B-ESEIG - Dezembro de 2008

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Mestrado em Finanças Empresariais Dezembro 2008 Volume 1, Edição nº 3 B-ESEIG Rubricas Espaço Científico 2 Espaço Pedagógico 6 Destaque 10 Eventos 14 Notícias 16 T ribuna 19 Pontos de interesse especiais: Mestrado em Finanças Empresariais I Jornada Pedagógica Aluna de Design Industrial vence prémio de votação on-line do Concurso Nacional “Liberdade de Movimentos” Boletim Informativo da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão Os processos maturativos trazem habitualmente consigo uma maior autonomia, maiores responsabilidades e melhores competências. Estando a ESEIG a atingir a segunda década de existência, apraz-nos registar que o nível de maturidade da sua oferta formativa, a sua diversidade (verdadeiramente politécnica), assim como a dinâmica empreendida com todas as partes interessadas (alunos, pessoal docente, pessoal não docente, rede escolar local, autarquias, tecido empresarial, associações, IPP , escolas superiores, personalidades da vida pública, centros de investigação, etc.), oferecem bons indicadores de que o caminho que seguimos “é o caminho que devemos trilhar”. Os resultados das candidaturas às ofertas formativas da ESEIG ilustram a atractividade granjeada ao longo dos anos de prestação de serviços à Região e ao País, tendo havido o preenchimento de todas as vagas disponibilizadas. A par destes resultados, tivemos a aprovação do 1º Mestrado da ESEIG, temos aprovados também novas especializações e estamos prestes a entrar num novo ciclo de gestão e organização da ESEIG, não só pela autonomia da Escola com os estatutos a serem aprovados brevemente, como pela certificação da qualidade do Sistema de Gestão que procuramos obter . Com um número crescente de professores doutorados e a consolidação dos cursos já existentes junto do mercado de trabalho, estamos certos que a qualidade e a diversidade da oferta formativa aumentará, e com ela a nossa responsabilidade para com todos aqueles que nos procuram em termos da excelência dos serviços que prestamos. Editorial As Finanças Empresariais, desenvolvidas no actual contexto de gestão de empresas, têm constituído um especial instrumento de gestão para criação do valor da empresa, pelo que a ESEIG propôs a criação do Mestrado em Finanças Empresariais (2º ciclo de estudos) ao Ministério da Ciência, T ecnologia e Ensino Superior . Este Mestrado, já autorizado pela T utela, entrará em funcionamento no corrente ano lectivo. O Mestrado em Finanças Empresariais visa proporcionar uma formação especializada, altamente qualificada, no domínio da gestão financeira das empresas. Apresenta uma vertente profissionalizante, onde se acentua o conhecimento técnico/científico e a sua aplicação prática, visando satisfazer as necessidades de formação das pessoas que pretendem fazer carreira em gestão financeira das empresas, bem como daqueles que já trabalham e pretendem desenvolver competências nesta área. Em termos de saídas profissionais, o Mestrado em Finanças Empresariais proporciona competências profissionais para o exercício da função financeira nas organizações, em particular, para o exercício de planeamento financeiro, elaboração de planos estratégicos, planeamento do risco, racionalização de recursos e reestruturação de empresas. Este Curso dirige-se a titulares do grau de licenciado ou equivalente legal em Contabilidade e Administração, Gestão, Finanças, Economia, ou afim. Candidatos de outros domínios científicos são, igualmente, encorajados a inscreverem-se desde que apresentem curriculum relevante e/ou experiência profissional na área das Finanças Empresariais ou demonstrem capacidade e vontade em adquirir competências nesta área científica. O Mestrado em Finanças Empresariais tem a duração de quatro semestres, com um total de 120 ECTS. As unidades curriculares nos dois primeiros semestres apresentam uma natureza mais lectiva, a que correspondem 60 ECTS, que proporcionam uma formação especializada e avançada nas diversas vertentes das Finanças Empresariais e evidencia a opção por uma abordagem multidisciplinar com um contributo de unidades curriculares de várias áreas científicas. O plano formativo contempla, nesta decorrência, unidades curriculares fundamentais da área científica de Gestão como Práticas de Planeamento Estratégico, Avaliação de Investimentos, Gestão de Risco, Reestruturações, (Continua na página 12)

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Boletim Informativo da ESEIG

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Mestrado em Finanças Empresariais

Dezembro 2008 V olume 1, Edição nº 3

B-ESEIG

Rubricas

Espaço Científico

2

Espaço Pedagógico

6

Destaque 10

Eventos 14

Notícias 16

Tribuna 19

Pontos de interesse especiais:

• Mestrado em Finanças Empresariais

• I Jornada Pedagógica

• Aluna de Design Industrial vence prémio de votação on-line do Concurso Nacional “Liberdade de Movimentos”

Boletim Informativo da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão

Os processos maturativos trazem habitualmente consigo uma maior autonomia, maiores responsabilidades e melhores competências. Estando a ESEIG a atingir a segunda década de existência, apraz-nos registar que o nível de maturidade da sua oferta formativa, a sua diversidade (verdadeiramente politécnica), assim como a dinâmica empreendida com todas as partes interessadas (alunos, pessoal docente, pessoal não docente, rede escolar local, autarquias, tecido empresarial, associações, IPP , escolas superiores, personalidades da vida pública, centros de investigação, etc.), oferecem bons indicadores de que o caminho que seguimos “é o caminho que devemos trilhar”. Os resultados das candidaturas às ofertas formativas da ESEIG ilustram a atractividade granjeada ao longo dos anos de prestação de

serviços à Região e ao País, tendo havido o preenchimento de todas as vagas disponibilizadas. A par destes resultados, tivemos a aprovação do 1º Mestrado da ESEIG, temos aprovados também novas especializações e estamos prestes a entrar num novo ciclo de gestão e organização da ESEIG, não só pela autonomia da Escola com os estatutos a serem aprovados brevemente, como pela certificação da qualidade do Sistema de Gestão que procuramos obter . Com um número crescente de professores doutorados e a consolidação dos cursos já existentes junto do mercado de trabalho, estamos certos que a qualidade e a diversidade da oferta formativa aumentará, e com ela a nossa responsabilidade para com todos aqueles que nos procuram em termos da excelência dos serviços que prestamos.

Editorial

As Finanças Empresariais, desenvolvidas no actual contexto de gestão de empresas, têm constituído um especial instrumento de gestão para criação do valor da empresa, pelo que a ESEIG propôs a criação do Mestrado em Finanças Empresariais (2º ciclo de estudos) ao Ministério da Ciência, T ecnologia e Ensino Superior . Este Mestrado, já autorizado pela Tutela, entrará em funcionamento no corrente ano lectivo.

O Mestrado em Finanças Empresariais visa proporcionar uma formação especializada, altamente qualificada, no domínio da gestão financeira das empresas. Apresenta uma vertente profissionalizante, onde se acentua o conhecimento técnico/científico e a sua aplicação prática, visando satisfazer as necessidades de formação das pessoas que pretendem fazer carreira em gestão financeira das empresas, bem como daqueles que já trabalham e pretendem desenvolver competências nesta área.

Em termos de saídas profissionais, o Mestrado em Finanças Empresariais proporciona competências profissionais para o exercício da função financeira nas organizações, em particular , para o exercício de planeamento financeiro, elaboração de planos estratégicos, planeamento

do risco, racionalização de recursos e reestruturação de empresas.

Este Curso dirige-se a titulares do grau de licenciado ou equivalente legal em Contabilidade e Administração, Gestão, Finanças, Economia, ou afim. Candidatos de outros domínios científicos são, igualmente, encorajados a inscreverem-se desde que apresentem curriculum relevante e/ou experiência profissional na área das Finanças Empresariais ou demonstrem capacidade e vontade em adquirir competências nesta área científica.

O Mestrado em Finanças Empresariais tem a duração de quatro semestres, com um total de 120 ECTS. As unidades curriculares nos dois primeiros semestres apresentam uma natureza mais lectiva, a que correspondem 60 ECTS, que proporcionam uma formação especializada e avançada nas diversas vertentes das Finanças Empresariais e evidencia a opção por uma abordagem multidisciplinar com um contributo de unidades curriculares de várias áreas científicas. O plano formativo contempla, nesta decorrência, unidades curriculares fundamentais da área científica de Gestão como Práticas de Planeamento Estratégico, Avaliação de Investimentos, Gestão de Risco, Reestruturações,

(Continua na página 12)

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pretendemos fazer uma reflexão sobre a diferença entre dois instrumentos de análise muito utilizados em T eoria dos Jogos: Equilíbrio de Nash e Óptimo de Pareto. São instrumentos que se têm revelado muito úteis na análise de com-portamentos e resultados a esperar em situações de interacção entre dois ou mais agentes, situações particularmente

muito frequentes em Economia e nas Ciências Sociais em geral. O entendi-mento destes conceitos leva-nos à com-preensão das diferenças entre resulta-dos obtidos quando impera o individual-ismo e os resultados obtidos quando impera o colectivismo.

Resumo: O equilíbrio de Nash, utili-zado muitas vezes para solução de um jogo, não é necessariamente a “melhor solução” ou a que fornece o “melhor resultado”. Em muitas situações, todos os jogadores melhorariam os seus resul-tados caso pudessem, de alguma forma, acordar estratégias diferentes das do equilíbrio de Nash. Neste trabalho,

Integration of e-Learning Systems with Repositories of Learning Objects José Paulo Leal and Ricardo Queirós Proceedings of the 7th European Conference on e-Learning (ECEL), Agia Napa, Chipre, Novembro, 2008

l’enseignement supérieur portugais. Les résultats sont conformes aux hypothèses initiales selon lesquelles l’auto-efficacité a une valeur prédictive, liée aux attentes de résultats, des objectifs professionnels. Les attentes de résultats sont aussi prédictives des objectifs professionnels mais cette relation est partiellement médiatisée par l’auto-efficacité. Dans notre conclusion, nous dégageons les implications de nos résultats pour la recherche future et pour les interventions auprès des étudiants.

Resumé: Cet article, qui s’inscrit dans le cadre de la théorie sociale cognitive de l’orientation scolaire et professionnelle, présente un modèle sociocognitif spécifique à la transition entre l’enseignement supérieur et l’emploi, et il explore les relations entre auto-efficacité, attentes de résultats et objectifs professionnels. La recherche analyse les relations entre l’auto-efficacité à l’égard de la transition vers l’emploi, les attentes de résultats face au comportement de recherche d’emploi, et les objectifs professionnels auprès d’un échantillon de 629 étudiants en dernière année de

Espaço Científico

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La transition de l’enseignement supérieur pour le travail : Auto-efficacité, attentes de résultats et objectifs vocationnels Vieira, D. & Coimbra, J. L. L'Orientation scolaire et professionnelle, 37, nº1 (2008), 91-112

Equilíbrio de Nash versus óptimo de Pareto (racionalidade individualista versus racionalidade altruísta) Fernanda A. Ferreira e Flávio Ferreira Gazeta de Matemática: Sociedade Portuguesa de Matemática, 155 (2008) pp. 7-10

it. The two main points of this model are the definition of programming prob-lems as learning objects and the defini-tion of the core functions exposed by the repository. In both cases, this model follows the existing specifications of the IMS standard and proposes extensions to deal with the special requirements of automatic evaluation and grading of programming exercises. In the definition of programming problems as learning objects we introduced a new schema for meta-data. This schema is used to repre-sent meta-data related to automatic evaluation that cannot be conveniently represented using the standard: the type of automatic evaluation; the require-ments of the evaluation engine; or the

roles of different assets - tests cases, program solutions, etc. In the definition of the core functions we used two differ-ent web services flavours - SOAP and REST - and described each function as an operation for each type of interface. We describe also the data types of the argu-ments of each operation. These data types consist mainly on learning objects and their identifications, but include also usage reports and queries using XQuery.

Keywords: e-Learning; learning objects; content packaging; repositories; web services.

Abstract: This paper describes a com-munication model to inte-grate repositories of programming prob-lems with other e-Learning software components. The motivation for this work comes from the EduJudge project that aims to connect an existing reposi-tory of programming problems to learn-ing management systems. When trying to use the existing repositories of learn-ing objects we realized that they are mainly specialized search engines and lack features for integration with other e-Learning systems. With this model we intend to clarify the main features of a programming problem repository, in order to enable the design and develop-ment of software components that use

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Tese de Doutoramento

Titulo: Perspectiva sociocognitiva da transição do ensino superior para o trabalho: Influência da auto-eficácia e dos objectivos no sucesso de uma transição vocacional Diana Vieira Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Outubro de 2008

avaliação: uma primeira fase (fase 1) junto de alunos finalistas que se encontravam a frequentar o último semestre dos respectivos cursos e uma segunda fase (fase 2) cerca de um ano depois.

O estudo longitudinal preliminar (fase 1, n=629, Maio/2005; fase 2, n=259, Maio/2006) possibilitou, a par do estudo da transição para o trabalho, a validação inicial dos instrumentos de medida construídos neste trabalho: Auto-Eficácia na Transição para o Trabalho (AETT), Expectativas de Resultados face a Actividades de Procura de Emprego (ERAPE), Objectivos de Investimento Profissional (OIP), Resultados do Processo de Exploração Vocacional (RPEV), Satisfação com o Percurso Académico-Profissional (SPAP) e Satisfação no Trabalho (ST), os quais apresentaram características psicométricas satisfatórias. Os resultados do estudo preliminar e do estudo principal (fase 1, n=700, Maio/2006; fase 2, n=367, Maio/2007) evidenciaram que a auto-eficácia e os objectivos influenciam positivamente o sucesso na transição para o trabalho.

