Brasil de Fato RJ - 168

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RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 168 7 a 10 de abril de 2016 distribuição gratuita Divulgação Divulgação Divulgação Mídia Ninja Curta nossa página no Facebook Cerca de 250 mil moradores da Ilha do Governador não contam mais com uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para emergências. Desde a última sexta-feira (1), a unidade está em reformas e depois só atenderá crianças. O modelo de saúde no Rio de Janeiro foi alterado em 2011 e permite que empresas privadas administrem instituições públicas. No caso das UPAs, todas estão sob o comando das chamadas Organizações Sociais de Saúde (OSS). Cidades | pág. 4 Fechamento de UPAs agrava crise na saúde Cunha é citado em mais um caso de corrupção Documentos revelam que presidente da Câmara teria usado offshore para lavar dinheiro Mundo | pág. 6 Brasil| pág. 7 Especial | pág. 8 Hacker manipulou processo eleitoral na América Latina Em entrevista, Andrés Sepúlveda afirma ter interferido nas eleições do México e da Venezuela “Elite não vê como o país melhorou” Atriz Bete Mendes conversou com o Brasil de Fato no ato Mulheres pela Democracia DEMOCRACIA Cerca de duas mil mulheres se reuniram na última terça-feira (5), no Circo Voador, em um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Especial | pág. 9

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RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 168

7 a 10 de abril de 2016 distribuição gratuita

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Mídia Ninja

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Cerca de 250 mil moradores da Ilha do Governador não contam mais com uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para emergências. Desde a última sexta-feira (1), a unidade está em reformas e depois só atenderá crianças. O modelo

de saúde no Rio de Janeiro foi alterado em 2011 e permite que empresas privadas administrem instituições públicas. No caso das UPAs, todas estão sob o comando das chamadas Organizações Sociais de Saúde (OSS). Cidades | pág. 4

Fechamento de UPAs agrava crise na saúde

Cunha é citado em mais um caso de corrupção

Documentos revelam que presidente da Câmara teria usado offshore para lavar dinheiro

Mundo | pág. 6

Brasil| pág. 7

Especial | pág. 8

Hacker manipulou processo eleitoral na América LatinaEm entrevista, Andrés Sepúlveda afirma ter interferido nas eleições do México e da Venezuela

“Elite não vê como o país melhorou”Atriz Bete Mendes conversou com o Brasil de Fato no ato Mulheres pela Democracia

DEMOCRACIA Cerca de duas mil mulheres se reuniram na última terça-feira (5), no Circo Voador, em um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Especial | pág. 9

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Quinta-feira, 7 de abril, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F31Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

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e

Estamos vivendo um im-portante momento da

luta de classes no Brasil. Precisamos sair da confusão que tentam nos impor, para compreender os interesses em jogo. Ao mesmo tempo, lembrar que a polarização da sociedade sempre exis-tiu, entre índios e coloniza-dores, escravos e donos de escravos, patrões e empre-gados, pobres e ricos.

O povo sempre teve inimi-gos, e por isso até hoje o Bra-sil é muito desigual, e a maior parte da sua população não tem acesso a saúde, educa-ção, cultura, transporte, lazer, terra e moradia. Não é que faltem essas coisas no Brasil, teríamos condições de aten-der essas demandas, mas, para isso, os que detêm as ri-quezas teriam que aceitar di-vidi-las. Leis devem ser fei-tas para isso, como para taxar grandes fortunas, heranças, as especulações, imóveis va-zios, e por aí vai.

POLARIZAÇÃOPorém, os trabalhadores es-tão em uma posição desfavo-rável em nível mundial e tam-bém no Brasil. Os nossos ini-migos possuem os meios de comunicação, como a Globo, por exemplo, e setores alinha-dos no poder judiciário. Tam-bém no Congresso Nacional, os deputados e senadores fo-ram eleitos com dinheiro de grandes empresas, e, portan-

A polarização da sociedade sempre existiu, entre índios e colonizadores, escravos e donos de escravos, patrões e empregados, pobres e ricos

da especulação financeira, e são contra reformas em nos-sa sociedade. Querem reali-nhar o Brasil com os interes-ses do imperialismo dos Es-tados Unidos, retirar direitos da classe trabalhadora e cri-minalizar as lutas sociais.

Setores do judiciário e da Polícia Federal têm sido agentes políticos funda-mentais dos interesses neo-liberais. O núcleo central da Operação Lava Jato tem ob-jetivos claramente golpistas, afrontando e colocando em risco garantias constitucio-nais da democracia. Além disso, temos frações da clas-se média que foram ganhas

para o projeto de volta do neoliberalismo.

É PRECISO REAGIRSe não queremos que a crise recaia sobre os trabalhadores e os mais pobres; se não que-remos que os avanços dos úl-timos anos retrocedam; pre-cisaremos combinar a mobi-lização de massas com a am-pliação da organização popu-lar. Os trabalhadores contam, hoje, no Brasil, com a Fren-te Brasil Popular como ferra-menta de unidade e luta da classe trabalhadora. O mo-mento exige firmeza e con-fiança política na capacidade e resistência do povo brasileiro.

to, não votam conforme o in-teresse da grande maioria.

Há setores que estão deci-didos a tirar Dilma, custe o que custar. É o caso dos que se beneficiam dos juros altos,

Querem o golpe para tirar direitos dos trabalhadores

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Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 20162 | Opinião

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EM FOCO

O Ministério da Saúde al-terou os critérios para

a contratação de agentes de combate a endemias em todos os municípios brasileiros, am-pliando em 44% o número de profissionais que podem ser integrados às prefeituras com incentivo de custeio do gover-no federal.

Com o novo limite de agen-tes que podem ser empre-gados pelas prefeituras por meio da Assistência Finan-ceira Complementar, a ca-pacidade de contratação dos

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FRASE DA SEMANA

Fernando Frazão/Agência Brasil

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Saúde aumenta em 44% o número de agentes de combate ao Aedes

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O adolescente André Lodi bombou nas redes so-ciais após participar do pro-grama Altas Horas. Uma pessoa da plateia queria sa-ber se “foi um choque” quando “ele descobriu que tinha duas mães”. E ele res-pondeu com uma pergunta: “Eu não descobri, eu sem-pre tive duas mães. Quando você percebeu que tinha um pai e uma mãe?”

A Avianca mandou mui-to mal ao desrespeitar o ator Érico Brás. Ele foi retirado por agentes da Polícia Federal por representar uma “amea-ça” aos outros passageiros. O ator processará a compa-nhia aérea por racismo.

profissionais passa de 62.154 para 89.708 em todo o país. A portaria estabelece que os agentes de combate a ende-mia alcancem 800 imóveis mensalmente, sob regime de 40 horas semanais.

O número mínimo de pro-fissionais será por crité-rio populacional – cida-des com até 5 mil habitan-tes devem ter, pelo menos, dois deles; entre 5 mil e 10 mil habitantes, três; de 10 a 20 mil habitantes, quatro; e, a partir de

20 mil habitantes, cinco. Outra mudança é a necessidade de instituir um supervisor para cada grupo de dez agentes.

