Bruxaria, Xamanismo, Wicca e Paganismo

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BRUXARIA, XAMANISMO,WICCA E PAGANISMOCAMINHOS MODERNOS DAS SOMBRASEM UMA ENCICLOPÉDIA DE DOMÍNIOABERTO E COLABORATIVO

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ConteúdoPáginasWICCA 1

Wicca 1Deusa mãe 20Deus Cornífero 26Lei Tríplice 27Roda do Ano 27Esbás 31Sabbat 31Coven 33

INSTRUMENTOS 36

Instrumento mágico 36Livro das Sombras 38Pentáculo 39Pentagrama 41Varinha (Wicca) 44Athame 45Caldeirão 46Cálice (Wicca) 47Vassoura (magia) 47

TRADIÇÕES DA WICCA 48

Gardnerianismo 48Reclaiming 49Tradição Alexandrina 51Tradição Ibérica (Wicca) 52

PERSONALIDADES 53

Alex Sanders 53Charles Cardell 55Claudiney Prieto 55Claudio Crow Quintino 56Doreen Valiente 56Edain McCoy 60

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Gavin Bone 61Gerina Dunwich 61Gerald Gardner 62Gilberto de Lascariz 64Janet Farrar 66Lady Sheba 67Laurie Cabot 67Márcia Frazão 68Mavesper Cy Ceridwen 69Maxine Sanders 70Patricia Crowther 70Scott Cunningham 71Raven Grimassi 72Raymond Buckland 72Selena Fox 74Starhawk 75Stewart Farrar 76Zsuzsanna Budapest 78

BRUXARIA FORA DA WICCA 79

Asatrú 79Bruxaria ancestral 80Dianismo 83Dodecateísmo 85Druida 90Henoteísmo 95Kemetismo 97Neopaganismo eslavo 100Stregheria 102

OUTROS CONCEITOS 106

Animismo 106Bruxa 109Bruxaria 112Feitiçaria 115Neotribalização 118Neoxamanismo 119Paganismo 121

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Panenteísmo 127Panteísmo 128Politeísmo 130Religião étnica 134Sincretismo 136Xamanismo 137

ReferênciasFontes e Editores da Página 141Fontes, Licenças e Editores da Imagem 144

Licenças das páginasLicença 146

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WICCA

WiccaWicca é uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental que afirma aexistência do poder sobrenatural (como a magia) e os princípios físicos e espirituais masculinos e femininos queinteram a natureza, e que celebra os ciclos da vida e os festivais sazonais, conhecidos como Sabbats, os quaisocorrem, normalmente, oito vezes por ano.[1] Autoridades como Alex Sanders referem-se a ela como religiãonatural, "a mais antiga do mundo".[2] É muitas vezes referida como Witchcraft (em português: "bruxaria") ou theCraft por seus seguidores, que são conhecidos como Wiccanos ou Bruxos. Suas origens contestadas residem naInglaterra no início do século XX, mas foi popularizada nos anos 50 por Gerald Gardner, que na época chamava areligião de "culto às bruxas" e "bruxaria", e seus seguidores "a Wica". A partir dos anos 60 seu nome foinormalizado para "Wicca".A Wicca é uma religião politeísta, de culto basicamente dualista, que crê tradicionalmente na Mãe Tríplice e no DeusCornífero, ou religião matriarcal de adoração à deusa mãe. Estas duas deidades são muitas vezes vistas como facesde uma divindade panteísta maior, ou que se manifestam como várias divindades politeístas. A Wicca tambémenvolve a prática ritual da magia, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do passado, muitas vezes emconjunto com um código de moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, embora não seja uma regra. Emboraalgumas tradições adorem o celta Cernunnos, símbolo da virilidade, e por vezes seja confundida com Satanismo, oswiccanos não creem em Lúcifer ou em Satã.Existem diversas tradições dentro da Wicca. Algumas, como a Wicca Gardneriana e a Alexandrina, seguem alinhagem iniciática de Gardner; ambas são frequentemente denominadas de wicca tradicional britânica, e muitos dosseus praticantes consideram que o termo "Wicca" possa ser aplicado unicamente a elas. Outras, como ocochranianismo, Feri e a Tradição Diânica, tomam como principal influência outras figuras e não insistem emqualquer tipo de linhagem iniciática. Alguns destes não usam o termo "Wicca", preferindo "Bruxaria", enquantooutros crêem que todas estas tradições podem ser consideradas wiccanas.

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico

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•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia•• Tengriismo

História

Origem e crescimento, 1921-1959

Goya, O Grande Bode (1821-1823). O Culto Bruxo afirma que essas histórias sãobaseadas em um antigo culto pagão que reverenciava um deus cornífero, mas não o

Satã.

Desde meados do século XX, a Bruxariatornou-se a autodesignação de uma sucursaldo neopaganismo, especialmente na tradiçãoWicca, cujo pioneiro foi Gerald Gardner,que alegava ter resgatado uma antigatradição religiosa da bruxaria com raízespré-cristãs (alguns wiccanos dizem que é amais antiga religião do mundo).[3] Nadécada de 1920 e na década de 1930, aegiptóloga Dr. Margaret Murray publicoudiversos livros influentes detalhando suas teorias de que as bruxas e bruxos caçados durante a Idade Média não eram,como alegavam seus perseguidores cristãos, adeptas do Satanismo, mas simpatizantes de uma religião pagã

pré-cristã que adorava um deus cornífero — o Culto Bruxo. Antes de Murray, nomes como Girolamo Tartarotti, Matilda Joslyn Gage, Jacob Grimm, Karl Pearson, Jules Michelet e Charles Leland já escreviam linhas ou livros

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inteiros sobre o contraste entre as duas religiões na Idade Média e Renascimento.[4][5][6] Embora nos dias de hoje apesquisa histórica aprofundada tenha desacreditado de Murray, suas teorias foram amplamente aceitas e apoiadas naépoca.Nos anos 30, apareceu a primeira evidência de uma prática pagã de religião de bruxaria[7] (o que hoje é reconhecidacomo Wicca) na Inglaterra. Diversos grupos em todo o país, em lugares como Norfolk,[8] e Cheshire[9] seautoproclamaram continuadores da tradição do Culto Bruxo de Murray, embora estivessem abertos a influências dediversas outras fontes, tais como a Magia Cerimonial, a Maçonaria, a Teosofia, o Romantismo, o Druidismo, amitologia clássica e as religiões asiáticas.A Bruxaria tornou-se mais proeminente, contudo, na década de 1950 com a revogação da Lei de Feitiçaria de 1735,da qual diversas figuras, como Charles Cardell, Cecil Williamson e notavelmente Gerald Gardner, começaram apropagar suas próprias versões do ofício. Gardner foi iniciado no New Forest coven em 1939, antes de formar suaprópria tradição, mais tarde chamada Gardnerianismo. Sua tradição, auxiliada por sua Alta Sacerdotiza DoreenValiente e com a publicação de seus livros A Bruxaria Hoje (1954) e O Sentido da Bruxaria (1959), logo se tornou atradição dominante no país, e se espalhou para outras regiões das Ilhas Britânicas.São comuns os boatos de que o verdadeiro autor por detrás dos escritos de Gerald Gardner, tenha sido o mago inglêsAleister Crowley. Contudo, não existem evidências que dêem sustentação a esta teoria. Por outro lado, Gardner nãoapenas foi um membro iniciado de VIIº da Ordo Templi Orientis (ordem liderada e reformada por Crowley de umaacademia maçônica para uma organização indepentende seguidora da filosofia conhecida como Thelema) comorecebeu autorização para liderar os trabalhos da Ordem na Inglaterra.[10] Com ist, é clara a herança thelemica dentroda Wicca. O postulado "faze o que tu queres desde que não faças mal a ninguém" é facilmente percebido como umaadaptação do primeiro postulado da Lei de Thelema: "Faze o que tu queres será o todo da Lei". Fora isso, trechos derituais da Wicca Gardneriana.[11] são cópias literais de trechos de ritos thelemicos[12].

Adaptação e propagação, 1960-atual

Adeptos seguram vassouras representando opentagrama em evento wiccano nos Estados

Unidos, 2009.

Com a morte de Gardner em 1964, o Ofício continuou a crescerinabalável apesar do sensacionalismo e das opiniões negativaspublicadas pelos tablóides britânicos, com novas tradições propagadaspor figuras como Robert Cochrane, Sybil Leek e Alex Sanders, criadorda Tradição Alexandrina, que, baseada no Garderianismo, embora comuma ênfase na magia cerimonial, espalhou-se rapidamente e ganhoumuita atenção da mídia. Nesta época, o termo "Wicca" começou a seradotado ao lado de "Bruxaria" e suas crenças e tradições exportadaspara países como Austrália e os Estados Unidos.[13]

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Marido e esposa se beijam emcerimônia de casamento Wicca.

Foi nos Estados Unidos e na Austrália que novas tradições da Wicca surgiram,muitas vezes baseada em folk regionais e às vezes misturadas com a estruturabásica da Wicca de Gardner, gerando diversas formas de Wicca como oDianismo de Zsuzsanna Budapest, cada uma delas enfatizando diferentesaspectos do ofício. Na década de 1970, a literatura Wicca também cresceu, emuitos livros ensinando pessoas a se tornarem bruxos sem iniciações formaiscomeçaram a ser publicados em grandes quantidades pelo mundo, como oMastering Witchcraft (1970) de Paul Huson, um manual "faça você mesmo" quese tornou muito famoso e influenciou novos bruxos.[14][15][16][17] Livros damesma ordem continuaram a serem publicados através dos anos 80 e anos 90,com a autoria de nomes como Doreen Valiente, Janet Farrar, Stewart Farrar eScott Cunningham, que popularizou a ideia de auto-iniciação ao Ofício com seuWicca: Um Guia Para o Praticante Solitário (1988).

Nos anos 90, as poucas mas pioneiras comunidades wiccanas no Brasilprocuravam se solidificar em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, efazer conexões com associações européias a fim de regulamentar a religião Wicca no país.[18] A partir de então, aWicca e a Bruxaria em geral têm crescido expressivamente no Brasil, especialmente em Brasília, São Paulo e Rio deJaneiro, nos dias de hoje.[19] O primeiro livro traduzido do inglês para o português trazendo o termo wiccaniano(a)foi Wicca: A Feitiçaria Moderna, de Gerina Dunwich. Posteriormente, outros livros traduzidos passaram aapresentar o termo "wiccano" como uma alternativa para a palavra inglesa "wiccan", termo usual para designar umadepto da religião em questão naquele idioma. Na década de 90, onde cada vez mais a Bruxaria ganhava novosadeptos, surgiram filmes como Jovens Bruxas (1996), dirigido por Andrew Fleming, e seriados como Charmed(1998-2006), introduzindo aos jovens uma ideia de religião bruxa. Mas, criticando a forma como a Wicca veio sendoencarada desde então, como moda, como ecletismo, e sendo engajada em movimentos como a Nova Era, muitosbruxos, notavelmente Andrew Chumbley, voltaram-se para a antiga tradição de Gardner, como uma forma de "levara sério" o Ofício.

EtimologiaO termo "Wicca" foi primeiramente aceito nas décadas de 1960 e 70 como parte da religião Wicca da época. Antesdisso, o termo "Witchcraft" era utilizado de forma mais histórica e ampla. Apesar de baseada na palavra wiccian doinglês antigo, que se referia apenas e exclusivamente aos feiticeiros (sendo wicce utilizada para se referir àsfeiticeiras do sexo feminino),[20] o indivíduo real que cunhou o termo "Wicca" é desconhecido, embora especula-seque tenha sido Charles Cardell, muito certamente na década de 1950.[21] Gardner usava a palavra wiccian com osentido de "jogar com a sorte".[22] Nos dias de hoje, trata-se o praticante da religião através da sua linhagemtradicional. Assim, ao invés de dizer que alguém é Bruxo ou Wiccano ou Wiccaniano ou Wiccan, trata-se opraticante da religião como Gardneriano, Xandrino, Georgino, etc. para que estas situações se resolvam por vez.[23]

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Demografia

Número de wiccanos por país de acordo com recentes estimativas (Clique naimagem para ampliar)

Não é sabido oficialmente o número dewiccanos no mundo inteiro e constatou-seque é mais difícil estabelecer o número demembros de religiões neo-pagãs do que dequalquer outra religião devido à suaestrutura familiar ou clãns.[24] O siteindependente Adherents.com [25], noentanto, que se dedica a informardemografias religiosas pelo mundo, citamais de trinta fontes com as estimativas donúmero de wiccanos (principalmente nosEUA e no Reino Unido). A partir daí, elesdesenvolveram uma estimativa média de 800 mil adeptos.[26] Comparando o número de adeptos estado-unidenses nadécada de 1990 até 2001, houve um aumento de cerca de 126.000 membros. De maneira curiosa, 1.434 pilotos daForça Aérea dos Estados Unidos se identificam como wiccanos, tornando a Wicca a maior religião não-cristã dentrodessa comunidade.[27]

"O wiccano é um homem de quarenta anos, ou uma mulher de trinta anos, caucasiano, razoavelmente bem educado, não ganhamuito, mas provavelmente não é muito preocupado com coisas materiais, alguém que faz parte do que os demógrafos chamariam declasse média baixa."

Leo Ruickbie, 2004.[28]

No Brasil, de acordo com o gráfico mostrado, até o ano de 2000, haviam cerca de 10.000 a 50.000 wiccanos, emboranão haja uma diversificação entre a Wicca e as outras tradições neopagãs; isso fez com que no Censo 2000 oswiccanos fossem incluídos nos grupos de "outras religiões" e "Religiosidade não Determinada".[29] De qualquerforma, desde a década de 1990 a Wicca, ou a Bruxaria em geral, têm crescido muito no país, especialmente emBrasília, Rio de Janeiro, São Paulo e em agumas cidades do Nordeste.De 2000 à 2010, a religião Wicca teve um crescimento absurdo e, por mais que no Censo 2010 realizado pelo IBGE,a religião Wicca, o Paganismo e o Neo-paganismo não tivessem sido incluídos na relação das religiões existentes nopaís, pode-se dizer que muitos dos seguidores das religiões pagãs e neo-pagãs, como é o caso da religião Wicca,foram distribuídos entre as tradições esotéricas (74.013 seguidores), outras religiões (11.306 seguidores) oureligiosidade não determinada/mal definida (628.219 seguidores).[30].Contudo, como já foi mencionado acima, existem vários segmentos dentro do paganismo e do neo-paganismo, massendo a Wicca a religião que mais tem crescido no Brasil dentre as demais religiões pagãs e neo-pagãs,principalmente por conta de sua constante presença nos diálogos inter-religiosos de nosso país, a coloca tambémcomo a de maior expressão, conseguinte, a de maior número junto às demais, pegando uma fatia de pelo menos 2/5de praticantes diretos e indiretos. Desta forma, de acordo com alguns levantamentos, há uma estimado de que hajaem torno de 250 mil à 300 mil seguidores da religião Wicca no Brasil. Isso não significa que sejam todos sacerdotesou sacerdotisas, mas também seguidores da religião. Contudo, cabe lembrar mais uma vez que estes números sãobaseados em estimativa, uma vez que ainda não temos no Censo demográfico realizado pelo IBGE a opção Wicca,Paganismo ou Neo-paganismo.[31]

No Reino Unido, da mesma forma, os censos não permitem uma separação dentro do contexto pagão, fazendo com que os wiccanos sejam marcados ao lado de outras tradições neo-pagãs como a dos druidas e dos heathens através de um acordo em comum realizado em 2001. Recentemente, pela primeira vez os entrevistados foram capazes de se inscrever numa afiliação não abrangidos pela lista comum das religiões, e um total de 42.262 pessoas da Inglaterra, Escócia e País de Gales se declararam pagãos por este método. Estes valores não foram imediatamente analisados

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pelo Instituto Nacional de Estatística, mas foram liberados após um pedido da Federação Pagã da Escócia.[32]

CrençasAs crenças Wicca variam muito entre as diferentes tradições. No entanto, existem vários pontos em comum entreesses diferentes grupos, que geralmente incluem pontos de vista sobre teologia, vida após a morte, magia emoralidade.

TeologiaEmbora as opiniões sobre a teologia da Wicca sejam variadas, a grande maioria dos Wiccanos veneram tanto umDeus quanto uma Deusa. Essas duas divindades são entendidas de várias formas através de perspectivas dopanteísmo (como os aspectos duais de uma única divindade), duoteísmo (como dois pólos opostos) ou o politeísmo(sendo composta por muitas divindades menores). Em algumas concepções panteístas e duoteísticas, divindades dediferentes culturas podem ser vistas como aspectos da Deusa ou do Deus.

O altar de Doreen Valiente mostra estátuas doDeus Cornífero (esquerda) e da Deusa Mãe,

representando a dualidade sexual na divindade daWicca.

A tradição de Gardner prega que o Deus Cornífero é associado à morte,caça e magia, um deus que reina sobre um paraíso pós-mundo (àsvezes referido como Summerland), enquanto que a Deusa Mãe(simultaneamente a Virgem Eterna e a Feiticeira Primordial) éassociada ao amor pela vida e à regeneração e ao renascimento dasalmas dos mortos.[33] No entanto, existem também outros pontos devista teológicos a serem encontrados dentro da Bruxaria, incluindo omonoteísmo, o conceito de que há apenas um divindade, que é vistopor alguns, como no Dianismo, como a Deusa, enquanto que paraoutros é um ser sem gênero, como na Church and School of Wicca.Existem outros que são ateus ou agnósticos, que não acreditam emqualquer divindade real, mas veem os deuses como arquétipospsicológicos da mente humana que podem ser evocados.[34]

De acordo com a bruxa Janet Farrar e com Gavin Bone, a Wicca está se tornando cada vez mais politeísta à medidaque amadurece, ao mesmo tempo que também abraça uma cosmovisão pagã mais tradicional.[35] Para Janet eStewart Farrar, que apoiam uma visão panteística, duoteística e animista da teologia, Wiccanos "veem todo o cosmoscomo vivo, como um todo e em todas as suas partes", mas que "tal visão orgânica do cosmos não pode ser totalmenteexpressa e vivida, sem o conceito de Deus e Deusa. Não há manifestação sem polarização, assim, ao mais alto nívelcriativo, que da Divindade, a polarização deve ser o mais claro e poderoso de todos, refletindo e espalhando-se portodos os níveis microcósmicos".[36]

O Deus e a Deusa

Para a maioria dos Wiccanos, o Deus e Deusa são vistos como polaridades complementares no universo, existindoum equilíbrio entre um e outro, e desta forma têm sido comparados com o conceito de yin e yang, encontrado noTaoísmo. Como tal, são muitas vezes interpretados como sendo "encarnações de uma força de vida manifesta nanatureza", com alguns Wiccanos acreditando que eles são simplesmente simbólos dessas polaridades, enquantooutros acreditam que o Deus e a Deusa são seres verdadeiros que existem de forma independente. Às duasdivindades são dadas frequentemente associações simbólicas, com a Deusa comumente sendo simbolizado como aTerra (ou seja, a Mãe Terra), mas também às vezes como a Lua, a qual complementa o Deus, visto como o Sol."Os deuses são reais, e não como pessoas, mas como veículos do poder. Resumidamente, pode-se dizer que a personificação de umtipo particular de energia cósmica, sob a forma de um deus ou deusa, realizado por fiéis e devotos ao longo dos séculos, cria umaforma de Deus ou imagem mágica em uma potente realidade nos Planos Internos, e torna-o um meio pelo qual esse tipo de poder

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cósmico pode ser contatado."

Gerald Gardner

Tradicionalmente, o Deus é visto como um Deus Cornífero, associado com a natureza selvagem, a sexualidade, acaça e o ciclo de vida. Ao Deus Cornífero é dado vários nomes de acordo com a tradição, e estas incluem Cernunnos,Pã, Atho e Karnayna. Embora este valor não seja igualado com a figura tradicional de Satã, que é visto como sendouma entidade dedicada ao mal no cristianismo, uma pequena minoria de Wiccanos, de acordo com as acusações dosjulgamentos históricos de bruxas, referem-se a seu Deus Cornífero com alguns dos nomes de Satanás, como"Diabo"[37] ou como "Lúcifer", um termo latino que significa "portador da luz".[38] Em outras ocasiões, o Deus évisto como o Homem verde, uma figura tradicional na arte e da arquitetura européia, e muitas vezes interpretadocomo sendo associado com o mundo natural. O Deus é frequentemente descrito como um Deus Sol, em especial nofestival de Litha, ou o solstício de verão. Outra representação de Deus é a do Rei Carvalho e o Rei Azevinho, aqueleque governa a primavera e o verão, esse que governa o outono e o inverno.A Deusa é geralmente retratada como uma Deusa tríplice, sendo assim uma divindade triádica composta de umadeusa virgem, uma deusa-mãe e uma deusa anciã, cada um dos quais tem associações diferentes, ou seja, avirgindade, a fertilidade e a sabedoria.[39] Ela também é comumente descrita como uma Deusa Lua,[40] e muitasvezes é dado o nome de Diana após a divindade romana. Alguns wiccanos, especialmente a partir da década de 1970,têm visto a Deusa como a mais importante das duas divindades, que é pré-eminente de que ela contém e concebetudo. A este respeito, o Deus é visto como a centelha de vida e inspiração dentro dela, ao mesmo tempo seu amante eseu filho. Isto se reflete na estrutura tradicional do coven. Para uma forma monoteísta da Wicca, o Dianismo, aDeusa é a divindade única, um conceito que tem sido criticado por membros de outras tradições mais igualitárias.O conceito de ter uma religião e venerar um Deus Cornífero acompanhado de uma Deusa tinha sido elaborado pelaegiptóloga Margaret Murray durante a década de 1920. Ela acreditava que, com base em suas próprias teorias sobreos primeiros ensaios da bruxaria moderna na Europa, que essas duas divindades, mas principalmente o DeusCornífero, tinha sido adorado por um culto bruxo, desde que a Europa Ocidental sucumbiu ao cristianismo. Emboraamplamente desacreditada, Gerald Gardner foi um defensor de sua teoria, e acreditava que a Wicca foi umacontinuação do histórico culto bruxo, e do Deus Cornífero e da Deusa, eram, portanto, antigas divindades das ilhasbritânicas. A sabedoria moderna refutada as suas pretensões, porém vários diferentes deuses corníferos e deusas mãeeram de fato adorados nas ilhas britânicas durante os períodos antigo e medieval.

Panteísmo, Politeísmo, Animismo

Escultura do Deus Cornífero noMuseu de Bruxaria em Boscastle,

Cornwall.

Existem muitos adeptos da Wicca que acreditam que a Deusa e o Deus sãomeramente dois aspectos de uma mesma Deidade, às vezes vista como umadeidade panteística, abrangendo, assim, tudo o que existe no Universo. Em seusescritos, Gardner se refere a este ser como o Motor Primordial que permaneceudesconhecido durante os séculos,[41] embora nos rituais da sua tradição chamadaGardnerianismo ele seja referido como Dryghten,[42] originalmente uma palavraque significa "Lord" ("Senhor") na Língua inglesa antiga. A partir disso, diversosoutros nomes foram dados a este "Motor Primordial"; Scott Cunningham, porexemplo, chamava-no de "The One".[43]

Assim como o panteísmo e o duoteísmo, muitos adeptos da Wicca são politeístas,acreditando, assim, que existem diversos deuses existentes. Alguns aceitam aideia expressa pelo ocultista Dion Fortune de que "todos os deuses são um deus,e todas as deusas são uma deusa". Com tal mentalidade, um wiccano pode crerque a germânica Eostre, a hindu Kali, e a cristã Virgem Maria são manifestações

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de uma Deusa Suprema e, da mesma forma, que o celta Cernunnos, o grego Dionísio e o judaico-cristão Yahweh sãoaspectos de um mesmo Deus Supremo. Numa abordagem estritamente mais antiga da crença politeísta, os deuses edeusas são em seu próprio direito criaturas distintas uma das outras, não sendo, assim, aspectos nem elementos deuma outra "entidade maior". Os escritores wiccanos Janet Farrar e Gavin Bone postularam que a Wicca é cada vezmais politeísta à medida que amadurece, tendendo a adotar uma visão pagã cada vez mais tradicional.[44] Outroswiccanos concebem as deidades não como personalidades literais mas como arquétipos metafóricos ou uma tulpa,fazendo com que estes sejam decidamente adeptos do ateísmo.[45] Essa visão foi adotada pela Alta SacerdotizaVivianne Crowley, que também era psicóloga, e que considerava as divindades da Wicca como arquétiposJunguianos que existem no subconsciente e que poderiam ser evocados através dos rituais. Por esta razão, Crowleydizia que "A Deusa e o Deus se manifestam para nós em sonho e em visão."[46]

A Wicca é, essencialmente, uma religião imanente, e para grande parte dos wiccanos esta idéia também envolveelementos do animismo. Esta crença diz que a Deusa e o Deus (ou os deuses e as deusas) são capazes de semanifestarem fisicamente, na forma de uma pessoa, ao vivo, sobretudo nos corpos do Sacerdote e da Sacerdotiza,para fornecerem uma mensagem espiritual direta aos integrantes do ritual.

Vida após a morteOs rituais wiccanos contêm elementos das lendas de Ishtar (a virgem-mãe da Babilônia, conhecida, também, porAstarte e Cibele) e de Deméter (a Ceres romana); tais lendas são interpretadas como um símbolo contínuo de morte eressurreição.Porém, a crença na reencarnação varia entre os wiccanos,[47] embora ela tivesse sido tradicionalmente ensinada nadécada de 1930 nos New Forest coven. O influente Alto Sacerdote Raymond Buckland escreveu que uma almahumana reencarna nas mesmas espécies durante muitas vidas para aprender lições e progredir espiritualmente,[48]

mas essa crença não é universal no mundo da Wicca, uma vez que outros acreditam que a reencarnação da almaacontece em espécies distintas. Contudo, um ditado popular entre os wiccanos é que "uma vez bruxo, sempre bruxo",indicando que os wiccanos são reencarnações de bruxas do passado.[49]

Os wiccanos que crêem em reencarnação acreditam que as almas vivem entre o Outro Mundo e a Terra de Verão,conhecida nas escritas de Gardner como o "êxtase da Deusa".[50] Da mesma forma, estes wiccanos acham serpossível se comunicar com espíritos que residem no Outro Mundo através da mediunidade ou do tabuleiro ouija,principalmente durante o Sabbat de Samhain, embora alguns discordem com esta prática, como o Alto SacerdoteAlex Sanders, que dizia "estão mortos; deixem-os em paz."[51] No entanto, a crença do contato foi muitoinfluenciada pelo Espiritualismo, que estava popular na época do surgimento da Wicca, e na qual Gardner e outroswiccanos como Buckland e Sanders tiveram experiências diretas.Apesar de alguns wiccanos acreditarem na vida após a morte, este não é o principal foco da Wicca, nem mesmo paraestes grupos. A Wicca tende a se concentrar na vida atual porque, como observou Ronald Hutton, "se alguém faz seumelhor na vida presente, em todos os aspectos, a vida seguinte vai ser mais ou menos benéfica dentro do processo,então pode-se assim concentrar-se no presente."[52]

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Magia

Altar wicca usado em ritual a céu aberto.

Boa parte dos wiccanos crêem na magia — uma força que eles vêemcomo sendo capazes de manipulação através da prática de bruxaria oufeitiçaria. Alguns a denonimam "magick", variação cunhada peloinfluente ocultista Aleister Crowley, embora esta grafia é maiscomumente associada com a religião da Thelema de Crowley do quecom a Wicca. De fato, muitos wiccanos concordam com a definição demagia oferecida pelos mágicos cerimoniais, como Aleister Crowley,que declarava que a magia é "a ciência e a arte de provocar mudançade ocorrência em conformidade com a vontade", enquanto que outromágico cerimonial proeminente, MacGregor Mathers, afirmou que era"a ciência do controle das forças secretas da natureza." Os wiccanos também acreditam que a magia é a lei danatureza ainda incompreendida ou ignorada pela ciência contemporânea, e, como tal, não a vêem como sendosobrenatural, mas sendo uma parte dos "super poderes que residem no natural", como escrevia Leo Martello.[53]

Alguns adeptos da Wicca preferem acreditar que a magia é fazer pleno uso dos cinco sentidos a fim de se obterresultados surpreendentes, ao passo que outros wiccanos não pretendem saber como ela funciona, apenas acreditandoque ela funciona.[54]

"A vontade, o amor e a imaginação são poderes mágicos que todos possuem, mas só aquele que sabe a maneira de desenvolvê-los eservir-se deles de um modo consciente e eficaz é um verdadeiro Mago."

João Ribeiro Júnior[55]

Os feitiços da Wicca são realizados durante as práticas rituais (estes rituais são explicados de forma melhor na seção"Ritual" abaixo), na tentativa de provocar mudanças reais no mundo físico. Assim, os feitiços da Wicca geralmentesão usados para a cura, a proteção, o banimento de influências negativas e, principalmente, a fertilidade. Ospioneiros da Wicca, Alex Sanders, Sybil Leek e Doreen Valiente, chamavam suas práticas de "magia branca", parasepará-la da "magia negra", que é associada ao mal e ao Satanismo e é usada contra um objeto, uma pessoa, umlugar.[56] Sanders também utilizava a terminologia "Caminho da Mão Esquerda" para descrever a magia maléfica e"Caminho da Mão Direita" para descrever a magia realizada com boas intenções; terminologia esta que teve suaorigem com a ocultista Madame Blavatsky no século XIX. Alguns wiccanos, contudo, alegam que a cor preta não énecessariamente uma associação ao Mal.A magia na Wicca define-se como a arte de enviar consciência a vontade, em ocasiões respaldando estespensamentos ou está fé com objectos como velas, talismãs, ou ervas que representem a intenção do Mago Wicca.Símbolos, cores, artefatos, o círculo, movimentos, música e mantras fazem parte do conjunto fundamental deelementos na magia wicca a fim de se obter o efeito buscado, que varia de grupo a grupo.[57] Scott Cunninghamescreveu: "O poder pessoal é a força vital que sustenta nossas existências terrenas. Ela move nossos corpos. [...] Namagia, o poder pessoal é gerado, imbuído de um propósito específico, liberado e direccionado ao seu objectivo."[58]

Moralidade"Oito palavras a Rede Wiccaniana respeita: se nenhum mal causar, faz o que desejar."

Lady Gwen Thompson[59]

Não existe nenhum dogma moral ou código ético universalmente seguido pelos wiccanos de todas as tradições, no entanto a maioria segue um código conhecido como a Wiccan Rede que afirma "sem ninguém prejudicar faz o que tu quiseres". Geralmente, essa frase é interpretada como uma declaração de liberdade para atuar na vida, juntamente com a necessidade de assumir a responsabilidade por aquilo que resulta de nossas ações e minimiza danos a si mesmo e aos outros. Outro elemento típico da moralidade wiccana é a Lei Tríplice que diz que qualquer ação malévola ou benéfica retornará ao autor três vezes mais forte, ou com igual força a nível do corpo, da mente e do

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espírito.[60] Tanto a Rede como a Lei Tríplice foram introduzidas no Ofício por Gerald Gardner e posteriormenteadotadas pelas outras tradições.Muitos wiccanos também procuram cultivar um conjunto de oito virtudes mencionadas na Carga da Deusa deDoreen Valiente, que são: alegria, reverência, honra, humildade, força, beleza, poder e compaixão. No poema deValiente, eles são ordenados em pares de opostos complementares, reflectindo uma dualismo que é comum em todaa filosofia da Wicca. Quanto à sexualidade, embora Gerald Gardner tivesse demonstrado uma aversão àhomossexualidade, alegando que ela derrubasse a "maldição da deusa", agora ela é geralmente aceita em todas astradições da Wicca, e até mesmo alguns grupos como a Irmandade Minoan elaboram sua filosofia em torno dela, ecertas figuras primordiais da Wicca, como Alex Sanders e Eddie Buczynski, sendo declaradamente homossexuais oubissexuais.

Os Cinco Elementos

Pentagrama com os Quatro Elementos acrescidosdo Éter, ou Espírito.

Em grande parte das tradições da Wicca, há a crença nos QuatroElementos, mas ao contrário da filosofia na Grécia Antiga, elas sãovistas como simbólicas em vez de literal, ou seja, são representaçõesdas fases da matéria. Esses elementos são geralmente evocados duranteos rituais mágicos da Wicca e nomeados ao se consagrar um círculomágico. Os quatro elementos são: Ar, Fogo, Água e Terra, acrescido deum quinto, o Éter (ou Espírito), que une todos os outro quatroelementos. Para se explicar o conceito dos Cinco Elementos, foramcriadas diversas analogias, como a da wiccana Ann-Marie Gallagher,que usava o exemplo de uma árvore, que é composta de terra (com osolo e matéria vegetal), água (seiva e umidade), fogo (através dafotossíntese) e ar (a criação de oxigênio e de dióxido de carbono), quese acredita serem unidos pelo Espírito.

Tradicionalmente, no Gardnerianismo, cada elemento é associado a umponto cardeal da bússola, sendo o ar oriental, o fogo sul, a água oeste, a terra o norte e o Espírito o centro. Noentanto, alguns wiccanos, como Frederic Lamond, alegaram que os pontos cardeais foram definidos apenas visandoa geografia do sul da Inglaterra, onde a Wicca emergiu, e que os wiccanos devem determinar os pontos de acordocom sua região; por exemplo, aqueles que vivirem na costa leste da América do Norte deve chamar água o leste enão o ocidente, porque o corpo colossal de água, no Oceano Atlântico, é a seu leste. Outros grupos da Craft têmassociado os elementos com diferentes pontos cardeais; Robert Cochrane da Clan of Tubal Cain, por exemplo,associava o sul à terra, o fogo ao leste, o oeste com a água e o ar com o norte onde cada um dos quais eramcontrolados por um deus diferente, que eram vistos como filhos do Deus Cornífero e da Deusa.[61] Cada elementotambém possui uma ferramenta exclusiva nos rituais, sendo a varinha para o ar, o athame para o fogo, o cálice para aágua, o pentáculo para a terra e o próprio círculo mágico (ou o caldeirão mágico) para o espírito. Cada um dos CincoElementos são representados por cada ponta do pentagrama, o símbolo mais utilizado da Wicca, com o Éter (ou oEspírito) no ponto mais alto.

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Práticas

Este pentáculo, usado como pingente, representaum pentagrama circunscrito, usado como símbolo

da Wicca por muitos adeptos.

Ao que concerne todas as tradições wiccanas, pode-se dizer que aspráticas e os rituais são o foco principal da Wicca. A pesquisadora deneopaganismo e Alta Sacerdotisa Margot Adler, que definiu o ritualcomo "um método de reintegração de indivíduos e grupos para ocosmos, e um vínculo com as actividades da vida quotidiana com osignificado, muitas vezes esquecido, do presente", escreveu que osrituais, celebrações e ritos de passagem da Wicca não são "experiênciassecas, formais, repetitivas", e sim realizadas com o objetivo de induziruma experiência religiosa nos participantes, alterando assim suaconsciência. Adler também notou que, embora existam muitoswiccanos céticos quanto a existência dos deuses, vida após a morte,etc., eles continuam envolvidos com bruxaria sobretudo por conta daexperiência de seus rituais, alegando que "Eu amo mitos, sonhos, a arte visionária. O Ofício é um lugar onde todasessas coisas se encaixam: beleza, pompa, música, dança, sonhos."

Até mesmo o Alto Sacerdote e historiador Aidan Kelly clamou que as práticas e experiências da Wicca sãoatualmente mais importantes que suas crenças, dizendo que a Wicca é "uma religião ritualista, e não teológica. Oritual vem primeiro, o mito vem em segundo. E acreditar que os mitos do Ofício são 'histórias reais' tal qual o sentidofundamentalista das lendas do Gênesis realmente parece maluquice." Por essa razão Adler afirmou que"ironicamente, considerando os muitos pronunciamentos contra a bruxaria como uma ameaça para a razão, a Craft éum dos poucos pontos de vista religiosos totalmente compatível com a ciência moderna, permitindo total ceticismosobre até mesmo seus próprios métodos, mitos e rituais."

Ritual

O athame, muito utilizado nas tradições wiccanase que é um símbolo do falo do Deus.

Existem muitos rituais na Wicca que são usados para celebrar osSabás, adorar as divindades ou fazer feitiçaria. Geralmente sãorealizados em lua cheia, ou durante a lua nova, que é conhecida comoEsbat. Nos ritos típicos, o coven ou os bruxos solitários reúnem-sedentro de um círculo mágico. Pode ocorrer a evocação dos "Guardiões"dos pontos cardeais, ao lado de seus respectivos elementos clássicos:Ar, Fogo, Água, Terra. Uma vez com o círculo traçado, podem ocorrerum ritual sazonal, orações ao Deus e a Deusa, e/ou feitiços à algumtema em especial.

Estes ritos incluem ferramentas mágicas: como uma faca chamadaathame, uma varinha, um pentagrama, um cálice, às vezes um cabo devassoura, um caldeirão mágico, velas, incensos e uma lâmina curvaconhecida como bolline. Na maioria das vezes, o altar é obrigatório dentro do círculo, onde todas ou parte dasferramentas citadas são colocadas e, às vezes, junto a representações do Deus e da Deusa.[62] Antes de entrar nocírculo, algumas tradições se banham. Depois de um ritual terminado, os adeptos agradecem os deuses e o círculo éfechado.

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Círculo Mágico, de John William Waterhouse(1886).

O círculo mágico é de suma importância para a magia e é consideradoum lugar de reunião, de amor, de alegria, de verdade; na Wicca, é umescudo contra o mal e serve também para preservar e conter o podermágico.[63] Síntese ideológica da coincidência dos opostos e oequilíbrio dos contrários, o Círculo Mágico é traçado às vezes com giz,carvão ou mesmo simbolicamente com a vareta, no chão, e pode serconsiderado um baluarte que inclui figuras que correspondem aotriângulo, ao quadrado, ao pentágono, ao hexágono. Em grandescírculos, o Mago pode incluir os nomes das entidades a seremevocadas, ao passo que nos círculos menores, que correspondem aosquatro pontos cardeais, muitas vezes são postas figuras da Cabala e, nocentro, mantras ou signos, cujo valor símbolo devem estar de acordocom a potência evocada. O Mago nunca deve sair do Círculo Mágicoantes do término da operação e geralmente atua com as costas voltadaspara o Oriente.[64]

Um aspecto sensacional da Wicca, especialmente no Gardnerianismo ena Tradição Alexandrina, e que faz parte dos elementos sexuais quesão fundamentais na religião, é despir-se e fazer o ritual com todos osmembros nus, prática conhecida como skyclad. A nudez indica o

abandono da persona social "em face de um mistério".[65] Outras tradições usam roupas com cordões amarrados nacintura ou até mesmo vestimenta normal. Em certas tradições, a magia sexual é realizada sob a forma do GrandeRito, onde o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa invocam o Deus e a Deusa, que se apossam deles, antes derealizarem uma real relação sexual a fim de aumentar a energia mágica da feitiçaria. Em casos mais comuns, noentanto, essa relação sexual é feita simbolicamente, usando o athame como o falo do Deus e o cálice como a vulvada Deusa.

A Roda do Ano

Pintura da Roda do Ano no Museu de Bruxaria,Cornualha, Inglaterra, Reino Unido, exibindo

todos os oito Sabás.

Os Wiccanos celebram diversos festivais sazonais do ano, que sãoconhecidos como Sabás; estas reuniões são geralmente conhecidascomo Roda do Ano e festejam as estações anuais e suas colheitas.[66]

Wiccanos mais ecléticos, ou até mesmo os adeptos do Gardnerianismo,celebram um conjunto de oito Sabás, enquanto em outros grupos, comoo Clan of Tubal Cain, eles celebram somente quatro.[67] Os quatroSabás que são comuns a todos esses grupos são conhecidos comocross-quarter day, e geralmente são referidos como Grandes Sabás.Sua origem provém dos antigos celtas da Irlanda, e possivelmente deoutras regiões da Europa ocidental.[68] Nos livros The Witch-Cult inWestern Europe (1921) e The God of the Witches (1933) daegiptologista Margaret Murray, interessada no histórico Culto Bruxo,ela afirma que estes quatro festivais de cristianização tinhamsobrevivido e haviam sido celebrados na religião pagã de bruxaria.Consecutivamente, quando a Wicca começou a se desenvolver nadécada de 1930 e na década de 1960, muitos grupos, como o de GeraldGardner, adotaram a comemoração desses quatro Sabás descritos por

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Murray. Gardner fez uso dos nomes em inglês desses feriados, dizendo que "os quatro grandes Sabás são oCandlemass, May Eve, Lammas, e o Halloween; os equinócios e solstícios também são celebrados."Os outros quatro festivais comemorados por grande parte dos wiccanos são conhecidos como Sabás Menores, quecompreendem o solstícios e os equinócios, foram adotados somente em 1958 por membros do coven Bricket Wood,antes de influenciarem e serem adotados por outros membros da tradição de Gardner, e eventualmente a TradiçãoAlexandrina e o Dianismo. Os atuais nomes desses feriados foram retirados dos festivais do paganismo germânico edo politeísmo celta. No entanto, os festivais não são de reconstrução na natureza nem muitas vezes se assemelham asuas contrapartes históricas, em vez de exibir uma forma de universalismo. As observações dos rituais podemmostrar a influência cultural dos festivais a partir dos nomes que tomaram, bem como a influência de outras culturasindependentes.[69]

Sabá Hemisfério Norte Hemisfério Sul Origens Históricas Associações

Samhain, akaHalloween

31 de Outubro 30 de Abril, ou 1 deMaio

Politeísmo celta Morte e ancestrais.

