Brasil de Fato RJ - 074

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RJ registra baixo nível de água em reservatórios 6 a 12 de outubro de 2014 • distribuição gratuita esportes | pág.16 cultura | pág.11 especial | págs. 8 e 9 Ripper: o fotógrafo do “bem-querer” Ano 2 | edição 74 entrevista | pág. 4 O Brasil de Fato RJ entrevistou o diretor da Central dos Movimentos Populares, Marcelo Edmundo. Movimento defende que área seja destinada para construção de moradias populares “Lutamos por moradias próximas ao Centro” cidades | pág. 5 MTST ocupa terreno em São Gonçalo João Roberto Ripper ABr Documentarista é reconhecido pela luta em defesa dos direitos humanos A população deve começar a se preocupar com a estiagem que cas- tiga a região sudeste. Os reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento de água do estado, encon- tram-se hoje em seu mais baixo nível de armazenamento da história. Especialistas alertam a população para o uso racional da água e co- bram dos governos maior investimento em ações ambientais. Gilvan Souza Flamengo fez TUDO ERRADO Em noite ruim de Luxa, Fla apanha de 4 a 1 Pablo Vergara

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RJ registra baixo nível deágua em reservatórios

6 a 12 de outubro de 2014 • distribuição gratuita

esportes | pág.161 | mundocultura | pág.11

especial | págs. 8 e 9

Ripper: o fotógrafo do “bem-querer”

Ano 2 | edição 74

entrevista | pág. 4

O Brasil de Fato RJ entrevistou odiretor da Central dos MovimentosPopulares, Marcelo Edmundo.

Movimento defende que área seja destinada para construção de moradias populares

“Lutamos por moradias próximasao Centro”

cidades | pág. 5

MTST ocupa terrenoem São Gonçalo

João

Rob

erto

Rip

per

ABr

Documentarista é reconhecido pela lutaem defesa dos direitos humanos

A população deve começar a se preocupar com a estiagem que cas-tiga a região sudeste. Os reservatórios da Bacia do Rio Paraíba doSul, principal fonte de abastecimento de água do estado, encon-

tram-se hoje em seu mais baixo nível de armazenamento da história.Especialistas alertam a população para o uso racional da água e co-bram dos governos maior investimento em ações ambientais.

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Flamengo fez TUDO ERRADOEm noite ruim de Luxa, Fla apanha de 4 a 1

Pablo Vergara

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Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 02 | opinião

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CONSELHO EDITORIAL: Antonio Neiva, Aurelio Fernandes, Joaquín Piñero, Kleybson Andrade,Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti EDITORA: Vivian Virissimo (MTb13.344) REPÓRTER: André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael Vilela REVISÃO:Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRA-ÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano Figalo TIRAGEMMENSAL: 400 mil exemplares

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

Desde 1º de maio de 2013

(21) 4062 7105

editorial |

PREVISÃO DO TEMPO

Rio de Janeiro, Brasilquinta-feira, 06 novembro

Possibilidade de tempestade

27 ºC | F

O Brasil foi tomado desurpresa com a convocaçãode manifestações em apoioà intervenção militar e arecontagem de votos na elei-ção que reelegeu a presi-denta Dilma Rousseff. Ape-nas um grupo de eleitoresde Aécio Neves respondeua convocação dos sem me-mória, inconformados coma derrota.

Figuras patéticas como omúsico Lobão, que prometeusair do Brasil se Dilma Rous-seff fosse eleita, mas até ago-ra não cumpriu a promessa,juntamente com o deputadoeleito por São Paulo, EduardoBolsonaro, filho do parla-mentar extremista do Rio deJaneiro, Jair Bolsonaro, foramalguns dos que discursaram.Flávio Bolsonaro apareceucom uma arma na cintura.

Alguns participantes damanifestação portavam car-

tazes pedindo uma “inter-venção militar”, algo que atéassociados do Clube Militar,por sinal, golpistas históri-cos hoje na Reserva, se po-sicionaram contra. Comisso, esse grupo de eleitoresde Aécio Neves, vinculadosao PSDB, demonstrou algoque pode parecer incrível,ou seja, que estão mais à di-

reita do que o Clube Militar.Algumas horas depois de

conhecidos os resultados dasurnas, os extremistas posta-vam nas redes sociais ques-tionamentos acerca do re-sultado, numa visível de-monstração de ressentimentopela derrota. E o PSDB am-

parou o resmungo golpista.Ao mesmo tempo que

aconteciam esses fatos, a Co-missão Nacional da Verdadeencontrava-se reunida emBrasília, já preparando o re-latório final sobre as investi-gações feitas ao longo demais de dois anos que con-

firmam oficialmenteo caráter genocidado golpe de abril de1964, o mesmo queos eleitores de AécioNeves reunidos naAvenida Paulistaquerem de volta.

É importante queo povo brasileiroseja informado so-bre o que a maioriaabsoluta do povobrasileiro sofreu nos21 anos de ditadura,não só em termosde desrespeito aosdireitos humanos,

como também em relaçãoa uma política econômicaimposta de cima para baixoe na base da repressão, oque levou a redução do po-der aquisitivo dos assala-riados. E é importante dei-xar claro: o Brasil repudiagolpistas!

“É importante que o povo brasileiro seja informado sobre o que a maioriaabsoluta do povobrasileiro sofreunos 21 anos deditadura________________

Golpistas da AvenidaPaulista não passarão

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Dez mortesconfirmadasem chacina, no Pará

A Secretaria de Se-gurança Pública doPará confirmou amorte de dez pessoasem seis bairros de Be-lém (Pará), entre anoite desta terça-feira(4) e a madrugada dequarta (5). Nas redessociais, porém, há re-lato de outros mortos,o que sugere que o nú-mero pode ser maior.Entre os mortos estãoum cobrador de ôni-bus, um cadeirante eum jovem de 16 anos.

“Limpeza na área”

Os assassinatosaconteceram horas de-pois da morte do caboAntônio Figueiredo.Ele estava afastado dotrabalho e respondia aum processo por ho-micídio. O jornal Diá-rio do Pará publicouáudios em que poli-ciais davam ordenspara a população nãosair de casa em diver-sos bairros de Belém.“É uma questão de se-gurança dos senhores,tá? Mataram um poli-cial nosso e vai ter umalimpeza na área. Nin-guém segura ninguém,nem o coronel das ga-láxias”, dizia um deles.

A Polícia Federal mandoumuito bem ao abrir inves-tigação sobre dois perfisde redes sociais que ofen-deram nordestinos na se-mana passada. O pedidofoi feito com base na Leide Racismo.

mandoubem

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mandoumal

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Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 geral | 3

As provas do Enemserão aplicadas nestefinal de semana, nosdias 8 e 9 de novem-bro. O exame tem 8,7milhões de inscritos.Para se preparar paraa prova, os candida-tos podem acessar oaplicativo questoese-nem.ebc.com.br.

EBC

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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Div

ulga

ção

O PSDB, de Aécio Neves,mandou muito mal ao pe-dir ao Tribunal SuperiorEleitoral a auditoria dosvotos do segundo turno.Respeitar o processo de-mocrático deve ser prin-cípio básico de todo par-tido político.

em focofrase da semana

O Partido Republicanoassumiu o controle do Se-nado dos Estados Unidos emanteve a maioria na Câ-mara de Representantes naseleições realizadas nestaterça-feira (4). As eleições

de meio de mandato, as úl-timas antes de Obama dei-xar o cargo, em 2017, con-cedem à oposição o controletotal do Congresso e isolamum presidente enfraquecidoe com baixa popularidade.

