Brasil de Fato RJ - 172

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Cultura | pág. 11 Cidades | pág. 5 Cidades | pág. 6 RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 172 25 a 27 de abril de 2016 distribuição gratuita Divulgação Divulgação Pelo menos duas pessoas morreram em São Conrado Um possível governo Temer pode colocar em prática todas as propostas divulgadas pelo vice-presidente com o título de “Ponte para o futuro”. Trata-se de mudanças nas políticas públicas para fazer cortes nos programas sociais, mudanças nas bolsas de estudos, aumento do tempo de trabalho para aposentadoria e entraves para os reajustes anuais do salário mínimo. Engenheiro denuncia erro no projeto de ciclovia Plano Temer: propostas prejudicam trabalhadores Conheça os deputados fluminenses que apoiaram o golpe contra Dilma Eduardo Cunha, Pedro Paulo e Jair Bolsonaro estão entre os deputados que foram favoráveis à abertura do processo Brasil | pág. 9 Fernando Frazão / Agência Brasil Coroa portuguesa matou Tiradentes em praça pública, por sua luta pela liberdade do povo negro e pela independência Tiradentes foi morto por defender os mais pobres Pablo Vergara/Coletivo de Comunicação do MST OCUPAÇÃO Camponeses do MST ocuparam a sede do Instituto Incra, no Rio de Janeiro, para protestar contra a paralisação da Reforma Agrária e as dificuldades enfrentadas nos assentamentos. Os trabalhadores rurais também fizeram um ato em defesa da democracia. Cidades | pág. 7

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Cultura | pág. 11

Cidades | pág. 5

Cidades | pág. 6

RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 172

25 a 27 de abril de 2016 distribuição gratuita

Divulgação

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ção

Pelo menos duas pessoas morreram em São Conrado

Um possível governo Temer pode colocar em prática todas as propostas divulgadas pelo vice-presidente com o título de “Ponte para o futuro”. Trata-se de mudanças nas políticas públicas para fazer cortes nos programas sociais, mudanças nas

bolsas de estudos, aumento do tempo de trabalho para aposentadoria e entraves para os reajustes anuais do salário mínimo.

Engenheiro denuncia erro no projeto de ciclovia

Plano Temer: propostas prejudicam trabalhadores

Conheça os deputados fluminenses que apoiaram o golpe contra Dilma

Eduardo Cunha, Pedro Paulo e Jair Bolsonaro estão entre os deputados que foram favoráveis à abertura do processo

Brasil | pág. 9

Fernando Frazão / Agência Brasil

Coroa portuguesa matou Tiradentes em praça pública, por sua luta pela liberdade do povo negro e pela independência

Tiradentes foi morto por defender os mais pobres

Pablo Vergara/Coletivo de Comunicação do MST

OCUPAÇÃO Camponeses do MST ocuparam a sede do Instituto Incra, no Rio de Janeiro, para protestar contra a paralisação da Reforma Agrária e as dificuldades enfrentadas nos assentamentos. Os trabalhadores rurais também fizeram um ato em defesa da democracia.

Cidades | pág. 7

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ADMINISTRAÇÃO: Administração: Angela Bernardino e Marcos Araújoi

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 25 de abril de 2016, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F33Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

Usando a metáfora do fu-tebol, estamos no iní-

cio de um longo campeona-to no qual acontece a dispu-ta entre duas equipes: uma defende os interesses dos ri-cos e outra os dos trabalha-dores. No dia 17 de abril, os representantes dos ricos na Câmara dos Deputados im-puseram uma derrota aos trabalhadores, aprovando a abertura do processo de im-peachment de Dilma Rous-seff. Agora, entramos em ou-tra batalha no Senado.

Alguns senadores, inclusi-ve, apresentaram na última se-mana uma Proposta de Emen-da Constitucional (PEC) de realização de eleições apenas para presidente da República em outubro de 2016.

A verdade é que o time dos trabalhadores tem sua for-ça maior na sociedade e nas ruas. Por isso, precisamos se-guir estimulando todo tipo de manifestação em defesa da democracia e contra o golpe, e defender a necessidade de reformas estruturais que nos permitam enfrentar verdadei-ramente as crises.

Também devemos exigir que o Supremo Tribunal Fe-deral (STF) atue como um tri-bunal independente, não ape-nas ao sabor da imprensa e dos interesses dos ricos. É pre-ciso acelerar o julgamento do

É preciso acelerar o julgamento do pedido de cassação do mandato e de prisão do deputado Eduardo Cunha e dos demais réus da Operação Lava Jato

direitos e o desvio de recur-sos públicos da educação, da saúde, da moradia popular,

da Previdência Social, da re-forma agrária, para interes-ses privados dos ricos.

Precisamos que o 1º de maio seja um Dia Nacional de Mobilização da Classe Trabalhadora, transforman-do-o em verdadeiras plená-rias, onde se debata a con-juntura, analise-se a situação do país e discutam-se saídas para os trabalhadores.

REFORMAS ESTRUTURAISPrecisamos que o 1º de maio seja um Dia Nacional de Mo-bilização da Classe Trabalha-dora, transformando-o em verdadeiras plenárias, onde se debata a conjuntura, ana-lise-se a situação do país e discutam-se saídas para os trabalhadores.

deputado Eduardo Cunha e dos demais réus da Operação Lava Jato. É preciso corrigir os atropelos do juiz Sérgio Moro.

REDE GLOBOPrecisamos denunciar o pa-pel da Rede Globo como di-rigente política desse golpe e seguir realizando protes-tos em suas sedes, além de realizar campanhas contra sua audiência e pressionar as empresas que anunciam em seus programas.

Precisamos denunciar que o que está em jogo é a vonta-de dos empresários de reto-mar um projeto neoliberal, que trará enormes sacrifícios para o povo, como a perda de

A Câmara aprovou o golpe. O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

33° 25°

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33° 24°

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31° 23°

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E agora?

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 20162 | Opinião

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EM FOCO

A plataforma Hora do Enem registrou 1,1 milhão de

acessos desde o dia 5 de abril, quando foi lançada. Gratuita, a plataforma oferece um pla-no de estudos individual e exercícios para se preparar para o Exame Nacional do En-sino Médio (Enem).

A Hora do Enem, platafor-ma do Ministério da Educação (MEC), é voltada para os 2,2 mi-lhões de alunos do terceiro ano do ensino médio. Os estados com mais acessos são São Pau-lo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Do total de acessos até

Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Enem teve 1 milhão de acessos à plataforma gratuita de estudos

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Divulgação

O deputado Jair Bol-sonaro (PSC-RJ) man-dou muito mal mais uma vez. Ao votar pela abertu-ra do processo de impeach-ment, ele fez uma homena-gem ao torturador da dita-dura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra. Mais uma afronta à democracia.