A previsão é que cada agente receba R$ 1.014 mensais pelo trabalho. O valor será transfe-

rido aos municípios, que efetuam o repasse ao funcionário. Os salários dos profissionais que fo-

rem inscritos na nova etapa serão pagos

com recursos or-çamentários do ministério.

Disse o cantor Criolo, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, sobre o crescimento do discurso de ódio na sociedade brasileira.

SERVIDORES33 categorias aprovam greve unificada

Os servidores estaduais declararam nesta quarta-feira (6) greve geral de 33 categorias, em assembleia unificada no Largo do Ma-chado, zona sul. O motivo principal da greve é o atra-so dos salários e a possi-bilidade do parcelamento da remuneração no mês de abril. “Mais uma vez os servidores foram para as ruas e hoje todas as ca-tegorias presentes apro-varam uma greve históri-ca”, afirma Marta Moraes, do Sindicato dos Profissio-nais da Educação (Sepe).

“Todo mundo diz que quer um Brasil melhor, mas estoura a cara do outro que pensa diferente”

CICLOVIA No último final de semana, foi inaugurado um trecho de 600 metros da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde. No total, a área de convivência terá 3,5 quilômetros de extensão em 287 mil metros quadrados, que vão desde o Armazém 8 até o Museu Histórico Nacional.

GREVEPoliciais Civis também aderem

Os policiais civis, que já estavam em estado de gre-ve, iniciam a paralisação a partir da meia-noite. O vi-ce-presidente do Sindica-to das Polícias Civis do Es-tado do Rio de Janeiro, Ál-varo Luiz do Nascimento Costa, explica que a cate-goria precisa manter, por lei, um atendimento míni-mo de 30% nas delegacias.

“Então, o atendimento vai ser reduzido e o tem-po de espera vai dobrar, no mínimo. Essa greve não é contra a população, é con-tra o descaso do governo do estado. Estamos pedin-do à população que evite ir às delegacias, a não ser em casos extremos, como um homicídio, sequestro ou assalto a residência com uma vítima. Mas, em casos de menor potencial ofen-sivo, que aguardem até a próxima semana”.

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Geral l 3

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4 | Mundo

Por meio de sua asses-soria, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que desde o dia primeiro de abril deste ano tem realiza-do uma reestruturação na rede estadual de urgência e emergência e que a UPA da Ilha do Governador foi a pri-meira a ter seus serviços pa-ralisados para a readequa-ção. Segundo o órgão, o pra-

Divulgação

Fechamento de UPAs agrava crise na saúdeCPI na Alerj deve ser instalada em breve para fiscalizar contratos de Organizações Sociais (OS)

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

zo máximo para a conclusão das obras é de 45 dias e de-pois ali será aberta uma UPA pediátrica, que atenderá ape-nas crianças de 0 a 14 anos. No entanto, a secretaria não infor-mou quais serão as próximas unidades que serão readequa-das e nem adiantou um pla-nejamento da ação. Segundo a SES, o planejamento será di-vulgado nos próximos meses.

A atitude do governo esta-dual também quer cortar o financiamento para essas entidades, estabelecendo o valor de um milhão de reais mensais para o funciona-mento de cada UPA especia-lizada, como será o caso da unidade na Ilha do Gover-nador, que terá reduzido cer-ca de R$ 800 mil em seu orça-mento mensal.

Cerca de 250 mil mora-dores da Ilha do Go-

vernador não contam mais com uma Unidade de Pron-to Atendimento (UPA) para emergências. Desde a últi-ma sexta-feira (1), a unidade está em reformas e depois só atenderá crianças. O fim des-ta UPA faz parte do plano da Secretaria estadual de Saú-de para “reestruturação” do projeto. Ou seja, UPAs de ou-tros bairros também podem ser fechadas ou ter o atendi-mento reduzido.

A atitude foi duramente cri-ticada por usuários da UPA. “Hoje apenas um hospital pú-blico faz o atendimento aqui. Apesar de precária, a unidade estava atendendo muitas pes-soas que precisavam de trata-mento”, critica Sergio Ricardo,

morador do bairro. “Em ne-nhum momento o governo sentou para conversar e ouvir nossa opinião. Soubemos do fechamento da UPA pela im-prensa”, destacou. Moradores do bairro entraram com uma ação no Ministério Público para que o órgão cobre do es-tado explicações e providên-cias sobre a saúde na Ilha do Governador.

AS “OSS”Desde 2011, o modelo de saúde no Rio de Janeiro per-mite que empresas privadas administrem instituições pú-

blicas. No caso das UPAs, to-das estão sob o comando das chamadas Organizações So-ciais de Saúde (OSS). Por meio de um contrato, o es-tado repassa mensalmen-te recursos para essas “OSS” e elas são responsáveis pelo funcionamento das UPAs.

Transferir dinheiro públi-co para instituições priva-das não é o melhor mode-lo, de acordo com a assesso-ra parlamentar Ana Carolina Souza, do mandato do depu-tado estadual Flavio Serafini (PSOL). Especialista no tema saúde, a assessora lembrou que está para ser instalada na Assembleia Legislativa (Alerj) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, que analisará, inclusive, esses contratos com as “OSS”.

“É preciso saber mais deta-lhes sobre esses contratos até para que a população pos-sa acompanhar com transpa-rência a prestação desses ser-viços. Esse modelo promete eficiência e tem uma lógica de mercado, mas as unidades es-tão cada vez mais sucateadas”, destaca Ana Carolina.

Outras UPAs também serão modificadas, diz secretaria

Reestruturação das UPAs atinge unidade na Ilha do Governador

O atual modelo de saúde no estado promete eficiência, mas as unidades estão cada vez mais sucateadasAna Carolina Souza, assessora parlamentar

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 20164 | Cidades

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Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Um ato contra o impeachment e a favor da demo-cracia, organizado pela Frente Brasil Popular, lotou o Teatro Casa Grande, na última segunda-feira (4). Este local é considerado um palco histórico da re-sistência durante a ditadura militar. Os participantes manifestaram apoio à presidente Dilma, mas tam-bém pediram mais espaço para os movimentos po-pulares no governo. No palco, cerca de 20 convida-dos se revezaram em discursos, entre eles, o filósofo Leonardo Boff, a cantora Beth Carvalho, a cineasta e atriz Bete Mendes e a atriz Tereza Seiblitz.

“Não há motivos legais para tirar Dilma”, afirmam religiosos e juristas em ato contra o golpeArtistas, intelectuais e militantes de movimentos populares também participaram de manifestação no Teatro Casa Grande, no Rio

O governo Dilma ficou dois anos só fazendo gol contra,

então, ninguém quer torcer para esse time. Mas é preciso. Nós temos a obrigação de bloquear o golpe. Estamos conseguindo reverter o jogo, mas ainda não ganhamos, porque o povo não foi às ruas. É preciso pensar em um projeto para depois da crise. Vamos exigir um novo governo Dilma. Precisamos recompor os ministérios com pessoas comprometidas com o povo.”