Estes resultados alertam para a importância das variáveis sociocognitivas na configuração das trajectórias académicas e profissionais.

Resumo: A transição do ensino superior para o trabalho - encarada como um processo temporalmente alargado que abarca a formação académica, a procura de uma actividade remunerada e a adaptação ao trabalho – é influenciada por uma multiplicidade de factores associados tanto ao indivíduo como ao seu contexto. Consequentemente, para melhor compreender a transição para o trabalho, procedemos à avaliação de variáveis sociocontextuais (género, nível educativo dos pais, estatuto profissional dos pais, nível de formação e área formativa), de variáveis psicológicas potencialmente influentes no sucesso desta transição (apoio social percebido, exploração vocacional, auto-eficácia, expectativas de resultados e objectivos) e de vários indicadores do sucesso na transição para o trabalho (satisfação com o percurso académico-profissional, média de conclusão do curso, estatuto laboral, satisfação no trabalho e salário). Realizaram-se dois estudos longitudinais do percurso académico e profissional de finalistas do Instituto Politécnico do Porto com dois momentos distintos de

Factors of Repatriates’ Turnover: Literature review Dora Martins, Teresa Proença, Arménio Rego 4Th Workshop On Expatriation, 23-24 October 2008, Las Palmas – Gran Canária (Spain)

The paper analysis organisational support practices designed to increase the power of etention and decrease the turnover .

We concluded that research about etention versus turnover of repatriates is scarce, mainly regarding the role a formal repatriation and retention programme in facilitating the retention of these employees with acquired international knowledge and skills, that is, the role that organisational factors play in voluntary turnover decisions.

Keywords: Repatriation; Retention; Turnover; International Human Resource Management Practices.

Abstract: One of the important challenges for multinational organisations is to increase the ability to retain their repatriates. The literature review shows high turnover rates amongst repatriates in the first two years following return from the international assignment. This paper discusses organisation’s (in)ability to retain its repatriates. A diversity of predictable factors of repatriates’ turnover is identified, including factors related to the job, the organisation, qualification, career development, personality, social context and the market.

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tion model. Both have been applied to support the decision-making processes in a real automobile assembly line as a network of four closed loops of ma-chines and intermediate buffers. This layout system reflects one of the most common configurations of automobile assembly and preassembly lines formed by conveyors. An analytical model and the simulation environment (ARENA) have been employed in order to allow production engineers to evaluate the behaviour of the assembly line. By using these models, one can then analyse the blocking and starvation phenomena on a complex assembly line, such as is consid-

ered in this work, which takes into ac-count the proportion of four- and two-door cars between the doors’ disassem-bly and assembly stations, which tends to contribute to an improved specifica-tion, characterization and definition of a more efficient planning and control sys-tem.

Keywords: Simulation; Automobile; Assembly, Manufacturing.

Abstract: Simulation and analytical models have proved to be powerful analysis tools in the study of complicated interactions and uncertainties in both manufacturing and assembly shop floor control systems. They allow users in-volved in modelling to make decisions in order to be proactive in determining which strategies are most appropriate. Both modelling tools seem to be useful in the evaluation of the performance of alternative system configurations and/or alternative operating procedures. This paper deals with the development of a comparative evaluation between an analytical model and a computer simula-

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Comparative Analysis between analytical and Arena simulation models applied to an Automobile closed loops assembly line, modelled like a network of closed-loops Luís Pinto Ferreira, E. Ares Gómez , G.C Peláez Lourido, A. Resano Lázaro, C. J. Luis Pérez Proceedings of 25 th International Manufacturing Conference:“Manufacturing and design – The Next Generation” (IMC2008), pp. 233-240, Ireland, 3rd-5th September 2008

Quantity stickiness versus Stackelberg leadership

Fernanda A. Ferreira In Michail D. Todorov (Ed.): Applications of Mathematics in Engineering and Economics. AIP (American Institute of Physics) Conference Proceedings, 1067, Sozopol, Bulgária. ISBN: 978-0-7354-0598-1 (2008) 313-320

its quantity if, and only if, it has adopted the flexible mode. Hence, if one firm chooses the sticky mode whilst the other chooses the flexible mode, then they respectively play the roles of a Stackelberg leader and a Stackelberg follower in the second marketing period. We compute the supply quantities at equilibrium and the corresponding ex-

pected profits of the firms. We also analyze the effect of the slope parameter of the demand curve on the expected supply quantities and on the profits. Keywords: Game Theory; Cournot model; entry; licensing.

Abstract: We study the endogenous Stackelberg relations in a dynamic mar-ket. We analyze a twice repeated du-opoly where, in the beginning, each firm chooses either a quantity-sticky produc-tion mode or a quantity-flexible produc-tion mode. The size of the market be-comes observable after the first period. In the second period, a firm can adjust

Teaching and Learning with Social Software in Higher Education Content Management Systems integrated with Web-based applications as a key factor for success Lino Oliveira, Fernando Moreira Proceedings of the International Conference of Education, Research and Innovation (ICERI 2008), Madrid, Espanha, 17 a 19 de Novembro de 2008

tions commonly called Web 2.0, with which these new students feel at ease, can bring benefits in terms of motivation and the frequency and quality of stu-dents’ involvement in academic activi-ties. An e-learning platform with web-based applications as a complement can significantly contribute to the develop-ment of different skills in higher educa-

tion students, covering areas which are usually in deficit.

Keywords: e-learning; web 2.0; social web; social software; collaborative work; teaching and learning methodolo-gies; open source.

Abstract: The change of paradigm im-posed by the Bologna process, in which the student will be responsible for their own learning, and the presence of a new generation of students with higher tech-nological skills, represent a huge chal-lenge for higher education institutions. The use of new Web Social concepts in teaching process, supported by applica-

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Volume 1, Edição nº 3 Página 5

Informação recebida no endereço [email protected].

Publicações de livros

Já se encontra à venda nas livrarias, o livro do colega Ricardo Queirós, publicado pela FCA -Editora de Informática. Sinopse: Hoje em dia as tecnologias de informação e comunicação, vulgarmente intituladas como TIC, são um lugar comum em casa, no escritório, na sala de aulas ou mesmo numa conversa de café. Com o advento da Internet, o computador , o instrumento central das

TIC, tornou-se uma janela para o mundo, sendo possível obter qualquer tipo de informação à distância de um clique e comunicar remotamente com qualquer pessoa. A nível profissional, as exigências do mercado obrigam a um acesso em tempo real à informação, factor primordial no sucesso empresarial. Outros factores como a mobilidade, consistência e integração da informação são importantes nesta sociedade global. É neste contexto, que surgem os dispositivos móveis, verdadeiros computadores de bolso, com boas capacidades de processamento, armazenamento e tecnologias de transmissão de dados. A plataforma Windows Mobile vem enriquecer o panorama do mundo móvel ao oferecer aos equipamentos, um conjunto de serviços base essenciais, que disponibilizam ao utilizador final, mecanismos promotores da produtividade, flexibilidade e consistência nos seus processos de trabalho. Neste contexto, estuda-se, na óptica do programador , a plataforma .NET , a sua Framework de desenvolvimento móvel (.NET Compact Framework 3.5), o seu ambiente de desenvolvimento integrado (Visual Studio 2008), a sua linguagem de programação (Visual Basic 9.0) e um conjunto de ferramentas e extensões que permitem a produção célere e consistente de software para equipamentos móveis, nomeadamente o SDK para o Windows Mobile 6.0.

O colega Flávio Ferreira publicou, na Editora Springer-Verlag, em co-autoria com Alberto Pinto, da Universidade do Minho, e David Rand, da Universidade de Warwick, Inglaterra, o livro intitulado Fine Structures of Hyperbolic Diffeomorphisms. Na contracapa do livro lê-se: "The study of hyperbolic sys-tems is a core theme of modern dynamics. On surfaces the theory of the fine scale structure of hyperbolic invariant sets and their measures can be described in a very complete and elegant way, and is the subject of this book, largely self-contained, rigorously and clearly written. It covers the most important aspects of the subject and is based on several scien-tific works of the lead-ing research workers in this field. This book fills a gap in the litera-ture of dynamics. We highly recommend it for any Ph.D student interested in this area. The authors are well-known experts in smooth dynamical systems and egodic theory." O Prefácio foi escrito por dois ilustres matemáticos: o brasileiro Jacob Palis e o argentino Enrique Pujals. Refira-se que Jacob Palis é o actual Presidente da "The Academy of Sciences for the Developing World" e da Academia Brasileira de Ciências, e foi Presidente da "IMU – International Mathematical Union" (1999-2002); e é Doctor Honoris Causa pelas Universidad de la Habana (2001), Universidad de Santiago (2000), University of Warwick (2000), Universidad de Chile (1997) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (1993).

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“avaliação” need not be seen as the ultimate destination, rather one of de stops en-route. It was also a simple way of indicating the need for some kind of “joined-up” system that would encourage students and staff to let go of custom and practice and have confidence in Bolonha, or the spirit of Bolonha. I referred to the Bolonha “brand” ant to issues of “ownership” and the perception of things won and lost…

2.ª COMUNICAÇÃO T ema: Protocolo de avaliação como cláusula compromissória da aprendizagem e como salvaguarda dos valores essenciais de formação

Autora: Iva Vieira

Resumo da autora: A aprendizagem, seja em que contexto for , depende de um conjunto de circunstâncias e de variáveis que antecedem e transcendem o próprio espaço e o tempo em que ela se desenvolve. Por ser um processo dinâmico, interactivo e interpessoal, a relação de ensino/aprendizagem reclama um vasto rol de competências de quem ensina – daí, que o professor não deva bastar-se com o saber transmitir , de forma clara e rigorosa, os seus saberes e conhecimentos práticos; nesta relação, o aluno deve sentir-se comprometido e cativado, porque é titular de um trajecto de vida e de uma experiência pessoal que podem relevar na formação, e, por outro lado, é portador de expectativas e interesses, continuamente legitimados, em sede de avaliação. Fundamental será que todos os agentes formativos assumam um compromisso que tenha em conta não somente os aspectos formais da aprendizagem (pré-requisitos, planos e conteúdos programáticos, modalidades e momentos da avaliação, e outros aspectos regimentais da formação) mas todos os outros que lhe são transversais, e que contribuem para a valorização humana e académica das partes, a assunção e/ou

consolidação de valores e princípios éticos essenciais a uma cultura organizacional, e a criação de um vínculo fiduciário e de respeito recíproco, que há-de pautar o desenvolvimento da relação de aprendizagem. Por estas razões, tenho celebrado com os meus alunos aquilo que denomino de “protocolo de avaliação”, apresentando, na primeira sessão da UC, um conjunto de regras que traduzem uma proposta relativa: • Ao código de conduta a observar

na relação pedagógica (direitos e deveres, v.g. pontualidade, respeito entre todos os agentes da formação, lealdade na aprendizagem e veracidade no trabalho)

• Aos conteúdos do programa, e os elementos, modalidades e momentos da avaliação.

Esta proposta admite, e exige, a reflexão, por parte dos alunos, permitindo, desde logo, exercício da sua autonomia e espírito crítico e a assunção das suas responsabilidades no processo de ensino-aprendizagem a que se vai dar início. Os alunos podem, e devem, fundamentadamente, colocar questões prejudiciais e propor conteúdos que considerem relevantes para a sua formação e o perfil de saída do Curso. O protocolo assume, deste modo, a natureza de uma cláusula compromissória da formação e deve ser pontualmente cumprido. Muito em síntese, são objectivos do protocolo: • Incentivar uma aprendizagem

responsável (através da assunção e cumprimento de um código de conduta ética e das regras estabelecidas para a aprendizagem);

• Fomentar o saber-ser, saber-estar, saber-saber e saber-fazer;

• Facilitar o auto-conhecimento e a auto-avaliação das partes envolvidas no processo;

• Reforçar a motivação, o

O “acroático” Processo de Bolonha consubstancia a mais profunda mudança no paradigma de ensino-aprendizagem, inculcando nos seus executores muitas dúvidas e angústias e muito poucas certezas. Desta forma, a monitorização constante do processo permitirá corrigir desvios e queimar etapas que ajudem a atingir o desiderato inicial. Assim, por iniciativa do Presidente do Conselho Pedagógico da ESEIG decorreu, no passado dia 24 de Setembro, uma Jornada Pedagógica com carácter interno, tendo sido apenas convidado o corpo docente da Escola. Nesta I Jornada Pedagógica não se elegeu nenhum tema em particular , convidaram-se os docentes a, livremente, escolherem as suas comunicações. Deste modo, foram apresentados e debatidos os seguintes temas:

