra. (4)
A escrita pausada, lenta, de quem sabeouvir em silncio, com olhos cmplices e semas cedncias do tempo. Joo, Maria, Paula,Sara e Elisa so seres humanos reais, comsofrimentos reais. Nada do que vivem e con-tam fico, mas a autora soube aproximar-se
delas com a profundidade, a linguagem e oolhar de um romancista. So histrias de pa-cientes e o impacto avassalador das doenasterminais no espao da intimidade familiar. Aviolncia da morte prxima, pairando emcrculo como as guias sobre as escarpas
do rio. (5) Por isso, as vozes, os lugares e osobjetos fazem eco dentro de ns. E luto.
Relata as vidas de quem teve a generosi-dade de abrir a porta na hora mais ntima etraz, de uma maneira pungente, a voz de quemraramente pode falar. Entra no dia a dia fami-
liar, ganha confiana, habitua-se e quelaspessoas, participa em almoos de domingo,regressa mais tarde para as vindimas, encon-tra pessoas com pouco tempo de vida, fami-liares que dormem cabeceira de camas eouve com a ateno minuciosa de quem sabeque o desaparecimento futuro j se instaloudentro da casa. Sempre com uma rstia deesperana Querem apenas um pouco maisde vida, querem um pouco mais de tempo para
acreditar que o corpo vence; todos querem,
com uma fora desproporcionada, talvez de-
lirante, continuar de olhos abertos. (6)
um livro que perturba, interpela, quemagoa porque a realidade mesmo assim.So histrias exemplares entre as muitas que
o inverno / dizes de
muito longe que no
a autora encontrou e quis representar, porqueuma das grandes questes a de como repre-sentar a realidade que ningum quer ver. a,num tempo de fim, num tempo de urgncia,que perante a solido da velhice, o sofrimen-to da doena e a nossa mortalidade comea-mos a perceber o que importante. O retrato -
nos dado pela viva voz das figuras retratadas,e num discurso direto (em itlico) to em brutoque nos esmaga com a sua verdade. No preciso ir a Trs-os-Montes, porta da nossacasa, temos a vida tal como ela . Portugal est
O escritor Francisco JosViegas, que foi secretrio de Estadoda Cultura at outubro ltimo, assu-
me a direo da revista Ler a par-tir de maro.
Hlia Correia foi a vencedorado 14 Correntes dEscritas da P-
voa de Varzim, com a obra A Tercei-ra Misria. O Jri, constitudo porAlmeida Faria, Carlos Vaz MarquesHelena Vasconcelos, Jos MrioSilva e Patrcia Reis decidiu pormaioria. O regresso de Hlia Cor-reia poesia um regresso me-mria e aos clssicos. isso queexplica o ttulo deste longo poemadividido em 32 seces: A terceiramisria esta, a de hoje. / A de quem
j no ouve nem pergunta. / A dequem no recorda.
Prmios LER/Booktailors: Osvencedores dos galardes relati-vos a 2012 e institudos por iniciati-va da revista Ler e dos consultoreseditoriais Booktailors foram anun-ciados no mbito do encontro liter-rio 14. edio Correntes d'Escritas.A editora Tinta-da-China foi eleitapara o Prmio Especial de Editorado Ano; O Prmio Especial da Crti-ca 2012 foi para a obra "Todas asPalavras: Poesia Reunida", de Ma-nuel Antnio Pina, publicada pelaAssrio & Alvim; O Prmio EspeciaCarreira (Editor) foi atribudo a VtorSilva Tavares, fundador da &etc.
Curso de Escrita Criativa car-ga horria de 14 horas, na AcademiaAPAMM de Ermesinde. Contactos: tlf-220924475, tlm-918963100; moradaRua Jos Joaquim Ribeiro Teles, n545, 4445-485 Ermesinde; email:[email protected]
A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS
Breves
que Jos Agostinho Baptista escreveu em
Inverno, poema que integra a obra Ago-ra e na Hora da Nossa Morte. O autor rabis-cou este livro de poesia secretamente e re-vestido de silncio enquanto assistia mortedo pai. Esta obra, do foro ntimo e corajoso,chega a ser um combate que o poeta estabele-ce com Deus e uma tentativa v de recordar ainfncia. Fala-nos do mais ntimo dos momen-tos a morte e com uma enorme aptido deacordar a emoo em quem l. No fcil en-trar neste tema sem estremecer porque ver amorte do outro meditar a prpria:aquilo que nos convoca para o silncio e
para / a mo que escreve, sonmbula e feroz,
estremecendo. (2)
E precisamente sobre este eterno as-sunto, melindroso e assombroso, que o au-tor nos comunica com uma rara sensibilida-de potica. No se pode esconder nada, nema dor, nem a perda. E com as palavras maissimples, que brotam abundantemente:
Em crculo,/ Esto os crios e as candeias,Nas aldeias de novembro elas tambm esto
Em crculo,/As mes que fecham a escurido.
(3)
Agora e na Hora da Nossa Morte igualmente o livro de estreia de SusanaMoreira Marques, ttulo pedido de emprsti-mo do livro de poemas de Jos AgostinhoBaptista. o desfecho da viagem que SusanaMoreira Marques, acompanhada pelo fot-
grafo Andr Cepeda, fez a Trs-os-Montespara seguir um projeto de prestao de cui-dados paliativos domicilirios, apoiado pelaFundao Calouste Gulbenkian.
Na cabea levava a ideia de uma reporta-gem e uma pergunta: O que que as pesso-as pensam no fim da vida, que sabedoriatm? Andou por aldeias longnquas e es-quecidas, visitou casas, falou com as gen-tes e escreveu sobre a morte como nunca seescreveu, tentando apanhar-lhe o tom e ade-quar-lhe a linguagem, libertando-se de luga-res comuns, sem nunca ceder emoo fcil.Num registo que mistura reportagem, ensaio,entrevista e dirio de viagem, "Agora e naHora da Nossa Morte" leva-nos para o lugar
voltars aqui. (1)
So talvez os ver-sos mais explcitos
FOTO ARQUIVO
aqui, nestas pginas.Brilhante livro de estreia que desafia os
limites no apenas da reportagem mas dos
gneros literrios. Esse livro um soco. um soco de vida.
