Brasil de Fato RJ - 174

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Cidades | pág. 4 Cidades | pág. 5 Cidades | pág. 6 RIO DE JANEIRO Ano 4 | edição 174 2 a 4 de maio de 2016 distribuição gratuita Alexandro Auler Mídia Ninja Pablo Vergara Distribuído de graça em locais de alta circulação de trabalhadores e trabalhadoras, como metrô, central de ônibus, trens e barcas, o jornal completou três anos de fundação neste domingo (1). O tabloide, que começou com uma edição semanal e passou a circular duas vezes por semana, será ampliado em breve para três edições semanais. Até o final do ano, a expectativa é de que passe a circular diariamente. Brasil de Fato completa três anos no Rio Marmita boa e barata O Brasil de Fato conversou com vendedores no Centro UFRRJ suspende aulas para debater feminismo Campanha #MeAvisaQuandoChegar organizou as atividades na instituição Festas e debates agitam Casa Nem Espaço na Lapa é gerido por mulheres transexuais e travestis Alexandro Auler Cidades | pág. 7 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE Estudantes da rede pública estadual já ocupam 73 colégios na região metropolitana do Rio de Janeiro. Entre as pautas comuns de todas essas escolas estão a melhoria na infraestrutura e o diálogo mais democrático com a direção. Cultura | pág. 11

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Cidades | pág. 4

Cidades | pág. 5

Cidades | pág. 6

RIO DE JANEIRO

Ano 4 | edição 174

2 a 4 de maio de 2016 distribuição gratuita

Alexandro Auler

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Pablo Vergara

Distribuído de graça em locais de alta circulação de trabalhadores e trabalhadoras, como metrô, central de ônibus, trens e barcas, o jornal completou três anos de fundação neste domingo (1). O tabloide, que começou com uma edição semanal e passou a circular duas vezes por semana, será ampliado em breve para três edições semanais. Até o final do ano, a expectativa é de que passe a circular diariamente.

Brasil de Fato completa três anos no Rio

Marmita boa e barataO Brasil de Fato conversou com vendedores no Centro

UFRRJ suspende aulas para debater feminismoCampanha #MeAvisaQuandoChegar organizou as atividades na instituição

Festas e debates agitam Casa NemEspaço na Lapa é gerido por mulheres transexuais e travestis

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Cidades | pág. 7

EDUCAÇÃO DE QUALIDADEEstudantes da rede pública estadual já ocupam 73 colégios na região metropolitana do Rio de Janeiro. Entre as pautas comuns de todas essas escolas estão a melhoria na infraestrutura e o diálogo mais democrático com a direção.

Cultura | pág. 11

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ADMINISTRAÇÃO: Angela Bernardino e Marcos Araújo

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 2 de maio, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F26Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

O que o futuro nos reser-va? Essa era a pergunta

que nós, do Brasil de Fato RJ, fazíamos em maio de 2013. Lançamos, naquele mês, esse modelo de jornal que você tem em suas mãos. Vínhamos de uma experiência de dez anos de outro formato, distri-buído por assinatura em todo o Brasil. Mas nos perguntáva-mos: “estamos sendo bem su-cedidos no objetivo de dialo-gar com o povo”? 

Da resposta a essa questão surgiu a primeira experiên-cia regional do Brasil de Fato tabloide, que é esse modelo menor, de 16 páginas e distri-buição gratuita. Da parceria com organizações sindicais, movimentos populares e lu-tadores e lutadoras do povo brotou esse jornal que você recebe toda segunda e quin-ta. Além do Rio de Janeiro, já estamos em Minas, São Pau-lo, Pernambuco e estamos chegando no Paraná e Ceará.

Em nossas páginas, você encontra notícias sobre o fu-tebol, novela, horóscopo, po-lítica, receitas, economia, cultura, saúde, direitos tra-balhistas, palavras cruzadas, educação e tudo mais que acontece no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo. Sem-pre com o compromisso de manter você informado ou informada.

É esse o jornalismo que nos desafiamos a fazer, aquele que está do seu lado

nal do trabalhador e da tra-balhadora, aos nossos três anos. Queremos dividir com vocês uma alegria: nas pró-ximas semanas teremos nos-

sa terceira edição semanal. Você terá mais informação, notícia e diversão em mais um dia de Brasil de Fato RJ. Esperamos, em breve, anun-ciar mais novidades.

ONDE O BRASIL DE FATO ESTARÁ?Nesse momento em que nos perguntamos o que o futuro reserva ao nosso país, o Brasil de Fato res-ponde: o futuro reserva aquilo que coletivamente nos esforçarmos por cons-truir. Se lutarmos juntos, poderemos derrotar o gol-pe que as elites querem dar contra a democracia e con-tra os direitos do povo. Se não barrarmos o golpe, te-remos que lutar mais ain-da para resistir aos ataques que sofreremos. De todo modo, temos uma certeza: o Brasil de Fato continua-rá junto do povão.

NOSSO COMPROMISSO É COM VOCÊNão acreditamos na existên-cia da neutralidade jornalísti-ca. As Organizações Globo ou a Veja dizem para você que são neutros e objetivos. Afir-mamos que isso é impossí-vel em uma sociedade dividi-da em interesses tão diferentes como a nossa. A grande mídia apenas esconde que represen-ta os interesses dos poderosos.

Em nossa capa você lê, logo abaixo do nome do jornal, “uma visão popular do Brasil e do mundo”. É esse o jornalis-mo que nos desafiamos a fazer, aquele que está do seu lado.

Chegamos, no dia primei-ro de maio, dia internacio-

Brasil de Fato RJ completa três anos

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

26° 18°

SEG

26° 18°

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27° 20°

TER

Pablo Vergara

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 20162 | Opinião

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EM FOCO

A presidente Dilma Rou-sseff recebeu, na última

semana, o apoio do ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pé-rez Esquivel, contra o proces-so de impeachment que tra-mita no Senado.

“Está muito claro que o que se está preparando aqui é um golpe de estado encoberto, o que nós chamamos de um golpe brando”, afirmou Esqui-vel, após o encontro no Palá-cio do Planalto.

Ele comparou o processo de impeachment de Dilma ao

Divulgação/ Povo Sem Medo

Nobel da Paz diz que impeachment de Dilma é golpe de Estado

EBC Memória

EBC Memória

Divulgação

Paulo Pinto

Cerca de mil estu-dantes de escolas esta-duais protestaram por me-lhorias na educação em São Paulo. Os manifestan-tes acusam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de desviar recursos públi-cos que seriam investidos na merenda escolar.

