Boletim CSP-Conlutas nacional

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Rua Boa Vista, 76 - 11° andar | CEP: 01014-000 | Centro - São Paulo/SP | Tel.: (11) 3107-7984 Boletim Especial 11 DE JULHO DE 2013 www.cspconlutas.org.br Muitas dessas reivin- dicações serão cobradas dos patrões diretamente, nas campanhas salariais ou fora delas. No entanto, a maior parte dos proble- mas que afetam a nossa classe foram causados pelas decisões do governo e dependem de decisões do governo federal, e também dos governos estaduais e municipais, para serem so- lucionados. É para cobrar deste go- verno, portanto, que fare- mos greves e manifestações no dia 11 de julho. O gover- no Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de atender interesses das grandes empresas e dos bancos. Pois queremos que atenda reivindicações dos trabalhadores. Os dirigentes do Con- gresso Nacional estão di- zendo que estão atentos à cobrança das ruas. Pois bem: queremos que seja colocado em votação a derrubada do veto à lei que acaba com o fator previden- ciário, que reduz o valor das aposentadorias; queremos que seja arquivado o PL 4330 (das terceirizações) e o PL 092 (que permite pri- vatizar o serviço público). 11 DE JULHO É DIA DE GREVES, PARALISAÇÕES E MANIFESTAÇÕES DE RUA À LUTA! O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar dos nossos gover- nantes solução para as mazelas que afligem a vida de todos: o caos no transporte, na saúde, educação e moradia; a inflação; a violência policial; a escandalosa corrupção; os desmandos dos políticos. Trabalhadores - A classe trabalhadora brasileira precisa ocupar o seu lugar nesta luta, en- trar com todas as suas forças, de forma organizada, e em defesa de suas reivindicações. Somos parte e apoiamos as manifestações que estão nas ruas, apoiamos suas bandeiras. Precisamos com nos- sa ação, fortalecer esse processo de lutas e agregar às bandeiras das ruas, as reivindicações da nossa classe. O dia 11 de julho foi definido pelas centrais sindicais – além da CSP-Conlutas, a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB, CSB – como um dia de greves, paralisações e manifestações de rua, para cobrar do governo e dos patrões o atendimento de nossas reivindicações. De quem vamos cobrar o atendimento destas reivindicações - Reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos; - Mais investimentos na saúde e educação pública; - Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; - Redução da jornada de trabalho; - Fim dos leilões das reservas de petróleo; - Contra o PL 4330, da terceirização; - Reforma Agrária A estas reivindicações, obviamente, podem agregar-se outras que cada categoria achar adequado e que ajude a mobilizar os trabalhadores. As bandeiras do Dia Nacional de Luta Trabalhadores nas ruas de Fortaleza (CE) na semana passada ARQUIVO FORTALEZA-DIA 27 Organizar a greve e os protestos em todas as categorias Se quisermos conquistar as nossas reivindicações, precisamos fazer um grande dia de greves neste 11 de julho: - Discuta com seus colegas para paralisar todo o seu setor. O dia inteiro, se possível. - Participe da manifestação que for convocada em sua cidade ou por sua categoria. - Ajude a divulgar a greve deste dia 11 pelos meios que tiver: redes sociais, e-mails, boca a boca no local de trabalho, no seu bairro com os colegas, no bate papo com os amigos (as) e com a família. - Quanto mais geral for essa greve, mais forte será a nossa luta.

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Dia 11 de julho, dia de greves e manifestações

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Rua Boa Vista, 76 - 11° andar | CEP: 01014-000 | Centro - São Paulo/SP | Tel.: (11) 3107-7984Boletim Especial 11 DE JULHO DE 2013 www.cspconlutas.org.br

Muitas dessas reivin-dicações serão cobradas dos patrões diretamente, nas campanhas salariais ou fora delas. No entanto, a maior parte dos proble-mas que afetam a nossa classe foram causados pelas decisões do governo e dependem de decisões do governo federal, e também dos governos estaduais e municipais, para serem so-lucionados.