Trecho: Quando soube que no sobrevi-veria doena e que no poderia continuar a
caminhar no vasto campo em frente de sua
casa, o caador que gostava de flores pediu
misericrdia, que o matassem depressa, por
favor. Morreu numa cama sem dizer ltimas
palavras de significado e nesse dia nasceu no
quintal um cachorro que nunca viria a ser
co de caa; foi ento levado para um caixo
e velado no centro da sua sala, os pssaros
empalhados com as asas abertas olhando-ode cima do armrio. Na varanda, com vista
para a terra que tinha sido a sua maior ale-
gria e que supunha ir gozar em pleno na ve-
lhice, tinha o vaso preferido que deu ainda
flor na Primavera aps a sua morte. (7)
(1) Jos Agostinho Baptista, in Agora e na hora danossa morte. Lisboa: Assrio & Alvim, 1998.(2) Ibidem.(3) Ibidem.(4) Susana Moreira Marques, in Agora e na Hora daNossa Morte, Tinta da China, 2012.(5) Ibidem.(6) Ibidem.(7) Ibidem.
Jos Agostinho Baptista
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde 1Histria
finais da dcada de 1950, osmovimentos de maior ativida-de e visibilidade eram as con-junturas eleitorais para a Presi-dncia da Repblica, com des-taque para as candidaturas deNorton de Matos (1949) e, so-bretudo, do prprio Humberto
Delgado (1958). Norton deMatos reuniu sua volta todaa oposio, prometendo a liber-dade e o reconhecimento dosdireitos dos cidados, casofosse eleito. No o foi, porquedesistiu do ato eleitoral ao ve-rificar que o resultado oficialseria fraudulento.
Humberto Delgado, o ge-neral sem medo, em 1958,tambm congregou na suacandidatura todos os movi-mentos oposicionistas ao re-gime. Militar de carreira, Hum-berto Delgado frequentara oColgio Militar e a Escola Pr-tica de Artilharia, subindo mui-
to rapidamente a longa carreirahierrquica, que fez dele, aos47 anos, o mais jovem generalda Fora Area Portuguesa.Claro que o regime tinha nele
EFEMRIDES DE ERMESINDE - FEVEREIRO
uma pessoa de confianaseno nunca alcanaria ogeneralato. To comprometidoestava com a situao polticaportuguesa, que, entre 1951 e1952, foi Procurador da Cma-ra Corporativa e, ainda na d-cada de 1950, representou Por-
tugal nas negociaes secre-tas para ceder a Base das La-jes, na Ilha Terceira (Aores)aos aliados americanos.
Os seus horizontes ideo-lgicos e polticos ter-se-o al-terado profundamente, quan-do, entre 1952 e 1957, se tor-nou chefe da Misso MilitarPortuguesa em Washington,contactando de perto, com re-gimes claramente democrti-cos. A pouco e pouco foi-seafastando do regime que o for-mara e que servira at ento.
Surgindo, entretanto, nocalendrio eleitoral portugu-s as eleies presidenciais,
o mais novo general da For-a Area (que fundara a TAPem 1945, e no ano seguinteinaugurara as carreiras are-as Lisboa Madrid e as liga-
ara se percebermelhor o querepresentou,na Histria dePortugal, a per-
sonalidade do gene-ral sem medo torna-se neces-srio fazer a contextualizaohistrica daquele perodo quedista de ns mais de meio s-culo.
A reviravolta na 2 Guerra
Mundial a favor dos Aliadosexerceu uma grande influn-cia poltica, econmica e so-cial na sociedade portugue-sa. A nvel poltico, ainda em1943, surgiu o MUNAF (Mo-vimento Nacional de Unida-de Antifascista) e, em 1945, oMUD (Movimento de Unida-de Democrtica) que preten-diam uma democratizao dasociedade portuguesa. Contu-do, a esperana gorou-se com-pletamente, houve apenas uma(re)composio ministerial, jque a conjuntura de GuerraFria que passou a viver-se aca-bou por ser favorvel ao regi-
me portugus que continuoua perseguir todos os oposito-res, rotulados de comunistas.
Mas a oposio ao EstadoNovo esteve sempre ativa. At
es regulares entre Portugale Angola e Moambique) mos-trou-se determinado em levara sua candidatura at ao fim.A sua clebre resposta: Ob-viamente demito-o, referin-do-se ao que faria com Sala-zar, no caso de vencer as elei-
es, catapultou-o para o in-condicional apoio das mas-sas, fazendo-o acreditar na vi-tria. Muitos o tentaramdemover, apontando-lhe osperigos que corria.
Mas, contra tudo e con-tra todos, apresentou-se aoato eleitoral depois de umacampanha promissora, cheiade banhos de multido.Mas a verdade que os re-sultados oficiais determina-ram a sua derrota e o EstadoNovo manteve-se, como sa-bemos hoje, mais 16 anos.
Finda a m experinciaeleitoral, seguiram-se sete
anos de exlio poltico. Este-ve primeiro no Rio de Janei-ro (Brasil), depois envolveu-se em peripcias polticas deque nada resultou, designa-
Foi no dia 13 de fevereiro de 1965 que o General
Humberto Delgado foi assassinado, juntamente com a
sua secretria brasileira, por elementos da PIDE que lheprepararam uma cilada perto de Badajoz, em territrio
espanhol. Contava apenas 59 anos de idade. A candida-
tura Presidncia da Repblica e a convico de que o
Estado Novo s poderia ser deposto na sequncia de
uma Revoluo ditariam o seu trgico fim.