O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) será o relator do proces-so de impeachment contra Dilma Rousseff no Senado. Só que ele é acusado pelo Ministério Público Federal de praticar “pedaladas” en-quanto foi governador de Minas Gerais.

que ocorreu em Honduras e no Paraguai com as destitui-ções dos presidentes Manuel Zelaya, em 2009, e Fernando Lugo, em

2012. “Agora, a mesma me-todologia, que não necessi-ta das Forças Armadas, está

sendo utilizada aqui no Brasil. A metodologia é a mesma, não há va-riação com o golpe de

estado nesses países. Países que que-rem mudar as coisas com po-

líticas sociais são alvo dessa políti-ca de tratar de in-terromper o pro-cesso democrá-tico.” (ABr)

PROTESTO O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e outros grupos integrantes da Frente Povo Sem Medo promoveram atos de bloqueio de vias em nove estados do país, na quinta-feira (28). A ação é contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

FRASE DA SEMANA

Div

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ção

disse o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica. Ele participou de uma entrevista coletiva no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Os únicos derrotados são os que deixam de lutar

CHEQUE ESPECIALJuros chegam ao recorde de 300,8% ao ano

A taxa de juros do che-que especial chegou ao recorde de 300,8% ao ano, em março, de acor-do com dados do Banco Central (BC) divulgados na quinta-feira (28). A sé-rie histórica do BC tem início em julho de 1994. De fevereiro para março, a taxa subiu 6,9 pontos percentuais.

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mandouBEM ACIDENTE DE

TRABALHOMais de 704 mil pessoas sofreram acidentes em 2014

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social mos-tram que 704.136 pessoas sofreram acidentes de tra-balho em 2014. Segundo o coordenador-geral da pes-quisa, Alexandre Zioli, o número absoluto de noti-ficações está praticamente estável, inclusive com uma queda em 2014. Entretanto, proporcionalmente, os aci-dentes vêm diminuindo, já que a base de trabalhado-res está aumentando.

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Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Geral l 3

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Por Victor Ohana,de Seropédica

Temos duas opressões: o machismo e o racismo. Numa mulher negra, essas opressões se unem Maria Carolina Oliveira, 19 anos, estudante e feminista

4 | Mundo

A Universidade Federal Ru-ral do Rio de Janeiro (UFR-

RJ), em Seropédica, na Baixa-da Fluminense, suspendeu as aulas por um dia na última quarta-feira (27) com um mo-tivo: o Dia de Luto e Luta pela vida das mulheres e pelo fim da violência. O dia sem aulas foi uma conquista do movimen-to feminista “Me Avisa Quan-do Chegar”, formado por es-tudantes que lutam contra os casos de estupro ocorridos na Universidade. Com as aulas suspensas, o movimento rea-lizou debates com mulheres e homens sobre o machismo na instituição e na sociedade.

As estudantes da Rural já li-dam com o machismo des-de quando entram na Uni-versidade, no período de tro-tes e de festas. Mas, para a es-tudante de Educação do Cam-po Luana Vitorio, de 20 anos, o machismo está presente tam-bém nas salas de aula. “O ma-chismo está na relação entre professor e aluna. Também está na forma como os funcio-nários nos tratam. Além dis-

UFRRJ suspende aulas por um dia para debater feminismoEm Dia de Luto e Luta pelas mulheres na Universidade Rural, movimento “Me Avisa Quando Chegar” discute machismo

so, com a falta de segurança, e como não temos carro, cor-remos sempre o risco muito alto de sermos estupradas an-dando na faculdade”, diz a in-tegrante do movimento.

Se ser mulher e universitá-ria já é difícil, ser mãe pode prejudicar ainda mais a alu-na que deseja continuar nos estudos. Suelem Predes, de 30 anos, estuda Geologia e tem dois filhos: Daniel, de 2 anos, e João Miguel, de 4. Para ela, o machismo tam-bém justifica a falta de estru-tura na Universidade. “Não

temos uma creche univer-sitária. Isso é um problema para alunas e funcionárias que são mães”, diz Suelem.

MULHERES NO TRABALHOO machismo no mundo do trabalho também é um dos temas de debate do movi-mento. Para a estudante de Geografia Maria Carolina Oli-veira, de 19 anos, a mulher é inferiorizada nesse campo. “Um dos grandes problemas que eu vejo é achar que a mu-lher não vai ser capaz, não vai ter competência para execu-tar algum trabalho simples-mente pelo fato de ser mu-lher. Não somos criadas para sermos líderes, e quando che-gamos nesses cargos, isso in-comoda”, opina a aluna.

Para ela, a opressão con-tra a mulher é maior quan-do ela é negra. “Temos duas opressões diferentes: o ma-chismo e o racismo. Quan-do você encontra uma mu-lher negra, essas opressões se unem. Portanto, nós, mu-lheres negras, somos mar-ginalizadas, estamos na pe-riferia, e temos uma dificul-

dade maior de nos colocar-mos no espaço de trabalho”, comenta Maria.

Por fim, a ativista também explica a ligação entre o ma-chismo e o capitalismo. “De fato, a opressão contra a mu-lher surge antes do capita-lismo. Mas acho que o capi-talismo se apropria dessas opressões para intensificá-las e poder lucrar em cima de-las”, completa.

HOMENS CONTRA O MACHISMOEmbora a luta contra o ma-chismo deva ser protagoni-zada pelas mulheres, já que

são elas que sofrem a opres-são direta, é necessário in-cluir os homens nesse deba-te. Essa é a opinião da inter-nacionalista e mestranda em Ciência Política Nicolle Ber-ti, de 24 anos. “Acho que es-sas opressões não atingem só as mulheres, mas também os homens, de certa forma. Eles também têm essa carga de precisarem sempre ser muito másculos, ter que levar a comida para casa e não poderem ser frágeis. Portanto, debater o machismo com os homens é importante porque isso também os liberta”, justifica Nicolle.

Crédito: Mídia Ninja

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 20164 | Cidades

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Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Há três anos, o jornal Bra-sil de Fato circula pelas

ruas do Rio de Janeiro trazen-do uma visão popular dos fa-tos aos cariocas. Distribuído de forma gratuita em locais de alta circulação de trabalha-dores, como metrô, central de ônibus, trens e barcas, o jornal se consolida como referência na capital e região metropoli-tana, disputando espaço com os grandes veículos de comu-nicação da cidade. Em seu terceiro ano de circulação, o tabloide, que começou com uma edição semanal e passou a circular duas vezes por se-mana, será ampliado em bre-ve para três edições semanais. Até o final do ano, a expecta-tiva é de que o jornal passe a circular diariamente.

Lançado no 1º de maio de 2013, dia do trabalhador, o Brasil de Fato RJ foi criado a partir da articulação de mo-vimentos populares e organi-zações políticas com o objeti-vo de pautar as demandas lo-cais e cotidianas da popula-ção. Entre os principais orga-nizadores está o Movimen-to dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que forma o conselho editorial do jor-nal com outras organizações. Anterior à edição regional, existia um Brasil de Fato que circulou nacionalmente por 12 anos nas principais capi-tais, desde 2003.

