BIO 229 - abril 2016

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Abril de 2016 | Ano XXVII N o 229 www.diocesedeosasco.com.br PÁG. 05 Mensagem do Papa Francisco para o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações PAPA PÁG. 04 Escola Catequética: formação tem como conteúdo os três pilares da Igreja IGREJA EM AÇÃO Misericórdia na Rua: convívio e acolhimento aos irmãos de rua TESTEMUNHO DA FÉ PÁG. 03 “24 horas para o Senhor” supera expectativas ANO DA MISERICÓRDIA PÁG. 11 PALAVRA DO BISPO Eleições 2016: a Misericórdia é candidata nas próximas eleições PÁG. 6 e 7

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229 - Boletim Informativo da Diocese de Osasco - BIO – Ano XXVII - Nº 229 - Bio Abril de 2016

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Abril de 2016 | Ano XXVII No 229www.diocesedeosasco.com.br

PÁG. 05

Mensagem do Papa Francisco para o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

PAPA

PÁG. 04

Escola Catequética: formação tem como conteúdo os três pilares da Igreja

IGREJA EM AÇÃO

Misericórdia na Rua: convívio e acolhimento aos irmãos de rua

TESTEMUNHO DA FÉ

PÁG. 03

“24 horas para o Senhor” supera expectativas

ANO DA MISERICÓRDIA

PÁG. 11

PALAVRA DO BISPO

Eleições 2016: a Misericórdia é candidata nas próximas eleições

PÁG. 6 e 7

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EDITORIAL

Iluminados pela alegria da Páscoa e impulsionados para comunicar a Boa-nova do “Ressuscitado”, queremos nesta edição apresentar vários sinais

de ressurreição em nossa Igreja diocesana. Estamos em um contexto social marcado atualmente pelo desejo da justiça e o resgate dos valores institucionais que prezam na promoção da dignidade da pessoa humana. As decepções e sofrimentos que abatem o povo brasileiro conduzem-nos a olhar para cruz e a reafirmar nossa fé naquele que jamais desampara e decepciona o clamor dos seus filhos. O Cristo Ressuscitado é a nossa esperança e Salvação. O que impeliu os Apóstolos no início da Igreja primitiva e no decorrer dos tempos foi sempre o amor de Cristo (cf. 2Cor 5,14). Encontrar-se com Ele faz arder o coração (cf. Lc 24,32), e bani todas as trevas da escuridão e tristezas. Leva-nos a anunciá-lo com a própria vida.

A Pastoral da Misericórdia no serviço aos moradores de rua e todos aqueles que socialmente necessitam desta assistência caritativa é uma marca do ressuscitado que quer que todos tenham vida em abundância. Torna-se tarefa imprescindível em resgatar ovelhas perdidas

Caro leitor...

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Equipe BIO

Boletim Informativo de OsascoDiretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Natália Paula PereiraSupervisão: Sem. Ricardo RodriguesColaboração: Pe. Marcelo Fernandes de Lima, Pe. Alexandre Pessoa Garcia, Pe. Marcelo Pereira da Silva, Pe. Luiz Rogério Gemi, Sem. Vandilson Pereira Sobrinho, Carolina Gonzaga, Willian Rafael de Oliveira, Coordenação Diocesana de Catequese, Alexandre Gandarela, IAM Diocesana.

E-mail: [email protected]ção: Iago Andrade VieiraTiragem: 13.000 exemplaresImpressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272

DISTRIBUIÇÃO GRATUITACúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SPTel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005Site: http://www.diocesedeosasco.com.br

Coordenadores de Pastoral da Diocese de Osasco- Em breve as paróquias receberão subsídios e questio-

nários referentes às atividades da Pastoral Familiar.- Os três setores (Setor de Pastorais de Ação Missio-

nária, Setor de Pastorais Sociais e Setor de Movimentos

e machucadas. Neste mês que celebramos o dia mundial de oração pelas vocações sacerdotais, sabemos o quanto é necessário ter a coragem e a ousadia de dizer: “Eis me aqui, envia-me” (Is 6,8), multiplicar os pães para o povo faminto em todos aspectos de sua vida – material e espiritual –, que estão “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). É um chamado urgente aos jovens para que sejam capazes de deixar suas redes e seguir o mestre, tornando-se pescadores de homens (cf. Mt 5,10-11) e conduzir o povo de Deus ao aprisco seguro (cf. Sl 22).

Diante do mestre e, resgatados pelo seu divino amor, na Escola dos Discípulos de Emaús nossos olhos se abrem (Lc 24,31) para entendermos e anunciarmos a Boa-nova do Ressuscitado. A pastoral catequética, com a iniciativa de capacitar todos os nossos catequistas formando e conduzindo o povo de Deus as diversas ações missionárias da nossa diocese articuladas com o COMIDI, são para nós sinais de ressurreição.

Comunicar a ressurreição usando de todos os meios possíveis seja nas redes sociais, nos jornais e mídias certamente atingirá o propósito de levar a todos os confins da terra a alegria do Ressuscitado (Cf.: Mt 28,19). Somos convocados na nossa Romaria Diocesana (no próximo dia 07/05/2016) a unir todas as famílias, celebrando um jubileu de ação de graças diante da querida Mãe do Ressuscitado, Senhora de Aparecida, pedindo sua poderosa intercessão para testemunharmos estes sinais da Ressurreição.

“ Dai graças, dai graças ao Senhor porque Ele é bom. Porque eterna é a sua misericórdia!” (Sl 117)

Pe. Henrique Souza da Silva Reitor do Seminário de Filosofia

e Associações) contam agora com padres secretários em cada região pastoral, que terão como tarefa animar os grupos e pastorais.

- As coordenações diocesanas, regionais e paroquiais duram quatro anos, mesmo tem-po da vigência do plano de ação evangelizadora. As atividades devem ser conduzidas em comum acordo com o seu pároco.