Em22 de fevereiro de 1959, a Junta da Freguesia decidiu dar onome do famoso Almirante Carlos deViegas Gago Coutinho a uma rua deErmesinde.
Em meados de 1961 constituiu-se em Ermesinde uma Comisso deToponmia com o objetivo de dar nome
s ruas que ainda no o tinham. DessaComisso fizeram parte o Tenente-Coronel Aires Martins, ManuelFerreira Ribeiro Vereador, Dr. LusRamos Sub-Delegado de Sade, Pro-fessor Carlos Fernando Correia de S(mais tarde declina o convite justifi-cando a recusa por afazeres profissio-nais), Domingos Ferreira dos Santos representante da Imprensa e Delega-do da Junta da Freguesia, e BelmiroFerreira Mendes Vogal. Em feverei-ro de 1962, era aprovado o trabalho desta Comisso de Toponmia,sendo dados os seguintes nomes a ruas de vrias zonas da cidade: nazona de Porto-Carreiro (Gandra) Ruas de Angola, Cabo Verde, ndiaPortuguesa, Moambique, Guin, Eng. Armando Magalhes e D. Afon-so Henriques; na zona da Cancela D. Afonso de Albuquerque eAlexandre Herculano; na zona da Cancela-Resineira Jlio Dinis, Eade Queirs, Ponte dos Moinhos e Lus de Cames; na zona da Igreja-
Gago Coutinho na toponmia ermesindense
MANUEL
AUGUSTO DIAS
damente a tomada do pa-quete Santa Maria (1961) e oataque ao Regimento de In-fantaria n. 3 de Beja (na pas-sagem de ano de 1961 para1962). Em 1963 est na Arg-lia onde funda a Frente Patri-
tica de Libertao Nacional.Mas as malhas da polciapoltica portuguesa infiltram-se nas suas relaes, combi-nando uma suposta reunio
O general sem medofoi assassinado h 48 anos
Ermida Rua de S. Silvestre, Nossa Senhora de Ftima, Infante D.Henrique, Dr. Lus Ramos e Rua da Igreja; na zona da Bela lvares
Cabral, Bartolomeu Dias, SantoAntnio, Macau, Timor, Senhor dosAflitos, Calvrio; na zona da Formi-ga Outeiro de S.
Na mesma data, foram ainda
aprovadas algumas alteraes: aoLargo das Escolas (no Carvalhal) foiatribudo o nome de Alberto DiasTaborda (dois anos depois, AlbertoTaborda em carta enviada Juntade Freguesia pede que seja retiradaa lpide que d o seu nome ao antigoLargo das Escolas cf. ata da reu-nio da Junta de 16 de Fevereiro de1964, fl.58v.); Rua da Liberdade nazona da Cancela foi dado o nome deProfessor Sebastio Pereira; ao Lar-go da Feira o nome de Antnio da
Silva Moreira Canrio; parte da Rua Miguel Bombarda, entre aFbrica de Cermica e a Capela de S. Silvestre foi dado o nome de Vascoda Gama; continuao da Rua da Fbrica foi dado o nome de AlmeidaGarrett; e, uma vez que a Rua Jos Joaquim Ribeiro Teles vai da 5 deOutubro ao Colgio de Ermesinde, deu-se Avenida entre a Igreja deSanta Rita e a Ponte da Palmilheira o nome de Eng. Duarte Pacheco.
FOTO ARQUIVO M
Humberto Delgado (1906-1965)
poltica com a oposiSalazar, para 13 de feverde 1965, em Badajoz, que abaria com o seu assassto. S depois do 25 de Ao seu nome ganhou a auola de coragem e de he
cidade que hoje lhe reconcem e que est na origemtrasladao dos seus remortais para o Panteo cional.
Pedido de desculpas
aos nossos leitoresPor motivo de
erro tipogrfico aque a Redao do
jorn al A Voz d eErmesinde to-talmente alheia, afotografia de Afon-so Costa (ao lado)
que haveria de a-companhar o textodo nosso colabora-dor Manuel Augus-to Dias, no foi im-pressa na versodo jornal publicadaem papel no ltimonmero de A Vozde Ermesinde,deixando em seu lugar um retngulo em branco, emborativesse sido publicada corretamente na verso em .pdf c-pia daquela, publicada na nossa edio online.
Do facto pedimos desculpa aos nossos leitores e, natu-ralmente ao nosso estimado colaborador Manuel AugustoDias, que assim viu em parte desnaturada a sua colaboraonesse nmero referente rubrica de que, em boa hora, oautor encetou com a publicao no nosso jornal.
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12 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Patrimnio
A delimitao de Alfena com Folgosae So Pedro Fins 1689 (2)
TEMAS ALFENENSES
ARNALDO
MAMEDE (*)
metros, encontra-se um outro marco, um perfeito pris-ma regular de base quadrada, tambm em granito, ten-do inscritos nas faces laterais voltada para cada fregue-sia, o nome desta bem como o do Concelho a quepertence. Ter sido colocado em finais do Sc. XIX,ou j no Sc. XX, como muitos outros; depois queAlfena deixou de pertencer ao Concelho da Maia epassou a integrar o novo Concelho de Valongo, oslimites de Alfena com Folgosa e S. Pedro Fins passa-ram a ser tambm os limites dos referidos Concelhos.
Muitos outros marcos desapareceram ao longodos tempos, por ignorncia, ou por incria, vtimas dabrutalidade dos buldzeres e das escavadoras, no alar-gamento e melhoria de velhos caminhos, mais recente-mente, na plantao de eucaliptos, ou, simplesmente,aproveitados como ombreiras de cancelas de camposou bouas, para defesa dos gados alheios, nos temposda pastorcia dos gados que todos tinham, midos ougrados. Outros, porventura, servindo de lintel sobremodestas entradas de velhos pardieiros onde se guar-dava o po ou se recolhiam os animais.