Yuletide 21 ou 22 deDezembro

21 de Junho Paganismo nórdico Solstício de Inverno e renascimento dosol.

Imbolc, akaCandlemass

1º ou 2 de Fevereiro 1º de Agosto Politeísmo celta Primeiros sinais da primavera.

Ostara 21 ou 22 de Março 21 ou 22 deSetembro

Paganismo nórdico Equinócio e começo da primavera.

Beltaine aka MayEve

30 de Abril ou 1º deMaio

1 de Novembro Politeísmo celta Pleno florescimento da primavera.Contos de fada.[70]

Litha 21 ou 22 de Junho 21 de Dezembro Possivelmente Neolítico Solstício de Verão.

Lughnasadh akaLammas

1º ou 2 de Agosto 1º de Fevereiro Politeísmo celta A colheita de grãos.

Mabon akaModron[71]

21 ou 22 deSetembro

21 de Março Nenhum equivalentehistórico.

Equinócio de Outono. Colheira defrutas.

Ritos de passagemExistem diversos ritos de passagem dentro da Wicca. Talvez o mais significante deles seja o ritual de iniciação,através do qual alguém se junta à Craft e torna-se um wiccano. Gerald Gardner alegava que havia um períodotradicional de "um ano e um dia" entre o momento em que uma pessoa começa a estudar o Ofício e quando ele éiniciado, embora ele tenha frequentemente quebrado esta regra. Na Wicca tradicional britânica (WTB), a iniciaçãosomente aceita alguém no primeiro grau, e para prosseguir ao segundo grau, o iniciado precisa ir a outra cerimônia,onde se nomeia e se usa as ferramentas do ritual.[72] É nessa cerimônia que o iniciado recebe o craft name, seu nomena Bruxaria. Ao manter o posto de segundo grau, um iniciado na BTW, portanto, é capaz de iniciar outros no Ofício,ou fundar seus próprios covens semi-autônomos. O terceiro grau é o mais alto dentro da BTW, e envolve aparticipação do Grande Rito, seja real ou simbólico, assim como o ritual de flagelação.[73] Ao realizar estaclassificação, um iniciado já é capaz de formar covens que são totalmente autônomos da sua "coven-mãe".

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Wiccanos de mãos dadas numa cerimônia emAvebury, Inglaterra, que ocorreu durante o

Beltane de 2005.

Este sistema de ensino superior em três níveis que seguem a iniciação éem grande medida exclusiva da BTW, embora algumas tradições sebaseiem nela. Alguns wiccanos solitários também realizam rituais deiniciação a si mesmo, dedicando-se a se tornarem um wiccano. Oprimeiro deles a ser publicado foi em Mastering Witchcraft (1970) dePaul Huson, que envolvia a recitação do Pai Nosso de trás para frentecomo um símbolo de rebeldia contra a histórica Caça às bruxas.Posteriormente, de forma mais abrangente os rituais de auto-iniciaçãopagãos foram publicados em livros por wiccanos solitários comoDoreen Valiente, Scott Cunningham e Silver Ravenwolf.

O handfasting também é uma outra celebração dos wiccanos, e é umtermo usado para os casamentos. Alguns wiccanos observam a práticada união experimental por um ano e um dia. A promessa de casamento na Wicca é "por quanto tempo durar o amor",em vez da tradicional cristã "até que a morte nos separe".[74] O primeiro casamento wiccano aconteceu em 1960 noBricket Wood coven, entre o bruxo Frederic Lamond e sua primeira esposa, Gillian.

As crianças, por sua vez, que são criadas por famílias wiccanas, recebem o Wiccaning, que é análogo ao batizadocristão. Sua proposta é apresentar a criança ao Deus e à Deusa para proteção. Apesar disso, de acordo com o livrearbítrio pregado pelos wiccanos, a criança não deve ser obrigada a ser adepta da Wicca ou simplesmente aderiroutras formas de paganismo por simples vontade dos adultos.

Livro das SombrasAo contrário da Bíblia e do Qur'an, a Wicca não possui um texto sagrado, embora existam algumas escrituras etextos que várias tradições diferentes suportam como importante e influente para suas crenças e práticas. GeraldGardner usava um livro contendo diversos textos em seus covens, chamado de Livro das Sombras, que eleusualmente adaptava. No Livro das Sombras, há textos retirados de várias fontes, incluindo o Evangelho das Bruxas(1899) de Charles G. Leland e obras do ocultista Aleister Crowley, que Gardner conheceu pessoalmente. Além disso,o Livro traz poesias escritas por Gardner e sua Alta Sacerdotisa Doreen Valiente, sendo o mais famoso "Carga daDeusa"."O Livro das Sombras não é uma Bíblia ou um Alcorão. É um livro pessoal de magias que funciona para seu dono. Estou dando avocês o meu para copiarem e começarem: para ganharem experiência descartando aqueles feitiços que não servirem e substituindopelos seus próprios feitiços."

Gerald Gardner a seus seguidores.[75]

Semelhante ao uso de grimórios na magia cerimonial, o Livro contém instruções de como realizar rituais e feitiços,como também poesia religiosa e cantos como o Eko Eko Azarak a serem usados durante os rituais do mago. Averdadeira intenção de Gardner era que cada cópia do Livro fosse diferente, porque o aluno teria uma cópia próprioda que fosse de seus iniciadores, mas entre muitos adeptos do Gardnerianismo, especialmente nos Estados Unidos,todas as cópias são mantidas idênticas à versão que a Sacerdotisa Monique Wilson copiou de Gardner, sem alterarnada. O Livro das Sombras foi originalmente concebido para ser mantido em segredo aos não-iniciados na BTW,mas partes do livro foram publicadas por autores como Charles Cardell, Lady Sheba, Janet Farrar e Stewart Farrar.Hoje em dia, os adeptos de muitas tradições não-BTW adotaram também o conceito de Livro das Sombras, commuitos solitários mantendo suas próprias versões, feitiços, práticas, por vezes com material retirado da publicação doLivro das Sombras garderiana. Em outras tradições, no entanto, as práticas nunca são escritas em livro ou papelalgum, significando que para elas não há necessidade de um Livro das Sombras.

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Símbolos

Mãe Tríplice, símbolo da lua crescente, cheia eminguante (do Hemisfério Norte)

Os diversos símbolos na Wicca são a linguagem criadora queexpressam o que "não pode ser dito claramente".[76] Algumas tradiçõesutilizam o símbolo de uma mulher pisando numa serpente ou umhomem derrotando um dragão, símbolo da dominação ou da vitóriadiante das vontades fracas, e que pode ser um símbolo análogo àsimagens católicas de Nossa Senhora de Imaculada Conceição e de SãoJorge.[77] A serpente representa a ambivalência de toda manifestação eé maléfica sobre a aparência de Tifão e de Píton ou também poderepresentar sabedoria, como indica seu nome grego Ophis, anagramapor uma letra da sabedoria, Sophia. O culto à serpente é encontrado em todas as partes do mundo e em todas asreligiões e é associado à transcendência e à iluminação.[78] A serpente é citada por Buda, pela Bíblia (serpente doparaíso [79]) por Jesus Cristo, pelos egípcios (deusa Ísis, Uadjit, entre ouros), gregos (Pítia), e romanos.

Além desses, existem muitos outros símbolos, como o da Mãe Tríplice, também usada no Dianismo e noneo-Druidismo, baseada nos escritos de Robert Graves, retratando as três faces da Deusa: A Donzela/Virgem, a Mãe,e a Anciã. A Donzela representa encantamento, criação, expansão, a promessa de novos começos, nascimento,juventude e entusiasmo juvenil, representada pela lua crescente; a Mãe representa maturação, fertilidade,sexualidade, respeito, estabilidade, poder, vida e é representada pela lua cheia; A Anciã representa a sabedoria, orepouso, a morte e terminações, e é representada pela lua minguante (imagens ao lado).[80]

Outro símbolo menos usado nas tradições da Wicca mas bastante constante em outras formas de neopaganismo é aEstrela de David, a estrela de seis pontas. É de se notar sua composição, onde na alquimia o triângulo apontado paracima e o triângulo apontado para baixo diferem em signos mas juntos formam a Estrela de David:[81]

Fogo, ou símbolo do falo Água, ou símbolo da vulva A Estrela de David, que é a interação ea origem de toda criação.

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Pentagrama Wicca (circunscrito) representandoos quatro elementos e o Espírito

O pentagrama, a estrela de cinco pontas, por sua vez, é um outrosímbolo, mais utilizado pelos wiccanos que a Estrela de David, epraticamente obrigatório na maior parte das tradições wiccanas. Estenão é exclusivamente Wicca; o pentagrama era o signo secreto dosPitagóricos. Embora haja distinção entre a doutrina exotérica dePitágoras (que concerne a conexão entre música e aritmética e ovínculo da matemática à ciência) e a esotérica, dirigida aos iniciados,pode-se dizer que tanto para um quanto para outro o pentagrama é umaindicação da vida e da inteligência, e para os Wiccanos simboliza aindaos quatro elementos acrescentado do Espírito, no ponto mais alto doângulo.

No entanto, no Satanismo, e exclusivamente nele, invertido ou comuma representação de um bode negro o pentagrama simboliza omal.[82] Agora, na Wicca, ao que concerne de uso mais pessoal e

individual, existem os talismãs, muitas vezes representados com pentagramas como o da figura acima, que garantemaos magos a prevenção contra os eventuais "Choques de Retorno". O talismã não pode ter em sua fabricação umelemento de fetiche (como os amuletos) mas um elemento natural: ossos, pedras, dentes, conchas, etc.[83] O talismãnão protege, como o amuleto, contra todo mal, senão apenas contra tal ou qual influência determinada em tal ou qualcaso. Sua virtude se apóia em quatro elementos: a) o momento da sua criação; b) a matéria de que é feito; c) asfiguras que comporta; d) as inscrições que nele estão gravadas.[84]

A crença em sua influência depende de seu material, mas sempre é lógica e simbólica: se o talismã suporta rubi,p.ex., imediatamente terá conexões com Marte, tanto o planeta quanto o ser mitológico. O Pantáculo, por sua vez, é aforma mais evoluída de talismã e procede da ideia de um objeto que contém o todo, que resume o todo, que é asíntese do macrocosmo. Outros símbolos menores na Wicca são o Tríscele, a Triquetra, e as Três Lebres.

Preconceitos à Wicca

O pentagrama invertido e com o bode negro,usado na Igreja de Satã, tem levado a muitos

identificarem incorretamente os wiccanos comosatanistas.

A Wicca surge na Inglaterra, país predominantemente cristão, e desdeseu início sofreu preconceito de alguns grupos de outras religiões e detablóides populares como o News of the World. Esse tipo depreconceito continua nos dias de hoje, com alguns cristãos dizendo quea Wicca é uma forma de Satanismo, apesar de existir uma grandediferença entre as duas religiões. Os wiccanos, por exemplo, não crêemem Lúcifer ou em Satã, tampouco na vinda de um deles à Terra.Devido à conotação negativa associada à Bruxaria moderna, muitoswiccanos mantém suas práticas em sigilo, ocultando sua fé por medode perseguição. Por conta disso existe a brincadeira entre wiccanos de"sair do armário de vassouras", ou seja, revelar-se socialmente que se éwiccano.

Da mesma forma, muitas pessoas acusam a Wicca de ser anti-cristã,uma afirmação contestada por wiccanos como Doreen Valiente queescreveu que, embora conheça muitos adeptos da Wicca admiradoresde Jesus Cristo, "as bruxas têm pouco respeito pelas doutrinas das igrejas, por as considerarem como um monte dedogmas feito pelos homens." De acordo com a história da Wicca dada por Gerald Gardner, a Wicca é uma religião

sobrevivente do Culto Bruxo que ocorreu na Europa, e que foi largamente perseguido durante o que os historiadores denominam "Caça às bruxas" porque verenciava um deus cornífero, mas não o Diabo. Modernas investigações

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acadêmicas revelaram, no entanto, que tais perseguições foram substancialmente menores do que as indicadas porGardner, e raramente a mando de autoridades religiosas. As teorias de um culto bruxo europeu organizado, bemcomo julgamentos de bruxas em massa, também têm sido amplamente desconsideradas por alguns acadêmicos, masainda assim os wiccanos sentem solidariedades com as vítimas das perseguições de bruxas durante a Idade Média e oRenascimento.Outro preconceito, menos inofensivo, em relação à religião da Wicca, é dizê-la como uma ramificação domovimento New Age, alegação que é fortemente negada pela maioria dos wiccanos e também por historiadorescomo Ronald Hutton, que observou que a Wicca não só antecede o movimento de Nova Era como também diferemarcadamente de sua filosofia geral.

Bibliografia complementar• BUCKLAND, Raymond. Wicca: Um estilo de vida, Religião e Arte: Nova Era, 2003. - 196 p.• CUNNINGHAM, Scott. Vivendo a Wicca: Guia Avançado para o Praticante Solitário. São Paulo: Gaia, 2002.

203 p. (ISBN 8575550012)• DANIELS, Estele & TUITEAN, Paul. Wicca Essencial. São Paulo: Pensamento, 2002. 387 p. (ISBN

8531513375)• GARDNER, Gerald. A Bruxaria Hoje. São Paulo: Madras, 2003. 149 p. (ISBN 8573747293)• GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de Wicca e Bruxaria. São Paulo: Gaia, 2004. 320 p. (ISBN 8575550330)• GRIMASSI, Raven. Mistérios Wiccanos: Antigas Origens e Ensinamentos, Os. São Paulo: Gaia, 2001. 283 p.

(ISBN 8585351780)• LASCARIZ, Gilberto. Ritos e Mistérios Secretos do Wicca, Sintra. Zéfiro, 2008. 448 pp. (ISBN 9789728958527)• MARTINEZ, Mario. Wicca Gardneriana. São Paulo: Gaia, 2005. - (Coleção Além da Lenda). 185 p. (ISBN

85-7555-068-3)• PRIETTO, Claudiney. Wicca: a Religião da Deusa. São Paulo: Gaia, 2001. 301 p. (ISBN 8585351845)• PRIETTO, Claudiney. Wicca: Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna. São Paulo: Germinal, 1999. 203 p. (ISBN

8586439053)•• SHEBA, Lady. Livro das Sombras: os Rituais Sagrados dos Wicca, O. São Paulo: Madras, 2002. 134p (ISBN

8573745150)• McCOY, Edain. Se Você Quer Ser Uma Bruxa. São Paulo: Pensamento, 2004. 207p. (ISBN 85-315-1407-X)• GONZÁLEZ-WIPPLER, Migene. Livro Das Sombras, O. São Paulo: Pensamento, 2002. 200p (ISBN

85-315-1295-6)• ATEN, James. The Truth About Wicca And Witchcraft-Finding Your True Power, 2008. (ISBN 9780615209456)

Ligações externas• Old Religion [85] - Informações, downloads e vídeos sobre Wicca• Federação Pagã Internacional - America do Sul :: Wicca [86]

• Federação Pagã do Reino Unido [87] (em inglês)• Abrawicca - Associação Brasileira da Arte e Filosofia da Religião Wicca [88]

• UWB - União Wicca do Brasil [89] - site oficial da UWB (CNPJ nº 15.591.719/0001-11). Uma associação semfins lucrativos e sem posição partidária, que promove a afiliação e a união dos seguidores das diversas TradiçõesWiccanas, visando o fortalecimento social, a preservação cultural, o reconhecimento da legitimidade e a garantiado cumprimento dos direitos constitucionais expressos no Art. 5º da Constituição Federal.

• Universidade Livre de Estudos Pagãos [90] - Educação à distância para aprendizado da Wicca e do Paganismo• Witchvox.org [91] (em inglês) - Notícias neo-pagãs• The Pomegranate [92] (em inglês) - Jornal Internacional de Estudos Pagãos

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Referências[1] João Ribeiro Júnior, O Que é Magia, p.38, Abril Cultural/Brasiliense.[2] João Ribeiro Júnior, O Que é Magia, p.37, Abril Cultural/Brasiliense.[3] Adler, Margot (1979) Drawing Down the Moon: Witches, Druids, Goddess-Worshippers, and Other Pagans in America Today. Boston:

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Deusa mãe

Vênus de Willendorf, do Paleolítico Superior,estimada em ter sido produzida entre 24.000 e

22.000 a.C.

Uma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma Deusa, por vezes associada àMãe Terra; é representada como uma deusa geradora da vida, danatureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosapersonificação da Terra. Conhecidas como gadesh (sagrado) [1] namaioria das civilizações pagãs as deusas são criadoras do Universo,geram a vida, a cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita,resultando numa complexa estrutura teológica, tais como: DeusaSarasvati, honrada como inventora do alfabeto original; a Deusa celtada Irlanda, Brigit, honrada como deusa da linguagem; Deusa Nidaba[2]

da Suméria (civilização tradicionalmente definida como berço dacultura da escrita), como aquela que inicialmente inventou a escritacuneiforme e a arte da escrita (a escriba oficial da Suméria também erauma mulher: Enheduana).

Origem do termo

O termo refere-se a uma religião pagã universal[3] de divindadefeminina e seu culto remonta ao início da história humana, como podeser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto àDeusa ou Deusa Mãe foi observado inicialmente na Pré-história [4]

(Paleolítico[5] e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas deculto, estendendo-se ao reino da Frígia, aonde ficou mais conhecidacomo Cibele, e daí à civilizações grega, romana, egípcia e babilôniaaonde consolidou-se um enorme panteão de deusas. A existência doculto em várias culturas não-frígias[6] evidencia no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local destadivindade, a qual era identificada, entre os gregos, à deusa Reia.

Estudos apontam que a ascensão do patriarcado, iniciada com os hebreus, na religião fez com que a tradição deadoração à deusa se tornasse ameaçadora à consolidação do poder pelos homens, como no culto da Nossa Senhora,cuja intensa adoração instaura uma competição com a própria idéia de Deus e de Jesus, como reclamam osprotestantes [7][8][9].

ControvérsiaAs deidades que se encaixam na moderna concepção de deusas mães tem sido claramente adoradas em muitassociedades até a atualidade. James Frazer (autor de A rama dourada) e aqueles a quem influenciou (como RobertGraves e Marija Gimbutas) avançaram a teoria de que todo o culto na Europa e Egeu que incluiu qualquer tipo deDeusa Mãe tinha origem nos matriarcados neolíticos pré-indoeuropeus, e que as diferentes deusas de localidadesdistintas eram equivalentes.Ainda que esta idéia tenha tido boa aceitação como categoria útil para a mitografia, a idéia de que na antiguidade secria que todas estas deusas eram intercambiáveis, tem sido objeto de estudo de diversos autores,como James Frazer,J. J. Bachofen, Joseph Campbell, James Melaart, Merlin Stone, Jane Ellen Harrison, Marija Gimbutas, WalterBurkert, entre muitos outros.

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Perspectiva não-cristãA arqueologia pré-histórica, como por exemplo no sítio de Çatalhüyük, e a mitologia pagã registram esta origem doculto à Deusa Mãe e do ocre vermelho. As mais recentes descobertas de uma religião humana remontam,inicialmente, ao culto aos mortos (300.000 a.C.) e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sanguemenstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a deusa Reia (ou Cibele,entre os romanos), exprime este culto na própria etimologia: reia significa terra ou fluxo.[10] O acadêmico JosephCampbell argumenta que Adão—do hebraico אדם relacionado tanto a adamá ou solo vermelho ou do barrovermelho, quanto a adom ou vermelho, e dam, sangue—foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidadeda religião com a Mãe Terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria,segundo Campbell, retratada também na Bíblia: ...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Aocriar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprionão está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cadaum é feito do corpo Dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal.[11]

Da Deusa ao DeusDiversos autores modernos analisam a história da criação do "Gênesis" sob uma perspectiva não-cristã a qual seriadefinir a Bíblia como uma narrativa alegórica sobre a divindade hebraica Yavé suplantando a Deusa mãe,representada pela árvore da vida, e a religião hebraica suplantando este culto. Isto é demonstrado na passagem sobrea origem do pecado em que o conhecimento proibido relaciona-se a sexo, sexualidade, e reprodução, especialmente oconhecimento de que os homens participam da reprodução e que a estória descreve o processo pelo qual sociedadesmatriarcais tradicionais foram substituidas por sociedades patriarcais [12].Diversos autores discutem sobre várias religiões do Oriente Próximo, muitas das quais representavam a Deusa mãepor uma serpente e outras por uma simbologia de comunhão realizada pelo ato de comer uma fruta de uma árvoreque crescesse perto do altar dedicado à Deusa. Estas deusas, primeira e única Deusa Criadora, também representavao Conhecimento, a Criatividade Humana, sexo, sexualidade, reprodução, novos ciclos e/ou Destino [13].Gênesis e Enuma ElishSão várias as similaridades entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no Livro do Génesis. OGénesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve acriação de seis deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz eacabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no "Génesis", sendo que a palavra hebraica paraoceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat [14].

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Exemplos de deusas mães

Gravura neolítica de Deusa mãe (representada com quatro seios) num dólmen

Não há disputas sobre fato de muitasculturas antigas adorarem deidadesfemininas como parte de seus panteões queencaixam com a concepção moderna de«deusa mãe». As seguintes são exemplos:

Pelasgos

Eurínome foi a princípio o protótipo daDeusa Mãe Criadora grega e a maisimportante divindade dos pelasgos, o povoque ocupou a região da Grécia em tempospré-históricos antes da invasão jônica edórica. Após a ascensão do patriarcado,Eurínome foi injustamente rebaixada aosstatus de amante de Zeus, e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titanide filha de Oceano e Tétis.Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monteOlimpo até serem derrotados por Reia e Cronos

Deusas sumérias, mesopotâmicas e gregasTiamat na mitologia suméria, Ishtar (Inanna) e Ninsuna na caldeia, Asherah em Canaã, Astarté na Síria e Afrodite naGrécia, por exemplo.

Elam

Uma das mais importantes figuras do panteão foia deusa Pinikir um nome com cognatos encontrado em outrossistemas de crença de povos desta região. "O fato de que a precedência foi dada a uma deusa, a qual estava acimados demais deuses do panteão elamitas, indica que os devotos elamitas seguiam o matriarcado nesta religião... Noterceiro milênio, estas deusas exibiam um indiscutível poder à frente do panteão elamita" [15].

Deusas celtasA deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá ChíchAnann cerca de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração dedeuses como ‘o povo de Danu’ (Tuatha de Dannan), Ceridween.

Deusas nórdicasEntre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, chamadapor Jörð que mais tarde foi conhecida como Nerthus na mitologia germânica, e que possivelmente seu o cultopersistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinávia era a deusa aclamada por"natureza" Jörð e o deus dos mares e da fertilidade Njörðr. Jord possui diversos aspectos parecidos com as outrasDeusas, como por exemplo seu nome no Islandês que é Gyðia e quer dizer "Deusa".

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Deusas gregasNas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles(adorada em Roma como Magna Mater, a ‘Grande Mãe’), de Gea e de Rea.As deusas olímpicas da Grecia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera eDeméter.[16] A deusa minoica representada em achados arqueológicos como selos ou outros restos, a quem os gregoschamavam Potnia Theron, ‘Senhora das Betas’, muitos de cujos atributos foram logo absorvidos também porArtemisa, parece haver sido un tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamenta os animais quecarrega. A arcaica deusa local adorada em Éfeso, cuja estátua de culto era adornada com colares e fajas dos quecolocavam protuberâncias redondas,[17] mais tarde identificada pelos gregos como Artemisa, foi provavelmentetambém uma deusa mãe.A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, sobre o 15 de março, cerca do equinócio do inverno,pode haver sido una festa da Deusa Mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, esta festa tambémse assemelhavam com a Deusa Mãe.

Deusas romanasA equivalente de Afrodite na mitologia romana, Vênus, foi finalmente adotada como figura de deusa mãe. Eraconsiderada a mãe do povo romano, por ser a de seu ancestral, Eneias, e antepassado de todos os subsequentesgovernantes romanos. Na época de Júlio César se apodava Vênus Genetrix (‘Mãe Venus’).Magna Dea é a expressão latina para ‘Grande Deusa’, e pode aludir a qualquer deusa principal adorada durante aRepública ou Império romanos. O título Magna Dea podia aplicar-se a uma deusa a origem de um panteão, comoJuno ou Minerva, ou a uma deusa adorada monoteisticamente.

Deusas mães túrquicas siberianasUmai, também conhecida como Ymai o Mai, é a Deusa Mãe dos turcos siberianos. Se representa com sessentatranças douradas, que parecem raios de sol. Se crêem que uma vez foi idêntica a Ot dos mongóis.

Deusas Afro-Brasileiras (Orixás)Iemanjá, Oxum, Iansã e outras Deusas Mães compõem o panteão de Orixás das religiões Afro-brasileiras, e cadauma delas responde por um aspecto da natureza, da vida das pessoas, etc. Existem muitas particularidades em cadauma delas, mas algumas em especial podem manipular o tempo, o espaço, os elementos etc. Tanto no Candomblécomo na Umbanda as Deusas Mães possuem um papel primordial, e para muitos fiéis, vai além das DivindadesMasculinas, pois são "adotados" e se tornam "filhos" delas.

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Conceitos de deusas mãe no hinduísmo

A deusa Durga é considerada como a deusa mãesuprema por alguns hindus.

No contexto hinduista, o culto a a Deusa Mãe pode seguir se até asorigens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama opoder divino feminino Mahimata,[18] um termo que significaliteralmente ‘Mãe Terra’. Em alguns lugares, a literatura védica alude aela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a Mãe dos Deuses, ecomo Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial. Durga representa opoder e a natureza protetora da maternidade. Uma encarnação deDurga é Kali, que nasceu de sua frente durante a guerra (como meiopara derrotar o inimigo de Durga, Mahishasura). Durga e suasencarnações são especialmente adoradas em Bengala.

Atualmente, Devi é considerada em múltiplas formas, todasrepresentando a força criativa do mundo, como Maya e prakriti, a forçaque galvaniza a raíz divina da existência em autoproteção como ocosmos. Não é, pois, meramente a terra, inclusive apesar de estaperspectiva seja coberta por Párvati (a encarnação previa de Durga).Todas as diversas entidades femininas hinduístas são consideradascomo muitas facetas da mesma divinidade feminina.

Conceito de deusa mãe no paganismoAs religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam os cultos em uma Deusa Mãe.Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior éadorada sob a forma de duas divindades básicas: a Grande Mãe e o Deus Cornífero. Esse Casal Divino representatodos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguemuma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectosdiferentes da Grande Deusa e do Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusae todos os deuses são um Deus (Dualidade cósmica). A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o queele contém, daí a frase: Tudo vem da Deusa e tudo para ela retorna.Uma conseqüência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação àTerra, na forma de Gaia. Além da Terra, outro símbolo muito importante da Deusa é a Lua, onde se manifesta de trêsmaneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se podedizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. Embora pareça havermais enfoque à Deusa, as duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

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[16] «As deusas do politeísmo grego, tão diferentes e complementares, são ainda assim consistentemente similares numa etapa inicial, com umaoutra simplesmente convertendo-se em dominante em um santuário ou cidade. Cada uma é a Grande Deusa presidindo sobre uma sociedademasculina, cada uma é representada em seu aspecto de Senhora das Bestas Senhora dos Sacrifícios, incluindo Hera e Deméter.»

[17] A descrição destes como mamas múltiplas ou testículos de touro parece estar equivocada: véase Templo de Artemisa em Éfeso.[18] Rig Veda 1.164.33.[19] http:/ / www. exoticindiaart. com/ article/ mother[20] http:/ / www. franks-casket. de/ english/ appendix07. html[21] http:/ / www. exoticindiaart. com/ article/ motherhood[22] http:/ / www. mother-god. com/

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Deus Cornífero 26

Deus CorníferoDeus Cornífero é um termo moderno, criado para descrever numerosas divindades masculinas, a partir de umagama de mitologias, mesmo que historicamente não relacionadas.Essas divindades incluem, por exemplo, o celta Cernunnos, o gaélico Caerwiden, o inglês Herne, o Caçador, o hinduPashupati, os gregos Pan e sátiros, o nórdico Odin e mesmo pinturas rupestres do Paleolítico como "o Feiticeiro" nacaverna francesa dos "Três Irmãos". Os Panteões tradicionais dos deuses corníferos são os europeus, pois que aí sedeu o berço de suas crenças.O Deus Cornífero para um Bruxo Moderno é o Consorte e Filho da Deusa Mãe, a Criadora e Incriada. Esta é a visãodos Neopagãos na religião Wicca.O Deus Cornífero é o deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco echifres. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus dos bosques,o rei do carvalho e do azevinho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte evida representam nossa própria existência.A mais antiga imagem conhecida do Deus Cornífero é aquela do Deus com chifres de cervo ou alce, o Senhor dasFlorestas. Com o passar do tempo, à medida que a humanidade se tornava sedentária, passando da fase coletora parao desenvolvimento de uma agricultura e a domesticação de animais, surgem as imagens do Deus com chifres detouro e de bode. Em todo caso, todas essas imagens o representam como o Deus portador da renovação e davirilidade.O antigo Cornífero é o Caçador das Florestas, o Homem Verde, o Senhor dos Animais, o ctônico e escuro Senhordas Sombras que habita o submundo, o Senhor da Morte. O Deus em seu único aspecto celeste representa o Sol –representando o pilar masculino, porém seus principais atributos, que o concretizam como o Deus na Wicca, sãoesses citados.Com o surgimento da agricultura, o Deus torna-se associado às culturas agrícolas, como o Senhor das Colheitas, quese oferece em sacrifício para que a humanidade possa sobreviver. A origem dos ritos da comunhão é muito antiga,quando o povo consumia a natureza divina transformada em pão e vinho, unindo-se ao seu espírito. Esses ritosestavam intimamente ligados aos mistérios da transformação e reencarnação, e eram retratados nos ciclos do reinovegetal e no mito da Roda do Ano.

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Lei Tríplice 27

Lei TrípliceA Lei Tríplice ou Lei de Três, comumente usada na Wicca, é a única lei desta religião,[carece de fontes?] que dita:"Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", ou "Tudo aquilo que fizer retornará a você nesta vida triplicado portrês", sendo aplicada tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, obruxo praticante da wicca usa esta regra no dia a dia, associando-a a um meio de vida.Um exemplo no dia-a-dia é se você der amor, terá amor triplicado. Se enviar negatividade, terá negatividadetriplicada.Um wiccaniano tendo em mente a Lei Tríplice deve ter consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial aoutra pessoa ou ambiente, pois este sabe que receberá a consequência de seus atos triplicado. A Lei Tríplice é a "leida magia" mais famosa que existe na comunidade Wicca, pois esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitosa si e aos outros.

Roda do Ano

A Roda do Ano no hemisfério norte. No hemisfério sul, estas festas são comumentedeslocadas por seis meses para coincidir com as estações locais.

Roda do Ano é o calendário quesimboliza a concepção de tempo dospagãos e principalmente a dos Celtas eque era um tanto quanto diferente daatual, semelhatemente ao zodíaco. Elesnão viam o tempo de forma linear, mascircular, cíclico. Seus calendárioslevavam em conta não só o ciclo solar,como é o nosso, mas também o ciclolunar. Originários da tradição celta, osSabbats ocorrem oito vezes ao ano,levando-se em conta a posição daTerra com relação ao Sol: Equinócios eSolstícios. Nessas ocasiões, na Wicca,são homenageadas duas divindades: aDeusa Mãe, ou simplesmente a"Deusa", que simboliza a própria terra,e o Deus Cornífero, O Gamo Rei,protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem. Já em outros ramos do Paganismo, outros Deuses sãoadorados, pois que nem todos tem essas duas únicas figuras centrais.

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Roda do Ano 28

Introdução

Pintura da Roda do Ano no Museu de Bruxaria,Cornualha, Inglaterra, Reino Unido, exibindo

todos os oito Sabás.

Os Wiccanos celebram diversos festivais sazonais do ano, que sãoconhecidos como Sabás; estas reuniões são geralmente conhecidascomo Roda do Ano e festejam as estações anuais e suas colheitas.[1]

Wiccanos mais ecléticos, ou até mesmo os adeptos do Gardnerianismo,celebram um conjunto de oito Sabás, enquanto em outros grupos, comoo Clan of Tubal Cain, eles celebram somente quatro.[2] Os quatroSabás que são comuns a todos esses grupos são conhecidos comocross-quarter day, e geralmente são referidos como Grandes Sabás.Sua origem provém dos antigos celtas da Irlanda, e possivelmente deoutras regiões da Europa ocidental.[3] Nos livros The Witch-Cult inWestern Europe (1921) e The God of the Witches (1933) daegiptologista Margaret Murray, interessada no histórico Culto Bruxo,ela afirma que estes quatro festivais de cristianização tinhamsobrevivido e haviam sido celebrados na religião pagã de bruxaria.Consecutivamente, quando a Wicca começou a se desenvolver nadécada de 1930 e na década de 1960, muitos grupos, como o de GeraldGardner, adotaram a comemoração desses quatro Sabás descritos porMurray. Gardner fez uso dos nomes em inglês desses feriados, dizendo que "os quatro grandes Sabás são oCandlemass, May Eve, Lammas, e o Halloween; os equinócios e solstícios também são celebrados."

Os outros quatro festivais comemorados por grande parte dos wiccanos são conhecidos como Sabás Menores, quecompreendem o solstícios e os equinócios, foram adotados somente em 1958 por membros do coven Bricket Wood,antes de influenciarem e serem adotados por outros membros da tradição de Gardner, e eventualmente a TradiçãoAlexandrina e o Dianismo. Os atuais nomes desses feriados foram retirados dos festivais do paganismo germânico edo politeísmo celta. No entanto, os festivais não são de reconstrução na natureza nem muitas vezes se assemelham asuas contrapartes históricas, em vez de exibir uma forma de universalismo. As observações dos rituais podemmostrar a influência cultural dos festivais a partir dos nomes que tomaram, bem como a influência de outras culturasindependentes.[4]

Sabá Hemisfério Norte Hemisfério Sul Origens Históricas Associações

Samhain (vulgoHalloween)

31 de Outubro 30 de Abril, ou 1 deMaio

Politeísmo celta Morte e ancestrais.

Yule (vulgo Yuletide) 21 ou 22 deDezembro

21 de Junho Paganismo Solstício de Inverno e renascimentodo sol.

Imbolc (vulgoCandlemass)

1º ou 2 de Fevereiro 1º de Agosto Politeísmo celta Primeiros sinais da primavera.

Ostara 21 ou 22 de Março 21 ou 22 deSetembro

Paganismo Equinócio e começo da primavera.

Beltaine (vulgo MayEve)

30 de Abril ou 1º deMaio

1 de Novembro Politeísmo celta Pleno florescimento da primavera.Contos de fada.[5]

Litha 21 ou 22 de Junho 21 de Dezembro PossivelmenteNeolítico

Solstício de Verão.

Lughnasadh (vulgoLammas)

1º ou 2 de Agosto 1º de Fevereiro Politeísmo celta A colheita de grãos.

Mabon (vulgoModron[6])

21 ou 22 deSetembro

20 de Março Nenhum equivalentehistórico.

Equinócio de outono. Colheira defrutas.

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Roda do Ano 29

Oito festivais

Samhain31 de Outubro (Hemisfério Norte) e 1° de Maio (Hemisfério Sul).Este Festival marca o ano novo celta, assim como o início de uma nova Roda do Ano. Samhain, o festival dosmortos, foi cristianizado como Halloween. Essa é uma época de meditação e reflexão, sobre os ciclos da natureza, davida e da morte. Época de nos conectarmos com a energia dos nossos antepassados e de todos aqueles espíritos eseres que nos auxiliaram em nossa caminhada, pois é uma época em que, segundo a cultura pagã, o "véu entre osmundos" se torna mais tênue.

Yule21 de Dezembro (Hemisfério Norte) e 21 de Junho (Hemisfério Sul).Yule é a época do Solstício de Inverno, quando a Criança do Sol renasce, a qual é uma imagem do retorno de todanova vida através do amor dos Deuses. Os escandinavos tinham um Deus chamado Ullr, e dentro da TradiçãoNórdica, Yule é considerado o Ano Novo. Nas demais tribos e povos da europa pré-cristã, o solstício de inverno eraa mais antiga festa sazonal e dada sua importância foi sincretisado com as festividades do Natal Cristão.

Imbolc1º de Fevereiro (Hemisfério Norte) e 1º de Agosto (Hemisfério Sul).Imbolc, também chamado Oilmec e Candlemas ("Candelária"), celebra o despertar da terra e o crescente poder doSol. A Deusa é venerada em seu aspecto de Virgem da Luz e seu altar é decorado com galanto, que anuncia aprimavera. É a festa da lactação, da bênção aos recém-nascidos, pois a Deusa amamenta o Deus renascido na formade seu filho.

Hemisfério Norte: 2 de FevereiroHemisfério Sul: 1o de Agosto

Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegadada Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, dapoesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo"simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela AltaSacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes parapurificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e osespíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao AnoNovo Asteca.Incensos: manjericão, mirra e glicínia. Cores das velas: marrom, rosa, vermelha. Pedras preciosas sagradas: ametista,granada, ônix, turquesa. Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirrae todas as flores amarelas.

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Roda do Ano 30

Ostara21 de Março (Hemisfério Norte) e 21 de Setembro (Hemisfério Sul).Agora noite e dia são iguais. Em Ostara o Sol aumenta em poder e a terra começa a florescer. Na época do equinóciode primavera, os poderes da fase de armazenamento do ano são iguais aos da escuridão do inverno e da morte. Paramuitos pagãos, o jovem Deus, com seu chamado de caça, mostra o caminho com dança e celebração. Outrosdedicam essa época do ano a Eostre, a Deusa anglo-saxã da fertilidade.

Beltane1 de Maio (Hemisfério Norte) e 31 de Outubro (Hemisfério Sul).Os poderes da luz e da nova vida agora dançam e movem-se através de toda a criação. A Roda continua a girar. Aprimavera dá lugar à primeira floração plena do Verão e os Pagãos celebram Beltane com a dança da fita,simbolizando o Sagrado Casamento entre Deusa e Deus.

Litha21 de Junho (Hemisfério Norte) e 21 de Dezembro (Hemisfério Sul).Litha ou Solstício de Verão. O Deus em seu aspecto de luz está no auge de seu poder e é coroado como o Senhor daLuz. É uma época de fartura e celebração.

Lammas1º de Agosto (Hemisfério Norte) e 2 de Fevereiro ou 21 de fevereiro(Hemisfério Sul).Lammas, também chamado Lughnasadh, é o tempo da colheita do trigo, quando os Pagãos colhem o que plantaram,quando celebram os frutos do mistério da Natureza. Em Lammas, os Pagãos dão graças pela generosidade da Deusaem seu aspecto de Rainha da Terra.

Mabon21 de Setembro (Hemisfério Norte) e 21 de Março (Hemisfério Sul).Em Mabon o equinócio de outono dia e noite tornam-se iguais. À medida que as sombras aumentam, os Pagãosvêem as faces mais sombrias de Deus e Deusa. Para muitos, esse rito honra a velhice e a aproximação do inverno.Fecha-se o CicloA Roda gira e volta a Samhain.

Referências[1] Farrar, Janet e Farrar, Stewart. Eight Sabbats for Witches (1981) (published as Part 1 of A Witches' Bible, 1996) Custer, Washington, USA:

Phoenix Publishing Inc. ISBN 0-919345-92-1[2] Gary, Gemma (2008). Traditional Witchcraft: A Cornish Book of Ways. Troy Books. Página 147.[3] Evans, Emrys (1992). Mythology. Little Brown & Company. ISBN 0-316-84763-1. Página 170.[4] Crowley, Vivianne. Wicca: The Old Religion in the New Age (1989) London: The Aquarian Press. ISBN 0-85030-737-6 p.23[5] Gallagher, Anne-Marie. (2005). The Wicca Bible: The Definitive Guide to Magic and the Craft. London: Godsfield Press. Página 67.[6] Gallagher, Anne-Marie. (2005). The Wicca Bible: The Definitive Guide to Magic and the Craft. London: Godsfield Press. Página 72.

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Roda do Ano 31

Ligações externas• (em inglês) Sobre os Sabás (http:/ / www. draknet. com/ proteus/ sabbats. htm)

EsbásOs Esbás ou Esbaths são homenagens voltadas à Deusa em seu aspecto lunar. É celebrada na Wicca cada fase daLua, mais muitos bruxos optam celebrar somente a Lua Cheia como símbolo da Deusa.