Obama fica sem maioria na Câmara eno Senado nos EUA

“O papa é uma revolução dentro da igreja”, disse DomPedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia.

Cul

tura

Gov

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A falta de moradia dignaé um problema enfrentadopor 7 milhões de brasileirose o Rio de Janeiro representacerca de 10% desse déficithabitacional. Em entrevista,Marcelo Edmundo fala sobreesse problema que aflige mi-lhares de pessoas e apontaalgumas soluções possíveis.

Brasil de Fato - O númerode pessoas sem moradiaaumentou ou diminui? Porque o governo federal en-tregou mais de milhões decasa, no entanto os índicesapontam para o crescimen-to do déficit habitacional?Estão utilizando números de2010 (do Censo) para fazero cálculo, e nesse ano o pro-grama Minha Casa MinhaVida (criado em 2009) aindanão era levado em conside-ração. Mas se olharmos ou-

tros números, como a Pes-quisa Nacional por Amostrade Domicílios (PNAD –IBGE), vamos ver que houveredução do déficit habitacio-nal. Era impossível não di-minuir, pois até o final desseano serão quase 3 milhõesde casas construídas e con-tratadas. Mas ainda está bemabaixo do que deveria ser.

Brasil de Fato - O que maisimpacta nesse cálculo dafalta de moradia?Sem dúvida é o alto preçodos alugueis. As famílias quegastam mais de 30% de seusalário com aluguel tambémestão incluídas no déficit ha-bitacional, assim como asmoradias precárias e quandohá mais de três pessoas porcômodo. Então não são ape-nas aquelas pessoas que es-tão em situação de rua queentram nesse índice.

Brasil de Fato - Qual é aproposta dos movimentossociais para combater ossuperpreços dos alugueis?

Há uma pressão para que ogoverno crie mecanismospara regular os alugueis. Re-centemente o prefeito de SãoPaulo, Fernando Haddad,implementou o IPTU pro-gressivo, que se torna maiscaro para imóveis e terrenosque ficarem vazios. E, no pra-zo de cinco anos, poderá serdesapropriado. Essa é amaior cidade do país, entãovamos ver se a iniciativa servede exemplo e elemento depressão para outros lugares.Mas, para atacar profunda-mente esse problema da mo-radia é preciso repensar aquestão da propriedade.

Brasil de Fato - Em que sen-tido?A moradia é um bem de inte-resse social. Nossa luta é paraque seja reconhecida a pro-priedade coletiva, que já exis-te no Uruguai e em outrospaíses. Nesse caso, quandoalguém não quiser morarem um apartamento oucasa, conquistados pelo mo-vimento, não poderá vender.

Outra família, inscritaem uma lista de espe-ra, é que vai morarnesse espaço.

Brasil de Fato - Umadas dificuldades en-frentadas pelas pes-soas beneficiadas porcasas populares é adistância do centroda cidade.Cerca de 80% do défi-cit de moradia estácomposto de pessoasque ganham até trêssalários mínimos. E asempreiteiras contra-tadas pelo Minha CasaMinha Vida constroempoucas casas para essafaixa de renda e quan-do o faz cons trói emlugares distantes. Isso

implica em sérios problemas,como a dificuldade de acessoà escola, serviços e trabalho.Isso acaba criando outro pro-blema para a cidade, como

o caos no transporte urbano.Por isso lutamos pela cons-trução de moradias próximasao Centro do Rio, que é ondeestão os empregos.

Brasil de Fato - No Rio deJaneiro houve recentemen-te uma grande ocupação deum terreno abandonado emSão Gonçalo. Como vocêavalia a iniciativa?Sem dúvida é uma grandeconquista do movimento demoradia, assim como outrasocupações realizadas aolongo dos anos. O povo po-bre sempre teve que con-quistar sua casa ocupando.Mas quando fazemos issode forma organizada é quechama a atenção, porquepassa a ser visto como umproblema político. Contudo,é válido destacar que ocu-pação não é a solução paraa questão da moradia. O quequeremos é política públicaem larga escala.

“Queremos política públicapara moradia em larga escala”

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Diretor da Central dos MovimentosPopulares, MarceloEdmundo, defendeampliação das políticaspúblicas habitacionaispara pessoas queganham até trêssalários mínimos

Marcelo Edmundo: “Ocupação não é a solução para a questão da moradia”

“Lutamos pela construçãode moradias próximas ao Centro do Rio,que é onde estãoos empregos_______________

Pablo Vergara

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 4 | entrevista

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Sem alternativa diantedos preços dos aluguéis, 500famílias, organizadas peloMovimento de Trabalhado-res Sem Teto (MTST), ocu-param um terreno há 50anos abandonado em SãoGonçalo, na última sexta-fei ra (31). Segundo a Secre-taria Municipal de Habita-ção, atualmente 44 mil famí-lias não têm casa para morarna cidade. São Gonçalo é osegundo maior municípiodo estado, com cerca de ummilhão de habitantes.

Guilherme Simões, da coordenação nacional do MTST,

descreve três tipos de famí-lias que estão morando no ter-reno: as que comprometiamgrande parte da renda com oaluguel, as que moravam defavor na casa de outras pessoase as que residiam em áreasconsideradas de risco. Segun -do ele, de 1.500 a 2.000 pes-soas estão residindo na ocu-pação Zumbi dos Palmares.

TERREnO ABAnDOnADODo tamanho de quase seis

campos de futebol, o terrenopossui cerca de 60 mil m² eestava abandonado servindoapenas como depósito deentulho. O movimento de-fende a desapropriação doimóvel para a construção dehabitações populares pormeio do programa “MinhaCasa - Minha Vida Entida-des”. “Já temos experiência

com esse tipo de projeto,principalmente em São Pau -lo. A ocupação em Taboão daSerra, com 900 famílias, éconsiderada modelo pelogoverno federal”, explicou Si-mões. O movimento já atuoucom força no Rio de Janeiro,no final dos anos 1990, masvoltou a agir no estado, hácerca de um ano.

“A especulação imobiliá-ria avança muito no Rio deJaneiro, em grande parte, emfunção dos megaeventos. Opreço dos aluguéis encare-ceu muito, fazendo com quea renda das famílias mais po-bres fosse quase esmagada.As ocupações são um desdo-bramento natural desse pro-cesso”, afirma Simões.

Pablo Vergara

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 cidades | 5

­­­ em foco

MTST funda ocupação Zumbidos Palmares em São Gonçalo

•Vivian Virissimo

do Rio de Janeiro (RJ)

Ocupação reúne entre1.500 e 2.000 pessoas

Pablo Vergara

Ocupantes iniciam montagem das moradias de bambu e lona preta

Morte de peixes na Baíade Guanabara

Toneladas de sardi-nhas são encontradasboiando por toda a baía,de Botafogo a Itaboraí,informa a organizaçãonão governamental Jus-tiça Global. Segundo aong, mais de mil famíliassão afetadas diretamentepelo problema, que nãotem causa ainda definida.

Sistema pode entrar em colapso

Com a morte das save-lhas (espécie de sardi-nha), todo o ecossistemada baía pode entrar emcolapso. Já há registros detartarugas e até botos en-contrados mortos. A Asso-ciação Homens e Mulhe-res do Mar da Baía deGuanabara (Ahomar) temrecebido dezenas de rela-tos de pescadores que es-tão encontrando pouquís-simos peixes nas águas.