Um pequeno parntesis para daqui lanarmos umapelo s entidades responsveis, Cmara Municipal e
Junta de Freguesia, por este Patrimnio, desconheci-do e ao abandono, que urgente proteger e divulgar.
Voltemos diviso de Alfena com Folgosa.O segundo marco foi colocado a 573 varas, apro-
ximadamente 630 metros (1 vara = 1,10 metros), doprimeiro, junto estrada de Vila do Conde, na margemdireita do ribeiro da Junqueira, o terceiro a 237 varas(260 metros) mais para o poente, o quarto no sop daserra, 201 varas (221 metros) sempre para poente,deste pelo Regueiro da Serra dos Vales, sempre parapoente at ao cimo, onde foi colocado o quinto marco,a 303 varas (334 metros) do anterior. Uma pequenanota para explicar de que Regueiro se trata.
Muitos leitores conhecero, decerto, uma antigafonte, atualmente desativada enquanto tal, mas aindahoje existente, situada margem da Estrada Nacional105-2, do lado direito de quem sobe do cruzamentoda Camposa para S. Miguel-o-Anjo, sensivelmente ameio caminho, onde antigamente os viajantes para-
m complemento da crnica publi-cada no nmero anterior (da auto-ria de Ricardo Ribeiro, presidenteda Direo da AL HENNA - As-sociao para a Defesa do Patri-mnio de Alfena, sobre o mesmo
tema), vamos agora tentar, em linguagem mais sim-ples e acessvel assim o esperamos , fazer comoque a "traduo" abreviada do Portugus arcaico
do sc. XVII, tal como se encontra no Tombo daIgreja de S. Vicente de Alfena, do Colgio do Carmoda Universidade de Coimbra.
Em 25 de junho de 1689, no lugar de Sanhas,no exato local onde se encontram trs freguesias,Alfena (Lugar da Ferraria), Folgosa (Lugar de Vilarde Luz) e gua Longa (Lugar da Pvoa) e, simulta-neamente, na atualidade, trs concelhos, Valongo,Maia e Santo Tirso, compareceram as entidadesdesignadas para executar a delimitao da freguesiade Alfena com a de Folgosa, dando, assim, incio aocumprimento da Proviso Real do Prncipe Regen-te D. Pedro, futuro Rei D. Pedro II, a solicitao doReitor do referido Colgio do Carmo, detentor dodireito de Padroado sobre a Igreja de Alfena.
A presidir ao ato, o Juiz Desembargador DoutorCristvo Alo de Morais; como representante de
Folgosa, o seu Reverendo Abade Pedro da AfonsecaCoutinho; o Procurador do Colgio, Manuel de PaivaBarro; os Louvados Francisco da Costa e Joo Afon-so; e ainda, o Escrivo, Manuel de Sousa Barbosa,mais o respetivo Porteiro (Pregoeiro).
E, a, por mandado do Juiz, com a concordnciados demais, representantes e louvados, foi levantadoo primeiro marco, um esteio de granito o coal marcotem humas letras que dizem Carmo, ao mesmo tem-po que ordenava ao "Porteiro" que lanasse o pregoque nenhuma pessoa, sob pena da Lei, quatro anosde degredo para as partes de frica e cem mil Reispara as despesas da Repartio, arrancasse o ditomarco.,Este marco continua no mesmo local onde hmais de trs sculos foi implantado, embora desgastadopelas intempries, pelos agentes naturais e, talvez,vtima de algumas agresses de humanos, visto que se
encontra no bordo de um velho caminho, outrora muitofrequentado por veculos de trao animal, mas a ver-dade que, ainda hoje, so bem visveis algumas das
vam para beber e descansar, o que ainda hoje suce-de, j que entre a estrada e a fonte h espao sufici-ente para parquear vrias viaturas.
O Regueiro mais no que a linha de guaque desce a encosta, no sentido de poente paranascente, que a atravessa a estrada em aquedutosubterrneo, at se juntar ao ribeiro da Junqueiraalgumas centenas de metros para nascente.
Assim, embora de um modo aproximado e me-nos rigoroso, tomando como referncia uma linha de-finida pelo marco implantado na Estrada de Vila doConde (atual EN 318), sobre a margem direita doribeiro da Junqueira e a fonte situada na EN 105-2, ameio caminho entre o cruzamento da Camposa e ocimo, junto a S. Miguel-o-Anjo, podemos dizer que,para norte desta linha territrio de Folgosa, e parasul da mesma territrio alfenense.
Do quinto marco, situado no cimo da serra, agoraem direo ao sul, sempre pela cumeada at ondetermina a diviso com Folgosa e comea a divisocom S. Pedro de Fins. Aqui chegados, mandou o Juizapregoar a Abadessa do Convento de S. Bento daAv-Maria, a quem pertenciam os respetivos dzimos,
que no compareceu nem enviou Procurador. Assim,aps o segundo prego, ordenou o Juiz que a divisoe medio se fizessem sua revelia, no sendo neces-srio o levantamento de marcos dada a recente de-marcao desta Freguesia (So Pedro Fins). A distn-cia do anterior ao marco existente de 236 varas (260metros). A diviso com a mesma de S. Pedro Finsprosseguiu, sempre para Sul, at ao meio da capela deS. Miguel-o-Anjo, cuja distncia ao Marco anterior de 92 varas ( 101 metros ).
A diviso continuou, sempre em direo ao sul,at onde comea a freguesia de Santa Cristina deFolgosa, do marco que a se encontra, tambm darecente demarcao de S. Pedro de Fins, ao anterior,
junto Capela, vo 342,5 varas (377 metros).Assim, a fronteira de Alfena com S. Pedro deFins tem uma extenso de 478 metros, nmero que
Cristina de Folgosa", agora com apoio nos maranteriores presente delimitao, da Comendguas Santas, com a Cruz de Malta esculpidabaixo relevo a Comenda de guas Santas perte Ordem do Hospital - (ver foto em anexo), senhdas terras dos lugares alfenenses confinantes Santa Cristina (o Lugar de Baguim), terminandmarco da mesma Comenda, situado na AgrMonforte, limite de Santa Cristina de Folgosa coLoureno de Asmes (Ermesinde), como tambatestam as Inquiries do Bolonhs de 1258.