A atriz Camila Pitan-ga deu mais um exemplo de responsabilidade e ci-dadania. Recentemente ela gravou um vídeo estimu-lando que as pessoas doem sangue ao Hemorio. Obri-gada, Camila!

agora, 61% foram feitos usando desktops, 33%, celulares e o res-tante por meio de tablets.

Para participar, o estudante, seja de escola pública ou pri-vada, precisa fazer um cadas-tro. A plataforma oferece au-las e exercícios. Cada estudan-te recebe um plano individual de estudos de acordo com os objetivos no exame. O progra-ma oferece ainda quatro si-mulados nacionais: o primei-ro será no dia 30 deste mês e os demais nos dias 25 de junho, 13 de agosto e o último nos dias 8 e 9 de outubro. (Abr)

EXTINÇÃO Todas as línguas indígenas brasileiras estão ameaçadas de extinção em algum grau, de acordo com a Unesco. Uma pesquisa aponta que, das cerca de 1,5 mil línguas indígenas existentes em 1500, restam apenas 181, das quais 115 são faladas por menos de mil pessoas.

FRASE DA SEMANA

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ulga

ção

Bernie Sanders, candidato à presidência dos Estados Unidos.

EUA não podem continuar intervindo e derrubando governos na América Latina

mandouMAL

mandouBEM CONFLITOS

50% das pessoas refugiadas são mulheres

O agravamento dos con-flitos em países da África e da violência sexual como arma de guerra mudou o perfil dos refugiados no Rio de Janeiro. Antes compos-to majoritariamente por ho-mens, o contingente de pes-soas que buscam refúgio no estado tem hoje metade de mulheres entre os solicitan-tes. A informação consta no relatório divulgado pela Cá-ritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro com o perfil dos refugiados atendidos pela instituição no estado. A Cá-ritas faz esse tipo de traba-lho desde a década de 1970.

Em 2014, as mulheres re-presentavam cerca de 30% dos que pediam refúgio, percentual que aumentou para 40,4% em 2015 e para 50% neste ano. Até o ano passado, a Cáritas havia registrado cerca de 4,1 mil refugiados e 2,4 mil solici-tantes no estado, em um total de 5.435 pessoas.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOFérias antecipadas nas escolas ocupadas

A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) decidiu antecipar as férias esco-lares para o dia 2 de maio nos colégios da rede pú-blica ocupados por estu-dantes. Nas outras uni-dades, o recesso ocorre-rá no período de 1º a 27 de agosto. As escolas que estão ocupadas atual-mente terão que funcio-nar em agosto.

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016 Geral l 3

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No domingo (17), quan-do a Câmara dos De-

putados aprovou a abertu-ra do processo de impeach-ment contra a presidente Dil-ma Rousseff, os parlamenta-res cariocas tiveram grande peso no resultado da votação. Ignorando as multidões nas ruas que disseram não ao gol-pe, a maior parte da bancada eleita pelo Rio de Janeiro, for-mada por 46 deputados, disse sim, somando 34 votos a favor e apenas 11 votos contrários.

Entre os  favoráveis ao impea-chment estão os deputados elei-tos com maior número de vo-tos nas últimas eleições: Jair Bol-sonaro (PP), Eduardo Cunha (PMDB), Marco Antônio Ca-bral (PMDB), Pedro Paulo (PMDB), Roberto Sales (PRB) e Otavio Leite (PSDB). Clarissa Garotinho (PR), que também havia declarado voto a favor, estava ausente da sessão devi-do a licença à maternidade.

EFEITO MANADAO resultado contrariou pro-jeções feitas antes da vota-ção. Para o cientista político e professor do curso de Rela-ções Internacionais da Uni-versidade Federal Fluminen-se (UFF), Victor Leandro Go-mes, alguns deputados alte-raram seus votos no decorrer da sessão para ficar do lado de quem estava ganhando.

“É um efeito manada e mos-tra que a preocupação dos de-putados não é a Constituição,

Maioria dos deputados federais do Rio aprova impeachment contra presidente Dilma

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Parlamentares eleitos com maior número de votos nas últimas eleições estão entre os que disseram “sim” ao andamento do processo

mas sim seus interesses indivi-duais. Outros movimentos ar-dilosos foram tramados tam-bém para influenciar no re-sultado final, como o prefei-to Eduardo Paes liberar seus secretários para votarem pelo impeachment. Foi como um jogo de xadrez. Estava tudo ar-quitetado”, afirma.

Porém, alguns dos deputa-dos cariocas que disseram sim ao impeachment estão envol-vidos em grandes escânda-los. Pedro Paulo é acusado de agredir a ex-mulher, Eduar-do Cunha é réu em processo do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), acusado de desvio de milhões de dólares em con-tas na Suíça, Otavio Leite tam-bém é réu em processo do STF, investigado por crime eleito-ral. Jair Bolsonaro, por sua vez, tem inúmeros processos ju-

diciais em andamento, sendo acusado de homofobia, racis-mo, agressão, além de vários pedidos de cassação do man-dato no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Durante a sessão que votou pelo impeachment, Bolsona-ro acumulou mais um proces-so ao exaltar Carlos Brilhante Ustra, um dos mais sangren-tos torturadores do regime mi-litar. A Ordem dos Advoga-dos do Rio (OAB-RJ) declarou que vai ao STF para pedir mais uma vez a cassação do depu-tado federal. “É crime conde-corar um torturador confesso responsável por tantas mortes e atrocidades. Foi um dos mo-mentos mais constrangedores da história da República bra-sileira. É lamentável que o es-tado do Rio tenha dado tantos votos a esse homem”, afirma Victor Leandro.

REFORMA POLÍTICAPara o cientista político, a úni-ca saída para a atual crise polí-tica está nas ruas. “Em exercí-cio está o Congresso mais con-servador dos últimos tempos. O futuro é sombrio. A refor-ma política é o caminho que temos que percorrer, pois essa forma de fazer política che-gou no limite. Porém, não po-demos esperar uma reforma conduzida por um Congresso que aprovou um golpe. A po-pulação precisa gritar alto e com mais ênfase do que já está gritando.”, conclui.

Fotos: Divulgação

JAIR BOLSONARO (PP)

PEDRO PAULO (PMDB)

EDUARDO CUNHA (PMDB)

MARCO ANTÔNIO CABRAL (PMDB)

OTAVIO LEITE (PSDB) ROBERTO SALLES (PRB)

É um efeito manada e mostra que a preocupação dos deputados não é a Constituição, mas sim seus interesses individuaisVitor Gomes, cientista político

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Considerada um dos lega-dos dos Jogos Olímpicos,

a Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na zona sul do Rio, foi interditada na quinta-fei-ra (21) depois do desabamen-to de parte de sua estrutura. Duas pessoas morreram no acidente e testemunhas afir-mam que pelo menos mais uma teria caído no mar.