80 toneladas deanimais mortos

A Comlurb já divul-gou mais de 80 toneladasde animais mortos en-contrados nas praias, emum período de 10 dias.Apesar da inegável mor-tandade, o Instituto Esta-dual do Ambiente (Inea)afirma que não há con-taminação na água, oque vem gerando revoltaentre os pescadores.

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Dados da fundação in-ternacional Walk Free reve-lam que cerca de 35,8 mi-lhões de pessoas são manti-das em situação de escravi-dão no mundo. A pesquisa-dora Diana Maggiore contaque o número de pessoas es-cravizadas cresceu 20%, emrelação aos 29,8 milhões depessoas apontadas no rela-tório elaborado em 2013.

No Brasil há cerca de 220mil pessoas trabalhandocomo escravos. Em 2013, pelaprimeira vez, o número depessoas resgatadas de situa-

ções de escravidão no setorurbano foi maior que no setorrural no país. “Por causa doseventos esportivos, tivemosmuitos registros na constru-ção civil e a tendência devecontinuar até as Olimpíadas.O Brasil está crescendo, da-qui a alguns anos pode serdiferente”, disse.

Entre as formas de escra-vidão estão o tráfico de pes-soas, o trabalho infantil, aexploração sexual e o traba-lho forçado em condiçõesdegradantes.(Agência Brasil)

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 6 | mundo

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Durante cúpula, indústrias poluentes paralisarão atividades

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Canadá atacaEstado Islâ-mico no Iraque

A Força Aérea do Canadá lançou no do-mingo (2) o primeiroataque contra alvos doEstado Islâmico (EI) noIraque. Foi o primeiroataque aéreo feito peloCanadá após adesão àcoligação internacio-nal liderada pelos Esta-dos Unidos.

Agentes da ditadura fran-quista serãoextraditados

A juíza argentinaMaría Servini de Cu-bría ordenou a deten-ção e a extradição de 20agentes que trabalha-ram para o governo es-panhol durante a dita-dura franquista(1936-1975). A decisãoprevê que os condena-dos sejam levados à Ar-gentina para serem in-terrogados sobre crimesde lesa humanidade.

Mais de 2.300 empresaslocalizadas nas imediaçõesde Pequim vão fechar, a partirdesta quarta-feira (5), paratentar eliminar a poluiçãocrônica da cidade durante areunião de cúpula da Coo-peração Econômica Ásia-Pa-cífico (Apec).

A restrição, que estará emvigor até 12 de novembro,abrange também 2.445 esta-leiros da província Hebei, onde

se concentram algumas dasindústrias mais poluentes doNorte da China. "O céu azulestá pronto para saudar a Apec",diz a manchete de um jornal.

A cúpula reunirá em Pe-quim os líderes de 21 paísese regiões do Anel do Pacífico,entre eles os presidentes dosEstados Unidos e da Rússia,e os primeiros-ministros doJapão, da Austrália e do Ca-nada. (Agência Brasil)

Mundo tem 35,8 milhões de escravos “modernos”

EM FOCO

A Polícia Federal do Mé-xico prendeu nesta terça-feira (4), na capital do país,o ex-prefeito de Iguala JoséLuis Abarca e sua mulher,Maria de los Angeles Pineda.Eles são acusados de res-ponsabilidade no ataque emque seis estudantes morre-ram, 25 ficaram feridos e 43

desapareceram no dia 26 desetembro em Iguala, que ficaa cerca de 200 quilômetrosao sul da Cidade do México.

O ataque a tiros contraônibus com estudantes daEscola Normal de Ayotzina-pa, que foram a Iguala pararecolher fundos, foi execu-tado por policiais municipais

e integrantes do grupo cri-minoso Guerreiros Unidos.Mais de 50 pessoas, entrepoliciais, funcionários pú-blicos e supostos crimino-sos, já foram presos. De acor-do com alguns deles, os 43desaparecidos foram assas-sinados e enterrados apóso ataque. (Agência Brasil)

Estudantes desaparecidos: ex-prefeito é preso no México

Pequim fecha fábricas para reduzir poluição

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Cerca de 220 mil pessoas trabalham como escravos no Brasil

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O presidente da Câmarados Deputados, HenriqueAlves (PMDB-RN), querpressa na tramitação da Pro-posta de Emenda Constitu-cional (PEC) nº 352/13, quetrata de mudanças no sistemaeleitoral. A medida foi reto-mada como forma de impe-dir a realização de plebiscitopara perguntar à populaçãose ela é favorável à convoca-ção de uma assembleia cons-tituinte exclusiva da reformapolítica. Mais de 490 entida-des e movimentos sociais de-fendem o plebiscito e chega-ram a recolher, em setembro,o apoio de 7,5 milhões depessoas em todo o país.

“Parte dos deputados quer

esvaziar a proposta da socie-dade civil para manter ocontrole sobre o sistema po-lítico sem promover as mu-danças necessárias”, avaliaJosé Antônio Moroni, da Pla-taforma dos MovimentosSociais pela Reforma Polí-tica. Ele também atribui essapostura da Câmara a umatentativa de confrontar o go-verno federal, já que até apresidenta Dilma Rousseff éfavorável ao plebiscito.

MUDAR PARA FICAR TUDO IGUAL

A PEC nº 352 foi o resul-tado de um grupo de traba-lho criado em 2013, após asmanifestações de junho. Coor -denado pelo deputado Cân-dido Vaccarezza (PT-SP), orelatório final da proposta,debatida apenas entre os par-lamentares, é uma “contrarre-forma política”, na avaliaçãodos movimentos sociais. “Aproposta não cria nenhummecanismo para acabar coma sub-representação de mu-lheres, população negra, po-vos indígenas e outras mino-

rias. Também não cria me- canismos de democracia di-reta”, exemplifica Moroni.

Além disso, a PEC podeaumentar ainda mais a in-fluência do poder econô-mico nas eleições, pois lega-lizaria na Constituição adoação de recursos de cam-panha por empresas, algoque já foi rejeitado até peloSupremo Tribunal Federal(STF). Há sete meses, os mi-nistros da mais alta corte deJustiça consideraram in-constitucional a doação de

empresas em campanhaseleitorais, a partir de umaação proposta pela Ordemdos Advogados do Brasil(OAB). O julgamento estádefinido por 6 votos a 1, maso ministro Gilmar Mendespediu vista do processo e adecisão ainda não está va-lendo. “Isso também explicaa pressa dos deputados emmudarem a constituição pa -

ra permitir doação por em-presas. Mais um motivo doporquê temos que combateressa iniciativa”, adverte Mo-roni, da Plataforma dos Mo-vimentos Sociais pela Re-forma Política.

PLEBISCITO OFICIALEnquanto isso, as organi-

zações e movimentos sociaispressionam os deputados aaprovarem o Projeto de De-creto Legislativo que auto-riza um plebiscito para saberse os eleitores são favoráveisà proposta de uma assem-bleia constituinte exclusivasobre a reforma política. Amedida foi protocolada se-mana passada e deve entrarem debate nas comissões daCâmara, ao longo dos próxi-mos dias. “Nós queremosaproveitar o debate dessaproposta e cobrar audiênciaspúblicas em todos os estadospara que a população possaentender e se manifestar so-bre isso”, afirma Moroni.