De tudo que atrs se descreve, resulta, sem ququer dvidas, que a atual Freguesia de Folgosa, ctituda pelas freguesias medievais de S. SalvadoFelgosa e Santa Cristina de Vale Coronado, esta eta no sc. XVI e integrada na primeira, no tem ctinuidade territorial, entre ambas situa-se o lugaArcos, pertencente tambm medieval SanfinCoronado, atual freguesia de S. Pedro de Fins.
Porm, como no h limites para a imaginasobretudo em pessoas historicamente menos inmadas, h quem defenda que a continuidade territda Freguesia de Folgosa existe atravs de uma estfaixa de terreno, ligando o Lugar da Camposa a SCristina, havendo, inclusivamente, um mapa baste divulgado em certos meios maiatos de suportefico a tal pretenso.
Ora, como atrs recordamos, Alfena confrcom S. Pedro de Fins numa extenso de 478 meou seja, entre Folgosa (Lugar da Camposa) e Fol(Santa Cristina) no h s o lugar de Arcos, dPedro de Fins, h tambm quase 0,5 Km de territalfenense que os separa.
De resto, h longos anos que assim .Vejamos, ainda, um diploma da Chancelari
D. Dinis, do ano de 1312, que outorga uma cartForo a um casal na Ferraria, da Freguesia de S. Vicde Queimadela (atual Alfena), termo da Maia:
D. Dinis pela graa de Deus Rei de Pogal e do Algarve. A quantos esta carta vi
fao saber que eu dou e outorgo e a foro, p
todo o sempre, a Domingos Peres, morado
Alfena, e a sua mulher e a todos seus suce
res, um meu casal regalengo que em seu te
e que parte da Ferida do Malho directament
Penedo, e, desde a, como vai directament
rio da Ganza, e, desde a, pedra sobrepo
do vale de Martim, e, desde a, PELA ESP
DO MONTE DE S: MIGU EL; e, des de
directamente ao rio Lea, pela veia da gu
O casal regalengo sito no Lugar da Fertinha como limite a poente a "espiga", ou sejlinha de cumeada do monte de S. Miguel, disD. Dinis, vai para 700 anos.
Palavra de Rei.
(*) Membro da AL HENNA Associapara a Defesa do Patrimnio de Alfena.
CONS. REG. COM. VALONGO N. 56190 SOCIEDADE POR QUOTAS - CAPITAL SOCIAL: 20000 CONTRIBUINTE : 507 219 708
Site: www/afunerariamarujo.com / Email: [email protected]
ERMESINDESede:R. Manuel Ferreira Ribeiro, 304445-501 ErmesindeTEL: 22 971 4442FAX: 22 975 8926TLM: 91 755 4658/ 91 269 6074/ 91 689 7854
ALFENAArmazm:R. das Passarias, 4644445-171 AlfenaZONA INDUSTRIALDE ALFENATEL: 22 967 0005
letras que compem a palavra CARMO.A seu lado, a uma distncia de dois a trs
convm reter, como adiante se ver.Continuou a diviso com a "Freguesia de Santa
(Errado) (Correto)
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto
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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N. 902 28 de fevereiro de 2013 Coordenao: Miguel Barros
Rescaldo das finais Bilharsinde
FOTOS VOXX CLUB BILHAR
Durante uma semana e meia o centro comercialParque Nascente (em Rio Tinto) foi palco de uma dezenade finais de competies alusivas ao universo Bilharsinde.Organizadas pelo Voxx Club de Bilhar (de Ermesinde)as provas contaram com a presena de mais de uma centenade bilharistas, alguns deles de alto gabarito internacional!
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A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2DesportoII
BILHAR
FOTO VOXX CLUB BILHAR
FOTO CLUBE ZUPPER
As tacadas finais de uma dezenade competies do universoBilharsinde
MIGUEL BARROS
Conforme anuncimos na ltima edio (em papel), fevereiro foi o ms onde o bilhar
foi rei e senhor do panorama desportivo local, graas realizao de vrias finais de
competies alusivas ao universo bilharsinde. E pelo segundo ano consecutivo o
centro comercial Parque Nascente, em Rio Tinto, acolheu as provas organizadas pelo
Voxx Club de Bilhar (de Ermesinde), entre os dias 13 e 24, constituindo desta forma uma
autntica maratona de partidas de bilhar na variante de pool portugus que foram
presenciadas por alguns milhares de pessoas, que ao longo dos citados dias passaram
pelo citado recinto comercial. No total foram 10 as competies disputadas por alguns
dos melhores jogadores nacionais e internacionais. Comeando pelos mais novos, a
Taa Bilharsinde Jnior, prova na qual participaram cinco equipas, foi conquistada pelo
C.S. Trofa, que na final levou a melhor sobre o combinado do clube organizador, o Voxx
Club de Bilhar. No plano individual, a Bilharsinde Jnior foi arrecadada por Orlando Jos
Conde, bilharista do Caf S. Brs, tendo o pdio final ficado completo com Marcos
Ramada (2, atleta do Gondivai), e Ricardo Castro (3, pertencente aos quadros do Clube
Bilhar Netinhos). Participaram nesta Taa Individual Bilharsinde Jnior um total de 32
atletas, oriundos de 6 equipas.