Quem está contra a democracia

está contra Jesus, porque a vontade do povo é a vontade de Deus. Eles não podem dizer que nosso voto não vale nada e derrubar a presidente eleita pela maioria. As vozes que se levantam contra Dilma querem flexibilizar as leis trabalhistas, tentando restabelecer a senzala. Quem quer o golpe está atacando a população pobre, as mulheres, os negros, os trabalhadores. Temos que nos posicionar. Que os vitoriosos governem”, afirmou.”

Não existirá a democracia pela qual lutamos se

a mídia continuar sendo dominada por cinco famílias. Se não conseguiram ainda derrubar o governo é porque as pessoas estão se mobilizando. É importante que a classe artística se levante, sem medo de não ter espaço na TV e nos jornais.”

Tico Santa Cruz, cantor

Ariovaldo Ramos, pastor

O congresso, que tem quase todos seus membros investigados por corrupção,

está tentando tirar uma presidente que não está envolvida em corrupção. A argumentação para o impeachment são as pedaladas fiscais, que foram utilizadas também por todos os outros presidentes. Isso não é justiça, é golpe.”

Ricardo Lodi, professor da UERJ

Saí do PT há sete anos,

mas diante dessa crise não poderia me omitir. Tivemos progressos no governo Dilma, com o reconhecimento da nossa luta e do direito dos negros, mas ainda temos muito que avançar. Precisamos continuar seguindo em frente”.

Ivanir dos Santos, babalaô

Vamos derrubar o impeachment e partir para

cima do monopólio da Rede Globo. Também não queremos mais saber do ajuste fiscal, nós queremos é o dinheiro na mão da população para fazer o Brasil crescer.”

Lindberg Farias, senador

João Pedro Stedile, do MST

EBC

Mem

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Fotos: Mídia Ninja

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Cidades l 5

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Presidente da Argentina é citado em caso de corrupção internacionalCerca de 11 milhões de do-

cumentos do escritório de advocacia Mossak Fonseca, do Panamá,vazaram e caíram nas mãos de um grupo de jornalis-mo investigativo. Esses docu-mentos denunciam dezenas de empresas fantasmas e revelam como o escritório teria auxiliado clientes a evitar o pagamento de impostos e a lavar dinheiro.

Segundo o canal britânico BBC, 72 chefes de Estado atual-mente no poder, ou que já ocu-param o cargo, são citados nos

Divulgação

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Marcelo Hide

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ação

JAPÃO Na região central do Japão, o final de semana foi marcado pelo Hanami - contemplação das flores de cerejeiras. Os parques ficaram cheios de visitantes que disputavam espaço debaixo das copas das árvores.

A primeira embarcação com migrantes que esta-vam em território grego foi enviada essa semana aos portos Dikili e Cesme, na Turquia.

O envio do primeiro gru-po de migrantes que entra-ram na Europa, incluindo os refugiados provenientes da Síria, é uma das medidas previstas no acordo entre a União Europeia e a Turquia, assinado em 18 de março. Esse primeiro grupo é com-posto por 500 pessoas.

Em 2015, cerca de um milhão de pessoas atra-vessou o Mar Egeu em di-reção à Grécia, mas segun-do as autoridades gregas e após a entrada em vigor do acordo UE-Turquia, o fluxo diminuiu de forma signifi-cativa. (Abr)

Hacker diz que manipulou eleições na América Latina

TURQUIAEuropa deporta milhares de migrantes

Em reportagem publicada pela revista norte-america-na Bloomberg Businessweek, o colombiano Andrés Se-púlveda diz que entre seus feitos está a vitória do pre-sidente mexicano, Enrique Peña Nieto, nas eleições rea-lizadas em 2012. Ele tam-bém disse ter promovido ataques virtuais a Hugo Chá-vez, Nicolás Maduro e Dios-dado Cabello, então presi-

Macri é o único presidente latino-americano citado

no escândalo

documentos do Panama Pa-pers.  Entre eles, um presiden-te latino-americano: Mauricio Macri, da Argentina. A notícia, divulgada em vários jornais, re-vistas e TVs internacionais, caiu como uma bomba no país.

Por meio de um comunica-do, o presidente da Argentina diz que “nunca teve nem tem” participação nas empresas ci-tadas na denúncia. Entretanto, Macri aparece como sócio da empresa Fleg Trading Ltd, nas Bahamas. Além dele, também

dente da Assembleia Nacio-nal venezuelana, em 2012.

“Trabalhei com presidentes, personalidades públicas com muito poder e fiz muitas coi-sas de que não me arrependo, porque fiz tudo com convicção plena e com um objetivo claro: acabar com as ditaduras e os governos socialistas na Améri-ca Latina”, declarou Sepúlveda.

Sepúlveda, 31 anos, diz ter viajado durante oito anos pela América Latina manipulando eleições em pelo menos nove países: Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador, Co-lômbia, México, Costa Rica e Guatemala. (Opera Mundi)

são citados seu pai e o irmão, Mariano Macri.

No Brasil, os documentos re-velam 107 novas offshore (em-presas fantasmas) ligadas a pes-soas citadas na Operação Lava Jato. A prática não é ilegal se tiver sido declarada à Receita Fede-ral. Entre os envolvidos estão o presidente da Câmara de Depu-tados, Eduardo Cunha (PMDB), o usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB) e o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lo-bão (PMDB). (Opera Mundi)

O hacker Sepúlveda diz que

foi contratado para atacar o

governo chavista

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 20166 | Mundo

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Fotos: Divulgação

O objetivo principal seria esconder patrimônio, lavar dinheiro ou evitar o pagamento de impostos

Redaçãode Brasília (DF)

A semana foi marcada pela revelação de um escân-

dalo mundial que está sen-do chamado de Panamá Pa-pers. O Consórcio Internacio-nal de Jornalismo Investigati-vo (ICIJ) está liberando mais de 11,5 milhões de documen-tos do escritório Mossack Fon-seca, do Panamá. Esses ad-vogados, ao longo de mais de 40 anos, ajudaram clientes a abrirem empresas (as chama-das offshores) em paraísos fis-cais. O objetivo principal se-ria esconder patrimônio, la-var dinheiro ou evitar o paga-mento de impostos na com-pra de imóveis e bens de luxo.

A firma possui escritó-rios em mais de 30 países e é “uma especialista na criação de empresas de fachada, que podem ser usadas para es-conder os bens de seus do-nos”, de acordo com o ICIJ. Os papéis mostram informa-ções de mais de 214 mil of-fshores ligadas a cidadãos em mais de 200 países.