Características de cada fase da Lua• Lua Nova: Indica começo de tudo, antecipando o nascimento da Deusa. Feitiços que realizamos nessa época estão

sempre voltados às coisas novas: um novo amor, um novo emprego, uma nova casa, enfim uma nova fase da vida.• Lua Crescente: Simboliza o aspecto virginal da Deusa. Feitiços realizados estão ligados ao redimensionamento

dos nossos antigos projetos. Podemos investir em uma nova conquista de um amor antes perdido, reconciliar umavelha amizade, ou seja, fazer crescer tudo o que já está em nosso caminho.

• Lua Cheia: Simboliza o aspecto materno da Deusa. É o momento decisivo, do julgamento e da realização, asenergias da Deusa estão totalizadas e é o momento certo para atuar no caminho que projetamos na Lua Nova einiciamos na Lua Crescente está no momento de ser percorrido ou abandonado na Lua Cheia.

• Lua Minguante: Simboliza o aspecto da Anciã da Deusa. É o estágio final de um ciclo de vida. Jamais comeceprojetos novos ou faça feitiços de relacionados a começos, se não eles minguarão junto com Lua.

SabbatOs 8 Sabbats, celebrados a cada ano pelos Bruxos se originam nos antigos rituais que celebravam a passagem doano de acordo com as estações do ano, épocas de colheita e lactação de animais. Os Sabbats, também conhecidoscomo a "A Roda do Ano", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. Sãoconhecidos sob vários nomes e aparecem com freqüência na mitologia.Os quatro Sabbats principais (ou grandes) correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Imbolc(Candlemas), Beltane, Lammas (Lughnassad) e Samhain. Os quatro menores são Ostara (Equinócio de Primavera),Litha (Solstício de Verão), Mabon (Equinócio do Outono) e Yule (Solstício de Inverno).Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm do Sabbat dos Bruxos, eles não constituem uma ocasião em que asBruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encantamentos ou preparar poções misteriosas. A magia raramente érealizada, se é que isso acontece, num Sabbat de Bruxos. O Sabbat, infelizmente tem sido confundido também com a"Missa Negra" Satânica ou "Sabbat Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que édecorrente de séculos de propaganda antipagã da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dosescritores desde a Idade Média. Uma Missa Negra não é um Sabbat de Bruxos, mas uma prática satânica que parodiao principal ritual do Catolicismo e que inclui supostamente o sacrifício de bebês não batizados, orgias sexuaispervertidas e a recitação de trás para frente do "Pai Nosso".Nada disso jamais acontece nos Sabbats dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há o que chamamde magia negra, não há rituais anticatólicos. Os Sabbats são apenas datas em que os pagãos celebram a vida e tudoque nela existe, celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentos pagãos e honram as deidades daReligião Antiga (principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu Consorte, o Deus). Em certas tradições wiccanas, aDeusa é adorada nos Sabbats de Primavera e do Verão, enquanto o Deus é homenageado nos Sabbats do Outono e doInverno (visível igualmente na representação dentro do Coven).

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Sabbat 32

A celebração de cada Sabbat é uma experiência espiritual intensa e sublime que permite aos wiccanos permaneceremem equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.

Data dos Sabbats no Hemisfério Sul• Samhain 1 de Maio• Yule 21 a 23 de Junho (Solstício)• Imbolc 30 de Julho• Ostara 21 a 23 de Setembro (Equinócio)• Beltane 31 de Outubro• Litha 21 a 23 de Dezembro (Solstício)• Lammas 2 de Fevereiro• Mabon 21 a 23 de Março (Equinócio)

Data dos Sabbats no Hemisfério Norte• Samhain 31 de Outubro• Yule 21 a 23 de Dezembro (Solstício)• Imbolc 1 de Fevereiro• Ostara 21 a 23 de Março (Equinócio)• Beltane 1 de Maio• Litha 21 a 23 de Junho (Solstício)• Lammas 1 de Agosto• Mabon 21 a 23 de Setembro (Equinócio)

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Coven 33

CovenCoven, Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico,físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte eao grupo.Um Coven tem como filosofia "Perfeito Amor e Perfeita Confiança". Isto quer dizer que dentro do Coven deveráprevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família.Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-seentão os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todostornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida.

FuncionamentoEm Bruxaria, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a nenhuma fundação"maior", como um grande "chefe" comandando tudo. No entanto cada tradição tem sua organização própria sendoumas mais piramidais que outras ou ainda mais ou menos fechadas em relação aos novos membros.O líder do Coven deve possuir sensibilidade e poder interior para canalizar a energia do grupo, para dar início einterromper cada fase dos rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do grupo. Ele normalmente éescolhido pelo próprio grupo, geralmente tem seu cargo avaliado pelos membros e por si mesmo. UmGrão-Sacerdócio, uma posição de liderança, não é um status vitalício... E sempre que necessário outras pessoaspodem tomar estas posições desde que estejam dispostas a trabalhar e de comum acordo com todo o grupo.Tensões por poder são comuns em todos os lugares. Nessas horas de disputa mesquinha o ideal é que se afastem osmembros envolvidos e que se escolha um outro para o cargo. Moderação e diplomacia são sempre preferíveis àdecisões ríspidas e autoritárias, mas pulso firme no momento certo, assegura a estabilidade dos laços.Para tornar-se membro de um Coven, o(a) Bruxo(a) deve primeiro encontrar um Coven e ser iniciado, devesubmeter-se a um ritual de comprometimento no qual os ensinamentos e segredos internos do grupo são revelados. Ainiciação é seguida de um longo período de treinamento, onde a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, senão for possível encontrar um Coven de portas abertas o(a) Bruxo(a) pode escolher uma tradição que admita aauto-iniciação e formar seu próprio grupo de pessoas interessadas, que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com umpouco mais de esforço, um Coven...

Características GeraisUm Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dosSabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de umaconsciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e suarepercussão no Astral).Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa,objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentraresforços numa mesma direção.Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carismamágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidadede cada membro.Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com

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Coven 34

os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo noemocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos.Reza o ditame: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue"

Constituíntes do CovenOs Covens não possuem graus hierárquicos. Variando de Coven para Coven, pode existir uma estruturaorganizacional, porém todos são vistos como iguais (sacertotes e sacerdotisas dos Deuses). Normalmente osmembros são:•• - Alta Sacerdotisa - a líder feminina de um Coven, normalmente de 3º grau. Ela representa a Deusa em um ritual.•• - Alto Sacerdote - o líder masculino de um Coven, normalmente de 3º grau. Ele representa o Deus em um ritual.•• - Anciã(o) - um membro do Coven, com mais experiência, que mereceu seu 3º grau e que seja ou tenha sido uma

Alta Sacerdotisa ou Alto Sacerdote em seu próprio Coven.•• - Terceiro Grau - completa e total dedicação aos Deuses e à Comunidade Wicca.•• - Segundo Grau - completou o seu 1º grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro grau. É o grau do

verbo "fazer".•• - Primeiro Grau - aquele que se dedicou a aprender a Arte. Este é o grau do verbo "saber".•• - Dedicado - aquele que está aspirando o primeiro grau, e já passou pelo ritual de deidicação ao deuses e ao

caminho da Wicca.•• - Neófito - uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não iniciou seus estudos na Arte.Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e um Alto Sacerdote que sejam democráticos e bons, além dejustos e sábios, porque não importa o que os outros membros do Coven falem... É a Alta Sacerdotisa quem dá apalavra final, mesmo que seja essa, contra todos os outros. E se alguém não quiser acatar a ordem da AltaSacerdotisa, ele deve, humildemente, reunir-se com o coven e expressar o seu desejo de fundar um novo coven.Assim, todos aqueles que quiserem segui-lo deverão fazê-lo e partirão com as bênçãosdos que ficarem, para que nãohaja atrito e possam os dois covens, portanto, viver em perfeito amor, confiança e harmonia.

Ligações externas• Enciclopédia Bruxaria.net - Coven [1]

• Wiccarte - Coven [2]

• Grupo Tradição dos Pentáculos [3]

• Projeto Stregare [4]

• Bruxaria Ancestral - Ordem Sagrada de Bennu [5]

• Stregheria - Charun Lucifero [6]

• Wicca Gardneriana [7]

• Druídas Net [8]

• Coven Online [9]

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Coven 35

Referências[1] http:/ / www. bruxaria. net/ enciclopedia/ c/ coven. htm[2] http:/ / www. wiccarte. com. br/ coven. htm[3] http:/ / www. webgtp. com/[4] http:/ / www. stregare. kit. net[5] http:/ / www. bruxas. eco. br[6] http:/ / www. stregoneria. kit. net[7] http:/ / www. wiccagardneriana. net[8] http:/ / www. druidasnet. cjb. net[9] http:/ / www. covenonline. com. br

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INSTRUMENTOS

Instrumento mágicoNa Wicca são chamados Instrumentos Mágicos os instrumentos que são usados na prática religiosa para focalizar aintenção e a atenção do praticante em uma determinada ação. Cada instrumento tem relação com algum dos cincoelementos da natureza: Terra, Ar, Fogo, Água e Akasha.

Principais Instrumentos

Pentagrama (ou Pentáculo)É uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo. Pode ser feito de madeira, metal, argila, ou outro material. Emalguns rituais o pentagrama pode ser contornado com pedras

Athame ou Espada RitualÉ um punhal de lâmina dupla e cabo tradicionalmente preto. Também pode ser substituído por uma espada com finsestritamente rituais. É usado para direcionar energias e também para traçar o Círculo Mágico, representa a energiamasculina, sendo um símbolo fálico. Representa o elemento fogo (ou ar em algumas tradições). O Athame nunca éusado para derramar sangue, nem deve ser usado para cortar algo físico.

Varinha ou BastãoTem simbolismo semelhante ao Athame, usado para direcionar energia e para invocações, também é usado paratraçar o Círculo Mágico. Representa o elemento ar (fogo em algumas tradições). Tradicionalmente é feito de madeirade uma arvore sagrada como Aveleira, Carvalho, Macireira, Freixo, Espinheiro, Sabugueiro, Acácia, Loureiro, entreoutros, mas qualquer arvore serve, normalmente se toma galhos já caídos, e no caso de cortar sempre se pedepermissão à árvore e deixa-se alguma oferenda.

CáliceRepresenta o elemento água, é usado para se beber o vinho ou outra bebida ritual, simboliza o principio femininorelacionando-se, assim como o Caldeirão, ao ventre da Deusa. Pode ser feito de metal, cristal, madeira, pedra, conchado mar, chifre, entre outros.

CaldeirãoO caldeirão simboliza o princípio feminino, representa o útero de Deusa-Mãe, de onde todas as coisas vêem. É usadopelos wiccanos para queimar papéis com pedidos, agradecimentos e orações ou para fazer fogueiras.Tradicionalmente possui três "pés" que representam as três faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã. O caldeirão estáligado ao elemento Água que denota uma influência psíquica e do inconsciente.

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Instrumento mágico 37

VassouraNa bruxaria em geral, e especificamente na Wicca, a vassoura é um instrumento usado para limpar o espaço mágicoantes ou depois de fazer algum feitiço ou ritual. A vassoura representa o masculino (através do cabo) e o feminino(através da piaçava). Era comum as bruxas utilzarem vassouras em seus ritos de celebração da natureza, pulandosobre as vassouras em meio a colheita, o que levou à crença moderna de que bruxas voam em vassouras. Nos rituaismatrimoniais da Wicca existe uma tradição onde os recém-casados saltam (com as mãos dadas) uma vassouradeitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.

Livro das SombrasO Livro das Sombras, muito conhecido como BOS (do inglês Book Of Shadows), é um diário usado por praticantesde magia para registrar rituais, feitiços e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantesindividuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro. Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos derealização de rituais, contos sobre a mitologia, enfim, tudo relacionado à tradição seguida. Tradicionalmente, muitospreferem que seja preto com um pentagrama cravado na capa, mas isso não é regra. Por ser um Livro pessoal, podeser de qualquer cor e qualquer material que o praticante desejar, normalmente os praticantes preferem ornamentarcom folhas, canela, e também com papel reciclado, mas isso é escolha de cada um.

BollineFaca de cabo tradicionalmente branco, geralmente usada para colher ervas e gravar inscrições. É, simplesmente, umafaca prática de trabalho dos wiccanos, ao contrário da puramente ritualística athame. Em algumas tradições ésubstituída por uma foice.

SinoO sino é usado na religião Wicca para marcar o início e/ou o fechamento de um ritual, para invocar seres específicosem um ritual e também para despertar da meditação os membros do coven. Também é tocado quando se desejaafastar coisas malignas, para interromper tempestades ou para invocar e circular energias positivas. Nos rituaisfunerários da Wicca os sinos também são tocados, em honra àquele que partiu.

Outros Instrumentos

CornucópiaO próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E como a cornucópia lembra-nos umchifre (como o próprio nome diz) temos nela um dos símbolos mais utilizados na representação do Deus nasreligiões pagãs e neopagãs. Entretanto, seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa - quando cheioalimentos que simbolizem a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.

TriquetraEste importante símbolo é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo umagraciosa fluidez de movimento. Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas. É um doselementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos. A triquetra éum antigo símbolo indo-europeu. Também era utilizado por povos germânicos e gregos. Nos rituais da Wicca éutilizado para representar a Deusa Tríplice.

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Instrumento mágico 38

TúnicaA túnica é uma espécie de roupão usado para praticar feitiços

Livro das SombrasUm Livro das Sombras, muito conhecido como BOS (do inglês Book Of Shadows), é um diário usado porpraticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas.Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro.Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos de realização de rituais, contos sobre a mitologia, enfim.Tudo relacionado à Wicca e à Bruxaria.

Exemplar do Livro das Sombras.

Em algumas Tradições Wiccanas (por exemplo a Gardneriana), o Livro dasSombras é um texto contendo os rituais, práticas e a sabedoria daquela Tradição.É normalmente copiado à mão pelo praticante, a partir da cópia de seu(sua)iniciador(a). O material da Tradição não pode ser mudado, apesar de quealgumas adições possam ser feitas. Alguns Wiccanos mantêm ainda um Livrodas Sombras pessoal, além daquele de sua Tradição. O Livro das Sombras recebeesse nome porque seu conteúdo deve ser mantido a sombras das realidades dessemundo. É tradicionalmente de capa preta com um pentagrama prata ou douradona capa, mas outras cores como verde, marrom e azul marinho podem serutilizadas e outros símbolos cravados.

Em alguns casos, o Livro das Sombras pessoal de um praticante é um arquivo decomputador, seja em disco seja na forma de um sítio web, mas a maioria dospraticantes de magia não aceita tal prática, considerando que o livro das sombras

deve fazer parte do altar, tendo também seu valor mágico.

Muitos praticantes da Wicca se perguntam: Como posso fazer meu próprio Livro das Sombras? Basta umcaderno/livro/fichário com muitas folhas. A capa pode ser enfeitada com símbolos mágicos e dentro do livro, podemser guardados ervas e plantas protetoras. O livro assim como todos os outros instrumentos mágicos devem serconsagrados, assim protegendo o mesmo de olhares curiosos.

Livro do EspelhoFunciona quase como um livro das sombras, porém serve para retratar coisas pessoais. O livro das sombras temcomo principal função retratar os experimentos mágicos, já o livro do espelho serve para retratar tudo: um relato decoisas vividas, às vezes sem fundamento mágico, mas que é importante para o praticante.As bruxas o usam também para relatar seus sonhos e sentimentos íntimos como se fosse um diário mas com poções,rituais, feitiços e outros no livro.

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Livro das Sombras 39

Ligações externas• Book Of Shadows in the Internet Sacred Texts Archive [1]

• The Gardnerian Book Of Shadows [2]

Referências[1] http:/ / www. sacred-texts. com/ bos/[2] http:/ / www. sacred-texts. com/ pag/ gbos/

Pentáculo

Pentáculo

Pentáculo (um pentagrama inscrito num círculo), é um símbolo hámuito tempo associado à Magia e ao Ocultismo, ocupando papelde destaque na Wicca, ou Bruxaria Moderna. Há quem diga que opentagrama vem do grego pentagrammon que significa “cincolinhas”. Enquanto pentáculo vem de pentaculum que se refere a umamuleto pendente, não necessariamente um pentagrama.

Podemos encontrar pentáculos (uma estrela de cinco pontasrodeada por um círculo) na decoração de objetos da Suméria, cercade 2700 a.C., e também na escrita hieroglífica do Antigo Egito. Opentagrama figura fortemente também na cabala hebráica.

A Bruxaria o utiliza de forma marcante. A Wicca possui uma forteinfluência de elementos da Religião Celta, mas curiosamente oPentagrama - praticamente o "crachá" que identifica o Wiccano -não é originalmente um símbolo celta. Na verdade, o Pentagramajá vinha sendo utilizado como símbolo de poder mágico por muitas outras tradições anteriores à Wicca.

Encontramos o Pentagrama na Magia Cerimonial, em Thelema e muitas outras. Ocultistas como Eliphas Lévi ePapus desenvolveram o tema do pentagrama e seu uso mágico em suas obras. De modo bastante interessante,algumas igrejas templárias em Portugal possuem vitrais na forma de pentagramas.Essa ordem de monges guerreiros, tão importante na história do ocidente, ficou famosa por suas inúmerasassociações com o ocultismo, a ponto de serem vitimados pela Inquisição. A presença do pentagrama em suasconstruções parece confirmar seu aspecto herético e ocultista. Os Templários receberam seu nome justamente por seinstalarem nas ruínas do Templo de Salomão durante o período em que permaneceram em Jerusalém.Os significados do pentagrama são muitos, dependendo da tradição:•• O pentáculo é um símbolo pré-cristão relacionado com o culto da Natureza. Os Antigos imaginavam o mundo em

duas partes: a masculina e a feminina. Quando ambas as partes conviviam em harmonia, o mundo estava emequilíbrio. Quando estavam desequilibrados, existia o caos. O pentáculo significa então o lado feminino de todasas coisas, pois remete à deusa Afrodite(ou Vénus na mitologia romana). Numa interpretação mais específica, opentágono(ou pentáculo) simboliza Afrodite(Vénus), a deusa do amor sexual e da beleza femininos.Um factocurioso é que o planeta Vénus(que antigamente considerava a materialização da deusa) traça, de oito em oitoanos, um pentágono perfeito no céu eclíptico. Tão espantados ficaram os antigos aos observarem este facto, que opentágono se torna um símbolo de perfeição, beleza e qualidades sexuais.

• Pode simbolizar a união dos Quatro Elementos (Terra, Água, Fogo e Ar) ao Quinto Elemento, a Quintessência, ouPrincípio Vital;

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Pentáculo 40

•• Simbolizaria também o ser humano, com os dois pés as pontas inferiores) plantados no solo, os braços abertos emlouvor (as pontas intermediárias) e a cabeça voltada ao céu (a ponta superior).

•• É utilizado como símbolo iniciático em algumas tradições Wiccanas (como a Gardneriana, por exemplo).Algumas tradições diferenciam o pentagrama com a ponta solitária voltada para cima como sendo positivo, enquantoque a com a ponta para baixo é vista como negativa. Outras tradições não fazem essa diferenciação, aceitando o seuuso de qualquer dos modos.No Tarot, o naipe Ouros é conhecido em inglês como "pentacles" (pentáculos) uma clara alusão a sua associação aoElemento Terra.Neste caso, o pentagrama simboliza todos os atributos do Elemento Terra, ou seja, a riqueza, o mundo material, ocorpo físico. Como vimos acima, o Pentáculo com a ponta para cima pode ser facilmente identificado com o corpohumano.Esta leitura simbólica torna fácil a associação do pentagrama com Leonardo da Vinci que, ao propor seu estudo dasproporções humanas, o faz inserindo um homem dentro de uma figura circular, criando assim o homem perfeito.Também na radiestesia vemos a utilização do pentagrama. Entre os radiestesistas, ele é utilizado como gráfico deproteção e limpeza.Assim, podemos perceber que o pentagrama é um poderoso símbolo, associado desde as mais remotas eras à magia eao ocultismo. Apesar de não ser um símbolo Celta, foi amplamente adotado pela Wicca, desde o seu surgimento, nadécada de 1950, e hoje identifica muitos dos seguidores dessa corrente neo-pagã.Ahgar Massay grande amiga do rei salomão´praticava magia negra, mais depois que começaram as caças as bruxasAhgar fugiu do ocidente indo para oriente levando consigo a fama de rainha das bruxas onde alguns ainda acreditamque sua linagem de bruxas e bruxos ainda exista pelo nome Massay do qual na língua egípcia signifique imperatrizou imperador das trevas não se sabe o paradeiro de Ahgar mais se sabe que talvez ela tenha trazido sua descendênciapara as Américas.

Ligações externas• Site do Projeto Hera Mágica - Bem-estar e Cultura [1]

•• [2]•• [3]

Referências[1] http:/ / www. heramagica. com. br[2] http:/ / www. espacoholistico. com. br/ pentaculos2. htm[3] http:/ / eperdidas. wordpress. com

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Pentagrama 41

Pentagrama

Pentagrama

Um pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος) é uma estrelacomposta por cinco retas e que possui cinco pontas. Na línguaportuguesa, pentagrama significa uma palavra com cinco silabas.Também é, em música, as cinco linhas paralelas que compõem apartitura.

Ao pentagrama são atribuídos vários significados esotéricos.

Pentagrama na Mitologia

Da Vinci Vitruve " O Homem Vitruviano"

Talvez conhecido pelos antigos mesopotâmios (por exemplo ossumérios), foi muito considerado por Pitágoras que observou suarelação com o número aúreo. A Maioria dos autores opinam que opentagrama foi primeiro conhecido e estudado pelos babilônios, e daíem diante o tomaram os pitagóricos, devido â coincidente associaçãodo pentágono regular, com o cosmos e ordem divina, ainda assim,existe quem pònha em dúvida, pois o sumário atribuído aosneoplatônicos, Eudemo de Rodas e Proclo menciona que ospitagóricos, apenas conheciam a três das figuras cósmicas poliedrosregulares, desconhecendo ao octaedro e ao icosaedro.

A explicacão dada é que eles os conceberam da forma dos cristaisnaturais e ao surgiram de uma dedução matemática, o que iría contrada herença babilônica.[1]

Desde então se deu um uso ao mesmo tempo místico-mágico e outro científico; na magia o pentáculo com sua pontavoltada para cima significa o ser humano(de fato: durante a Idade Média se esboçavam longos pentalfas para logosobre eles desenhar se as figuras humanas, e isto pode se verificar no célebre escrito de Leonardo Da Vinci para olivro "A Divina Proporcão" de Luca Pacioli), a magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais.

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Pentagrama 42

UC36-6Prisma Pentagramico

pentagrama na representando o infinito

Na ciência propriamente dita a estrela pentagrama é um interessantediagrama que descreve várias leis matemáticas: se encontra comorepresentante nos logarítmos, na sucessão de Fibonacci, a espirallogarítmica e por isto também nos fractais etc.

•• MagiaA magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais.Originalmente símbolo da deusa romana Vênus foi associado adiversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo éencontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durantea aparente retroação de sua órbita. Trata-se de um dos símbolos pagãosmais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatroelementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendoconsiderado um talismã muito eficiente.[carece de fontes?]

O pentagrama é conhecido também como o símbolo do infinito, pois épossível fazer outro pentagrama menor dentro do pentagrama maior, eassim sucessivamente.[carece de fontes?]

Possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco,que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, ocasamento, a realização, unindo o masculino,o 3, e o feminino, o 2,simbolizando ainda, dessa forma, o andrógino.[carece de fontes?]

Escola Francesa de Cabala

O pentagrama é um símbolo muito utilizado pelos eruditos da escolafrancesa de Cabala. Autores como Eliphas Levi e Papus o estudaram afundo e o estabeleceram como um símbolo de proteção contra o mal,Boa Vontade e Bondade.[carece de fontes?]

Pentagrama na Matemática

Estrela feita pela união dos pontos de um pentágono regular e cincotriângulos isósceles côngruos.

Tal que a razão entre o lado do triângulo e sua base (lado dopentágono) é o número de ouro[2]

O pentagrama também foi usado como emblema na escolapitagórica[3][4], que também denominavam-se pentalfas [5], seu lemamáximo era "Tudo é Número". Os pitagóricos rendiam verdadeiroculto ao número natural,[6] considerando-o como a essência de todas ascoisas.

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Pentagrama 43

Pentagrama na Astronomia e Natureza

Conjunções inferiores sucessivas de Vênus se repetem numaressonância orbital muito próxima a 13:8 (a Terra orbita 8 vezes paracada 13 órbitas de Vênus) criando uma sequência de precessãopentagrâmica.

Pentagrama na Religião

Para os pagãos, cada ponta do pentagrama representa um dos CincoElementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra, e um espírito que atodos coordena.[carece de fontes?]

Cinco Elementos da Natureza e o Pentagrama

Atualmente, muitos usam um Pentagrama no pescoço, como símbolode orgulho da sua religião e representando a sua fé, ou ainda como umamuleto de proteção. É importante notar que isso não é nenhumaobrigação para qualquer religião .[carece de fontes?]

Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, opentagrama também representa o corpo humano (os 4 membros e acabeça). Para alguns o pentagrama passa ainda a ser conhecido como"estrela do microcosmo" (pequeno universo), que simboliza o magodominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos,mente sobre o corpo.[carece de fontes?]

Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, opentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes paraconsagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos. [carece de fontes?]

O pentagrama pode ser feito de qualquer material (metal, madeira, argila, vidro, etc.) e até desenhado em pedaços depano ou mesmo no chão.[carece de fontes?]

Pentagrama InvertidoO Pentagrama invertido (com duas pontas para cima), significa a verdade sobre o fato de o Espírito ser apenas umafaceta da matéria[carece de fontes?]. Pode-se observar também que o Pentagrama com duas pontas para cima aparecia,como um dos símbolos da Baphomet. Assim sendo, o pentagrama invertido possui significados paralelos.[carece de

fontes?]

O Pentagrama - podemos também afirmar que são as cinco pontas do corpo Humano, onde, através delas que sãolevados para o interior do corpo tudo que o Homem adquire com tais pontas (braços, pernas e cabeça). Mas, éadquirido de acordo com cada ser Humano, pois, uns levam estas pontas onde desejam, e é de acordo com essesdesejos que são introduzidos e exteriorizados a ação e a reação causadas por essas ondas capitadas, que logointroduzidas no ser são revertidas em conhecimentos e repassadas a outrem de acordo com o Eu de cada serHumano.(Pensamentos: Salomão Leon da Silva)

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Pentagrama 44

Notas[1][1] Boyer (1999), p. 80.[2] Número de ouro (http:/ / www. mat. uel. br/ geometrica/ artigos/ ST-15-TC. pdf)[3] Escola pitagórica (http:/ / www. educ. fc. ul. pt/ icm/ icm99/ icm17/ escpita. htm)[4] http:/ / www-history. mcs. st-and. ac. uk/ history/ Mathematicians/ Pythagoras. html[5] http:/ / michaelis. uol. com. br/ moderno/ portugues/ index. php?lingua=portugues-portugues& palavra=pentalfa[6] http:/ / pessoal. sercomtel. com. br/ matematica/ fundam/ naturais/ naturais1. htm

Referências• CHEVALIER, Jean e Gheerbrandt, Alain. Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos costumes, gestos, formas

figuras, cores números.•• Boyer, Carl Benjamin (abril de 1999). «Cap. IV: Jonia y los pitagóricos». História da Matemática (primera

edición). Madrid: Alianza Editorial. p. 80. ISBN 978-84-206-8186-3.

Varinha (Wicca)A Varinha (também conhecida como vareta) é um bastão fino de madeira, feito de um galho de árvore. É uminstrumento correlacionado ao elemento fogo. Na tradição alexandrina, ele é correlacionado ao elemento ar. Ésímbolo da força de vontade, e do poder mágico do bruxo que o possui.

CaracterísticasA vareta de acordo com vários compêndios de magia, deve ter aproximadamente a medida que vai do cotovelo àponta do dedo indicador em comprimento.Antes de se cortar o galho deve-se sempre pedir autorização à árvore. Se você sentir que ela consente, pode cortá-lo!

UtilizaçãoÉ usada para invocar e invocar seres diversos em um ritual. Além de ser utilizada também para traçar o CírculoMágico, desenhar símbolos mágicos e direcionar a energia. Muitos também mexem no caldeirão com ele. Emboranão seja muito utilizada.

Ligações externasCírculo Sagrado - Instrumentos [1]

Referências[1] http:/ / www. circulosagrado. com/ cs/ wicca/ instrumentos. php

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Athame 45

AthameO athame é um punhal, tradicionalmente de cabo preto e dois gumes, usado na Wicca e em algumas linhas debruxaria. Ele é utilizado para traçar o Círculo Mágico ou emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e paracontrolar e banir espíritos.As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão'(1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, hámanuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritospagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duasbruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outrasegura uma pequena espada.O Athame atualmente também é utilizado para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo davontade. As(os) bruxas(os) só usam seus Athames em rituais e feitiços, mas outros acreditam que, quanto mais forusado o Athame (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ela se torna.Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram ossímbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervasmágicas na outra.O athame também é usado na confecção de varinhas. Para isso, é necessario um athame de cabo branco (Boline).Esse costume era muito usado na antiga cultura celta. As varinhas também são usadas para se direcionar a magiacom mais precisão. O ATHAME é um punhal ritualístico de fio duplo sem corte, utilizado para absorver,potencializar e direcionar energias em RITUAIS. Normalmente usado para traçar o círculo mágico e desse modoafastar qualquer tipo de energia ou ser ESPIRITUAL que possa atrapalhar o ritual.Representa o elemento AR, e é utilizado na celebração simbólica do Grande Rito, ao ser mergulhado no cálicesagrado. Tradicionalmente possui o cabo preto, porém pode possuir outras cores. É comum ter gravados em sualâmina ou cabo símbolos e selos mágickos.Importante: O ATHAME não possui nenhum uso de corte, quando não usado para direcionar energias em RITUAL éum instrumento decorativo que serve como símbolo do poder masculino no altar, já que representa um falo, enquantoque o cálice representa um útero. Por se tratar de um objeto que possui ponta, é muito importante que se tenha totalcuidado com o seu uso e armazenamento para não gerar nenhum tipo de acidente.Algumas pessoas utilizam facas de COZINHA novas, para substituir o punhal, visto que nem sempre conseguemadquirir um. Isto é válido, desde que haja a preocupação de retirar o corte da lâmina da faca, como precaução paraque não ocorram acidentes enquanto o objeto está sendo manuseado no rito.Apesar de algumas pessoas acreditarem que os ATHAMES eram ou ainda são utilizados em rituais de sacrifício,essa prática é rechaçada com veemência pelos seguidores da Wicca uma vez que sacrifícios, sejam estes humanos oude animais, são completamente fora de seus princípios religiosos.Ele simboliza o Deus no altar e só é retirado do mesmo, para traçar o círculo ou para efetuar a simbologia do GrandeRito, onde a união do ATHAME e do cálice simbolizam a união do Deus com a Deusa. É possível que algumatradição dê outros usos ao Athame, porém, com toda certeza nenhum deles pode estar relacionado ao uso doATHAME como arma.

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Athame 46

Referências•• PRIETTO, Claudiney. Wicca: a Religião da Deusa. São Paulo: Gaia, 2001. 301 p. (ISBN 8585351845)•• CANTRELL, Gary. Wicca - Crenças e Práticas. São Paulo: Madras, 2002. 229 p. (ISBN 8573745592)

Caldeirão

Caldeirões numa escola do Botswana.

Um caldeirão (do Latim caldarium, banho quente) éuma panela grande, usada para cozinhar grandesquantidades de comida sobre uma fogueira.

Caldeira grande, espécie de panela ('vasilha paracocção de alimentos') de grandes dimensões, com alçaou alças e de forma cilíndrica ou esferóide, com fundochato, usado princialmente para cozimento em águafervente.

Na ficção

Os caldeirões são frequentemente usados por feiticeirasna literatura e no cinema.

No WiccaO caldeirão simboliza o pincípio feminino, representando o útero da Deusa Mãe, de onde vem todas as coisas. NaWicca é usado pelos wiccanos para queimar papéis com pedidos, agradecimentos e orações ou para fazer fogueiras.Além disso, o caldeirão também simboliza a vida, pois é nele que se prepara o alimento, e desta associação,originou-se a lenda celta sobre o graal, pois em várias culturas européias fala-se em caldeirões ou "taças" mágicasque geram alimento ou bebida infinitamente.Tradicionalmente o caldeirão possui três "pés" que representa as três faces da Deusa Tríplice: Donzela, Mãe e Anciã.O caldeirão está ligado ao elemento Água que denota uma influência psíquica e do inconsciente. O principalinstrumento ritualístico utilizado pelos bruxos, ele simboliza desde a antiguidade o útero universal, ou seja, o úteroda Grande Mãe, de onde tudo vem e para onde tudo retorna. Na prática é usado para transformar os feitiços atravésda queima de ervas, papeis, alimentos, líquidos e demais itens.É normalmente preto e feito de ferro. Seu tamanho varia conforme o praticante optar. Representa no altar o elementoéter aquele que une todos os outros. É comum guardar instrumentos menores no caldeirão para protegê-los ouescondê-los.

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Cálice (Wicca) 47

Cálice (Wicca)O cálice (taça) na religião Wicca é colocado no altar para representar o sagrado feminino e o elemento água, ficandotradicionalmente no ponto oeste.O cálice representa o sagrado feminino o útero, o oposto do athame que representa o falo. O cálice e o athame sãoutilizados atualmente para realizar o Grande Rito simbólico, representando a união do sagrado feminino com osagrado masculino.O cálice ritual pode ser feito com qualquer tipo de material: cristal, prata, vidro, cerâmica e alguns outros metais(cuidado com metais que oxidam com água).Associado ao mito do Santo Graal, o Cálice também é usado para consagrar e beber o vinho dos rituais. Ele foiintroduzido na Wicca em época mais recente. Em algumas tradições mais puristas é substituído por uma concha ouum chifre, onde se toma o vinho (ou qualquer outra bebida ritualística).Em um coven, o cálice com vinho é passado ao redor do círculo e, enquanto cada membro toma um gole do líquido,faz seus pedidos e agradece aos deuses.

Vassoura (magia)Na bruxaria em geral, e especificamente na Wicca, a vassoura é um instrumento muito utilizado nos diversos rituaisreligiosos. A vassoura simboliza o masculino (através do cabo) e o feminino (através da piaçava). Hoje a vassoura éincluída na lista de ferramentas ritualísticas em muitos guias pagãos.

Mitos sobre as VassourasAs vassouras há muito tempo têm sido relacionadas à bruxaria, quase universalmente retratadas em seu estilomedieval arredondado e associado às bruxas. Esse mito é explicado pelo fato de as bruxas utilizarem vassouras emseus ritos de celebração da natureza, pulando sobre as vassouras em meio a colheita, como a intenção de fazer aplantação crescer maior e mais rapidamente. Essa antiga prática, levou à crença moderna de que bruxas podem voarem vassouras.Lembrando que essa vassouras não são as comuns de limpar a casa,essas de limpar a casa têm um caboreto porém as da bruxaria possuem um cabo tortinho.

Usos rituaisElas são usadas para limpar a energia negativa em círculos ritualísticos. Antes e/ou depois de fazer algum tipo deritual. Nos rituais matrimoniais da Wicca existe uma tradição onde os recém-casados saltam (de mãos dadas) umavassoura deitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.

Mito da Vassoura VoadoraRelatos dizem que a o mito da que praticantes de bruxaria poderiam voar em vassouras, vem de uma época onde asmulheres para celebrar a boa colheita, subiam em vassouras e corriam e pulavam entre as plantações.

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TRADIÇÕES DA WICCA

GardnerianismoA Wicca Gardneriana é uma Tradição de Mistérios, Iniciática e de transcendência, por isto é voltada para odesenvolvimento interior de cada um. É um caminho sacerdotal e iniciático, uma Tradição que não aceita oureconhece auto-iniciações.Essa Tradição é passada oralmente, incluindo as suas leis, procedimentos e fundamentos, culminando em ritos. Osseus iniciados servem aos Deuses por meio das antigas práticas, sendo guiados por ancestrais, seguindo um caminhoreligioso calcado no serviço à Deusa das Estrelas e seu Divino Consorte, amante e filho, o Deus de Chifres,exercendo o Sacerdócio dos Antigos de acordo com a tradição de ancestralidade de seu Clã.Os membros da Tradição Gardneriana remontam a sua linhagem a uma das Altas Sacerdotisas iniciadas por GeraldB. Gardner, entre as quais, as mais famosas são:• Ameth (Doreen Valiente)• Dayonnes (nunca permitiu divulgar o seu nome civil)• Tanith (Lois Bourne)• Thelema (Patricia Crowther)• Artemis (Eleonor 'Rae' Bone)• Olwen (Monique Wilson)No entanto, não podemos levar em conta o que Doreen Valiente costuma falar sobre Gardner, como pode serobservado na obra 'Fifty Years of Wicca' de Frederic Lamond [1].A prática da Wicca Gardneriana é restrita aos covens imbuídos da chamada ancestralidade. A razão disso é que oBoS Gardneriano verdadeiro se mantêm em sigilo, sendo passado de Altos Sacerdotes para iniciados, e suainformação só se torna completa para a correta execução dos rituais quando unida ao conhecimento oral passado deAltos Sacerdotes a iniciados.O conhecimento oral transmitido nunca poderá ser escrito, pois ele é a consolidação do aprendizado sobre inúmerastécnicas e práticas. Sendo assim, fica impossível transcrevê-lo em explicação teórica, uma vez que ele pode variarimensamente (conforme a situação, pessoa, etc). Rick Johnson (Alto Sacerdote do Coven Desert Henge) conseguiuexemplificar esse ponto muito bem:

"Posso fazer figuras da posição de Karate, de como quebrar um pedaço de madeira; posso descrever emtodos os aspectos, porém só olhando para a mão do aluno vou poder verificar e explicar a posição exata,explicar sobre a intensidade da força e corrigir algum eventual erro."

Oficialmente, só um Gardneriano pode formar outro Gardneriano, sendo a transmissão de conhecimento essencial, eo respeito às polaridades onde um homem inicia uma mulher e esta inicia um homem.A Wicca Gardneriana é uma religião de mistérios, romântica e erótica, transmitida formalmente a partir de um ritual de iniciação; conseqüentemente não é possível revelar exatamente como é praticada. É de domínio público que muitas vezes é celebrada com os participantes "Vestidos de Céu", ou seja, praticando a nudez ritual, uma vez que acreditam que o corpo humano emana poder. Evocam-se os poderes dos elementos, traça-se o círculo e, com os quatro elementos, purifica-se esse espaço sagrado e os participantes. Celebram-se os Sabás, Esbás e fazem-se reuniões, invocando os Deuses para honrarem esses rituais com a sua presença. O clímax dos rituais ocorre no momento do Grande Rito, no qual o casal de Alto Sacerdotes dirigentes de um Coven, cada qual canalizando a divindade correspondente ao seu gênero, opera um rito secreto e privado, cujo objetivo é a união mística, sexual, e

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Gardnerianismo 49

amorosa da Deusa das Estrelas e o Deus de Chifres. Ao final, desfaz-se o círculo e restaura-se o espaço do mundoprofano. Os participantes procuram interagir com a natureza ao seu redor e consigo próprios, através das técnicas quelhes foram transmitidas.A Wicca Gardneriana é praticada desde Gardner, que a apresentou publicamente após o fim das leis britânicasanti-bruxaria, e com intento de preservar a Arte, unindo os conhecimentos que adquiriu no Coven de New Forest,como sobrevivência das práticas dos Covens de Old Pickingill(Existem opiniões diversas, mas evidênciassignificantes.[2]). Também é destacável seu vasto conhecimento e participação em outras ordens de misticismoOcidental.Somente por meio da iniciação, realizada por uma/um postulante à Wica Gardneriana e um/a Alto/a Sacerdote/isadevidamente iniciado/a e preparado/a na Tradição Gardneriana, é que pode ser formado um novo membro daTradição Gardneriana. Assim, por meio da rede de linhagens de iniciações, que ligam todos os Gardnerianos atéGardner, os gardnerianos podem se reconhecer e manter a qualidade de seus ensinamentos tradicionais ao longo dasgerações de iniciados.