“O lançamento do regional

Brasil de Fato completa três anos nas ruas do RioEm 2016, o jornal, que circula duas vezes por semana, será ampliado para três edições semanais

no Rio foi um passo a mais para dialogar com as demandas lo-cais. A ideia era lançar um jor-nal bonito, enxuto, que as pes-soas tivessem gosto de ler e se identificassem com as pautas, que vão desde futebol, comida, novelas até discussão sobre po-lítica nacional”, explica Joaquin Piñeiro, membro da coordena-ção nacional do MST, acrescen-

tando que o Brasil de Fato ca-rioca inicia atividades em meio às reivindicações de junho de 2013, em que a população pe-diu principalmente por trans-porte público de qualidade, fim da violência nas favelas e   ga-rantia de direitos.

O tabloide carioca foi o pri-meiro da série de regionais do Brasil de Fato que estão se es-

palhando pelo país. Hoje há edições impressas também em Minas Gerais, Paraná, Per-nambuco e Ceará. “É um pro-jeto nacional de fazer jornal popular. Aqui no Rio temos grande receptividade das pes-soas, dá para perceber no mo-mento da distribuição: mui-tos voltam para pegar quan-do veem que é o Brasil de Fato e outros sugerem pau-tas que gostariam de ler. Certa vez, atrasamos a distribuição e no dia seguinte várias pessoas perguntaram preocupadas so-bre o que tinha acontecido”, lembra Rodrigo Marcelino, in-tegrante da Consulta Popular.

Hoje, para que o tabloide passe a ter três edições sema-nais e aumente a tiragem para 100 mil exemplares, o Bra-sil de Fato conta com o apoio da Federação Única dos Pe-troleiros (FUP), Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ), Central Única dos Trabalha-dores (CUT-RJ), Sindicato dos

Engenheiros do Rio de Janei-ro (Senge-RJ), Prefeitura de Maricá, além de novos apoia-dores como o PCdoB, Central dos Trabalhadores do Bra-sil (CTB) e Sindicato dos Tra-balhadores do Comércio (SE-C-RJ). Além das articulações políticas, o projeto do Brasil de Fato no Rio se tornou pos-sível também pelo suporte que recebeu do comunicador popular Vito Giannotti, mem-bro do conselho editorial do jornal, falecido em 2015. “Seu

nome é um grande exemplo que nos inspira cotidiana-mente. Vito atacava em várias frentes: ensinava sobre jorna-lismo nas reuniões de pautas, conhecia praticamente todas as fontes dos movimentos po-pulares do Rio e ainda con-tribuía semanalmente com a distribuição dos jornais às 5h da manhã na Tijuca”, conclui a editora do Brasil de Fato do Rio, Vivian Virissimo.

Reunindo o conteúdo dos tabloides impressos, o Bra-sil de Fato conta também com uma versão online, que é abastecida com notícias de todo o país. No último mês a página online (www.bra-sildefato.com.br) foi refor-mulada e passou a apresen-tar novos aplicativos, agenda das lutas populares e um am-biente mais interativo.

Fotos: Pablo Vergara

Reunindo o conteúdo dos tabloides impressos, o Brasil de Fato conta também com uma versão online

Projeto se tornou possível pelo suporte que recebeu de Vito Giannotti

O tabloide carioca foi o primeiro da série de regionais do Brasil de Fato que estão se espalhando pelo país

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Cidades l 5

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André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Alexandro Auler

A hora do almoço é sem dúvida uma das me-

lhores para o trabalhador. Além de descansar por um curto tempo antes de retor-nar ao serviço, é também o momento de encher a bar-riga. Para alguns, é tam-bém a hora de almoçar uma comida deliciosa pagan-do menos que nos restau-rantes que estão espalha-dos pelo centro. Quem tem fome e pode dar uma volta no Largo da Carioca perce-be as diversas possibilida-des de temperos e sabores oferecidos pelos vendedo-res de quentinha que ficam nas proximidades do lugar.

Morador do Morro da Pro-vidência, também no centro, Teovam Azevedo, de 61 anos, acorda todos os dias às 4h30 para começar a preparar as cerca de 60 quentinhas que vende no centro a partir das 11h30. Para transportar a co-mida, ele usa sua bicicleta, que também virou sua mar-ca. Já são 18 anos venden-do as quentinhas, que atual-mente custam sete reais. “Eu supero todas as dificuldades com Deus. O bom do meu trabalho é que, além de con-quistar minha renda, eu ain-da levo alegria para as pes-soas com minha comida”, diz.

Com o passar dos anos, mais que clientes, ele fez

Quentinhas do centro: deliciosas e baratasNa hora do almoço, cariocas buscam alternativas para comer bem e gastar menos

amigos. Pessoas que não dei-xam um só dia de experi-mentar as novidades de Teo-vam, que garante que cozi-

nha com alegria e esse é o se-gredo de seu tempero. A pro-motora de vendas Nilda Ma-ria, de 54 anos, é uma dessas clientes fiéis. Segundo ela, já são mais de oito anos que não abre mão da comida pre-parada pelo morador da Pro-vidência. “É muito gostosa e barata. Além de tudo ele ain-da virou um amigo, sempre nos trata com respeito e ain-da tem um tempero muito bom”, conta a trabalhadora.

O cardápio vai variando de acordo com os dias. Peixe,

O bom do meu trabalho é que, além de conquistar minha renda, eu ainda levo alegria para as pessoas com minha comidaTeovam Azevedo

Antônio Carlos inova ao aceitar cartão de débito e crédito como pagamento

carne de boi e frango são al-gumas das opções. O desta-que é para a feijoada especial, que é servida todas as sextas.

CRÉDITO OU DÉBITO?Para outros vendedores, a criatividade não está apenas no cardápio. A inovação vem também na hora do cliente pagar a conta. Antônio Carlos, de 57 anos, largou o trabalho como vendedor de seguros há oito anos para fundar a Tem-pero Capixaba, sua marca de quentinhas. Além do paga-

mento em dinheiro, os con-sumidores ainda têm a opção de pagar no cartão de crédito, débito e em vale alimentação. Os almoços custam entre R$ 10 e R$ 12, dependendo do ta-manho da refeição.

“Eu adoro cozinhar e as pessoas gostam. Receber o pagamento em cartão é dar mais uma oportunidade às pessoas de provarem o meu tempero”, comenta Antônio Carlos. Ele revela também que seu filho está preparan-do um aplicativo para que os clientes possam pedir a co-mida sem precisar ligar ou ir até o local onde vende.