1.ª COMUNICAÇÃO

T ema: Bolonha – arrivals or departures

Autor: Steven Sarson

Resumo do autor: This presentation was based around the acceptance of “change” and how it is almost impossible to judge the performance of courses/students (post Bolonha) unless the climate of teaching and learning within the school is open to the idea of change. I also mentioned the opportunities that exist to enforce changes, including seizing opportunities to introduce new lecturers, making curriculum changes and addressing how students meet with teachers as part of their course. I raised some issues concerning ways in which the assessment process and others conventions work against the idea of change, and perhaps most importantly, suggested that there should be greater dialogue between the various levels within education (secondary schools, polytechnics, etc.). During my presentation I sued the analogy of de Porto Metro and flagged up one of their schematic maps. This was my way of suggesting that

Espaço Pedagógico

I Jornada Pedagógica Alfredo Paulino

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Volume 1, Edição nº 3 Página 7

3.ª COMUNICAÇÃO T ema: Medida de combate ao insucesso em Matemática

Autora: Filomena Soares

Resumo da autora: Um número muito considerável dos alunos que ingressam no Curso de Contabilidade e Administração da ESEIG, entrou neste Curso sem frequentar Matemática (A), no Ensino Secundário. Isto é, muitos apenas frequentaram Matemática até ao 9º ano e, daqueles que possuem mais alguma formação a Matemática têm, no seu curriculum académico, uma diversidade de disciplinas que vão dos Métodos Quantitativos, existente antigamente no 10º ano, às MACS passando, eventualmente, pela Matemática B. Refira-se ainda que, este 9º ano foi, no mínimo, completado 3 anos antes de aqui ingressarem (e se “fugiram da Matemática” no ensino secundário, haverá certamente, uma razão óbvia subjacente). Perante esta heterogeneidade torna-se muito complicado, para não dizer frustrante, abordar conteúdos sem qualquer “fase preparatória”. Perante todos estes factos e constatações, foi proposta e aprovada, em Conselho Científico, uma alteração ao funcionamento da unidade curricular - Matemática, do 1º semestre do 1º ano do referido curso. Assim, desde o ano lectivo de 2007/08 que: • Existem turmas com duplicação de

carga horária (de inscrição voluntária, mas as mais frequentadas);

• T odos os alunos inscritos à disciplina serão submetidos a um teste de Avaliação Diagnóstica antes do início efectivo do funcionamento das aulas (em data marcada oficialmente);

• Os alunos que não atingem, nesse teste, os objectivos mínimos são aconselhados a frequentar uma turma com horário suplementar;

• A avaliação a esta unidade curricular é realizada de um modo modular/segmentado onde, além do programa “usual”, faz parte um “módulo zero” onde são abordados vários temas do ensino básico e secundário, sem os quais é impossível avançar .

Refira-se que, no ano anterior , apesar da taxa de sucesso nesta unidade curricular estar ainda longe dos 100%, os alunos foram unânimes quanto ao sucesso, necessidade e continuidade destas

alterações (informação obtida através do preenchimento de um questionário anónimo). Como qualquer outra proposta, esta não deixa de estar isenta a objecções e problemas até mesmo na sua implementação e no trabalho “extra” que é exigido a estes alunos. No entanto, julgo que todos os docentes do curso de Contabilidade da ESEIG têm consciência da “fraca” formação a Matemática de muitos alunos que recebemos, mas o facto é que os aceitamos e, portanto, eles são a nossa realidade, a realidade da nossa escola cujo nome prezamos e nos empenhamos em defender .

4.ª COMUNICAÇÃO T ema: Aprendizagem como um processo contínuo de competências

Autora: T eresa Pereira

Resumo da autora: Esta apresentação visou abordar as implicações do Processo de Bolonha nas metodologias de avaliação e parte da constatação de que o processo de avaliação contínua pressupõe uma avaliação faseada no tempo. Consequentemente, e dado o número de unidades curriculares (UC) em cada curso, parece inatacável a necessidade de haver um responsável em cada curso, por cada ano, que coordene os momentos de avaliação com objectivo de minimizar o impacto negativo dos picos de sobrecarga, o que se reflecte na qualidade dos trabalhos apresentados pelos alunos, e que resulta na deficiente assimilação/consolidação de conhecimentos e desenvolvimento de competências, muitas das quais sumativas para outros conteúdos dentro das UCs bem como para outras UCs do curso. É portanto imperativo considerar os seguintes objectivos como prioritários na definição e organização das UCs quer tomadas individualmente, quer na sua relação com as restante UCs do semestre ou do curso : • Possibilitar aos discentes e docentes

uma efectiva gestão do tempo; • Programar mais eficientemente os

conteúdos; • Melhorar da qualidade dos trabalhos e

resultados de avaliações sumativas. Porque o sucesso de aprendizagem pode ser condicionado pelo número de

desenvolvimento cognitivo e afectivo dos alunos;

• Desenvolver nos alunos a autonomia e a capacidade crítica, o gosto pelo saber e o espírito empreendedor;

• Comprometer o aluno no processo contínuo da sua formação (em contexto de sala de aula e outros), bem como da sua avaliação, tornando-os capazes de realizar um auto-diagnóstico das suas dificuldades e de conhecer e propor as estratégias para o seu sucesso;

• Colaborar com o aluno na obtenção e/ou utilização das “ferramentas” de que necessite para a aquisição e treino de competências (melhor gestão do tempo, utilização adequada dos recursos educativos, metodologias de estudo e pesquisa, exposição/resolução de dúvidas, detecção das dificuldades na leitura compreensiva de textos, incremento da oralidade e da comunicação;

• Valorizar o aluno como agente principal do seu processo pessoal de ensino/aprendizagem, com uma identidade própria, uma experiência e expectativas específicas (projecto de vida);

• Exigir o seu empenhamento e trabalho, como condição indispensável para o sucesso (na escola e no mundo do trabalho);

• Dar um reforço positivo ao esforço revelado;

• Consolidar a relação professor-aluno, com base no exemplo, na confiança recíproca, numa avaliação isenta e equitativa.

T odos os objectivos se entrelaçam naturalmente, à medida que avança o processo da própria UC; as conquistas graduais dos alunos - que testam, no terreno, os seus receios e capacidades - contribuem para a compreensão de que o seu trajecto académico, apesar de importante, representa uma curta fase da sua vida, durante a qual terão de assumir novos desafios com os outros, no seio das empresas e organizações, e consigo mesmos, através de uma aprendizagem contínua, um gosto permanente pelo Saber , um processo de conhecimento de si próprios, e o exercício de uma cidadania livre e responsável.

Page 8: B-ESEIG - Dezembro de 2008

“Para chamar a atenção do leitor,

coloque uma frase interessante ou uma

citação do bloco aqui.”

Legenda que descreve a imagem ou gráfico.

Legenda que descreve a imagem ou gráfico.

experiência, foi possível dar um pequeno contributo para despertar a reflexão sobre as questões da avaliação como aprendizagem, bem como um impulso para a definição de estratégias de avaliação integradas, a passagem à sua efectiva execução e medição. Acresce que falta uma reflexão mais aprofundada, bem como uma maior e mais frequente troca de experiências no intuito de consolidar as boas práticas adoptadas pelos docentes, pelo que o tipo de iniciativas que hoje nos reuniu deveria ocorrer com maior regularidade, e contar , se possível, com uma participação mais abrangente.

5.ª COMUNICAÇÃO T ema: A avaliação da avaliação pedagógica: relações entre o Conselho Pedagógico e as áreas científicas

Autor: Armando Silva

Resumo do autor: 1. RESPONSABILIDADE PELA

AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DOS DOCENTES

A avaliação pedagógica, coordenada pelo Conselho Pedagógico, é prevista na lei da autonomia do ensino politécnico (Lei 54/90), não especificando os instrumentos de avaliação. A avaliação pedagógica passou a estar explicitamente prevista na lei com a aprovação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, também aplicável ao subsistema politécnico, que fixa como competência dos Conselhos Pedagógicos "Promover a realização da avaliação do desempenho pedagógico dos docentes, por estes e pelos estudantes, e a sua análise e divulgação". No entanto, a avaliação dos docentes pelos alunos, um instrumento de avaliação dos docentes, tem sido prática regular em muitas instituições e ocasional noutras, já que constava dos processos de auto-avaliação realizados no âmbito da avaliação dos cursos promovida pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES). No que concerne à avaliação dos docentes pelos pares, pouco se avançou em Portugal.

O RJIES e a avaliação pedagógica O artigo 105 º da Lei nº 62/2007, de 10 de Setembro, que aprova o RJIES atribui ao Conselho Pedagógico, entre outras, a responsabilidade de a) Promover a realização de

inquéritos regulares ao desempenho pedagógico da unidade orgânica ou da instituição e a sua análise e divulgação;

b) Promover a realização da avaliação do desempenho pedagógico dos docentes, por estes e pelos estudantes, e a sua análise e divulgação.

No sistema universitário, o Estatuto de Carreira admite como via de passagem de assistente estagiário a assistente a prestação de provas que incluem avaliação pedagógica (Provas de Capacidade Científica e Aptidão Pedagógica e Provas de Agregação) e nos concursos para professor associado e catedrático exige a indicação das actividades pedagógicas desenvolvidas e no concurso para associado a apresentação do programa de uma disciplina como elemento de avaliação. Os professores têm aliás, nos termos do Estatuto de Carreira, de apresentar relatórios quinquenais de actividades científicas e pedagógicas.

2. OUTRAS EXPERIÊNCIAS DE

AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA (ver SNESUP)

A experiência do Reino Unido Noutros países (EUA, UK, etc.), a avaliação pedagógica é uma tarefa comum da instituição de ensino superior , havendo organizações nacionais que podem conferir um reconhecimento profissional do nível mínimo, ou de excelência, de desempenho pedagógico, como é o caso da Higher Education Academy (HEA), no Reino Unido. A HEA também colabora com as instituições de ensino superior na acreditação de cursos de formação pedagógica de docentes do ensino superior , entre outras tarefas. A avaliação pedagógica tem apresentado desenvolvimentos e, apesar de não ter atingido o estado de maturidade da avaliação científica (esta mesma, também ela, em constante necessidade de actualização), já possui instrumentos suficientes para permitir concretizar uma avaliação credível. Inúmeros

avaliações e porque os processos de avaliação constituem também processos de aprendizagem, quer para discentes, quer para docentes, é de suma importância reflectir sobre as metodologias, estratégias e sistemas a adoptar , i.e., definir o sistema de avaliação, ab initio, o número de avaliações (Máximo de 2 a 3 para UCs semestrais, e de 5 para UCs anuais) e calendarizá-las (por exemplo, trabalhos e projectos com entregas parcelares) de forma a permitir uma correcção tempestiva e fornecer feedback aos alunos em tempo útil, suportando e acompanhando efectivamente o seu processo de aprendizagem. Considerando a avaliação como processo de aprendizagem, importa ainda diagnosticar e claramente assumir os principais problemas com que nos deparamos, nomeadamente, o desconhecimento de como usar recursos de informação - o que leva a situações de plágio, por exemplo; relatórios mal feitos - sem princípio, meio ou fim; referências bibliográficas incorrectamente feitas, deficientes ou mesmo inexistentes, etc. Só assumindo estes problemas poderemos definir estratégias de combate com vista à melhoria contínua da qualidade da formação, a um maior rigor no uso da informação disponível e a uma aprendizagem consolidada. Estas estratégias podem passar por uma integração das várias iniciativas propostas pelos cursos (imprimindo-lhes um carácter obrigatório), sob a égide da direcção da Escola. A título de exemplo, ficam as seguintes sugestões para a 1ª semana do ano lectivo: • Sessões sobre recursos de informação,

pesquisa, sua utilização e referenciação;

• Sessões sobre a utilização das ferramentas de produtividade Office - Word (índices automáticos, referências e outros aspectos que os professores achem pertinentes); Powerpoint; Excel, etc;

• Ética;

• Gestão do tempo;

• Como estruturar um relatório (nomeadamente para os alunos cujo curso não integre uma UC de Metodologia da Investigação).

Para concluir , e considerando o tempo disponível para a abordagem do tema, parece-nos que, baseados na

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de cursos; 2. Ensino e/ou apoio à aprendizagem dos

alunos;

3. Avaliação e feedback aos alunos; 4. Desenvolvimento de ambiente

pedagógico adequado, orientação e apoio ao aluno;

5. Integração do conhecimento pedagógico, de investigação e de actividades profissionais, no ensino e apoio à aprendizagem dos alunos;

6. Avaliação da prática pedagógica e do desenvolvimento profissional do docente.

Conhecimento base

Conhecimento e compreensão de:

1. Matéria da disciplina; 2. Métodos apropriados de ensino e

aprendizagem da disciplina e ao nível académico do curso;

3. Como é que os alunos aprendem, quer genericamente quer na disciplina;

4. Uso de tecnologias adequadas à aprendizagem;

5. Métodos de avaliação da eficácia do ensino;

6. Implicações da garantia da qualidade e do fomento da prática profissional.

Valores profissionais 1. Respeito pela individualidade dos

alunos; 2. Compromisso para incorporar o

processo e resultados relevantes de investigação, conhecimento pedagógico e /ou prática profissional;

3. Compromisso para o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem;

4. Compromisso para fomentar a participação no Ensino Superior , para dar conta da diversidade e para promover a igualdade de oportunidades;

5. Compromisso para dar continuidade ao desenvolvimento profissional e à prática da avaliação.

3. O CASO DA ESEIG • LIGAR A AVALIAÇÃO

PEDAGÓGICA DOS DOCENTES À DEFINIÇÃO DE ÁREAS CIENTIFICAS QUE NUNCA EXISTIRAM

• PROMOVER AS BOAS

estudos e referências podem ser encontrados numa simples pesquisa na Internet (pesquisando, por exemplo, pelas palavras "evaluation of teaching"). A avaliação deve ser realizada com base em critérios previamente estabelecidos. A HEA tem definido esses critérios a partir de três níveis de proficiência. Os critérios dividem-se em que actividades docentes, conhecimento base (pedagógico geral e da disciplina) e valores profissionais do docente. O trabalho desenvolvido na avaliação do desempenho pedagógico dos docentes concorda que da avaliação devem constar dados de diversos instrumentos que devem ser sujeitos a comparação. Os instrumentos de avaliação podem ser divididos nos seguintes grupos:

1. Avaliação pelos alunos Os alunos têm uma perspectiva insubstituível no que respeita aos critérios dependentes do relacionamento directo com o docente, incluindo a clareza da explicação da matéria, a sequência de actividades de ensino, o apoio à aprendizagem, o feedback, etc.