Entre as principais rei-vindicações, está o fim do fi-nanciamento privado decampanhas eleitorais, a cria-ção de mecanismos de de-mocracia direta, a paridadeentre homens e mulheres noparlamento e a representa-ção de setores marginaliza-dos da sociedade, como po-vos indígenas, populaçãonegra, LGBT, camponesa ea juventude.

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 brasil | 7

A participação popularnas decisões sobre diver-sos temas é prática co-mum em países democrá-ticos. Porém, no Brasil,tem sido alvo de polêmi -ca e temor por parte dos

parlamentares, especial-mente após a derrubadado decreto nº 8243/14pela Câmara dos Deputa-dos. O decreto criava a Po-lítica Nacional de Partici-pação Social que, entreoutras questões, garantiaparticipação da socieda -de na formulação de po-líticas públicas em váriasáreas, como saúde, educa-ção e cultura.

Além disso, parte doCongresso Nacional temcombatido a proposta de

mais de 490 movimentossociais pela realização deum plebiscito sobre a re-forma política. A posturacontrária à participaçãopopular contrasta com aprática de países como osEstados Unidos. Somentenessa semana, os estadu-nidenses estão realizando146 consultas públicas em24 estados. São plebiscitose referendos sobre váriostemas, como aborto e po-lítica de descriminalizaçãoda maconha. (PRV)

Câmara retoma propostapara impedir plebiscito

Quem tem medo do povo?

•Pedro Rafael Vilela

de Brasília (DF)

Diante da pressão cada vez maior da sociedade civil, deputados queremaprovar às pressasprojeto que não garantereforma política

Enquanto no Brasil a participação social é alvo de polêmica, nos Estados Unidos éuma prática comum

•de Brasília (DF)

Deputados querem esvaziar proposta para manter controle do sistema

“Enquanto no Brasil a participa-ção social é alvo de polêmica, nosEstados Unidos é uma práticacomum_________________

Gustavo Lima

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Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 8 | brasil

A população do Rio deJaneiro deve começar a sepreocupar com a estiagemque castiga a região Sudestedo Brasil. Isso porque os re-servatórios da Bacia do RioParaíba do Sul, principal fon-te de abastecimento de águado estado, encontram-sehoje em seu mais baixo nívelde armazenamento da his-tória. Especialistas alertama população para o uso ra-cional da água e cobram dosgovernos maior investimentoem ações ambientais.

Segundo Décio Tubbs,presidente do Conselho Es-tadual de Recursos Hídricosdo Rio de Janeiro, o volumeequivalente dos reservatóriosdo rio Paraíba do Sul chegoua 9%. No final do mês de se-tembro, esse número era de12,9%, segundo a AgênciaNacional de Águas (ANA). Édesse rio que sai cerca de

80% da água que abastece oGrande Rio, que inclui a ca-pital, a Baixada Fluminensee a região metropolitana.

Tubbs destaca que umadas principais formas de en-frentar esse problema é como uso racional da água, alémde que a população precisaestar atenta. "Estamos tendouma oportunidade de mos-trar como a região metro-politana e várias cidades dointerior são dependentes doParaíba do Sul. Precisamosfazer com que a populaçãoacredite que é preciso usara água racionalmente e queas concessionárias reduzamsuas perdas de água", afirmao especialista.

Vera Lúcia Teixeira, vice-presidente do Comitê de In-tegração da Bacia Hidrográ-fica do Rio Paraíba do Sul(CEIVAP), lembra tambémque é preciso investimentosdos governos em ações paraevitar a situação de seca. "Agente está contornando, masnão resolvendo o problema.Para resolver, de fato, preci-samos de ações mais sériase, em longo prazo, políticasde saneamento, refloresta-mento, revitalização das mar-gens dos rios. Em curto prazoé economia no consumo. Eeconomia já", cobra Vera.

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Especialistas cobram ações dos governos e conscientização da população

“Uma das principais formas de enfrentar esse problema écom o uso racional da água,além de que a população precisa estar atenta_______________________________

Região M A CEDAE info tropolitana, e cidades dess do estado, ab

se não chover

AnA diz que transposição é possíveO diretor-presidente da Agência Nacionalde Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo,afirmou nesta quarta-feira (5) que a extração

de águas do Paraíba do Sul para o SistemaCantareira está em “vias de se viabilizar”.

Municípios do Rio de Janeiro já sofrem

Rio que abastece o esta nível de água da históri

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Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 brasil | 9

Metropolitana não será afetada, diz CEDAE ormou que a produção de água da Estação Guandu, que abastece a região me-

está com sua produção normal e que, portanto, não há risco de faltar água nas a região. No entanto, a estatal afirma que "o que existem são algumas regiões

bastecidas por mananciais locais, que podem ter o abastecimento prejudicado r nos próximos 30 dias".

Prefeitos da região Baixo Paraíba e parlamentares debatem problemas de águaNa próxima quarta-feira (12), os 19 prefeitos da região do Baixo Paraíba, que vai de Itatiaiaaté a cidade de Três Rios, deputados eleitos e representantes dos órgãos responsáveis pelagestão de recursos hídricos da região, se reunirão em Volta Redonda. Entre as pautas, alémdos problemas agravados pela estiagem que afeta a região, está o debate sobre as estratégias,

que serão adotadas caso seja confirmada a segunda transposição do Rio Paraíba do Sul.

m com a falta d'água devido à estiagem

Impasse na transposição do Paraíba do SulO Ministério Público Federal (MPF) solicitou uma liminar paraimpedir que a Agência Nacional de Águas (ANA) autorize acaptação de águas do Paraíba do Sul, por meio de uma transposição,para abastecer o Sistema Cantareira, em São Paulo. O MPF alega

que a obra oferece riscos ambientais e pede um estudo sobre osimpactos da ação. Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal,

negou o pedido e convocou para o dia 20 deste mês uma audiência deconciliação entre a União Federal, a ANA, o Ibama e Estado de São Paulo.

do tem menor ia

EBC

Ações no legislativoNa próxima quarta-feira (12), os 19 pre-feitos da região do Baixo Paraíba, que vaide Itatiaia até a cidade de Três Rios, de-putados eleitos e re-presentantes dosórgãos respon-sáveis pela ges-tão de recur-sotransposi-ção do Rio Pa-raíba do Sul.

Problemas no abastecimento do interiorSe no Grande Rio os problemas com a estiagem ainda não são visíveis, em algumascidades do interior a falta de água já é uma realidade. Matéria publicada no último finalde semana pelo jornal Folha de São Paulo revelou que, ao menos, 11 cidades já sofremcom a falta d'água devido à estiagem: Barra do Piraí, Itaocara, Itaperuna, Maricá, Natividade,Paraty, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Rio das Flores, São Fidélis e São João da Barra.

“Para resolver, de fato, precisamos de açõesmais sérias e em longo prazo___________________________________________

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ExposiçãoRaul Seixas

O que? Durante o mês denovembro, Raul seixasserá homenageado noTeatro Sesi Centro. A pro-gramação contará comuma exposição de fotogra-fias em preto e brancoOnde? Teatro Sesi Centro, na Avenida GraçaAranha, 1 - CentroQuando? Até 5 de dezem-bro, de segunda a sexta,das 10h às 19hQuanto? Grátis

CarneO que? O trabalho é divi-dido em três momentos:Peep show, Procedimentoe Placenta, que abordam,respectivamente, a sexualidade, a velhice e amaternidade.