Novidade foi tambm a primeira edio da Bilharsinde Cup, certame destinado ssenhoras! E no plano coletivo as primeiras a inscrever o seu nome numa competio na
qual estiveram em ao cinco equipas foram as Amigas do Bilhar, que na grande final
derrotaram as meninas do Voxx Club de Bilhar. No plano individual as Amigas do Bilhar
tambm fizeram a festa, j que Srgia Queirs venceu a Bilharsinde Cup Individual.
Logo no segundo dia de competio (dia 14) teve incio a prova de 64 Duplo KO Individual,
onde esteve em ao o tricampeo da Europa de bilhar 9 Ps, Manuel Pereira, aqui a
representar as cores do Clube de Bilhar Pedro Grilo. Este atleta confirmaria no Parque Nascente
todo o seu favoritismo nesta prova, j que na final (ocorrida no dia 24) bateu outro peso
pesado do bilhar portugus, Fernando Oliveira, atleta do Paparugui. A prova de 32 KO
Duplo Tacada Escocesa (em pares) foi vencida pela dupla representante do Clube de Bilhar
Pedro Grilo composta por Manuel Pereira (mais um ttulo!) e Joo Sousa.
J a Taa Liga Bilharsinde contou com a participao de 24 equipas, tendo como
vencedores os bilharistas do Clube de Bilhar Pedro Grilo. A Taa Liga Bilharsinde Indivi-
dual tambm ficou na posso do poderoso Clube de Bilhar Pedro Grilo, mais concretamente
atravs do seu jogador Joo Sousa, que na final bateu Hugo Saraiva, do 8 Pool Team.
Por fim a Taa Superliga Bilharsinde e a Taa Superliga Bilharsinde Individual, as
duas provas de maior cartaz deste evento, coroaram a equipa que dominou a edio de2013 do mega evento chancelado pelo Voxx Club de Bilhar, o mesmo dizer o Clube de
Bilhar Pedro Grilo. No plano individual Joo Sousa levou para casa mais um ttulo, desta
feita aps ter batido a jovem promessa do pool portugus, Rben Guedes, enquanto
que no plano coletivo os bilharistas de Pedro Grilo venceram a Taa Superliga Bilharsindedepois de um triunfo na final da competio sobre o New Academy.
No dia 24 caiu ento o pano sobre o evento, tendo decorrido a habitual cerimnia da
entrega de prmios aos novos(as) campees(s). A abrilhantar a cerimnia esteve o presidente
da Junta de Freguesia de Ermesinde Lus Ramalho, assim como o representante da Junta de
Freguesia de Rio Tinto, Artur S Reis, e o presidente do Voxx Clube de Bilhar, Fernando Duro
Satisfeito, e orgulhoso, estava naturalmente Adolfo Pinto, o grande mentor e di-
namizador das provas Bilharsinde, o qual nossa reportagem comeou por traar um
balano muito positivo do evento erguido pelo seu clube. Correu tudo muito bem,
estamos muito contentes, e com uma enorme vontade de continuar a trabalhar para que
no prximo ano seja ainda melhor. Quero destacar alguns aspetos que ajudaram ao
sucesso do evento, e em primeiro lugar sublinho a presena de pblico, a zona onde
estavam as mesas de bilhar tinham sempre muitos adeptos sua volta. Em segundo
lugar de destacar a qualidade dos atletas presentes, alguns de nvel internacional que
trouxeram um nvel de competio altssimo, e a prova disso que tivemos jogos que
demoraram trs horas a serem decididos (!), o que demonstra uma qualidade bilharstica
enorme. Em terceiro lugar, quero agradecer e destacar o apoio dado pelo pessoal da
segurana e manuteno do Parque Nascente, e estender esses agradecimentos prpriadireo do centro comercial pela cedncia do espao. Por ltimo, enaltecer o convvio e
amizade verificadas entre todos os participantes das competies, no fundo a essncia
das competies Bilharsinde, rematou Adolfo Pinto.
HQUEI SUBAQUTICO
Zuppersentraram em ao na temporadade 2013 de hquei subaqutico
Arrancou neste ms de
fevereiro a temporada de
2013 de hquei subaqu-
tico, com a realizao da
primeira etapa do Campeo-
nato Nacional, decorrida no fim
de semana de 16 e 17 de feve-
reiro no Complexo Olmpico de
Piscinas de Coimbra. Entre os
conjuntos presentes desta-
cam-se os ermesindenses do
Clube Zupper (na imagem), os
quais entraram numa compe-tio que esta poca sofreu al-
gumas alteraes impostas
pelo Instituto de Desporto de
Portugal. De acordo com este
organismo cada clube apenas
pode participar no campeona-
to nacional com uma equipa,
contrariamente ao que vinha
sucedendo at aqui, facto que
obrigou a Federao Portu-
guesa de Atividades Subqu-
ticas a criar uma espcie de
competio paralela, denomi-
nada de Open, onde os clu-
bes podem inscrever o nme-
ro de conjuntos que quiserem.
Open este que em Coimbra es-teve aberto a combinados in-
ternacionais, neste caso oriun-
dos da vizinha Espanha.
No campeonato nacional
o Clube Zupper foi olhado
com respeito pelos restantes
adversrios, at porque no
era toa que ostentavam o t-
tulo de campees regionais da
modalidade. Contudo, e ape-
sar das boas exibies, os
zuppers no foram alm do
penltimo lugar da competi-
o, sendo que em cinco en-
contros disputados conse-
guiram apenas um empate
ante o NS Coimbra , termi-nando os restantes com der-
rotas. O vencedor desta pri-
meira etapa foi o CN Amadora,
que venceu todos os jogos
em que participou, seguido
dos Aquacarca, do Eixo, e
dos Sharks.
J no Open o Clube Zup-
per que competiu com duas
equipas fez um pouco
melhor. Em nove partidas os
zuppers A somaram du-
as vitrias, um empate, e seis
derrotas, performance que
lhes valeu a 7 posio, com
sete pontos, ficando
frente de um dos dois con-juntos internacionais pre-
sentes, neste caso o Se-
vilha, ltimo combinado es-
te que no encontro de a-
bertura foi esmagado pelos
ermesindenses por 7-0!