2. Avaliação pelos pares Esta avaliação consegue informar do desempenho pedagógico, sobre outros critérios, que os alunos não conseguem, tais como, a adequação do programa da disciplina ao curso, conhecimento da matéria propriamente dita, dos métodos pedagógicos da disciplina mais eficazes, conhecimento dos métodos pedagógicos em geral, etc.

3. Portfólio Podem ser utilizados outros dados na avaliação dos docentes, tais como, informação sobre os planos de disciplinas ou de cursos, desenvolvimento de materiais pedagógicos (Moodle), tutória (horários de atendimento), apoio pedagógico aos pares, cartas de referência de antigos alunos e pares de outras instituições.

Os critérios da HEA para o reconhecimento do desempenho pedagógico dos docentes.

Critérios da HEA:

Áreas de actividade 1. Projecto e planeamento de

actividades de ensino e/ou programas

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM JORNADAS COMO ESTA

• REVER AS ATRIBUIÇÕES DAS COMISSÕES PEDAGÓGICAS DOS CURSOS COMISSÃO PEDAGÓGICA DO CURSO

1. Constituição Nunca foram definidos os elementos do Conselho Pedagógico que constituiriam a Comissão Pedagógica de Curso;

2. Atribuições

Acrescentar como atribuições: a) Planear e controlar a calendarização e

implementação da avaliação dos alunos;

b) Colaborar na definição de regras pedagógicas de elaboração de horários e de horários de atendimento.

3. Trabalho O CP não assumiu a monitorização da avaliação. Neste e noutros aspectos tem actuado por omissão dos protagonistas. Mesmo o calendário de exames sempre foi da responsabilidade do CC, que deveria apresentar uma proposta para aprovação do CP .

———

Os temas, aparentando motivações muito diversificadas, acabaram por emprestar ao evento uma unidade muito interessante, na medida em que apresentaram todos, entre eles, uma grande complementaridade. Os debates, que se seguiram à apresentação das comunicações, foram muito profícuos para todos os participantes, tendo ressaltado a convicção segura de que é necessário prosseguir com estas jornadas com alguma regularidade.

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Destaque

A organização curricular do projecto formativo em Recursos Humanos da Escola Superior de Estudos Industriais e de

Gestão (ESEIG) do Instituto Politécnico do Porto (IPP) baseia-se no equilíbrio entre a experiência profissional e o rigor científico. Esse pressuposto dá-nos a garantia de uma formação que promove, nos nossos formandos, competências de flexibilidade e aprendizagem contínuas tornadas visíveis ao longo dos 10 anos de vida do curso. A equipa docente é o suporte deste projecto, desenvolvendo a sua formação avançada (o curso de Recursos Humanos tem duas professoras doutoras, cinco mestres em doutoramento, três mestres e três licenciados.) As duas doutoras e quatro mestres dedicam-se ao curso em regime de exclusividade. Os restantes docentes repartem a docência com uma actividade profissional associada à área de Recursos Humanos. A prevalência de actividades no curso Recursos Humanos expressa-se na aproximação e actuação nas áreas específicas de recursos humanos quer na participação em projectos, quer na organização de eventos científicos e profissionais, quer na organização de seminários com convidados externos ligados às áreas de recursos humanos, ou em visitas pedagógicas a contextos ocupacionais que ofereçam garantias de aprendizagens. Génese do Projecto Formativo O curso de Recursos Humanos da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) do Instituto Politécnico do Porto (IPP) foi aprovado pela Portaria 50/96 de 19 de Fevereiro e entrou em funcionamento no ano lectivo de 1996/1997. Assinalam-se dois factores fundamentais na criação do curso: a pertinência de uma oferta formativa pública na área de Recursos Humanos (RH); as condições e pressupostos de política de expansão da ESEIG. O primeiro factor emergiu das

de criação de um 2.º ciclo. Estava criado o modelo de licenciatura bietápica em dois ciclos. O primeiro ciclo foi a continuação da terminologia e natureza graduada de um curso de bacharelato. O segundo ciclo constituiu-se no aprofundamento e consolidação dos modelos teóricos e na aplicação dos saberes operativos. Reforçou-se um conjunto de contributos teóricos e metodológicos das áreas disciplinares de Desenvolvimento Organizacional, de Avaliação e Qualificação e das Politicas Sociais de Recursos Humanos, indispensáveis ao desenvolvimento de competências de concepção, à leitura e interpretação dos contextos e processos de intervenção em recursos humanos e à análise crítica e reflexiva da prática do profissional de recursos humanos. Reforçou-se, também, o estabelecimento e articulação estreita entre o meio académico e o meio laboral em que os estudantes tinham espaços e momentos para o confronto entre o conhecimento teórico e o conhecimento prático podendo exercitar a elaboração de modelos de intervenção potenciadores do desenvolvimento dos recursos humanos. A estruturação e organização conceptual do plano de estudo agrupavam a natureza das unidades curriculares na seguinte terminologia: Propedêuticas – conjuntamente com os saberes prévios e básicos dão suporte às restantes disciplinas; Nucleares – produzem a natureza essencial do curso; Instrumentais – permitem o tratamento da informação correspondente e servem de mediação e tradução de saberes; Aplicadas – permitem uma articulação directa dos saberes específicos do curso com os actores e contextos reais de trabalho. Este plano de estudo propunha que os seus diplomados adquirissem competências genéricas no sentido de perspectivar a gestão e o desenvolvimento dos Recursos Humanos e das organizações a nível político e estratégico; perspectivar modalidades diversificadas de análise e intervenção em Recursos Humanos;

necessidades do mercado de trabalho para os profissionais de Recursos Humanos que se apresentavam com escassez de qualificação. Essa condição reflectia-se na liderança dos Recursos Humanos por profissionais de outras áreas que, forçosamente, se focalizava na função administrativa de RH. Os domínios da gestão e do desenvolvimento dos recursos humanos não estavam na esfera de RH. O segundo factor assenta na diáspora da ESEIG como instituição pública formativa. Implementação do Projecto Formativo Os primeiros três anos do curso RH funcionaram com o grau de bacharelato. Neste período ocorreram alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo no Ensino Superior com consequências nas tipologias e graduações no âmbito dos politécnicos que levou o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos a apresentar disposições em relação à natureza e estrutura dos graus concedidos. Nesse período, o curso de Recursos Humanos teve um número crescente de candidatos ao curso; o manifesto interesse dos estudantes no prosseguimento de estudos; tornou visível uma imagem e evolução do curso positivos decorrentes de auto-avaliações; realizou estudos no âmbito do Projecto Pic-Rhut onde se procedeu ao reconhecimento do tecido organizacional com identificação de práticas desenvolvidas nos departamentos de recursos humanos e à análise de cursos superiores e pós-graduações existentes no âmbito dos Recursos Humanos. Paralelamente integraram-se formalmente espaços disciplinares específicos para a real articulação entre realização e rigor conceptual. Desenvolveram-se projectos, estágios, realizaram-se Encontros anuais de Recursos Humanos, Seminários e criou-se o Serviço de Orientação Vocacional e Desenvolvimento da Carreira (SOVDEC). Essa experiência acumulou reflexões associadas que no seu conjunto facilitaram uma leitura científica dos contextos e processos de intervenção em Recursos Humanos. Isso induziu à elaboração da proposta

Projecto Formativo em RH Ester Vaz

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adoptar um posicionamento crítico na prática profissional; reconhecer a aprendizagem e o desenvolvimento contínuo como eixos centrais da sua actuação. As competências específicas orientavam-se para definir estratégias e políticas de gestão e de desenvolvimento de Recursos Humanos; organizar administrativa e financeiramente os Recursos Humanos; dominar os processos de avaliação e qualificação dos Recursos Humanos; conhecer o direito social e comunitário do trabalho; utilizar os modelos de gestão e de desenvolvimento de Recursos Humanos de uma forma adaptada ao contexto específico da intervenção; manusear ferramentas informáticas específicas de gestão de Recursos Humanos. Desenvolvimento do Projecto Formativo: Modelo de Bolonha. No princípio do século XXI ocorreram novas alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo no Ensino Superior no seguimento de directivas europeias com o objectivo de harmonizar a arquitectura do sistema Europeu de Educação Superior . A declaração de Sorbonne visava a convergência progressiva do sistema de graus e ciclos de ensino superior pré ”bachelor” e pós graduado ”master” e “doctor”, facilitando e removendo os obstáculos à mobilidade de estudantes e professores e ao reconhecimento transnacional de qualificações académicas. O curso de Recursos Humanos da ESEIG do IPP desencadeou um processo de reflexão no sentido da adequação da formação em Recursos Humanos ao Modelo de Bolonha. Delineou-se um plano de estudo com o 1.º ciclo, que confere o grau de licenciatura, e o 2.º ciclo que confere o grau de mestre. O 1.º ciclo, com 180 ECTS e a duração de seis semestres, tem por objectivo habilitar os estudantes com competências profissionais generalistas de recursos humanos. O 2.º ciclo, com 120 ECTS e duração de quatro semestres, permite aos diplomados realizarem uma especialização profissional. A definição das unidades curriculares e do plano de estudo teve por base os seguintes indicadores: - Qualificações profissionais dos técnicos

e dos gestores de recursos humanos de referência (CIPD/HRCI);

- Inquérito realizado aos diplomados e estagiários do curso de recursos humanos que identificam as principais e reais saídas profissionais dos

licenciados, especificando as áreas de intervenção em recursos humanos;

- Inquérito realizado aos estudantes com o objectivo de identificar as suas expectativas no que se refere às saídas profissionais do curso;

- Estudos sobre os currículos universitários e as práticas profissionais de Gestão de Recursos Humanos;

- Análise de cursos congéneres nacionais e internacionais;

- Resultados dos processos de auto-avaliação e avaliação externa.

Licenciatura (1.º ciclo) A estruturação curricular do 1.º ciclo tem forte sentido de continuidade através da unidade curricular de Seminário de Projecto/Estágio. É uma unidade curricular integradora e transversal a todos os anos curriculares do plano de estudo. Ela permite a articulação entre as várias unidades curriculares e a articulação dos estudantes com o contexto real de trabalho sendo o espaço e o momento privilegiados para o contacto com a realidade profissional dos recursos humanos. A licenciatura tem por objectivo que os estudantes desenvolvam competências genéricas associadas a interpretação analítica e integral de problemáticas configurando potenciais soluções; relacionar-se com qualidade e eficiência com os outros; adoptar um posicionamento crítico na prática profissional reconhecer a aprendizagem e o desenvolvimento contínuo como eixos centrais do exercício profissional. As competências específicas são conhecer os principais modelos e contextos de Recursos Humanos; organizar o trabalho e os Recursos Humanos; gerir administrativamente os Recursos Humanos; intervir ao nível de todos os subsistemas de Recursos Humanos; definir estratégias e políticas de Recursos Humanos e recolher e produzir informação de gestão. A metodologia pedagógica desenvolvida assenta na conceptualização do processo ensino/aprendizagem centrada na aprendizagem do estudante que combina a aquisição de competências técnicas específicas (desenvolvidas e avaliadas no âmbito de cada unidade curricular); a aquisição de competências gerais de interpretação, análise e resolução de problemas, mobilizando e transferindo os conhecimentos e as competências específicas na realização de um projecto interdisciplinar (com objectivos e

avaliação autónomos); a articulação com o contexto real de trabalho numa relação directa com profissionais da área da Gestão de Recursos Humanos e da experiência de realização de Estágios e de Projectos em contexto organizacional. Mestrado (2.º ciclo) O Mestrado em Gestão e Qualificação dos Recursos Humanos tem como objectivo formar Gestores de Recursos Humanos com competências de projectar a melhoria contínua na área dos Recursos Humanos, proporcionando uma especialização de natureza profissional na área de Gestão da Formação e Avaliação ou na área de Gestão do Desenvolvimento dos Recursos Humanos. A estrutura curricular do mestrado é constituída por unidades curriculares nucleares da área da Gestão de Recursos Humanos, organizadas num plano de estudos de quatro semestres curriculares com 120 ECTS. O primeiro ano curricular é composto por dois semestres com 30 ECTS em cada semestre. O primeiro semestre é constituído por unidades curriculares obrigatórias e o segundo apresenta dois percursos de especialização à escolha do aluno. Cada área de especialização integra quatro unidades curriculares específicas com 20 ECTS e duas comuns aos dois ramos com 10 ECTS. O segundo ano curricular , com 60 ECTS, integra um estágio profissional associado a uma dissertação final de mestrado, que representa 45% dos ECTS totais do ciclo de mestrado. Neste segundo ano o estudante terá orientação científica e pedagógica num Seminário de acompanhamento que corresponde a 6 ECTS. Este mestrado aguarda aprovação do Ministério da Ciência, T ecnologia e Ensino Superior . Maturação do Projecto Formativo A equipa de docentes do curso de Recursos Humanos desenvolveu um plano estratégico de desenvolvimento do curso no sentido de responder às necessidades expressas dos seus diplomados, às exigências do mercado e às exigências de melhoria do ensino/aprendizagem. T rabalhou-se para a expansão do projecto formativo em duas dimensões: as pós-graduações e a investigação. Foram aprovadas as pós-graduações em “Gestão da Formação” e “Gestão de Recursos Humanos para Gestores de