Ligações externas• Versão pública do BoS (Book of Shadows, ou Livro das Sombras), publicado por Aidan Kelly [3] (em inglês)• Página da Tradição Gardneriana, linhagem Olwen, no Brasil [7] (em português)

Referências[1] http:/ / books. google. com/ books?id=dqd8NptJIIAC& printsec=frontcover#v=onepage& q& f=false[2] http:/ / bissekart. zoomshare. com/ files/ pickingill/ begin. html[3] http:/ / www. sacred-texts. com/ pag/ gbos/ index. htm

ReclaimingReclaiming (anteriormente denominada Reclaiming Collective) é uma comunidade internacional de mulheres ehomens que trabalham para unificar o espiritualismo baseado na natureza e o activismo político. Reclaiming foifundado no meio do Movimento de Paz e o Movimento Anti-nuclear, no final da década de 70 e início da década de80, focando-se no activismo económico, ambiental, político e social progressivo.A abordagem espiritual da Reclaiming baseia-se na religião e magia da Deusa que é entendida como a força vitaliminente, e, não como uma divindade transcendental. Tealogicamente, Reclaiming é muito diversa. O fio comum éuma adoração e defesa activa da Terra. Os ensinamentos e rituais focam-se no apoio a indivíduos e comunidadespara tomarem acçõesReclaiming teve a sua origem na década de 1980, em São Francisco, através das influências do poesia de VictorAnderson e da Tradição Feri de Cora Anderson, da Tradição Diânica ensinada por Zsuzsanna Budapest, dofeminismo e do anarquismo[1], movimentos de paz e ambiental.Entre os professores da tradição temos Starhawk, autora de The Spiral Dance e muitos outros; T. Thorn Coyle, autorde Evolutionary Witchcraft; Diane Baker, co-autora de Circle Round: Raising Children in the Goddess Tradition(1998) e M. Macha Nightmare, co-autora de The Pagan Book of Living and Dying.Actualmente, Reclaiming tem diversas comunidades afiliadas dos Estados Unidos da América, Canadá e Europa. Acampamentos de uma semanas chamados de Witchcamps junta os praticantes de Reclaing de uma dúzia de regiões. Aulas, tais como, "Elements of Magic" "Rites of Passage" e "Iron Pentacle" ("Magia dos Elementos" "Ritos de Passagem" and "Pentáculo de Ferro") partilham habilidades práticas na emancipação pessoal e processo de grupo. Reclaiming tem também produzido diversos CDs de canções e cantos pagãos e publica a revista Reclaiming

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Reclaiming 50

Quarterly.

Críticas à ReclaimingO paganismo da Reclaiming sofre algumas críticas de outros grupos e indivíduos neo-pagãos.Uma das críticas é que os autores e pensadores da Reclaiming, tais como Starhawk, é que os homens são vistospredominamente como negativos, simplistas e fonte de problemas, particularmente nos textos iniciais. Actualmente,as tradições da Reclaiming documenta que são neutros neste tema, e, os encontros e as acções políticas podem serpresenceados por homens. Apesar disso a crítica mantém-se devido às figuras centrais nunca se terem pronunciadorelativamente aos textos com ideias androfóbicas mesmo que a maioria dos envolvidos na comunidade daReclaiming serem homens.Existem críticas em relação às práticas de rituais nos "Witchcamps" e noutros eventos nos quais as divindades easpectos masculinos são pouco representados nos rituais e mitos escolhidos para os "temas" dos acampamentos.Outras críticas é as regras de conduta são algumas vezes diferenciadas entre homens e mulheres, e, devem ficarcircunspectos nas suas participaçoes nos rituais e actividades da comunidade.[1] Reclaiming Quarterly, principal publicação da organização. (http:/ / www. reclaimingquarterly. org/ index. html)

Bibliografia• Jone Salomonsen, Enchanted Feminism: The Reclaiming Witches of San Francisco (London and New York:

Routledge, 2002) ISBN 0-415-22392-X• T. Thorn Coyle, Evolutionary Witchcraft (Tarcher/Penguin, 2004)• Starhawk and M. Macha Nightmare, The Pagan Book of Living and Dying (Harper/SF, 1997)• Starhawk, author of The Spiral Dance and numerous other books - see Starhawk• Margot Adler, Drawing Down the Moon: Witches, Druids Goddess-Worshippers and Other Pagans in America

(Penguin, 2006)•• V. Vale, "Modern Pagans" (Re/Search, 2001)

Ligações externas• www.reclaiming.org (http:/ / www. reclaiming. org)

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Tradição Alexandrina 51

Tradição AlexandrinaA Tradição Alexandrina é uma tradição wiccaniana fundada por Alex Sanders juntamente com sua esposa, MaxineSanders. Surgiu na Inglaterra em meados da década de 1960.Esta tradição é bastante parecida com a Tradição Gardneriana em sua estrutura, mas apesar de seu embasamentogardneriano é importante frisar que Alex Sanders jamais fora iniciado em um coven regular gardneriano.Esta Tradição trabalha à maneira de Maxine e Alex Sanders; este dizia terem sido iniciado por sua avó em 1933. Amaioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia Cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde aSacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior partesão baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam dotema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana, a Sacerdotisa é a autoridade máxima. ATradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritamente Gardnerianas, tais como anudez ritual, são opcionais. Alex Sanders intitulou-se a certa altura "Rei das Bruxas", considerando que o grandenúmero de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos olevaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não derepúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina emsuas publicações.

Ligações externas• Bruxaria.net - Tradição Alexandrina [1]

• Alexandrian Wicca [2] (em inglês)

Referências[1] http:/ / www. bruxaria. net/ enciclopedia/ t/ tradicao-alexandrina. htm[2] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ Alexandrian_Wicca

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Tradição Ibérica (Wicca) 52

Tradição Ibérica (Wicca)A Tradição Ibérica nasceu com o Coventículo do Corvo Sagrado tendo como objectivo o renascimento dos deusese cultos ibéricos essencialmente na Lusitânia Romana.

O CultoNa Lusitânia o culto era politeísta excepto na tribo Cónia que era monoteísta. O deus dos Cónios era Elohim, mas asrestantes tribos veneravam vários deuses não se podendo considerar que a religião destes seja única, mas umapluralidade delas. Apesar disso existiam alguns pontos em comum, tais como, o culto lunar e solar, e , o culto aosancestrais e aos mortos. Também existem cultos tutelares de tribos e de locais. Nestes locais adoravam-se árvores,rios, ribeiros, lagos, montanhas,...Na prática religiosa e de forma a apaziguar os deuses estes povos praticavam aimolação. Sacrificavam animais, tais como, a cabra, a ovelha, o touro, o cavalo, e o homem sendo que estes doisúltimos eram sacrificados de forma excepcional utilizando para este efeito os prisioneiros de guerra. Uma dascaracterísticas principais das religiões da Lusitânia eram os presságios ou clarividência, por isso utilizavam os astros,as entranhas de animais, a observação das aves e o fogo para o acto de adivinhação.

Os DeusesOs deuses Lusitanos e Calaicos teriam essencialmente 3 funções: de poderes infinitos (justiça, bem,...), de guerra(bravura, força física, soberania), e, de fecundidade e bem-estar. Por isso verificamos alguns deuses mais venerados:Quangueio (o criador, a fecundidade), Arência e Arêncio (guerreiros, a força), e, Trebaruna (a Soberania) pelosLusitanos; Bande (a soberania), Nabia (a fecundidade) e Reve (a força) pelos Calaicos; Endovélico (o poder civil),Atégina (a produção social, a fecundidade) e Runesius (a classe militar) pelos Célticos; e, finalmente os Cónios queadoravam o deus único Elohim. Acredita-se que a morada divina dos deuses seria a Constelação da Barca ou a UrsaMaior.O Panteão Lusitano e Calaico é bastante rico apesar de existir só alguma centena de registos. No entanto acredita-seque no passado existira mais de mil deidades sendo que na sua maioria relacionada com locais, por exemplo,montanhas e rios.

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PERSONALIDADES

Alex SandersAlex Sanders (6 de Junho de 1926 - 30 de Abril de 1988), nascido como Orrell Alexander Carter, foi o fundadorda Tradição Alexandrina da Wicca. Os seus seguidores proclamam-no como o Rei das Bruxas. Porém não éconsiderado pela verdadeira Tradição.

Alex Sanders

Nome completo Orrell Alexander Carter

Nascimento 6 de Junho de 1926Birkenhead, Inglaterra

Morte 30 de Abril de 1988Sussex, Inglaterra

Cônjuge Doreen Valiente e Maxine Sanders

Filho(s) Paul e Janice (com Doreen); Maya e Victor (com Maxine)

Ocupação sacerdote wiccano

fundador da Tradição Alexandrina

VidaNascido em Moon St, Birkenhead, Liverpool[1], e o mais velho de seis crianças, dizia que a sua avó, Mary Bibby, otinha iniciado na Bruxaria. Enquanto novo, ele encontrou-a nua no centro de um círculo. Ela disse-lhe para tirar assuas roupas e entrar no círculo com ela. Enquanto o fazia ela disse-lhe ser uma bruxa hereditária, e disse-lhe paracolocar a sua cabeça entre as pernas. Ao fazê-lo, ela fez-lhe um pequeno corte no escroto, dizendo-lhe "Agora és umde nós".Sanders contou que a sua avó lhe tinha deixado uma cópia do seu Livro das Sombras quando ele tinha nove anos, eque o tinha ensinado os rituais e a magia das Bruxas. Ele descobriu os seus próprios dons de clarividência e de curaatravés do toque.Tornou-se um químico analítico num laboratório em Manchester. Casou com uma colega de trabalho, na altura com19 anos enquanto ele tinha 21. Tiveram dois filhos, Paul e Janice, mas o casamento deteriorou-se e separaram-sequando ele tinha 26 anos.

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Alex Sanders 54

O Caminho da Mão EsquerdaDepois disso apareceu o período que Sanders descrevia como estanto a viver a vida do "caminho da mão esquerda"depois de ter vagueado entre trabalhos e tido casos sexuais tanto com homens como com mulheres. Usou magia eestudou os trabalhos de Abramelin, o Mago. Aparentemente tinha facilidade em atrair pessoas que o podiam suportarfinanceiramente.Teve o seu primeiro contacto com Wicca no início dos anos 60, por correspondência e encontros com PatriciaCrowther. Em Setembro de 1962 conseguiu convencer o Manchester Evening News a ter um artigo em primeirapágina sobre Wicca. Esta publicidade teve vários efeitos colaterais indesejados para Sanders, incluindo a perda doseu trabalho. Pouco tempo depois juntou-se a um coven de Garderian Wicca liderado por Pat Kopanski, dissolvidoum ano depois. Isso fez com que Sanders fundasse o seu primeiro coven e atraísse a atenção dos media paraconseguir ter mais seguidores. Em 1965 disse ter 1623 iniciados em 100 covens, que aparentemente o elegeramcomo Rei das Bruxas.

Vida PagãDurante os anos 60 Sanders conheceu Maxine Sanders, e iniciou-a à Bruxaria. Em 1967 casaram e começaram aleccionar bruxaria.Em 1969 teve um artigo publicado num jornal sensacional o que o levou à biografia romanciada King of the Witchespor June Johns e 1969, e ao filme Legend of the Witches.Na estreia do filme Legend of the Witches conheceu Stewart Farrar, um escritor que mais tarde foi iniciado porMaxine Sanders num coven onde conheceu Janet Owens.

Anos seguintesOs Sanders separaram-se em 1971. Sanders mudou-se para Sussex, enquanto Maxine continuou em Londres. Em1972 nasceu o seu filho Victor. Morreu no dia de Beltane (30 de Abril) de 1988, depois de ter sofrido de cancro dopulmão. Numa gravação em cassete que foi tocada no seu funeral, Sanders declarava Victor como o seu sucessor aRei das Bruxas. De acordo com a sua mãe, Maxine, Victor não quis ser, e mudou-se para os Estados Unidos.Actualmente a tradição Alexandriana existe em vários países além da Bretanha. Nunca foi popular nos EstadosUnidos como aconteceu com a tradição Gardneriana. Até 1980 nenhum dos covens Alexandrianos tinham umaligação directa com Sanders.[1] "A Talk by Maxine Sanders" part 1, Witchcraft and Wicca Issue 3, p. 4. London: Children of Artemis.

Ligações externas• Jimahl Di Fiosa (http:/ / jimahl. blogspot. com/ )• Wicca Alexandrina em Português (http:/ / wiccaportugal. wordpress. com/ )

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Charles Cardell 55

Charles CardellCharles Cardell (1892–1977) foi um wiccano inglês que propagou sua própria tradução do Ofício, que diferentedaquele popularizado por Gerald Gardner. A tradição da Wicca de Cardell era baseada em torno da forma do DeusCornífero conhecido como Atho, e ele fazia rituais numa coven que se reunia nos arredores de seu estado de Surrey.Sua tradição da Wicca foi continuada por Raymond Howard em sua Coven de Atho. De fato, foi Cardell que cunhouo termo "Wicca" e se referia a seus seguidores como "Wiccens".[1]

Referências[1] http:/ / www. thewica. co. uk/ wica_or_wicca. htm

Claudiney PrietoClaudiney Prieto é um escritor wiccaniano brasileiro. Foi iniciado na Wicca há mais de 10 anos. É um dos pioneirosna divulgação da Wicca no Brasil sendo autor de diversos livros entre os quais Wicca - A Religião da Deusa, oprimeiro bestseller[carece de fontes?] do paganismo brasileiro.É o Elder e fundador da Tradição Diânica Nemorensis.

Bibliografia• 1996 - Anjos - Mensageiros do Infinito• 1999 - Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna (Gaia) ISBN 8575550365• 2001 - Wicca a Religião da Deusa (Gaia) ISBN 8585351845• 2002 - ABC da Bruxaria (Gaia) ISBN 8575550020• 2002 - Todas as Deusas do Mundo (Gaia) ISBN 8585351969• 2003 - Coven- Criando e Organizando Seu Próprio Grupo (Gaia) ISBN 8575550217• 2005 - Wicca para Bruxos Solitários (Nova Era) ISBN 8501071366• 2006 - Ritos de Passagem (Gaia) ISBN 8575550721• 2008 - A Arte da Invocação (Gaia) ISBN 9788575551769

Ligações externas• Portal Neopaganismo [1]

• Site Pessoal do Autor [2]

Referências[1] http:/ / www. neopaganismo. com. br/ pt/[2] http:/ / www. wiccanaweb. con. br

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Claudio Crow Quintino 56

Claudio Crow QuintinoClaudio Crow Quintino é um autor pagão do Brasil nascido em São Paulo. Há mais de 16 anos se dedica àespiritualidade pagã essencialmente, sendo autor de dois livros, A Religião da Grande Deusa e O Livro da MitologiaCelta. Foi representante da Druid Network no Brasil até março de 2009[1], e é instrutor em cursos de Druidismo,Xamanismo e Espiritualidade Celta.

Bibliografia• 2000 - A Religião da Grande Deusa (Gaia) ISBN 8585351837• 2002 - O Livro da Mitologia Celta (Hi-Brasil) ISBN 8588928027

Ligações Externas• Site Oficial de Claudio Crow Quintino [2]

• Blog Oficial de Claudio Crow Quintino [3]

[1] Claudio Crow Quintino, "DRUID NETWORK - VENTOS DE MUDANÇA", em: http:/ / blog. claudiocrow. com. br/ 2009/ 03/ 26/druid-network-ventos-de-mudanca/ . Acessado em 31 de maio de 2011.

[2] http:/ / www. claudiocrow. com. br[3] http:/ / blog. claudiocrow. com. br

Doreen Valiente

Doreen Valiente

Nome completo Doreen Edith Dominy Valiente

Conhecido(a) por Primeira Alta Sacerdotisa do coven Bricket Wood de Gerald Gardner

Nascimento 4 de Janeiro de 1922Mitcham

Morte 1 de Setembro de 1999Brighton

Nacionalidade Grã Bretanha

Ocupação Escritora, Sacerdotisa

Doreen Edith Dominy Valiente, conhecida sob o nome mágico Ameth[1] (Mitcham, 4 de janeiro de 1922 -Brighton, 1 de setembro de 1999), foi/é uma das mais respeitadas e influentes wiccans inglesas da bruxaria moderna,que estabeleceu relações com várias tradições antigas, incluindo o Gardnerianismo (na qual foi a primeira AltaSacerdotisa do coven liderado por Gerald Gardner), o Cochranianismo e o coven de Atho (um dos nomes dado aoDeus Cornífero).

VidaDoreen Valiente nasceu em Janeiro de 1922, na cidade de Mitcham, situada a sul da Grande Londres, no seio de uma família cristã, tendo Harry, como pai, e Edith, como mãe. Pouco mais tarde, a família estabeleceu-se perto da cidade Horley, condado de Surrey, onde Doreen passou a sua adolescência. Com apenas sete anos, enquanto deslumbrava a lua, teve o seu primeiro contacto espiritual e, aos treze anos, convenceu-se que era dotada do uso de magia, empregando-o, inicialmente, para proteger a mãe, vítima de assédio por um colega de trabalho.[2] Assim que confessou aos pais as suas acções, estes opuseram-se e enviaram-na para um colégio[3]. Dois anos mais tarde,

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Doreen Valiente 57

Doreen fugiu, abandonando a escola para sempre.Pelo que se conhece, Doreen casou-se duas vezes. O primeiro casamento aconteceu, quando tinha dezanove anos, a31 de Janeiro de 1941. Na altura, trabalhava como secretária em Barry, cidade a sul do País de Gales, onde conheceue se casou com Joanis Vlachopoulos, um jovem de 32 anos, marinheiro da Marinha britânica, que após menos de seismeses depois do casamento, foi declarado desaparecido e, posteriormente, dado como morto, durante a SegundaGuerra Mundial.Nesse mesmo ano, Doreen voltou para Londres. Cidade onde, três anos mais tarde, a 29 de Maio de 1944, viria aconhecer e casar com Casimiro Valiente (do qual obteve o seu sobrenome), um espanhol exilado da Guerra CivilEspanhola.Algum tempo após o término da Grande Guerra, Doreen e Casimiro mudaram-se para Bournemouth, uma cidadeinglesa não muito longe de New Forrest (onde, curiosamente, Gerald Gardner deu os primeiros passos na Bruxaria).Embora o seu marido não partilhasse o mesmo interesse pelo oculto, Doreen ia lendo e pesquisando sobre o assunto.Até que, em 1952, se deparou com um artigo do jornal inglês Illustrated, intitulado "Bruxaria na Grã-Bretanha".[4] Oartigo mencionava Cecil Williamson, director do Museu de Bruxaria (Museum of Witchcraft [5] - Boscastle,Cornwall, Inglaterra), e o New Forest Coven. Interessada e curiosa, Doreen envia uma carta para Williamson,pedindo mais informações sobre o assunto e sobre esse coven. Carta essa que foi, posteriormente, direccionada paraGerald Gardner. Os dois trocaram correspondência por algum tempo, até que se conheceram, pessoalmente, em casade Dafo - amiga de Gardner e um importante membro do New Forest Coven [quem, anos antes, tinha iniciadoGardner]. Doreen começava, assim, o seu longo percurso na Wicca. Passado um ano desse encontro, durante oSolstício de Verão de 1953, Doreen submeteu-se ao primeiro grau de iniciação à Wicca, com Gerald Gardner comoseu iniciador.

Wicca

1952-1957Logo após Gardner ter tornado públicas suas alegações de ter sido iniciado em um culto de bruxas aindasobrevivente, Valiente se juntou a ele em 1952 e colaborou na criação de rituais. Valiente se tornou Alta Sacerdotisado coven Bricket Wood de Gardner, em 1953, escreveu vários poemas para uso dos wiccanos, incluindo uma versãoreescrita de Carga da Deusa, e ajudou a formular a Wiccan Rede[6]. Como Alta Sacerdotisa, inicia Jack L. Bracelin,em 1956. Porém, o desejo crescente, de Gardner, por publicidade provocou uma longa separação entre eles. Pois, aocontrário do seu mentor, Doreen sempre quis ser muito discreta nas suas actividades mágicas, devido aoconservadorismo da mãe, que reprovaria qualquer acção relacionada com a bruxaria e afins. No livro The Rebirth ofWitchcraft, Doreen descreve a insegurança que sentiu quando Gardner começou a contactar com a imprensa,mostrando-lhe que, assim, comprometeria a segurança do grupo e a sinceridade dos ensinamentos. Esta situaçãolevou à introdução, em 1957, das intituladas “Proposed Rules for the Craft”. Um conjunto de regras que impediaqualquer membro de se dirigir à comunicação social. Contudo, Gardner ripostou, alegando que já existiam outrosdocumentos tradicionais, fazendo com estes fossem imediatamente distribuídos por todos os membros do coven.Claro está que Doreen não acreditou na autenticidade dessas "Old Laws", acabando por abandonar Gardner e ocoven Bricket Wood. Esta situação levou-a a fundar o seu próprio coven e, mais tarde, em 1964, a partilhar comRobert Cochrane um percurso tradicionalista da Bruxaria.

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Doreen Valiente 58

1957-1966Assim que abandonou Gardner e o coven Bricket Wood, em 1957, Doreen formou o seu próprio coven, com NedGrove. E embora não acreditasse nas Leis Wiccans, o novo coven professava as tradições Gardnerianas. Assim omanteve até 1964, altura em que conheceu Robert Cochrane, num encontro realizado pela Irmandade dos Essénios,na colina Glastonbury Tor[7]. Doreen identificou-se logo com Cochrane, por este não ser muito adepto depublicidade, e acabou por integrar no seu coven, o Clan of Tubal Cain.

1970Nos anos 1970, ela publicou uma série de livros e se consagrou como uma das mais respeitadas sacerdotisas daWicca, merecendo uma entrada no "Dictionary of National Biography" (Dicionário Biográfico Nacional, emtradução livre). Era ativa na promoção da Bruxaria Moderna e do Neopaganismo, sendo enfática, particularmente,em afirmar que o movimento não tinha relação alguma com o satanismo, mas não procurou a publicidade parabenefício próprio. Era uma figura notável no suporte ao desenvolvimento da Federação Pagã Internacional.Enfrentando os desafios dos céticos, Valiente tentou, com algum sucesso, fornecer evidências para as alegações deGardner a respeito de sua iniciação, notoriamente através da identificação de Dorothy Clutterbuck em 1980, a velhabruxa que supostamente realizou a iniciação em um ensaio publicado em Oito Sabbats Para Bruxas, de Janet eStewart Farrar.

MorteDoreen Valiente sofria de vários problemas de saúde, inclusive de cancro do pâncreas. Nos seus últimos dias, foitransferida para um lar, vindo aí a morrer no dia um de Setembro de 1999, às 6h55min, na companhia do amigo JohnBelham-Payne (sob o nome mágico Dagda). Co-fundador do Centro de Estudos Pagãos [8], John assumiu aresponsabilidade de guardar e cuidar da extensa colecção de artefactos de feitiçaria e manuscritos da sua amigaDoreen, incluindo o seu Livro das Sombras.[9] Um dos seus últimos desejos era que os seus poemas fossempublicados e partilhados com o Mundo. Hoje, esses poemas podem-se ler num livro intitulado de “Charge of theGoddess”, juntamente com algumas memórias dos seus amigos e artefactos.[10] Um excerto de "Poem":

And thou who thinkest to seek for me, know thy seeking and yearning shall avail thee not,unless thou know this mystery:

that if that which thou seekest thou findest not within thee, thou wilt never find it without thee.

For behold, I have been with thee from the beginning; and I am that which is attained at theend of desire.[11]

Dr. Leo Ruickbie examina sua vida e contribuição à Wicca em Witchcraft Out of the Shadows. De acordo com o Dr.Ruickbie, Valiente é a "mãe da Bruxaria Moderna", exercendo um papel crucial em reescrever muito do material derituais original de Gardner com ajuda de Ronald Hutton.

Livros publicados• 1962: Where Witchcraft Lives• 1973: An ABC of Witchcraft Past and Present• 1975: Natural Magic• 1978: Witchcraft for Tomorrow• 1989: The Rebirth of Witchcraft• 1990: Witchcraft: A Tradition Renewed [com Evan John Jones]• 2000: Charge of the Goddess [colectânea de poemas]

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Doreen Valiente 59

ReferênciasNotas de rodapé[1] in Website Witchcraft & Witches (http:/ / witchcraftandwitches. com/ witches_valiente. html)[2] in Biography / Teen Witch (http:/ / doreenvaliente. org/ ?page_id=205)- Doreen Valiente.com[3] in Doreen Valiente (http:/ / www. controverscial. com/ Doreen Valiente. htm)- Controverscial.com[4] in VALIENTE, Doreen, The Rebirth of Witchcraft. Junho 1989, pág. 35[5] http:/ / www. museumofwitchcraft. com/[6] in ROSEMARY, Ellen Guiley The Encyclopedia of Witches and Witchcraft. 1998, pág. 348[7] in The Rebirth of Witchcraft, pág. 117[8] http:/ / centre-for-pagan-studies. com/[9] in 1990's (http:/ / www. doreenvaliente. com/ main/ biography/ 1990's/ Doreen's Last Will And Testament. htm)- Doreen Valiente.com[10] in 1990's (http:/ / doreenvaliente. org/ ?page_id=209)- Doreen Valiente.com[11] in Doreen Valeliente's Poems (http:/ / doreenvaliente. org/ ?page_id=625)- Doreen Valiente.com

Bibliografia• Rosemary, Ellen Guiley. The Encyclopedia of Witches and Witchcraft. [S.l.: s.n.], 1999.• Ruickbie, Leo. Witchcraft Out of the Shadows. [S.l.]: Robert Hale, 2004. ISBN 0-7090-7567-7

• Valiente, Doreen. An ABC of Witchcraft Past and Present. [S.l.: s.n.], 1973.• Valiente, Doreen. Natural Magic. [S.l.: s.n.], 1975.• Valiente, Doreen. The Rebirth of Witchcraft. [S.l.: s.n.], 1989.• Valiente, Doreen. Witchcraft for Tomorrow. [S.l.: s.n.], 1978.

Ligações externas• Doreen Valiente.com (http:/ / www. doreenvaliente. com) (em inglês)• Biografia de Doreen Valiente (http:/ / www. controverscial. com/ Doreen Valiente. htm) (em inglês)• Museu de Bruxaria em Boscastle (http:/ / www. museumofwitchcraft. com/ ) (em inglês)• Centro de Estudos Pagãos (http:/ / www. centre-for-pagan-studies. com/ ) (em inglês)

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Edain McCoy 60

Edain McCoyEdain McCoy (11 de agosto de 1957) é uma escritora wiccana americana (estadunidense, no Brasil). McCoy aclamaque se auto-iniciou em 1981 e que depois foi iniciada num coven de San Antonio, Texas em 1983. Actualmente, éanciã da Tradição Witta e Sacerdotisa de Brighid.

Bibliografia• 1990 - Lady of the Night: A Handbook of Moon Magick & Rituals (Llewellyn Publications) ISBN

978-1567186604• 1996 - Entering the Summerland: Customs and Rituals of Transition into the Afterlife (Llewellyn Publications)

ISBN 978-1567186659• 1997 - Mountain Magick: Folk Wisdom from the Heart of Appalachia (Llewellyn Publications) ISBN

978-1567186710• 1999 - Astral Projection for Beginners (Llewellyn Publications) ISBN 978-1567186253• 2000 - Bewitchments: Love Magick for Modern Romance (Llewellyn Publications) ISBN 978-1567187007• 2000 - Witta: An Irish Pagan Tradition (Llewellyn Publications) ISBN 978-0875427324• 2001 - The Sabbats: A New Approach to Living the Old Ways (Llewellyn Publications) ISBN 978-1-56718-663-5• 2001 - Magick & Rituals of the Moon (Llewellyn Publications) ISBN• 2001 - Enchantments: 200 Spells for Bath & Beauty Enhancement (Llewellyn Publications) ISBN

978-0738701684• 2002 - Spellworking for Covens: Magick for Two or More (Llewellyn Publications) ISBN 978-0738702612• 2002 - Making Magic for Witches and Pagans (Llewellyn Publications) ISBN 978-1567186703• 2002 - Ostara: Customs, Spells & Rituals for the Rites of Spring (Llewellyn Publications) ISBN 978-0738700823• 2002 - Celtic Women's Spirituality: Accessing the Cauldron of Life (Llewellyn Publications) ISBN

978-1567186727• 2002 - How to Do Automatic Writing (Llewellyn Publications) ISBN 978-1567186628• 2002 - Celtic Myth & Magick: Harness the Power of the Gods and Goddesses (Llewellyn Publications) ISBN

978-1567186611• 2002 - A Witch's Guide to Faery Folk: Reclaiming Our Working Relationship with Invisible Helpers (Llewellyn

Publications) ISBN 978-0875427331• 2003 - Inside a Witches' Coven (Llewellyn Publications) ISBN 978-1567186666• 2003 - The Witch's Coven: Finding or Forming Your Own Circle (Llewellyn Publications) ISBN

978-0738703886• 2004 - Past-Life & Karmic Tarot (Llewellyn Publications) ISBN 978-0738705088• 2004 - Advanced Witchcraft: Go Deeper, Reach Further, Fly Higher (Llewellyn Publications) ISBN

978-0738705132• 2004 - If You Want to be a Witch: A Practical Introduction to the Craft (Llewellyn Publications) ISBN

978-0738705149• 2004 - Three Witches Dead & the Last One Said (PublishAmerica) ISBN 978-1413730944• 2008 - The Healing Power of Faery: Working with Elementals and Nature Spirits to Soothe the Body and Soul

(Provenance Press) ISBN 978-1598698091

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Edain McCoy 61

Ligações externas• Edain McCoy's Witchy Pages [1]

Referências[1] http:/ / www. edainmccoy. com/

Gavin BoneGavin Bone é um autor e conferencista do campo da magia, bruxaria, Wicca e Neo-Paganismo. Nasceu emPortsmouth, Inglaterra, em 1964. É graduado em enfermaria e tem estudado métodos complementares de cura taiscomo a reflexologia. Iniciou-se na tradição Seax-Wicca em 1986. Actualmente desenvolve a teoria que Wicca deveráter as suas raízes nas tribos xamânicas com tradições de cura opondo-se à magia ritual da época Medieval.

Gerina DunwichGerina Dunwich é uma astróloga e escritora, nascida em 27 de dezembro de 1959 em Illinois, Estados Unidos.É uma astróloga e uma autora de livros "New Age". Mas é mais conhecida pelos seus livros sobre Wicca e por seruma bruxa. Ela se descreve como "Sacerdotisa da antiga Religião".Após ter descoberto ainda criança, que possuía poderes psíquicos e a habilidade de manter contato com espíritos,desenvolveu interesse no mundo do oculto.No verão de 1969, foi apresentada a Bruxaria por um membro da família. Desde então tem dedicado sua vidaeducando o público sobre a Arte. Tem estudado varias tradições tanto "brancas" quanto "negras". Segue o caminhoda Bruxaria Tradicional. E também está envolvida com pesquisas paranormais e "caça a fantasmas".Ainda adolescente começou escrever poemas, artigos para revistas e peças teatrais.Em 1977 se muda para Califórnia onde inicia uma pesquisa para um livro que é publicado em 1990. "The ConciseLexicon of the Occult".Em 1980 começa a publicação de um jornal "Golden Isis", especializado em poesia e ficção relacionados a Deusa.Em 1988 lança seu primeiro livro "Candlelight Spells" e assim inicia sua carreira como escritora.Monta uma loja "The Colico Cat Whatnot Shop" onde vende antiguidades e objetos relacionados à bruxaria. E assimacabou conhecendo muitos pagãos de diversas tradições. Assim formando o "Coven Mandragora" e ela comoSacerdotisa "Lady Mandragora".No mesmo ano forma uma organização educacional "Wheel of Wisdom School". E também forma "Pagan PoetsSociety". Um círculo literário para escritores e editores de poesia pagã.Tem aparecido em TV, rádios e dado palestras nos Estados Unidos e Canadá.

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Gerald Gardner 62

Gerald Gardner

Gerald Gardner

Nome completo Gerald Brousseau Gardner

Nascimento 13 de junho de 1884Blundellands

Morte 12 de fevereiro de 1964

Nacionalidade Britânica

Cônjuge Donna

Ocupação Funcionário público, escritor, arqueólogo amador e antropólogo amador

Movimento literário Wicca

Magnum opus Witchcraft Today (A Bruxaria Hoje) e The Meaning of Witchcraft(O Significado da Bruxaria)

Gerald Brosseau Gardner (13 de junho de 1884 - 12 de fevereiro de 1964) foi um funcionário público britânico,antropólogo amador, escritor, ocultista e Bruxo Tradicionalista que publicou alguns dos textos de referência sobre aWicca, a Religião da Bruxaria Pagã, da qual foi grande divulgador.

VidaGardner nasceu em The Glen, The Serpentine, Blundellands, perto de Liverpool, Inglaterra, numa família de classemédia sendo um dos quatro irmãos e viveu com dois deles, Bob e Douglas.[1] O negócio de família era JosephGardner & Sons, o importador de madeira mais antigo e importante do Império Britânico, e, tinham origem escocesa.Os Gardners tinham ao seu serviço uma enfermeira irlandesa chamada Josephine "Com" McCombie[2] que estavaencarregada de cuidar o jovem Gardner. G. Gardner sofria de asma desde cedo, e, a sua enfermeira ofereceu-se paralevá-lo para climas mais temperados às custas do seu pai. Iniciou as suas viagens em 1891 começando pelas IlhasCanárias,[3] e foram para Accra[4] seguindo para a Ilha da Madeira.[5] De acordo o biografo oficial de Gardner, J.C.Bracelin, Com gostava bastante de namoriscar e as suas viagens eram principalmente de "caça ao homem".Em 1900, Com casou com David Elkington,[6] um homem afortunado do Ceilão e concordaram com os Gardners queGerald iria viver com ela numa plantação de chá chamada Ladbroke Estate.[7]

Em 1905, Gardner voltou para Inglaterra para uma visita durante a qual passou algum tempo com uns familiares, osSurgensons, que começou a ter contacto com o oculto.[8] Descobriu através de um rumor na família que o seu avô,Joseph, praticava bruxaria,[9] e que, em 1610, um outro antepassado escocês, Grissell Gairdner, foi queimado porprática de bruxaria, em Newburgh.Gerald ficou no Ceilão até 1908 quando decidiu mudar-se, primeiro para Singapura e depois para o Borneo.Em 1908 tornou-se num plantador de borracha, primeiro em Borneo[10] e depois na Malásia. Em Borneo tornou-seamigo de muitas tribos locais tornando-se numa antropólogo amador e fascinado pelas suas armas como tambémpelas suas crenças no politeísmo e espiritualidade.[11]

Em 1923 tomou algumas posições de serviço civil como inspector na Malásia. Em 1936, com 52 anos, regressou àInglaterra. Publicou o texto autoritário Keris and other Malay Weapons (1936), baseado na pesquisa sobre armas nosul Asiático e práticas de magia.No regresso a Inglaterra adotou o naturismo, e aprofundou o interesse pelo oculto. Aqueles que o conheciam nomovimento pagão moderno, como Doreen Valiente, dizem que era um forte adepto da terapia através do sol.Gardner publicou entretanto dois trabalhos de ficção: A Goddess Arrives (1939) e High Magic's Aid (1949). Estes trabalhos foram seguidos de trabalhos já de investigação e portanto factuais: Witchcraft Today (1954) and The

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Meaning of Witchcraft (1959).Gardner foi casado com uma mulher de nome Donna durante 33 anos, mas ela nunca fez parte das atividadesneo-pagãs do marido.Em 1964, depois de sofrer de um ataque cardíaco, Gardner morreu a bordo de um navio que regressava de Lebanon.Foi enterrado na Tunísia.

WiccaGardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de bruxaria religiosa que ele acreditava ser umacontinuação do Paganismo Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou Gardner como sendoDorothy Clutterbuck no livro A Witches' Bible, escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foibaseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma mulher a quem ele chamava de "OldDorothy". Ronald Hutton diz, no entanto, no livro Triumph of the Moon, que a Tradição Gardneriana era largamenteinspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e especialmente por uma mulher conhecida pelonome mágico de "Dafo". O Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004), analisou as evidênciasdocumentais e concluiu que Aleister Crowley teve um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religiãopagã.Ruickbie, Hutton e outros também discutem a hipótese de muito do que foi publicado sobre a Gardnerian Wicca,como a prática de Gardner se tornou conhecida, ter sido escrito por Doreen Valiente e Aleister Crowley.O que se sabe é que ele fez a Bruxaria Wicca (principal caminho Neo-Pagão da atualidade) ser reconhecida comouma legítima Religião , e tendo feito apenas algumas atualizações e adaptações na "Antiga Religião" ao mundomoderno para isto.

EtimologiaGardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como "Wica", ou "A Arte". Em Inglês Arcaico,"Wicca" é um nome relativamente obscuro, masculino, derivado do Latim "ariolus", i.e., "mago", enquanto "Wicce"é o feminino equivalente, derivado do Latim "phitonissa", i.e., "o possesso; como em Pythia". O uso histórico dapalavra "Wicca" como um tipo de religião não é etimologicamente possível. O termo verbal, em Inglês "wiccian", eque significa "praticar bruxaria", não aparece no material escrito por Gardner, e não é usado tipicamente na literaturasobre este movimento religioso. Ele utilizou esta palavra porque em épocas remotas os "Bruxos" eram chamados asvezes por "wiccas" , os sábios.[1][1] "Gerald Gardner: Witch", Jack L. Bracelin, página 13[2] Themystica.com: Gardner, Gerald B. (http:/ / www. themystica. com/ mystica/ articles/ g/ gardner_gerald_b. html)[3] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 15[4] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 17[5] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 18[6] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 20[7] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 26[8] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 121[9] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 123[10] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 39[11] Gerald Gardner: Witch, Jack L. Bracelin, página 43

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Bibliografia• 1936: Keris and Other Malay Weapons• 1939: A Goddess Arrives (ficção)• 1949: High Magic's Aid (ficção)• 1954: Witchcraft Today• 1959: The Meaning of Witchcraft

Ligações externas• Biografia de Gerald Gardner (http:/ / www. mortesubita. org/ biografias/ personalidades/ gerald-gardner) (em

português)• GeraldGardner.com (http:/ / www. geraldgardner. com/ ) (em inglês)• Biografia (http:/ / www. controverscial. com/ Gerald Brosseau Gardner. htm) (em inglês)

Gilberto de Lascariz

Gilberto de Lascariz

Gilberto de Lascariz é um escritor. Nasceu emCaracas, Venezuela, indo desde muito cedo a viver emPortugal.

Escritor e Esoterista

Formou-se em Direito, na Faculdade de Direito deLisboa, ao mesmo tempo que seguía Língua e CulturaSânscrita na Universidade Nova de Lisboa. Desdemuito cedo esteve envolvido em várias sociedadesesotéricas de carácter rosacruciano e maçónico, tendotomado votos na Tradição Nyngma-Pa do BudismoTibetano.

A sua envolvência com o Wicca Tradicional naTradição Alexandriana a partir de 1982, associado aoseu envolvimento com a Antroposofia, despertou-opara a necessidade de desenvolver métodos meditativose rituais que permitissem uma abordagem esotérica daBruxaria Iniciática e Neo-Pagã em antítese à suasuperficialização New-Age. Em 1989 criou emPortugal o Conventículo TerraSerpente de WiccaAlexandriano e lançou a Confraria Sol-Negro, umaorganização artística dedicada à renovação estética dasartes sob o ponto de vista do esoterismo neo-pagão, na sua acepção evoliana. As suas palestras nas Conferências doInferno, realizadas nos anos 80/90 no Porto, alertaram-no para a necessidade de registar em livro o seu pensamentoesotérico e neo-pagão. A revista portuguesa de cultura gótica Elegy Ibérica considerou-o em 2006 como sendo afigura mais importante do pensamento esotérico neo-pagão em Portugal. Contudo, viu o seu nome lembrado atravésduma outra revista do mesmo meio, também em 2006 Sol de Pedra Magazine, onde se pode ler uma vasta entrevistasobre os seus ideais.

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Ao longo dos anos oitenta e inícios de noventa foi publicando em várias revistas underground como a ÚltimaGeração (Edições Mortas) ensaios e artigos literários sobre Moda e Artes Plásticas na perspectiva do Esoterismo e doLuciferismo no sentido de trazer às Artes a vivência espiritual que muitos filósofos do Surrealismo e da ArteFantástica Vienense preconizavam na primeira metade do século XX. Embora tenha abandonado há vários anos já atradição wiccan Gilberto de Lascariz deixou-nos um valioso testemunho esotérico e literário do que foi os tempos detrabalho mágico-iniciático do seu coventículo através do seu livro Ritos e Mistérios Secretos do Wicca (EdiçõesZéfiro). Foi co-fundador também da Ordo Templis Divini Regis uma organização de fundo luciferino segundo osmodelos da Tradição Heróica de Cavalaria Espiritual, detendo no seu seio uma genuína linhagem gnóstico-episcopalde características ofitas e antinomianistas. Presentemente está preparando vários livros sobre Xamanismo AntigoEuropeu e Bruxaria Tradicional para a Editora Zéfiro.

Sobre as suas publicaçõesPublicou os livros "Mãe Canibal" (Edições Mortas: 1999), "O Culto da Bruxaria no Artista e Escritor Austin OsmamSpare" (Edições Mortas: 2000), "O Diabo, o Esteta e a Moda" (Edições Mortas: 2006) e traduziu e prefaciou o livrode Ronald Huton, "Os Xamãs da Sibéria".

Gilberto de Lascariz e o Projecto KarnaynaEm 1999 criou o Projecto Karnayna, uma organização que visava então fornecer instrução esotérica na perspectivado Neo-Paganismo. Hoje o Projecto Karnayna já não segue esse desiderato tendo como objectivo principal reflectir epolemizar sobre os princípios e métodos essenciais de pesquisa mágico-religiosa da Bruxaria Tradicional Hispânica.A sua finalidade é levar pessoas genuinamente interessadas pela sua teoria e praxis meditativa e ritual, sem o recursodos Egregores das Ordens Iniciáticas, fazer o seu próprio processo de auto-divinização.