LISTA INCLUI POLÍTICOSOs documentos revelam, por exemplo, ligações com mais de 70 chefes ou ex-chefes de Estado e de governo, incluindo

políticos como o novo presi-dente da Argentina, Maurício Macri e o presidente da Rús-sia, Vladimir Putin. A lista tam-bém traz membros da realeza e ditadores, como o presiden-te da Síria, Bashar Al-Assad e o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, além do ex-lí-der da Líbia, Muanmar Gad-dafi e o ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak.

Os líderes apontados negam irregularidades e alegam que as empresas foram abertas dentro da legalidade. Porém, o escândalo já fez sua primei-ra vítima: o agora ex-primei-ro-ministro da Islândia, Sig-mundur Gunnlaugsson, que renunciou ao cargo nesta ter-ça-feira (5), em meio a protes-tos causados pela divulgação dos Panamá Papers. Ao tomar posse, ele não declarou sua participação na empresa.

Panamá Papers: como ricos e poderosos escondem fortunas em paraísos fiscaisPolíticos, empresários e celebridades utilizaram empresa panamenha para fugir de impostos, lavar dinheiro ou ocultar patrimônio

ROBERTO CARLOS

O cantor Roberto Carlos também aparece como sócio da Happy Song, empresa aberta pela Mossack Fonseca, em 2011. O cantor diz que a empresa está devidamente declarada à Receita Federal e ao Banco Central. Apesar de a Happy Song ter sido criada em 2011, o nome de Roberto Carlos só aparece nos registros em 2015.

EDUARDO CUNHA

No Brasil, políticos também aparecem em documentos do escândalo Panamá Papers. Encabeça a lista como sócio de uma empresa de fachada o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), acusado pela Procuradoria Geral da República de manter contas ilegais na Suíça e réu na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha nega ter empresa offshore em paraíso fiscal. Segundo o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, os papéis mostram que políticos de partidos que defendem o impeachment, como PMDB, PSB, PSDB e PTB, também figuram entre clientes da Mossack Fonseca, além de PDT, PP e PSD.

JOAQUIM BARBOSA

Embora nem todas as empresas abertas no exterior sejam operações ilegais, elas escondem o desejo de seus beneficiários em evitar o pagamento de impostos. Foi o caso do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, um dos principais clientes brasileiros da Mossack Fonseca, segundo o Panama Papers. Ele abriu empresas offshore para adquirir um apartamento em Miami (EUA) pagando menos impostos.

LIONEL MESSI

Os documentos também chamaram atenção por envolver celebridades do mundo do futebol e das artes. Nomes como o do craque do Barcelona, Lionel Messi, também são associados a empresas de fachada em paraísos fiscais. Também aparecem no escândalo, como supostos acionistas, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar e o ator nascido em Hong Kong, Jackie Chan.

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Brasil l 7

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Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Eu não sou petista, mas sou a favor desse projeto de governo de inclusão. Eu acredito que nesse momento não dá mais para brincar, para esconder que tem um Brasil atento à trama que está sendo armada na nossa cara e que não vai passar despercebida. A gente sabe que tem uma extrema direita, muito incomodada com os avanços sociais, vendo preto pegar avião, preto na universidade

Eu me coloco a favor da democracia, com medo de que a democracia seja ameaçada se houver este processo de impeachment fora do processo legal exigido. Isso me preocupa, porque eu cresci sob a ditadura militar, vi pais de amigos presos e torturados e acho um grande perigo

Nas bancas de jornais, quando vejo as capas da IstoÉ e da Veja, eu fujo, porque fico enojada. Há 15 anos não via Jornal Nacional e assisti um dia desses, fiquei agoniada. O que me acalenta é encontrar pessoas nas ruas. Precisamos ir para as ruas gritar para garantir que não vai ter golpe

Bete Mendes: “A elite não vê como o país melhorou nos últimos anos”Durante o ato das Mulheres pela Democracia, realizado no Circo Voador, na terça-feira (5), a atriz Bete Mendes concedeu en-trevista ao Brasil de Fato e falou sobre o atual momento que o país vive. Ela ainda comentou as críticas machistas feitas pela grande imprensa à presidente Dilma Rousseff. Bete é mais que uma artista, também é militante política. Foi presa e torturada durante a ditadura militar. Na época era estudante de sociologia e teve que abandonar o curso. Por isso defende com tanto vigor a democracia e condena o que ela classifica como “golpe contra a presidente eleita por 54 milhões de brasileiros”.

Brasil de Fato - Como você avalia a atual situação polí-tica do Brasil?Bete Mendes - Nós melhora-mos muito nos últimos anos. Temos uma presidenta que foi eleita por 54 milhões de brasileiros. Nesse enorme Brasil, muita gente está ten-do condições de alimenta-ção, de trabalho, de sistema de irrigação, luz. Quase nin-guém vê que o governo está

governando para milhões de brasileiros. Não é só para a classe média da cidade.

Brasil de Fato - O que mais te preocupa no atual cená-rio político?Esse modelo de governo tem atenção especial para os mais pobres. É isso que incomoda a elite. Ela não está olhando para o Brasil inteiro. A elite não vê como o país melhorou nos últimos anos. O que mais me preo-cupa é essa elite raivosa.

Brasil de Fato - Qual é sua opinião sobre a reporta-gem da revista IstoÉ, que fez críticas machistas à pre-sidente Dilma Rousseff?Essa revista merece um processo porque ela agre-diu a presidenta da Repú-blica. Se agredisse uma mulher comum já era um crime, agredir a presiden-ta é um duplo crime. En-tão essa capa não merece nem ser comentada, não merece nada a não ser um processo.

Atrizes manifestaram seu apoio à presidente Dilma Rousseff. Veja o que elas falaram nos eventos em defesa da democracia e à imprensa

Fotos: Divulgação

Mídia Ninja

Elisa Lucinda Débora Bloch Tereza Seiblitz

Para atriz, revista IstoÉ cometeu “duplo crime” ao agredir presidente Dilma

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 20168 | Especial

Page 9: Brasil de Fato RJ - 168

Fotos: Mídia Ninja

A Dilma tem que ir até o fim. O povo brasileiro e nós mulheres estamos apoiando a presidenteClaudete Costa, do Movimento Nacional de Catadores

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Cerca de duas mil mulhe-res se reuniram na últi-

ma terça-feira (5), no Circo Voador, em um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Elas leram e assinaram um manifesto em defesa dos di-reitos conquistados pelo povo brasileiro nos últimos anos. O documento pede mais inclu-são e diz “não” ao retrocesso e aos ataques machistas contra a presidenta Dilma.

Várias mulheres puderam falar e manifestar sua preo-cupação com o atual mo-mento político do país e tam-bém prestar o apoio à presi-dente da República.

A representante do Movi-mento Nacional de Catado-res, Claudete Costa, foi uma das mais aplaudidas. Negra e líder de um dos maiores gru-pos de trabalhadores pobres do Brasil, ela destacou a difi-culdade e as pressões que as mulheres têm que enfrentar

Mulheres fazem ato em defesa da democraciaArtistas, intelectuais, lideranças de movimentos populares e figuras públicas se unem contra impeachment

quando são escolhidas para um cargo de liderança.