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Pessoas” que entrarão em funcionamento no início de 2009. Foi criado o Núcleo de Investigação e Desenvolvimento em Recursos Humanos (NID-RH) que tem por objectivo incentivar e potenciar actividades de investigação promovendo linhas de investigação nas áreas de Recursos Humanos. O NID-RH estruturou-se em 2007 e iniciou a sua actividade em 2008 com dois projectos de pesquisa em curso. Projecta-se o seu desenvolvimento com a participação dos docentes do curso de Recursos Humanos e parcerias institucionais que permitirão a partilha e enriquecimento do saber com investigadores externos. A formação dos diplomados do curso Recursos Humanos, especificamente as disciplinas “Concepção e Gestão da Formação” e “Métodos Pedagógicos e Técnicas de Formação”, habilita-os a

aceder à certificação da aptidão de formador . Essa habilitação foi reconhecida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, Departamento de Formação Profissional, Centro Nacional de Qualificação de Formadores a certificação da Aptidão, em Outubro de 2008. O projecto formativo de Recursos Humanos desenvolveu, ao longo dos 10 anos, um intercâmbio com universidades europeias. T eve como pressuposto o alargamento de experiências entre docentes e alunos de diferentes universidades na perspectiva do conhecimento científico, do relacionamento pessoal, da cultura e dos estilos de vida. Privilegiou-se a comunicação com universidades onde se evidenciava o capital humano como objecto em formação. Iniciou-se e incentivou-se a

mobilidade de estudantes e professores através do programa Sócrates/Erasmus. Desenvolveu-se uma parceria no âmbito do programa “Módulo Europeu” ajustando-nos progressivamente a um modelo comum de construção de módulos em áreas específicas e a ensinar nas instituições parceiras. A cooperação efectuou-se pela realização e renovação de contratos com instituições académicas europeias enquadrada em programas comunitários. O projecto formativo em RH da ESEIG sendo uma referência nacional no âmbito da formação de profissionais de RH, pretende assumir-se cada vez mais como uma primeira escolha daqueles que procuram uma formação inicial ou pós-graduada em RH.

Mestrado em Finanças Empresariais

Fusões e Aquisições, Finanças Internacionais, Financiamento de Investimentos, Complementos de Controlo de Gestão e Empreendedorismo. Foram ainda contempladas unidades curriculares nas áreas científicas de Contabilidade (Contabilidade e Finanças das Instituições Financeiras e de Seguros), Direito (Direito Europeu de Negócios), Fiscalidade (Fiscalidade Internacional), Economia (Moeda e Financiamento) e Matemática (T eoria dos Jogos e Métodos de Previsão).

No 3º semestre, os Estudantes frequentam a unidade curricular de Seminários (10 ECTS) que tem por objectivo a partilha de conhecimentos e experiências, procedendo-se ao convite de individualidades de referência, entre académicos e profissionais, na área das Finanças Empresariais. Serão igualmente apresentados e discutidos trabalhos de investigação já realizados e em curso, permitindo aos Estudantes identificar e discutir áreas e processos de investigação com interesse para o seu trabalho em desenvolvimento. Nesses seminários, os estudantes tomarão contacto com aplicações empíricas, o que permitirá ilustrar as potencialidades da aplicação dos instrumentos analíticos à realidade que se quer estudar .

Em simultâneo, mas durante um ano, na

(Continuação da página 1) unidade de Dissertação/Projecto/Estágio (50 ECTS), qualquer que seja a opção do Estudante, haverá lugar à realização de um trabalho que vise a aplicação integrada de conhecimentos e competências adquiridas ao longo do Curso a situações de interesse prático actual, no contexto de um problema específico na área de conhecimento de Finanças Empresariais, e a apresentação de propostas de interpretação e de soluções adequadas.

A concessão do grau de mestre pressupõe a aprovação em todas as unidades curriculares do 1º ano, de Seminários e a elaboração, discussão e aprovação da Dissertação/Trabalho de Projecto/Relatório de estágio.

Prevê-se que o Curso se inicie em Fevereiro de 2009 e decorrerá nas instalações da ESEIG, em horário pós-laboral e sábados de manhã, com 20 horas semanais. As candidaturas decorrem entre os dias 10 de Dezembro de 2008 e 5 de Janeiro de 2009. Os Estudantes que concluíram no ano lectivo de 2007/2008, na ESEIG, a licenciatura em Contabilidade e Administração adequada ao Processo de Bolonha, o Plano de transição em Contabilidade e Administração ou a licenciatura Bietápica em Contabilidade e Administração (Ramo Administração de Empresas ou Ramo Auditoria) têm, no corrente ano lectivo, acesso directo

a este Curso de Mestrado, mas deverão proceder a uma pré-inscrição nos prazos referidos.

Para os Estudantes que optaram por realizar o seu percurso académico na ESEIG espera-se que este 2º ciclo de estudos constitua, novamente, um incentivo para a sua progressão académica.

Conceição Castro

Coordenadora do Mestrado em Finanças Empresariais

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A promoção da igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior e a necessidade de fomentar a cultura de aprendizagem ao longo da vida foram as principais razões que levaram o poder político a alterar , pela segunda vez, em 30 de Agosto de 2005 a Lei de Bases do Sistema Educativo e a criar o Decreto-Lei nº 64/2006 de 21 de Março que definiu as condições especiais de acesso e ingresso no ensino superior a maiores de 23 anos. Como características decisivas deste regime especial de acesso ao ensino superior destaca-se o facto de cada uma das instituições de ensino superior ter a autonomia e a liberdade para, dentro de certos limites, definir e aplicar o seu mecanismo de selecção dos candidatos maiores de 23 anos, torneando-se assim os tradicionais exames nacionais de acesso. Concretamente, o Decreto-Lei referido impõe a obrigatoriedade de, para avaliar a capacidade de frequência de um curso de licenciatura, serem realizadas: provas de avaliação de conhecimentos, uma entrevista para avaliar as motivações dos candidatos e ainda que seja apreciado o currículo escolar e profissional dos mesmos, com foco preferencial nos aspectos associados à candidatura. No Instituto Politécnico do Porto (IPP) seguiu-se muito de perto tal determinação, na medida em que, a avaliação dos candidatos é composta de uma prova de compreensão e expressão escrita (PCEE), uma prova específica (PE) adequada a cada curso, uma entrevista e ainda a competente avaliação curricular de cada um dos candidatos. A cada uma das provas foi atribuída (em 2008) uma ponderação de 25%, sendo a entrevista ponderada em 30% e a avaliação curricular em 20% da nota final média; saliente-se que não existe qualquer nota mínima para qualquer das componentes referenciadas. Em 2008, o processo iniciou-se em 25 de Março com a afixação do Edital de abertura e do Regulamento das Provas, prosseguiu com a realização das provas escritas em Abril (PCEE) e Maio (PE), continuou com as entrevistas e avaliações curriculares em início de Julho, atingiu a fase decisiva com a publicação das notas finais por candidato e a publicação das vagas por

ESEIG. Note-se, por outro lado que, em 2007, a ESEIG era a 3ª escola do IPP em termos do nº de candidatos, tendo no entanto perdido, em 2008, tal estatuto pois “apenas” registou um crescimento de 28% face a 2007, quando no conjunto do IPP e neste mesmo ano o crescimento de candidatos foi de 75%. Na ESEIG e em termos de candidatos por cursos, Recursos Humanos foi em cada um destes 3 anos o que mereceu mais preferências dos interessados em estudar na nossa escola, sempre seguido do curso de Gestão e Administração Hoteleira; aliás estes 2 cursos no seu conjunto representaram sempre e em todos os anos mais de 50% do total de candidatos, embora não representem mais que 30% das vagas totais para este regime de acesso, na nossa escola. Finalmente uma palavra sobre o futuro. Por um lado, admite-se que esta modalidade de acesso ao ensino superior continue a ganhar importância no país, no IPP e na nossa escola; por outro lado, considerando que apenas 20% dos candidatos a cursos no IPP conseguiram vagas em 2008 (29% na ESEIG) e que esta percentagem tem tendência para subir , como se vê nos quadros anteriores, levanta-se a questão de introduzir notas mínimas eliminatórias quer na PCEE, quer nas PE, de forma a evitar o prolongamento (desnecessário) das ilusões de candidatos que nunca terão lugar nas nossas escolas.

curso (finais de Julho) e vai, por fim, concluir-se em 23 de Outubro quando se processar a matrícula e inscrição dos candidatos que tenham apresentado reclamação face aos Editais de colocação de candidatos aos concursos especiais (entretanto publicados em 12 de Setembro). Para a concretização de todos estes passos no processo de avaliação foram definidos, em cada escola, júris que no caso da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão envolveram 34 docentes, distribuídos entre 3 docentes nos Júris da PCEE, 24 docentes nos Júris das PE e ainda 15 docentes nos Júris de Selecção e Seriação (para a realização das entrevistas e avaliação curricular). Por outro lado, e em face da flexibilização que o processo de avaliação representa (por comparação com o regime geral de acesso) e em face da enorme oportunidade que representa este esquema para pessoas cuja carreira escolar foi interrompida por variadas razões, não admira que em 2007, no país, a quota dos candidatos maiores de 23 anos representasse já 15% dos novos estudantes, num total nacional de 11.773 candidatos maiores de 23 que se inscreveram de facto no ensino superior universitário e politécnico. Ao nível do IPP e da ESEIG o crescimento da importância deste tipo de publico é bem evidente no exposto nos Quadro 1 e 2, onde se pode observar que o nº de candidatos quadruplicou de 2006 para 2008 ao nível do IPP e triplicou ao nível da

Os Maiores de 23 Anos e o Acesso ao Ensino Superior Armando Silva Representante da ESEIG na Comissão do IPP de Supervisão e Acompanhamento dos Maiores de 23 anos.

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Eventos

Conferência de Recursos Humanos 2009 - CIIRH09

A Conferência Investigação e Intervenção em Recursos Humanos: Dos modelos teóricos às boas práticas profissionais, a realizar no dia 25 e 26 de Setembro de 2009 na ESEIG/IPP , é um convite para a construção de respostas às diferentes problemáticas de Recursos Humanos com que todos os que trabalham com pessoas se deparam. Repensar a gestão e o desenvolvimento das pessoas no contexto amplo e exigente da sociedade de risco que enquadra o actual paradigma económico-social é um desafio para aqueles, cuja actividade profissional se centra neste objectivo, seja no papel de gestor , de técnico, de consultor , académico ou educador . É com base nesta complexidade da área de RH que esta conferência se propõe a confluir perspectivas multidisciplinares e olhares

teóricos e práticos sobre temáticas transversais no âmbito das PESSOAS e das suas OCUPAÇÕES, promovendo e ampliando a discussão a profissionais e investigadores de diferentes domínios de actividade e conhecimento. É um convite ao encontro e debate de ideias e propostas promotoras de desenvolvimento dos RH, que poderão ser apresentadas através de comunicações orais (conferências, simpósios, comunicações livres) ou em forma de poster (com espaço e tempo de discussão).

O Núcleo de Investigação e Desenvolvimento em RH do Curso de RH da ESEIG será o anfitrião nas acolhedoras cidades de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, esperando com este evento debater e partilhar conhecimento

2º Encontro de Gestores Hoteleiros

certificações existentes no mercado para a área do turismo e hotelaria, bem como as experiências detectadas com as certificações actuais, o debate da importância das normas de gestão e a apresentação de alguns casos de sucesso com a sua implementação. Envolveu a comunidade empresarial, os estudantes, os docentes e investigadores que reflectiram e

Os finalistas do Curso de Gestão e Administração Hoteleira da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, organizaram o 2º Encontro de Gestores Hoteleiros subordinado ao tema Certificação dos Sistemas de Gestão como Estratégia de Negócios. O evento teve lugar nas instalações da ESEIG, durante o dia 26 de Novembro. T eve como principais objectivos a apresentação e o debate das principais

As Segundas Jornadas Luso-Brasileiras de Ensino e Tecnologia em Engenharia - JLBE09, serão um fórum para a abordagem de assuntos técnicos e científicos mais relevantes em relação às áreas de Ensino, Gestão, Projecto, Ambiente, Urbanismo, Energia, Materiais e Processos.

Estas Jornadas são organizadas pelo Instituto Politécnico do Porto - Portugal e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Brasil.