Onde? CCBB RJ, na RuaPrimeiro de Março, 66 -Centro

Quando? Até 22 de dezembro, de quarta a segunda, das 9h às 21hQuanto? Grátis

SambaRoda do Samba BrilhaO que? O Samba Brilhapromove o ano inteiro ani-madas rodas no pequenobeco junto à Cinelândia.Esta edição prestará homenagem ao Dia Nacional da ConsciênciaNegra. Convidados: Nocada Portela e Tantinho daMangueira.

Onde? Rua Alvaro Alvim,33 - CinelândiaQuando? Sábado (8), a partir das 14hQuanto? Grátis

Black MusicBaile Black bomO que? O Baile Black Bom apresentará a bandaConsciência Tranquila,além do DJ Leandro Mar-celino Flash tocando vinil.No repertório, releiturasdos maiores clássicos,desde o funk anos 70, R &B, e até o Hip-Hop.Onde? Rua Argemiro Bulcão 35 - Gamboa

Quando? Sábado (8), apartir das 17hQuanto? Grátis

CircoEncontro semanal de MalabarismoO que? Desde janeiro de2011 o encontro reúne jo-vens de todas as idades(de 6 a 80 anos) com umúnico propósito: praticar,trocar experiências e ob-servar as artes circenses.Onde? Praça São Salvador- LaranjeirasQuando? Toda segunda-feira, das 18h às 22hQuanto? Grátis

TeatroUbus éâtreO que? A companhia ca-nadense Ubus éâtreapresenta a peça “Umajornada” dentro de umônibus escolar. O espetá-culo utiliza o conto e o tea-tro de marionetes comomeios de expressão.Quando e onde? Na capi-tal, no Parque Madureira(7), na Praça Saens Peña(8) e no Museu da Repú-blica (9). Além disso, a Ciapassará por Barra Mansa,Queimados, Três Rios, Pe-trópolis, São João de Me-riti, São Gonçalo eCampos de Goytacazes.Horários? Na Tijuca, nosábado (8), sessões: 14h,16h e 18h.Quanto? Grátis

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 10 | cultura

COMO SE DIVERTIR DE GRAÇA?

Meu amigo Walace memandou um vídeo inspira-dor: uma cena eletrizanteda novela mexicana “Mariado Bairro”, exibida nadamais nada menos que seisvezes no Brasil pelo SBT.Decidi então falar dessasnovelas, bem diferentes dasnossas, mas que fazem su-cesso tanto lá quanto cá.

Carrossel foi a primeiranovela mexicana que eulembro ter assistido, em1991. A novelinha infan-til teve até versão brasi-leira. Todo mundo que-ria estudar na “EscuelaMun dial”, ter uma profes-sora como a Helena.

De lá para cá, foram mui-tas outras. Rosa Selvagem(1991), Ambição (1991),Vovô e Eu (1992), Chispita(1992). Você se lembra dealguma delas? Mais tarde, jáadolescente, veio a Trilogiadas Marias, protagonizadaspela pop star alia. MariaMercedes (1992), Marimar(1994) e Maria do Bairro(1995) tinham um enredosimilar: a menina pobre quese apaixona pelo mocinhorico e enfrenta muitos obs-táculos para, no final, viverfeliz ao seu lado. A Usurpa-

dora (1998), que conta ahistória das gêmeas Paulinae Paola, que trocam deidentidade, fecha o ciclo dasnovelas que eu acompanheina fase jovem da vida.

Novelas mexicanas têmum “que” especial de dramae romantismo. Quase sem-pre, esses traços do com-portamento das pessoassão considerados bregas.Talvez por isso, os folhetinsmexicanos sejam bregastambém. E são mais levesdo que muitos dos nossos,nos fazem rir e nos emo-cionam. Tire a prova vocêmesmo: sempre tem umanovela mexicana no ar.Como diz meu amigo Wa-lace: “isso daqui que é no-vela, meus caros”!

•Todo mundo queria estudar na “Escuela Mundial” de Carrossel

Divulgação

A nOVELA COMO ELA É | Joaquim Vela

“novelas mexicanas sãomais leves do que muitas dasnossas, nosfazem rir e nosemocionam__________________

Ah, as novelas mexicanas...

Page 11: Brasil de Fato RJ - 074

Brasil de Fato – O que oprojeto Imagens da Terrasignificou para sua vidacomo fotojornalista?

O projeto nasceu de umainsatisfação com o uso domaterial fotográfico publica-do nos grandes jornais. Nun-ca concordei com o discursoda imparcialidade da im-prensa e com a utilização àdireita que se faz do conteú-do. Ou seja, a maioria da im-prensa brasileira não querque haja mudanças na so-ciedade. As notícias contamquase sempre a mesma his-tória sobre a população maispobre. E quando se contaapenas uma história, e repete,e repete, acaba transforman-do as pessoas em estereóti-pos. Esses estereótipos man-tém cada pessoa na sua clas-se, não permite que haja mu-danças sociais fortes.

Brasil de Fato – Em queme dida a Escola de Fotó-grafos Populares (EFP)ajudou a reagir contra essepensamento único?

A técnica do pensamentoúnico é não mostrar o quehá de bonito nas históriasdas classes menos favoreci-das: moradores de favelas,trabalhadores rurais, indíge-nas, quilombolas, ribeirinhosda Amazônia. Essas popula-ções quase sempre são mos-tradas apenas de duas for-mas: ausência de quase tudoe a presença da violência.Como se as pessoas que mo-ram lá, que são vítimas, fos-sem os agentes da violência.

Com isso, toda classe infor-mada só recebia essa infor-mação de forma repetida. Eupercebi isso no meio da flo-resta observando os índios,que sofrem bullying cons-tante. Aí parei para pensarem como eu gostaria que osmeus filhos e todas as pes-soas enxergassem os índios.Aí lembrei do meu pai, umcearense que veio num paude arara, que viu minha mãee viu beleza. Chegou maisperto e viu amor. A tática dagrande imprensa é o de nãomostrar a beleza. Nesse mo-mento, entendi que o traba-lho de um documentarista,era formar mais documen-taristas por isso fundamosa Escola. Por isso precisamosdemocratizar a comunica-ção. Tão importante quantofazer denúncias é contar his-tórias que não são contadaspela grande mídia.

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 cultura | 11

•Vivian Virissimo

do Rio de Janeiro (RJ)

Um documentaristaque pratica a arte de querer bem às pessoas.Esse é o lema dofotógrafo J. R. Ripper

Fotos: João Roberto Ripper

A arte doBem-Querer

imagenshumanasEnTREVISTA | JOÃO ROBERTO RIPPER

“Tão importante quanto fazer denúncias é contar histórias que não são contadas pela grandemídia. João Roberto Ripper______________________________________

Trabalho escravo – Ribas do Rio Pardo, MS

Carvoeiros - Minas Gerais, MG

Seca no nordeste brasileiro – Paraíba, PB

www. imagenshumanas.com.br [email protected]

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Page 12: Brasil de Fato RJ - 074

Um dos motivos que levoua presidenta Dilma a ganharas eleições teria sido a decla-ração, em seu programa elei-toral, de que vai investigarcorruptos e corruptores, e que,se for comprovada a partici-pação, os envolvidos deverãoser presos, “doa a quem doer”.

A verdade é que, no Brasil,investigar atos de corrupçãodos poderosos é uma novi-dade. Antes, na ditadura,quem ousasse questionar osdonos do poder acabava mal.Nos governos do PSDB asdenúncias eram invariavel-mente engavetadas.