“Sou a primeira mulher elei-ta como representante dos ca-tadores. Ainda tem muito pre-conceito e a gente sofre pressão o tempo todo. Mas sou igual a Dilma, não vou sair. Vou até o final”, relata a catadora que cita a presidenta como inspiração.

“Vejo na Dilma uma mu-lher de fibra, muito forte, firme na sua decisão. Ela está com a consciência tranquila, não fez nada de errado para ter que sair. A Dilma precisa ir até o fim. O povo brasileiro e nós mulheres estamos apoiando a presidente”, afirma Claudete.

RESPEITO ÀS MULHERESA presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Ja-neiro, Adriana Nalesso, fa-lou sobre as ofensas machis-tas que Dilma vem sofren-do. “Nós temos uma mulher na Presidência da República. Gostando ou não dela, foi um processo democrático. Ela foi eleita, ela tem que ser respei-tada. Um ataque à presiden-

te, da forma que está sendo feito, é uma ofensa a todas nós. Se eles não respeitam a

máxima autoridade do país, como é que vão nos respei-tar?”, questiona a sindicalista.

Também não faltaram repre-sentantes de movimentos po-pulares e organizações de mu-lheres da periferia. Estavam lá mães, donas de casa e lutadoras que, de alguma maneira, não concordam com a forma como a oposição está querendo der-rubar a presidente Dilma.

“Nossa preocupação é com o golpe. O que eles estão ten-tando aplicar realmente é um golpe, a gente tem noção disso. Eles não aceitam que depois do governo Lula mui-ta coisa melhorou. Tem coi-

sa que precisa mudar? Tem. O governo deve se aproximar mais dos movimentos”, diz a moradora da Cidade de Deus, Andréia Regina Pimentel, re-presentante da União de Mo-radia Popular (UMP).

CONQUISTASA líder popular afirma ainda que as conquistas sociais dos últimos anos tiveram impacto direto na vida da sua família. “Mesmo com todos os problemas, tivemos muitas con-quistas. A classe média alta não se conforma com isso. A realida-de é essa. Meus sobrinhos hoje estão todos formados, mas eles só conseguiram entrar na facul-dade depois desse governo. Um deles foi da primeira turma de cotistas do Rio de Janeiro”, relata Andréia Regina.

O ato das Mulheres pela Democracia foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem mais de 60 organizações, sin-dicatos e movimentos popu-lares, partidos, pastorais da igreja católica, entre outros.

Mulheres de movimentos populares dizem “não” ao golpeAto das Mulheres pela Democracia reúne duas mil pessoas no Circo Voador

Participantes discordam com a forma que oposição quer derrubar Dilma

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Especial l 9

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AGENDA DA SEMANA

Registros vão desde paisagens da Amazônia até fábricas e usinas

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Exposição Modernidades Fotográficas reúne obras de 1940 a 1964

Um conjunto de 90 pe-ças do mais importan-te acervo de arqueologia greco-romana da América do Sul já pode ser visto no Rio de Janeiro. Nunca an-tes expostas, as peças inte-gram a exposição tempo-rária Teresa Cristina: A Im-peratriz Arqueóloga, que foi inaugurada no dia 31 de março, no Museu Na-cional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte do Rio.

A mostra homenageia a Imperatriz Teresa Cristina Maria de Bourbon (1822-1889), esposa de Dom Pe-dro II e grande responsá-vel pela formação da cole-ção de Arqueologia Clás-sica do museu, atualmen-te vinculado à Universida-de Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ). Com cerca de 700 objetos, a Coleção Te-resa Cristina tem parte de seu acervo em exposição permanente no museu e

Mostra exibe acervo arqueológico de Teresa Cristina

o restante mantido na reserva técnica da instituição.

“Pretendemos, com essa ex-posição, valorizar a contribui-ção cultural da Imperatriz Te-resa Cristina. Ela sempre foi vis-ta como uma pessoa apagada,

voltada para o marido e a fa-mília. Na verdade, ela tinha um grande interesse pela arqueo-logia”, explica uma das curado-ras da mostra, a arqueóloga e pesquisadora do Museu Na-cional Sandra Ferreira.

Provenientes de escava-ções ou achados fortuitos em vários sítios arqueológicos da Itália, algumas das peças da Coleção Teresa Cristina vie-ram para o Brasil com a pró-pria imperatriz.

O quê: Festival Internacional é dedicado à produção de documentários na América Latina.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: De 8 a 17/4. Ver programação de horários em etudoverdade.com.brQuanto: 0800

O quê: Exposição faz com que visitantes, munidos de bengalas e guiados por deficientes visuais, sintam-se como é viver sem enxergar.Onde: Praça Mal. Âncora, s/n – Centro. Quando: De terça a sexta, das 10h às 17h30. Sábado e domingo, das 14h às 18h.Quanto: R$ 12

O quê: Espetáculo tragicômico se cria a partir de contos literários que abordam a violência e a passionalidade das relações amorosas. Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: Domingo (10), 19h. Quanto: 0800

O quê: Cineclube do curso de Jornalismo da Rural exibe filme que aborda casos de estupro nas universidades americanas. Onde: Instituto de Ciências Humanas da Universidade Rural – BR 465, km 7, Seropédica. Quinta: Quinta-feira (7), 18h.Quanto: 0800

O quê: Baile com muito funk reúne DJs como MC Theus, MC GB, DJ Yago Gomes, DJ Diego da Brasília, DJ Nando, e ainda tem roda de samba.Onde: Recanto da Pedra – São Gonçalo. Quando: Domingo (10), 15h. Quanto: R$ 10 (fem), R$ 20 (masc), com nome no evento do facebook

O quê: Festa idealizada para que o termo “aceitação” seja colocado em prática, com muito passinho, coreografia, sorrisos, além de bastante pop, trap, funk e hip hop.Onde: Teatro Odisseia – Avenida Mem de Sá, 66, Lapa.Quando: Quinta (7), 20h.Quanto: 0800

Bumtcha

É tudo verdade

Funk-se

Antologia do remorso

The Hunting Ground

Diálogos no escuro

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A exposição Teresa Cristina: a Imperatriz Arqueóloga ficará em cartaz até setembro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e às segundas-feiras, das 12h às 17h. Os ingressos custam R$ 6, a inteira, e R$ 3, a meia-entrada. Crianças até 5

anos e pessoas com deficiência têm gratuidade.

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 201610 | Cultura

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Começa nesta sexta-feira (8), na Cinelândia, um cur-

so básico que ensina a produ-ção de alimentos livres de agro-tóxicos em sua própria casa. A proposta é que os partici-pantes se reúnam ao ar livre e, sentados em roda, aprendam técnicas de produção orgânica em espaços pequenos. Haverá tempo também para perguntas e debates.