CLIENTE FIELDas cerca de 100 quentinhas que vende todos os dias, An-tônio Carlos já tem clien-tes que não comem em ou-tro lugar. Rosana Henrique, de 43 anos, trabalha próximo ao Largo da Carioca e cami-nha todos os dias pouco an-tes do meio dia para com-prar dois almoços. O primei-ro ela come ainda no serviço e o segundo leva para seu fi-lho de seis anos. “Ele é mui-to higiênico e a comida dele é deliciosa. Sempre levo pra o meu filho também, que é fã da carne assada com macar-rão que o Antônio faz”, conta.

Teovam Azevedo usa sua bicicleta para transportar suas quentinhas

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 20166 | Cidades

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Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)

Uma rotina de aprendiza-do, discussão política e

atividades culturais faz par-te dos bastidores da ocupa-ção das escolas por estudan-tes da rede pública estadual do Rio de Janeiro.

Em Benfica, a Escola Com-positor Luiz Carlos da Vila, da rede estadual, completa na próxima sexta-feira qua-tro semanas de ocupação. Lá os alunos têm uma progra-mação extensa. Durante toda a semana os alunos recebem aulas, palestra e participam de oficinas com professo-res, especialistas e profissio-nais de áreas diversas. Sem-pre com foco na formação ci-dadã e acadêmica, e, claro, de olho no Enem e no vestibular.

“A gente tem aula de litera-tura, biologia, filosofia, mas também de audiovisual, e muitos outros temas e maté-rias. O que mais aprendemos nesse tempo foi trabalhar em equipe. Tudo o que a gen-te faz é decidido em grupo”, conta a aluna Maria Beatriz Salustino, de 17 anos. Cer-ca de 30 estudantes ocupam, permanentemente, a Escola Compositor, em Benfica.

Segundo Bia, como é co-nhecida entre os colegas, a ideia agora é aproximar mais a escola da comunida-de. No dia 7 de maio os alu-nos vão realizar uma feijoa-da com roda de samba. To-dos os moradores estão con-vidados. O preço é 6 reais ou 1 kg de alimento.

Localizada entre as comu-nidades de Manguinhos, Ja-carezinho e Mandela, a es-cola Compositor foi inaugu-

rada em 2009. Ela fazia par-te das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal.

Professora de sociologia, Lu-cília Aguiar tem acompanha-do de perto a ocupação na Compositor e conta o que viu. “A escola passou por um pro-cesso de precarização desde o meio do ano, desde que mu-dou a direção do colégio. O di-retor age de forma truculenta e agressiva tanto com os profes-sores quanto com os alunos”, conta a professora.

Segundo a professora Lu-cília, desde o início do ano letivo, a Compositor Luiz Carlos da Vila não teve ne-nhuma semana sem inter-rupção de aula, devido ao constante corte no forneci-mento de água.

ESCOLAS EM LUTASegundo informações dos próprios alunos, cerca de 73 escolas estão ocupadas nes-se momento na região me-tropolitana do Rio de Janei-ro. Entre as pautas comuns de todas essas escolas estão

a melhoria na infraestrutura e o diálogo mais democráti-co com a direção das escolas.

As ocupações começa-ram depois que os professo-res decretaram greve na rede estadual de ensino. A princi-pal reclamação são os baixos salários, atrasos nos paga-mentos e as péssimas con-dições de trabalho, causadas pelo sucateamento das es-colas públicas.

Um dos primeiros ocupa-dos, o Colégio Estadual Chi-

co Anísio, no Andaraí, foi uma das surpresas nesse mo-vimento de mobilização das escolas. Isso porque a esco-la recebe recursos privados do Instituto Ayrton Senna e tem uma estrutura melhor do que a maioria das institui-ções de ensino público.

“A primeira coisa que disse-ram os alunos do Chico Anísio foi: porque todos os estudan-tes não têm o que nós temos no nosso colégio?”, afirma a professora Lucília Aguiar.

Aquele professor ou profis-sional que desejar dar aulas de forma voluntária deve ir até uma dessas escolas ocu-padas ou encontrar suas pá-ginas no Facebook buscan-do pelo nome da escola e as-sim se candidatar. Os alunos têm uma agenda onde orga-nizam os “aulões” e convo-cam os demais estudantes para assistir.

A gente tem aula de literatura, biologia, filosofia, mas também de audiovisual, e muitos outros temas e matériasMaria Beatriz Salustino, estudante

Estudantes já ocupam 73 escolas no RioAlunos convocam a comunidade para participar de atividades e promovem “aulões”

Ocupações nas escolas estaduais criam agenda educativa e cidadã

Durante ocupações, alunos trabalham para melhorar as escolas

Alunos reivindicam melhorias nas estruturas das escolas e diálogo democrático com os diretores

Fotos: Pablo Vergara

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Venezuela: oposição quer destituir presidente da RepúblicaOs opositores do gover-

no de Nicolás Maduro iniciaram o recolhimento de assinaturas para pedir que o mandato do presidente ve-nezuelano seja revogado. Se-gundo a Constituição do país, para abrir um processo de impedimento é preciso reco-lher a assinatura de 1% dos eleitores registrados.

O ex-candidato à presidên-cia Henrique Capriles Ra-donski, derrotado nas últimas eleições, disse que em breve

Divulgação

Central do Trabalhadores Argentinos

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FRANÇA Milhares de pessoas protestaram, em mais de dez cidades francesas, contra a tentativa do governo de François Hollande de retirar direitos dos trabalhadores. Desde abril as centrais sindicais do país tentam barrar o projeto de reforma das leis trabalhistas, que prevê uma série de retrocessos nos direitos conquistados nos últimos anos.

Ex-presidente do Para-guai, Fernando Lugo con-cedeu uma entrevista ao canal Russia Today, na qual fez um alerta. “Caso seja aprovado o impeachment, o caso do Brasil pode se es-tender a outros países da América Latina”, afirmou.

Lugo foi destituído em 2012 pelo Congresso pa-raguaio, em um processo que demorou menos de 24 horas. Ele afirma que o processo de impeachment contra Dilma “pode até ser legal, mas não é legítimo”.

Como possíveis exem-plos de destituição, Lugo cita os casos do presiden-te da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Cor-rea, que sofreram tentati-vas de golpe de Estado.

Argentina: Senado aprova lei que proíbe demissões

PARAGUAIFernando Lugo: “impeachment pode se estender pelo continente”

O Senado argentino apro-vou, na semana passada, um projeto de lei que proí-be empresas e o governo de demitirem funcionários nos próximos 180 dias. Foram 48 votos a favor e 16 contra.

A aprovação da proposta, impulsionada por vários par-tidos, foi a primeira derrota do governo Mauricio Macri no Congresso argentino.

O projeto determina o pa-gamento de uma indeniza-

Derrotado nas eleições, Capriles agora quer derrubar Maduro

Trabalhadores protestam contra demissões na Argentina

a oposição terá as assinaturas necessárias para abrir o pro-cesso contra Maduro.