A perícia que apontará as causas vai demorar 30 dias, de acordo com informa-ções da prefeitura. Entretan-to, o engenheiro civil e con-selheiro do Conselho Regio-nal de Engenharia e Agrono-mia do Rio de Janeiro (Crea--RJ), Antônio Eulálio Pedro-sa Araújo, afirma que o aci-dente pode ter sido causado por falha de projeto.

“Não foi considerado o efei-to da onda na parte de baixo da passarela, que fez com que ela tombasse. Aquele trecho é dife-rente dos demais, tinha apenas uma viga central. Quem fez o projeto não levou em conside-

Duas pessoas morreram e pelo menos mais uma pode estar desaparecida, segundo os bombeiros

ração o efeito da onda”, explicou Antônio Eulálio, que também é membro da Associação Brasi-leira de Pontes e Estruturas.

Para ele, os cerca de qua-tro quilômetros da via devem passar por nova análise. “Tem que ser feita uma análise de todo o projeto, a memória de cálculo, para tranquilizar a população. Talvez tenham su-bestimado o efeito da onda, não tenham considerado a possibilidade de uma maior. Há ondas que ocorrem de cem em cem anos, mas de-vem ser consideradas”, expli-cou o engenheiro.

PREÇO ALTOA obra da ciclovia custou 44,7 milhões de reais e o projeto ain-da passou por oito reajustes de preço. O responsável técnico foi trocado durante a execução da obra, de acordo com infor-mação da própria prefeitu-ra, mas ela não esclareceu os motivos da substituição.

A ciclovia, que foi construí-da pelo Consórcio Conte-mat/Concrejato, será repa-rada pela mesma empresa, sem custo adicional ao mu-nicípio, pois a ciclovia ain-da está na garantia de obra. A Avenida Niemeyer perma-

nece interditada ao tráfego e o Corpo de Bombeiros fez buscas durante todo o fim de semana.

OBRAS DEFEITUOSASEssa não foi a primeira vez que uma obra da prefeitu-ra apresentou defeitos logo depois de ser inaugurada. O

BRT teve problemas no as-falto, que foi deteriorado logo no início, em 2010. O estádio Nilton Santos, o Engenhão, construído para os Jogos Pan Americanos (2007), teve que ser interditado, pois oferecia risco à população por falhas na obra. E a Vila do Pan, logo depois dos jogos, começou a afundar, com rachadura e buracos no terreno. (Com in-formações da Agência Brasil)

Fotos: Fernando Frazão / Agência Brasil

Erro no projeto pode ser a causa do desabamento da ciclovia em São Conrado

Valor da obra da Ciclovia Tim Maia foi reajustado oito vezes e custou R$ 44,7 milhões

O teto do pronto-socor-ro da pediatria do Hospi-tal Municipal Rocha Fa-ria, em Campo Grande,

Teto do Hospital Rocha Faria também veio abaixoO acidente aconteceu no setor de pediatria do hospital. Ninguém ficou ferido

na zona oeste, desabou no início da noite desta quar-ta-feira (20), depois que um cano de água estourou. As crianças que estavam no lo-cal foram levadas para ou-tros setores da unidade e al-guns pais dizem que o aten-dimento foi prejudicado.

O Hospital Rocha Faria é referência no atendimen-

to de emergência na zona oeste da cidade. De acordo com funcionários e pacien-tes, dez crianças estavam sendo atendidas quando o teto desabou. Técnicos de enfermagem e uma mé-dica também estavam na sala, mas a direção da uni-dade também diz que nin-guém se machucou.Crianças da ala da pediatria foram transferidas para outra unidade

Divulgação

Não foi considerado o efeito da onda na parte de baixo da passarelaAntônio Eulálio Pedrosa Araújo, engenheiro

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 20166 | Cidades

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Radar de lutas populares

A paralisação da Reforma Agrária levou dezenas de

camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a ocupar a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria (Incra) no Rio de Janeiro.

Falta de estradas, energia elétrica, transporte coletivo, assistência técnica para o cul-tivo e créditos para financiar os pequenos produtores são os principais problemas en-frentados por trabalhadores rurais dos assentamentos da reforma agrária.

A camponesa Luzia Mar-ques de Oliveira, de 44 anos, foi beneficiada com um pe-daço de terra da reforma agrá-ria, na região de Macaé, há um

Camponeses do MST ocupam sede do Incra no Rio

Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)

A defesa da democracia é uma das bandeiras de luta dos trabalhadores rurais

ano. Feliz por ter onde plan-tar, ela agora diz que precisa de condições mínimas para tra-balhar. “O assentamento Os-

valdo de Oliveira, onde moro, precisa de um plano de mane-jo. Porque nós respeitamos as regras ambientais e tem certas áreas que precisamos apren-der como trabalhar a terra”, diz

a assentada. Por isso a impor-tância da assistência técnica. Isso melhoraria a produtivida-de e ensinaria aos campone-ses como proteger as áreas de fragilidade ambiental.

Luzia também fala da situa-ção precária da rede elétrica, das estradas e da falta de trans-porte. “Temos muitos cor-tes de energia. Na maior par-te do tempo ficamos sem luz. E quando precisamos ir à ci-dade temos que andar mais 12 km”, diz a camponesa. Sua pele queimada do sol e mãos cale-jadas não escondem o esforço de uma vida de sacrifícios.

NEGOCIAÇÃODesde a segunda-feira (18) passada os trabalhadores ru-rais ocuparam o Incra, no Cen-tro do Rio, e reivindicam uma série de melhorias, principal-

mente de infraestrutura nos as-sentamentos e linhas de crédi-to. Na última quarta-feira (20), realizaram uma roda de nego-ciação com a superintenden-te do Incra, Maria Lúcia Pontes.

Essa ocupação faz parte de uma série de lutas feitas nesse mês pelos integrantes do MST. “Abril é o mês de luta campo-nesa em memória dos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Essa foi uma das maio-res chacinas da história da luta no campo”, explica a dirigente estadual do MST no Rio de Ja-neiro, Elisângela Carvalho.

DEFESA DA DEMOCRACIADurante a ocupação, localiza-da na Avenida Presidente Var-gas, uma das mais importan-tes vias do Centro do Rio, tam-bém foram realizadas mani-festações em defesa da demo-cracia. Preocupados com a si-

tuação política do país, os in-tegrantes do MST criticaram os políticos de oposição que tentam derrubar o governo da presidente Dilma Rousseff.

“Nós viemos protestar con-tra a demora da reforma agrá-ria, mas também contra a ten-tativa de golpe. Vivemos um momento muito delicado no país e estamos lutando para não haver retrocessos e per-da dos direitos dos trabalha-dores. Por isso estamos aqui, para defender a democracia”, destaca Elisângela Carvalho.