Obras• 1998 - Mãe Canibal (Edições Mortas) ISBN 972-8313-09-8• 2000 - O Culto da Bruxaria: No Artista e Escritor Austin Osman Spare (Edições Mortas) ISBN 972-8313-15-2• 2006 - O Diabo, o Esteta e a Moda" (Edições Mortas)• 2008 - Ritos e Mistérios Secretos do Wicca (Edições Zéfiro) ISBN 978-972-8958-52-7• 2008 - Posfácio de O Chamado dos Velhos Deuses: Uma Introdução à Bruxaria Tradicional (Edições Zéfiro)

ISBN 978-972-8958-68-8• 2008 - Coordenação de Mandrágora: O Almanaque Pagão (Edições Zéfiro) ISBN 978-972-8958-69-5• 2009 - Deuses e Rituais Iniciáticos da Antiga Lusitânia (Edições Zéfiro) ISBN 978-972-8958-75-6• 2011 - Quando o Xamã Voava (Edições Zéfiro) ISBN 978-972-8958-64-8

Traduções• 1999 - Os Xamãs da Sibéria" - Ronald Hutton

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Janet Farrar 66

Janet FarrarJanet Owen, mais conhecida como Janet Farrar (24 de junho de 1950) é uma professora britânica e escritora delivros sobre Neopaganismo e Wicca. Escreveu importantes livros sobre os dois temas ao lado de seus dois maridos,Stewart Farrar e Gavin Bone.

Obras

Com Stewart Farrar• 1981: Eight Sabbats for Witches• 1984: The Witches' Way• 1987: The Witches' Goddess: The Feminine Principle of Divinity• 1989: The Witches' God: Lord of the Dance• 1990: Spells and How they Work• 1996: A Witches' Bible: The Complete Witches' Handbook (re-issue of The Witches' Way and Eight Sabbats for

Witches)

Com Stewart Farrar e Gavin Bone• 1995: The Pagan Path• 1999: The Healing Craft: Healing Practices for Witches and Pagans• 2001: The Complete Dictionary of European Gods and Goddesses

Com Virginia Russell• 1999: The Magical History of the Horse

Com Gavin Bone• 2004: Progressive Witchcraft: Spirituality, Mysteries, and Training in Modern Wicca

Ligações externas• Official website [1]

• (em inglês) Entrevista com Janet Farrar e Gavin Bone [2]

• Lilitu Babalon Talks to Janet Farrar and Gavin Bone [2]

Referências[1] http:/ / www. callaighe. com/[2] http:/ / www. twpt. com/ janetfarrargavinbone. htm

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Lady Sheba 67

Lady ShebaJessie Wicker Bell ou Lady Sheba (Condado de Knott, 18 de julho de 1920 — 20 de março de 2002) foi umaescritora estadunidense wicciana e fundadora da Tradição Céltica Americana e American Order of the Brotherhoodof the Wicca [carece de fontes?]com o objectivo de unir todos os praticantes de Wicca (covens, grupos, tradições).Nasceu a 18 julho de 1920 no Condado de Knott, Kentucky, tendo origens irlandesas do lado materno enativo-americanas do lado paterno, e, faleceu a 20 de março de 2002.

Bibliografia• 1971 - The Book of Shadows (Llewellyn Publications) ISBN 978-0875420752• 1972 - The Grimoire of Lady Sheba (Llewellyn Publications) ISBN 978-0875420769

Laurie CabotLaurie Cabot é uma Sumo Sacerdotisa norte-americana e uma das primeiras a popularizar a Bruxaria nos EstadosUnidos da América.É autora de livros tais como: The Power of the Witch, The Witch in Every Woman, Celebrate the Earth. Tambémfundou a Cabot Tradition of the Science of Witchcraft e Witches' League for Public Awareness para defender osdireitos civis dos Bruxos. Nos anos 70 foi declarada pelo governador Michael Dukakis como a "bruxa oficial deSalem, Massachusetts" honrando-a assim pelo trabalho prestado com crianças com necessidades especiais.Continua a residir em Salem onde tem uma loja chamada The Cat, the Crow, and the Crown. É talvez uma dasbruxas mais conhecidas no mundo. É considerada a "lenda" de Salem e uma respeitada celebridade local.

Vida e CarreiraLaurie Cabot nasceu como Mercedes Elizabeth Kearsey em 1933 na cidade de Wewoka, Oklahoma. Cabot diz quedesde criança mantem este interesse pelo ocultismo desenvolvendo-o em Boston enquanto se transformava numajovem mulher que "assombrava" as paredes na Biblioteca Pública de Boston.Nos anos 50 trabalhou como dançarina no clube nocturno chamado "The Latin Quarter" propriedade de Lou Walters.Cabot foi questionada por Lou Walters para abrir o seu Las Vegas Latin Quarter cujo pedido recusou. Casou duasvezes e em cada casamento teve duas filhas, Jody Cabot and Penny Cabot as quais foram criadas como bruxas.Laurie Cabot abriu a primeira "loja de bruxas" no mundo, em Salem na década de 70, a qual foi considerada comoum destino turístico. Actualmente existem diversas lojas em toda a baixa de Salem, mas foi Cabot que desbravou ocaminho para início deste negócio. Na loja vendia ervas, joalharia, baralhos de Tarot e outros items usados nabruxaria. Mais tarde transferiu a loja para uma velha casa na rua de Essex que chamou de "Crow Haven Corner". Aloja continua aberta, mas já não pertence à família Cabot. Laura Cabot mantém na mesma uma loja em Salem emPickering Wharf e um popular destino turístico como também uma importante fonte para todas as bruxas.Cabot é bastante conhecida pel seu negócio, palestras e livros. No final da década de 1980 teve uma participação nostalk-shows Oprah Winfrey Show e Phil Donahue.

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Laurie Cabot 68

Ligações externas• Laurie Cabot's official website [1]

• Article: Police: Witch Put Hex On Department, Cabot Says 'I Don't Do Curses' [2]

• unofficial Laurie Cabot biography [3]

• Laurie Cabot's official MySpace page [4]

Referências[1] http:/ / www. lauriecabot. com[2] http:/ / www. thebostonchannel. com/ news/ 3435992/ detail. html[3] http:/ / www. controverscial. com/ Laurie%20Cabot. htm[4] http:/ / www. myspace. com/ lauriecabot

Márcia FrazãoMárcia Frazão (Rio de Janeiro, 1951) é uma escritora brasileira.Estudou Filosofia na UFRJ. Vive em Nova Friburgo, no estado do RJ, numa casa no meio de hortas, onde cultiva aservas para fazer poções, legumes e verduras. A sua casa é cheia de coisas antigas, como uma casa de bruxa. Não temmicroondas, nem máquina de lavar, nem celular (telemóvel). Apesar de ter computador, ela prefere martelar numamáquina de datilografia Olivetti 22.

BibliografiaLiteratura para adultos•• O Feitiço da Lua•• O Oráculo dos Astros•• Manual Mágico do Amor•• A Panela de Afrodite•• Amor se faz na cozinha•• O Gozo das Feiticeiras•• Revelações de uma Bruxa•• A Cozinha da Bruxa•• Guadaupe e as Bruxas•• O Caldeirão da Prosperidade•• Senhoras do Santíssimo FemininoLiteratura para crianças•• A Bruxa Vitalina•• O Dia em que a Pracinha Sumiu•• O Rei da Sola•• Ametista, a Bruxa Dentista

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Márcia Frazão 69

Ligações externas• Blog da escritora [1]

• Ademir Pascale entrevista Márcia Frazão [2] (2008)

Referências[1] http:/ / www. marciarfrazao. blogspot. com/[2] http:/ / www. cranik. com/ entrevista82. html

Mavesper Cy CeridwenMavesper Cy Ceridwen[1] é uma bruxa[2] e sacerdotisa Wiccaniana brasileira há mais de vinte anos.Advogada formada pela Universidade de São Paulo, é uma das fundadoras da Tradição Diânica do Brasil [3] (verDianismo), primeira Tradição de wicca nascida no país. Além disso, é uma das fundadoras da IBWB - Igreja deBruxaria e Wicca do Brasil.Dedica-se à pesquisa de Teologia comparada (estudo da Deusa) e organiza eventos neopagãos pelo país. Foicoordenadora nacional do Projeto Deusa 2000 e é presidente da Associação Brasileira de Arte e Filosofia daReligião Wicca (Abrawicca) [4][5]. Em 2004 participou na elaboração da Cartilha Sobre Diversidade Religiosa quefoi lançado no final desse mesmo ano contando com a presença do ministro Nilmário Miranda[6]. Mavesper foinomeada pela Ministra Maria do Rosário para a primeira formação do Comite de Diversidade Religiosa da Secretariade Direitos Humanos da Presidência da Republica, de novembro de 2011 a janeiro de 2013. Contribui para o diálogointereligioso e defende o Estado laico. Representou o Comitê na cerimônia para os falecidos na tragédia da boate deSanta Maria, em cerimônia com a presidente Dilma Roussef. Video em http:/ / polissemizando. wordpress. com/category/ diversidade-religiosa/

Obra• Mavesper Cy Ceridwen. Wicca Brasil: Guia de Rituais das Deusas Brasileiras (em português). [S.l.]: Gaia Ed.,

2003. 240 p. ISBN 8575550209

• Elizabeth Barrette e Shira Bee; Mavesper Cy Ceridwen (coautora). Llewellyn's 2005 Magical Almanac (eminglês). [S.l.]: Llewellyn Publications, 2005. ISBN 9780738701387

[1] Editora Gaia, Biografia in: Nota biográfica da autora (http:/ / www. globaleditora. com. br/ newsite2/ Gaia/ Loader.aspx?ucontrol=YXV0b3Jlcw==& page=4)

[2] Portal guruWEB, Mavesper CY Ceridwen in: As bruxas e seus dons (http:/ / guruweb. oi. com. br/ artigos/ asbruxaseseusdons. php)[3] http:/ / www. tradicaodianicadobrasil. com. br[4] http:/ / www. abrawicca. com. br[5] ABRAWICCA, Mavesper Cy Ceridwen, in: A ABRAWICCA existe há mais de dez anos. (http:/ / www. abrawicca. com. br/ v4/ index. htm)[6] IESB - Instituto de Educação Superior de Brasília,Mavesper Cy Ceridwen, in: Bruxos modernos ainda são alvo de preconceito (http:/ / www.

iesb. br/ grad/ jornalismo/ na_pratica/ noticias_detalhes. asp?id_artigo=627)

Ligações externas• Texto da autora no Portal Wiccarte (http:/ / br. geocities. com/ wiccarte/ modoviverbruxa. htm)[ligação inativa]

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Maxine Sanders 70

Maxine SandersMaxine Sanders ou Arline Maxine Morris é uma proeminente adepta da Wicca e co-fundadora da TradiçãoAlexandrina, com seu falecido marido, Alex Sanders.

Patricia CrowtherPatricia Crowther (nascida Patricia Dawson, Seffield, Inglaterra, 27 de Outubro de 1927) é umas das figuras maisconhecidas da Wicca, e uma das últimas Sumo Sacerdotisas iniciadas por Gerald Gardner. Após a sua iniciação em1960, Patricia Crowther trabalhou intensamente na promoção da Velha Religião através de entrevistas com os media,conferências e livros.

Bibliografia• 1973 - Witchcraft in Yorkshire (Dalesman) ISBN 0-85206-178-1• 1974 - Witch Blood (The Diary of a Witch High Priestess) (House of Collectibles) ISBN 0-87637-161-6• 1981 - Lid off the Cauldron: A handbook for witches (Muller) ISBN 0-584-10421-9• 1987 - The Secrets of Ancient Witchcraft With the Witches' Tarot (Carol Publishing) ISBN 0-8065-1056-0• 1991 - The Zodiac Experience (Red Wheel Weiser) ISBN 0-87728-739-2• 1998 - One Witch's World (Robert Hales) ASIN B000JBZHO4• 1998 - Witches Were for Hanging (Mercury Publishing) ISBN 1-892137-07-0• 1999 - High Priestess (Phoenix Publishing) ISBN 0-919345-87-5• 2002 - From Stagecraft to Witchcraft: The Early years of a High Priestess(Capall Bann) ISBN 1-86163-163-4• 2009 - Covensense (Rober Hale Ltd) ISBN 978-0709087205

Ligações externas• The Mystica site on Patricia Crowther [1]

• The Wica - Website with some information about Patricia Crowther. [2]

Referências[1] http:/ / www. themystica. com/ mystica/ articles/ c/ crowther_patricia_c. html[2] http:/ / www. thewica. co. uk/ Elders. htm

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Scott Cunningham 71

Scott CunninghamScott Douglas Cunningham (27 de junho de 1956 – 28 de março de 1993) foi um escritor americano. Cunninghamescreveu mais de 50 livros abrangendo tanto o campo de ficção como de não-ficção, sendo que 16 de seus livrosforam publicados pela editora americana Llewllyn Publications. Os livros de Scott refletem um amplo leque deinteresses dentro da Nova Era, onde foi considerado um dos maiores expoentes da Magia Wicca. Após um longoperíodo de doença, Scott faleceu em 28 de março de 1993.

Obras bibliográficasGuia Essencial da Bruxa Solitária - SCOTT CUNNINGHAMVerdade sobre a Bruxaria Moderna, A - SCOTT CUNNINGHAMMagia Natural: Rituais e Encantamentos da TradiçãoEnciclopédia de Cristais, Pedras Preciosas e MetaisSonhando com os DeusesVivendo a Wicca: Guia Avançado para o Praticante SolitárioEnciclopédia de Wicca na CozinhaLivro Completo de Óleos, Incensos e InfusõesVerdade Sobre a BruxariaMagia Natural: Rituais e Encantamentos da TradiçãoCasa MágicaO Livro das SombrasFonte: Victor Henrique Costa Harry

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Raven Grimassi 72

Raven GrimassiRaven Grimassi (nascido em 1951) é autor de diversos livros sobre Wicca e Bruxaria, incluindo Os MistériosWiccanos, Italian Witchcraft, Bruxaria Hereditária, Beltane, Wiccan Magick, Enciclopédia de Wicca e Bruxaria,Ways of the Strega e The Witches' Craft. Filho de uma italiana que foi para os Estados Unidos em 1946 como"esposa de um membro do exército estrangeiro". Grimassi é descendente de uma Bruxa Napolitana chamada CalendaTavani. Grimassi descobriu a Wicca no verão de 1969 e foi Iniciado na Wicca Gardneriana pela Alta SacerdotisaLady Heather. Em 1975 tornou-se membro da Tradição Wicca Brittic e tornou-se membro do Primeiro Templo deTiphareth. Grimassi também se uniu à Ordem Rosacruz. Em 1979 retornou ao solo da prática da Bruxaria Italiana,fundando em 1981 a Tradição Aridiana. Foi editor e escritor das revistas The Shadow's Edge, Moon Shadows eRaven's Call. Em 1983, Grimassi foi também iniciado na Tradição Picto-Gaélica, tornando-se Guardião de seumaterial. Grimassi mora hoje no sudoeste da Califórnia em um ambiente fechado chamado de Crow Haven Ranch.Ele é fundador da Tradição Aridiana e da Tradição Ariciana

Ligações externas• Stregheria, Raven Grimassi [1]

• Stregheria, Charun Lucifero [6]

Referências[1] http:/ / www. stregheria. com/

Raymond BucklandRaymond Buckland nasceu em Londres, a 31 de Agosto de 1934. Foi o primeiro bruxo a manifestar-sepublicamente como Wicca, iniciado por Gerald Gardner e Lady Olwen, sua última sacerdotisa.

BiografiaFoi criado na Igreja Anglicana, sendo que a partir dos 12 anos começou a interresar-se pelo espiritualismo e peloocultismo.É doutorado em Antropologia. Entre 1957 e 1959 serviu na Royal Air Force. Buckland e a sua esposa Rosemarymigrou para Long Island, nos Estados Unidos em 1962. No ano seguinte conheceu Gerald Gardner e teve o seuprimeiro contacto com a religião Wicca.Em 1973 fundou a Tradição Saxônica da Bruxaria, a Seax-Wicca, uma das primeiras tradições precursoras dosBruxos Solitários e auto-iniciados, o que a tornou um caminho bastante popular.Buckland apareceu em vários eventos neo-pagãos como orador, incluindo o primeiro Starwood Festival em 1981.Nos Estados Unidos, com raras exceções, a Arte ganhou um novo aspecto, inexistente na Bruxaria Européia: oaspecto político.Em 1992, Buckland resolveu aposentar-se da participação ativa. Mudou-se para Glenmont, Ohio, onde mantém suaprática solitária, administra seu próprio museu e excepcionalmente aparece em público.

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Raymond Buckland 73

Bibliografia•• Witchcraft: Yesterday and Today Video•• Buckland's Complete Book of Witchcraft•• La Verdad Sobre la Comunicación con los Espíritus•• Gypsy Dream Dictionary•• Witchcraft DVD: Rebirth of the Old Religion• Practical Candleburning Rituals: Spells & Rituals for Every Purpose•• Advanced Candle Magick: More Spells and Rituals for Every Purpose•• Rituales prácticos con velas•• Scottish Witchcraft: The History and Magick of the Picts•• Cardinal's Sin: Psychic Defenders Uncover Evil in the Vatican•• Wicca: Practicas y principios de la brujeria•• Witchcraft From the Inside: Origins of the Fastest Growing Religious Movement in America•• El lenguaje de las monedas: Adivinación, fortuna y amor• Signs, Symbols & Omens: An Illustrated Guide to Magical & Spiritual Symbolism•• The Committee•• Cards of Alchemy•• Buckland's Book of Spirit Communications•• Color Magick (Closed): Unleash Your Inner Powers• Witchcraft from the Inside (1971)• Practical Candleburning Rituals (1974)• Tree the Complete Book of Saxon Witchcraft (1974)• Amazing Secrets of the Psychic World (1975)• The Anatomy of the Occult (1977)• The Magick of Chant-O-Matics (1978)• Buckland's Complete Book of Witchcraft (1986)• Rituales Practico Con Velos (1988)• Secrets of Gypsy Love Magick (1990)• Secrets of Gypsy Dream Reading (1990)• Scottish Witchcraft (1991)• Ghosts, Hauntings and Possessions (1991)• Esp, Witches, and Ufos (1991)• The Book of African Divination (1992)• Practical Color Magick (1993)• Doors to Other Worlds (1993)• The Committee (1993)• The Buckland Gypsies' Domino Divination Deck/Domino Cards (1995)• Witchcraft from the Inside (1995)• Advanced Candle Magick (1996)• Secrets of Gypsy Fortune Telling (1996)• Gypsy Witchcraft & Magic (1998)• Gypsy Dream Dictionary (1999)• Gypsy Fortune Telling & Tarot Reading (1999)• Coin Divination (2000)• Wicca (2001)• The Buckland Romani Tarot (2001)• Color Magick (2002)

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Raymond Buckland 74

• The Witch Book (2002)• Wicca for Life (2003)• Cards of Alchemy (2003)• Signs, Symbols & Omens (2003)• The Fortune-Telling Book (2004)• Wicca For One (2004)• The Spirit Book: The Encyclopedia of Clairvoyance, Channeling, and Spirit Communication (2006)

Ligações externas• Site Oficial de Raymond Buckland [1]

• Página do autor nas Llewellyn Publications [2]

• Biografia no Controverscial.com [3]

Referências[1] http:/ / www. raybuckland. com/[2] http:/ / www. llewellyn. com/ bookstore/ author. php?id=25415[3] http:/ / www. controverscial. com/ Raymond%20Buckland. htm

Selena FoxSelena Fox (n. Outubro de 1949) é uma sacerdotisa wiccana e activista, psicoterapista, professora, escritora econferencista de áreas como Neopaganismo, Wicca, New Age e religião comparativa.Fundadora e co-diretora executiva do Circle Sanctuary, situado no sudeste de Wisconsin, EUA. Selena é sacerdotisaWicca desde 1973.

Ligações externas• Selena Fox's website [1]

Referências[1] http:/ / www. selenafox. com

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Starhawk

StarhawkMiriam Simos

Nascimento 10 de Julho de 1951Saint Paul, Minnesota

Ocupação escritora, sacerdotisa wicca, ativista libertária

Starhawk, nascida como Miriam Simos (Saint Paul, Minnesota, 17 de Junho de 1951), é uma escritoraestadunidense, anarquista e auto-denomina-se como bruxa. É bastante conhecida por ser uma teórica sobre oPaganismo, colunista wiccana no Beliefnet.com, e uma das primeiras vozes do eco-feminismo.Vive em São Francisco onde atua na Tradição Reclaiming que foi co-fundada no final da década de 1970.É internacionalmente conhecida por ensinar acção directa e não violenta, e, uma activista do movimento de paz,ambiental e de anti-globalização. Viaja e ensina na América do Norte, Europa e Médio Oriente dando conferências eworkshops.Teve bastante influência na decisão da Unitarian Universalist Association of Congregations para incluir tradiçõesbaseadas nas fontes de fé da UUA. Dirige numerosos workshops e foi um membro activo do The Covenant ofUnitarian Universalist Pagans, Inc.

Bibliografia• 1989 - Truth or Dare: Encounters with Power, Authority, and Mystery (HarperOne) ISBN 978-0062508164• 1994 - The Fifth Sacred Thing (Bantam Books) ISBN 978-0553373806• 1997 - Dreaming the Dark : Magic, Sex, and Politics (Beacon Press) ISBN 978-0807010372• 1998 - Walking to Mercury (Bantam Books) ISBN 978-0553378399• 1999 - The Spiral Dance: A Rebirth of the Ancient Religion of the Goddess (HarperOne) ISBN 978-0062516329• 2002 - Webs of Power: Notes from the Global Uprising (New Society Publishers) ISBN 978-0865714564• 2005 - The Earth Path: Grounding Your Spirit in the Rhythms of Nature (HarperOne) ISBN 978-0060000936

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Ligações externas• Página Oficial de Starhawk (http:/ / www. starhawk. org)Predefinição:Wicca2

Stewart Farrar

Stewart Farrar

Stewart Farrar (28 de Junho de 1916 – 7 de Fevereiro de 2000) eraum autor inglês sobre Wicca Alexandrina. Junto com sua mulher, JanetFarrar, ele foi um pagão influente, autor e professor. De acordo comGeorge Knowles, "aproximadamente setenta e cinco por cento dosWiccanos da Irlanda traçam linhagem até os Farrar". Jornalista,escritor, e veterano da 2a. Grande Guerra, Farrar também publicouvários trabalhos de ficção, incluindo novelas de suspense, sendo que amaioria envolvia temas sobre ocultismo.

Inicio e Carreira Profissional

Farrar nasceu em Essex em 1916. Ele foi criado como um cristão, masabriu mão de sua religião em prol do agnosticismo aos vinte anos.Opinião que manteve até aderir a Bruxaria. Farrar freqüentou a escolapara meninos da Cidade de Londres e se formou na Universidade deLondres em jornalismo no ano de 1937.

Em 1939, Farrar se tornou voluntário do exercito Britânico eretornando a Inglaterra depois de 1947. Ele começou sua carreira de jornalista, e de 1953 a 1954 trabalhou noReuters de Londres. Em 1954, Farrar entrou para o partido Comunista Britanico e começou a fazer reportagens parao Daily Worker, mas deixou tanto o partido como o jornal em protesto sobre a resposta que os Soviéticos deram em1956 a Revolução Hungara. Durante os seis anos seguintes, Farrar trabalhou para Associated British-Pathe e para ocanal de Televisão A. B. C. como escritor. Além disso, também fazia trabalhos extras para o British Broadcasting.Seus trabalhos para a BBC durante as décadas de 60 e 70 incluem a premiada peça de rádio "Watch the Wall myDarling", e a série de TV para crianças "The Boy Merlin".Farrar publicou seu primeiro romance em 1958, ‘The Snake on 99’. No final do ano de 1963 Farrar publicou maisduas novelas de suspense, ‘Zero in the Gate’ e ‘Death in the Wrong Bed’. Farrar também publicou um livro romanticochamado ‘Delphine, Be a Darling’, que também foi publicado no ano de 1963.Em 1969, Farrar estava trabalhando como jornalista em um jornal semanal chamado Reveille. Foi através deste que aoportunidade de conhecer a Wicca surgiu.

Envolvimento com a WiccaFarrar foi enviado pelo jornal Reveille para fazer uma critica sobre o filme ‘Lenda das Bruxas’. Entre os participantes desta seção para imprensa estavam Alex Sanders e Maxine Sanders, os fundadores da Wicca Alexandrina, que tinham servido de conselheiros durante a criação do filme. De acordo com sua biografia no site mystica.com, Farrar era "cético sobre a Bruxaria, mas ficou interessado na personalidade Sanders após conhecê-lo". O jornal solicitou que Farrar fizesse uma entrevista com Sanders e publicou a mesma em dois episódios. Sanders, "impressionado" com a entrevista, convidou Farrar a comparecer a um ritual de iniciação da Wicca Alexandrina, e incentivou Farrar a escrever um livro sobre a Wicca. Tudo indica que Farrar ficou envolvido por tal ritual, pois começou a trabalhar em seu primeiro livro sobre o assunto, What Witches Do, e começou suas aulas de bruxaria com Sanders. Maxine

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Sanders relembra de Farrar como "um homem charmoso, estudante sincero com uma mente flexível e ativa". MaxineSanders também ressalva que foi em resposta as perguntas de Farrar sobre como descrever suas praticas que aTradição Alexandrina foi batizada.Em 21 de fevereiro de 1970 Farrar foi iniciado na Wicca Alexandrina e passou a fazer parte do Coven de Sanders.Farrar conheceu sua futura esposa, então Janet Owen (trinta e quatro anos mais jovem), dentro do coven. Janet Farrarafirma que o casal foi elevado ao segundo grau juntos pelas mãos de Sanders em 17 de outubro de 1970, e quedepois receberam o terceiro e último grau em 24 de abril de 1971, no entanto estas datas são questionadas por algunshistoriadores. O livro ‘What Witches Do’ foi publicado em 1971, suscitado controvérsias sobre as afirmações de queSanders deveria ocupar um lugar acima de Gerald B.Gardner e ao lado de Aleister Crowley e Eliphas Levi emtermos de feitos mágicos. Posteriormente Farrar reviu tal afirmação.Farrar e Owen começaram a comandar o seu próprio coven em 1971, antes da sua cerimônia de terceiro grau, foramhandfasted em 1972 e legalmente casados em 1975. Na cerimônia estavam as duas filhas e dois filhos que Farrarteve em seus três primeiros casamentos – sendo que o casamento com Owen foi o seu sétimo. Em 1976 os Farrars semudaram para Irlanda para se afastar da vida movimentada de Londres, indo morar em County Mayo e CountyWicklow, finalmente vindo a se estabelecer em "Herne Cottage" na cidade de Kells. O casal então começou apublicar vários livros sobre Wicca e praticas para covens. No livro Eight Sabbats (Oito Sabás para Bruxas de 1981)os autores afirmaram que tinham incluído material do Livro das Sombras da Tradição Alexandrina. Os Farrars, como apoio de Doreen Valiente, explicou que a quebra de sigilo ocorrida com a publicação de seu material erajustificável pela necessidade de informação confiável. Janet Farrar explicou ainda que alguns rituais contidos noslivros do casal eram, na verdade, escritos por eles, e que eles tinham deixado a Tradição Alexandrina após a pesquisado livro. O casal escreveu em conjunto mais quatro livros sobre Wicca.Os Farrars retornaram a Inglaterra em 1988, mas em 1993 retornaram para a Irlanda. Eles se juntaram a Gavin Bone,com quem tiveram uma ‘poligamia fechada’. Os três escreveram em conjunto dois livros: The Pagan Path e TheHealing Craft. Farrar morreu em fevereiro de 2000 após uma doença súbita.

BibliografiaOs seguintes livros foram escritos apenas por Farrar e são trabalhos de ficção com exceção do ‘What Witches Do’.1958: The Snake on 99 1960: Zero in the Gate 1963: Death in the Wrong Bed 1963: Delphine, Be a Darling 1971:What Witches Do: A Modern Coven Revealed 1974: The Twelve Maidens 1976: The Serpent of Lilith 1977: TheDance of Blood 1977: The Sword of Orley 1980: Omega 1986: Forcible Entry 1988: BlacklashCom Janet Farrar1981: Eight Sabbats for Witches (Oito Sabás para Bruxas) 1984: The Witches' Way 1987: The Witches' Goddess:The Feminine Principle of Divinity 1989: The Witches' God: Lord of the Dance 1990: Spells and How they Work1996: A Witche’s Bible: The Complete Witches' Handbook (re-issue of The Witches' Way and Eight Sabbats forWitches)Com Janet Farrar e Gavin Bone1995: The Pagan Path 1999: The Healing Craft: Healing Practices for Witches and Pagans 2001: The CompleteDictionary of European Gods and Goddesses

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Ligações externas• http:/ / www. controverscial. com]• http:/ / www. themystica. com

Zsuzsanna BudapestZsuzsanna Budapest ou Zsuzsanna Emese Mokcsay (30 de janeiro de 1940) é uma autora americana(estadunidense, no Brasil) de origem húngara que escreve sobre activismo feminista e Tradição Diânica.

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BRUXARIA FORA DA WICCA

AsatrúÁsatrú Vanatrú (Islandês para "fé nos Æsir e Vanir") é um movimento religioso neopagão que busca reconstruir areligião nórdica existente na época dos Vikings e anterior à ela – tal como descrito nos Eddas – antes da chegada doCristianismo.Vanatrú é um nome originário dos deuses nórdicos Vanir, que se tornaram aliados dos Æsir após uma batalha naqual perderam, resultando nas duas nomenclaturas, que nomina a religião Ásatrú Vanatrú, uma referência ao panteãodos deuses Æsir e Vanir, parte constituinte do mundo pagão atual.

Odin

Toda a mitología que a compõe pode ser encontrada nas Sagas e nosEddas, livros onde existem os escritos nórdicos que retratam desde oinício do mundo na visão nórdica, passando pelas formas pelas quaisOdin descobriu a magía, até contos de heróis lendários, como o DeusThor e profecias de sua morte pela serpente filha de Loki, o deus datrapaça.

A religião Ásatrú fundamenta-se na vivência das "Nove NobresVirtudes": Coragem, Verdade, Honra, Fidelidade, Disciplina,Hospitalidade, Laboriosidade, Independência e Perseverança. Oconceito de Confiança , que pode ser interpretado como fé, não é umadas Nove Nobres Virtudes, porque se baseia nos princípios de esperar eacreditar, contrariando a premissa da Laboriosidade. Um Asatruarvirtuoso não cultiva esperanças de que algo aconteça, ele (ou ela)trabalham arduamente pelas suas conquistas e pelas conquistas de seusKin (Kin=Semelhantes. Membros do mesmo clã ou comunidade). UmKin não dá sua confiança espontaneamente, esta deve serlaboriosamente conquistada. A cultura Asatru é voltada para uma visão de ordem social subordinada à ordemfamiliar. Para uma visão de bem comum para o Clã (Clã=comunidade com várias famílias), onde cada membro dacomunidade é um Kin. Portanto, é essencial a dedicação e comprometimento do indivíduo (Kin) para com seu grupo(Clã), bem como a dedicação e comprometimento do grupo para com cada indivíduo. O Asatru não é uma religiãoexpansionista, pois o conceito de compreensão das diversidades é intrínseco à natureza do politeísmo. Daí que não éuma prática aceitável para um Asatruar levantar críticas sobre as escolhas (religiosas, filosóficas, políticas ousexuais) de qualquer indivíduo. É uma premissa do Asatru que o "O Troth não é para todos". De fato, os séculos decruel perseguição religiosa sofridos pelos politeístas ensinou muito sobre a benécie da civilidade e da tolerância.Seu crescimento é percebido pelo mundo, principalmente nos países nordicos mas também em Portugal e Argentina,com movimentos menores no Brasil e Estados Unidos.

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Asatrú 80

HistóricoO Asatrú foi instituído a partir da década de 1960 na Islândia, pela Íslenska Ásatrúarfélagið uma organizaçãofundada por Sveinbjörn Beinteinsson. Asatrú é uma religião oficialmente reconhecida pelos governos da Islândia(desde 1973), Dinamarca (desde 2003) e Noruega. O governo dos Estados Unidos não endossa ou reconheceoficialmente qualquer grupo religioso; todavia, numerosos grupos Asatrú têm sido reconhecidos com o status deorganização sem fins lucrativos desde os anos 1970.Embora o termo Asatrú originalmente se referisse especificamente aos partidários islandeses da religião, neopagãosgermânicos e grupos reconstrucionistas têm se identificado majoritariamente como Asatrú, particularmente nosEstados Unidos. Neste sentido mais amplo, o termo Asatrú é usado como um sinônimo de neopaganismo germânicoou paganismo germânico, conjuntamente com os termos Forn Sed, Odinismo,[1] Heithni, e outros.Muitos membros do Asatrú e do neo-paganismo germânico se intitulam também de reconstrucionistas, muitas vezesrecorrendo a estudos e pesquisas acadêmicas sobre a antiga religiosidade da Era Viking. Especialmente os atuaispraticantes dos países escandinavos, como a Noruega, mantém algum tipo de vínculo com as pesquisashistoriográficas sobre religiosidade nórdica. [2]

[1] Kasen, Victor Ordell L.: 'Why Do We Call It Odinism: Odinism By Any Other Name' (http:/ / www. geocities. com/ odinistlibrary/OLArticles/ Articles/ Odinismbyanyothername. htm)

[2] Johnni Langer|LANGER, Johnni. Religião e magia entre os vikings. Brathair 5 (2) 2005 (http:/ / www. brathair. com)

Ligações externas• Asatru em Portugal(2) (http:/ / www. aeiou. pt/ registos/ a/ Asatru_Portugal. html) (em português)• Asatru (Germanic Paganism) (http:/ / www. religionfacts. com/ a-z-religion-index/ asatru. htm) (em inglês)

Bruxaria ancestralBruxaria Ancestral é a tradição bruxa que venera Deuses Ancestrais, ou seja, Deuses anteriores ao surgimento dasreligiões modernas e cujo culto precede o surgimento da atual civilização. A única instituição viva que segue eprofessa a Bruxaria Ancestral é a Ordem Sagrada de Bennu. Achados paleoarqueológicos como as estátuas da Vênusde Willendorf, Vênus de Lespugue, Vênus de Laussel e outras do gênero, como a antiquíssima Vênus de Tan-Tansão indícios da existência de cultos a uma só Deusa Mãe durante a Era Glacial Würm III (até aproximadamente10.500 A.E.C. - Antes da Era Comum). Tais cultos seriam remanescentes de uma religião global anterior a todas assurgidas durante esta civilização (6.500 A.E.C. até os dias atuais). Seja esta religião ancestral atávica e inerente aoser humano ou tradicional, passada de geração em geração, ela é a base da Bruxaria Ancestral.Muito embora a maioria das tradições bruxas, sobretudo as modernas, pareçam se basear na bruxaria medieval, hámenção de práticas e crenças bruxas em documentos cujos originais são anteriores à Idade Média, dentre elesdiversos épicos gregos[1], contos árabes[2], papiros egípcios[3], sagas celtas[4] e escandinavas[5] e o AntigoTestamento cristão. As Deusas Κίρκη (Circe) dos gregos, Ceridwen dos Celtas e ocasionalmente a Ísis dos Egípcios,por exemplo, eram tidas como Feiticeiras. Estas práticas e cultos referidos por estes povos seriam remanescentes depráticas e crenças da Bruxaria Ancestral anteriores à Era Glacial Würm III.A Bruxaria Ancestral seria, portanto, a base mais antiga das fontes da tese de Margaret Murray[6], segundo a qual abruxaria teria tido uma existência contemporânea aos cultos greco-romanos.É fundamental, entretanto, não confundir Bruxaria Ancestral com Bruxaria Familiar, que se refere às tradiçõesbruxas passadas por linhagem de sangue, ou seja, de pai para filho (geralmente de mãe para filha). Ao contráriodisso, a Bruxaria Ancestral é passada por linhagem bruxa pela via iniciática, ou seja, de mestre para peregrino, nãohavendo necessidade de sangue bruxo.

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Bruxaria ancestral 81

Crenças

PanteãoAs bruxas ancestrais veneram um panteão próprio, todavia ele só é divulgado a iniciados. O único Casal Sagrado deseu panteão que divulgam a não membros é Kher-Nun e Hator, que não é sinônimo da antiga Deusa egípcia Hathor,muito embora seja subsidiariamente representada da mesma forma.

A Dança da DeusaNuma visão própria de uma das sete leis do hermetismo (O Princípio do Ritmo)[7], a Bruxaria Ancestral consideraque tudo no universo flui harmoniosamente conforme um só ritmo a que chamam de "A Dança da Deusa". Em um deseus múltiplos aspectos, a Dança da Deusa seria causa e consequência dos ciclos de tudo o que existe, domicrocosmos ao macrocosmo.

A Posição do Homem no UniversoPara o bruxo ancestral, o homem faz parte da natureza, não sendo este mais ou menos importante que nenhuma dasdemais partes da natureza. A meta pessoal do bruxo ancestral é a reintegração do homem ao universo, rompendo devez com o modelo antropocêntrico geralmente presente na base das mais diversas formas de expressão dereligiosidade.

FestivaisAssim como em outras vertentes da bruxaria, as celebrações principais da Bruxaria Ancestral remetem aos cicloslunar e solar, denominando-se respectivamente de esbates e sabates.

EsbatesOs esbates da Bruxaria Ancestral são celebrados a cada plenilúnio, sendo num máximo anual de treze (quandohouver Lua Azul) e num mínimo de doze. Note-se que as demais fases da Lua não são celebradas pelos bruxosancestrais, ao contrário do que se verifica em diversas outras tradições bruxas.

SabatesOs sabates marcam as quatro posições de mudança de estação (solstícios e equinócios) e quatro datas fixas que seencontram próximas ao meio de cada uma delas, sendo portanto oito por ano.

Tempo dos Idos

1º/mai no hemisfério sul e 31/out no hemisfério norte - Início do "Ano Bruxo", ou "Roda do Ano", como costumamchamar, que ocorre no meio do outono.

Festa do Inverno

Solstício de inverno - O "natal" dos bruxos.

Festa das Candelárias

1º/ago no hemisfério sul e 2/fev no hemisfério norte - Celebração de renovação das esperanças. O nome Candeláriasvem da prática de, nesta celebração, os bruxos carregarem velas acesas à noite em procissão, representando o poderdo Sol que, ainda fraco, começa a ganhar força no meio do inverno, como velas na escuridão.

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Bruxaria ancestral 82

Festa da Primavera

Equinócio de primavera - Celebração do retorno do Sol e da fertilidade, "páscoa dos bruxos".

Beltane

31/out no hemisfério sul e 1º/mai no hemisfério norte - Celebração da energia da vida.

Festa do Sol

Solstício de verão - Comemoração da plenitude do Sol.

Festa da Cornucópia

2/fev no hemisfério sul e 1º/ago no hemisfério norte - Festa caracterizada pela abundância, remetendo à principalcolheita do ano.

Festa das Graças

Equinócio de outono - Comemoração da última colheita e partilha com os que não tem provisões para o frio que seaproxima.

Ligações externas• Ordem Sagrada de Bennu [5] - website oficial da Ordem Sagrada de Bennu de Bruxaria Ancestral

Referências[1] Odisséia. Homero. L&PM Editores, 2007 - ISBN 8525417130[2][2] As Mil e Uma Noites. tradutor Diniz, Alberto. Ediouro, 2000 - ISBN 8500006889[3][3] O Livro Egípcio dos Mortos. Budge, Ernest A. Wallis. Ed.Pensamento - ISBN 8531503760[4][4] Os Druidas e os Deuses Celtas. Jubainville, H. D'Arbois de. Zéfiro, 2009 - ISBN 9728958919[5][5] Mistérios Nórdicos - Deuses, runas, magias rituais. Faur, Mirella. Pensamento, 2007 - ISBN 8531514932[6][6] O Culto das Bruxas na Europa Ocidental. Murray, Margaret Alice. Madras, 2003 - ISBN 857374636x[7][7] O Caibalion. Três Iniciados. Editora Pensamento, 2009 - ISBN 8531500710

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Dianismo 83

DianismoO Dianismo é uma vertente do neopaganismo onde a Deusa é cultuada com exclusividade ou predominância.Geralmente pode ser dividido em duas sub-categorias: 1) Dianismo feminista - mais historicamente inserido einspirado pela segunda e terceira onda do feminismo - particularmente por sua repercussão no campo religioso - comparticipação reservada às mulheres e culto dedicado exclusivamente à Deusa ou, 2) Dianismo misto - maishistoricamente inserido no movimento neopagão - particularmente a Wicca - com a participação de homens emulheres e a veneração da Deusa e do Deus, com predominância do culto à Deusa em sua ritualística.