PRÓXIMOS PASSOSSegundo o opositor, as assina-turas poderão ser entregues ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nessa segunda-feira (2).

A coleta de assinaturas é o primeiro passo para pedir o início de um processo destina-do à realização de referendo revogatório do mandado do presidente. O segundo passo

ção em dobro aos trabalha-dores demitidos sem justa causa ou sua imediata rein-corporação à empresa.

“Com este projeto estamos reafirmando a Constituição Nacional, que está aí para ser cumprida e garantir os direi-tos de todos os trabalhado-res”, disse o presidente da Co-missão de Trabalho e Previ-dência Social, Daniel Lovera.

No entanto, os defensores da proposta lembram que a medida não será válida para postos de trabalho criados depois de dezembro de 2015. O projeto passará agora para a Câmara dos Deputados. (OperaMundi)

consiste na coleta de 20% das assinaturas dos eleitores. Isso irá respaldar o pedido feito às autoridades eleitorais.

A oposição estima que, uma vez cumpridas todas as eta-pas legais necessárias, o refe-rendo ocorra entre setembro e novembro deste ano.

Os chavistas afirmam que a oposição, comandada por empresários, nunca aceitou as políticas de distribuição de renda do atual governo venezuelano. (Abr)

Force Ouvrière

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 20168 | Mundo

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O drama carioca é ver homens de preto, quase todos pretos, matando homens pretos

O país precisa entender que não existe democracia plena sem direitos humanos

Divulgação

Brasil de Fato - Passados quase oito anos da CPI das Milícias, o que mudou?Marcelo Freixo - A CPI das Milícias foi um marco no combate ao crime organizado no Rio e uma iniciativa funda-mental para a defesa dos Di-reitos Humanos. A atuação das quadrilhas vitimiza prin-cipalmente a população mais pobre, moradora de áreas to-talmente desassistidas pelo poder público. É o que acon-tece atualmente nos condo-mínios do programa Minha Casa, Minha Vida, na perife-ria da zona oeste. Milhares de famílias são abandonadas em áreas distantes, sem a mínima infraestrutura urbana – trans-porte, saúde, educação, sa-neamento, trabalho. A omis-são do Estado é preenchida pelas milícias, que exercem o poder de forma tirânica.

Nós apresentamos no re-latório final da CPI uma sé-rie de iniciativas que o po-der público pode adotar para cortar as fontes de financia-mento das quadrilhas. O re-latório foi apresentado aos poderes Legislativo, Execu-tivo e Judiciário do Estado do Rio e do país. Mas muito pouco foi feito.

“Milícias se espalharam pela cidade do Rio”, diz FreixoEntrevistamos o deputado para saber o que mudou desde a instalação da CPI das Milícias, em 2008, que levou diversos políticos para a cadeia e desmontou quadrilhas

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Brasil de Fato - Alguns leitores denunciam uma guerra entre milicianos e traficantes em Jacarepaguá. Como é possível resolver essa situação?Como afirmei anteriormente, milícia é máfia, é preciso com-preender que ela se sustenta através de uma base econômica e política que se mistura ao Esta-do. É preciso que haja trabalho

de inteligência, para identificar os membros e chefes das qua-drilhas, e políticas públicas que cortem as fontes de poder po-lítico e econômico dos grupos.

As milícias elegem vereadores e deputados, formam currais eleitorais, impõem-se através do terror. Se o problema não for encarado com a comple-xidade que ele exige, não con-seguiremos avançar. As milí-cias se espalharam pela cida-de. E vários outros Estados so-frem com o problema.

Brasil de Fato - Existe inte-resse do PMDB em acabar com as milícias?Jerominho, que controlava a principal milícia junto com o ir-mão Natalino Guimarães, era vereador pelo PMDB. Milícia é sempre governo, nunca oposi-ção. Ela precisa estar dentro dos mecanismos do poder para se alimentar e se perpetuar. O po-der local que elas detêm é usa-do como moeda de troca po-lítico-eleitoral. As quadrilhas controlam amplos territórios e formam currais eleitorais atra-vés de ameaças e terror. Esse domínio é negociado.

Brasil de Fato - Qual é sua avaliação da política de se-gurança pública aplicada no estado do Rio?É trágica. Temos a política que mais mata e mais mor-re. O drama carioca é ver

homens de preto, quase to-dos pretos, matando ho-mens pretos. Temos núme-ros altíssimos de autos de resistência, que são as mor-tes decorrentes de ações policiais. O Rio de Janeiro assiste a um extermínio da

juventude negra das fave-las. A Comissão de Direitos Humanos atua no atendi-mento a essas famílias e às famílias de policiais assas-sinados. Não há vencedores nessa história. A política de guerra às drogas fracassou.

Brasil de Fato - Diante dos problemas apontados aqui na entrevista, como é possí-vel resolver essas questões?Acho que respondemos ante-riormente. Precisamos criar uma cultura de direitos. O país precisa entender que não existe democracia plena sem direitos humanos. A defesa da dignidade humana preci-sa ser o valor central da de-mocracia e de qualquer po-lítica pública. É uma mudan-ça de olhar sobre o mundo e sobre o outro. É uma luta di-fícil, mas urgente e necessá-ria. É um esforço pedagógico, de diálogo e convencimento permanente.

ENTREVISTA | Marcelo Freixo, deputado estadual (PSOL/RJ)

"A omissão do Estado é preenchida

pelas milícias, que

exercem o poder

de forma tirânica"

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Entrevista l 9

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O quê: Feira de itens orgânicos comercializa verduras, frutas e legumes livres de produtos químicos como os agrotóxicos, muito nocivos à saúde. Tudo de produtor para consumidor.Onde: Clube Mackenzie – Rua Dias da Cruz, 561, Méier.Quando: Todo sábado, 8h.Quanto: 0800

O quê: Festa anima público com muito pagode e conta com a participação do grupo Sonho D’ Moleque e DJ Túlio. Espaço oferece sinal de wifi.Onde: Casa Marrom Show – Rua Muniz Barreto, 400, próximo à praça Vila de Cava, Nova Iguaçu.Quando: Sábado (7), 22h.Quanto: 0800 O quê: Festa tem

apresentação de pagode ao vivo com Vinícius Soares e ainda conta com MC Juninho da 10 e MC Matheuzinho. Onde: Associação de Moradores de Manguariba – Rua 5, Manguariba. Quando: Sábado (7), 22h.Quanto: R$ 5 (fem), R$ 20 (masc)

O quê: Peça de teatro conta história de Laurindo, tocador de cuíca, carioca e irreverente, criado pelo artista Noel Rosa. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: De quarta a domingo, 19h.Quanto: R$ 20 (R$ 10 meia)