O evento está estruturado em Sessões Plenárias e Técnicas nas áreas referidas. As comunicações das Jornadas constituem uma referência de interesse actual e linhas de trabalho futuras. A JLBE 2009 será realizada no Instituto Politécnico do Porto, na cidade do Porto - Portugal, no período de 10/02 a 13/02/2009, com actividades divididas entre o ISEP e a ESEIG. Mais informações no site http://www.isep.ipp.pt/jlbe09/.

Segundas Jornadas Luso-Brasileiras de Ensino e Tecnologia em Engenharia - JLBE2009

debateram temas relacionados com a gestão das unidades hoteleiras. A programação e outros detalhes do evento estão disponíveis no site www.eseig.ipp.pt/seminariogahoteleira.

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Programa • 16 de Dezembro: A Nova

Comunidade EU.IPP Responsáveis: Ricardo Queirós (ESEIG) e Paulo Calçada (IPP) Descrição: Ferramentas Google Apps for Educations - Google Mail, Docs, Calendar , Talk e Sites.

• 13 de Janeiro: Criação de

Relatórios Responsáveis: Cândida Silva e Susana Martins (ESEIG) Descrição: Ferramenta de construção de relatórios, organização bibliográfica e citação.

• 17 de Fevereiro: Estratégias de

pesquisa e boas práticas Responsáveis: Cândida Silva e Susana Martins (ESEIG) Descrição: Ferramentas de pesquisa - Goolge Search, Google Reader , B-on; Boas práticas - Ética e plágio.

Apresentação O ciclo de Workshops é organizado pelo Departamento de Informática e é composto por sessões práticas, no formato de workshops, focadas na utilização de tecnologias de informação com interesse relevante para a comunidade estudante da ESEIG. Objectivos • Fornecer competências base para a

execução de tarefas essenciais e fazendo uso das novas tecnologias no sentido de acelerar e tornar mais consistente o seu processo de execução.

• Envolver e sensibilizar a comunidade dos alunos a reflectirem temas relacionados com o uso das novas tecnologias;

• Promover as novas tendências tecnológicas entre os alunos;

• 13 de Março: Criação de Apresentações Responsáveis: Mário Pinto (ESEIG) Descrição: Ferramentas e boas práticas na concepção de apresentações; comunicação e postura.

• 08 de Abril: Sistema Operativo Linux Responsáveis: André Dias e Hugo Ferreira (ESEIG) e Carlos Almeida Descrição: Apresentação, instalação e utilização de uma distribuição Linux.

• 05 de Maio: Aplicações Web 2.0 Responsáveis: Lino Oliveira (ESEIG) Descrição: Publicação on-line ao alcance de todos.

Informações e Inscrições em http://www.eseig.ipp.pt/di.workshops

ou pelo email [email protected]

Ciclo de Workshops 2008/2009 Departamento de Informática

intuito de relacionar o Curso de CTDI com os demais e restante comunidade ESEIG propomos, desta forma, observar algumas matérias leccionadas, fora do contexto de sala de aula. Cada sessão terá um cartaz para divulgação que precederá a mesma em cerca de uma semana. O local de apresentação dos filmes será um dos anfiteatros da ESEIG, a anunciar na publicação do cartaz do filme (pelo neCTDI). Os filmes e as respectivas temáticas que constam do ciclo de vídeo: Dot. com, de Luís Galvão T eles, 2007 (sessão de abertura); Recursos Humanos, de Laurent Cantet, 2001 (Recursos Humanos); O Dinheiro, de Robert Bresson, 1983 (Dinheiro e Administração); Gattaca, de Andrew Niccol, 1997 (Biomedicina, Genética); Hotel Ruanda, de T erry George, 2004 (Direcção de Hotel); Esboços de Frank Gehry, de Sydney Pollack, 2005 (Design, Arquitectura); A residência espanhola, de Cédric Klapisch, 2002 (ERASMUS);

Está a decorrer na ESEIG o ciclo de vídeo neCTDI. As sessões são gratuitas e abertas a toda a comunidade ESEIG. Em cada sessão, é apresentada uma temática de um curso da ESEIG. Com o

Vigaristas de Bairro, de Woody Allen, 2000 (Mundo dos negócios, Gestão). Para mais informações, poderá remeter uma mensagem de correio electrónico para [email protected].

Ciclo de vídeo neCTDI Núcleo de Estudantes de CTDI

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Prémio Melhor Comunicação Científica

Ao professor Manuel Salvador Gomes de Araújo, docente da ESEIG nos cursos de Recursos Humanos e de Gestão e Administração Hoteleira, foi atribuído o prémio de Melhor Comunicação Científica (oral) no 7º Congresso

Nacional de Saúde Ocupacional da Sociedade Portuguesa de Saúde Ocupacional, que decorreu na Póvoa de Varzim nos dias 13, 14 e 15 de Novembro de 2008. Com uma comunicação intitulada de “Bullying no local de trabalho, clima organizacional e seu impacto na saúde dos trabalhadores”, o premiado apresentou dados de prevalência deste fenómeno social numa amostra de trabalhadores do sector industrial e dos serviços em Portugal, procurando sensibilizar os congressistas presentes de áreas profissionais diversas (Médica, Segurança, Ergonomia, Psicologia, Higiene, Enfermagem, Gestão, Qualidade, Recursos Humanos, etc.),

Notícias

para a relevância da investigação e intervenção nesta problemática social. Os dados apresentados são claros relativamente à associação entre um clima organizacional hostil e a presença de situações de bullying, assim como é também inequívoca a associação entre fenómenos de bullying e uma pior saúde, seja ela de foro mental ou expressa em termos de sintomatologia física ou psicológica. Médicos, enfermeiros, técnicos de SHST e os profissionais de RH são desafiados a prevenir e intervir neste fenómeno. Ao premiado os nossos parabéns.

No âmbito das Unidades Curriculares de Gastronomia e Cultura e de Práticas Hoteleiras IV , os alunos do 3º Ano de Gestão e Administração Hoteleira estão a organizar no seu Restaurante de Aplicação o evento gastronómico “Ao Encontro dos Sabores”. Com este evento, que decorre às quintas-feiras, os alunos pretendem apresentar e demonstrar a riqueza e a diversidade da gastronomia portuguesa. É um evento aberto à comunidade da ESEIG. Em cada dia do evento, pretendemos ter a presença de personalidades ligadas à respectiva região ou localidade gastronómica. Do ponto de vista pedagógico os alunos serão avaliados pela qualidade do trabalho apresentado e pelo planeamento, organização, direcção e execução de todas as operações de Alimentação e Bebidas, relacionadas com este evento. Para quem pretender participar nesta “experiência gastronómica” poderá fazer

a sua inscrição junto da D. Rosa. O restaurante abre às 12h30 com a apresentação da região ou localidade gastronómica, seguindo-se pelas 13h00 o almoço temático. O calendário do evento “Ao Encontro dos Sabores” é o seguinte: • 13 de Novembro: Minho • 20 de Novembro: Douro Sul • 21 de Novembro: Alentejo • 27 de Novembro: Viseu • 27 de Novembro (fim da tarde – 19h):

Ribatejo • 4 de Dezembro: Trás-os-Montes • 11 de Dezembro: Porto • 18 de Dezembro: Covilhã e Sertã • 8 de Janeiro de 2009: Madeira • 15 de Janeiro de 2009: Açores • 22 de Janeiro de 2009: Roménia Em cada mês, o evento é divulgado através de um cartaz alusivo ao evento, colocado em diversos locais na ESEIG. Alguém disse em tempos idos que “a paixão pelos sentidos era a única paixão

Ao Encontro dos Sabores

possível”. Venha apaixonar-se pelo que de bom se faz em termos gastronómicos e culturais pelos alunos de GAH.

Formação complementar dos alunos de CTDI

Alunos de CTDI puderam assistir , no dia 05 de Novembro, a uma sessão promovida pela Logiser S.A., pela OCLC – Online Computer Library Center e pela Biblioteca Virtual da Universidade do Porto, onde foram apresentadas soluções e serviços para bibliotecas, onde foram apresentadas algumas das soluções propostas pela OCLC para serviços de

digitalização e preservação de recursos, serviços de catalogação, serviços de empréstimo interbibliotecário, serviços de referência e e-books. Os alunos puderam também frequentar o Workshop de Conservação e Restauro de documentos Gráficos, que decorreu no Arquivo Municipal de Póvoa do Varzim, entre 3 a 5 de Novembro de 2008.

Através da promoção da participação dos alunos em iniciáticas desta natureza, os conhecimentos e competências adquiridas durante o curso de CTDI são complementadas com outro tipo de formação, incutindo, desde o 1º ano curricular , a consciência da importância e necessidade da formação ao longo da vida.

B-ESEIG

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A maior parte do tempo foi dedicado à observação de um caso de arguidos em prisão preventiva, acusados de tráfico de cocaína. Neste caso em particular os alunos presenciaram in loco , os procedimentos ritualizados e às vezes demorados da justiça, assim como foram analisados os comportamentos verbais e não verbais dos arguidos, em particular as discrepâncias e incongruências nos conteúdos e expressões comunicacionais . Para além dos aspectos pedagógicos associados à visita, desenvolveram-se claramente atitudes moralmente mais conscientes sobre as consequências dos

No âmbito das disciplinas de Introdução ao Direito (Dr .ª Iva Vieira) e de Comunicação Interpessoal (Dr . Salvador Araújo), os alunos do 1º ano da Licenciatura em Recursos Humanos fizeram uma visita de estudo ao Tribunal de Matosinhos, onde tiveram a oportunidade de observarem em directo à dinâmica inerente aos procedimentos da justiça.

Durante cerca de 4 horas ininterruptas os alunos presenciaram estoicamente a aplicação da justiça em Portugal, em casos de leitura de sentença sobre diversos tipos de acusações.

comportamentos dos cidadãos. Os múltiplos comentários dos alunos nas aulas que se seguiram demonstram o interesse e o impacto positivo da visita.

Visita de Estudo dos alunos de RH ao Tribunal de Matosinhos

A RHNetwork é uma rede social de comunicação, disponibilizada pela licenciatura em RH/ESEIG a todos os seus alunos, diplomados e docentes, com o objectivo de se constituir como uma das suas principais plataformas de partilha de informação e suporte profissional. Se é aluno, diplomado ou docente de RH da ESEIG, está qualificado para ser um ‘membro efectivo’ desta comunidade RH. Nessa qualidade, terá acesso a toda a informação que os restantes membros efectivos disponibilizarem. Poderá também participar no RHNet-mercado ou somente no Notas soltas. O que consideramos verdadeiramente interessante é que, alicerçados na afectividade que os une ao curso e à Escola e na relação de confiança que se estabelece a partir daí, possamos encontrar nesta comunidade um local de troca e partilha profissional e também pessoal/social. Esta net-comunidade está também associada à Bolsa de Emprego do IPP , podendo qualquer membro efectivo disponibilizar o seu curriculum e ser contactado, se desejar , por todas as empresas que acedem à base de dados de diplomados do maior Instituto Politécnico do país. Se, de alguma forma, representa uma empresa, concerteza tem que fazer recrutamento de pessoas. Nessa qualidade, poder-se-á inscrever gratuitamente e pesquisar numa base de

dados de candidatos com 54 licenciaturas diferentes. Relativamente aos profissionais ou estagiários de Recursos Humanos, poderá fazer pesquisas com rigor , tendo por base a experiência por sub-sistema de RH. Há ainda uma parte de acesso público onde será disponibilizada informação organizada por área de especialidade em Recursos Humanos (Links). Chamamos a atenção para este domínio uma vez que os sites nele incluídos são muito mais do que qualquer pesquisa na internet permite: estão organizados e têm qualidade validada. Na Agenda da RHNetwork poderá obter informação sobre muitos eventos e formação em Portugal e no estrangeiro, organizada por entidades de referência. E, no futuro, esta net-comunidade poderá ser o que a nossa e a vossa imaginação e vontade permitirem. A organização interna desta rede assenta na colaboração altamente empenhada e apaixonada de uma equipa de cerca de 20 alunos e diplomados do curso de Recursos Humanos e com a participação irrepreensível de todos os professores deste curso, na supervisão científica no que respeita à informação da sua área de especialidade. Estamos organizados em 4 departamentos com responsabilidades funcionais específicas e trabalhamos, matricialmente, em projectos transversais, orientados pela

Apresentação da RHNetwork

Ana Cláudia Rodrigues

Coordenação do Projecto. O Editorial é a face da rede, gere a página de abertura do site e assegurando a sua evolução e actualização. O grupo da Divulgação coordena de todos as actividades que visam o melhor e maior conhecimento desta rede social junto dos públicos-alvo que pretendemos alcançar . O departamento de Projectos tem as responsabilidades menos bem definidas dado que lidera e coordena o que se entende mais interessante fazer . Neste momento estamos a tratar da preparação da análise dos hábitos e opinião dos membros acerca da rede e da manutenção da actualidade dos conteúdos em vários menus. O Desenvolvimento é o nosso departamento de recursos humanos e de gestão da equipa de trabalho. T rata de todas as actividades de recrutamento e selecção, acolhimento e integração e formação da equipa, assim como assegura actividades de motivação e de manutenção do espírito de equipa. Há, como podem verificar , muitas actividades que não se vêm quando se clica em http://www.rhnetwork.eu. Algumas delas, a cargo do Desenvolvimento, são só para nós, a equipa promotora deste projecto. Se estuda ou é diplomado em RH pela ESEIG, ou simplesmente se se interessa por Recursos Humanos, … ... inscreva-se, beneficie e participe desta net-comunidade!