- Nossa diocese esteve presente no encontro da Ampliada do Sub-regional SP2, que aconteceu no dia 27 de fevereiro, na Cúria Diocesana de Santo Amaro. Os temas aborda-dos foram o Ano da Misericórdia e os planos de ação evangelizadora.

Em Pauta

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TESTEMUNHO DA FÉ

A Misericórdia na rua

Infância e Adolescência Missionária

Neste ano extraor-dinário da mise-ricórdia o Papa

Francisco nos convida a vol-tar nosso olhar e nossa ação pastoral para a periferia do mundo, olhando sempre os mais fragilizados. Não atoa seu ministério tem ido de encontro aos sofredores: imigrantes, crianças, presi-diários, sem teto, doentes e todos os que são vítimas da marginalização. Ricamen-te lemos no evangelho que Cristo tem profunda com-paixão dos que sofrem.

É com esse belo testemu-nho evangélico que nestes três anos a Pastoral da Mi-sericórdia realiza sua ação pastoral com pessoas em situação de rua. Não existe um senso que nos indique quantas pessoas vivem nas ruas de Osasco, mas acredi-tamos em mais de 2.000 pes-soas. Junto com as demais cidades de nossa diocese, acreditamos em um número de aproximadamente 8.000

Ao falar da atuação das crianças e adolescentes na Igreja, lembra-se do batismo e catequese, mas poucas são as vezes em que se vê o protagonismo

efetivo deles na vida da Igreja. Contudo, têm sua importân-cia reconhecida por meio da Obra Pontifícia da Infância e Adolescência Missionária (IAM), instituição da Igreja Cató-lica ligada ao Papa por sua animação, formação e cooperação missionária universal. Fundada em 1843 por D. Carlos For-bin Janson, bispo de Nancy (França) para socorrer as crianças abandonadas da China, com o pedido para que as crianças francesas rezassem uma Ave Maria diária e doassem uma mo-eda por mês para que fossem salvas, batizadas, conhecessem e amassem Jesus e Maria. Foi a primeira vez em que a Igreja concedeu às crianças a missão de evangelização dos povos.

Em 2016 completamos 173 anos e a IAM no mundo ain-

pessoas, num movimento migratório entre elas.Além de alimento, nossa ação pastoral tem como obje-

tivo conviver com as pessoas que vivem nas ruas. Com elas aprendemos a mística da misericórdia e juntos vamos for-mando uma comunidade viva e ativa.

Foi assim que iniciamos a celebração da missa na rua. Sempre assistidos pelo Padre Rogério Lemos, que de forma gentil e prática tem nos auxiliado.

As pastorais de nossa paróquia – Nossa Senhora Apare-cida, Jd. Piratininga – se revezam todas as sextas-feiras para preparar o jantar da misericórdia, envolvendo assim toda a paróquia. Também conseguimos dar início à construção de uma pastoral diocesana, unindo várias paróquias como Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Jd. Piratininga, Ima-culada Conceição – Km 18, São José – Vila São José e outros grupos que ainda não se formalizaram. Assim fica possível articularmos ações pastorais conjuntas e criarmos entre am-bas a solidariedade.

Participamos também das questões políticas junto ao po-der público, para garantir e lutar por mais direitos - o que nos possibilita um diálogo ecumênico e inter-religioso, ten-do uma relação de amizade e respeito entre todos os grupos.

Caminhamos juntos com a rua, rimos, choramos, briga-mos e nos amamos, assim como Jesus acolhia a todos. Venha integrar-se a esta missão de misericórdia, para juntos, cons-truirmos um mundo de justiça e paz!

Alexandre GandarelaPastoral da Misericórdia

Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Piratininga

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Protagonismo de evangelização sem fronteiras por meio do sacrifício, na oração e nos gestos de solidariedadeda vive este estilo de vida baseado na Solidariedade, Oração e Sacrifício. Nosso lema é Criança/Adolescente que ajuda e evangeliza Criança/Adolescente e a saudação é “De todas as crianças e adolescentes do mundo: Sempre Amigos”.

A IAM está presente em todos os continentes e, em nos-sa diocese, os primeiros grupos foram formados na década de 1990. Em 2001 foram iniciados os trabalhos pela equipe diocesana e atualmente estamos presentes em dez paróquias: Área Pastoral São Judas e N. S. de Nazaré (São Paulo); São José e N. S. da Conceição (Osasco); Cristo Ressuscitado, São Lucas e N. S. das Graças (Carapicuíba), Santa Cruz (Barueri), N. S. Aparecida (Jandira), N. S. Medianeira de Todas as Gra-ças (Itapevi), e três em fase de implantação: N. S. Aparecida (Helena Maria-Osasco), N. S. do Rosário de Fátima (Cotia) e Santa Cruz (Ibiúna).

Os participantes dos grupos de IAM fazem suas doações através do cofre de grupo e o valor arrecadado é enviado às Pontifícias Obras Missionárias (POM) para ser destinado às

instituições que, em todo o mundo, cuidam da vida e sal-vação das crianças e adoles-centes que sofrem pelas guer-ras, pobreza e explorações.

O último domingo de maio é o Dia Nacional da IAM e neste dia os integran-tes dos grupos são consa-grados à IAM, e recebem o símbolo da Obra: Lenço e Es-cudo. Anualmente vivemos a Jornada da IAM e nos anos 2016 e 2017 refletiremos em cada grupo sobre o conti-nente europeu com estudo e orações. Para conhecer mais e implantar a obra em sua pa-róquia, envie um e-mail para [email protected].

“De todas as crianças e adolescentes do mundo: Sempre Amigos”.

IAM - Equipe Diocesana

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IGREJA EM AÇÃO | VOCAÇÃO

Escola Catequética Discípulos de Emaús

Cristo, Bom Pastor, modelo para os presbíteros

A equipe diocesana de catequese traz uma nova pro-

posta para a formação de catequistas, que tem como centralidade os três pilares da Igreja: Sagrada Escritu-ra, Magistério e Tradição da Igreja, divididos nos seguin-tes módulos: Bíblico, Que-rigmático e mistagógico, Teológico-Litúrgico e Meto-dológico.