Outra preocupação é o au-mento da violência do campo. “Há pouco tempo tivemos dois companheiros assassinados no Paraná. Em Campos, no Nor-te Fluminense, em 2013, mata-ram Cícero Guedes, integran-te do MST. É também por eles que estamos aqui, pela memó-ria dos nossos companheiros tombados”, afirma a dirigente.

Falta de estrada, luz elétrica, transporte coletivo, assistência técnica e créditos são os principais problemas enfrentados

Trabalhadores rurais fazem ato em defesa da democracia durante ocupação do Incra

Pablo Vergara/Coletivo de Comunicação do MST

MST ocupa o Incra no Rio para reivindicar melhorias nos assentamentos rurais

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016 Cidades l 7

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8 | Mundo

Unasul: impeachment ameaça democracia e segurança jurídicaA Unasul (União de Nações

Sul-Americanas) decla-rou que o processo de impea-chment contra a presidente Dilma Rousseff “pode chegar a afetar seriamente a democra-cia regional e a segurança jurí-dica do hemisfério”.

“A decisão de continuar o processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, sem que tenha existido in-dício ou discussão apro-fundada durante o debate sobre os supostos delitos,

Roberto Stuckert Filho

Manu Gomez / Fotomovimiento

Carlos Silva / Presidência da República do Equador

TERREMOTO O presidente do Equador, Rafael Correa, acompanha a situação do país após um terremoto de 7,8 graus na escala Richter ter resultado em mais de 350 mortos e mais de 2000 feridos. Correa pediu unidade à população e afirmou que o país “saberá seguir em frente”.

A banda Pearl Jam cancelou na última se-mana o show que faria na capital da Carolina do Norte. Segundo o grupo, o cancelamento é um protesto à nova lei esta-dual que bane direitos civis da comunidade LGBT.

“A lei é desprezível e encoraja a discriminação contra um grupo intei-ro de cidadãos. Será pro-fundo o impacto negati-vo sobre os direitos hu-manos”, disse o Pearl Jam por meio de um comuni-cado no Facebook.

Aprovada e sanciona-da no fim de março, a lei estabelece que pessoas trans devem usar ba-nheiros que correspon-dam aos genitais com que nasceram e não à sua identidade de gêne-ro, entre outras medidas discriminatórias.

Países ricos acolheram apenas 1,39% de refugiados sírios

CAROLINA DO NORTE, EUAContra lei estadual anti-LGBT, Pearl Jam cancela show Os países ricos acolheram

apenas uma pequena parce-la dos quase cinco milhões de refugiados procedentes da Síria, revelou a ONG bri-tânica Oxfam.

No texto, a ONG pede aos países ricos que façam um es-forço e que aceitem pelo me-nos 10% dos 4,8 milhões de refugiados sírios. Até hoje, os países ricos receberam apenas

Processo contra Dilma afeta “democracia regional”, diz Unasul

Conflito na Síria já dura seis anos e registra 270.000 mortos

constitui um motivo de sé-ria preocupação para a re-gião”, afirmou o órgão.

O comunicado foi divul-gado após a decisão toma-da pela Câmara de Deputa-dos do Brasil, favorável por 367 votos a 137 ao prosse-guimento do processo de impeachment.

A partir de agora, cabe ao Senado formar uma comis-são para analisar o pedido de impeachment, que de-pois deve seguir para o ple-

67.100 pessoas, o que repre-senta 1,39% dos refugiados. Já são mais de 270.000 mortos no conflito já dura seis anos.

Segundo a Oxfam, apenas três países ricos - Canadá, Alemanha e Noruega - fize-ram mais do que lhes cabia em matéria de acolhida per-manente de refugiados.

Os Estados Unidos se com-prometeram com 7% dos qua-se 171.000 considerados sua parte. Até agora, o governo americano reinstalou 1.812 re-fugiados sírios e indicou que assumirá mais 10.000.

nário, onde a aprovação por maioria simples afastaria Dilma do cargo por até 180 dias e levaria Michel Temer à presidência interina. Nes-se caso, ocorrerá um julga-mento no Senado sob o co-mando do presidente do STF (Supremo Tribunal Fe-deral), ministro Ricardo Lewandowski, em que é ne-cessária a maioria de dois terços dos senadores para que Dilma sofra o impeach-ment. (Opera Mundi)

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 20168 | Mundo

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Documento chama atenção não só por apresentar o plano de governo de um vice-presidente, como também pelo retrocesso das propostas

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Valter Campanato/Agência Brasil

No final de 2015, o PMDB tornou público o plano de

governo “Ponte para o Futuro”, elaborado pela cúpula do parti-do com objetivo de apresentar propostas para “retomar o cres-cimento econômico do país”. Em março deste ano, o docu-mento foi atualizado com no-vas propostas, deixando claro quais seriam as medidas toma-das por Michel Temer, caso consiga assumir a presidên-cia após o golpe contra a pre-sidente Dilma Rousseff.

O documento chama atenção não só por apresen-tar o plano de governo de um vice-presidente, como também pelo retrocesso das propostas. Entre elas, revi-são na abrangência de pro-gramas sociais, mudanças na concessão de bolsas de estudos, aumento do tempo de trabalho para aposenta-doria e até entraves para os reajustes anuais do salário mínimo. O Brasil de Fato destacou as principais mu-danças que o plano de go-verno do PMDB pode trazer ao trabalhador brasileiro.

Temer apresenta plano de governo carregado de retrocessosVice-presidente planeja dificultar reajustes anuais do salário mínimo e aumentar tempo de trabalho para aposentadoria

Tema Governo Dilma Plano Temer

Salário mínimo e Previdência

Reajustes anuais automáticos previstos no orçamento público

Reajustes passam a depender da aprovação do Congresso

Garantia de aumento real, baseado na inflação do ano anterior

Possibilidade de reajustes abaixo da inflação

Aposentados e Pensionistas

Hoje são considerados a soma da idade e o tempo de contribuição (35 anos para homens e 30 anos para mulheres)

Introdução de idade mínima para aposentadoria (homens 65 anos e mulheres 60 anos) com previsão de aumento progressivo

Leis Trabalhistas (CLT)

Direitos preservados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Convenções coletivas passam a prevalecer sobre as normas da CLT

Programas e Projetos Sociais

Custos reservados nos orçamentos anuais da União

Programas reavaliados a cada ano por um comitê no Congresso

Podem participar famílias com renda mensal de até R$154 por pessoa

Limitado aos 10% mais pobres, que vivem com menos de 1 dólar por dia (R$105 por mês)

Minha Casa, Minha Vida

Rendimentos do FGTS utilizados para a construção das habitações

Fim do uso do FGTS como fonte de recursos para as obras

PronatecEstudantes ou formados nas redes públicas de educação podem se candidatar às bolsas

Oferta de bolsas restrita aos estudantes de menores faixas de renda

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AGENDA DA SEMANA

O quê: Cineclube de Jornalismo da Universidade Rural exibe filme que debate o golpe de estado contra o presidente Hugo Chávez, na Venezuela.Onde: Auditório do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT), UFRRJ – BR 465, km 7, Seropédica.Quando: Terça (26), 15h.Quanto: 0800.