Dianismo FeministaSão exemplos de Tradições mais marcadamente feministas, com atuação política nessa área assim como na área domeio-ambiente e do pacifismo, as Tradições Diânicas que surgem do ramo fundado por Zsuzsanna Budapest, noinício dos anos 70, centradas nas mulheres e na Terra. Essas Tradições - ou Tradição, como também é chamada -dedicam seus ritos especificamente às mulheres, pois são focadas no compartilhar e na vivência do sagrado femininopelas mulheres na sociedade contemporânea e nos "mistérios da mulher" ou "mistérios do sangue" (nascer mulher,menarca, gerar, menopausa, morrer mulher, etc).[1] As Tradições diânicas feministas raramente trabalham com oconceito de polaridade, dedicando-se especificamente à veneração da Deusa - encarada como toda a Natureza,completa em si mesma - e de suas várias Faces. Por estas características, muitas vezes não são consideradasTradições wiccanas, quer por suas próprias praticantes, quer por outros pagãos [2]. Segundo Z. Budapest, não énecessário linhagem ligada a ela ou sacerdotisa iniciada por ela para ser parte desta Tradição. Qualquer mulher quevenere o sagrado feminino e adote os princípios da Tradição diânica feminista é diânica femista. De fato, omovimento se expandiu para muito além dos grupos formados por Z.Budapest e a maior parte das diânicasfeministas, hoje em dia, não possuem qualquer vínculo formal com a espiritualista e, muitas vezes, escolhem aauto-iniciação como forma de empoderamento.Ao contrário de crença comumente difundida em alguns meios neopagãos, as diânicas feministas não sãoseparatistas.[3] Seu objetivo não é separar as mulheres dos homens, criar uma "sociedade só de mulheres" oufomentar uma "guerra entre os gêneros", mas criar um mundo melhor a partir do oferecimento de oportunidades,rituais e ambientes em que as mulheres possam redescobrir sua própria sacralidade e assim interagir de forma maisplena na sociedade em que vivem, superando as dificuldades impostas pelo patriarcado. Não negam a existência dosagrado masculino, tampouco ignoram a necessidade de direitos iguais entre homens e mulheres. Muito pelocontrário, elas defendem uma organização menos hierárquica ou não hierárquica das sociedades, em que diferençascomo sexo, cor, idade, orientação sexual, etc, não sejam razão para discriminação ou opressão. De modo geral,organizam-se em covens, grupos ou círculos de mulheres. Tais organizações são mais informais do que aquelasapresentadas na maior parte das Tradições wiccanas e um de seus principais objetivos é serem pontos de encontroem que as mulheres podem compartilhar suas experiências de vida e religiosidade livremente.Embora os rituais e celebrações das Tradições diânicas feministas sejam reservados especificamente às mulheres, asdiânicas feministas podem participar de outras Tradições pagãs, inclusive Tradições que cultuam o sagradomasculino. Muitas delas também desenvolvem práticas ecléticas pessoais ou em grupo para celebrar a a comhomens, como filhos, pais, companheiros, irmãos e amigos. A Tradição Diânica conforme fundada por Z. Budapesttem uma Tradição irmã, reservada a homens - a Tradição dos Kouretes.

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Dianismo 84

Dianismo MistoExemplo das muitas as tradições diânicas que aceitam homens e mulheres são a Old Dianic, a Tradição Diânica doBrasil, a Tradição Diânica Nemorensis e a McFarland Dianic. Essas Tradições consideram que ser diânico é ummodo de compreender o equilíbrio da Divindade, não sendo de nenhuma maneira um incentivo ao desequilíbrio daspolaridades, muito menos a uma guerra entre gêneros.

Ver TambémNeopaganismo[1] ver http:/ / www. templeofdiana. org/ dwt. htm[2] Em várias ocasiões, Z. Budapest afirmou que usa o termo Wicca como sinônimo de bruxaria - http:/ / forum. myspace. com/ index.

cfm?fuseaction=messageboard. viewThread& entryID=50275137& categoryID=0& IsSticky=0& groupID=106941770&Mytoken=A83A93AE-4148-49B3-91DA03EB321F202B122374032

[3] ver declaração de Z. Budapest em http:/ / dianic-wicca. com/ dianic-wicca-tradition. html

Ligações externas• Dianismo Feminista Brasil (http:/ / dianismo. blogspot. com/ )• Grupo de Estudos Tradição Diânica Feminista (http:/ / groups. google. com/ group/ tradicao-dianica-feminista/ )• Temple of Diana (http:/ / www. templeofdiana. org)• Z Budapest (http:/ / www. zbudapest. com)• Ruth Barrett's profile on Tree of Life store's website (http:/ / www. treeoflifestore. com/ teachers. html/ )• Circle of Aradia (http:/ / www. circleofaradia. org/ )• Temple of the Amazonia Awakening (http:/ / www. templeamazoniaawakening. com/ )• Re-Formed Congregation of the Goddess, International (http:/ / www. rcgi. org)• Dianic Wicca University Online (http:/ / wicca. dianic-wicca. com/ )• Flash Silvermoon (http:/ / www. flashsilvermoon. com)• The Blue Roebuck (http:/ / www. blueroebuck. com/ )• Daughters of the Goddess (http:/ / www. daughtersofthegoddess. com)• A site dedicated to (http:/ / www. belili. org/ ) Marija Gimbutas• A movie about the work of Marija Gimbutas (Macromedia Flash format) (http:/ / www. belili. org/ promo4a. swf)• Daughters of the Moon, a feminist tarot deck (http:/ / www. aeclectic. net/ tarot/ cards/ daughters-of-the-moon/ )• The Wise Woman's Tarot, a matriarchal, multicultural deck (http:/ / www. aeclectic. net/ tarot/ cards/

wise-womans/ )• The Apple Branch - A Dianic Tradition (http:/ / applebranch. org)

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Dodecateísmo 85

Dodecateísmo

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Dodecateísmo 86

•• Tengriismo

Os termos dodecateísmo, também conhecido como reconstrucionismo politeísta ou neopaganismo helénico,referem-se a diversos movimentos reconstrucionistas que tentam reviver, desde a década de 1990, as práticasreligiosas da Grécia Antiga. Desde 1997, na Grécia, o movimento tem sido sido institucionalizado pelo SupremoConselho dos Gentios Helenos.

Cerimónia no festival anual da Prometeia, do grupo politeísta grego SupremoConselho dos Gentios Helenos, Junho de 2006.

Grupos e designações

Os revivalistas modernos oureconstrucionistas do politeísmo helénicoexistem de diversas formas, tanto na Gréciacomo noutros países do mundo. Nãoexistem práticas estandardizadas da religião,e, os praticantes, sejam em grupo ouindividualmente, usam uma diversidade denomes sendo que refletem diferenças subtisnas crenças e práticas.Estima-se que talvez dois mil gregospraticam a tradição helénica e étnica, e, outros 100 mil praticam uma forma de helenismo (dados de 2005).

A organização grega YSEE (Ύπατο Συμβούλιο των Ελλήνων Εθνικών, Supremo Conselho dos Gentios Helenos,estabelecido em 1997) actua como uma organização protectora na Grécia sendo um dos membro fundador do WorldCongress of Ethnic Religions (em português, Congresso Mundial das Religiões Étnicas) e recebeu o 7º CongressoAnual, em Junho de 2004. YSEE é também membro do programa da União Europeia contra a discriminação. Em2005, cerca de 2500 pessoas assistiram ao festival do YSEE, Promotheia.

O YSEE refere-se à religião como "Politeísmo Étnico", "Tradição Helénica" ou simplesmente "Helenismo", e, os seupraticantes como Ethnikoi Hellenes ou "Gentios Helenos".Outra organização, Dodekatheon (Δωδεκάθεον, Dōdekátheon) usa o termo religião helénica (ἑλληνικὴ θρησκεία,hellēnikē thrēskeîa). Existe uma outra organização Helliniki Hetaireia Archaiophilon ou Societas HellenicaAntiquariorum que prefere a denominação de "religião tradicional e helénica de Dodecatheon".A organização americana Hellenion utiliza o termo "Hellenismos" (Ἑλληνισμός, Hellēnismós). Este termocorresponde à palavra Helenismo que significa, no grego arcaico, civilização e cultura da Grécia Antiga, e,actualmente refere-se ao povo grego e à sua cultura. O termo utilizado na religião advém da organização da ReligiãoGrega efectuada pelo Imperador Romano, Juliano, o Apóstata. A designação de Politeísmo Helénico revivalistamoderno foi popularizado por Andrew Campbell, autor de Old Stones, New Temples. Um outro grupo americano,Elaion, utiliza o termo "Dodekatheism". "Paganismo Helénico" é algumas vezes utilizado nas listas de helenismopagão (HellenicPagan). De qualquer forma, alguns politeístas helénicos, tais como os membros do YSEE, deprecia ouso da palavra Pagão visto a palavra ser originalmente um insulto.Outros termos de uso comum pelos politeístas helénicos revivalistas são: "Helénico" ou "Reconstrucionismo Grego"e "Tradicionalismo Helénico". Aqueles que a prática religiosa combina elementos gregos e romanos poderão usartermos como "Paganismo Greco-Romano", "Paganismo Clássico" ou "Olimpismo".Fora da Grécia, as organizações de politeístas do Reconstrucionismo Helénico emergem por volta de 1998. Em OldStones, New Temples, o primeiro livro anglo-saxónico sobre politeísmo helénico, o autor Drew Campbell identifica o"Reconstrucionismo Pagão" como tendo sido originado da insatisfação com o nível de autenticidade cultural daWicca. A organização americana de politeísmo helénico, Hellenion, também identifica as suas práticas como"Reconstrucionismo Pagão Helénico" e enfatiza a exactidão histórica nos seus estatutos de missão.

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Em língua portuguesa, existe o site do RHB - Reconstrucionismo Helênico no Brasil, mantido por membrosbrasileiros da Hellenion e de outros grupos internacionais, como o Neokoroi americano e o Thyrsos da Grécia.

Politeísmo HelénicoA religião da Grécia Clássica era politeísta tendo sido praticada na área circundante do Mar Egeu. É umacontinuação das tradições da Idade do Bronze Final, Período Micênico, e, desde o século IV a.C. evoluiu para umareligião helénica dominada pela religião de mistérios e durante o Período Romano pelo emergente monoteísmo doneoplatonismo. A expansão da prática religiosa helénica foi gradualmente cristianizada seguindo os editaispublicados pelo Imperador Teodósio I nos finais do século IV.O culto dos antigos Helenos estendeu-se para além da península grega, isto é, para as ilhas e costas da Jónia na ÁsiaMenor, Magna Grécia (Sicília e Sul da Itália) e para as dispersas colónias gregas no Mediterrâneo Ocidental, porexemplo, Massilia (Marselha). O antigo conceito grego de divindade era geralmente politeísta. As práticas religiosasvariavam de local para local, mas os povos gregos reconheciam os doze deuses olímpicos (Zeus, Hera, Posidão,Apolo, Ártemis, Afrodite, Ares, Hefesto, Atena, Hermes, Deméter e Héstia e Dionísio). Outros deuses e heróis eramtambém conhecidos na mitologia grega.

AdoraçãoO acto público de adoração mais difundido na Grécia Antiga era o sacrifício, tanto de sementes ou sangue dosanimais sacrificados. Os seguidores dos vários deuses sacrificavam animais específicos para o deus ou deusa queestava a ser adorado. Os sacrifícios tinham múltiplas funções: efectuar um sacrifício como ponto culminante de umfestival religioso e público que era realizado antes de uma tarefa importante para conseguir a atenção dos deuses, ou,como parte de um rito de passagem.Os templos da religião grega geralmente não eram locais de assembleia pública onde o povo se encontrariasocialmente para rezar colectivamente dentro de paredes. A maioria dos templos tinham somente uma imagem deculto e um acumular de oferendas votivas que podia chegar a uma quantia equivalente a um tesouro.As oferendas votivas eram oferecidas aos deuses pelos seus adoradores. Na maioria das vezes eram dadas emagradecimento pelos benefícios concedidos pelos deuses, em antecipação de favores divinos futuros ou para receberaconselhamentos oraculares do deus ou deusa (Hérodoto, 1.46). Também eram efectuadas ofertas para pedir perdãoaos deuses por crimes que envolvessem crimes de sangue, impiedade ou violação de costumes religiosos. Asoferendas eram mantidas durante algum tempo no santuário e depois eram ritualmente retirados após terem aípermanecido durante algum período de tempo.

TeologiaNos termos modernos, os antigos gregos não tinham nada que se pudesse chamar de teologia sistematizada. A arte, aliteratura e até a arquitectura desse tempo abundava de imagens e descrições de deuses e heróis gregos. A obraTeogonia de Hesíodo providencia-nos um mito da criação politeísta e uma ampla genealogia dos deuses gregos.Na tardia história da religião clássica, os neoplatonistas inclusive o imperador romano Juliano, o Apóstata, tentaramorganizar as religiões clássicas num sistema de crença uniforme ao qual deram o nome de Hellênismos. Julianotambém tentou organizar os cultos helenistas e gregos numa hierarquia que se assemelhasse à do cristianismo. Estesesforços não tiveram grande resultado. Finalmente, o culto público da religião grega foi considerada ilegal peloimperador Teodósio I sendo também reforçado pelos seus sucessores. A religião grega, estigmatizada comopaganismo, a religião do povo rural (pagani), sobreviveu somente nas zonas rurais e tendo sido absorvida em ritos erituais cristianizados enquanto a Europa entrava na escuridão da Idade Média.

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Crenças e PráticasOs politeístas helénicos adoram os antigos deuses gregos inclusive os Olímpicos, divindades da natureza, deuses dosubmundo e heróis. Tanto antepassados físicos e espirituais são adorados. É principalmente uma religião votiva oudevocional baseada na troca de oferendas a fim de obter a bênção dos deuses. As convicções éticas do politeísmohelénico moderno são muitas vezes inspiradas pelas virtudes do antigo grego, tais como, reciprocidade, hospitalidadee moderação.Não existe nenhuma "eclésia" central ou clero hierarquizado, apesar disso alguns grupos começaram a oferecertreinamento neste âmbito. Os praticantes solitários geralmente realizam os seus próprios rituais, aprendem sobre areligião e os deuses através de fontes primárias e fontes secundárias sobre a antiga religião grega, e, através daexperiência pessoal com os deuses. A informação adquirida através das experiências pessoais são muitas vezesreferidas pelos grupos helénicos como gnosis pessoal não verificada (Unverified Personal Gonis ou UPG),tratando-se de um empréstimo do Asatrú.O principal valor do Helenismo é a eusebeia muitas vezes traduzida como piedade. Isto implica um compromisso emrelação à adoração dos deuses helénicos e prática das crenças da religião. Outros valores nucleares são ahospitalidade, auto-controlo e moderação.

ReconstrucionismoNo politeísmo, o Reconstrucionismo Politeísta é uma metodologia que tenta colocar a prática religiosa de basemoderna com a mesma autenticidade cultural e histórica das práticas religiosas antigas. O termo é normalmenteutilizado nos Estados Unidos para diferenciar os movimentos neopagãos sincrético do eclético e daqueles baseadosem tradições, textos, história e mitologia de uma antiga cultura politeísta específicaEm contraste com as tradições ecléticas, os reconstrucionistas estão bem orientados culturalmente e tentamreconstruir formas históricas de paganismo num contexto moderno. Por isso, os reconstrucionistas (helénicos,romanos, keméticos, celtas, germânicos, bálticos, eslavos) tem como objectivo o renascimento das crenças e práticashistóricas da Grécia Antiga, Roma Antiga, do Antigo Egipto, dos Celtas, povos Germanos, Bálticos e Eslavosrespectivamente.

Controvérsia política e discriminaçãoAs organizações de politeísmo helénico moderno são na sua maioria "revivalistas" ou recunstrocionistas, mas muitosaderentes, entre eles, Panagiotis Marinisin do grupo Dodecatheon da Grécia tem declarado que a religião da GréciaAntiga sobreviveu ao longo dos séculos e que ele próprio cresceu numa família que praticava esta religião.Quer acreditem ou não que a tradição religiosa do politeísmo helénico tenha persistido, existe uma evidência que opoliteísmo helénico grego vê o movimento como uma expressão da herança cultural grega em oposição à IgrejaOrtodoxa Grega que é religião dominante na Grécia. Dodecatheon e o YSEE utilizam ambos os termos "tradicional"e "étnico" para se referirem às suas práticas religiosas, e, o YSEE é um dos membros fundadores do CongressoMundial das Religiões Étnicas (em inglês, World Congress of Ethnic Religions). O autor de politeísmo grego, VassisRassias,tem escrito numa série popular de livros sobre as "perseguições cristãs aos helenos", e, a organização da"Igreja dos Helenos" pede a exterminação total do Cristianismo enquanto o grupo de Atenas Ellinais enfatiza a "pazmundial e a irmandade dos Homens".Os Jogos Olímpicos de Verão de 2004 defrontaram-se diversas disputas relacionadas com a religião politeístahelénica.• O Professor Giorgos Dontas, presidente da Sociedade Arqueológica de Atenas expressou publicamente a

escandalosa destruição dos antigos locais arqueológico de Partenon e Acrópole aquando da preparação dos Jogos.• A correspondente da MSNBC, Rehema Ellis, numa história chamada Para mim é grego: grupo tenta restaurar a

adoração pagã documentava que o vandalismo e o fogo posto numa livraria de Atenas que vendia livros que

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promoviam a religião da Grécia Antiga. Entrevistou diversos praticantes da antiga religião grega que seencontravam aborrecidos com os acontecimentos decorridos na Grécia. Ellis diz:"Existe um contraste neste lugaronde os Jogos Olímpicos foram criados para honrar Zeus, mas agora aqueles que rezam aos antigos deuses sãocriticados por colocarem muita fé no passado."

• Em Maio de 2006, num tribunal de Atenas concedeu oficialmente o reconhecimento da veneração do panteão daGrécia Antiga. Referindo-se à decisão do tribunal, o Patriarca Eustathios Kollas, que preside uma comunidade depadres da Igreja Ortodoxa, diz: "São uma mão cheia de ressuscitadores miseráveis de uma religião morta edegenerada que desejam voltar à monstruosa e penumbrosa ilusão do passado."[1]

Politeísmo Helénico e WiccaA adoração dos deuses é frequentemente incorporada nas práticas religiosas neopagãs tal como a Wicca, mas nãoexiste qualquer ligação entre a forma espiritual ecléctica e a tradição helénica.Não existe uma ligação real entre o helenismo e Wicca não existindo qualquer forma partilhada de código ético,práticas, valores morais, instituições, tradições e rituais comuns, textos sagrados reconhecidos ou história.Asreligiões que têm alguma ligação em comum com o helenismo incluem muitas religiões reconstrucionistas tais comoAsatrú, Religio Romana, Romuvam, Reconstrucionismo Celta e muitas outras religiões indígenas.Apesar de alguns coventículos ou praticantes solitários dedicarem-se a deuses gregos específicos, a Wicca não exigeque os praticantes se dediquem exclusivamente a um panteão. A adoração wiccana de deuses gregos acontece numcontexto ecléctico aproximando-se da mitologia de muitas culturas. Esta diferença de aproximação causou algumatensão entre wiccanos e politeístas helénico que se consideram reconstrucionistas.[1] Ancient Greek gods' new believers. Retrieved February 10, 2007, from BBC News (http:/ / news. bbc. co. uk/ 2/ hi/ europe/ 6285397. stm)

Bibliografia• Alexander, Timothy Jay. The Gods of Reason: An Authentic Theology for Modern Hellenismos. [S.l.]: Lulu Press,

Inc, 2007. ISBN 978-1-4303-2763-9• Alexander, Timothy Jay. Hellenismos Today. [S.l.]: Lulu Press, Inc, 2007. ISBN 978-1-4303-1427-1• Alexander, Timothy Jay. A Beginner’s Guide to Hellenismos. [S.l.]: Lulu Press, Inc, 2007. ISBN

978-1-4303-2456-0• Lewis, H. Jeremiah (2005). A Temple of Words: Essays culled from five years of "Sannion's Sanctuary".

CafePress.com.

Referências• Greek Folk Religion by Martin P. Nilsson ISBN 0-8122-1034-4 (1998)• Athenian Religion: A History by Robert Parker ISBN 0-19-815240-X (1998)• Greek Religion by Walter Burkert ISBN 0-674-36281-0 (1987)• Demolish Them by Vlassis Rassias ISBN 960-85311-3-6 (1994)• "Some still put faith in gods of the past" by Kimberly Winston, Chicago Tribune Aug. 20, 2004

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Ligações externas• Kharis: Hellenic Polytheism Explored (http:/ / www. winterscapes. com/ kharis) (em inglês)• NPR reports on "Return of the Hellenes" movement (http:/ / homelands. org/ worlds/ hellenes. html) (em inglês)• Letter From Greece: The Gods Return to Olympus (http:/ / www. archaeology. org/ 0501/ abstracts/ letter. html)

(em inglês)• Group tries to restore pagan worship (http:/ / www. ysee. gr/ index-eng. php?type=english& f=mme6) (em inglês)• Ancient Greek gods' new believers (http:/ / news. bbc. co. uk/ 2/ hi/ europe/ 6285397. stm) (em inglês)• Dodecateísmo.blogspot (http:/ / dodecateismo. blogspot. com/ ) (em português)

Druida

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Lughnasadh, Calan AwstArtigos relacionados

Druidas (no feminino druidesas ou druidisas[1]) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, druida parece provir do vocábulo dru-wid-s, formado pela junção de deru (carvalho) e wid

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(raiz indo-europeia que significa saber). Assim, druida significaria aquele(a) que tem o conhecimento docarvalho.[carece de fontes?] O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de umafloresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saberde todas as árvores.

Dois druidas. Baixo-relevo encontrado em Autun.

Druidismo

A visão cristã mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdadenão é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam naqualidade de filósofos (embora presidissem rituais, o que pode soarconflitante). Se levarmos em conta que o druidismo era uma filosofianatural, da terra baseada no animismo, e não uma religião revelada(como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então opapel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dosritos, e não de mediadores entre os deuses e o homem.

Ao contrário da ideia corrente no mundo pós-Iluminismo sobre alinearidade da vida (nascemos, envelhecemos e morremos), nodruidismo como entre outras culturas da Antiguidade, a vida é umcírculo ou uma espiral. O druidismo procurava buscar o equilíbrio,ligando a vida pessoal à fonte espiritual presente na Natureza, e dessaforma reconhecia oito períodos ao longo do ano sendo quatro solares

(masculinos) e quatro lunares (femininos), marcados pelos rituais especiais.[carece de fontes?]

A sabedoria druídica era composta de um vasto número de versos aprendidos de cor e conta-se que eram necessárioscerca de 20 anos para que se completasse o ciclo de estudos dos aspirantes a druidas. Pode ter havido um centro deensino druídico na ilha de Anglesey (Ynis Mon, em galês), mas nada se sabe sobre o que era ensinado ali. De sualiteratura oral (cânticos filosóficos, fórmulas mágicas e encantamentos) nada restou, sequer em tradução. Mesmo aslendas consideradas druídicas chegaram até nós através do prisma da interpretação cristã, o que torna difícildeterminar o sentido original das mesmas.As tradições que ainda existem do que seriam seus rituais, foram conservadas no meio rural e incluem a observânciado Halloween (Samhaim), rituais de colheita, plantas e animais, baseados nos ciclos solar, lunar e outros. Tradiçõesque seriam partilhadas pela cultura de povos vizinhos.Segundo León Denis[2], o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativados druidas, que acreditavam na continuação da existência depois da morte. Reuniam-se nos lares, e não noscemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.

Arqueologia

Evidências de Canibalismo e sacrifícios humanos no druidismo?Aos olhos da arqueologia tradicional os trabalhos de arqueologia da professora Miranda Aldhouse-Green[3] daUniversidade de Cardiff confirmam os ditos dos autores clássicos e demonstram a participação crucial dos druidas narealização de sacrifícios humanos e antropofagia. Sendo apenas mito contado pelos Romanos pouco depois do inicioda Era Cristã.Segundo estes arqueólogos há evidencias que possivelmente os druidas cometiam antropofagia em rituais de sacrifícios humanos, como afirmavam os "historiadores romanos". Depois do primeiro século da era cristã, recém chegados da Grã-Bretanha, os romanos trouxeram notícias com histórias horríveis sobre os sacerdotes celtas, que se espalhou por toda a Europa durante um período de 2000 anos. Júlio César afirmava que os druidas sacrificavam

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presos e prisioneiros aos deuses. Dando assim, continuidade ao mito de sacrifícios cometido pelos Druidas, cujo overdadeiro erro foi estimular o povo a não aceitar as leis e a suposta "paz" romanas.Também Plínio, o velho, sugeriu que os celtas praticavam o antropofagia como ritual, comiam carne de seusinimigos como uma fonte de força espiritual e física.[4][5].

Os estudosDe acordo com estudo do cadáver de um homem encontrado pelos arqueólogos, encontrava-se este com a cabeçaviolentamente esmagada e seu pescoço havia sido estrangulado e quebrado. Segundo a arqueóloga Miranda, ocadáver tinha uma corda estrangulando o pescoço, e no mesmo instante a garganta foi cortada, o que causaria umenorme fluxo de sangue.Grãos de pólen de visco foram encontrados no interior dos intestinos. Essa planta era sagrada para os druidas. Aidade deste cadáver é datada do ano 60 d.C, coincidindo com a nova ofensiva romana na ilha da Grã-Bretanha.[4]

Mortes em massaNuma caverna em Aveston, Inglaterra, no ano 2000 d.C foram encontrados cerca de 150 esqueletos de pessoas e queremota ao tempo da conquista romana. As vítimas apresentam indícios de golpes na divisão dos crânios em um únicoevento. Segundo alguns pesquisadores, a invasão romana intensificou o abate ritual pelos druidas.[4]

Funções dos DruidasExistiam seis classes diferentes de druidas, cada um com sua função e especialização, mas na prática todoscumpriam todas as funções, sendo os únicos detentores do entendimento da divindade:

Druida-BrithemEstes druidas eram considerados os juízes. Os celtas não possuíam suas leis escritas, somente os druidas brithem asconheciam teoricamente, assim, essa classe de druidas tem por função percorrer as casas e as aldeias, a fim deresolver problemas e impasses que surgissem entre a população.[6][7]

Druidas-FilidAlguns destes, diziam ser descendentes diretos do cosmos. Era a mais alta classe dos druidas, a sua função era ocontato direto com o cosmos. O Lendário mago Merlin era um druida filid.[6][7] Aos Druidas Filid eram concedidosos poderes e estatus de sacerdote, juiz, curandeiro, conselheiro e Poeta/cantor. Não acreditavam em adivinhações dofuturo, mas sabiam o que resultaria como colheita de um plantio ruim. Sua evolução permeando os estágiosiniciáticos de um Druida para que chegasse à 1ª classe como um mago branco, consistia em duras provas de vida emorte onde, acreditava-se o Sacerdote morria e renascia varias vezes ao longo dos anos e provas por que passava.Não se acreditava que morressem, pois tinham uma consciencia de morte como passagem para o estágio seguinte daevolução. Sendo o Druida Filid aquele que não mais voltaria a encarnar, já que se tornaria um ancestral divinizadoque intercederia pelos "vivos" ativando a energia Cósmica.

Druida-LiangEstes eram os curandeiros ou médicos. Normalmente passavam mais de 20 anos em seus estudos antes de praticarem tal ofício, possuíam especializações entre si, usavam ervas em geral e praticavam cirurgias.[6][7] Profundos conhecedores de ervas e outras plantas, se credita a eles os ensinamentos adquirido pelos romanos sobre os valores nutricionais de muitos produtos indus e orientais com os quais eles estavam muito familiarizados. Conheciam e utilizavam os azeites naturais como o de oliva, para beberem como licores depurativos e tratamentos contra o envelhecimento. Fator que deu origem á lenda de que os druidas viviam séculos sem perder a vitalidade. Pessoas

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rústicas que eram, sua alimentação e vida ativa não as deixava envelhecer.

Druida-ScelaigeTinham como função apenas repetir a história dos celtas que lhe haviam sido contada por outros Scelaige. (A escritaera proibida a não ser para rituais). Memorizavam e repetiam tudo para que a história não fosse esquecida. Ashistórias trazidas pelos druidas senchas também juntavam às suas histórias.[6][7] Eram como professores querepassam conhecimentos aprendidos. Tinham por obrigação decorar todas as historias e canções sob pena de perderseu prestigio de Druida.

Druida-SenchaAo contrário dos Scelaige, estes deveriam percorrer as terras celtas e compor outras novas histórias sobre o queestava ocorrendo, estas seriam repassadas aos Scelaige que as decorariam.[6][7] Estes recebiam o prestigio dehistoriadores, pesquisadores, guardiões dos segredos herméticos e difusores da sabedoria oral.

Druidas-PoetasEstes decoravam a história contada pelos druidas Scelaige, era preciso que druidas poetas as aprendesse e contassemao povo. A principal função desta classe era manter a tradição celta viva.[6][7]

Fontes clássicasA principal fonte clássica sobre os druidas é Júlio César, em sua obra De Bello Gallico (A Guerra da Gália).Todavia, os comentários de César sobre os druidas mal enchem uma página e dão margem a inúmeras dúvidas,infelizmente não sanadas por outros autores clássicos (que escreveram ainda menos sobre o tema). César fala sobre aorganização e as funções da classe dos druidas (presidência dos ritos, pedagogos e juizes), a eleição do druida-mor, areunião anual (conclave) na floresta de Carnutos, a isenção do serviço militar e a aprendizagem de longos poemas.Afirma também que os druidas se interessavam em aprender astronomia e assuntos da natureza, e se recusavamterminantemente em colocar seus ensinamentos por escrito.Outros autores clássicos, como Plínio e Cícero, também se referem ao interesse dos druidas pelo estudo sério dosastros e pela prática da adivinhação. Tácito e Suetônio confirmam o interesse, mas nos apresentam os druidas comobárbaros cruéis e supersticiosos. Analisando o contexto histórico, T.D. Kendrick em sua obra The Druids, afirma queaté a época do início do Império Romano, os druidas gozavam de ótima reputação, mas a partir da formação daIgreja Católica, começaram a ser atacados e desprestigiados. Peter Berresford Ellis, em El Espíritu del mundo celta,afirma que tal desprestígio se deveu muito mais à necessidade de justificativas para a conquista e dominação dosceltas do que por demérito dos druidas.Certo mesmo é que a influência dos druidas deve ter sido considerável, pois três imperadores romanos tentaramextingui-los por decreto como classe sacerdotal num prazo de 50 anos - sem sucesso. O primeiro foi Augusto, queimpediu os druidas de obter a cidadania romana. Em seguida, Tibério baixou um decreto proibindo os druidas deexercerem suas atividades e, finalmente, Cláudio, em 54 d.C., extinguiu a classe sacerdotal. Certo mesmo é que, 300anos mais tarde, os druidas ainda continuavam a ser citados por autores como Ausonio, Amiano Marcelino e Cirilode Alexandria, como uma classe social de extrema importância e respeitabilidade.Embora muitos autores clássicos como Hipólito de Roma apresentem os druidas como "filósofos", colocando-os no mesmo nível dos pitagóricos (teriam sido ensinados por um servo de Pitágoras, Zaniolxis) e com elevados conhecimentos de astronomia, não existem provas concretas (ou mesmo vestigiais) de tal saber. Até onde se sabe, o conhecimento que os druidas tinham dos astros e seus ciclos não ultrapassava o de povos similares em seu estágio de desenvolvimento. Podendo os Druidas ser herdeiros diretos da cultura megalítica que construiu Stonehenge, isso poderia significar um conhecimento tão elaborado dos ciclos lunares e solares como a sofisticação da astronomia

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praticada pelos babilônios e egípcios. A comparação com os pitagóricos não implica necessariamente qualquerinteresse concreto pela matemática, mas apenas pelo estudo das "ciências ocultas" (que era como os contemporâneose posteriores aos pitagóricos encaravam as atividades dos mesmos).

Bibliografia• CARR-GOMM, Philip. Os Mistérios dos Druidas. Zéfiro.• CARR-GOMM, Philip. Elementos da Tradição Druida. Ediouro, sd.• DENIS, Léon. O Gênio Céltico e o Mundo Invisível. União Espiritualista Francesa e Francófona, 1927.• JUBAINVILLE, Henri d'Arbois de. Os Druidas e os Deuses Celtas sob Forma de Animais. Zéfiro.• ELLIS, Peter Berresford. Druidas. El Espíritu del mundo celta. Trad. Javier Alonso López. Madrid, Oberon,

2001.• HIPÓLITO DE ROMA. Refutação de todas as heresias, Livro I, Cap. 22.• JÚLIO CÉSAR. Comentários sobre a Guerra Gálica (De Bello Gallico). Trad. Francisco Sotero dos Reis. Estudo

de Otto Maria Carpeaux. Rio de Janeiro, Tecnoprint, sd.• LUPI, João. Os Druidas-Brathair 4(1), 2004:70-79, ISSN 1519-9053.• KENDRICK, T. D. The Druids. Londres, Random House, 1996.• MIRANDA JANE ALDHOUSE-GREEN. Dying for the Gods: Human Sacrifice in Iron Age & Roman Europe. -

2001 - 208 páginas Edition: illustrated, Publicado por Tempus, 2001, ISBN 0-7524-1940-4, 9780752419404.• Vários Autores. Mandrágora - O Almanaque Pagão 2011: No Bosque Sagrado dos Druidas. Zéfiro.

Referências[1] Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete "Druida" (http:/ / houaiss. uol. com. br/ busca?palavra=Druida)[2] http:/ / bvespirita. com/

O%20G%C3%AAnio%20C%C3%A9ltico%20e%20o%20Mundo%20Invis%C3%ADvel%20(L%C3%A9on%20Denis). pdf[3][3] Arqueólogo da Universidade de Carliff, País de Gales e especialista em druidas[4] [[National Geographic (http:/ / news. nationalgeographic. com/ news/ 2009/ 03/ 090320-druids-sacrifice-cannibalism_2. html)].[5] ESPACIO CIENCIA - ¿Eran caníbales los druidas? (http:/ / espaciociencia. com/ eran-canbales-los-druidas/ ). National Geographic.[6] História do Mundo: Os Druidas (http:/ / www. historiadomundo. com. br/ celta/ druidas. htm)[7] Mitologia Celta (http:/ / www. geocities. ws/ arlekimbr/ micelta. html)

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Henoteísmo 95

Henoteísmo

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Henoteísmo 96

•• Tengriismo

Henoteísmo (do grego hen theos, "um deus") é termo criado pelo orientalista e estudioso das religiões Max Müller(1823-1900) para designar a crença em um deus único, mesmo aceitando a existência possível de outros deuses.[1]

Seu objetivo era estudar comparativamente as religiões orientais e o monoteísmo judaico, islâmico e cristão,contestando a superioridade teológica deste perante outras concepções de divindade. Termos equivalentes a essaideia são "monoteísmo inclusivo" e "politeísmo monárquico". Nesse sentido, um "deus" pode se referir a umapersonificação (entre outras) do Deus supremo, mas também pode-se atribuir a esse Deus o poder de assumirmúltiplas personalidades.

Henoteísmo presente em diversas religiões

CristianismoVários cristãos acreditam numa grande variedade de anjos, santos, demônios, porém eles sempre são inferiores aSantíssima Trindade. Embora muitos fiéis negam que tais seres sejam deuses, muitas vezes existem em orações oucrenças. Algumas denominações cristãs possuem características henoteístas, como o Gnosticismo e a Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.

HinduísmoO Hinduísmo é descrito como uma religião monista e algumas partes monoteísta. Porém, antigamente tais fiéisacreditavam, além de um deus supremo, em certas forças da natureza que controlavam diferentes elementos.

DodecateísmoO Dodecateísmo é um dos mais famosos exemplos de politeísmo, por crer em vários deuses, para diversos elementosou sentimentos. Mas em algumas circunstâncias aparece a ideia de um deus mais poderoso ou uma essência divinasuperior e única, como Zeus (ou Júpiter). O Estoicismo e o Neoplatonismo são correntes filosóficas do mundo antigoque defendiam posturas henoteístas.

KemetismoNo Kemetismo, sempre existiram vários deuses (ou neteru), sendo Rá, o primeiro deus, considerado o líder e Amon,chamado de "O Rei dos Deuses" os mais poderosos. Mas, a crença diz que os dois seres se uniram (ver Antigareligião egípcia), formando o supremo Amon-Rá.[1] Müller, Max. (1878) Lectures on the Origin and Growth of Religion: As Illustrated by the Religions of India. London:Longmans, Green and

Co.

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Kemetismo 97

Kemetismo

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Kemetismo 98

•• Tengriismo

Ankh, símbolo egípcio

Kemetismo é um termo para o paganismo egípcio. Tem diferentes vertentes.Uma delas éa religião desenvolvida nos Estados Unidos em 1988 por Tamara Siuda. Esta vertentecultiva as crenças e práticas da antiga religião egípcia adaptadas aos tempos atuais, sendoconsiderada uma religião revivalista e de matriz africana. Também chamada deOrtodoxia Kemética, a religião cultiva todos os aspectos da religião do Antigo Egito,sendo, portanto, uma religião henoteísta (panteísmo hierarquizado) (e não monólatra), ouseja, acredita-se em vários deuses, porém, que partem de somente uma força divina. Essa"força divina" é Netjer, sendo os antigos deuses egípcios como Rá, Ísis, Osíris e Anúbisaspectos ou Nomes de Netjer, usando-se os termos plurais Netjeru para os deuses eNetjeret para as deusas.

História

O Kemetismo se desenvolveu na década de 1970, com a ascensão do neopaganismo nos Estados Unidos. TamaraSiuda, em um ritual de iniciação wiccano recebeu uma visão na qual, alegou ter sido chamado pelos antigos deusesegípcios para reviver sua adoração. Tamara abandonou a wicca para estudar a adoração na antiga religião egípciacom alunos em 1988, nascendo a Ortodoxia Kemética que é a principal e oficialmente reconhecida religião kemética,sendo representada no Parliament of World Religions na Cidade do Cabo, África do Sul em 1999. Três gruposkeméticos modernos possuem relação histórica com a Ortodoxia Kemética, são eles: Akhet Hwt-Hrw, Per Ankh ePer Heh. No entanto, a Ortodoxia Kemética não considera-se uma verdade filosófico-religiosa absoluta,considerando e respeitando todas as outras verdades filosófico-religiosas como igualmente válidas e, comoconsequencia disso, a Ortodoxia Kemética rejeita o proselitismo religioso.

EtimologiaO nome Kemetismo vem de kemet, que significa Terra Negra, sendo a forma de como o Egito era chamado na épocados faraós.

Os cinco pilares da Ortodoxia KeméticaA Ortodoxia Kemética baseia-se em 5 pilares[1]:• Ma'at: a justiça, a verdade, a ordem e o equilíbrio• Netjer: a força divina, da qual os Deuses (Netjeru) e Deusas (Netjeret) são aspectos ou Nomes• Akhu: os ancestrais• Nisut: o líder espiritual e administrativo• A Comunidade, praticante da religião.

PráticasA Ortodoxia Kemética possui dois tipos de prática: a Prática Estatal que consiste na realização de rituais e celebrações por sacerdotes específicos, do jeito mais fiel possível aos que os antigos sacerdotes egípcios faziam. Na Prática Estatal também são celebrados os mesmos festivais formais que eram celebrados na Antiga religião egípcia, tudo sob o controle e orientação dos sacerdotes, e são justamente essas formalidades fieis às formalidades antigas que dão o caráter "ortodoxo" da religião, que conta inclusive com um calendário kemético, sendo a celebração mais importante o Wep Ronpet que é o ano novo kemético, que acontece geralmente entre em Julho e Agosto quando começa a cheia do rio Nilo. Já a Prática Pessoal, consiste em altares pessoais que os fieis fazem e ali realizam seus rituais diários, orações, adorações espontâneas, etc, além de suas próprias experiências cotidianas com a

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Kemetismo 99

espiritualidade kemética.

HierarquiaA Ortodoxia Kemética possui uma rígida hierarquia, a saber:• Iniciantes: São aqueles que foram admitidos na classe de iniciantes, onde aprendem tudo sobre a religião e tem

seu primeiro contato com a comunidade kemética, sendo ensinados, orientados e auxiliados por sacerdotes. Apóso término da classe de iniciantes, a pessoa pode decidir tornar-se um Remetj caso tenha identificado-se com areligião, ou pode recusar caso não tenha identificado-se.

• Remetj: São aqueles que passaram pela classe de iniciantes e decidiram tornar-se membros, porém semconverterem-se totalmente.