BíblicoO primeiro módulo con-

No quarto domin-go da Páscoa, ce-lebramos a festa

de Jesus Cristo Bom Pastor – esse ano em 17 de abril. É também nesse dia que celebramos o dia da Jorna-da Mundial de Oração pela Vocações Presbiterais e Re-ligiosas.

Neste dia rezamos pelos padres, de modo especial pelos padres diocesanos, pelo ministério de pastores, de colaboradores do bispo no trabalho de apascentar o rebanho do Senhor.

O Bom Pastor é modelo para todos os padres, pois, pelo Sacramento da Ordem, os presbíteros são configu-rados a Jesus Cristo, Cabe-ça e Pastor da Igreja, como seus ministros. São chama-dos a crescer em perfeição, mediante a exortação do Se-nhor: “Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48), fazen-do-se instrumentos vivos de Jesus, o Bom Pastor, e con-

templará o estudo baseado na Bíblia Sagrada, o conhecimen-to das Sagradas Escrituras é importante para entendermos a catequese que Jesus faz e que deve ser fielmente seguida pe-los catequistas e é a partir dela que compreendemos a vivên-cia do povo de Israel e das primeiras comunidades cristãs.

Serão abordados: Introdução ao Cânon Bíblico, Penta-teuco, Sinóticos (Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lu-cas) e introdução as Cartas de Paulo.

Querigmático e MistagógicoO segundo módulo dará uma atenção especial ao primei-

ro anúncio de Jesus Cristo e à prática da oração diária, que proporciona a eficácia no processo Querigmático e Mista-gógico. É necessário neste caminho também o anuncio à comunidade cristã, que é onde o catequizando dará conti-nuidade e partilhará a sua experiência de vida em Cristo.

Os sacramentos, sinais visíveis da presença invisível de Deus em nossas vidas, também serão temas de estudo.

Teológico-LitúrgicoO terceiro módulo será um estudo mais sistemático da

fé, em que a teologia deverá nos ajudar a conhecer melhor nossa doutrina e os conteúdos do magistério da Igreja.

Serão abordados:Cristologia: conhecer o Jesus bíblico e histórico, contex-

to da época, natureza humana e divina.Eclesiologia: os principais concílios da Igreja, as confe-

rências do CELAM (Conselho Episcopal Latino-America-no), a história da igreja.

Liturgia: entender como celebrar o mistério que está sen-do apresentado. Documentos como o RICA (Rito de Inicia-ção Cristã de Adultos) e a Instrução Geral do Missal Roma-no servirão como auxílio.

Mariologia: Maria com seu discipulado e seu sim a Deus nos animando a busca diária de estarmos na presença de Cristo.

MetodológicoÉ o módulo prático onde serão dadas pistas de ações de

como colocar em prática todo esse conteúdo. O estudo da Pedagogia das idades, a utilização e elaboração de oficinas irá ajudar a melhorar o método catequético, sendo mais contemplativo, como a leitura orante da bíblia, e do estudo da hermenêutica e exegese como auxílio desse aprofunda-mento bíblico.

Esperamos que esse itinerário formativo leve o catequis-ta a vivenciar sua catequese, a sentir profundamente o que deve ser transmitido aos catequizandos. Que seja profunda em conteúdo, combinado com uma espiritualidade que o leve à experiência de Cristo.

Coordenação Diocesana de Catequese

tinuando a sua obra e missão no mundo. É, sobretudo, na missa que os padres fazem as vezes de Cristo, oferecendo ao Pai o sacrifício perfeito e santo na obra da redenção e alimentado a si mesmo e ao povo da Palavra e da Eucaristia.

Jesus, que se fez servo de todos e se entregou como vítima para a santificação dos seres humanos, chama os seus minis-

tros a imitá-Lo e atualizar o seu ensinamento nos dias de hoje e nos desafios atuais. Esse exercício de entrega e serviço aos irmãos é denominado “caridade pastoral”. Jesus, que se auto apresentou como “o Bom Pastor” (Cf. Jo 10,11), manifestou sua caridade pastoral em seus gestos e atitudes tendo com-paixão das pessoas cansadas e sobrecarregadas asseguran-do-lhes descanso e alívio (Cf. Mt 11,28); procurou as ovelhas perdidas, deixando as noventa e nove em segurança e indo atrás da que faltava (Cf.Mt 18,12); defende-as e conhece a cada uma pelo nome (Cf. Jo 10,27), consciente de suas neces-sidades. Dessa maneira, pela própria consagração a Jesus, os presbíteros são chamados a viver a caridade pastoral em seu ministério, identificando-se, assim, com o seu Senhor.

O fundamento da caridade pastoral é o dom de si mesmo à Igreja e aos irmãos a exemplo de Cristo Jesus (Cf. Pastores Dabo Vobis, 23). Todo trabalho pastoral dos presbí-teros, de modo especial dos padres diocesanos, por virtude do seu próprio carisma do Bom Pastor, denota esse belo e valioso serviço: o atendimento às pessoas, as confissões, as visitas em casas e hospitais, as bênçãos diversas, as exéquias, as iniciativas de trabalho social nas paróquias, a pregação da Palavra de Deus, a administração dos sacramentos, a celebra-ção da Santa Missa e todo trabalho pastoral.

Portanto, rezemos pelos padres e pelas vocações sacerdo-tais. Que a entrega da sua vida a Deus resplandeça a face mi-sericordiosa de Cristo, Bom Pastor, no autêntico exercício da caridade pastoral nos diversos âmbitos da Igreja e da socie-dade, e que Deus envie, cada vez mais, operários à sua messe (Cf. Mt 9,38).