O quê: Baile flashback e charme promete muita animação e nostalgia ao relembrar antigos bailes das décadas de 70 e 80, com a participação do DJ Romulo Tostes.Onde: S.D.P. Filhos de Talma – Rua do Propósito, 20, Gamboa.Quando: Sábado (7), 20h. Quanto: R$ 5

O quê: Banda famosa por misturar rock, funk, pop, jazz, frevo, samba e maracatu se apresenta em evento que também conta com participação da DJ Carol Farah.Onde: Clube Social do km 47 – Rua Universitária, s/n, Seropédica.Quando: Quarta (4), 22h.Quanto: De R$ 15 a R$ 20

O quê: Espetáculo de circo da Companhia Bruno Carneiro questiona o tempo que dispomos para realizar nossos sonhos e construir uma história. Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: Terça-feira (3), 19h.Quanto: 0800

Orquestra VoadoraTempo

Feira Orgânica do Méier

Talma Flashback e Charme das Mães

Trem Louco A Cuíca de Laurindo

Pagode do Marrom

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O quê: Quarta edição do baile Sociedade do Charme tem participação de DJs como Iones Lindesay, Serginho Flashback, Guto DJ, entre outros.

Onde: Grêmio Esportivo Rocha Miranda – Avenida dos Italianos, 282, Rocha Miranda.

Quando: Sábado (7), 17h.

Quanto: 0800

Sociedade do Charme

por e-mail

Receba o www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

AGENDA CULTURAL DA SEMANA

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 201610 | Cultura

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Gerida por travestis e transexuais, a Casa Nem vem abalando as noites com festas e com diversos debates

Rua Moraes e Vale. Naquela estreita rua, os belos casa-

rões ajudam a contar a histó-ria do bairro mais boêmio do Rio de Janeiro: a Lapa. Sem es-quecer o passado, um conjun-to de mulheres têm transfor-mado o presente de muitas vi-das. Gerida por travestis e tran-sexuais, a Casa Nem vem aba-lando as noites com festas e os dias com diversas oficinais, de-bates e reuniões. Um espaço democrático que recebe a di-versidade de braços abertos e onde o preconceito não pode entrar. Em todas as atividades, pessoas trans não pagam.

A mineira Luciana Vascon-celos, de 36 anos, é uma das várias mãos que constroem a Casa Nem. Mulher negra e transexual, sua história com o projeto teve início ano pas-sado, quando chegou para ser uma das alunas do “Prepara Nem”, pré-vestibular voltado a pessoas transexuais e em si-tuação de vulnerabilidade so-cial. Mais que uma das prepa-radas pelo cursinho, ela logo assumiu uma série de tarefas no grupo e foi uma das res-ponsáveis pela consolidação da Casa Nem, em funciona-mento há poucos meses.

Luciana relembra sua pri-meira entrevista ao Brasil de Fato, em agosto de 2015. “Eu lembro quando falei com vo-cês pela primeira vez. Tínha-mos muitos sonhos naque-la época que agora conse-guimos realizar. Agora já es-tamos sonhando com novos projetos para, mais do que transformar a vida das pes-soas trans, disputar a socie-dade e exigir nosso respeito. Hoje temos uma casa com vários cursos e vamos con-tinuar correndo atrás de ou-tros objetivos”, conta.

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Casa Nem: a preparada da LapaAdministrado por travestis e transexuais, o lugar mistura oficinas, shows, debates e transformação de realidades

Casa Nem Rua Moraes e Vale, 18 - LapaFacebook: Casa Nem

OFICINASCorte e costura, aula de libras (língua brasileira de sinais), capoeira, fotografia e história da arte são alguns dos cursos que já ocupam a programa-ção da Casa Nem. E a tendên-cia é só crescer e expandir. O Prepara Nem, pré-vestibular do grupo, teve início no cen-tro do Rio e agora também tem aulas na zona oeste, na Favela da Maré e em Niterói. Para manter tudo isso, de-zenas de professores volun-tários e apoiadores dão seu suor para seguir adiante.

Loira e jovem, Tertuliana Lustosa, de 19 anos, é uma das professoras de história da arte. Também mulher transexual, ela destaca a importância do espaço. “A gente começou o projeto com o pré-vestibular, mas não era suficiente. Agora nós temos uma casa que pos-sibilita o acesso de pessoas trans ao que sempre nos foi rejeitado, como casa de festas e participar de oficinas. O que acontece aqui é uma rede de produção e é isso que ganha-mos”, revela a docente.

PODER TRANS Histórica militante pelos di-reitos humanos, Indianara Siqueira é uma das idealiza-doras dos projetos. Ela lem-bra que a luta é para conquis-tar espaço na sociedade, que ainda desrespeita as pessoas trans. “Quando falamos que nós trans temos direito a fa-lar, temos direito à política, quando a gente se empodera perante a sociedade, vamos

conquistando nossos espa-ços. Uma vai empoderando a outra, como numa corren-te, e aí teremos voz e elas se multiplicarão”, disse ao des-tacar que uma das estratégias para isso é a disputa do parla-mento e do executivo.

Para ajudar ao projeto, doações financeiras, móveis e alimentos podem ser entre-gues na sede da Casa Nem.

Em todas as atividades da Casa Nem, pessoas trans têm entrada gratuita

Fotos: Alexandro Auler

Casa Nem promove festas, oficinais, debates e reuniões

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Cultura l 11

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12 | Opinião

Midia Ninja

OPINIÃO | Tico Santa Cruz

A quem interessa esse caos que foi criado após a derrota de Aécio Neves nas últimas eleições? Que setores estão interessados na perda de direitos con-quistados pelos trabalha-dores nos últimos anos?

Como e por quem o povo vem sendo informado? É im-portante que façamos essas perguntas antes de tomar-mos qualquer posiciona-mento contra ou a favor do processo de impeachment.

Se não formos capazes de responder de forma clara tais questões, há um grande risco de estarmos sendo manipulados e agin-do a serviço de interesses que não são os nossos.

É possível ser crítico do governo sem colocar em jogo nosso bem mais pre-cioso, que é nossa demo-cracia. Política nada mais é do que o diálogo entre par-tes que possuem pensa-mentos diferentes. Se não há esse canal de troca de ideias, então estamos ca-minhando para a guerra.

Com o Congresso Nacio-nal de hoje, será que con-seguiremos alguma mu-dança real?

Um ditador romano cha-mado Júlio César tinha

uma mulher chamada Pom-peia, de quem ele se divor-ciou alegando que ela não deveria apenas ser honesta, mas parecer honesta.

O mundo é machista e o privilégio sobre a reputação é inevitavelmente dos homens, por isso não se especula sobre a moral dos esposos.