O curso é gratuito e aconte-cerá em quatro sextas-feiras, das 19h às 20h. Cada dia será um tema diferente. No dia 8 de abril, a proposta é dar in-trodução ao curso, falar um pouco da história de nossos alimentos, além de debater

Curso oferece aulas gratuitas de produção de alimentos orgânicosQuatro aulas ao serão lecionadas ao ar livre na Cinelândia

sobre permacultura e auto-gestão. Já no dia 15 de abril, os temas serão a importância do preparo do solo, tipos de adubo e compostagem.

No terceiro dia de ativida-de, 22, o curso já começa a fa-lar sobre consórcio de plan-tas e escolha de mudas. Por fim, no dia 29, os assuntos se-

Alimentos orgânicos são aqueles isentos de qualquer contaminante que ponha em risco a nossa saúde

A escola de samba Vizinha Faladeira comemora seu bi-campeonato com uma bela feijoada neste sábado (9), às 14h. O evento será na Rua da Gamboa, no 345, na Gamboa. A atividade promete muita diversão e muito samba. Na ocasião, haverá ainda o lan-çamento do enredo oficial de

rão o cuidado com as mudas, a infestação de insetos, re-pelentes naturais e controle ecológico de insetos.

Em caso de chuva, a aula

Feijoada comemora bicampeonato de escola

2017 e a entrega da sinopse para os compositores. Outro detalhe é que a comemora-ção contará com a participa-ção da escola de samba Uni-dos da Tijuca.

A entrada na festa é gratui-ta. Quem quiser saborear um bom prato de feijoada paga apenas R$ 15.

Divulgação

pode ser adiada. Quem es-tiver interessado no curso é só procurar o evento no Fa-cebook pelo nome “Produ-ção de alimentos orgânicos”. Não é necessário se matricu-lar com antecedência.

Os alimentos orgânicos são aqueles isentos de qual-quer tipo de contaminante que ponha em risco a saúde ambiental ou humana. Em todos os seus processos de produção, utilizam-se téc-nicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualida-de do alimento.

Aulas ensinam técnicas que respeitam o meio ambiente

Pablo Vergara / Brasil de Fato

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Cultura l 11

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12 | Opinião

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OPINIÃO | Renato Cinco

Na última semana, mais mortes durante incursões policiais viraram notícia. Em Acari, foram cinco; em Magé, mais um. Entre eles, uma criança. Matheus Mo-raes, de 5 anos, brincava na rua quando foi baleado na cabeça por um fuzil. Infe-lizmente, isso não é novi-dade e nem exceção no Rio de Janeiro. E esses casos fo-ram apenas os que tiveram visibilidade, entre tantos outros que permanecem muito longe dos olhos de grande parte da população.

EXTERMÍNIOJovens, que têm em comum o fato de serem negros e mo-radores de áreas pobres, são as principais vítimas da vio-lência policial. Segundo a Anistia Internacional, dos 30 mil jovens assassinados no Brasil, 77% eram negros. E, diante dessas tragédias co-tidianas, não podemos per-der de vista o que tem legi-timado tal extermínio: o dis-curso da guerra às drogas.

Os corpos que têm sido deixados pelo caminho não são vítimas ocasio-nais: o proibicionismo é racista por essência. Des-de a proibição do “pito de pango” (maconha) para “os escravos e demais pes-soas”, o combate às dro-gas, na verdade, eviden-

A luta pela reforma agrá-ria está na pauta de rei-

vindicações dos movimentos populares há décadas. Em 2014, o governo assentou 32 mil famílias. Desde 2011, iní-cio do governo Dilma, foram 107 mil famílias assentadas. Nos primeiros quatro anos de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva as-sentou 232 mil famílias.

Estamos vivendo um tem-po muito complicado da po-lítica brasileira, onde alguns se colocam ao lado do Es-tado Democrático de Direi-to querendo o fortalecimen-to da democracia e dos valo-res republicanos. Outros se colocam a favor da interrup-ção do mandato da presiden-ta Dilma com um instrumen-to que já é conhecido da po-lítica brasileira, o golpe. Para nós, este momento de crise é também momento de criati-vidade que nos levará a fazer uma firme autocrítica. Não

Vítimas de uma guerra

ciou um combate a pes-soas com perfil bem deter-minado, os indesejáveis, ou melhor, os matáveis.

O combate ao tráfico de drogas tem sido a principal justificativa para a crescen-te militarização dos espaços urbanos e das vidas de mi-lhares de pessoas. São veí-culos blindados, ocupação de favelas, armas de guer-ra, policiais treinados para exterminar o inimigo... Mas quem será o inimigo?

CRIME DE ESTADOÉ impossível dimensionar quantas pessoas são impac-tadas direta e indiretamente por essa guerra, que acaba por servir de cortina de fu-maça. Ao privilegiarem a in-tensa ocupação policial dos territórios, ao invés de ga-rantir direitos sociais, são os governos os principais res-ponsáveis por essas mortes - seja pela ausência de servi-ços básicos ou empurrando, silenciosamente, os jovens para o tráfico. É um ciclo in-terminável.

Diante desse quadro, uma nova política de drogas se co-loca como cada vez mais ne-cessária. Uma política de dro-gas mais humana e que ga-ranta, acima de tudo, a vida.

Renato Cinco (PSOL) é vereador do Rio de Janeiro

Reimont Otoni

podemos nos esquecer do discurso de Jango na Central do Brasil a proclamar as re-formas de base. Lá, o clamor pela reforma agrária era não só legítimo, como também norteador do país que dese-jávamos.

PRECISAMOS AVANÇARO PT, governando o país nos últimos 13 anos, não conse-guiu avançar como quería-mos e, como ele queria tam-bém, na pauta do povo do campo que clama por refor-ma agrária. Muitos assen-tamentos foram feitos, mas ainda estão longe de debelar a injustiça estabelecida pela grilagem e pela injustiça que mantém um fosso entre ricos e pobres e, mais que isso, en-tre quem produz e quem es-pecula com a terra.

Em recente celebração na Câmara de Vereadores, na ocasião em que realizamos o Ato Compromisso com a

Reforma Agrária, a Agricul-tura Familiar e a Consolida-ção dos Territórios Quilom-bolas, no dia 30 de março, re-forçamos nosso compromis-so com essa luta. Durante o evento a defensora públi-ca Maria Lúcia de Pontes, do Núcleo de Terras e Habitação (Nuth), foi empossada como Superintendente Regional do Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária (INCRA/RJ).

NOSSA LUTAMais direitos é o que quere-mos. A reforma agrária é a fer-ramenta para estancarmos a sangria de tantas injusti-ças. O campo e a cidade estão unidos e clamam por refor-ma agrária. Nossa luta é saber que quando chegarmos à ter-ra, lembraremos que temos ainda muitos passos a dar.