Pe. Marcelo F. LimaAssessor Dioc. do SAV

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Mensagem do Papa Francisco para o53º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações

(17 de Abril de 2016 - IV Domingo da Páscoa)Tema: “A Igreja, mãe de vocações”

Amados irmãos e irmãs!Como gostaria que todos os batizados pudessem, no decurso do Jubileu Extraordinário da Miseri-

córdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja! E pudes-sem redescobrir que a vocação cristã, bem como as vocações particulares, nascem no meio do povo de Deus e são dons da misericórdia divina! A Igreja é a casa da misericórdia e também a «terra» onde a vocação germina, cresce e dá fruto.

Por este motivo, dirijo-me a todos vós, por ocasião deste 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, convidando-vos a contemplar a comunidade apostólica e a dar graças pela função da comunidade no caminho vocacional de cada um. Na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Mi-sericórdia, recordei as palavras de São Beda, o Venerável, a propósito da vocação de São Mateus: «Miserando atque eli-gendo» (Misericordiae Vultus, 8). A ação misericordiosa do Senhor perdoa os nossos pecados e abre-nos a uma vida nova que se concretiza na chamada ao discipulado e à missão.

A chamada de Deus acontece através da mediação co-munitária. Deus chama-nos a fazer parte da Igreja e, depois dum certo amadurecimento nela, dá-nos uma vocação es-pecífica. O caminho vocacional é feito juntamente com os irmãos e as irmãs que o Senhor nos dá: é uma con-vocação.

Neste Dia dedicado à oração pelas vocações, desejo exor-tar todos os fiéis a assumirem as suas responsabilidades no cuidado e discernimento vocacionais. Quando os Apóstolos procuravam alguém para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, São Pedro reuniu cento e vinte irmãos (cf. Act 1, 15); e, para a escolha dos sete diáconos, foi convocado o grupo dos dis-cípulos (cf. Act 6, 2). São Paulo dá a Tito critérios específicos para a escolha dos presbíteros (cf. Tt 1, 5-9). Também hoje, a comunidade cristã não cessa de estar presente na germina-ção das vocações, na sua formação e na sua perseverança (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 107).

A vocação nasce na Igreja. Desde o despertar duma vo-cação, é necessário um justo «sentido» de Igreja. Ninguém é chamado exclusivamente para uma determinada região, nem para um grupo ou movimento eclesial, mas para a Igre-ja e para o mundo. «Um sinal claro da autenticidade dum carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de se integrar harmonicamente na vida do povo santo de Deus para o bem de todos» (Ibid., 130). Respondendo à chamada de Deus, o jovem vê alargar-se o próprio horizonte eclesial, pode con-siderar os múltiplos carismas e realizar assim um discerni-mento mais objectivo. Deste modo, a comunidade torna-se a casa e a família onde nasce a vocação. O candidato contem-pla, agradecido, esta mediação comunitária como elemento imprescindível para o seu futuro. Aprende a conhecer e a amar os irmãos e irmãs que percorrem caminhos diferentes do seu; e estes vínculos reforçam a comunhão em todos.

A vocação cresce na Igreja. Durante o processo de for-mação, os candidatos às diversas vocações precisam de co-nhecer cada vez melhor a comunidade eclesial, superando a visão limitada que todos temos inicialmente. Com tal fina-lidade, é oportuno fazer alguma experiência apostólica jun-

tamente com outros membros da comunidade, como, por exemplo, comunicar a mensagem cristã ao lado dum bom catequista; experimentar a evangelização nas periferias jun-tamente com uma comunidade religiosa; descobrir o tesouro da contemplação, partilhando a vida de clausura; conhecer melhor a missão ad gentes em contacto com os missionários; e, com os sacerdotes diocesanos, aprofundar a experiência da pastoral na paróquia e na diocese. Para aqueles que já es-tão em formação, a comunidade eclesial permanece sempre o espaço educativo fundamental, pelo qual se sente gratidão.

A vocação é sustentada pela Igreja. Depois do compro-misso definitivo, o caminho vocacional na Igreja não ter-mina, mas continua na disponibilidade para o serviço, na perseverança e na formação permanente. Quem consagrou a própria vida ao Senhor, está pronto a servir a Igreja onde esta tiver necessidade. A missão de Paulo e Barnabé é um exemplo desta disponibilidade eclesial. Enviados em missão pelo Espírito Santo e pela comunidade de Antioquia (cf. Act 13, 1-4), regressaram depois à mesma comunidade e narra-ram aquilo que o Senhor fizera por meio deles (cf. Act 14, 27). Os missionários são acompanhados e sustentados pela comunidade cristã, que permanece uma referência vital, como a pátria visível onde encontram segurança aqueles que realizam a peregrinação para a vida eterna.

Dentre os agentes pastorais, revestem-se de particular re-levância os sacerdotes. Por meio do seu ministério, torna-se presente a palavra de Jesus que disse: «Eu sou a porta das ovelhas (...). Eu sou o bom pastor» (Jo 10, 7.11).

Peçamos ao Senhor que conceda, a todas as pessoas que estão a realizar um caminho vocacional, uma profunda ade-são à Igreja; e que o Espírito Santo reforce, nos Pastores e em todos os fiéis, a comunhão, o discernimento e a paternidade ou maternidade espiritual.

“Pai de misericórdia, que destes o vosso Fi-lho pela nossa salva-

ção e sempre nos sustentais com os dons do vosso Espíri-to, concedei-nos comunida-des cristãs vivas, fervorosas e felizes, que sejam fontes de vida fraterna e suscitem nos jovens o desejo de se consa-grarem a Vós e à evangeli-zação. Sustentai-as no seu compromisso de propor uma adequada catequese vocacio-nal e caminhos de especial consagração. Dai sabedoria para o necessário discerni-mento vocacional, de modo que, em tudo, resplandeça a grandeza do vosso amor misericordioso. Maria, Mãe e educadora de Jesus, inter-ceda por cada comunidade cristã, para que, tornada fe-cunda pelo Espírito Santo, seja fonte de vocações autên-ticas para o serviço do povo santo de Deus”.