• Shemsu: São os Remetj que decidiram comprometer-se totalmente com a Ortodoxia Kemética. Para tanto,previamente passaram pelo RPD (Rito de Divinação Parental) no qual a Nisut descobre quais Nomes deNetjer(Deuses egípcios) são os Pais divinos e Amados divinos da pessoa. Após o RPD, a pessoa decidiu ser umseguidor de seus Deuses pessoais que apareceram em seu RPD, fez juramentos e então participou da Cerimôniade Nomeação na qual seu(s) Pai(s) divino(s) lhe deram um nome espiritual, ou nome de Shemsu. Esse nomeespiritual é divinado pela Nisut e é relacionado ao(s) Pai(s) divino(s) da pessoa, que então finalmente éapresentada à comunidade kemética como um novo Shemsu. No entanto, ninguém é obrigado a tornar-se Shemsu;um Remetj pode passar pelo RPD e decidir continuar como Remetj.

• Shemsu-Ankh: São todos os Shemsu que decidiram dedicar boa parte de seu tempo à comunidade da religião,passando por novos ritos de passagem e juramentos especiais à fé como o Weshem-ib que significa "pesagem docoração", podendo então desempenhar alguma função coletiva e ou serem ordenados em sacerdócios específicoscomo o sacerdócio W'ab e o sacerdócio Imakhu.

• Nisut: É o líder espiritual e administrativo, função que no passado era desempenhado pelo faraó, e atualmentedesempenhada pela própria fundadora da religião, Tamara Siuda, que é também egiptóloga, trazendoconhecimento científico para basear a fé, os ensinamentos, os ritos e a estrutura da Ortodoxia Kemética. Seu títulosimplificado como Nisut é Hekatawy I. Obs: ela não é considerada um faraó e nem infalível, tampouco umadivindade.

Referências[1] https:/ / sites. google. com/ site/ perkemetbrasil2/ credo

• Marilyn C. Krogh; Brooke Ashley Pillifant, Kemetic Orthodoxy: Ancient Egyptian Religion on the Internet: AResearch Note, Sociology of Religion (2004).

• Ellen Cannon Reed, Circle of Isis: Ancient Egyptian Magic for Modern Witches (2002), ISBN978-1-56414-568-0.

• J. G. Melton, Encyclopedia of American Religions, 5th ed., Detroit (1996).

Bibliografia• Hart, George. A Dictionary of Egyptian Gods and Goddesses. Routledge, 1986.ISBN 0-415-05909-7.• Hornung, Erik. Conceptions of God in Ancient Egypt: The One and The Many. Cornell University Press, 1982.

ISBN 0-8014-1223-4.• Lesko, Barbara. The Great Goddesses of Egypt. Università dell'Oklahoma, 1999. ISBN 0-8061-3202-7.• Meeks, Dimitri. Daily Life of the Egyptian Gods. Università di Cornell. ISBN 0-8014-3115-8.• Morenz, Siegfried. Egyptian Religion. Cornell Paperbacks. ISBN 0-8014-8029-9.• Ritner, Robert Kriech. The Mechanics of Ancient Egyptian Magical Practice. Istituto Orientale dell'Università di

Chicago, 1993. ISBN 09189867563.

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Kemetismo 100

• Siuda Logan, Tamara. The Neteru of Kemet: An Introduction. Eschaton Productions, 1994. ISBN 1-57353-105-7.• Siuda Logan, Tamara. The Ancient Egyptian Prayerbook. 2005. ISBN 1-894981-04-9. Site oficial (http:/ / www.

egyptianprayers. com/ ).

Ligações externas• Ortodoxia Kemética Brasil (http:/ / www. perkemetbr. tk)• http:/ / www. espiritualismo. hostmach. com. br/ outras_religioes. htm#117. 12_-_KEMETISMO• http:/ / www. kemetismo. tk• Kemetic Orthodoxy (http:/ / www. kemet. org)

Neopaganismo eslavo

Neopaganismo

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Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo

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Neopaganismo eslavo 101

•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia•• Tengriismo

Rito rodnoverov na Rússia, no ano 2000.

O neopaganismo eslavo (tambémchamado Rodismo (Родянство),também Родноверие [Rodnoverie] nalíngua russa, Рiдна Вiра [Ridna Vira]em ucraniano, Роднавераваннe[Rоdnaveravanne] em bielorrusso,Rodzimowierstwo em polonês,[1] quesignificam literalmente "fé nativa".

Trata-se da moderna religão politeísta,reconstrucionista, e neopagã; e seusmembros são comumente chamadosrodnoveiros, e se consideram acontinuação legítima da religião eslavapré-cristã.[2]

[1] Хто такі рідновіри? (http:/ / sd. org. ua/news. php?id=16463)

[2] The 2007 International Conference - Russian Rodnoverie (Aitamurto) (http:/ / www. cesnur. org/ 2007/ bord_aitamurto. htm)

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Stregheria 102

Stregheria

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Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Stregheria 103

•• Tengriismo

Stregheria é um termo usados para a antiga Bruxaria italiana, como também para se referir a um movimentomoderno neopagão surgido na Itália e nos Estados Unidos a fim de resgatá-la. Na língua italiana, "Stregoneria"significa simplesmente Bruxaria.Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Religião" (Vecchia Religione, em italiano), cultoneopagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos. A stregheria é uma religião iniciáticaimposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de bruxaria de influências italianas, desvinculada de religião,já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma práticade feitiçaria independente da religiosidade.

CultosO Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus. Mas este Culto,deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como umtodo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que hámuitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantesque se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como umaprática única, ou como um único Culto.Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Bruxaria Italiana também buscam a cura, afertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como oamaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclosde plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.

Segredos e práticasOs streghe ou bruxos se reúnem às noites de lua, dependendo de seu crescente ou declínio, e nos dias de sol intenso.À lua cheia são revelados os mistérios da tradição, enquanto os rituais solares são voltados para a adoração e ailuminação, e ainda o contato com a natureza, tão importante para nós. Os elementos têm muita importância para osstreghe, e uma das práticas secretas é a Arte das Transmutações, em que se utiliza o magnetismo do olhar paraimpregnar pessoas e coisas, como os benzedeiros chamam de "Luz nos Olhos" ou "Olhar de Fogo", para os bruxos.O Brilho do olhar pode ser usado para o bem ou mal, mas a maioria dos streghe utilizam o fogo (para libertaçao) e aágua (para purificação), visualizando o corpo em questão cheio destes elementos. A stregaria também mantémcontato com espíritos familiares, elementais, anjos e devas, etc., mas tudo com objetivos definidos, sejam materiaisou de desenvolvimento espiritual. Muitas tradições que se voltaram para o cristianismo mantiveram o simbolismostrega pelas gerações, e hoje constituem alguns dos principais grupos mantenedores da stregaria no Brasil. Apesar demisturada e muitas vezes enraizada no Cristianismo esotérico e no hermetismo, a stregaria mantém suas antigastradições e rituais mediterrâneos, que morrem com os membros, mas cedo ou tarde retornam na família, através desonhos, inspirações e até mesmo uma curiosidade.

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Stregheria 104

Stregheria reveladaA Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveuobras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and RomanRemains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheresque se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças deEspíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus. Alguns praticantes, no entanto, mantémseu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Dianae Dianus, embora, indubitavelmente eles sejam os mais cultuados.As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, queos romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que osprivilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos etradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos,tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e nacultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam essecaráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes sãoatualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias erezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.Animulare, Tanarra, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimaspara "streghe" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas naverdade são apenas palavras de diversos dialetos.

Clãs e tradições de StregheriaA Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por umconjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Streghe estão ligados entre si pelalinhagem.Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilasdaqueles locais, ou em famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosasou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.

Bibliografia• Leland, Charles G., Aradia o evangelho das Bruxas• Ginzburg, Carlo, Os Andarilhos do Bem• Grimassi, Raven, Italian WItchcraft

Ligações externas• Stregaria [1]

• Stregheria, Raven Grimassi [1]

• Bruxaria Italiana feita no Brasil, por Pietra di Chiaro Luna [2]

• Benedicaria [3]

• Ordem do Cálice e da Serpente [4]

• A Magia dos filhos da Lua [5]

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Stregheria 105

Referências[1] http:/ / www. mortesubita. org/ jack/ paganismo/ textos/ stregheria[2] http:/ / www. stregoneriabr. com[3] http:/ / www. rueskitcken. com[4] http:/ / chaliceandserpent. com[5] http:/ / filhosdediana. blogspot. com

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OUTROS CONCEITOS

Animismo

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Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo

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Animismo 107

•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia•• Tengriismo

Xamã dos Urarinas, 1988.

O termo "animismo" aparenta ter sido desenvolvido inicialmente pelocientista alemão Georg Ernst Stahl, por volta de 1720, para se referirao "conceito de que a vida animal é produzida por uma almaimaterial"[1]. Uma das redefinições mais famosas do termo foi feitapelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obraPrimitive Culture (A Cultura Primitiva).

Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosaimanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todosos elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), atodos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenosnaturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal,chamado de ânima, o qual apresenta significados variados:

• cosmocêntrica significa energia;• antropocêntrica significa espírito;• teocêntrica significa alma;Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem:sentimentos, emoções, vontades ou desejos e até mesmo inteligência.Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas sãovivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".

O Animismo possui três simples regras:•• Tudo no Cosmo tem ânima;•• Todo o ânima é transferível;•• Tudo ou todo que transfere ânima não perde a totalidade de seu ânima, mas quem ou que o recebe perde parte ou

a totalidade de seu ânima, o qual será tomado pelo ânima doador.A partir da década de 1950, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico,uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e atodos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outrosafirmam que foram os cultos animistas.

Uso do termo no EspiritismoNa literatura espírita, o termo animismo é usado para designar um tipo de fenômeno produzido pelo próprio espíritoencarnado, sem que este seja um instrumento mediúnico da ação espiritual e sim o artífice dos fenômenos emquestão. De forma mais específica, outros autores, a citar Therezinha Oliveira, costumam utilizar-se desta nomeaçãopara designar o fenômeno em que o médium revive suas próprias recordações do pretérito, expressando-as muitasvezes nas próprias reuniões mediúnicas. Por ser ele o autor das palavras ditas, este fenômeno anímico muitas vezes émal visto devido à possibilidade de mistificação e pela ausência do espírito comunicante, não sendo, desta forma, umfenômeno mediúnico.

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Animismo 108

Para melhor entendimento desse fenômeno, podem-se usar as denominações utilizadas pelo pesquisador espíritaHermínio C. Miranda, quais sejam, a de chamarmos o espírito, que, segundo o Espiritismo, em sua existênciainfinita, tem um número incontável de experiências na matéria, de individualidade, enquanto cada uma dasexistências do mesmo é uma personalidade.Dessa forma, admitida a pluralidade das existências, conclui-se que a individualidade deve possuir um conhecimentoimensamente superior ao de cada uma de suas personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personalidadetudo o que aproveitou das que representou nas existências pregressas. Todavia, estas palavras não devem serinterpretadas como sendo uma personalidade isolada, diversa em cada existência física. O espírito é artífice de simesmo, e progride continuamente, a partir das experiências encarnatórias, apresentando uma ascensão moral eintelectual contínua que soma-se a cada encarnação.Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquantoencarnado, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ourealmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o espírito que se comunica não é o que estáencarnado, ou seja, não é o médium, e sim uma individualidade desencarnada, um espírito. Os fenômenos espíritas(produzidos por um espírito) podem ser divididos em dois grupos: os fenômenos anímicos (quando é produzido peloencarnado, com suas próprias faculdades espirituais, sem o uso dos sentidos físicos, graças à expansão de seuperispírito; os fenômenos mediúnicos, produzidos por um espírito por intermédio do médium. Ainda segundoTherezinha de Oliveira, quanto maior o grau de expansão do perispírito, mais expressivo poderá ser o fenômenoanímico, pois o encarnado poderá desfrutar mais de maior liberdade em relação ao corpo, passando a atuar maiscomo um espírito liberto.Entretanto, mostra-se difícil separar o fenômeno anímico do mediúnico, pois: 1 - São as próprias capacidadesanímicas dos médiuns que os fazem instrumentos para a atuação dos espíritos; 2 - Nem sempre podemos definir, comprecisão, se o fenômeno está ou não sendo provocado ou coadjuvado por espíritos. Na grande maioria das vezes, oque ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do espírito encarnado no médium em relaçãoao espírito desencarnado que por ele se expressa.

Religiões e crenças baseadas no animismo•• Candomblé•• Xintoísmo•• Panteísmo[1] http:/ / www. etymonline. com/ index. php?term=animism

Ligações externas• Animismo na cultura africana entre os Bakongos autor:Pastor angolano André Nguina Quiala (http:/ / www.

jesussite. com. br/ acervo. asp?id=96)• L'animisme au Bénin (http:/ / www. bj. refer. org/ benin_ct/ tur/ vodoun/ vodoun. htm)

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Bruxa 109

Bruxa

"Macbeth and Banquo meeting the witches on the heath" ("Macbeth e Banquo reunião dasbruxas no campo") de Théodore Chassériau.

Uma bruxa é geralmente retratada noimaginário popular como uma mulhervelha, nariguda e encarquilhada,exímia e contumaz manipuladora deMagia Negra e dotada de umagargalhada terrível. É inegável aconexão entre esta visão e a visão daHag ou Crone dos anglófonos. Étambém muito popularizada a imagemda bruxa como a de uma mulhersentada sobre uma vassoura voadora,ou com a mesma passada por entre aspernas, andando aos saltitos. Algunsautores utilizam o termo, contudo, paradesignar as mulheres sábias detentorasde conhecimentos sobre a natureza e,possivelmente, magia.

Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso das chamadas Bruxas de Salem, a Bruxade Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como noslivros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, queversam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobreas bruxas Mayfair, de Anne Rice.

As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelosinquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré como peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxasadquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as BruxasTradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte das Bruxas, quehabitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.Diziam que as bruxas voavam em vassouras à noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços etransformavam as pessoas em animais e que eram más.Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido àmaior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaquenesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que sãoBruxos/as mas que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos deoutras tradições. A classificação de magia como negra e branca não existe para os bruxos, pois se fundamentam nosconceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuaisem grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites queexplicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de BruxariaTradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para quenovos candidatos os localizem.

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Bruxa 110

HistóriaÀ afirmativa de existência de bruxas à forma retratada em registros da Idade Média, incluindo histórias infantis quepermaneceram em evidência até os dias atuais, admite-se uma ressalva: elas parecem ter existido apenas noimaginário popular como uma velha louca por feitiços enigmáticos, surgidas na esteira de uma época dominada pormedos, quando qualquer manifestação diversa ou mesmo a crença na inexistência de bruxas da forma retratada pelasautoridades clericais era implacavelmente perseguida pela Igreja. [1]

A feitiçaria já era citada desde os primeiros séculos de nossa era. Autores como o filósofo grego Lúcio Apuleio(123-170) fazia alusão a uma criatura que se apresentava em forma de coruja (lilith) que na verdade era uma formadescendente de certas mulheres que voavam de madrugada, ávidas de carne e sangue humanos.Para os intelectuais, estes acontecimentos não passavam do imaginário popular, sonhos, pesadelos e, assim,recusavam-se a admitir a existência de bruxas. Porém, entre muitos povos não era assim: os éditos dos francossalianos falavam da Estrige como se ela existisse de fato. Os penitenciais atestavam a crença nessas mulheresluxuriosas. No início do século XI, Burchard, o bispo de Worms, pedia aos padres que fizessem perguntas àspenitentes no intuito de descobrir se eram seguidoras de Satã, (…) se tinham o poder de matar com armas invisíveiscristãos batizados (…) Se sim, quarenta dias de jejum e sete anos de penitências.Até ao século XIII a Igreja não condenava severamente esse tipo de crendice. Mas nos século XIV e XV, o conceitode práticas mágicas, heresias e bruxarias se confundiam no julgo popular graças à ignorância. Eram, em geral,mulheres as acusadas. Hereges, cátaros e templários foram violentamente condenados pela Inquisição, tomando avez aos judeus e muçulmanos, que eram os principais alvos da primeira inquisição (século XIII). Curiosamente, foiexatamente a partir da primeira inquisição que a iconografia cristã passou a representar o "Arcanjo Decaído" nãomais como um arcanjo, mas com a aparência de deuses pagãos, como Pã e Cernunnos. Tal fato levou, séculos após, àsuposição de que bruxas eram adoradoras do demônio, o que não faz sentido, uma vez que a figura do demônio fazparte do dogma cristão, não pertencendo às crenças pagãs e nem existindo personagem de caráter equivalente aodiabo em qualquer panteão pagão. O uso alternativo do nome Lúcifer para designar o mal encarnado, na visão cristã,agravou a ignorância a respeito do culta das bruxas, uma vez que o nome Lúcifer, pela raiz latina, representaportador/fabricante da luz (Lux Ferre), inescapável semelhança ao mito grego de Prometeu, que roubou o fogo doscéus para trazê-lo aos homens.

Perseguição às bruxas.

O movimento de repressão à bruxaria, iniciado naIdade Média, alcançou maior intensidade no séculoXV para, na segunda metade do século XVII, terdiminuída sua chama: o número de processos defeitiçaria no norte da França aumentou de 8, noséculo XV, para 13 na primeira metade do séculoXVI, e 23 na segunda metade, chegando a 16 naprimeira metade do século XVII, diminuindo para 3na segunda metade daquele século e para um únicono seguinte. (Claude Gauvard - membro do InstitutUniversitaire de France).

Em 1233 o Papa Gregório IX admitiu a existência do sabbat e esbat. O Papa João XXII, em 1326, autorizou aperseguição às bruxas sob o disfarce de heresia. O Concílio de Basileia (1431-1449) apelava à supressão de todos osmales que pareciam arruinar a Igreja.Uma psicose se instalou. Comunidades do centro-oeste da França acusavam seus membros de feitiçarias. Na Aquitânia (1453) uma epidemia provocou muitas mortes que foram imputadas às mulheres da região, de preferência as muito magras e feias. Presas, submetidas a interrogatórios e torturadas, algumas acabavam por confessar seus crimes contra as crianças, e condenadas à fogueira pelo conselheiro municipal. As que não confessavam eram,

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muitas vezes, linchadas e queimadas pela multidão, irritada com a falta de condenação.Os tratados demonológicos e os processos de feitiçaria se multiplicaram, por volta de 1430, marcando uma nova faseda história pré-iluminista, de trágicas dimensões. Em 1484 o Papa Inocêncio VIII promulgou a bula Summisdesiderantes affectibus, confirmando a existência da bruxaria. Em 1484 a publicação do Malleus maleficarum("Martelo das Bruxas") orientou a caça às bruxas com ainda maior violência que obras anteriores, associando heresiae magia à feitiçaria.A Inquisição, instituída para combater a heresia, agravou a turba de seguidores inspirados por Satã. Havia, ainda, umcomponente sexista. Os bruxos existiam, mas eram as mulheres, sobretudo, que iam queimadas nas fogueirasmedievais.

VooAs bruxas da Idade Média produziam unguento a partir de plantas com propriedades alucinógenas, a "pomada dasbruxas". Untando as mucosas vaginal e anal com o auxílio de um cabo de vassoura, o unguento era absorvido maisrapidamente. Os delírios causados pela pomada das bruxas incluíam a sensação de levitação, explicando os supostosvoos.

EtimologiaO vocábulo "Bruxa" é de origem desconhecida, provavelmente de origem pré-Romana. No entanto, existe umaprovável relação com os vocábulos proto-celtas: *brixtā (feitiço), *brixto- (fórmula mágica), *brixtu- (magia); ou oGaulês: brixtom, brixtia do qual deriva o nome da deusa Gaulesa Bricta ou Brixta

Lendas Famosas

Witches-Ireland

Houve um encontro de quatro senhoras na noite de hallow evening naIrlanda em 1880. Segundo o livro "Invectives Against the Sect ofWaldensians Vol.2 " , após alguns rituais de sacrifício de animais, elascausaram um incêndio na casa. O incêndio dizimou tudo, nenhumcorpo foi encontrado. O único vestígio do acidente foi a chave da casaencontrada nos destroços, dias após o incêndio, e uma foto deterioradadas quatro senhoras. Na época a população local disse que as senhoraseram bruxas e os rituais praticados eram rituais satânicos de invocaçãodo demônio.

Manuais, obras, tratados

• Les Admirables secrets d'Albert le Grand (Os admiráveis segredosde Alberto, o Grande) seguido de Secrets merveilleux de la magienaturelle e cabalistique du Petit Albert (Segredos maravilhosos demagia natural e cabalística do Pequeno Alberto, 1703).

• Histoires, disputes et impostures (Histórias, disputas e imposturas)-discursos das ilusões e imposturas dos diabos (1563, Genebra), deJean Wier.

• Cautio Criminalis, de Friedrich von Spee.• Essay concerning Witchcraft (Ensaio histórico sobre a bruxaria, 1718), de Francis Hutchinson.• Malleus maleficarum (O martelo das bruxas, 1485), de Jakob Sprenger e Heinrich Institoris.• De la démonialité des sorciers (A demonialidade dos bruxos, Paris, 1582), de Jean Bodin.

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• La Démonolâtrie (A demonolatria, 1582), de Nicolas Rémy.• Sadducismus triumphatus (Acusação contra o saduceísmo moderno, 1668), de Joseph Glanvil.Em 1602 Anton Praetorius, um teólogo alemão calvinista, publicou o livro "Gründlicher Bericht von Zauberey undZauberern" ("Relatório profundo da magia, mágicos e feiticeiros") contra a quimera da bruxaria e tortura.

Referências[1][1] Revista História Viva - Ano III - nº 35. Editora Duetto. São Paulo (2006)

Bruxaria

Hans Baldung Grien: Bruxas. Xilogravura de1508.

A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa,designa a execução de rituais de cunho sobrenatural com a intenção deobter benefícios pessoais, sendo também utilizada como sinônimo decura espiritual, prática oracular e feitiçaria. Tal definição, entretanto,além de não retratar com fidedignidade mínima a bruxaria de fato (nãofictícia), torna indistintas as práticas dos verdadeiros bruxos de muitasdas práticas da maioria das outras expressões de religiosidade. Note-se,por exemplo, que uma prece autenticamente cristã é um ritual de cunhosobrenatural (não científico) com a intenção de obter benefíciospessoais; a cura espiritual também se encontra em diversas formas dereligiosidade, desde a bênção cristã até o passe espírita. Da mesmaforma, as práticas oraculares se encontram presentes até mesmo emreligiões que as criticam duramente, como podemos constatar pelapresença do capítulo do apocalipse na bíblia cristã. Portanto, paracompreender o que é a bruxaria de fato, é necessário observar ascrenças e atividades dos bruxos contemporâneos e suas referênciasprincipais.

Conforme depreendemos da leitura do fundador da wicca tradicional(bruxaria moderna), Gerald Gardner[1], em consonância com fontes das mais diversas vertentes da bruxaria modernae tradicional [2] [3], a bruxaria é o culto à Deusa e/ou ao Deus em sistemas que variam de uma deidade únicahermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio,greco-romano e normando (viking). Grande parte dos grupos bruxos considera, inclusive, que diversas deusasantigas são diferentes faces de uma única Deusa, mas mesmo estes grupos as apresentam de forma separada em suasritualizações.

Acima até da conceituação das deidades, a reintegração do homem à natureza é parte fundamental das crençasvinculadas à bruxaria, o que se evidencia na celebração do fluir das estações do ano em até oito festivais chamadossabates, sendo dois nos equinócios, dois nos solstícios e quatro em datas fixas[4]. Ao fluxo de um curso completo detais eventos chama-se comumente de Roda do Ano.Paralelamente aos sabates, a bruxaria conta com os esbates, que celebram as fases da Lua. Aqui, todavia, há grandesdiferenças entre vertentes da bruxaria, com alguns grupos comemorando quatro fases da Lua e outros comemorandoapenas o plenilúnio.

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Tipos de BruxariaA confusão entre bruxaria e magia levou aos magos e aos leigos a classificarem equivocadamente os bruxos comobrancos e negros, supondo que os que buscassem/praticassem o bem seriam bruxos brancos, e os quebuscassem/praticassem o mal seriam bruxos negros. Os bruxos, na verdade, não se pautam pelo modelo de bem emal, considerando toda e qualquer magia como cinza (mistura da luz com a escuridão). A grande divisão que se podefazer em grandes grupos na bruxaria é entre a tradicional e a moderna.

Bruxaria ModernaBruxaria moderna é considerada pela maioria das tradições bruxas como a que surgiu com Gerald B. Gardner, sendosinônimo de wicca, muito embora Raven Grimassi, referência mais conhecida da stregheria (bruxaria italiana),considere Charles Leland o pai da bruxaria moderna. Ainda que iniciado por bruxas tradicionais, Gardner reuniu aosconhecimentos que elas lhe teriam passado práticas ritualísticas e simbologia da Alta Magia, bem como o princípioético formulado por Crowley ligeiramente modificado (faça o que quiser desde que a ninguém prejudique), criandoassim as bases de uma nova crença.

Bruxaria TradicionalBruxaria Tradicional é aquela posterior à wicca e/ou o reconstrucionismo religioso de práticas pagãs ligadas a umatradição específica. Bruxaria Tradicional é um termo inventado por Roy Bowers (Robert Cochrane) para atacarGardner e se achar mais "tradicional" que os tradicionais. Ao contrário do que se possa supor, os grupos de bruxariatradicional não reconstrucionistas, vieram ao longo do tempo absorvendo conhecimentos e conceitos de diversasexpressões de religiosidade e, como não se submeteram à separação entre ciência e religião, também vierammodificando sua compreensão cosmológica e suas práticas com o avanço científico.

Tradições BruxasTradições bruxas são conjuntos de crenças e práticas bruxas específicas independentes, estabelecidas a partir dainfluência de culturas locais ou pela criação de novas linhas iniciáticas, geralmente a partir de um iniciado do maisalto grau em outra tradição. Como a bruxaria não é uma religião fundada em estrutura dogmática rígida, com o usode tecnologias de informação modernas os grupos de bruxos (covens ou coventículos) puderam se expandir paraalém de fronteiras geográficas locais, o que levou a uma considerável multiplicação de tradições bruxas entre fins doséculo XX e início do século XXI.

Bruxaria AncestralTradição bruxa que venera deuses anteriores ao período histórico, tendo entre suas crenças principais a de que o serhumano não é superior aos demais animais e que tudo no universo segue o mesmo fluxo, por eles chamado de"Dança da Deusa". Seu fundador foi iniciado e membro do Conselho de Anciãos da Tradição Ibérica, entretanto asexperiências místicas pelas quais passou desde o início o levaram a desenvolver ainda dentro da Tradição Ibéricauma veneração à parte, voltada a deidades mais antigas que as lusitanas, veneradas em seu coventículo de origem.Acumulando-se divergências ideológicas e filosóficas, o cisma que deu origem à nova tradição foi natural einevitável, com a criação da Ordem Sagrada de Bennu, sediada no Brasil.

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StregheriaTradição bruxa natural da região onde hoje se encontra a Itália, tendo suas raízes nos cultos neolíticos à GrandeDeusa naturais da região do Mediterrâneo e do Egeu e construída sobre mitos de diversos povos, dentre eles osmicênicos e etruscos..

Tradição AlexandrinaContemporâneo de Gerald Gardner, Alex Sanders fundou a Tradição Alexandrina, bastante semelhante à wicca,porém pertencente a outra linha iniciática e mais liberal quanto à exigência de nudez ritual.

Tradição DiânicaCaracterizada pela supremacia do culto à Deusa, em relação ao culto ao Deus, a Tradição Diânica é considerada alinha feminista da bruxaria, sendo que alguns de seus grupos só admitem membros do sexo feminino.

Tradição IbéricaTradição bruxa que cultua antigos deuses da Península Ibérica, em especial da Lusitânia. A origem de tal linhagemse perde no tempo. Apesar de os registros mais antigos de linha inciática da Tradição Ibérica datarem de fins doséculo XVIII, cogita-se que por motivos de perseguição religiosa não eram tomados registros antes do início doséculo XX, sendo provável que tal tradição tenha sido fundada pelas bruxas de aldeia da região onde hoje é Portugalcom base em práticas e conhecimentos da cultura celtíbera, anteriores à conquista romana.

Wicca Tradicional ou Tradição GardnerianaMãe de diversas tradições bruxas modernas, a Wicca tradicional foi fundada por Gerald Gardner em meados doséculo XX, a partir do sincretismo entre a bruxaria tradicional inglêsa e a alta magia ensinada na Golden Dawn.Diversos iniciados por Gardner deram origem a outras tradições, ainda assim consideradas wiccanas, motivo peloqual passou a se chamar a bruxaria ensinada por Gardner de wicca tradicional.[1] Gardner, Gerald B., A Bruxaria Hoje. Madras, São Paulo, SP, 2003 - ISBN 8573747293[2] Grimassi, Raven. Bruxaria Hereditária: Segredos da Antiga Religião. Gaia - ISBN 8575550071[3] Buckland, Raymond. O Livro Completo de Bruxaria do Buckland. Gaia - ISBN 8575550045[4] Farrar, Janet; Farrar, Stewart. Oito Sabás para Bruxas. Anubis - ISBN 8586453064

Ligações externas• Peste di Granfie (http:/ / www. pestedigranfie. com)• Ordem Sagrada de Bennu (http:/ / www. bruxas. eco. br)• Bruxaria Tradicional - rede (http:/ / www. bruxariatradicional. com)

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FeitiçariaFeitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs(objectos ao qual são atribuídos poderes mágicos), por parte de adeptos do ocultismo com vista à obtenção deresultados, favores ou objectivos que, regra geral, não são da vontade de terceiros.Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo que está tambémfrequentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades , como por exemplo,espíritos, deuses, gênios ou demônios, ou o emprego de diversas formas de adivinhação.Os praticantes e líderes da feitiçaria, designados de feiticeiros, gozavam de uma considerável influência social emdiversas comunidades, sendo encarados como líderes religiosos ou conselheiros.

EtimologiaO termo grego usado para feitiçaria é farmakía, que significa "drogueadores", no sentido de preparadores de drogascom fins terapêuticos a partir de plantas. Para além da intenção de curar, os feiticeiros também usavam drogas parainduzir estados alterados de consciência para ascender ao Mundo dos Espíritos.

Lendas

Pré-colombianasSegundo previsões maias e astecas o segundo filho(a) de uma família de 2 pessoas tendo a mãe sendo gerada 7 diasantes do filho primogênito, indiferentemente os anos, o pai nascido 1 mês após e no último dia do mês, o último filhosera amaldiçoado severamente, principalmente se nascer em um dia antes que a mãe, principalmente,indiscutivelmente e levando em conta a matriz antropológica e referencial da vida soberana e ética humana se fornomeada de um nome de 6 (seis) letras e iniciada com "L". Essa e uma lenda grega.

HistóriaEm tempos remotos, os feiticeiros eram considerados curandeiros no seio das comunidades.Esse tipo de práticavigora sob diversos nomes e possui diversos adeptos.

Fenômeno cultural

XamanismoNas culturas xamânicas, o xamã (sacerdote feiticeiro) se diferencia dos demais magos, curandeiros ou feiticeiros,pela forma de comunicação com o Mundo dos Espíritos. Num estado de transe, o xamã transporta-se para outrosplanos (o chamado “voo mágico”), enquanto os outros invocam os Espíritos para seus rituais e trabalhos mágicos. Oxamã é escolhido por um “chamamento”, por herança ou por aprendizagem. Logo após a sua escolha, entra numestado alterado de consciência similar ao coma profundo, no qual é levado para a caverna dos antepassados. É entãoconcedido a ele o direito de cura de todas as doenças.

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Feitiçaria 116

VoduO Vodu é uma tradição afro-derivada recheada de elementos de feitiçaria vudu, ao passo que cultuam os lwas (dacategoria Rada, equivalentes des Orixás), também reconhecem deidades nativas das terras do Haiti (da categoriaPetro), estando acima destas categorias o Casal Supremo, Dambalah e Aiyda Wedo, as duas serpentes celestiais.Vários elementos da feitiçaria européia encontram solo comum nesta tradição, em uma influência de mão dupla. Aimagem preconcebida de que o Vudu é apenas um conjunto de rituais de “magia negra” foi propagada porcolonizadores europeus e, mais tarde, pela indústria de Hollywood, tanto por racismo como por sensacionalismo. Osrituais de invocação de demônios por parte de algumas pessoas, são considerados um desvio da realidade.

Conceito bíblico sobre feitiçariaO Antigo Testamento repudia a feitiçaria.No entanto, de um lado, em Êxodo, lê-se “Não permitirás que viva a feiticeira”; de outro lado, vemos em I Samuel28: 7 a 9 o rei Saul, que havia expulso do reino as necromantes e adivinhos, consultar a pitonisa de Endor para queesta consultasse o espírito de Samuel, para que ele o aconselhasse. De uma forma geral, os teólogos afirmam queSaul foi consultar a pitonisa porque Deus não o respondia por meio dos profetas, e nem por meios tradicionais daépoca, porquanto tinha se afastado dele.No Novo Testamento, assim como no Antigo, as artes mágicas são repudiadas. Os textos mais antigos do NovoTestamento, as cartas de Paulo, falam do constante intercâmbio dos cristãos primitivos com o plano invisível. Noentanto, completamente diferente da feitiçaria, que era praticada por muitos povos pagãos. Como exemplos, vide ICoríntios 14; I João 4:1-3 e Tessalonissences 5: 19-21. Paulo entendia como “feiticeiro” aquele que praticava ointercâmbio com os demônios, que nos cultos pagãos eram tidos como deuses ou espíritos de mortos.

Conceito de feitiçaria conforme a BruxariaFeitiço é o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outrapessoa tem da realidade. O uso de forças, entidades e/ou energias não pertencentes ao plano físico para interferir noplano físico é magia mas não é feitiçaria, tendo fins muito diversos da interferência no estado mental, astral, físicoe/ou na percepção que o sujeito tem da realidade. Cumpre ainda acrescentar que, sendo um dos princípios lapidaresda bruxaria jamais interferir no livre-arbítrio de outrem, a feitiçaria deve ser utilizada exclusivamente para finscurativos e, sobretudo, para recuperação em casos de depressão em que a vítima não tem condições de agir por si.Enfeitiçar para fins egoístas consiste, portanto, em mau uso desta prática, geralmente ocorrendo como resultado dausurpação de algum conhecimento sagrado por pessoas pouco evoluídas espiritualmente e não ligados a nenhumaTradição Bruxa.Nos dias atuais, devido à sua eficácia, a Feitiçaria vem sendo utilizada por inúmeros segmentos religiosos, tanto paraas denominadas religiões como para as denominadas cultos... A partir do século IXX, a Feitiçaria deixou de serpraticada com exclusividade e acabou se incorporando a outros segmentos cuja doutrina é semelhante à sua prática;No Brasil temos grandes Mestres da Feitiçaria, sendo que alguns levam uma vida aparentemente comum, praticam aFeitiçaria de forma oculta; Dentre alguns nomes conhecidos da Feitiçaria podemos citar Maga Magali, MagaAthalanta, Maga Lúmina-Ra, Mago Vitor Jadim, Mago Barão, Mago Magnus e Mago Excelco; Nas práticas atuais aFeitiçaria é utilizada para alcançar auxílio na saúde, na vida profissional, social, amorosa e até mesmo para resolverproblemas familiares, totalmente diferente do que era praticado quando surgiu e era praticada por Feiticeiros que sededicavam única e exclusivamente à sua pratica;

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Conceito de feitiçaria conforme a magia ritualísticaEliphas Lévi, em seu "Ritual e Dogma de Alta Magia", diferencia a magia divina como a busca pelo conhecimentoda natureza divina e sua criação, com a magia prática sendo a ciência que usa esse conhecimento (como exemplo aCabala Hermética), enquanto a feitiçaria seria a corrupção dessas mesmas forças da natureza para o controle psíquicode outros seres e satisfação egoica da própria busca pelo poder.

Conceito de feitiçaria segundo Carlos CastanedaCastaneda era um antropólogo aprendiz de um feitiçeiro chamado Don Juan Matus, de uma linhagem que remontavamuitos séculos, uma prática quem vem do México Antigo mantida em segredo até castaneda abri-la ao publico: paraele a feitiçaria é um conjunto de práticas, que visam romper as barreiras comuns que os seres humanos tem comobase da realidade. O praticante da feitiçaria deve ser um guerreiro, ter disciplina , perseverança e coragem para entrarem mundos perceptivos diferentes dos que são comumente acordados por todos os seres humanos. Don Juan ensinaque há o tonal, uma ilha, em que se dá a percepção que conhecemos como verdadeira, e um mar que a cerca, onagual, o obscuro mar da consciência. O guerreiro se utiliza da arte do sonhar, que consiste em vencer etapas epraticar com constância durante o sonho, para despertar seu corpo energético, o seu duplo, capaz de atosinimagináveis, os videntes antigos descobriram que nosso verdadeiro ser é um ovo luminoso e este ovo possui umponto onde a percepção se dá, melhor traduzido como "ponto de encaixe", que quando se move gera percepções deoutros mundos. Outra pratica do guerreiro é a espreita: O guerreiro deve ter disciplina, que consiste em tirar o melhorproveito de qualquer situação imaginada. Para essa linhagem, o universo é movido por uma força chamada intento, eo guerreiro deve intentar ser um sonhador. Outra prática é a da recaptulação, que consiste em levar a luz daconsciência aos momentos passados para desfazer os nós energéticos, se livrar da energia que deixaram em nós erecuperar a energia desprendida. O guerreiro também tem consciência da existência de seres inorgânicos, que muitasvezes podem nos assustar, mas não chegam a nos fazer mal, podendo se tornar nossos aliados.

Perspectiva do EspiritismoSegundo o Espiritismo a Feitiçaria é um culto com raízes africanas.Creem que a feitiçaria não foge ao domínio das forças naturais, sendo os ditos feiticeiros homens dotados decapacidades psíquicas e que sempre são auxiliados por espíritos, em geral de grande poder magnético, mas demoralidade inferior. Os espíritos que atuam nos rituais de feitiçaria influenciam poderosamente nos resultados dessesrituais, em que há troca de energias em ambos os planos. Os espíritos da feitiçaria atuam recebendo pagamentos quesão: sangue de animais, bebidas, perfumes e uma infinidade de objetos que valorizam, apesar da dimensãoincorpórea em que se encontram. São em geral espíritos arrogantes, agressivos e muito autoconfiantes.Seus trabalhos, entretanto, não podem afetar pessoas que lhes sejam superiores em moralidade ou cercadas por forçasespirituais de ordem superior. Os espíritos dessa ordem, ainda é preciso que se diga, resolvem suas questões muitasvezes mediante o enfrentamento de espíritos contrários que atuam no mesmo dimensionamento, podendo perder ouganhar uma disputa (demanda, no jargão mágico), de acordo com as falanges que estejam ao seu alcance mobilizar.A associação com determinados médiuns, mais ou menos dotados de poderes magnéticos, a determinação e afirmeza com que se postam, ajuda a definir também o alcance das influências a que se entregam.Existem grandes associações de feitiçaria no plano espiritual, tanto quanto existem na Terra. A feitiçaria pode serclassificada como uma ação de interferência no ritmo normal da vida a partir do plano extra-físico, já que aquelesque se entregam a ela sabem que o mundo espiritual determina em grande parte a dinâmica do mundo físico e que,de lá, fica às vezes bem mais fácil influir sobre as situações e as pessoas, pois se conta com a influência mental sutile a invisibilidade em relação aos indivíduos no plano físico, os quais geralmente não possuem clarividência.