Dilma tem se mostrado fir-me na condução das apura-ções. Enfatizou que as puni-ções devem atingir, também,os corruptores e não apenasos corruptos, como tem sidoaté agora. Nunca é demaislembrar que sem o corruptornão haveria o corrupto.

A sociedade aplaude quea investigação na Petrobráscontinue após as eleições.Esse também é o desejo dospetroleiros que não queremser achincalhados e estãocansados de ver o nome daempresa na lama dos escân-dalos. Nós, petroleiros, nosconsideramos responsáveispelo sucesso da companhia

que financia 75% das prin-cipais obras do governo, noPAC. Sentimos orgulho dodesenvolvimento da tecno-logia inédita no mundo quepermitiu a descoberta do pré-

sal assim como dos prêmiosinternacionais pelo know-how em off-shore (afastamen-to da costa). Muitos de nóspassam metade de suas vidasnuma plataforma de petróleo,em alto mar. Queremos serrespeitados.

Por outro lado, setores re-trógrados da sociedade ten-tam vender à população aideia de que a corrupção foidescoberta agora, inaugura-da na Petrobrás. O fato é quecontinuam varrendo parabaixo do tapete os atos de

corrupção que envolvem ou-tros atores políticos.

Só vou acreditar que todaa corrupção é inaceitávelquando as autoridades bra-sileiras decidirem investigardenúncias contra empresase pessoas de A a Z. Infeliz-mente, para muitos, aindaprevalece o entendimento deque só a corrupção praticadapelos outros é inaceitável. Éo mesmo sentimento em re-lação às prisões, onde só ostrês “P”, os pretos, pobres eprostitutas, costumam amar-gar nas cadeias.

Mas a grande novidade, defato, seria a punição dos cor-ruptores. Os brasileiros têmque saber que nunca na his-tória deste país corruptor foipara a cadeia. As mesmas em-presas que compraram PauloRoberto Costa, ex-diretor daPetrobrás, vão continuar acorromper livremente outrosfuncionários de empresas. Seo corrupto tem a delação pre-miada para diminuir sua pena,o corruptor no Brasil tem acerteza da impunidade.

Emanuel Cancellaé diretor do Sindipetro-RJ

e da Federação Nacionaldos Petroleiros (FNP)

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 12 | opinião

Eneko

Só a corrupção dos outrosé inaceitável•

“Se o corruptotem a delaçãopremiada paradiminuir suapena, o corruptorno Brasil tem a certeza da impunidade________________

No último sábado, dia 1de novembro, em final detarde de um dia muitoquente, moradores da favelada Rocinha assistem pelaprimeira vez ao filme “O Es-topim”, que conta o que real-mente aconteceu nos becose vielas daquela comuni-dade na noite do dia 14/07do ano passado.

O sumiço de um mora-dor da favela fez com que asua família perguntasse“CADÊ O AMARILDO”?

O fato teve repercussão in-ternacional, mas o trabalhoda produtora TVA2 (que pro-duziu o filme) colocou umolhar muito mais humanono caso, por ter contado ahistória de dentro da favela,e ter dado informações sim-ples de práticas da políticaque acabam fortalecendo amá conduta da polícia.

Esse filme foi feito demaneira colaborativa, e suaexibição está seguindo osmesmos passos, ou seja, deforma gratuita.

Assim como o filme nãoteve perda de qualidade porter sido feito de forma cola-borativa, sua exibição foifeita em um telão de 2x6 me-tros em uma qualidade desom e imagem que não dei-xou a desejar aos espectado-res. Foi lindo ver a quadra daAcadêmicos da Rocinha lo-tada de moradores da favelapara assistir a história.

Triste foi saber que na ma-nhã da última terça feira04/11, a casa do morador daRocinha, Carlos Eduardo daSilva Barbosa, foi invadida porpoliciais em uma mega ope-

ração, que ocorreu na favela.Duda (como é conhe-

cido por todos na favela)tentou impedir tal arbitra-riedade, já que os policiaisnão traziam qualquer do-cumento para tal ação.

Essa resistência de Dudateve suas consequências,

sua filha e sua mulher fo-ram agredidas na sua frente.

Gostaria de lembrar queDuda é o fio condutor dofilme “O Estopim”, pois foi elequem denunciou a vários ór-gãos o que policiais estavamfazendo de errado dentro dafavela antes mesmo do su-miço do Amarildo.

Lembro ainda, que nadenúncia que Duda fez nadelegacia, ele falou que ospoliciais que entraram emsua casa, foram os mesmosque faziam parte de uma“tropa especial” que era co-mandada pelo Major Éd-son, principal acusado dodesaparecimento do pe-dreiro Amarildo.

E para finalizar eu querolembrar que a história estáem curso...

A fim de papo | Mc Leonardo

“A casa domorador da Rocinha, Duda,foi invadida por policiais. Eleé o fio condutordo filme “O Estopim”_________________

Estopim: ahistória estáem curso•

Emanuel Cancella

Page 13: Brasil de Fato RJ - 074

Lave os pedaços de fran-go, tempere-os com sal e osuco de limão e deixe tomargosto. Em uma panela gran-de, aqueça o azeite e doureos pedaços de frango. Adi-cione a cebola e deixe refo-gar ligeiramente. Junte o ar-

roz, o extrato de tomate, opimentão e 4 xícaras e 1/2(chá) de água, mexendobem. Tampe a panela e, as-sim que iniciar fervura, baixeo fogo e cozinhe por cercade 15 minutos, até que o ar-roz fique cremoso e úmido.Retire do fogo e passe parauma travessa.

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 variedades | 13

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

BOA E BARATA

AMIGA DA SAÚDE

Amiga da saúde, minha mãe ronca muito duranteo sono e às vezes para de respirar. Isso pode fazermal para a saúde dela?

Andréia Silva, 38 anos, passadeira

Cara Andréia, é normalum ronco discreto, que nãochega a incomodar nin-guém, principalmente sea pessoa está de barrigapara cima, pois nesse casoa língua cai um pouco paratrás e atrapalha a passagemde ar ao respirar. Porém,quando o barulho passa aser muito forte e, aindamais, se aparece essa pa-rada momentânea na res-piração (apneia), o quadrojá está mais grave e podefazer mal à saúde. Nessescasos, o ronco é geradonão só pela queda da lín-gua, mas também por ade-noides e amígdalas gran-

des, desvios de septo nasal,crescimento de alguma es-trutura do nariz ou tumo-res. Outras questões quecontribuem também sãoo uso de álcool, tabagismo,obesidade e refluxo. Pes-soas que têm esse roncomais grave dormem mal epassam a cochilar fácil du-rante o dia. Além disso,existe risco de desenvolverdoenças devido à sobre-carga do sistema cardio-pulmonar durante a ap-neia. Existe tratamentopara o ronco, é importanteprocurar ajuda antes queo problema traga conse-quências piores.

Tempo de preparo30 minutos

Rendimento5 porções

direitos | [email protected]

An

un

cie

Todas as semanasnas ruasdo Rio

(21) 4062 7105

Modo de preparo

DivulgaçãoGalinhada Aposentadoria por idade

DivulgaçãoIngredientes1 frango, cortado

em pedaços

Suco de meio limão

2 colheres (sopa) de azeite

1 cebola média ralada

2 xícaras (chá) de arroz

lavado e escorrido

2 colheres (sopa) de

extrato de tomate

Sal

É o beneficio pago peloINSS ao segurado que com -pletar 65 (sessenta e cinco)anos de idade, se for ho-mem, e 60 (sessenta), semulher. Têm direito todosos trabalhadores que te-nham completado a idadeexigida e cumprido o perio -do de carencia.