Cidade do Vaticano, 29 de Novembro – I Domingo

do Advento – de 2015.Papa Francisco

Dia de Oração pelo Clero (2013)

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PALAVRA DO BISPO

Eleições 2016: a Misericórdia é candidata nas próximas eleições

Os pré-candidatos às eleições de outubro acolhe-ram o convite feito pelo Setor Pastoral Social da Diocese de Osasco e compareceram ao Centro

Diocesano de Pastoral, no último dia 19 de março. Ouviram a exposição feita pelo professor José Mário Brasiliense Car-neiro, especialista em cidadania política e gestão de políticas públicas voltadas para o município. O professor salientou a importância do município no contexto da Federação, mos-trando que o Estado não é um fim em si mesmo, mas existe em função da promoção da dignidade das pessoas.

A cada eleição a Igreja se movimenta para orientar e formar com critérios cristãos a consciência dos seus leigos, quanto a responsável participação na vida política. As elei-ções deste ano chamam ainda mais a atenção, pois sendo municipais – prefeitos, vice-prefeitos e vereadores – o envol-vimento com candidatos conhecidos das comunidades torna a campanha mais próxima, mais aguerrida e, quem sabe, até mais conflitiva. O debate democrático é mais enriquecedor, sem dúvida, mas pode também deixar cicatrizes e divisões que não se curam com facilidade.

Para complicar um pouco mais o clima das eleições mu-nicipais deste ano, temos como cenário o momento político em nível nacional, com manifestações pelas ruas do país e um embate político e jurídico que não permite entrever as consequências: presos com as mãos em grandes volumes de dinheiro, os condenados entregam empresários e políticos em delações premiadas, grampos telefônicos, revelações es-cabrosas das entranhas do poder. A disputa partidária nacio-nal passa também pelas veias das eleições municipais, con-turbando ainda mais o processo, fazendo com que muitos entendam a política como coisa suja.

O Papa Francisco responde a essa questão com clareza: “Por certo a política está muito suja”, diz ele. E pergunta: “Por que está suja? Porque os cristãos não se metem nela, com espírito evangélico”. É a sua resposta. Num diálogo muito franco e informal com os jovens das Comunidades de Vida Cristã (CVX em 30.04.2015), o Papa abre o coração mostrando o quanto é árdua e necessária a missão dos leigos cristãos que se sentem vocacionados para a vida política.

Coloco aqui textualmente a fala do Papa nessa ocasião, como que dialogando consigo mesmo, formulando as per-guntas e respondendo assim: «Mas o católico pode intro-meter-se na política?» — Deve! Foi o beato Paulo VI quem afirmou que a política é uma das formas mais elevadas da caridade, porque busca o bem comum. «Mas Padre, não é fácil fazer política porque, neste mundo corrupto... no fim, não se consegue ir em frente...». O que queres dizer-me, é que fazer política é um pouco como um martírio? Sim! Sim, é uma espécie de martírio! É de fato um martírio quotidia-no: promover o bem comum, sem te deixares corromper... Fazer política é um martírio: trata-se verdadeiramente de um trabalho para mártires, porque é necessário ter sempre, todos os dias, o ideal de construir o bem comum. É preciso também carregar a cruz de muitos fracassos, inclusive su-portar a cruz de numerosos pecados, porque no mundo é difícil praticar o bem, no meio da sociedade, sem sujar um pouco as próprias mãos ou até o coração; mas deves pedir perdão por isto, pedir perdão e dar continuidade à obra. Que isso não te desanime! «Não, Padre, não faço política porque não quero pecar!» — Mas assim não praticas o bem! Vá em frente, pede ao Senhor que te ajude a não pecar; contudo, se te sujares as mãos, pede perdão e vai em frente!. Mas conti-

nua, continua...”Acho que é uma posição

muito corajosa essa do Papa, ao dizer que o pecado é de fato inevitável na condição humana e, que por isso só podemos ir em frente agar-rados na misericórdia do Senhor. Talvez essa reflexão do Papa nos ajude a encarar uma das dificuldades cons-tantes que temos em nossas comunidades quando al-guém desponta como can-didato. É apoiado e quando vence, se sente só, ou até mesmo entregue à má influ-ência dos meios políticos e, em breve, estará desvincu-lado da comunidade e dos preceitos éticos. Acompa-nhar os que chegaram ao mandato, relembrar seus compromissos com o bem comum, e os próprios elei-tos colocarem diante da co-munidade seu martírio, esse parece ser o caminho.

Só posso entender, a partir dessa visão do Papa Francisco, e muito dentro do espírito deste Ano Ju-bilar da Misericórdia, que aqueles que vierem a se apresentar em nossas comu-nidades como candidatos devam, se são cristãos, ser movidos pela misericórdia. Ela deve estar presente em seus programas e projetos, e garantida pela sua atuação na comunidade já antes da candidatura. Sem criar di-visões, deve confrontar a to-dos os eleitos, independente de partidos, com o olhar de Cristo misericordioso que, ele sim, deve inspirar e jul-gar, perdoar e recolocar no caminho, aqueles que se sentiram chamados a servir ao bem comum por meio da atividade política.

Dom João Bosco, ofmBispo de Osasco – SP

www.dbosco.org

Colaboração: Padre Alexandre Garcia

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50º Dia Mundial das Comunicações Sociais:Comunicação e Misericórdia

Foi na festa de São Francisco de Sales, patrono dos jornalistas, em 24 de janeiro, que o Papa Francisco divulgou a mensagem pelo 50º Dia Mundial das

Comunicações, celebrado, neste ano, em 08 de Maio, e, em sintonia ao Ano Santo Jubilar da Misericórdia, proclamou como tema “Comunicação e Misericórdia: um encontro fe-cundo”.

A mensagem principal é a promoção do convívio com a misericórdia, de forma que ela faça parte do nosso ser e agir, e se torne um traço que nos caracteriza. Uma vez que o amor é comunicação por natureza, o Pontífice nos convida a sermos, por meio da nossa comunicação, porta-dores da força de Deus e irradiar o calor materno da Igreja, principalmente orientando o próximo no processo de re-conciliação.