O quê: Cineclube São Salvador exibe filme que discute a guerra midiática em torno dos protestos no Brasil em 2013, desde a primeira invasão na Aldeia Maracanã em abril até o final da visita do papa.Onde: Praça São Salvador – Laranjeiras.Quando: Terça (26), 19h.Quanto: 0800.

O quê: Festa da União da Juventude Comunista (UJC) traz o melhor do axé, do pagode e do funk, e ainda se manifesta por mais assistência estudantil na Universidade Federal Fluminense (UFF).Onde: Quadra, Gragoatá, UFF – Niterói.Quando: Quinta (28), 20h.Quanto: 0800

O quê: Evento dançante renova energia de participantes com apresentação de DJs e arrasta pé comendo solto ao som da banda Fulano de Quê. Onde: Centro Cultural Estudantina Musical – Praça Tiradentes, 79, Centro.Quando: Toda terça, 20h.Quanto: R$ 10 até 23h.

O quê: Encontro é marcado por diversidade de ritmos musicais, manifestações artísticas e gastronomia. Nesta edição, haverá apresentação do Terreiro de Breque.Onde: Largo de São Francisco da Prainha – Rua Eduardo Jansen, s/n, Saúde, Centro.Quando: Segunda (25), 18h.Quanto: 0800.

O quê: Atividade formativa oferece aos alunos, através do desenvolvimento de trabalhos corporais, o contato com a prática dos passinhos de charme.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: Terça (26), 17h30.Quanto: 0800.

Dança Charme

A Revolução Não Será Televisionada

Som das ArtesComuna Folia “Eu vou ficar”

Forró da Rua da LapaÉ Tudo Mentira D

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ão

Divulgação

O quê: Feira de produtos orgânicos comercializa itens sem agrotóxicos, como legumes, frutas, grãos, pães, biscoitos, doces e sucos. Tudo de produtor para consumidor. Onde: Praça Marechal Maurício Cardoso – Olaria/Leopoldina.Quando: Todo sábado, das 7h às 13h.Quanto: 0800.

Feira Orgânica de Olaria/Leopoldina

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Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 201610 | Cultura

Page 11: Brasil de Fato RJ - 172

Paulo Virgílioda Agência Brasil

A mostra mais visitada em 2015 foi Picasso e a modernidade espanhola, que teve mais de 620 mil visitantes

Tânia Rêgo/Abr

Exposição do pintor Picasso atraiu multidões ao museu em 2015

O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Ja-

neiro (CCBB Rio) liderou em 2015 a lista de exposições pós--impressionistas e modernas mais visitadas do mundo, de acordo com o ranking anual publicado no site The Art Newspaper. É o terceiro ano consecutivo em que o CCBB aparece na lista das dez mais desse segmento.

A mostra pós-impressio-nista e moderna mais visita-da em 2015 foi Picasso e a mo-dernidade espanhola, reali-zada no CCBB do Rio, que teve mais de 620 mil visitan-tes, com média diária de 9,5 mil pessoas. O centro carioca

CCBB Rio entre os mais visitados no mundo

também ocupa a segunda po-sição no ranking, com Kan-dinsky: Tudo começa num ponto. Nesta, foram cerca de 442 mil visitantes, com média de 8,2 mil pessoas por dia.

ACESSO GRATUITOOs centros culturais mantidos pelo Banco do Brasil organi-zam exposições de alto nível e acesso gratuito. “Para o segun-

É impossível esquecer um dos assuntos mais im-portantes da aula de his-tória: a Inconfidência Mi-neira e seu mais expres-sivo herói, o alferes Tira-dentes. Eu me lembro até hoje das ilustrações do li-vro de Estudos Sociais que retratavam o fato his-tórico. Não é à toa que o dia 21 de abril é o feriado nacional que relembra a luta de Tiradentes e de outros Inconfidentes. 

Também chamada de Conjuração Mineira, a In-confidência ocorreu no fi-nal do século XVIII, na ca-pitania de Minas Gerais, em Vila Rica, hoje Ouro Preto. Foi uma revolta con-tra a exploração do Bra-sil por Portugal no período colonial. O povo brasileiro sofria com a opressão polí-tica e social, com a cobran-ça injusta de impostos pela metrópole portuguesa, que além disso, levava grande parte do ouro extraído aqui para suas terras.

Inspirados pelas ideias de liberdade em eferves-cência na Europa naquele período, intelectuais, poe-tas, mineradores e milita-

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Tiradentes inspira feriado, novela e a gente

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res criaram um grupo que começou a lutar pela inde-pendência do Brasil. A Co-roa portuguesa, entretan-to, descobriu a conspira-ção e perseguiu, torturou e matou os lutadores. Ti-radentes foi enforcado em praça pública e sua cabe-ça exposta “para servir de exemplo” aos que queriam liberdade. Com uma mor-te lamentável dessa, mais do que justo ele virar már-tir eterno de nossa histó-ria. A novela “Liberdade, Liberdade” conta a histó-ria da vida de Joaquina, fi-lha de Tiradentes, interpre-tada pela atriz mineira An-dreia Horta.

HISTÓRIA DE LUTAA história do povo brasilei-ro é uma história de luta! Desde os índios que tive-ram suas terras invadidas, passando pelos inconfi-dentes, pelos messiânicos, pela luta contra a ditadu-ra militar até hoje, quan-do lutamos contra  o gol-pe contra nossas institui-ções democráticas. Nosso povo sabe se mobilizar em busca de um outro mundo possível e melhor! 

Thiago Lacerda faz o papel de Tiradentes em novela sobre a Inconfidência Mineira

do semestre temos programa-das uma exposição com gran-des nomes do pós-impressio-nismo e outra do movimen-to De Stijl, com obras do gran-de artista plástico Mondrian. A importância e popularidade desses acervos indicam que te-remos mais um ano com gran-de potencial de público inte-ressado em visitar o CCBB”, ex-plica o gerente-geral do CCBB Rio, Fábio Cunha.

Ele considera que a reali-zação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, nos me-ses de agosto e setembro, vai atrair ainda mais turistas ao centro cultural. “Acredita-mos que, semelhante ao que ocorreu durante a Copa do Mundo, o CCBB Rio receberá um número significativo de turistas”, estima.