Reimont Otoni (PT) é vereador do Rio de Janeito

No campo e na cidade, nossa luta vai continuar

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016

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Variedades l 13

Broa de fubáDiv

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Tempo de preparo30 minutos

Existe alguma forma de prevenir o Herpes Zoster?

Veriza Gomes, 39 anos, fotógrafa.

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

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Existe alguma forma de prevenir o Herpes Zóster ?

Veriza Gomes, 39 anos, fotógrafa.

Querida Veriza, Herpes Zóster é uma infecção

viral que causa vesículas (pequenas bolhas) na pele, acompanhadas de muita dor no local. Muitos a cha-mam de cobreiro, acredi-tando ser resultado da pas-sagem de algum bicho so-bre a pele. Mas, na verdade, essa doença é provocada pelo mesmo vírus da cata-pora, que fica “escondido” em alguns gânglios próxi-mos da medula espinhal e do cérebro. Ele pode ficar assim por muitos anos, sem provocar nenhum sinto-ma. Acredita-se que em si-

O problema é que, diferen-te da catapora que a pessoa tem uma única vez, o Her-pes Zóster pode reaparecer mais vezes. Do que se sabe, a única forma que pode ser eficaz para evitar esse trans-torno é manter o sistema de defesa forte. Para isso, é bom ter hábitos saudá-veis de vida, evitar o estres-se (ou, quando isso não for possível, descarregá-lo em alguma atividade relaxan-te como a dança ou outros exercícios físicos), se pre-venir das doenças sexual-mente transmissíveis, entre outras medidas.

tuações nas quais a imunida-de (defesa natural do corpo) fica baixa, o vírus consegue sair, percorre a rede nervosa provocando novas lesões, que chamamos de Herpes Zóster.

Modo de prepar

Prepare a massa com 50 gramas de farinha de trigo, o fermento e um pouquinho de água. Deixe-a descansar por uns 15 minutos. Depois disso, adicione o restante dos ingredientes e faça uma massa bem macia. Aguarde o crescimento dessa massa durante uns 20 minutos. Em seguida, corte a massa em 5 pedaços iguais, modele-os, coloque em assadeiras untadas, pincele com gemas e jogue um pouco de fubá por cima. Espere o crescimento, até quase atingir o seu dobro, e leve para assar em forno preaquecido. Temperatura do forno: 180°C.

Ingredientes

• 500g de farinha de trigo

• 500g de fubá

• 60g de fermento biológico

• 150g de margarina

• 150g de açúcar

• 2 ovos

• 1 pitada de sal

• 1 pitada de vanilina ou baunilha

• ½ litro de água mais ou menos

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Para os nativos de Áries, o mês de abril vai ser de reflexão. Vai ser preciso se isolar para organizar ideias.

Touro (21/4 a 20/5)Vai conseguir com mais facilidade expressar tudo aquilo que pretende e gerir sua vida a partir de agora.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Estará mais sensível às necessidades de quem o rodeia, fazendo com que tenha maior paciência.

Câncer (21/6 a 22/7)Vai ser marcado pela agitação, pois vai querer fazer tudo aquilo que tem em mente.

Leão (23/7 a 22/8)A nível profissional, algumas mudanças trarão agora a estabilidade de que tanto precisa neste momento.

Virgem (23/8 a 22/9)Vai sentir uma enorme vontade de inovar e vai querer mudar alguns hábitos do seu dia a dia repentinamente.

Libra (23/9 a 22/10)Vai poder contar com o apoio das pessoas que o rodeiam. Algumas ajudas inesperadas podem aparecer.

Escorpião (23/10 a 21/11)A sua energia irá contagiar quem está à sua volta. Vai querer divertir-se mais do que costuma.

Sagitário (22/11 a 21/12)O mês de abril será crucial porque vai sentir necessidade para resolver algumas situações do passado.

Capricórnio (22/12 a 20/1)A palavra-chave será a racionalidade. Todavia, é importante que tenha em conta a forma como se diz as coisas.

Aquário (21/1 a 19/2)A nível profissional, vai querer centrar-se naquilo que realmente interessa. Vai conseguir se organizar.

Peixes (20/2 a 20/3)Terá necessidade de mostrar aquilo que realmente é e não esconderá a vontade de fazer coisas que deseja.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova 7/4

Cheia 22/4

Crescente 14/4

Minguante 30/4

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 201614 | Variedades

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Alexandre Loureiro/Inovafoto

Sai a lista do vôlei feminino para os JogosPré-convocação de José Roberto Guimarães conta com Fabíola, que dará à luz em maio

A Polícia Civil do Rio de Ja-neiro apreendeu na última se-gunda-feira (4) um lote de 714 ingressos para os Jogos Olímpi-cos do Rio 2016, na sede do Co-mitê Organizador do evento.

Estes ingressos vieram da gráfica, nos Estados Unidos, endereçados a membros de

Polícia do Rio desarticula quadrilha de cambistasInvestigação identificou dez suspeitos e apreendeu mais de 700 ingressos

uma quadrilha de cambistas e seriam enviados a suas casas junto com os demais ingres-sos em maio. Foram identifi-cados pelo menos 10 suspei-tos através da operação.

Os ingressos eram anuncia-dos em redes sociais, por pre-ços muito superiores ao valor

de venda. Os anúncios chama-ram a atenção da polícia, que passou a monitorar a situação.

A ordem de impressão do lote comprado pelos cambis-tas foi suspensa e os ingres-sos não serão entregues. Os nomes dos suspeitos não fo-ram divulgados. (BP)

Lista completa

Como já discutimos an-teriormente, dez entre dez brasileiros querem Dunga fora da seleção.

Se nos fatos da conjun-tura nacional recente per-cebemos o poder da opi-nião pública e da mobiliza-ção de determinados seto-res da sociedade, por que a CBF se faz de surda?

Na verdade, é preciso ob-servar a questão por outro viés. A CBF é incapaz de mudar qualquer coisa.

Quem poderá demitir Dunga? O Coronel Nunes, que não passa de um fan-toche? O Walter Feldman, que não tem poder para isso? O Del Nero, que é pra-ticamente um foragido?

Aí, o que a CBF faz? Põe o fantoche para dar uma declaração forte, daque-las que dão capa de jornal, e nomeia o cara que carre-ga o piano da seleção olím-pica para auxiliar de Dun-ga durante os Jogos. E por último, e mais absurdo, diz descaradamente que in-tervirá nas convocações.

E o Dunga, apegado que só ao cargo, se sujeita a isso sem grandes questio-namentos.

Outro fato que merece destaque é a “solução” do governo de SP para o con-flito entre torcidas organi-zadas de Palmeiras e Corin-

thians, que resultou na mor-te de um senhor de 60 anos, ainda não identificado.

A primeira coisa que a Secretaria de Segurança Pública deveria anunciar é que, enfim, identificou a ví-tima. Afinal de contas, exis-tem possíveis parentes afli-tos em busca de notícias de alguém que sequer se sabe se está vivo ou morto.