Citando Shakespeare, ele nos lembra que a misericórdia não é obrigação, mas abençoa quem dá e quem recebe. E

apela aos que têm responsabilidades institucionais, polí-ticas e de formação da opinião pública “para que estejam sempre vigilantes sobre o modo de expressar-se com re-lação a quem pensa ou age de forma diferente, e também de quem pode ter errado”. A nós, como representantes da Igreja, cabe o zelo para anunciar a verdade com amor e para condenar o pecado, sem nunca julgar a pessoa, pois apenas Deus pode ler o coração do homem.

O Santo Padre afirma que a escuta também é gesto de misericórdia, pois se torna uma espécie de martírio, um sacrifício de nós mesmos, em que se renova o gesto de Moi-sés, de descalçar as sandálias e ir ao encontro do outro. Pois a motivação da comunicação não é tecnologia, mas o rela-cionamento interpessoal, onde o coração do homem deter-mina sua capacidade de fazer um bom uso das redes sociais “O ambiente digital é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, realizar uma discussão

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proveitosa ou um lincha-mento moral”.

Ao finalizar a mensagem, Papa Francisco nos convida à proximidade “O encon-tro entre a comunicação e a misericórdia é fecundo na medida em que gerar uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa”.

Peçamos a Deus que a Igreja particular de Osasco se abra à ação do Espírito Santo para promover esse encontro fecundo da comu-nicação com a misericórdia. Que Nossa Senhora da Co-municação os auxilie nessa missão.

Em comemoração ao 50º Dia Mundial das Comuni-cações a Pascom Diocesana convida todos os membros da pastoral e interessados no assunto para o 5º EN-COM – Encontro de Co-municadores, no dia 04 de Junho. Em breve mais in-formações.

Para contato: [email protected]

Para notícias: [email protected]

Carol GonzagaPascom Diocesana

(Setor Imprensa)

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Retiro Diocesano do COMIDI traz reflexão sobre o Ano da Misericórdia

Missa do Crisma: Diocese unida como família em Cristo

Com o intuito de fortalecer e reanimar o anúncio do Evangelho, o Conselho Missionário Diocesa-no (COMIDI) realizou no dia 12 de março seu 3º

Retiro Diocesano no Colégio Madre Iva, em Cotia. Com o tema central do Ano Santo da Misericórdia: “Misericordio-sos como o Pai”, o encontro teve como pregador o Pe. Fer-nando Ribeiro, que de muito bom grado, prestou assessoria sobre a temática da misericórdia e missão da Igreja, criando e favorecendo a interação, ajuda e formação, dos discípulos e missionários. Animação, pregação, momento de desertos, terço da misericórdia, fizeram parte do retiro, que contou com a presença de 180 participantes vindos de 35 paróquias e 05 regiões pastorais de nossa diocese.

A tarefa do COMIDI é auxiliar as pastorais, movimen-tos e organismos a desenvolverem a dimensão missionária de seus carismas para que a Igreja viva em estado perma-nente de missão, anunciado pelo testemunho, pelo diálogo e pela oração, o Evangelho (Boa Notícia) que é o próprio Jesus Cristo. Temos esta sublime missão de apontar rumos e criar oportunidades para que a Igreja, por meio dos seus diversos organismos e estruturas, continue a missão de Deus revelada em, e por Jesus Cristo, na força do Espírito Santo.

O encerramento se deu com a celebração da Santa Missa,

A Igreja de Osasco se reuniu no dia 23 de março, para celebrar a Missa do Crisma, conhecida po-pularmente como Missa da Unidade ou Santos

Óleos. A Solene Eucaristia, que aconteceu na Catedral San-to Antônio, tem como principais características a bênção dos Óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos, a consagração do Óleo do Santo Crisma e a renovação das promessas sa-cerdotais dos presbíteros.

O bispo diocesano Dom João Bosco, expressou sua ale-gria ao ver as diversas realidades unidas nesta celebração tão significativa para a Igreja. E comentou que o fato da Missa da Unidade ser realizada no local onde se encontra a Porta Santa da Misericórdia traz um significado especial; relem-brando que as diferenças existem, mas a comunhão não se quebra e por este motivo se conserva o rosto misericordioso do Pai. O bispo alertou ainda, a cerca do cenário atual vivido pela sociedade, o qual tem gerado divisão entre as pessoas e dificultado a vivência da unidade. Ele reforça dizendo que os cristãos não podem se afetar pela situação, mas permanece-rem unidos “em uma só família em Cristo”, ressaltou.

Dom João dirigiu a palavra aos padres presentes, que nes-ta celebração renovaram a sua consagração a Deus realizada no dia da ordenação, destacando a importância do sacerdote na vida da comunidade e que eles representam para a Igreja “a própria face de Cristo misericordioso no meio de nós”.

A renovação das promessas sacerdotais expressa a unida-de do Presbitério estendida a toda Igreja diocesana.

Ao final da celebração, foram entregues aos padres os san-tos óleos que serão utilizados pelas paróquias na realização dos sacramentos durante o ano de 2016.

PASCOM Diocesana

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presidida pelo bispo diocesano, Dom João Bosco, e concelebrada por vários padres. Partici-param deste momento, seminaristas, religiosas e as forças vivas das paróquias e regiões, que neste dia, demonstraram seu comprometimento de amor e fé à missão.

Sem. Vandilson Pereira Sobrinho3º Ano de Teologia – Seminário São José

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Família e o Ano da MisericórdiaANO DA MISERICÓRDIA

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Na festa da Imacu-lada Conceição da Virgem Ma-

ria, dia 08 de dezembro de 2015, o Papa Francisco abriu solenemente a Porta San-ta da Basílica de São Pedro, dando início ao Ano Santo da Misericórdia, ocasião em que somos exortados a ser-mos misericordiosos, como o Pai é misericordioso co-nosco (cf. Lc 6,36).