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016 Cultura l 11

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12 | Opinião

A FIM DE PAPO | Mc Leonardo

Na manhã do último do-mingo estive na Av. Atlân-tica, em Copacabana. Fui à manifestação com mui-to funk, na qual se espera-va a presença de mais de 100 mil pessoas para gri-tar contra o golpe. Com-pareceram apenas cer-ca de 50 mil pessoas. Para muitos foi um fracasso, já para mim foi um sucesso.

RUAS ESVAZIADASAs pessoas achavam que os moradores de favelas des-ceriam os morros em peso para curtir o “baile funk” a céu aberto e assim marcar posição a favor da perma-nência da presidente Dilma.

É preciso entender que o povo da favela está assis-tindo a mesma televisão que o povo do asfalto. As-sim, ambos estão receben-do a mesma informação.

Esperava-se muita gente na rua gritando a favor do golpe, mas esse povo tam-bém não apareceu. Quem foi manifestar sua posição viu que as ruas estavam claramente vazias naquele domingo.

Isso não aconteceu so-mente no Rio de Janei-ro, mas em todo o Brasil. Brasília foi o maior exem-

A Câmara dos Deputados ficou exposta no do-

mingo (17) aos olhos de todo o país. A nação ficou choca-da, atônita, sem acreditar no que se revelava na sessão que decidia a abertura do proces-so de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. O show de horrores da atual e majoritária composição des-ta legislatura ficou transpa-rente. Uma maioria retrógra-da, ou seja, conservadora, e comprometida com interes-ses outros que não os da so-ciedade, como há muito de-nunciávamos.

BAIXARIA NO CONGRESSO A parte machista, misógina (que alimenta o ódio contra as mulheres), preconceituo-sa e conservadora, lamenta-velmente dominante, mos-trou seu lado mais perverso ao gritar “sim” no palco ce-nográfico bancado pelo pre-sidente Eduardo Cunha. Em-purrões, cotoveladas, xinga-mentos, palavras de baixo ca-lão e até referências a tortu-radores se misturaram à san-tíssima trindade: família, reli-gião e propriedade, prevale-cendo a última.

Ulysses Guimarães costu-mava dizer que, a cada legis-latura, o Congresso piorava. Uma consequência direta de nosso desgastado sistema eleitoral. Isso se deve muito à forma de financiamento de campanhas por empre-sas, que sufocou a possibili-dade de uma verdadeira re-presentatividade. Com mui-to esforço ela foi banida a partir das eleições deste ano.

O povo está dividido?

plo disso, a Praça dos Três Poderes parecia uma casa preparada para receber mais de mil convidados e só apareceram cinquenta.

NINGUÉM GANHOUDiante desse quadro, quan-do o Congresso decidiu dar continuidade ao rito do golpe, foi muito fraca a co-memoração daqueles que querem a saída da presi-dente Dilma. Como tam-bém foi muito tímida a frus-

tração daqueles que que-rem o respeito aos resulta-dos da ultima eleição.

Portanto, termino com uma análise de Leonardo Boff: “Se os pobres do Bra-sil soubessem do mal que está em curso com esse golpe, iria faltar calçada para tanto manifestante”.

Se os pobres do Brasil soubessem do mal que está em curso com esse golpe, iria faltar calçada pra tanto manifestante

A farsa do impeachment, que chamo de golpe, foi tocada por parlamentares envolvidos em denúncias de corrupção

Jandira Feghali

Além dela, a criminalização da política, bancada pelos grandes meios de comuni-cação, ajudou a fortalecer o falso “voto útil”, onde candi-datos sem base social foram

arremessados à Brasília.A farsa do impeachment,

que chamo de golpe, foi to-cada por parlamentares en-volvidos até o pescoço em denúncias de corrupção. Le-vantamento do Tribunal Su-perior Eleitoral mostra que mais de 70% dos deputados réus ou condenados crimi-nalmente optaram pelo im-peachment de Dilma. Dos

23 investigados na Operação Lava Jato, 17 deputados dis-seram “sim” ao golpe.

CONSPIRAÇÃONesta trilha, se articula a anistia de Cunha. Quanto ao vice-presidente Michel Temer, já se sabe que tenta-rá diminuir os direitos tra-balhistas, autorizar privati-zações e desvincular o or-çamento da saúde e educa-ção. É o fim de um projeto popular.  

Com o cenário dantes-co (infernal) montado, res-ta ao povo fortalecer as mo-bilizações de rua contra o processo no Senado Fede-ral. Enterrar por lá esse im-peachment ilegítimo e co-varde. Não se pode acei-tar que uma conspiração de corruptos afunde nossa de-mocracia e marque a Histó-ria com tanto cinismo. 

Jandira Feghali é médica, deputada federal (PCdoB/RJ) e vice-líder do governo

na Câmara Federal

Deputados baixam o nível da política para derrubar Dilma

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Manifestações foram menores que o esperado

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016

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Variedades l 13

Bolinho de pão

Ingredientes• 500 g de pão branco

dormido fatiado

• farinha de trigo

• 1 cebola média cortada em cubinhos

• 350 ml de leite quente

• 3 ovos

• pimenta-do-reino a gosto, sal e salsinha

• óleo

Modo de preparo1. Em uma frigideira previamente aquecida com óleo, refogue a cebola até dourar;2. Em um recipiente, coloque o pão, despeje o leite quente por cima e amasse, misturando tudo;3. Acrescente a cebola refogada, os ovos, a salsa, o sal, a pimenta-do-reino e misture tudo;4. Vá acrescentando aos poucos a farinha de trigo até formar a massa para moldar os bolinhos;5. Unte as mãos com óleo e vá formando os bolinhos;6. Frite os bolinhos no óleo bem quente.

Tempo de preparo60 minutos

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Ouço sempre na mídia que devemos procurar um médico se tivermos suspeita de gripe. Mas os serviços de saúde já estão todos lotados por causa da dengue. O que fazer?

Naiana, 22 anos, secretária

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Naiana, sua preo-cupação está correta.

A gripe é uma virose que dura cerca de uma sema-na, provocando sintomas como tosse, congestão nasal, febre, dor no corpo e dor de cabeça. Na maio-ria das vezes ela desapare-ce espontaneamente, sem causar grandes transtor-nos. O risco é maior so-mente para as pessoas que têm seu sistema de defe-sa mais debilitado, como idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, etc. Em pessoas

BOMBOU NA INTERNET ANDRÉ DAHMER | malvados.com.br

AMIGA DA SAÚDE

rados. Me parece inconse-quente essa orientação de que todos devem procurar um médico, pois os servi-ços realmente estão lotados e os profissionais muito so-brecarregados.

jovens saudáveis é necessário procurar atendimento mé-dico somente quando há si-nais de perigo, como dificul-dade para respirar, febre mui-to insistente, muito cansaço ou outros sintomas não espe-

Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia.