É para cobrar deste go-verno, portanto, que fare-mos greves e manifestações no dia 11 de julho. O gover-no Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de atender interesses das grandes empresas e dos bancos. Pois queremos que atenda reivindicações dos trabalhadores.

Os dirigentes do Con-gresso Nacional estão di-zendo que estão atentos à cobrança das ruas. Pois bem: queremos que seja colocado em votação a derrubada do veto à lei que acaba com o fator previden-ciário, que reduz o valor das aposentadorias; queremos que seja arquivado o PL 4330 (das terceirizações) e o PL 092 (que permite pri-vatizar o serviço público).

11 dE julho é dia dE grEvEs, paralisaçõEs E manifEstaçõEs dE rua

À luta!

O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar dos nossos gover-

nantes solução para as mazelas que afligem a vida de todos: o caos no transporte, na saúde, educação e moradia; a inflação; a violência policial; a escandalosa corrupção; os desmandos dos políticos.

Trabalhadores - A classe trabalhadora brasileira precisa ocupar o seu lugar nesta luta, en-trar com todas as suas forças, de forma organizada, e em defesa de suas reivindicações. Somos parte e apoiamos as manifestações que estão nas ruas, apoiamos suas bandeiras. Precisamos com nos-sa ação, fortalecer esse processo de lutas e agregar às bandeiras das ruas, as reivindicações da nossa classe.

O dia 11 de julho foi definido pelas centrais sindicais – além da CSP-Conlutas, a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB, CSB – como um dia de greves, paralisações e manifestações de rua, para cobrar do governo e dos patrões o atendimento de nossas reivindicações.

de quem vamos cobrar o atendimento destas reivindicações

- reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;

- mais investimentos na saúde e educação pública;

- fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;

- redução da jornada de trabalho;

- fim dos leilões das reservas de petróleo;

- Contra o pl 4330, da terceirização;

- reforma agrária

A estas reivindicações, obviamente, podem agregar-se outras que cada

categoria achar adequado e que ajude a mobilizar os trabalhadores.

as bandeiras do dia nacional de luta

Trabalhadores nas ruas de Fortaleza (CE) na semana passada

arquivo ForTalEza-dia 27

organizar a greve e os protestos em todas as categoriasSe quisermos conquistar as nossas reivindicações, precisamos fazer um grande dia de greves neste

11 de julho: - discuta com seus colegas para paralisar todo o seu setor. o dia inteiro, se possível.- participe da manifestação que for convocada em sua cidade ou por sua categoria.- ajude a divulgar a greve deste dia 11 pelos meios que tiver: redes sociais, e-mails, boca a boca

no local de trabalho, no seu bairro com os colegas, no bate papo com os amigos (as) e com a família. - Quanto mais geral for essa greve, mais forte será a nossa luta.

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CSP-Conlutas | Endereço: Rua Boa Vista, 76 – 11° andar CEP: 01014-000 - Centro - São Paulo/SP - telefone: (11) 3107-7984 | www.cspconlutas.org.br

EstE é somEntE o primEiro passolonga joRnada

Este dia de greves e estas bandeiras são um passo im-portante para a nossa luta. Mas, é um primeiro passo. Para que se criem condições para resolver os problemas aponta-dos nas manifestações de rua, e para atender as necessidades dos trabalhadores, precisamos de mudanças maiores.

Suspensão da dívida - Precisamos cobrar do governo a suspensão do pagamento da dívida externa e interna, que todo ano destina metade do orçamento do país aos ban-queiros e grandes especulado-res. Só assim haverá recursos para investir na educação, mo-radia, transporte e na saúde pública.

Bancos - É preciso acabar com o domínio dos bancos sobre o nosso país. o povo brasileiro trabalha a vida in-teira apenas para enriquecer

banqueiros. É preciso estati-zar o sistema financeiro, para que o sistema bancário esteja a serviço do crédito barato, financiando aquilo que for de interesse da população.