O ambiente familiar é um dos mais privilegiados para vivermos de maneira con-creta a misericórdia entre seus membros, onde o mari-

do se doa para a esposa e vice-versa e ambos se doam pelos filhos. Pais e filhos são impulsionados a agir com misericór-dia diante das fragilidades uns dos outros: perdoar sempre e recomeçar.

“A misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta que Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo de suas vísceras (Misericordiae Vultus, 6).” Na Sagrada Escritura, Deus utiliza as imagens do pai e da mãe quando deseja falar da misericórdia que tem por nós, seus filhos amados. “Pode a mãe se esquecer do seu neném? Pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você” (Is 49, 15).

A palavra misericórdia é formada a partir dos termos mi-séria e coração. O coração é o núcleo do pensamento, onde se tomam as decisões mais íntimas. A misericórdia é a dinâ-mica interior de um amor visceral, proveniente das entra-nhas, que do mais íntimo nos impulsiona a nos aproximar dos outros, sobretudo os que mais precisam. Nos remete ao amor de uma mãe que deseja amar, proteger, cuidar, perdo-ar, doar-se totalmente ao seu filho. Deus se apresenta como a imagem dessa mãe que toma o filho em seus braços, que o ama incondicionalmente e gratuitamente, mesmo quando esse filho é tão pequeno, incapaz, limitado, repleto de fragi-lidades, tão miserável.

“Ele ainda estava longe, quando seu pai o viu. Encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se ao pescoço dele e o beijou com ternura” (Lc 15, 20). Na parábola do filho pródigo, em Lc 15, 11-32, é possível ver a compaixão com que o pai misericordioso se relaciona com seus dois filhos, acolhendo o mais novo que retorna à sua casa e dialogando com o mais velho que não compreende o gesto do pai para com seu irmão.

A misericórdia é uma disposição interior que vai sendo amadurecida com a convivência com Jesus Cristo, é o amor proveniente do mais íntimo concretizado em gestos. São João Paulo II afirma: “A família que reza unida, permanece uni-da”. A meditação da Palavra de Deus em família, a oração do Santo Rosário, a participação nas Santas Missas preservam a espiritualidade no lar, e impulsionam a exercerem a caridade, as obras de misericórdia.

Convidamos todas as famílias de nossa Diocese para o Jubileu das Famílias na Romaria Diocesana ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no dia 07 de maio de 2016, ocasião em que elevaremos os nossos louvores e agradecimentos a Deus pelo dom da vida e pelas graças con-cedidas às nossas famílias e suplicaremos a intercessão da Santíssima Virgem, a Rainha das famílias, junto ao seu Divi-no Filho por todos nós.

Pe. Luiz Rogério GemiPastoral Familiar Diocesana

Vigário Paroquial da Catedral de Santo Antônio

“A misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta”

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“24 Horas Para o Senhor” supera expectativas

Por iniciativa do Papa Francisco neste Ano Jubilar

da Misericórdia aconteceu nos dias 04 e 05, nas Igre-jas do mundo inteiro, as “24 horas para o Senhor”, mo-mento de missa, adoração e atendimento de confissões por 24 horas ininterruptas. Veja alguns depoimentos a respeito desse momento:

“Eu vi com muita ale-gria, já antes do acon-tecimento, como as

nossas comunidades pa-roquiais trabalharam essa questão através do zelo, na divulgação deste programa das 24 horas para o Senhor, primeiro nas paróquias e através das redes sociais. Parece que brotou uma ale-gria desta atividade, difícil, sem dúvida, pois ela é longa, mas ao mesmo tempo tão produtiva. As notícias que eu tenho até aqui, foi de que o povo acolheu essa ideia muito bem, participou em grande número e são muitos aqueles que, depois de muito tempo, puderam se reencon-trar com o Senhor, pelo sa-cramento da penitência. Eu espero que também daqui

pra frente, nossas igrejas estejam sempre abertas, é esse o propósito do Papa, que seja uma nova atitude, acolhendo a Sua misericórdia através do sacramento do perdão. Eu achei muito bom esse acontecimento na nossa diocese”.

D. João Bosco (Bispo Diocesano)

“Aqui em Cotia a Igreja esteve bem participativa, em todos os horários, em todas as missas. O encerra-mento foi às 15h com o terço”.

Pe. Marcelo Pereira da Silva (Região Cotia)

“A primeira impressão foi muito boa! Tivemos o iní-cio às 12h na Catedral. Devido ao horário tinha mais ou menos trezentas pessoas. No horário das 15h a

Igreja estava quase cheia. Isso sem contar o grande número de confissões. Os demais horários não estive presente, mas segundo os comentários foi fantástico, maravilhoso”.

Pe. José Ailton Ribeiro (Região Santo Antônio)

“Em Carapicuíba, a matriz de São Lucas completa-mente cheia e na missa inicial, às 20h, permaneceu assim, depois da missa também em adoração e con-

fissões. Destaco as paróquias que, nos seus horários, prepa-ram as horas santas. Boa participação das paróquias em suas escalas com bastante fervor. Os padres, estes são instrumen-tos de misericórdia, alguns passaram sua escala e se sacrifi-caram ficando até mais de seis horas atendendo o povo de Deus. Silêncio e espírito de oração. Penitentes que há muito tempo não se confessavam buscando a reconciliação”.

Pe. Dr. Carlos Eduardo (Região Carapicuíba)

“As 24 horas para o Senhor teve início às 16h de sexta, com a celebração da missa com a igreja lotada. A par-tir de então as paróquias da região foram se revezan-

do e animando os momentos de oração. Em relação às con-fissões o número de pessoas superaram nossas expectativas, pois, aqui na região, já é um costume de fazer mutirão das

confissões e isto aconteceu entre os dias 15 e 25 de fevereiro em quase todas as paróquias, em cada horário tínhamos no mínimo dois e no máximo quatro padres, que não foram su-ficientes para atender a todos. Também é de se destacar a de-dicação dos leigos, que colaboraram muito na organização e outros que passaram a noite trabalhando”.