O que e periodo de carencia?

É o numero de contri-buicoes mensais exigidaspara o segurado ter direitoa um beneficio. Para os tra-balhadores inscritos a par-tir de 25 de julho de 1991,nas aposentadorias por ida-de, por tempo de contri-buicao e especial, o periodode carencia e de 180 mesesde contribuicao. Para os se-gurados filiados ate 24 de

julho de 1991, o numero decontribuicoes mensais exi-gidas (periodo de carencia)varia conforme o ano emque o segurado completoua idade para se aposentar.

Qual o valor?Corresponde a 70% (se-

tenta por cento) do salariode beneficio mais 1% (umpor cento) para cada grupode 12 (doze) contribuicoesmensais, ate no maximo de100% (cem por cento) dosalario de beneficio. A apli-cacao do fator previdencia -rio e facultativa.

Recebe abono anual (13° salario)?

Sim. O valor e calculadoda mesma forma do 13°salario, tendo por base ovalor da aposentadoria porinvalidez do mes de de-zembro de cada ano.

ATENCAO: É direito da em-presa requerer a aposenta-doria por idade, desde queo segurado tenha cumpridoo periodo de carencia e com-pletado 70 (setenta) anosde idade, se for homem, ou65 (sessenta e cinco) anos,se for mulher. Trata-se deuma aposentadoria com-pulsoria, obrigatoria, e a em-presa devera pagar a inde-nizacao trabalhista como nadispensa imotivada.

“É o benefício pago pelo InSS ao segurado quecompletar 65 (sessenta e cinco)anos de idade, se for homem, e60 (sessenta), semulher.________________

Page 14: Brasil de Fato RJ - 074

NOVEMBROFASES DA LUA

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 14 | variedades

Evite uma ruptura sentimental porsuspeitas ou desconfianças não con-firmadas. Algumas promessas profis-sionais podem não ser cumpridas atéao fim, de nada valerá revoltar-se.

A Lua cheia ocorrerá na quinta, e,ainda que seja uma fase sociável,gera, igualmente, acontecimentose costuma, não raro, testar o planoemocional. Os relacionamentostambém ficam em destaque, seja parasurpreender, alegrar ou mexer conosco.

Forte tendência para insônias que pode não ser sintoma dedoença. Controle o ritmo de tra-balho para não falhar em com-promissos assumidos ou terquebras em questões de saúde.

Não lance críticas duras ou co-mentários indiretos, acabará co-lhendo o que semeou. Marquedatas para resolver os assuntos eexija que façam o mesmo.

Dia positivo, sente-se descontraído erelaxado. Fase marcante para a evolu-ção de uma relação, algumas nuvensnegras serão afastadas. Todas as suasatuações serão bem sucedidas.

Poderá ter pequenos problemasósseos que exercícios de posturaacabarão por resolver. Dia demuitos desafios em que deverárodear-se das pessoas certas.

Tendência a cansaço, procure for-mas de descanso no final do dia. Po-derá sentir dificuldade em esqueceralguém, mas de momento é conve-niente estar só.

Ainda que não se sinta comdisposição tente corresponderaos sentimentos que lhe sãodemonstrados. Tente reduziralgumas despesas cortandoexcessos pessoais.

Tendência a agravamento dealergias por mudanças bruscasde temperatura. Está muitomotivado, lute com toda agarra por tudo.

Faça pequenas pausas ao longodo dia, iniciará sempre as tare-fas com mais empenho. Meçagestos e palavras, com isso evi-tará conflitos que não levariama lado nenhum.

Dia sem problemas relevantes,mas evite grandes esforços deleitura. Pode sentir-se confusoao lidar com uma nova paixão,mas vale a pena ir mais longenum conhecimento.

Conseguirá sentir-se muitobem e recuperar alguns dosseus sentimentos ou valoresperdidos. Faça esforços paraderrubar o que o impede deatingir objetivos.

Não se deixe influenciar por recor-dações passadas e ponha de ladosentimentos de culpa, projete-separa o futuro. Acumule atividadese tarefas e deixe para mais tardeoutras opções.

HORÓSCOPO

Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti •Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo, Gilka Resende, MarianeMatos e Cláudia Santiago (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas –Venezuela) • Fotógrafos: Pablo Vergara (Rio de Janeiro – RJ), Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper(Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Revisão: Beatriz Calló • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. EduardoPrado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – [email protected] • Webmaster: marc@infofl uxo.com •Gráfi ca: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser,José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, RicardoGebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou [email protected]

Para anunciar:

(11) 2131 0800

Redação Rio:[email protected]

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LUA DA SEMANACHEIA

Cheiadia 6, 19h23

Novadia 22, 9h32

Crescentedia 29, 07h06

Minguantedia 14, 12h15

Page 15: Brasil de Fato RJ - 074

Vanderlei Luxemburgopode não ser mais o melhortreinador do Brasil, mas estáno topo dos melhores fra-sistas, junto com Joel San-tana, do nosso futebol pós-Neném Prancha.

Essa história da confusãono Flamengo foi genial. Aca-bou virando sinônimo dezona do rebaixamento,transformando o mesmoem expressão proibida naGávea. De repente, todosos jogadores compraram aideia e saíram por aí dizen-do que o negócio era sairda confusão.

Daí a pegar na imprensaesportiva, foi um pulo. Aconfusão se tornou umimediato sucesso de públi-co, crítica e, principalmen-te, bola. O Flamengo virououtro, sem a pressão da pa-lavra rebaixamento e sa-bendo exatamente quaiseram suas pretensões.

Assim, de forma leve, oFlamengo chegou longe naCopa do Brasil. Mas é bomque se diga que a reduçãodo preço dos ingressos aju-dou a devolver o time paraos braços de sua torcida.E Luxemburgo teve um pa-pel importante, inclusive,nesse aspecto.

Mas nem todo mundoquer sair da confusão. OBotafogo parece chafurdar,cada vez mais, nela. Graças

às inúmeras trapalhadas desua diretoria, o clube parecefadado a ocupar o lugar doVasco, que vai subir.

Ao menos, o alvinegrode General Severiano eco-nomizará algum dinheirode avião, indo de ônibuspara Macaé. O Vasco torcepara que as eleições no clu-be passem logo e que al-guém assuma o clube deuma vez por todas.

Outros acham uma con-fusão boa para se meter,como a das vagas na Li-bertadores. Há algumas ro-dadas atrás, até mesmo al-guns tricolores resolveramjogar a toalha, mas comquatro vitórias seguidas otime volta a brigar.

Resumindo, dá pra acharconfusão em qualquer pon-ta da tabela. O campeonatoestá embolado e confusãoé o que não falta. O Fla-mengo, não só se livrou deuma, como também não seenvolveu nas outras.

Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014 esporte | 15

Luxemburgo criou a confusão e só se deu bem com isso

Gilvan Souza

toques curtos | Bruno Porpetta

Um ginásio destinado atreinamentos e competiçõesdo judô, fruto da parceriaentre o Círculo Militar e aFederação de Judô do Estadodo Rio de Janeiro (FJERJ)está sendo sucateado, con-forme denúncia da páginaoficial da entidade em umarede social.