Quanto aos zuppers B
quedaram-se pelo 9 e pe-
nltimo lugar, com trs
pontos somados, fruto de
uma vitria e oito derrotas
O vencedor deste Open foi
a equipa de Madrid, que
no perdeu um nico jogo!
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28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto
Ermesinde acolheimportante certame
damstico nacional
BASQUETEBOL
DAMAS
Suplemento de A Voz de Ermesinde (este suplemento no pode ser comercializado separadamente).
Coordenao: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Lus Dias.
SETAS
FOTO CPN/BASQUETEBOL
CPN alcana terceiro ttulo distritalno espao de ms e meio!
AVE/CPN
O basket cepeenista levou letra o velho ditado
que no h uma sem duas, nem duas sem trs, ao
conquistar neste incio de fevereiro o seu terceiro ttulo
distrital no curto espao de ms e meio! Depois das
iniciadas terem inaugurado as festividades em finais de
dezembro passado, e das juniores terem dado conti-
nuidade onda festiva no derradeiro fim de semana de
janeiro foi agora a vez das cadetes (na imagem) trazerem
para Ermesinde mais um caneco, o de campeo distrital
feminino do citado escalo. Facto consumado no pri-
meiro fim de semana de fevereiro, altura em que Matosinhos
recebeu a fase final do campeonato distrital. Prova onde
imagem do que tinha feito at ento na fase regular o
CPN teve um percurso 100 por cento vitorioso, ou seja, trs
vitrias noutros tantos encontros disputados. No primeiro
dia da competio (dia 1) a turma da nossa freguesia bateu
o Juvemaia por concludentes 82-35. Uma partida onde aps
um incio onde permitiram dois triplos ao adversrio as
cepeenistas para um resto de primeiro quarto sufocador e
intenso, acabando os primeiros dez minutos da partida com
uma vantagem de 43-10, sendo essa vantagem aumentada
progressivamente at ao resultado final de 82-35. No outro
encontro da ronda inaugural o Ncleo Cultural e Recreativo de
Valongo vencia o Desportivo da Pvoa por 19 pontos de di-
ferena.
No dia seguinte foi a vez das poveiras sucumbirem aos ps
das ermesindenses, num jogo onde estas ltimas no permitiram
ao adversrio passar a barreira dos 8 pontos por perodo. No
final o marcador indicava uns expressivos 101-26 a favor do
CPN! O ttulo estava cada vez mais perto, sendo que na outra
partida o Valongo derrotava o Juvemaia por 58-43, e assim sendo
o CPN-Ncleo Cultural e Recreativo de Valongo do dia seguinte
assumia contornos de verdadeira final.
E no domingo, aps o Juvemaia ter garantido o 3 lugar
aps bater o Desportivo da Pvoa, o CPN entrou em campo
para defrontar as vizinhas do Ncleo Cultural e Recreativo de
Valongo. Com uma entrada desconcentrada e perdulria
as ermesindenses permitiram ao adversrio colocar o jogo
a 01-10 nos primeiros trs minutos da partida, sabendo no
entanto reagir logo de seguida e acabando o perodo com
uma igualdade a 14 pontos. No segundo quarto, o CPN
manteve o ascendente demonstrado nos minutos finais
do primeiro quarto, colocando a partida a 11 pontos, mas
distraes defensivas e precipitaes ofensivas no ltimo
minuto permitiu que o adversrio reduzisse a diferena
para 4 pontos. 28-24 ao intervalo.
No terceiro quarto, o CPN entrou forte e decidido
realizando um parcial de 9-0 em menos de dois minutos
aumentando a vantagem para 15 pontos at ao final do
perodo (48-33), sendo que no ltimo quarto, apesar do
tudo por tudo dado pelo adversrio, as cepeenistas
no deixaram baixar da barreira dos 8 pontos de diferena
acabando por vencer a partida 60-51, sagrando-se assim
bicampes distritais de cadetes.
Para a histria ficam os nomes dos campees: Beatriz
Mesquita, Catarina Bonito, Catarina Miranda, Celeste
Almeida, Joana Gadelho, Joana Nora, Mafalda Sousa
Mariana Guerra, Rita Madureira, Rita Pereira, Rita Teixeira
Sara Miranda, Sara Moreira, Sofia Almeida (todas ela
atletas), Agostinho Pinto (treinador), Francisco Costa
(treinador-adjunto), Renato Horta (diretor) e de Julio
Costa (responsvel pela estatstica).
j no prximo dia 16 de maro que a nossa fregue-sia vai receber alguns dos melhores jogadores de damasnacionais, que aqui viro para disputar o I Open de Damas Clssicas de Ermesinde. Certame que ir decorrerno polivalente da Escola Secundria de Ermesinde, comincio agendado para as 14h00, estando sob a responsabilidade do Ncleo de Damas de Ermesinde, que contarcom o apoio da Federao Portuguesa de Damas, da Associao de Damas do Porto, e da Junta de Freguesia deErmesinde. Ao todo so esperados 80 damistas, em representao de equipas vindas de Mangualde, ViseuVizela, Gondomar, Valadares, Vila do Conde, LoboCoimbra, Aveiro, Santo Tirso, S. Pedro da Cova, So Jooda Madeira, e claro est, Ermesinde. Entre os nomessonantes j confirmados destaca-se o do maior jogadorportugus de todos os tempos, Vaz Vieira, que alis seralvo de uma homenagem durante o evento.