Tem uma pergunta bem sé-ria que precisamos respon-der antes de mais nada. Por que a mulher de Temer apa-rece agora nesse momento de caos político? Ora, porque esse é o momento do golpe de Temer, Cunha e vários ou-tros políticos e organizações, contra Dilma.

Todo mundo sabe que isso é muito feio. E como o jogo político é também estético, nada melhor do que tentar melhorar a imagem do vice-presidente golpista.

O que se quer, portanto, com o perfil que usou os ad-

Só nos resta resistir

RESISTÊNCIA POPULAR A resposta é não. Dilma deve resistir até o seu últi-mo recurso e o povo deve pressionar o Congresso para que possamos mu-dar a pauta do impeach-ment para a Reforma Polí-tica urgente. Nada de novo acontecerá se não for real-mente através de pressão das forças populares.

Anote aí: nos 180 dias após o afastamento de Dilma pelo Senado, Te-mer e sua gangue vão retirar todos os direitos possíveis do trabalhador. Vão mexer no salário mí-nimo, na previdência, na saúde, na educação e, quando o povo se der conta de tudo isso, será tarde demais.

Ou inviabilizamos o “go-verno Temer” ou teremos um grande retrocesso com a “ponte para o passado”, que o PMDB, junto com o PSDB, vai implementar nos próximos meses.

Resistência até o fim.

Tico Santa Cruz é músico, vocalista da

banda Detonautas

Há machismo em todas as classes sociais, mas, no caso de Marcela, quer se vender a ideia de que ela é uma madame feliz

Márcia Tiburi

jetivos “bela, recatada e do lar” como qualificação da es-posa de Temer?

Marcela Temer segue um padrão antigo de ideal de mulher, de ideal de primei-ra dama. É muito perigo-so quando tentam transfor-mar alguém em “ideal”. Evi-

dentemente, Marcela apare-ce como um capital político nesse momento, para o des-botado vice-presidente.

Usa-se Marcela, mulher de Temer, para tentar melhorar a imagem do vice-presiden-te. Ao se dizer que ela é “bela,

recatada e do lar”, o que para muita gente pode significar sem graça, como repercu-tiu nas redes sociais, quer-se dizer que o vice-presidente também tem algo de “belo” e de “recatado”. E, como não se pode dizer que seja “do lar”, quer-se dizer que é um ho-mem de família.

Temer tem uma mulher que fica em casa, coisa que poucas mulheres fazem hoje em dia, a não ser quando são oprimidas por maridos. Há machismo em todas as classes sociais, mas, no caso de Marcela, quer se vender a ideia de que ela é uma ma-dame feliz.

Aqui, podemos lembrar que, se a mulher de César precisava parecer honesta, a de Temer precisa só pare-cer uma boneca inflável, ar-rumadinha e contente com seu destino.

Márcia Tiburi é filósofa e professora

Quanto vale a imagem bela e recatada de Marcela?

Marcela é usada para melhorar a imagem de

Temer

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

A resistência precisa vir das ruas e da população brasileira

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016

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Variedades l 13

Berinjela à marguerita

Ingredientes• 2 unidades de

berinjela cortadas em rodelas com 2 cm de espessura

• 1/4 xícara (chá) de molho de soja (shoyu)

• 1 xícara (chá) de azeite de oliva

• 4 unidades de tomate sem pele e sem sementes picados

• 200 gramas de queijo mussarela ralada grossa

• 1/2 xícara (chá) de azeitona pretapicadas

• sal a gosto

• folha de manjericão a gosto

Modo de preparoEm um refratário, distribua as rodelas de berinjela, regue com o shoyu e metade do azeite. Cubra com papel-alumínio e asse durante 30 minutos em forno, preaquecido, a 220 ºC. Em uma tigela, misture o tomate, a mussarela, a azeitona, o sal e as folhas de manjericão. Retire as berinjelas do forno e, sobre cada uma, coloque uma porção de tomate e mussarela. Regue com o restante do azeite e leve ao forno novamente até a mussarela derreter.

Divulgação

Divulgação

Ouço sempre na mídia que devemos procurar um médico se tivermos suspeita de gripe. Mas os serviços de saúde já estão todos lotados por causa da dengue. O que fazer? 

Naiana, 22 anos, secretária

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Naiana, sua preo-cupação está correta. A

gripe é uma virose  que dura cerca de uma semana,  pro-vocando sintomas como tosse, congestão nasal, febre, dor no corpo e dor de cabe-ça . Na maioria das vezes ela é autolimitada e desaparece espontaneamente, sem cau-sar grandes transtornos. O risco é maior somente para as pessoas que têm seu sis-tema de defesa mais debili-tado, como idosos, crianças menores de 2 anos, gestan-tes, portadores de doenças crônicas, etc. Em pessoas jovens saudáveis, é neces-sário procurar atendimen-

BOMBOU NA INTERNET ANDRÉ DAHMER | malvados.com.br

AMIGA DA SAÚDE

quente essa orientação de que todos devem procurar um médico, pois os servi-ços realmente estão lotados e os profissionais muito so-brecarregados.

to médico somente quando há sinais de perigo como di-ficuldade para respirar, febre muito insistente, prostração ou outros sintomas não es-perados. Me parece inconse-

Receita

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Variedades l 13

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Nesta quinta-feira (5) es-treia, na internet, uma

série de quatro episódios so-bre os impactos dos Jogos Olímpicos na vida de milha-res de cariocas que perderam suas casas, mercadorias e re-ferências desde o anúncio do Rio como sede, em 2009.

Por uma iniciativa da Justiça Global, organização atuante na questão dos direitos humanos, e da produtora Couro de Rato, chega à rede a série Contagem Regressiva. Os documentários contaram diversas histórias que se cruzam em uma única, a das violações a direitos fun-damentais do povo negro e po-bre do Rio de Janeiro.

São retratadas histórias de luta e resistência de comu-nidades removidas ou amea-çadas de despejo, de came-lôs agredidos e impedidos de trabalhar nas ruas.

O filme mostra como a pre-feitura transformou o Rio em uma cidade-negócio e con-ta histórias de homens e mu-lheres segregados por sua cor e condição social nas favelas.

TRÊS ETAPASO primeiro, que será lançado nesta semana, é sobre as re-moções violentas que ocor-rem na cidade olímpica. En-tre as histórias contadas nos filmes, está a de Jorge, que encontra o local onde fica-va sua casa, em meio ao ma-tagal, na área que se trans-formou, às margens do BRT

Série de filmes mostra outra realidade das OlimpíadasQuatro vídeos revelam o impacto da Olimpíada sobre a população negra e pobre do Rio

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Transoeste. Irmã Fátima, que lutou pela manutenção das casas da Estradinha Botafo-go, na Ladeira dos Tabajaras, na zona sul. Francis, a mu-

lher que viu a comunidade do Metrô Mangueira, onde morava, desaparecer e sua vizinhança ser obrigada a se mudar para Cosmos, na zona oeste, a mais de 50 km de dis-tância.