Segundo a nota, a Vale –que assumiu como mantene-

dora do ginásio – ocupou espa-ços destinados a trei namentospara montar salas a disposi-ção da empresa, prejudicandoos judocas que utilizavam olocal para se prepararem paraas competições.

Outra reclamação dos atle-tas diz respeito ao sistema deventilação do local. Sem arclimatizado, sequer os venti-ladores estão funcionando eo calor, nesta época do ano,torna-se insuportável tantopara a prática do esporte comopara as famílias que acompa-nham os judocas. (BP)

Para atletas, Vale sucateiacentro de treinamento dejudô no Rio

BInÓCULO

Medalhas ecológicas

As medalhas dos Jogos Olímpicos e Pa-ralímpicos do Rio -2016serão feitas de materialreciclado de equipa-mentos eletrônicos. Oanúncio foi feito pelospresidentes do ComitêOrganizador – CarlosArthur Nuzman – e daCasa da Moeda doBrasil – FranciscoFranco – que confec-cionará as mesmas.

Segundo os presi-dentes, esta medida re-força o caráter susten-tável dos Jogos.Embora entre em con-flito com outros proje-tos que atentam con-tra o meio-ambiente,como o campo degolfe na Barra da Ti-juca, que passa porum questionamentodo MP estadual por razões ambientais.

Segunda estrela

O Flamengo aprovoua inclusão de mais umaestrela dourada em seuuniforme, que repre-sentará o título mundialinterclubes, conquis-tado por sua equipe debasquete neste ano. Aestrela aparecerá emqualquer uniforme oficial do clube, dequalquer esporte, incluindo o futebol.

Lewis Hamilton só pode ser campeão na última etapa, em Abu Dhabi

Companhia Vale do Rio Doce é mantenedorade um ginásio na Vila Militar

Não será desta vez que oGP do Brasil de Fórmula 1,que acontecerá neste do-mingo (9), decidirá o cam-peão da temporada, como jáocorreu em outras oportuni-dades. Mas o circo da cate-goria mais prestigiada do au-tomobilismo mundial chegaao autódromo de Interlagos,em São Paulo.

Apesar da crise financeiraque atinge a categoria, fa-

zendo com que apenas 18carros largassem no GP dosEUA, em Austin (Texas), dis-putado no último final de se-mana, esta temporada temsido generosa em emoção,dentro da pista.

O inglês Lewis Hamiltonlidera o campeonato de pi-lotos, seguido por Nico Ros-berg – ambos da Mercedes –com uma diferença de 24pontos. Nos EUA, ele se tor-nou o piloto inglês com maisvitórias na história da cate-goria, superando a lenda Ni-gel Mansell. (BP)

Treinos livres começam nestasexta-feira (7)

“A confusão se tornou umimediato sucessode público, crítica e bola________________

Confusão

•Divulgação

Div

ulga

ção

Circo da F-1 desembarcaem São Paulo

Page 16: Brasil de Fato RJ - 074

O Flamengo foi ao Minei-rão enfrentar o Atlético-MGpelo jogo decisivo da semifi-nal da competição e sofreuuma pressão enorme desdeo início do jogo. Já nos pri-meiros minutos, o lateral Léo– que substituía o lesionadoLéo Moura – salvou uma bolaem cima da linha em cabe-çada de Leonardo Silva.

O Atlético-MG tinha o con-trole da bola e pressionou oFlamengo, mas o rubro-negroencaixou o contra-ataque eachou Everton livre para ba-ter no canto de Victor e abriro placar, aos 35 minutos.

No entanto, o Atlético-MGnão desistiu. A marcação ru-

bro-negra forçava muitas jo-gadas pelo alto e foi assimque o Galo chegou ao em-pate, com Carlos, aos 41.

Na volta do intervalo, oFlamengo conseguiu cozi-nhar o Galo por 10 minutos.Mas um erro de passe deEduardo da Silva pegou adefesa rubro-negra saindo,Luan recebeu com espaço,fez boa jogada e deu passepara Maicosuel virar o jogo.

O Atlético continuou napressão e a zaga rubro-ne-gra precisou da sorte váriasvezes. Com as saídas deNixon e Everton, o Flamen-go ficou sem opção de ve-

locidade para o contra-ata-que e, assim, o Galo che-gou ao terceiro gol, comDátolo, aos 35.

A torcida empurrou o Galo

para dentro da área rubro-negra. Deu certo. Em maisum bate-rebate na área, abola sobrou para Luan fazero quarto, aos 40 minutos.

O atacante Adriano sepronunciou nesta quarta-feira (5) sobre as acusaçõesque pesam contra si, feitaspelo Ministério Público doRio, por tráfico e associaçãoao tráfico, baseadas em umasuposta compra de umamoto para o chefe do tráfico,Paulo Rogério de Souza Paz– conhecido como Mica, naVila Cruzeiro.

Através de nota divul-gada por sua assessoria deimprensa, os advogados de

Adriano afirmam não ha-ver nenhuma prova, tantoque seu nome sequer écitado no inquérito poli-cial. Ainda dizem queAdriano foi vítima de falsi-ficação de sua assinatura,na venda irregular da motoque lhe pertencia.

O MP não pediu a prisãode Adriano, apenas o con-fisco de seu passaporte paraimpedir que o jogador seausente do país, durante oprocesso. O pedido se dájustamente no momento emque Adriano está próximode acertar seu retorno ao fu-tebol pelo Le Havre, da se-gunda divisão francesa. (BP)

16 | esporte Rio de Janeiro, 6 a 12 de novembro de 2014

Adriano se diz vítima em acusaçãopor tráfico

O jogo entre Santos e Cru-zeiro, na Vila Belmiro, co-meçou de forma frenética.Aos sete minutos de jogo jáestava 1 a 1. Robinho abriuo placar e Marcelo Morenoempatou para a Raposa. Em-bora o ritmo tenha diminuí-do um pouco, continuoubastante movimentado. OSantos pulou na frente nofim do primeiro tempo, comGabriel de pênalti.

No segundo tempo, oSantos pressionou e fez oterceiro com Rildo. Depoisdisso, brilhou a estrela deWillian, do Cruzeiro, que foipara cima do Santos e con-seguiu o segundo, com goldele, que se não vinha bem

no Brasileirão, foi decisivona Copa do Brasil.

O Santos partiu para cimado Cruzeiro e, em um con-tra-ataque, Willian saiu so-zinho na cara de Aranhapara empatar o jogo e ga-rantir a vaga na final. (BP)

Willian brilha e Cruzeiro vai à final

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Everton jogou, fez gol,mas viu o Atlético-MGvirar para 4 a 1

Santos e Cruzeiro empatam em 3 a 3na Vila

Imperador foi acusado pelo MP portráfico e associaçãoao tráfico de drogas

Galo vira mais uma vez e elimina o apático Flamengo

Fla não joga e dá a vaga ao Galo

Bruno Cantini

Divulgação

Brasileirão33º RODADA

Classificação Série A

Zona de classificação para LibertadoresZona de rebaixamento para Série B

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X Sáb. 08/1119h30m

XSáb. 08/11

19h30m

X Sáb. 08/11

17h

XDom. 09/11

17h

XDom. 09/11

17h

XDom. 09/11

17h

XDom. 09/11

17h

XDom. 09/11

19h30m

XDom. 09/11

19h30m

Dom. 09/1119h30m

Willian fez três gols nos doisjogos contra o Santos

FICHA TÉCnICA

4 X 1 Atlético-MG Flamengo

Mineirão – 05/11 – 22h