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Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Cidades

Cerca de cem militantes do Levante Popular da

Juventude do Rio fizeram, no domingo (24), um escracho em frente à casa do deputa-do Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca. Conhecido por posi-ções contrárias aos direitos humanos e às minorias, o de-putado do PSC votou a favor do projeto de impeachment no último dia 17 e ofendeu o deputado Jean Wyllys, um dos maiores representantes da causa LGBT no congresso.

“Nós estamos aqui para denunciar o golpista Jair Bol-sonaro, que tem se coloca-do contra a juventude, con-tra as mulheres, contra os ne-gros e contra os LGBTs. Essa manifestação também é pela memória de todos os nos-sos companheiros que luta-ram e foram torturados du-rante a ditadura. Nós não va-mos ficar calados, fascistas não passarão”, disse a mili-tante do Levante, Isis Barce-llos. “Bolsonaro representa o que de pior existe na política brasileira”, completou. 

Levante Popular da Juventude escracha Jair Bolsonaro no RioNo domingo (24), militantes do movimento popular fizeram uma manifestação de repúdio em frente à casa do deputado do PSC do Rio

Flora Castrodo Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Divulgação /Levante Popular da Juventude

Em carta, o movimento de-clarou os motivos do escra-cho. Bolsonaro, além de fazer declarações contra o direito das mulheres, negros e LGB-Ts, pelo qual é considerado um inimigo das minorias, foi um dos deputados que votou a favor do processo de impea-

chment - homenageando em seu discurso o coronel Bri-lhante Ustra, um dos maiores torturadores do regime mili-tar, e responsável pela tortura de Dilma Rousseff.

O Levante ficou conheci-do por trazer para o Brasil em 2012 o escracho, forma de protesto pacífico feito em países como Chile e Argen-tina para denunciar tortura-dores que ainda não tinham sido condenados. Aqui o mo-vimento escrachou os tor-turadores da Ditadura em 2012, a Rede Globo em 2013, Eduardo Cunha em 2015 e Michel Temer nesta semana.

Com o apoio da Prefeitu-ra de Maricá, a Aldeia Ka’aguy Hovy Porã (Mata Verde Bo-nita) realizou no último final de semana a Jornada Esporti-va e Cultural Indígena (JECI). Os jogos foram coletivos e típi-cos, como as disputas de cor-rida com tora, cabo de guer-ra e futebol. Houve também

Jogos Indígenas agitam final de semana em Maricáprovas individuais de tiro com arco, arremesso de lança e na-tação. Entre as etnias convida-das para o evento estão Pata-xó da Bahia e Pataxó Jaguaretê (Angra dos Reis), Fulni-ô (Per-nambuco), Huni Kuyn e Yawa-nawá (Acre), Carajá (Tocan-tins), Guajajara (Maranhão), Xavante (leste do estado de

Mato Grosso e Goiás), Bororo (Mato Grosso) e Puri (Rio de Janeiro e Minas Gerais).

Segundo os organizadores, o evento procurou valorizar o esporte, além de mostrar a energia dos índios nas perfor-mances esportivas, seu talen-to artístico no artesanato, nas pinturas corporais e adornos,

nos cantos e danças, sua culi-nária, sua espiritualidade e seu conhecimento ancestral das plantas. O público teve a oportunidade de conhecer as construções tradicionais guarani erguidas na aldeia e de falar sobre bioconstrução e cultivo orgânico. Além dos jogos, aconteceram simulta-

neamente apresentações de canto e dança, além da mos-tra de culinária típica. A pro-gramação ainda contou com o Sarau da Utopia, na sexta-feira, com a participação es-pecial da atriz Letícia Saba-tella; passeio ciclístico no sá-bado com o “Pedala Maricá”; além do Circuito Ecológico.

Escracho ocorreu em frente à casa do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC - RJ) na Barra da Tijuca

Cerca de cem jovens do Levante Popular da Juventude participaram do ato

Bolsonaro tem se colocado contra a juventude, contra as mulheres, contra os negros e contra os LGBT

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016

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Alexandre Arruda / CBV

Situação de Jaque expõe realidade no vôlei brasileiroCorte de investimento deixa ponteira sem clube e ela já fala em deixar país

O treinador Gerardo “Tata” Martino negocia com clubes europeus para trazer os três nomes com mais de 23 anos de idade permitidos para as

Tata traz “velhos desconhecidos” para o futebol olímpicoEntre os jogadores com mais de 23 anos, nenhum dos nomes famosos da Argentina

seleções olímpicas de fute-bol. No entanto, os alvos de Tata são “desconhecidos”.

Trata-se do zagueiro Fu-nes Mori, que atua no Ever-ton (ING), o também zaguei-ro Mateo Musacchio, capi-tão do Villareal (ESP), e o go-leiro Geronimo Rulli, titular do Real Sociedad (ESP), que tem 23 anos hoje, mas terá 24 durante os Jogos.

A situação de Funes Mori, campeão da Libertadores em 2015 com o River Plate (ARG), está mais adiantada e a liberação do Everton já é dada como certa, tanto para os Jogos como para a Copa América. Os outros dois ain-da não estão confirmados, visto que os clubes não são obrigados a liberar os atletas para os Jogos. (BP)

Problemas para a ginástica

O gigantesco espetácu-lo circense protagonizado por deputados e deputadas federais de todos os cantos do país, evocando Deus e a família, possui dois perso-nagens curiosos.

Um deles é Marcelo Aro (PHS-MG), diretor de ética da CBF, o que é autoexplica-tivo, e membro da Comissão Especial do Impeachment. Durante a sessão da comis-são que debateu a aprovação do relatório final, fez uma fala inflamada contra a corrup-ção, exibindo uma foto do ex-presidente Lula vestido como presidiário.

O outro é o próprio au-tor do relatório desta co-missão. O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo, foi dirigente do Atlético-GO. O mesmo que condenou Dilma por má gestão dos recursos, saiu do clube rubro-negro de Goiânia após péssima gestão, que endividou ain-da mais o clube.

Por um lado, Marcelo Aro não pode exibir o retrato de seu parceiro e chefe Marco Polo Del Nero, sob pena de ser inquirido pelo FBI sobre suas relações com o dito cujo e também ser impedido de viajar para fora do país.

Jovair, por sua vez, é o su-jeito que, por debaixo dos panos, enfiou um artigo anistiando dirigentes de clu-bes de futebol que possam

vir a ser punidos por má ges-tão, isentando seus patrimô-nios pessoais de penhora, em uma MP que tratava de outro assunto. Teve seu arti-go vetado por Dilma, o que explica seu “relatório”.

Para piorar, Dilma foi en-tusiasta do Profut, que tra-ta do extremo oposto da manobra de Jovair. É com-preensível que o sujeito es-teja “temeroso”.