No mês de junho, o tema tratado pela série é o contro-le social exercido pela repres-são aos ambulantes, pela po-lítica de segurança pública do governo do estado. A mes-ma política, que transformou as favelas da cidade em áreas militares, também sujeitou ambulantes à violência e à humilhação.

Segue-se um capítulo dedi-cado à zona portuária da ci-dade, exibido a partir de ju-lho. Uma área pública da ci-dade que foi entregue para a gestão privada.

Em agosto, o último capí-tulo da série trará um episó-dio sobre mobilidade urba-na, que questiona a política de expansão do transporte para áreas menos habitadas. Além disso, condena áreas mais populosas à longa espe-ra, à superlotação e, em espe-cial, ao assédio sexual come-tido contra as mulheres que usam o serviço de transporte da cidade nestas condições.

PROBLEMA OLÍMPICOSegundo o diretor da série, Luis Carlos de Alencar, o ob-jetivo é conscientizar as pes-soas. “Queremos mostrar os impactos terríveis dos Jogos Olímpicos na vida de uma parcela significativa da popu-lação, formada especialmen-te por negros e pobres nas áreas periféricas do Rio”, diz. Outra questão levantada nos documentários é a necessida-

de destas comunidades se or-ganizarem para resistir às vio-lações de direitos cometidas em nome dos megaeventos.

Após a estreia dos quatro episódios, existe a possibilida-

de da produção de um longa-metragem sobre o mesmo as-sunto. Porém, com uma abor-dagem mais aprofundada so-bre esses temas, que provoque a reflexão sobre eles e as histó-rias de luta das personagens e a violência cometida pelo po-der público neste processo de preparação para os Jogos.

Fotos: Couro de Rato

Manifestação do MTST na praia do Leblon será

exibida em Contagem Regressiva

O diretor Luis Carlos de Alencar (à dir) com Irmã Fátima, uma das

personagens

Queremos mostrar os impactos terríveis dos Jogos OlímpicosLuis Carlos de Alencar, diretor dos filmes

São retratadas histórias de luta e resistência de comunidades removidas ou ameaçadas de despejo, de camelôs agredidos e impedidos de trabalhar

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016 Esportes l 15

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Botafogo e Vasco voltaram a se enfrentar no Maracanã, marcando o primeiro jogo de futebol no estádio em 2016, pela partida de ida das finais do Campeonato Carioca.

O primeiro tempo teve leve superioridade do Bo-tafogo, que conseguia con-ter os avanços do ataque vas-caíno e sair com velocidade para os contra-ataques. Ape-sar disso, os dois times cria-ram poucas chances de gol.

O melhor lance da primei-ra etapa foi um belo chute de fora da área de Bruno Sil-va, que obrigou Martin Sil-va a desviar a bola da meta e fazer uma grande defesa.

No segundo tempo, o jogo continuou bastante equili-brado, mas também mais aberto. Com mais espa-ço, as chances mais claras de gol começaram a sair. Ju-lio dos Santos fez boa joga-da pela direita e cruzou para Nenê, que bateu de primei-

Vasco vence a primeira na final do CariocaGol de Jorge Henrique colocou o Vasco em vantagem na decisão contra o Botafogo

Jefferson sai mal e Jorge Henrique marca gol da vitória

ra e quase abriu o placar.Pouco depois foi a vez do

Botafogo chegar com perigo. Ribamar foi lançado dentro da área e bateu cruzado de pé esquerdo. A bola passou mui-to perto do gol de Martin Silva.

Quem acabou abrindo o placar foi o Vasco. Aos 15 mi-nutos, após cruzamento da direita, o goleiro Jefferson va-cilou na saída do gol e per-deu no alto para o baixinho Jorge Henrique, que des-viou de cabeça e viu a bola morrer mansa dentro do gol.

Nove minutos depois, Sas-sá acertou a perna de Jorge Henrique com as travas da chuteira e levou cartão ver-melho direto, deixando o Botafogo com um a menos.

O Botafogo, mesmo em des-vantagem numérica, criou boas chances de empatar, uma com Bruno Silva e ou-tra com Ribamar, que parou em grande defesa de Martin Silva, garantindo a vitória do Vasco por 1 a 0. O último capí-tulo será contado no próximo domingo (8), no Maracanã.

O Leicester City, grande sensação do Campeona-to Inglês, empatou por 1 a 1 com o Manchester Uni-ted, em Old Trafford, neste domingo (1), e leva o título da competição, caso o Tot-tenham não vença o Chel-sea fora de casa nesta se-gunda-feira (2).

Leicester pode ser campeão sem jogar nesta segundaCom o empate, os Foxes

chegaram a 77 pontos, oito a mais que o Tottenham, com nove pontos em disputa pelo time londrino. Ou seja, os Spurs precisam ganhar os três jogos que restam e tor-cer para que o Leicester não some dois pontos nas últi-mas partidas que faltam.

Martial abriu o placar para os Red Devils de Manchester, enquanto o capitão jamaica-no Morgan empatou para o lí-der da competição. O próxi-mo jogo do Leicester é contra o Everton, em casa. Pode valer o título ou apenas ser um jogo festivo, dependendo do resul-tado do Tottenham. (BP)

Morgan comemora o gol contra o Manchester United

O Santa Cruz se sagrou pela primeira vez campeão da Copa do Nordeste, apeli-dada de Lampions League, a principal competição re-gional do país.

Depois de vencer por 2 a 1 o Campinense, de Campina Grande (PB), na última quarta-feira (27), no estádio do Arruda, em Re-cife (PE), o Santa Cruz foi ao estádio Amigão, na cidade do interior paraibano, com a vantagem do empate.

Como em toda a com-petição, nas duas partidas as torcidas comparece-ram em peso para apoiar suas equipes.

Divulgação Leicester City

Paulo Fernandes/Vasco

Divulgação CoralNet

Santa Cruz é o campeão da Lampions League

O Campinense saiu na frente na partida decisiva aos 25 minutos da etapa fi-nal, com gol de Rodrigão, o maior artilheiro do país no ano, com 17 gols.

No entanto, o Santa Cruz foi para o abafa e, aos 33 minutos do segundo tem-po, empatou a partida em 1 a 1, com gol de Arthur.

A partir daí, o Santa Cruz soube se defender para ga-rantir o primeiro título da competição em sua história e partir cheio de moral pa-ra cima do Sport, pelas finais do Pernambucano, além do retorno do Coral à primeira divisão do Brasileirão. (BP)

Torcida Coral faz a festa pelo título da Copa do Nordeste

16 | Esportes

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 2 a 4 de maio de 2016