Paralelamente ser disputado pela primeira vez anvel nacional um torneio destinado ao escalo sub-15sendo que os interessados em participar no torneiodestinado s jovens promessas das damas deverocontactar os elementos da organizao Jorge TeixeiraRocha (91 63 53 499) e Srgio Bonifcio (91 57 83 707)
Conjuntos do Pedros Bar trazem umpouco de alegria ao triste cenrio
das equipas ermesindensesAVE
Est longe de poder ser considerada positiva a pocaque a maioria das equipas ermesindenses a competirnos trs escales da Associao de Setas do Porto est por estas alturas a protagonizar. Os maus re-sultados sucedem-se jornada aps jornada e comoconsequncia vamos vendo os clubes da nossa fregue-sia mergulhados no fundo das respetivas tabelasclassificativas. Uma das excees, ou as excees, soduas das quatro equipas que o Pedros Bar tem a compe-tir nas provas da Associao de Setas do Porto.
Equipas essas que se encontram na 2 Diviso, co-ladas ao lder deste escalo, o Inter Claudis Darts. Ena ltima ronda da prova, mais precisamente a 14, ocor-rida no passado dia 22 de fevereiro, houve um encontroentre os dois conjuntos do Pedros Bar, nomeadamenteo Pedros Bar X e o Pedros Bar. O triunfo sorriu a estesltimos, por 5-4, resultado que fez com que na tabelaclassificativa as duas equipas estejam agora de braodado na vice-liderana com 36 pontos, a quatro do InterCaludis Darts. Quem tambm d indcios de quererabandonar a parte inferior do quadro classificativo o
terceiro conjunto do Pedros Bar, os AusteridardosPedros, que ao vencer em casa dos Wizard Darts por6-3 elevaram para dois o nmero de vitrias consecuti-vas, subindo assim ao 12 lugar da classificao, agoracom 20 pontos. Quanto outra equipa de Ermesinde acompetir nesta 2 Diviso, os Cruzas, foram a Valongoperder com os Flexas por 0-9!
E na 1 Diviso da Associao de Setas do Porto odestaque vai mais uma vez para a Eleet Team/CafConquistador, equipa que vai de mal a pior! Na 14 jornadasofreu mais uma derrota, desta feita em casa do AddictedQuinta da Caverneira, por 4-5, o que lhe valeu mais umaqueda, desta feita at ao 6 lugar, onde se encontra com26 pontos, a 12 do lder provisrio, o Latitude. Menosmal esto os Arrebola Setas, que em casa venceram oderby ermesindense ante o Estdio Darts/40s Bar por6-3, subindo assim ao 5 lugar da tabela, contabilizando28 pontos.
Na 3 Diviso, a nica equipa da nossa cidade pre-sente, o Pedros Bar III, foi derrotada em casa, na 4
jornada, ante o Bar Sede Regufe, por 4-5, e ocupa assima penltima posio da classificao, com cinco pontos,os mesmos que leva de distncia Claudis II.
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A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Desporto
FUTEBOL
Ermesinde vive a melhor fase da temporada!J diz o ditado que no h mal que sempre dure, e depois de uma primeira volta do campeonato distrital da Diviso de Honra
verdadeiramente catastrfica, a equipa principal do Ermesinde Sport Clube parece agora ter encontrado os caminhos dos resultadospositivos, e sobretudo mantm e cada vez mais viva a esperana num final feliz, o mesmo ser dizer, permanecer no escalomaior da Associao de Futebol do Porto (AFP).
Neste ms de fevereiro a turma de Sonhos no perdeu um nico encontro (!), facto que se traduziu a melhor srie de resultadosaverbados em 23 jogos disputados. Em termos concretos os pupilos de Jorge Abreu somaram dois empates e festejaram duasvitrias seguidas (!) -, a ltima delas no passado domingo (24 de fevereiro) no reduto do Canidelo, por 1-0.
Esta sequncia de bons resultados fez com que o Ermesinde tivesse deixado o ltimo lugar da prova, indesejado testemunhopassado ao Perosinho, sendo que os rapazes da nossa freguesia ocupam agora a 17 posio, com 20 pontos, a somente oito dalinha de gua, isto quando faltam 11 jornadas para o final do campeonato. Seguidamente apresentamos os resumos das quatropartidas do Ermesinde no ms que agora finda, comeando pela j citada vitria em Canidelo, em partida alusiva 23 jornada. MB
O Ermesinde deslo-
cou-se na tarde do pas-
sado dia 24 ao terreno
do Canidelo (encontro
da imagem) para a lu-
tar pelos trs pontos em
disputa na 23 jornada
do campeonato da Divi-
so de Honra . O jogo na
primeira parte foi bas-
tante aptico, muita luta
a meio campo mas pou-
cas ocasies de perigo.
O Canidelo disps de a-
penas uma boa ocasio
para marcar, e o Erme-
sinde de poucas mais.
No entanto, na segunda
parte, com a atitude que
se viu logo no incio, ce-
do deu para perceber
que eram os forasteiros
que mostravam a inten-
o de amealhar os trs
pontos. O Ermesinde
tentou sempre ser dono
e senhor do jogo, com
muito mais iniciativas
de ataque que o seu ad-
versrio. Contudo os
gaienses dispuseram de
vrios livres em zona
frontal da baliza guar-
da de Rui Manuel, mas
s por uma vez criaram
um calafrio quando a
bola bateu com estron-
do no poste direito. No
mais se viu do Canidelo
nos restantes minutos!
At que ao minuto 88
Lea parte em velocidade
e carregado em falta
na grande rea, sendo
que o juiz da partida noteve dvidas e de ime-
diato apontou para a
marca de castigo mxi-
mo. Guedes, encarre-
gado da marcao, com
calma, faz o golo solitrio
da turma da nossa cidade.
Neste jogo os er-
mesindistas alinharam
com: Rui Manuel, Tiago
Silva, Hlder Borges,
Rui Stam, Delfim, Gue-
des, Ricardo Lea, Gato
(Davide, aos 65m), Diogo
Sousa, Paulo (Huguinho,
aos 55m) e Flvio Rocha
(Rivaldo, aos 55m).
MRCIO CASTRO