Não às privatizações - Precisamos parar as privatiza-ções, a começar com o fim dos leilões das reservas de petró-

leo, e reverter as que já foram feitas. É preciso recuperar o patrimônio público que foi en-tregue a preço de banana para empresas privadas.

Dinheiro público - o go-verno precisa parar de entre-gar o dinheiro público para as grandes empresas. Sem isso não haverá recursos para

financiar as políticas públi-cas que melhorem a vida do povo.

nenhuma dessas mudan-ças será feita sem muita luta, pois nenhuma dessas medidas cabe dentro do modelo eco-nômico aplicado no país pelo governo dilma - e reproduzido nos estados e municípios pe-los governadores e prefeitos. Por isso é importante enten-der que nossa luta está apenas no começo. Que o dia 11 seja prenuncio de uma jornada duradoura e que só termine quando mudarmos o país!

Greve Geral – na verdade a necessidade hoje é de uma greve geral que pare o país exigindo as mudanças que o povo quer. Por isso, vamos for-talecer este 11 de julho, para que seja um primeiro passo na luta e que só termine com mu-danças efetivas.

Petroleiros de Sergipe/alagoas cobram do governo dilma

arquivo Petroleiro

PRESidEnta dilMa:

Enrolação, não!a presidenta dilma diz que está ouvindo a cobrança

dos manifestantes. Mas, ao invés de apresentar solução efetiva para os problemas da saúde, da educação, da mo-radia, do transporte, aparece com uma proposta de Re-forma Política e de Plebiscito. nós achamos que o sistema político brasileiro, dominado por este modelo econômico e pela corrupção, precisa mudar. Mas não vamos aceitar que nos vendam gato por lebre, apenas para o governo fugir do atendimento das nossas demandas.

Se a solução é Plebiscito, por que então não convocar um plebiscito para que o povo decida se o país deve ou não aplicar 10% do PiB na educação pública, já? Por que não perguntar no Plebiscito, o que o povo acha de o país destinar metade do orçamento federal (R$ 750 bilhões de reais no ano passado) para banqueiros e grandes espe-culadores, sob a forma de pagamento de uma dívida que ninguém sabe se existe? Por que não perguntar no Plebis-cito se o povo é a favor de leiloar as reservas de petróleo que o país tem, para as empresas privadas estrangeiras?

agora, Plebiscito para que os mesmos políticos e par-tidos que sempre dominaram a política brasileira definam como é que vão continuar dominando, não tem nenhum sentido.

o dEsafio das CEntrais sindiCais E sindiCatos

MoViMEnto

Para vencer uma luta é preci-so saber contra quem lutamos. Só será possível fazer as mudanças se houver uma inversão do modelo econômico aplicado pelo governo dilma, os governos estaduais e mu-nicipais. o modelo atual é voltado para favorecer os bancos, as em-preiteiras, as grandes empresas e o agronegócio.

Enquanto for assim não vai haver investimentos necessários na educação e saúde pública, na moradia popular, nos transportes públicos, na melhoria dos salários, das aposentadorias, ampliação dos direitos dos trabalhadores.

É contra este modelo econômico e o governo que o aplica que luta-mos. Cabe às centrais sindicais, algu-mas delas apoiadoras do governo, fazerem uma escolha. de duas, uma:

ficar do lado dos trabalhadores e suas reivindicações e levar adiante esta luta contra o governo até for-çarmos uma mudança de fundo no país, em benefício dos trabalhado-res ou ficar do lado do governo e acabar tendo de abandonar a defe-sa dos interesses da nossa classe.

Por isso nos preocupam decla-rações como as que deram diri-gentes da Cut, comprometendo-se a fazer campanha pela Reforma Política e o Plebiscito conforme pedido do governo. não há como atender a dois senhores. defender o governo é incompatível com defender os trabalhadores. nossa trincheira é a dos trabalhadores. na outra estão os governos e os patrões que são os beneficiados pelas políticas praticadas por es-tes governos.