Pe. Valdivino A. Gonçalves (Região Barueri)

“Em São Roque ficou acima da expectativa. Nem con-seguimos atender a todos no final. A Igreja estava cheia o tempo todo. Foi das 15h de sexta, até às 15

horas de sábado”.Pe. Sebastião Correia (Região São Roque)

“Na Região Bonfim foram 26 horas, pois ao meio dia, quando foi dada a benção do Santíssimo, ainda per-maneceram quatro padres atendendo por mais duas

horas. Em todo o período, a Igreja dos Remédios esteve lo-tada, inclusive nas horas da madrugada. Há de se destacar a preparação das paróquias e acolhida esplendida da paróquia e da comunidade religiosa dos Cônegos Regulares Latera-nenses, com apoio total. Impossível contar ou comensurar o que significou este momento. Festa no Céu com os pecado-res reconciliados”.

Pe. Marcos Funchal (Região Bonfim)

“Essa iniciativa foi restauradora, tomara que se torne um evento anual em nossa Igreja particular, de estar na presença do Senhor. Foram momentos preciosos

de entrega, reflexão e nos ajudou muito para nos fortalecer, para carregar a nossa cruz de cada dia. Obrigada Senhor por ter nos concedido esse dia tão especial, cheio de graças e bênçãos. Que Deus abençoe o nosso Papa Francisco”.

Sebastiana A. C. Leme(Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Mairinque)

“Foi muito gratificante as 24 horas do Senhor, muitas pessoas beberam da misericórdia do Pai e redimiram de seus pecados. Emocionante foi saber que a Igreja

do mundo inteiro estava unida num mesmo objetivo”.Lúcia Arruda (Paróquia N. Sra. do Monte Serrate - Cotia)

Pascom Diocesana

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Capela Colégio São José - São Roque

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PROGRAME-SE

Agenda Diocesana11 a 15/04

Assembleia Geral da CNBB

16/042º ano de eleição de Dom João Bosco – Bispo de Osasco/SP

Formação Diocesana de Liturgia – Colégio Misericórdia, 8h30

24/04 Domingo de Páscoa

Encontro Diocesano de Espiritualidade para os coordenadores de Catequese – 8h às 16h Paróquia Santo Antônio – Vila Caldas - Carapicuíba

01/05 27º ano da Instalação da Diocese de Osasco

Romaria Nacional ao Santuário de Aparecida do Apostolado da Oração

07/0512ª Romaria Diocesana ao Santuário de Aparecida

Jubileu das Famílias na Romaria – Ano da Misericórdia

13/05RCC – Vigília de Pentecostes – Espaço Elena Guerra

14/05Formação Missionária e Reunião do COMIDI – Região Carapicuíba

Hora Santa Diocesana pelas Vocações e Santificação do Clero – Regiões Sto. Antônio, Bonfim e Carapicuíba (Catedral das 14h às 16h)

15/04Solenidade de Pentecostes

Faltam poucos meses para o nosso encontro na Jor-nada Mundial da Juventude de 2016, que acontece-rá em Cracóvia, na Polônia. O Setor Juventude de

nossa Diocese vem se organizando para estar em comunhão com toda a juventude do mundo. Mas, sabemos que as con-dições financeiras impossibilitam a participação dos jovens em Cracóvia. Por este motivo, foi então criado o projeto Cracóvia é Aqui que tem por finalidade reunir os jovens das diversas regiões pastorais de nossa diocese (Santo Antônio, Bonfim, Carapicuíba, Barueri, Cotia e São Roque) na cidade de Ibiúna durante os dias da Jornada Mundial da Juventude, de 29 a 31 de julho. O evento acompanhará as principais atrações da JMJ e contará com diversas atividades para a juventude, como: Catequese, orações, shows, vigília, missa, além das visitas a cidade e muitos outros momentos. Tam-bém estão programadas acolhidas da juventude nas famílias, e nas cinco igrejas locais da cidade, além das participações da Comissão Bíblico Catequético, RCC – Ministério Jovem, Jovens Sarados, Thalita Kum, COMIDI – Comissão Missio-nária Diocesana e muitos outros grupos juvenis.

Quem pode participar? Todo aquele que desejar viver o espírito da Jornada Mun-

dial da Juventude, a sua animação e sua ação missionária.Onde posso me escrever para ser peregrino?As inscrições são feitas pelo site: osetorjuventude.com,

em grupos de 25 jovens, sendo que um deverá ser o respon-sável do grupo.

Haverá algum custo?Sim, cada jovem paga uma pequena taxa de colaboração

no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais). O responsável do

Cracóvia é aqui! grupo deve acertar o valor do seu grupo com o coordenador regional de sua região pastoral. O que devo levar para a missão?É muito importante que você leve uma mochila contendo os pertences de uso pessoal, e

algumas roupas e agasalhos, evite levar muita coisa, pois você estará em missão.Lembre-se que este projeto de evangelização funcionará melhor com a participação de

toda a nossa juventude diocesana, trazendo para si o Tema da XXXI Jornada Mundial da Juventude: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).

Queridos Jovens: “Vinde a Ele e não tenhais medo! Vinde dizer-Lhe do mais fundo dos vossos corações: «Jesus, confio em Vós! Deixai-vos tocar pela sua misericórdia sem limites, a fim de, por vossa vez, vos tornardes apóstolos da misericórdia, através das obras, das palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo ego-ísmo, o ódio e tanto desespero”. (Papa Francisco)

Aguardem na próxima edição mais detalhes sobre Cracóvia é Aqui.

Padre Marcelo PereiraAssessor Diocesano da Juventude

PROGRAMAÇÃO DA ROMARIA07h00min - Acolhida dos Romeiros (Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida);- Concentração Diocesana de Oração na Tribuna Papa Bento XVI;- Oração do Santo Terço, Palavra de Dom João Bosco e sorteios.09h00min - Santa Missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Para acessar baixe antes o App leitor do Código QR em seu celular

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