Mas não. O secretário vem

a público dizer que aca-bou o futebol, acabaram os clássicos, acabou a festa.

Torcida única não deu certo em lugar nenhum do mundo, pois se é para que-brar o pau, pouco importa se eles vão ou não ao jogo. Aliás, a morte do sujeito se deu a 33km do estádio onde ocorreu a partida.

Proibir faixas e bandeiras é a criminalização da festa. A Secretaria ligou o “dane-se” para tudo. Anuncia qualquer coisa para dizer que algo foi feito, ao mesmo tempo em que não resolve nada.

O secretário vem a público dizer que acabou o futebol, acabaram os clássicos, acabou a festa

O treinador José Roberto Guimarães pré-convocou a seleção com as levantado-ras Dani Lins (Osasco), Fa-bíola (sem clube), Rober-ta (Rio de Janeiro) e Naiane (Minas); as centrais Fabia-na (SESI-SP), Thaisa (Osas-co), Juciely (Rio de Janei-ro), Carol (Rio de Janeiro) e Adenízia (Osasco).

Também estão na lista as opostas Sheila (Vakifbank-TUR), Tandara (Minas) e Monique (Rio de Janeiro); as ponteiras Natália (Rio de Janeiro), Fernanda Garay (Dínamo Moscou-RUS), Ja-queline (SESI-SP), Gabi (Rio de Janeiro) e Mari Paraíba (Volero Zurich-SUI); e as líberos Camila Brait (Osas-co) e Léia (Minas).

Nathalia Manzaro

Divulgação

Em um hotel no Rio de Ja-neiro, o treinador da sele-

ção brasileira de vôlei femini-no, José Roberto Guimarães, divulgou a pré-lista de convo-cadas para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, com 19 nomes.

Para José Roberto, em co-letiva após o anúncio, a lista que efetivamente vai aos Jo-gos está 90% fechada, restan-do observar algumas situa-ções. Uma delas é o caso da

Descaramentos

levantadora Fabíola, que está grávida e cujo nascimento do bebê está previsto para maio.

O treinador disse que “preci-sa ser parto normal, e tudo tem de caminhar da melhor forma possível” para que haja tempo para recuperação da atleta até os Jogos. Das 19 jogadoras pré-convocadas, apenas 12 irão aos Jogos e a lista final será divul-gada após a fase final do Grand Prix, em Bangcoc (TAI). (BP)

José Roberto Guimarães, durante anúncio da pré-convocação

Alexandre de Moraes,

secretário de segurança pública de São Paulo

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

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O Fluminense foi a Muriaé (MG) enfrentar a Tomben-se, clube onde foi revelado o meia Cícero, pela primeira fase da Copa do Brasil. A escalação com força máxima indicava o que queria Levir Culpi: vencer por dois ou mais gols de dife-rença e evitar o jogo de volta.

No primeiro tempo o Flu-minense, muito superior tec-nicamente, soube se impor. Trocou passes e criou chan-ces, não deixando a Tomben-se sair do campo de defesa. Cícero foi o grande nome do time na etapa inicial.

Poderia já ter aberto aos 23 minutos do primeiro tem-po, após linda jogada de Cíce-ro, que deu um lençol e tocou para Wellington Silva. O lateral do Flu cruzou na medida para a cabeçada de Gustavo Scarpa. A bola morreu no fundo das re-des, mas o atacante estava im-pedido no lance.

Não demorou muito para

Flu avança tranquilo na Copa do BrasilTricolor faz 3 a 0 contra Tombense, em Muriaé (MG), e elimina o jogo de volta

Cícero foi um dos grandes destaques na vitória tranquila do Flu

mexer realmente no placar. Aos 28 minutos, Cícero dá belo pas-se de calcanhar para Gerson, que domina na entrada da área e bate rasteiro no canto do go-leiro Darley.

Dez minutos depois, foi Jo-nathan quem deu belo cruza-mento na cabeça do baixinho Marcos Júnior. Livre, o ata-cante não teve trabalho para ampliar o placar.

Após o intervalo, a Tom-bense voltou disposta a di-minuir o marcador, pelo me-

nos, e forçar o jogo de volta. O Flu voltou mais lento, tentan-do não se desgastar e contro-lar o resultado.

Mesmo com alguns sustos, o tricolor conseguiu contro-lar o jogo, sem que Diego Ca-valieri tivesse muito trabalho. Deu tempo ainda para que Gustavo Scarpa desse exce-lente passe para Marcos Jú-nior, que bateu para o gol sem chances para Darley, dando números finais à partida, aos 30 minutos da etapa final.

O Paris Saint-Germain (FRA) recebeu o Man-chester City (ING), em Paris, no estádio Parc des Princes, pela partida de ida das quartas-de-final da UEFA Champions Lea-gue, e ficou só no empate por 2 a 2.

O destaque negativo da

David Luiz atrapalha também PSG em empatepartida é bastante conheci-do pela torcida brasileira: o zagueiro David Luiz, que ba-teu um recorde com o cartão amarelo mais rápido da his-tória da competição, aos 12 segundos de jogo, ao agarrar o atacante argentino Aguero. Ele também falhou no gol de Kevin De Bruyne, que abriu o

placar para os Citizens.David Luiz está suspenso

e não joga a partida de vol-ta, em Manchester. Os de-mais gols foram de Ibrahi-movic e Rabiot, para o PSG, e do brasileiro Fernandi-nho, para o City, que pode empatar por até um gol em casa para avançar. (BP)

Ibra reclama com a defesa, em noite infeliz de David Luiz

Em meio ao calor dos de-bates sobre a tentativa de golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rou-sseff, mais um segmento da sociedade decidiu ir às ruas reivindicar o respeito à democracia no Brasil.

Torcedores de vários clubes cariocas, e até de outros estados, estão orga-nizando um ato em defesa da democracia em frente ao Maracanã, no próximo sábado (9), a partir das 10h da manhã. O ponto de en-contro é a famosa estátua do Bellini.

A organização do ato, que não conta com nenhuma das grandes torcidas orga-nizadas dos clubes, pede

Getty Images

Nelson Perez/Fluminense

Evento Facebook

Torcedores fazem ato no Maraca pela democracia

que os torcedores compare-çam com a camisa de seus clubes. Também convoca os participantes a levarem cartazes com inscrições em defesa da democracia, além de reivindicações ligadas à cultura das arquibancadas.

Dentre elas, está o apoio ao direito de se manifestar politicamente nos estádios de futebol, como fez a tor-cida Gaviões da Fiel, do Corinthians, que questio-nou o desvio de recursos destinados à merenda es-colar no estado de São Paulo. A torcida foi du-ramente reprimida pela polícia, diversas vezes, por abrir faixas nas arquiban-cadas do Itaquerão. (BP)

Torcedores dizem não ao golpe no próximo sábado (9)

16 | Esportes

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 7 a 10 de abril de 2016