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Visita de estudo ao Douro

No dia 3 de Novembro, os alunos do 2º Ano de Gestão e Administração Hoteleira, no âmbito das Unidades Curriculares de Enologia e de Turismo e Hotelaria Internacional realizaram uma visita de estudo à região vitivinícola do Douro.

O primeiro ponto de visita foi o Hotel Aquapura Douro Valley. É um Hotel de cinco estrelas, o único na região, que fica situado na margem sul do Rio Douro, a 7 minutos da Régua, com cerca de dois anos de vida. Está inserido numa Quinta rodeado de vinha, que produz o “divino” Vinho generoso do Porto. Os alunos tiveram a oportunidade de visitarem um projecto com as mais recentes tecnologias e as novas tendências do design projectadas pelo Arq.º Luís Rebelo de Andrade. O acolhimento do hotel foi excelente,

apesar dos 4ºC que o termómetro do autocarro marcava como temperatura exterior . De seguida, fomos almoçar à Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego (EHTLamego), do Turismo de Portugal. É uma Escola, com 5000m2 de implantação, que foi inaugurada à dois anos, tem cerca de 100 alunos, em regime de internato, a frequentarem cursos profissionais de cozinha, restaurante/bar , alojamento hoteleiro e turismo. Após o almoço partilhado com alguns alunos da EHTLamego, o seu Director da Escola, Dr . Paulo Vaz, fez-nos uma vista guiada à Escola e tivemos a oportunidade de ver as suas modernas instalações. Brevemente irá abrir um Hotel Pedagógico, onde irá possibilitar

aos seus alunos terem aulas práticas em contexto real. Excelente exemplo de formação em Hotelaria e Turismo. Após o estômago estar saciado fomos visitar a Quinta da Pacheca e a de S. Domingos. Nas duas tivemos uma visita guiada com explicação de como se faz o

Vinho do Porto e do Douro. Visitamos as suas adegas, lagares, observamos uma vinha e realizamos em cada uma provas dos seus respectivos vinhos, do Douro e do Porto. Esta visita foi bastante proveitosa, pois permitiu-nos conhecer quatro excelentes projectos: um Hotel, uma escola profissional e duas Quintas. No regresso ficou a saudade de para o ano voltar , mas para participar nas vindimas!

Visita de Estudo à Domingos Silva Teixeira, SGPS

dos alunos observarem boas práticas de Higiene, de segurança e de saúde no trabalho, assim como o conhecimento sobre a organização, as suas políticas de qualidade, a gestão da formação, o sistema de comunicação e como não poderia deixar de ser a Gestão de RH. Digno de nota especial é o facto desta empresa ter como um dos seus valores “o bom gosto”, valor que deu para constatar pela estética das suas instalações.

A observação dos procedimentos de segurança da Pedreira da DST , assim

No âmbito da disciplina de Saúde Ocupacional de RH, os alunos do 3º ano de Recursos Humanos fizeram no dia 14 de Novembro uma visita ao complexo laboral da DST SGPS em Braga. T endo sido eleita como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal e a melhor do sector da Construção, a DST SGPS tem uma política em relação à Segurança laboral bastante aculturada pelos seus recursos humanos, realizando todos os anos um evento científico e profissional na área da SHST .

A visita proporcionou a oportunidade

como o conhecimento do seu plano de requalificação ambiental, ilustraram bem a cultura de segurança vivida pelos seus recursos humanos.

Pós-Graduações da ESEIG aprovadas

Esta aprovação no Conselho Geral é um passo importante na estratégia da ESEIG de se constituir como uma unidade orgânica de excelência e de referência no contexto do Ensino Superior Politécnico. Os membros da área de Contabilidade e Administração estão especialmente de parabéns pela aprovação do 1º curso de

Em reunião de Conselho Geral do Instituto Politécnico do Porto, realizada em 29 de Outubro de 2008, foi dado parecer favorável à criação de novos cursos de especialização pós-graduada na ESEIG. Os cursos aprovados foram de Informação Empresarial, Direcção Hoteleira, Gestão da Formação e Finanças Empresariais.

Mestrado aprovado para a ESEIG - Finanças Empresariais.

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Tribuna

conseguido através da implementação e eficiente gestão de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). A filosofia de gestão proposta por um SGQ, assenta em 8 princípios: - Focalização no cliente; - Liderança; - Envolvimento das pessoas; - Abordagem por processos; - Abordagem da gestão como um sistema; - Melhoria contínua; - Abordagem à tomada de decisões baseadas em factos; - Relações mutuamente benéficas com as partes interessadas. A interacção destes princípios leva à mudança da organização que os adopta, contribuindo decisivamente para aumentar a sua flexibilidade e reduzir os tempos de resposta. No entanto, existem dois princípios que são fulcrais: o envolvimento das pessoas e a liderança. Sem uma liderança forte e decidida à prossecução dos objectivos

O que é a Qualidade? Todos nós diariamente, usamos de forma frequente este conceito para nos referirmos a um produto, a um serviço e até mesmo ao ensino. Com o aparecimento em todas as áreas de produtos com melhor qualidade, as pessoas tornam-se mais sensíveis e exigentes relativamente a pormenores anteriormente descurados. Qualidade pode assim ser entendida como uma forma de estar , de conviver e de actuar , no sentido de haver uma procura permanente de obtenção de melhores resultados a partir de um melhor desempenho de cada elemento existente em cada organização. Consequentemente, a qualidade organizacional deve ser entendida como uma política de gestão que envolve o esforço de todos os seus colaboradores, para a prossecução dos objectivos globais da organização. Surge assim, de forma natural, a necessidade das organizações gerirem melhor os seus processos internos, o que pode ser

organizacionais não é possível envolver os seus colaboradores, que se afirmam como uma mais valia através do seu conhecimento e capacidade. Desta forma, a obtenção de uma instituição com maior qualidade só é possível com a colaboração e empenho de todos. NP EN ISO 9001. 2008 – Sistemas de gestão da qualidade: requisitos. Caparica : IPQ. 46 p.

Gestão da Qualidade Sérgio Ferreira

Modelo de gestão proposto pela norma ISO 9001:2008

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e-learning, surgindo assim a utilização generalizada de plataformas de ensino a distância.

Estas plataformas, das quais o Moodle é a mais utilizada1, permitem não só a disponibilização de conteúdos, mas também a utilização de novas ferramentas no processo de ensino/aprendizagem, a nível da interacção assíncrona (notícias, fóruns de discussão, sindicância, etc.) e síncrona (chat) com o aluno, e na sua avaliação (publicação e recepção agendada de trabalhos, testes de avaliação on-line, inquéritos).

No entanto, apesar de todas estas facilidades, tem-se constatado que os alunos não participam activamente nas actividades dinamizadas on-line, sobretudo os que estão menos motivados para a utilização das TIC. Verifica-se também que, apesar das técnicas funcionarem no âmbito de uma disciplina, não existe um modo fácil de desenvolvimento de dinâmicas interdisciplinares.

Oliveira & Moreira (2007) propõem uma plataforma integrada de sistemas de gestão de conteúdos e aplicações baseadas na Web, conhecidas como Web 2.0 (cf. figura 1), plataforma essa que utiliza este tipo de aplicações como complemento das plataformas de ensino a distância. Estas plataformas destinar-se-iam à gestão dos aspectos formais da unidade curricular relacionados com o ensino e a aprendizagem, como sejam a disponibilização de conteúdos e os meios e resultados da avaliação,

A adequação dos cursos ao Processo de Bolonha representa um grande desafio para as Instituições de Ensino Superior (IES) uma vez que força uma mudança de paradigma, deixando o docente de ser o detentor do conhecimento e o seu exclusivo transmissor e passando o aluno a ter a responsabilidade de conduzir o seu percurso de aprendizagem com vista ao desenvolvi-mento das necessárias competências. Cabe ao docente desempenhar o papel de facilitador e orientador dessa apren-dizagem.

As T ecnologias de Informação e Comunicação (TIC) assumem, neste contexto, um papel relevante, na medida em que disponibilizam meios que permitem ao aluno maior liberdade espaço/temporal na gestão da sua aprendizagem e facilitam a comunicação com o docente nos momentos não presenciais, tão importante agora que existe uma maior carga de trabalho não presencial.

Mas as mudanças no processo ensino/aprendizagem com foco nas TIC não são motivadas apenas pela imposição do Processo de Bolonha:

• Uma nova geração de estudantes ingressa agora nas IES. Vêm dotados de maiores aptidões tecnológicas, não necessariamente adquiridas no ensino secundário, mas resultantes dum convívio regular com a tecnologia, não só com os computadores e Internet, mas sobretudo com telemóveis, leitores de música e consolas de jogos.

• A democratização da banda larga tem permitido o acesso a ferramentas simples e de fácil utilização, intuitivas e disponíveis para todos gratuitamente. O sucesso de sítios web de relacionamento social como o Blogger , Wikipedia, Hi5, LinkedIn, Flickr ou YouTube são prova disso. Por isso, muitos deles têm também experiência de convívio neste tipo de redes sociais virtuais. Há, pois, necessidade de uma atitude diferente porque estes novos alunos universitários assim o exigem.

A disponibilização de conteúdos assume uma enorme relevância. Diversas técnicas têm vindo a desenvolver-se, sobretudo as derivadas do conceito de

enquanto que as aplicações Web 2.0, por estarem em estruturas exteriores à IES, e por isso fora do seu controlo, serviriam para explorar os aspectos motivacionais na relação com os alunos. No sentido de optimizar a sua utilização, a plataforma de ensino a distância funcionaria em conjunto com outros sistemas de gestão de conteúdos como sejam repositórios digitais.

Para testar a validade desta proposta, foi realizada uma experiência pedagógica, durante o 1º semestre do ano lectivo 2007/2008, envolvendo os alunos do último ano da Licenciatura em Ciências e T ecnologias da Documentação e Informação (LCTDI) da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) do Politécnico do Porto (IPP) (Oliveira & Moreira, 2008).

Os alunos envolvidos nesta experiência são utilizadores básicos de TIC, com reduzidos conhecimentos de aplicações de publicação na Web. Possuem, contudo, bons hábitos de pesquisa recorrendo a motores de busca e catálogos de referências bibliográficas on-line. São alunos sem perfil tecnológico mas que usam com relativa facilidade este tipo de tecnologias estando, por isso, aptos a participar nesta experiência (Jesus & Moreira, 2008b).

A experiência consistiu no desenvolvimento de uma dinâmica na elaboração dos trabalhos práticos, em conjugação com a plataforma de ensino Moodle, tal como se representa na figura 2.

Ferramentas Web 2.0 no Ensino Superior: um Desafio na Era Bolonha Lino Oliveira

Figura 1 – Plataforma Integrada de Gestão de Conteúdos e Aplicações Web 2.0

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• Uma maior interacção entre docentes e alunos, sem os constrangimentos por vezes presentes no relacionamento presencial;

• Maior acompanhamento e participação nas actividades das unidades curriculares, com a sensação de que o docente está presente e disponível;

• A criação de hábitos de investigação, estudo, escrita e discussão das matérias leccionadas;

• O desenvolvimento mais fácil de sinergias interdisciplinares e de trabalho de grupo.

Ou seja, plataformas de ensino a distância complementadas com ferramentas e serviços web, tais como blogues, wikis e outro software social, funcionarão como comunidades em que os participantes partilham experiências e evoluem em conjunto na aprendizagem, constituindo comunidades de aprendizagem ad-hoc (O’Hear , 2006). No fundo, isto é a evolução do e-learning para um estádio seguinte, que poderá ser designado por e‑learning 2.0 (Downes, 2005).

Para finalizar , falta referir que o modelo apresentado está a ser novamente implementado neste novo ano lectivo na mesma unidade curricular e alargado a outras unidades curriculares.

Esta experiência durou apenas quatro meses (de Outubro de 2007 a Janeiro de 2008), tempo escasso para a obtenção de resultados concludentes. Apesar disso, revela alguns dados interessantes que são apresentados de seguida.

Como resultado da actividade nos blogues, é possível destacar:

• Maior frequência e interesse na investigação de temas relacionados com o trabalho em desenvolvimento, manifestado pela proposta frequente de leitura de novos artigos e conteúdos;

• Aumento do espírito crítico, evidenciado pela (i) colocação de questões cada vez mais pertinentes sobre notícias lidas, (ii) expressão regular de opiniões pessoais nos conteúdos das entradas publicadas ou (iii) apresentação de diferentes visões de um mesmo assunto.

Relativamente a utilização dos wikis, salienta-se:

• Maior facilidade em coordenar o trabalho do grupo, fundamental sobretudo para os grupos constituídos maioritariamente por trabalhadores estudantes.