Dilma foi entusiasta do Profut, que trata do extremo oposto da manobra de Jovair. É compreensível que o sujeito esteja “temeroso”

O evento-teste da gi-nástica, na Arena Olím-pica da Barra, foi mar-cado por problemas re-lacionados à geração de energia no local. Ainda na fase de treinos para o evento, houve queda de luz em parte dos refle-tores, provocando atra-sos na preparação dos ginastas. O ginásio tam-bém teve problemas nos telões e sistema de som, por conta da falha em um gerador.

A situação foi relatada e discutida pela Federação Internacional de Ginásti-ca (FIG), em reunião com outras federações esporti-vas, em Lausanne (SUI).

Até um gato entrou na área de competição du-rante os treinamentos das equipes.

Ao mesmo tempo, a CBF tem o retorno de seu co-mandante Del Nero. Seu comitê de reformas, com-posto pelos cacarecos do futebol brasileiro, aprovou uma redução de três datas nos estaduais.

Assim, faz caber mais da-tas para a Primeira Liga, mas não resolve questões cen-trais do calendário, como a coincidência com as “datas-FIFA” e o excesso de jogos por temporada. Ou seja, não resolveu nada.

Não é surpreendente?

Keith Allison

Divulgação / Cidade Olímpica

Após o término da Super-liga Brasileira de Vôlei,

o SESI de São Paulo decidiu reduzir os investimentos no vôlei, dispensando as prin-cipais jogadoras do seu time feminino. Apenas o time masculino não sofreu cortes no orçamento.

Uma dessas jogadoras é Ja-queline, ponteira da seleção brasileira. Sem clube, Jaque pensa em deixar o país para se manter em atividade no esporte e poder estar pron-

Surpreendente, não?

ta para jogar pela seleção de José Roberto Guimarães.

No entanto, a decisão de jogar no exterior não é sim-ples. Desde que ficou grávi-da, em 2014, Jaqueline pro-cura estar sempre próxi-ma de Murilo, seu marido e pai de Arthur, filho do casal. Murilo ainda tem um ano de contrato com o SESI-SP, e Ja-que, por causa do seu ran-queamento na Superliga, não tem espaço em outra equipe no Brasil. (BP)

Jaque, com o filho Arthur

no colo, deve deixar o Brasil

para poder jogar

Jovair Arantes (PTB-GO), relator do

impeachment e amigo da CBF

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

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Flamengo e Vasco se en-frentaram na Arena da Ama-zônia, em Manaus (AM), pe-las semifinais do Campeona-to Carioca, diante de 44 mil torcedores fazendo uma bo-nita festa nas arquibancadas.

No início da partida, o Fla-mengo, que precisava da vi-tória, tentou manter a pos-se de bola, mas ficou perdi-do em meio à forte marca-ção vascaína, que saía perigo-samente em contra-ataques.

Após a parada técnica, o Vasco partiu para cima do Flamengo. Riascos tirou Cé-sar Martins para dançar e deu para Nenê concluir. Wallace tirou em cima da li-nha e, após bate e rebate na pequena área, afastou mal para a entrada da área. An-drezinho pegou de primeira e abriu o placar, aos 22 minutos.

Depois de levar o gol, o Fla-mengo criou duas chances pela direita do ataque. Em

Vasco despacha o freguês e vai à finalVitória por 2 a 0, com gols de Andrezinho e Wallace (contra), mantém Vasco em busca do bi

Riascos participou dos dois gols do Vasco e se destacou na partida

uma delas, César Martins teve a possibilidade de empatar na cara do gol, mas se atrapalhou e não conseguiu concluir.

Pressionado pela des-vantagem, o Flamengo vol-tou para o segundo tem-po com Alan Patrick no lu-gar de Gabriel, buscando ga-nhar o meio-campo e ser mais produtivo na frente.

Mas, na primeira oportu-nidade, o Vasco ampliou o placar. Riascos bateu para a defesa parcial de Paulo

Victor, a bola bateu no joe-lho de Wallace e entrou, aos 11 minutos da etapa final.

Depois do segundo gol, o Vasco apenas contro-lou o jogo. O Flamengo só teve duas oportunidades, que esbarraram em boas defesas de Martin Silva.

Coube ao Vasco ape-nas aguardar o apito final, que foi dado aos 45, sem ne-nhum acréscimo. O time da Colina segue em busca do bicampeonato carioca.

O Leicester City go-leou por 4 a 0 o Swan-sea, jogando em casa, no estádio King Power, e precisa de apenas cinco pontos nas três últimas rodadas para garantir seu primeiro título in-glês em sua história.

Sem o artilheiro Var-

Leicester vence de goleada e se aproxima de título inéditody, expulso diante do West Ham, quem brilhou foi seu substituto, o argenti-no Ulloa, que marcou duas vezes. Os outros gols foram marcados por Mahrez e Al-brighton, que entrou no decorrer da partida.

O Leicester abriu oito pontos de vantagem so-

bre o Tottenham, que joga nesta segunda-feira (25) contra o West Bromwich. Para os Foxes fazerem his-tória, terão três paradas duras contra o Manches-ter United, em Old Traf-ford, o Everton, em casa, e o Chelsea, em Stamford Bridge. (BP)

Ulloa substituiu Vardy e foi o destaque da goleada por 4 a 0

Fluminense e Botafo-go se enfrentaram em Volta Redonda (RJ) pelas semifinais do Carioca. A vantagem do empate era do Flu, o que fez com que o alvinegro buscasse o re-sultado desde o início.

No primeiro tempo, o Botafogo foi muito supe-rior. Criou várias chances de gol, mas não caprichou na pontaria. O lance mais perigoso foi uma bola na trave de Gegê.

Por sua vez, o trico-lor errava muitos passes e irritava o treinador Levir Culpi. A primei-ra finalização do Flu só aconteceu aos 27 minu-tos, com Gerson pegando

Divulgação Leicester City

Carlos Gregorio Jr/Vasco

Vitor Silva/SSPress Botafogo FR

Fogão vence e vai à final contra o Vasco

mal e chutando para fora.Após o intervalo, o Flu

tentou equilibrar mais as ações e articular jogadas de ataque, mas foi o Bota-fogo que conseguiu abrir o placar, aos 17 minutos. Após cobrança de escan-teio, Ribamar subiu mais que a zaga e testou firme para o gol.

Após a expulsão do za-gueiro Carli, aos 37, o Flu ensaiou uma pressão, principalmente em bo-las paradas, mas o Fogão soube segurar a bola no campo de ataque e fazer o tempo passar para ga-rantir a vitória por 1 a 0 e a vaga na final contra o Vasco. (BP)

Time de Ricardo Gomes jogou melhor e mereceu a vitória

16 | Esportes

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 25 a 27 de abril de 2016