Em simultâneo, verificou-se um maior interesse e utilização da plataforma Moodle e das suas diversas actividades, nomeadamente os fóruns de discussão, e uma maior participação nas aulas presenciais, nas quais se continuavam muitas das discussões iniciadas on-line. Este experiência parece evidenciar que a utilização de aplicações Web 2.0 em conjunto com plataformas de ensino a distância, produz melhorias nos seguintes domínios:

Referências DOWNES, Stephen (2005). e-Learning 2.0. eLearn Magazine, ACM, US. Dis-ponível em WWW:<URL:http://elearnmag.org/subpage.cfm?section=articles&article=29-1>

JESUS, Rui; MOREIRA, Fernando (2008a). eLearning and Solidarity: Myths and Realities. Proceedings of T eaching and Learning 2008. Aveiro, Portugal, pages unknown to the date (conference to be held in May, 2008).

JESUS, Rui; MOREIRA, Fernando (2008b). E-skills are Really Critical to E-learning Success? Proceedings of IADIS International Conference e-Learning, Am-sterdam, Holanda, Julho, 2008

O’HEAR, S. (2006). E-learning 2.0 - How Web technologies are shaping educa-tion. ReadWriteWeb. Disponível em WWW: <URL:http://www.readwriteweb.com/archives/e-learning_20.php>

OLIVEIRA, Lino; MOREIRA, Fernando (2007). Plataformas de Conteúdos e Aplicações Web 2.0 – Impacto da sua Utilização no Processo de Ensino/Aprendizagem em Instituições de Ensino Superior. Actas da 2ª Conferência Ibérica de Sistemas e T ecnologias de Informação. Porto, Junho de 2007.

OLIVEIRA, Lino; MOREIRA, Fernando (2008). Aplicações da Web Social como Complemento da Aprendizagem no Ensino Superior. Actas da 3ª Conferência Ibérica de Sistemas e T ecnologias de Informação. Ourense, Espanha, Junho de 2008

1Dados do Projecto “LMS2 – Estudo de Base e Enquadramento de Requisitos para a Prospectiva de Solução para Plataformas de Formação a Distância”, Observatório do E-Learning em Portugal (http://www.elearning-pt.com/lms2/ Artigo publicado no bad norte blogue (http://nortebad.wordpress.com/) T ema do mês de Outubro 2008

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Figura 2 - Dinâmica desenvolvida em cada trabalho

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Em Portugal e mais em concreto nas áreas do design, as instituições de ensino superior e as empresas, sempre tiveram uma constante tendência a moverem-se em diferentes carris. Hoje em dia, apesar do panorama ter melhorado significativamente, ambos ainda possuem poucos pontos de contacto. A grosso modo, a ligação existente entre estes dois universos é uma máquina que necessita de ser , ainda, bem oleada. É urgente que ambos comecem a aceitar que têm um papel importante a desempenhar no design e que trabalhar em conjunto deve estar entre os seus objectivos estratégicos. Desta forma, a ligação com as empresas poderá converter-se num negócio de oportunidades e não numa mera estratégia a médio e longo prazo. Em Portugal não há falta de designers nem falta de criatividade, o que faltam são empresas que nos seus diferentes ramos de actividade solicitem os jovens designers para criarem ou desenvolverem os seus produtos. Isto apenas é possível quando o designer e a indústria se encontram e juntos desenvolvem aquilo que será um novo produto. É necessário que as empresas, que são as que produzem o “desenhável”, confiem o design dos seus produtos aos especialistas na matéria, isto é, aos designers. E esta colaboração, que parece tão óbvia, poucas vezes é estabelecida. Faz falta um esforço de prospecção que permita às instituições de Ensino Superior dar respostas às solicitações emergentes no âmbito do design, cuja necessidade deverá ser dirigida para o mercado do trabalho. A actual globalização dos mercados, fenómeno que se vem a generalizar de uma forma extraordinária desde os finais da década de noventa, está a obrigar as empresas portuguesas, e em especial as mais pequenas, a delinearem mudanças estratégicas para enfrentar com êxito os desafios e as exigências de uma nova ordem económica. É nesta mudança de paradigma que o design joga um papel fundamental na melhoria da qualidade dos produtos e dos serviços como factor de produtividade e de competitividade. O sector empresarial português não tem feito esforços suficientes de

os alunos, professores e entidades empregadoras. As instituições de Ensino Superior terão que desempenhar , cada vez mais, um papel fundamental na formação de profissionais, com capacidades técnicas que lhes permitam desenvolver conhecimentos técnicos sólidos que as empresas necessitam e o mundo empresarial terá que se aproximar mais das instituições de Ensino Superior para beneficiarem dos conhecimentos que geram. Estas, através dos seus meios e recursos deverão desenvolver junto dos nossos empresários, de uma forma efectiva, que o bom uso do design trás para as suas empresas vantagens sobre os seus competidores e que a aposta num bom design contribui para modernizar e melhorar as relações deste com as empresas e com a sociedade; ou melhor dizendo, com os seus potenciais clientes. É incontornável que o design é um factor cada vez mais indispensável para o êxito e para o crescimento das empresas em Portugal e os nossos empresários terão que entender de uma vez por todas que o design é para as suas empresas um investimento e não um gasto. Devem entender o design como um factor de competitividade e produtividade e não mera cosmética.

investigação e colaboração nas áreas do design porque se tem ocupado mais em adquirir produtos que vêm de fora. Os empresários têm ainda receio em colaborar com as instituições de Ensino Superior . Temos necessariamente que ultrapassar este estigma, a falta de partilha, por parte das empresas dos seus projectos e do seu know-how e a prevalência da pouca investigação nas áreas do design, por parte das instituições de ensino superior , têm vindo a ser um dos principais obstáculos para se reforçar um trabalho conjunto entre ambos os sectores. É urgente fortalecer a relação entre ambas as partes, através de uma série de iniciativas que vão desde o estabelecimento de vínculos com as empresas, no sentido de ajudar os alunos a adquirirem experiência no mundo do trabalho, as instituições de Ensino Superior a conhecerem bem o mercado e, em caso de ser necessário, ajustar os seus planos de estudo e as empresas aproveitarem os conhecimentos que as instituições de Ensino Superior geram nas áreas do design. Esta relação não é nova e funciona muito bem em países como a Alemanha ou os Estados Unidos, nos quais existe um marco de interacção e cooperação entre as instituições de ensino e os diferentes sectores industriais. Cada participante desempenha o seu papel e todos trabalham de uma forma articulada. O ensino do design em Portugal, à semelhança de outras áreas, atravessa uma época de mudança, desta forma, o processo de Bolonha levou a que muitos dos cursos de design tivessem que se adaptar às novas directrizes. Houve a necessidade de rever os sistemas educativos, as metodologias de ensino e a organização dos conteúdos. Ora o ensino do design em Portugal não foi excepção e neste sentido o processo ainda não se encontra definitivamente concluído. O que neste momento se torna prioritário na formação dos nossos designers é haver um esforço de clarificação dos distintos níveis, o tipo de estudos e os seus objectivos em relação ao mercado de trabalho. De facto, a visibilidade da profissão, o seu rigor como actividade e a sua consistência como disciplina necessita de um sistema de formação que seja claro e fácil de identificar para

Design Escolas e Empresas Telmo Carvalho

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Aluna de Design Industrial vence prémio de votação on-line do Concurso Nacional “Liberdade de Movimentos”

facilmente associamos à respectiva porta. A dimensão do equipamento é perfeitamente ajustada ao espaço necessário para acomodar quatro chaves, ao mesmo tempo que a sua forma ergonómica permite agarrar o objecto de uma forma segura e confortável. Estas características encontram-se numa peça com uma dimensão aproximada de 12 cm por 4 cm.

A utilização de um equipamento deste género é frenética e com consequentes quedas, sem esquecer que é necessária uma boa resistência à torção, por isso o material escolhido para a execução deste objecto é um composto de dois polímeros termoplásticos: ABS e o PC. Este composto é utilizado para peças que sofrem uma utilização exigente, com a vantagem de possuir uma das melhores relações preço/qualidade.

As expectativas com este concurso foram largamente superadas, dado o elevado número de candidaturas e também de participação na votação on-line que contou com mais de 3 mil votos. Ser finalista do concurso demonstrou a qualidade dos trabalhos destes dois alunos do Curso de Design da ESEIG e a sua adequação ao desafio.

No final o projecto “Blue”, da aluna Mariana Roque, sagrou-se vencedor do prémio on-line, com mais de 1500 votos validados.

A cerimónia de entrega do prémio à vencedora está marcada para o dia 16 de Dezembro, no Porto.

T elmo Carvalho

essa dificuldade, pois tem duas mangueiras para encher e despejar o balde que são accionadas por um pequeno motor , evitando desta forma a sobrecarga de ter de se pegar no balde cheio. A esfregona possui ainda um sistema de limpeza e eliminação do excesso de água.

O material utilizado no carrinho todo é o ABS, devido à sua resistência e as suas cores são o azul, amarelo e branco.

O dia de um doente com artrite reumatóide pode tornar-se complicado numa operação tão simples como abrir uma porta. Este movimento torna-se difícil e extremamente doloroso devido à necessidade de rotação do pulso e à força que é necessário exercer sobre um puxador de uma porta, já para não falar do simples movimento de rodar a chave.

Ciente desta necessidade, o aluno Germano Silva desenvolveu o porta-chaves “Suice Key” que é baseado num conceito já existente, que é aplicado na indústria automóvel.

Pensando em todas as necessidades enumeradas anteriormente, este conceito foi adaptado para as chaves de aberturas de portas convencionais.

A peça desenvolvida procura proporcionar o máximo de conforto na sua utilização por parte dos pacientes de artrite reumatóide mas, ao mesmo tempo, não descrimina os utilizadores convencionais. T rata-se de um porta-chaves com quatro posições independentes, cada uma correctamente identificada por uma cor , à qual

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Esta doença atinge mais as mulheres do que os homens e inicia-se frequentemente entre os 30 e os 40 anos. A artrite reumatóide tem um forte impacto na esperança de vida podendo, quando não tratada adequadamente, encurtar a vida dos doentes em 10 a 15 anos.

A artrite reumatóide está associada a elevados custos sociais e económicos, relacionados com a perda de produtividade, que representa 63% do custo total da doença. Estima-se que 50% dos doentes deixarão de ser capazes de trabalhar num período de 10 anos após o diagnóstico inicial.

Num total de 53 projectos a concurso, os alunos Germano Silva e Mariana Roque, do 3º Ano do Curso de Design - Ramo de Design Industrial, participaram com os projectos “Suice Key” e “Blue”, tendo sido seleccionados entre os cinco melhores projectos a concurso.

Blue é um projecto da aluna Mariana Roque que consiste num carrinho de limpeza pensado para facilitar o dia-a-dia das pessoas que sofrem de artrite reumatóide.

Actualmente só são produzidos carros de limpeza industriais. Blue é um carrinho de limpeza doméstico, de pequenas dimensões, que pode ser facilmente arrumado em qualquer espaço. Um dos maiores obstáculos na actividade da limpeza é o facto, de os seus utilizadores terem de transportar o balde com a água, a esfregona, o detergente e a vassoura, sempre que se muda de divisão da casa. O carrinho agrupa todos estes objectos, transportando todos eles duma só vez, sem esforço.

O carrinho possui uma forma orgânica, tendo na sua base um suporte para colocar a vassoura, a esfregona, o apanhador , um suporte para detergentes e para fixação do

balde. O suporte para as vassouras e afins é revestido no seu interior com uma borracha texturada.

As pessoas com artrite têm dificuldade na rotação dos pulsos, sendo complicado abrir as embalagens dos detergentes. Blue também está pensado nesse âmbito, tendo incorporado recipientes próprios que encaixam no carrinho, o sistema utilizado é o das embalagens dos sabonetes líquidos.

O balde tem uma forma simples, possuindo uma pega ergonómica de borracha para melhor se adaptar à mão. Pegar num balde cheio de água é também um dos maiores obstáculos nas tarefas domésticas, pois é pesado, o que pode provocar dores de costas e mau estar ao longo do tempo. Encher o balde e despejá-lo é o mais difícil de toda esta tarefa e o Blue supera

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No âmbito do Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide, celebrado no passado dia 5 de Abril, a Roche promoveu um concurso de design cujo tema era “Liberdade de Movimentos”, e teve como objectivo incentivar a criação de objectos que pudessem facilitar o dia-a-dia dos cerca de 40 mil portugueses que sofrem desta doença.

Para estas pessoas, pequenos gestos quotidianos, como abrir uma porta, pegar num garfo ou vestir uma camisola com botões são desafios muitas vezes impossíveis de superar . Esta iniciativa pretendeu, deste modo, premiar a criatividade dos talentos portugueses na área do design cujo objectivo era aliar a originalidade das peças à sua utilidade para doentes com artrite reumatóide.

O concurso “Liberdade de Movimentos” foi dirigido a estudantes do Ensino Superior na área do Design e a designers recém-licenciados há menos de 2 anos.

Para avaliar os trabalhos a Roche contou ainda com a colaboração do Centro Português de Design, da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR) e da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR), entidades que constituíram o júri deste concurso.

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica, sistémica, de natureza auto-imune, mas de causa ainda desconhecida, caracterizada pela inflamação e destruição progressiva das articulações, o que afecta drasticamente a capacidade produtiva do indivíduo, bem como a sua vida familiar e social. Estima-se que existam cerca de 40.000 portugueses atingidos por esta doença e 21 milhões de doentes em todo o mundo.

Aluna de Design Industrial vence prémio de votação on-line do Concurso Nacional “Liberdade de Movimentos”

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