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NeotribalizaçãoNeotribalismo ou tribalismo moderno é a ideologia de que os seres humanos deveriam viver em sociedadespequenas (tribos) ao invés de viver em sociedade massiva (cidade grande).A neotribalização encontra-se amparada no que Michel Maffesoli chama de “principium relationis das sociedadestradicionais ou primitivas”. As relações que se formam nesse tipo são “multiformes e afetam vários domínios da vidasocial: religioso, cultural, político e social.”A partir destas premissas, o “sentimento coletivo” passa a ser a tônica das relações neotribais, onde as relações com ooutro se tornam mais enraizadas. A “circulação” das emoções fornece o caráter antropológico no qual se situa avivência coletiva e o que é próprio do neotribalismo é o que não é contratual, é o “não-dito”, segundo Maffesoli, quevai “fundamentar o estar-junto”. Em suma, a “banalidade” destas formas de congregações vão trazer ao grupo oamparo tribal.Recusando-se a ser reconhecido em qualquer projeto político, o neotribalismo, tem “como única razão” ser apreocupação com um “presente vivido coletivamente”. Segundo Maffesoli, se forem pesquisadas as monografiassobre grupos de jovens e círculos afinitários, estar-se-á convencido disto.Interessante também é perceber que no neotribalismo, as relações são pontuadas pela “fluidez, pelos ajuntamentospontuais e pela dispersão”. É assim, na ótica maffesoliana, que “podemos descrever o espetáculo da rua nasmegalópoles”. Os agrupamentos juvenis estão ai para mostrar que o importante, em suas vivências, é a sua relaçãocom os outros.Pode-se também comparar o neotribalismo à tecelagem de redes. Michel Maffesoli relaciona as redes ao paradigmado tribalismo. Seu conceito se traduz nos “laços e sentimentos de pertença, vinculados a uma ética específica”. Épossível relacionar estes elementos com os apontados pelo dicionário quando as atenções se voltam,metaforicamente, ao termo “tecido”. Para a formação do tecido, são necessários muitos “fios”, às vezes de espessurase texturas distintas, vinculados uns aos outros, que lhe conferem resistência. Ao sociólogo francês, o conceito remeteà “sucessão de “nós” que constituem a própria substância de toda socialidade ”. As práticas afetuais constroem redesde relações que se estruturam a partir do “sentimento de pertença”, em função de uma “ética específica” e, nestasrelações está o elemento tribal das relações. Eles possuem sentido na dinâmica global quando “outros grupos secriam” a partir do mesmo sustentáculo.As redes são elementos sociais de efeito transitório, onde a permanência e a estabilidade não constituem a totalidadedas relações. No espaço em que se engendram não há a necessidade do laço duradouro, da promessa “eterna” ecentralizadora, mas da “colcha de retalhos” que é a conexão de distintas tribos no corpo das metrópoles. Ao dirigir oolhar para as inúmeras redes sociais que se encontram na internet, é possível perceber que a dinâmica social ali sereproduz de maneira similar ao que existe no mundo “real”, onde a relevância está na relação entre as pessoas e noslaços sociais. A interação entre as pessoas é outro dos elementos fundadores das redes sociais.Presencia-se hoje, uma renovada busca por pertencimento nos indivíduos. A ausência de um todo moral queidentifique o indivíduo, o faz procurar preencher-se através de laços emocionais, de interesse não institucional.Existe uma necessidade de "proximidade", que faz com que o "individualismo contemporâneo" se converta em redesde grupos por afinidade, de caráter efêmero, mas emocional. Possibilidades de socialização diante da multiplicidadesimbólica atual. Então, o que dá sentido não é mais a subsistência, é o acessório afetivo, que tem seu sentidoexistencial em ato, enquanto está sendo atualizado em toda sua carga de emotividade coletiva. Os jovens são osgrupos que mais se identificam nas redes maffesolianas. Como sua busca, mais do que de uma identidade fixa,imóvel, é por identificações fluídas, condizentes com a sua forma de experimentar o mundo e as relações, nas redesafinitárias é que descobrem sua maneira de ser coletivo, de estabelecer sua socialidade. Então, destas relaçõesconstruirão as novas referências e identidades, individuais e, sobretudo, coletivas.

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Neotribalização 119

BibliografiaMAFFESOLI, Michel. A Contemplação do Mundo. Porto Alegre: Artes e Ofícios Ed., 1995.MAFFESOLI, Michel. A Transfiguração do Político: a tribalização do mundo. Porto Alegre: Sulina, 1997.MAFFESOLI, Michel. Mediações simbólicas: a imagem como vínculo social. In. MARTINS, Francisco M. eSILVA, Juremir Machado da. Para navegar no século XXI: tecnologia do imaginário e cibercultura. Porto Alegre:Sulina / EDIPUCRS, 1999. pp. 43-54.MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro:Forense Universitária, 1998.

NeoxamanismoNeoxamanismo é o nome dado para as teologias não ortodoxas que tentam resgatar o sabedoria dos povosancestrais, conciliando-a com elementos culturais e filósóficos da modernidade. Numa perspectiva de análisehistórica insere-se nos movimentos sociais de natureza estética ou religiosa denominados como "revivalismo", umaressurgência de valores espirituais e/ou culturais dentro de uma cultura em transformação.[1] tendo como exemplosclássicos do revivalismo o renascimento e o neopaganismo. Movimentos sociais são processos complexos queenvolvem os mecanismos do contágio social ou propagação das emoções [2] e determinações de natureza política esócio econômica a exemplo da "epidemia" de dança de 1518 ou o retorno à identidade étnica de grupos deremanescentes indígenas e de quilombos, minorias e formas de organização anteriormente perseguidas legalmentee/ou discriminadas. O neoxamanismo, xamanismo urbano ou "core" - xamanismo, entretanto também tem que sercompreendido na perspectiva de formação e origem das religiões.

CaracterísticasOs movimentos neo-xâmanicos, além de recuperar tradições e rituais xamânicos antigos, o têm feito combinandouma variedade de cultos e elementos filosóficos bem distintos, como, por exemplo, a filosofia oriental e ocristianismo.As tradições xamânicas têm em comum a ideia de que há uma profunda conexão entre os elementos da natureza e douniverso e de que, através de práticas meditativas, rituais é possível adquirir habilidades para a superação dos limitesconvencionais impostos pela mente humana racional. [carece de fontes?]

Alguns dos seus precursores mais famosos foram os antropólogos Carlos Castaneda e o Michael Harner, com obraspublicadas nos anos 60.Nos últimos anos, o neo-xamanismo ganhou muitos adeptos, principalmente nas organizações religiosas vinculadascom a chamada "Nova Era".

Xamanismo Trans-tradicional e Tradicionalismo ExperimentalO tradicionalismo experimental é uma ferramenta de criação de formas de vida tencionadas entre o nomos e o logos -entre o mundo da tradição e desconstrução pós-moderna. Muito dele tem ligação com o chamado Cyberxamanismoque pode ser tanto tradicional como vinculado à outras ortopraxias. O carácter do Tradicionalismo Experimental(aqui chamado de Avant-Trad) é a de uma prática que tem como objetivo a possibilidade de criação de novas formasde sociabilidades humanas que sob a perspectiva do conhecimento tradicional tencionado com o ultramodernopossam desvelar um contacto mais originário com a existência. O grande objetivo aqui em jogo é a necessidade deestimular o adventos de forças criativas que possam se colocar contra o advento da sociedade única propagada pelohumanismo moderno. Em um universo humano aonde as relações tendem à homogeneização seria necessário plantaruma contra-tendência em direcção à criação de diferenças. Levy Strauss em sua obra Mito e Significado expôs o

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modo da diferenciação cultural dos povos como um movimento expontâneo, tal diferenciação pode ser analisadapara além da obra de Strauss através das perspectivas da Ecologia Humana, sabemos que a diferenciação é ummétodo perene utilizado pela natureza para promover sua continuidade, a diferença e a diversidade são estratégias danatureza que parecem de determinada forma atravessar o mundo da cultura humana.“Podemos entretanto facilmente conceber uma época futura em que haja apenas uma cultura e uma civilização emtoda a superfície da Terra. Não creio que isto venha a acontecer, porque há sempre a funcionar diversas tendênciascontraditórias – por um lado, em direcção à homogeneidade e, por outro, a favor de novas diferenciações. Quantomais homogénea se tornar uma civilização, tanto mais visíveis se tornarão as linhas internas de separação; e o que seganhou a um nível perde-se imediatamente no outro. Esta é uma crença pessoal, e não tenho provas claras queassegurem o funcionamento desta dialéctica. Mas, na realidade, não consigo entender como é que a Humanidadepoderá viver sem algum tipo de diversidade interna.” (Levy-Strauss, Mito e Significado)O objetivo do Avant-Trad não é o retorno à um nível de subcomunicação, mas sim uma proposta de novas formas dediferenciação alinhadas com um ethos pragmático voltado à uma determinada forma de ConCulture ou CulturaConstruída. O método e objetivo do Avant-Trad em relação à Cultura Construída a distingue das formas anterioresque a trabalhavam num âmbito puramente experimental quando feito academicamente ou um hobbie feito pelacomunidade não-acadêmica. Em primeiro lugar a Cultura aqui é vista como um Sistema Emergente, aonde não éconcebida estruturalmente em um modelo de engenharia cultural e social, o que é concebido são elementosdirecionadores que auxiliarão no desenvolvimento orgânico e natural da cultura. Estes elementos auxiliadores podemincluir elementos que formarão a cosmovisão da cultura em particular, mas devem deixar a cultura aberta no sentidoque seja possível surgir uma tradição orgânica e natural na sucessão das gerações de desenvolvimento esobrevivência da cultura, se alimentado dos elementos originários para sua expansão e retransmissão. Pode-se dizerque a proposta do Tradicionalismo Experimental é possibilitar o advento de Novas Tradições.Tais parâmetros formadores exigem uma certa responsabilidade e demandam um estudo de possibilidades. O estudodas tradições antigas e estabelecidas é mais do que necessário, examinando os meios e modos de transmissão e asformas mais autosustentáveis para seu estabelecimento. Uma Nova Tradição demanda um trabalho de risco, tanto naresponsabilidade da implantação de suas diretrizes fundamentais até o seu desenvolvimento e crescimento que forados limites da ordem imposta por algum meio regulador humano, devem estar sujeitar à ordem emergente eexpontânea das transmissões culturais. Este duplo risco nos concede uma perspectiva arborescente típica de umGuenon como uma perspectiva rizomática típica de um Deleuze. É necessário conhecer os elementos da gramáticada tradição (raiz) e sua hermenêutica (rizoma) - Desta forma o Avant-Trad é Tradicional no âmbito que desejaexpressar a tradição em sua forma legítima através do estudo das gramáticas tradicionais de diversos povos e éExperimental em sua prática de potência criativa de Devir-minoria. O Tradicionalismo Experimental se colocacontra a apropriação cultural de tradições (como ocorre nos movimentos new age, e de mercantilização cultural). Aaproximação com culturas tradicionais é feitas pelo Avant-Trad no sentido de entender os modelos e devires destespovos, trazendo para si tal sabedoria para com ela criar algo distinto e único. Sob uma analogia da linguagem, oAvant-Trad não faz empréstimos de palavras, mas observa a estrutura linguística da linguagem e suas relações, e apartir da desconstrução destes elementos é possível construir uma outra estrutura, que com palavras distintas possaem certa medida expressar a mesma interioridade, algo muito próximo do que os Perenialistas queriam fazer aoestudar as culturas do Oriente buscando seus elementos interiores - não era a busca por um sincretismo religioso ouconversão, mas sim um contato com estruturas interiores que a cultura ocidental havia perdido na esperança que estapudesse reabilitar em seu interior tais dimensões. Mas ao contrário dos perenialistas, não acreditamos que taisdimensões devem ser recuperadas em uma “tradição ocidental” ligada às “grandes narrativas padronizantes”, a culturamoderna do capital só pode ser desafiada a partir da ebulição do devires-minoritários. Desta forma o Avant-Trad sealinha com uma interpretação rizomática do Perenialismo, se contrapondo à elementos estanques e liberandopotências escondidas dentro das estruturas do pensamento dos povos tradicionais.[1] HOROWITZ, Michael G. Friedrich Nietzsche and Cultural Revivalism in Europe (1878-88). (http:/ / es. geocities. com/ sucellus24/ 2060.

htm)

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Neoxamanismo 121

[2][2] WESTERHOFF, Nikolas. Contágio social. Revista Scientific American - Mente Cérebro.ano 13, nº 220, (20-27), Sp, maio, 2011

Ligações externas• Xamâ Urbano (http:/ / www. xamaurbano. com. br)• neoXamanismo (http:/ / www. neoxamanismo. com. br/ )• Fundação Terra Mirim (http:/ / www. terramirim. org. br/ )• Carlos Castaneda - Net (http:/ / www. carlos-castaneda. net/ )• Tensegridade de Carlos Castañeda (http:/ / www. cleargreen. com/ mirrors/ portuguese/ index. html)• PazGéia - Instituto de Pesquisas Xamânicas (http:/ / www. pazgeia. org. br/ )• Universo Xamânico (http:/ / www. xamanismo. com. br)• Michael Harner's Foundation for Shamanic Studies (http:/ / www. shamanism. org/ )• Sacred Hoop Magazine (http:/ / www. sacredhoop. org) a leading international magazine about shamanism and

shamanic practice

Paganismo

Mitologia

•• Mitologia africana•• Mitologia asteca•• Mitologia armênia•• Mitologia céltica•• Mitologia cristã•• Mitologia chinesa•• Mitologia egípcia•• Mitologia filipina•• Mitologia guarani•• Mitologia grega•• Mitologia hindu•• Mitologia islâmica•• Mitologia japonesa•• Mitologia judaica•• Mitologia maia•• Mitologia mesopotâmica•• Mitologia nórdica•• Mitologia romana•• Mitologia eslava•• Lista de mitologias

Veja também

•• Religião•• Paganismo•• Simbolismo•• Teologia•• Teologia comparativa

Paganismo (do latim paganus, que significa "camponês", "rústico"[1]) é um termo geral, normalmente usado para sereferir a tradições religiosas politeístas.É usado principalmente em um contexto histórico, referindo-se a mitologia greco-romana, bem como as tradições politeístas da Europa e do Norte da África antes da cristianização. Num sentido mais amplo, seu significado estende-se às religiões contemporâneas, que incluem a maioria das religiões orientais e as tradições indígenas das Américas, da Ásia Central, Austrália e África, bem como às religiões étnicas não-abraâmicas em geral. Definições

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mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais quenão são organizadas como religiões civis. Uma característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e apresença de uma mitologia viva, que explica a prática religiosa.Na perspectiva cristã, o termo foi historicamente usado para englobar todas as religiões não-abraâmicas.[2] O termo"pagão" é uma adaptação cristã do "gentio" do judaísmo e, como tal, tem um viés abraâmico inerente, com todas asconotações pejorativas entre o monoteísmo ocidental,[3] comparáveis aos pagãos e infiéis também conhecidos comokafir (كافر) e mushrik no Islã. O historiador Peter Brown observa:

A adoção da palavra latina paganus pelos cristãos como um termo pejorativo abrangente parapoliteístas, representa uma vitória imprevista e, singularmente, de longa duração de um grupo religioso,com o uso de uma gíria do latim originalmente desprovida de significado religioso. A evolução ocorreuapenas no Ocidente latino e em conexão com a igreja latina. Em outra parte, "heleno" ou "gentios"(ethnikos) manteve-se a palavra "pagão"; e paganos continuou como um termo puramente secular, comtoques de inferioridade.[4]

Por esta razão, etnólogos evitam o termo "paganismo", por seus significados incertos e variados, referindo-se à fétradicional ou histórica, preferindo categorias mais precisas, tais como o politeísmo, xamanismo, panteísmo ouanimismo.Desde o século XX, os termos "pagão" ou "paganismo" tornaram-se amplamente utilizados como umaauto-designação por adeptos do neopaganismo.[5] Como tal, vários estudiosos modernos têm começado a aplicar otermo de três grupos distintos de crenças: politeísmo histórico (como a mitologia celta e o paganismo nórdico),religiões indígenas, folclóricas e étnicas (como a religião tradicional chinesa e as religiões tradicionais africanas) e oneopaganismo (como a wicca, o reconstrucionismo helénico e o neopaganismo germânico).

Etimologia

O Partenon, na Acrópole de Atenas, Grécia.

A palavra pagão provém do latimpaganus, cujo significado é o de umapessoa que viveu numa aldeia, numdado país, um rústico. O uso maiscomum da palavra no latim clássicoera utilizado para designar um civil,alguém que não era um soldado. Emtorno do século IV, o termo paganuscomeçou a ser utilizado entre oscristãos no Império Romano, para sereferir a uma pessoa que não era umcristão e que ainda acreditava nosantigos deuses romanos.[6]

Os estudiosos ofertam três explicaçõespara a utilização da palavra.[7] Aprimeira é que a população cristã erageralmente concentrada nas cidades deRoma e Constantinopla, enquanto as pessoas das áreas rurais - os pagani - geralmente eram adeptos da "velhareligião", adorando Júpiter e Apolo em vez de Cristo.[8][9]; cf. Orosius Histories 1. Prol. "Ex locorum agrestiumcompitis et pagis pagani vocantur." A segunda possível explicação é a de que os cristãos referiam-se a si próprios

como milites - soldados de Cristo; e chamavam os não-cristãos de pagani - os civis.[10] Uma terceira explicação é que paganus pode significar simplesmente um estranho, não parte da comunidade, e os primeiros cristãos utilizavam

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essa palavra desta maneira.[11]

Paganus passado em eclesiástico latino, quando chegou ao longo do tempo para se referir à fiel de qualquer religiãoque não sejam o cristianismo.[12]

Nos estudos académicos acerca do Paganismo, têm sido discriminados alguns conceitos de referência:PaleopaganismoIncluem-se neste conceito as religiões do antigo Egipto, do mundo greco-romano da Antiguidade Clássica, a antigareligião dos celtas (Druidismo), a religião Norse ou mitologia nórdica, Mitraísmo, bem como as religiões daspopulações Nativo-americanos, como a religião Asteca, etc.

ReligiosidadeDos pontos comuns a todas as sociedades da Cultura Pagã, surgem as características das religiões pagãs, ou seja, dosesquemas que dão forma e concretude à espiritualidade pagã. Talvez possamos listar, com pouca margem de erros, asseguintes:• Talvez a principal característica da religiosidade pagã seja a radical imanência divina, ou seja, a divindade se

encontra na própria Natureza (o que inclui os humanos), manifestando-se através dos seus fenómenos.• A ausência da noção de pecado, inferno e mal absoluto. Como a relação com os deuses é sempre pessoal e directa,

a ideia de uma afronta à divindade é tratada também pessoalmente, ou seja, entre o cidadão e a Divindadeofendida. Assim, sem noção de pecado, também não há noção de santidade ou do profano.

• A sacralidade da Terra também levou à ausência de templos, o que, no entanto, não impede a noção de SítiosSagrados, em geral bosques, poços ou montanhas. Templos Pagãos são um desenvolvimento muito posterior.

• A imanência dos deuses e a ideologia da ancestralidade divina, confere à divindade característicasantropomórficas e as relações tendem a ser estreitadas ao longo da vivência religiosa.

• O calendário religioso se confunde com o calendário sazonal e agrícola, o que lhe confere um carácter defertilidade. Portanto, as festividades acontecem nos momentos de mudança e auge de ciclos naturais.

• Essas relações pessoais humanos/deuses, leva à ausência de dogmatismos ou estruturas religiosas padronizadas,havendo, pois, uma grande liberdade de culto: cada cidadão tem liberdade de cultuar dos Deuses em sua casa, daforma que desejarem. Basicamente, é uma religiosidade doméstica ou de pequenos grupos com laços de sangueou de compromisso. No entanto, os Grandes Festivais são sempre rituais comunitários, pois comprometem todosos membros da comunidade.

• A relação mágica com a Natureza obviamente se traduz numa religiosidade mágica, isto é, a espiritualidade podeser atingida pela manipulação da carne e dos elementos, através do corpo e da manipulação da natureza, oschamados "feitiços".

•• A divindade sendo representada no mundo terreno torna as religiões pagãs em religiões de menor conflito interior,ou seja, que não pregam a necessidade de se dominar ou conter impulsos ou pulsões naturais, mas deixá-las fluirlivremente, sem culpa. Por isso, também são religiões intuitivas, corporais e emocionais. Em geral, os pagãosvalorizam mais a vivência da religiosidade pelo corpo, com ausência da noção metafísica platônico-socrática ejudaico-cristã de corpo x espírito.

• O respeito aos ancestrais e o tradicionalismo que isso implica, faz das religiões pagãs uma experiência decontinuidade do egrégor ancestral, ou seja, a repetição dos mesmos ritos, na mesma época, cria a união místicacom todos aqueles que já celebraram antes. Nesse momento, o tempo é rompido e se estabelece uma relaçãomágica com ele também: a repetição do rito torna presente o momento primitivo da sua realização e todos aquelesque, ao longo dos séculos, dele tenham participado.

• A perspectiva cíclica do tempo dá a certeza do eterno retorno. Embora alguns povos tenham desenvolvido a ideia de um "Outro Mundo", a vida pós-morte nunca foi um ideal Pagão, pois isso significaria ficar fora do ciclo e, portanto, da comunidade. Assim, o "Outro Mundo" (para aqueles que desenvolveram essa ideia) será apenas uma passagem entre uma vida e o renascimento. O encontro com a Deidade se dá sempre na comunhão com a

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Natureza, e não no Outro Mundo.Obviamente, diferentes povos da Cultura Pagã desenvolveram suas liturgias e costumes religiosos típicos, locais eancestrais, o que pode aparecer como diferenças entre religiões. No entanto, essas características básicaspermanecem, pois são típicas do Paganismo.[13]

CulturaNa Europa há um tronco da religiosidade pagã, com as suas ramificações germânicas e célticas, que se mostra linearquanto a algumas características:• A sua raiz paleolítica, dos tempos de grupos nomadas de caçadores-colectores, a principal característica é uma

forte ligação à terra, à Natureza, tida como sagrada e viva.•• A sua origem matriarca, há um sentimento de corresponsabilidade entre todos os membros da comunidade,

ligados por laços de parentesco a uma ancestral comum.• Esse sentimento de ancestralidade é partilhado também com a Natureza e particularmente com os seres vivos,

levando a um fundamental respeito a todas as formas de vida e existência.• Por isso, a cultura Pagã tem uma relação mágica com a Natureza.• Noção cíclica do tempo, a partir da ciclicidade dos fenômenos naturais (estações do ano, lunação, movimentos do

sol, etc), em contraste à noção linear das culturas de matriz abraâmica.• O consequente sentimento de profunda responsabilidade e parceria com a Natureza, tornando os humanos

corresponsáveis pela continuidade do círculo.• O que, por outro lado, também leva a um profundo respeito pelos antepassados, que sacrificaram suas vidas para

que a comunidade continue a existir.•• Desenvolvimento de uma medicina natural, baseada nas qualidades curativas das ervas, e xamânica, baseada no

poder fértil da Natureza e na relação mágica com a realidade.Havendo uma enorme diversidade entre as muitas religiões pagãs no mundo, estas características ilustram apenas asmais significativas ramificações europeias.

Neopaganismo

Uma cerimônia neopagã em Avebury, Reino Unido, que ocorreu durante o Beltane,em 2005.

O Neopaganismo inclui religiõesreconstruídas como o reconstrucionismo doPoliteísmo Helênico, Celta ou Germânico,bem como modernas tradições ecléticascomo Discordianismo, ou Wicca e suasmuitas correntes.

Muitas dessas "reconstruções", como oWicca e Neo-druidismo em particular, têmsuas raízes no Romantismo do século XIX ereter os elementos visíveis do ocultismo outeosofia que estavam em curso, então, queos distingue religião e folclore históricorural (paganus).

Nos Estados Unidos estão cerca de um terçode todos os neopagãos em todo o mundo,representando cerca de 0,2% da população

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Paganismo 125

do país, figurando como a sexta maior denominação não-cristã, depois do judaísmo (1,4%), islamismo (0,6%),budismo (0,5%), hinduísmo (0,3%) e o Unitário-Universalismo (0,3%).[14]

Na Islândia, os membros do grupo neopagão Ásatrúarfélagið representam 0,4% da população total do país.[15] NaLituânia, muitas pessoas Romuva, uma versão reconstruída da religião pré-cristã do país. A Lituânia foi uma dasúltimas áreas da Europa a ser cristianizada.Há uma série de autores neopagãos que analisaram a relação dos movimentos reconstrucionistas do século XX com opoliteísmo histórico e com as tradições contemporâneas de religião e folclore indígena. Isaac Bonewits introduz umaterminologia para fazer essa distinção[16]:• Paleopaganismo: Um retrônimo cunhado para contrastar com o "neopaganismo"; é o "politeísmo original,

centradas em fés da natureza", como a religião grega pré-helênica e a religião romana pré-império, o período damitologia nórdica pré-migração, tal como descrito por Tácito ou o politeísmo celta como descrito por Júlio César.Entre os movimentos que permanecem entre as "grandes religiões", Bonewits aponta o hinduísmo paleopagão, talcomo existia antes da invasão islâmica da Índia, o xintoísmo e o taoísmo.

• Mesopaganismo: um grupo que é, ou foi, significativamente influenciado pela visão de mundo monoteísta,dualista, ou não-teísta, mas foi capaz de manter uma independência de práticas religiosas. Este grupo inclui osaborígenes americanos, bem como os aborígenes australianos, o paganismo nórdico da Era Viking e aespiritualidade da Nova Era. As influências incluem: Maçonaria,[17] Rosacrucianismo, Teosofia, Espiritismo e asmuitas crenças afro-diaspóricas, como o Vodou haitiano, religião Santeria e Espiritu. Isaac Bonewits inclui WiccaTradicional Britânica nesta subdivisão.

• Neopaganismo: um movimento do povo moderno para reanimar o culto da natureza, as religiões pré-cristãs ououtros caminhos espirituais baseados na natureza. Esta definição pode incluir qualquer movimento na escala doreconstrucionismo em uma extremidade, até grupos não-reconstrucionistas, como o Neo-druidismo e a Wicca, naoutra.

Prudence Jones e Nigel Pennick em seu livro "História da Europa Pagã" (1995) classifica "as religiões pagãs" pelasseguintes características:• Politeísmo: religiões pagãs que reconhecem uma pluralidade de seres divinos, que podem ou não podem ser

considerados aspectos de uma unidade básica;• "Baseado na natureza": as religiões pagãs que têm uma noção da divindade da natureza, que eles vêem como uma

manifestação do divino, não como a criação do "caído" encontrado na cosmologia dualista.• "Sagrado feminino": religiões pagãs que reconhecem "o princípio feminino divino", identificado como "Deusa"

(em oposição a deusas individuais), além ou no lugar do princípio divino masculino, expressa no Deusabraâmico.[18]

Bibliografia• Jacob Burckhardt - Die Zeit Constanting des Grossen (Del paganismo al cristianismo : la época de Constantino

el Grande, trad. Eugenio Imaz, México, Fondo de Cultura Económica, 1945).• Carlos Alberto Ferreira de Almeida - Paganismo : sua sobrevivência no Ocidente peninsular, separata Memorian

António Jorge Dias, 2, Lisboa, 1975.• J. N. Hillgarth, ed., Christianity and Paganism, 350-750: The Conversion of Western Europe, Philadelphia,

University of Pennsylvania Press, 1986.• Ward Rutherford, Os Druidas; Editora Mercuryo, 1992.• Cláudio Crow Quintino; O Livro da Mitologia Celta; Hi-Brasil Editora, 2002.• Stephen McNallen; What is Asatru; Ed. Amazon.

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Paganismo 126

Referências[1] http:/ / encarta. msn. com/ dictionary_/ pagan. html[2] http:/ / www. religioustolerance. org/ paganism. htm – Robinson, B.A (2000). "What do "Paganism" & "Pagan" mean?" at

religioustolerance.org[3] "Pagan", Encyclopedia Britannica 11th Edition, 1911, retrieved 22 May 2007. (http:/ / encyclopedia. jrank. org/ ORC_PAI/

PAGAN_Lat_paganus_of_or_belongi. html)[4] Peter Brown, in Glen Warren Bowersock, Peter Robert Lamont Brown, Oleg Grabar, eds., Late Antiquity: a guide to the postclassical world,

1999, s.v. "Pagan".[5] "A Basic Introduction to Paganism" (http:/ / www. bbc. co. uk/ dna/ h2g2/ classic/ A1032166), BBC, visitado em 19 de maio de 2007.[6] Lewis & Short, 1879 at Perseus Digital Library (http:/ / www. perseus. tufts. edu/ hopper/ text?doc=Perseus:text:1999. 04.

0059:entry=paganus)[7] James J. O'Donnell Classical Folia 31(1977) 163-69 (http:/ / www9. georgetown. edu/ faculty/ jod/ paganus. html)[8][8] [J. Zeiller, Paganus: Étude de terminologie historique (Paris 1917)][9][9] Watts, Alan W. "Nature, Man and Woman", 1991, Vintage Books, p. 25.[10][10] B. Altaner, "Paganus: Eine bedeutungsgeschichtliche Untersuchung," Zeitschrift für Kirchengeschichte 38(1939) 130-41.[11][11] C. Mohrmann, "Encore une fois: paganus," Études sur le latin des chrétiens 3.277-89; orig. pub. in Vigiliae Christianae 6(1952) 109-21.[12] Catholic Encyclopedia - Paganism (http:/ / www. newadvent. org/ cathen/ 11388a. htm)[13] Paganismo foi tema de discussão e foi condenado, assim como seus praticantes, no Concílio de Arles, em 442; no Concílio de Vannes, em

491; no Concílio de Orleans, em 541; no II Concílio de Tours, em 567; no Concílio de Auxerre, em 605; no Concílio de Clichy, em 627; noConcílio de Toledo, em 693; no Concílio de Leptines, em 743; no Concílio de Aachen, em 789 e no Concílio de Mayence, em 813, entreoutros.

[14] ARIS 2001 figures.[15] Statistics Iceland – Statistics >> Population >> Religious organisations (http:/ / www. statice. is/ ?PageID=1180& src=/ temp_en/ Dialog/

varval. asp?ma=MAN10001& ti=Populations+ by+ religious+ organizations+ 1990-2008+ & path=. . / Database/ mannfjoldi/ Trufelog/ &lang=1& units=Number)

[16] "Defining Paganism: Paleo-, Meso-, and Neo-" (http:/ / www. neopagan. net/ PaganDefs. html) (Version 2.5.1) 1979, 2007 c.e., IsaacBonewits

[17] http:/ / www. experiencefestival. com/ pagan_glossary/ page/ 2[18] Jones, Prudence; Pennick, Nigel (1995). A History of Pagan Europe. Page 2. Routledge.

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Panenteísmo 127

Panenteísmo

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Panenteísmo 128

•• Tengriismo

Panenteísmo (pan-en-teísmo), ou krausismo, é uma doutrina que diz que o universo está contido em Deus ou nosdeuses, mas Deus ou os deuses é/são maior(es) do que o universo. É diferente do panteísmo, a crença de que Deus ouos deuses e o universo coincidem perfeitamente (ou seja, são o mesmo). O termo foi proposto por Karl ChristianFriedrich Krause, na sua obra System des Philosophie (1828), para designar a sua própria doutrina teológica quepretendia servir de mediação entre o panteísmo e o teísmo. O termo passou a ser utilizado para designar múltiplastentativas análogas, extravasando o sentido original que lhe fora atribuído por Karl Krause[1].No panenteísmo, todas as coisas estão na divindade, são abarcadas por ela, identificam-se (ponto em comum com opanteísmo), mas a divindade é, além disso, algo além de todas as coisas, transcendente a elas, sem necessariamenteperder sua unidade (ou seja, a mesma divindade é todas as coisas e algo a mais).Esta crença panenteísta pode ser identificada de forma bastante válida com a interpretação cabalística,especificamente a idéia de Tzimtzum.[1] Encyclopédie de la philosophie (ISBN 2253130125).

PanteísmoO panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente e imanente,[1] ou que oUniverso (ou a Natureza) e Deus são idênticos.[2] Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, nãoacreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador. A palavra é derivada do grego pan (que significa "tudo") etheos (que significa "deus"). Embora existam divergências dentro do panteísmo, as ideias centrais dizem que deus éencontrado em todo o Cosmos como uma unidade abrangente.[3] Recorrendo ao Dicionário Priberam da LínguaPortuguesa, lemos que o panteísmo só admite como Deus "o todo, a universalidade dos seres", não sendo portanto,um conteúdo em particular Deus, mas sim a totalidade deste[4]

O panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra deBento de Espinosa,[5] que escreveu o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a dualidade docorpo e do espírito.[6] Espinosa declarou que ambos eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo umaqualidade fundamental de sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para descrever a unidade de qualquer substância.Embora o termo "panteísmo" não tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é consideradocomo um dos mais célebres defensores da crença.[7]

Relação com outras doutrinas e com a ciênciaO panteísta é aquele que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo como divindade. Ao contrário dosdeístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador do Universo, tão pouco das divindades teístasintervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que existe é manifestação divina, autoconsciente.De entre as doutrinas ocidentais, o panteísmo é uma das que mais se aproximam das filosofias orientais como oBudismo, o Jainismo, o Taoísmo e o Confucionismo. É também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofiahermética do antigo Egito, onde o principal objetivo é fazer parte da conspiração Universal (ou conspiraçãoCósmica).Contudo, o panteísta não vê a Ciência de maneira diversa de um ateu, não atribuindo a nenhum tipo de divindadefatos como a origem do Universo, da Vida e da espécie Humana. Deus, no panteísmo, é todo o Universo. O seutemplo é qualquer lugar e sua lei é a das Ciências Naturais, a lei natural.

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Panteísmo 129

Panteísmo e PanenteísmoNo panteísmo, deus tem tamanho igual ao universo. Já no panenteísmo, deus está dentro do Universo, mas existetambém fora dele.[8]

Ligações externas• (em inglês) - World Pantheist Movement [9]

• (em português) - Panteísmo Autenticista [10]

• (em português) - Sociedade Panteísta Ayahuasca [11]

Referências[1][1] Encyclopedia of Philosophy ed. Paul Edwards. New York: Macmillan and Free Press. 1967. p. 34.[2] The New Oxford Dictionary Of English. 11ª edição. Oxford: Clarendon Press. 1998. p. 1341.[3] O que é panteísmo? (http:/ / panteismo. no. sapo. pt/ panteismo. html)[4] Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. panteísmo (http:/ / www. priberam. pt/ dlpo/ default. aspx?pal=panteÃsmo). Acesso: 25 de

novembro, 2012.[5] Picton, James Allanson (1905). Pantheism: its story and significance. Chicago: Archibald Constable & CO LTD.. ISBN 978-1419140082.[6] Plumptre, Constance (1879). General sketch of the history of pantheism, Volume 2. London: Samuel Deacon and Co. pp. 3–5, 8, 29. ISBN

9780766155022.[7] Shoham, Schlomo Giora (2010). To Test the Limits of Our Endurance. Cambridge Scholars. pp. 111. ISBN 1443820687.[8] John Culp (May 19, 2009). " Panentheism (http:/ / plato. stanford. edu/ archives/ sum2009/ entries/ panentheism/ )". The Stanford

Encyclopedia of Philosophy. Stanford, CA page=: Stanford Uni versity. "Peacocke identifies his understanding of God's relation to the worldas panentheism because of its rejection of dualism and external interactions by God in favor of God always working from inside the universe.At the same time, God transcends the universe because God is infinitely more than the universe".

[9] http:/ / www. pantheism. net/[10] http:/ / www. autenticismo. tk/ 2013/ 11/ panteismo-em-foco. html/[11] http:/ / www. panhuasca. org. br/

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Politeísmo 130

Politeísmo

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia

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Politeísmo 131

•• Tengriismo

Politeísmo (do grego: polis, muitos, Théos, deus: muitos deuses) consiste na crença em mais do que uma divindadede gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual eindependente com uma personalidade e vontade próprias, governando sobre diversas actividades, áreas, objectos,instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Ainda em relação às suas esferas de influência, de notarque nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas, podendo naturalmente haver uma sobreposição defunções de várias divindades.O reconhecimento da existência de múltiplos deuses e deusas, no entanto, não equivale necessariamente à adoraçãode todas as divindades de um ou mais panteões, pois o crente tanto pode adorá-las no seu conjunto, como podeconcentrar-se apenas num grupo específico de deidades, determinado por diversas condicionantes como a ocupaçãodo crente, os seus gostos, a experiência pessoal, tradição familiar, etc.São exemplos de religiões politeístas as da antiga Grécia, Roma, Egipto, Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas eregiões eslavas, assim como as suas reconstruções modernas como a Wicca, Xamanismo , Druidismo, Dodecateísmoe ainda o Xintoísmo.

Deuses e divindadesAs divindades das religiões politeístas são agentes da mitologia, onde são retratados como personagens complexosde status de maior ou menor grau, com habilidades individuais, necessidades, desejos e histórias. Estes deuses sãomuitas vezes vistos como semelhantes aos humanos (antropomórficos), em seus traços de personalidade, mas compoderes individuais a mais, habilidades, conhecimentos ou percepções.O politeísmo não pode ser claramente separado das crenças animistas predominantes na maioria das religiõespopulares. Os deuses do politeísmo são, em muitos casos, a mais alta ordem de um continuum de seres sobrenaturaisou espíritos, que podem incluir antepassados, demônios, entre outros. Em alguns casos esses espíritos são divididosem classes de celestiais ou ctônicos, sendo que a crença na existência de todos esses seres não implica que todos sãoadorados.Politeístas são as pessoas da idade antiga que acreditavam em vários Deuses sendo eles homens oumulheres na arte grega ou reis que morriam eram considerados Deus.

Tipos de divindadesTipos de divindades frequentemente encontradas no politeísmo:•• Divindades celestiais•• Divindades da morte•• Deusas mães•• Divindades do amor e da luxúria•• Divindades criadoras•• Divindades solares•• Divindades das águas•• Divindades políticas•• Trickster•• Deuses da ressurreição•• Herói cultural•• Deuses da música, artes, ciência, agricultura e outros empreendimentos.

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Politeísmo 132

Mitologia e religiãoNa era clássica, Sallustius (século IV d.C.) classificou a mitologia em cinco tipos:1.1. Teológica2.2. Física3.3. Psicológica4.4. Material5.5. MistaA teológica são os mitos que não usam forma corpórea, mas contemplam a própria essência dos deuses: porexemplo, Cronos engolindo seus filhos. Uma vez que a divindade é intelectual, e todo o intelecto se volta a simesmo, esse mito expressa alegoricamente a essência da divindade.Mitos podem ser considerados do ponto de vista físico quando expressam as atividades dos deuses no mundo.A maneira psicológica considera (os mitos como alegorias das) atividades da própria alma e/ou os atos depensamento da alma.A material considera os objetos materiais realmente como deuses, por exemplo: chamar a terra de gaia, o oceano deOkeanos, ou o calor de Typhon.O tipo misto de mito pode ser visto em muitos casos: por exemplo, diz-se que em um banquete dos deuses, Érisjogou uma maçã dourada, as deusas brigaram por ela e foram enviadas por Zeus a Páris para serem julgadas(julgamento de Paris). Páris achava Afrodite bonita e deu-lhe a maçã. Nesta história, o banquete significa os podereshipercósmicos dos deuses, é por isso que eles estão todos juntos. A maçã de ouro é o mundo, que sendo formado poropostos, diz-se, naturalmente, que é "lançada por Eris" (ou Discórdia). Os diferentes deuses dão presentes diferentespara o mundo, e diz-se, portanto, que eles "brigam pela maçã '. E a alma que vive de acordo com o sentido - pois é oque Paris é - não vendo as outras potências no mundo exceto a beleza, declara que a maçã pertence a Afrodite.

Politeísmo históricoAlguns panteões politeístas históricos bem conhecidos incluem os deuses sumérios e os deuses egípcios, e o panteãodito clássico, que inclui a religião na Grécia Antiga, e a religião romana. Religiões politeístas pós-clássica incluem oÆsir nórdico e Vanir, o Orisha yorubá, os deuses astecas, e muitos outros. Hoje, a maioria das religiões politeístashistóricas são pejorativamente chamadas de "mitologia", embora as histórias que as culturas contam sobre seusdeuses devem ser diferenciadas de seu culto ou da prática religiosa. Por exemplo, as divindades retratadas emconflito na mitologia ainda seriam adoradas, às vezes, no mesmo templo lado a lado, ilustrando a distinção na mentedos devotos entre o mito e a realidade. Especula-se que havia uma religião protoindo-europeia, a partir da qual asreligiões dos vários povos indo-europeus derivam, e que essa religião era essencialmente um religião numenísticanaturalista. Um exemplo de uma noção religiosa deste passado comum é o conceito de *dyēus, que é atestado emvárias distintos sistemas religiosos.Em muitas civilizações, ospanteões tenderam a crescer ao longo do tempo. Divindades primeiro eram adoradas comopatronos de cidades ou lugares vieram a ser reunidos à medida que os impérios se estenderam por territórios maisvastos. Conquistas podiam levar à subordinação do panteão da cultura mais antiga para uma mais recente, como nogrego Titanomachia e, possivelmente, também nos casos de Aesir e Vanir na mitologia nórdica. O intercâmbiocultural poderia levar "à mesma" divindade sendo reconhecida em dois lugares sob nomes diferentes, como com osgregos, etruscos e romanos, e também para a introdução de elementos de uma religião "estrangeira" em um cultolocal, como acontece com a adoração dos egípcios ao Osíris trazida à Grécia Antiga.A maioria dos antigos sistemas de crença alevagavam que os deuses influenciavam a vida humana. No entanto, o filósofo grego Epicuro sustentava que os deuses eram seres vivos felizes e incorruptíveis, que não se preocupam com os assuntos dos mortais, mas que poderiam ser percebidos pela mente, principalmente durante o sono. Epicuro acreditava que esses deuses eram humanos, semelhantes aos humanos, e que habitavam os espaços vazios entre os

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Politeísmo 133

mundos.A religião helenística ainda pode ser considerada como politeísta, mas com fortes componentes monista, sendo que omonoteísmo finalmente emergiu das tradições helenísticas na Antiguidade tardia na forma doNeoplatonismo e dateologia cristã .Idade do Bronze a Antiguidade clássica•• Religiões do antigo Oriente Médio

•• Antiga religião egípcia•• Antiga religião semita

•• Religião védica•• Religião na Grécia Antiga•• Religião na Roma Antiga•• Politeísmo celtaAntiguidade tardia a Idade Média Plena•• Paganismo germânico•• Mitologia eslava•• Mitologia báltica•• Mitologia finlandesa

Grécia Antiga

Zeus é a principal divindidade do panteão grego.

O esquema clássico da Grécia Antiga dos deuses olímpicos (Os DozeCanônes da arte e poesia) foram: Zeus, Hera, Posidão, Atena, Ares,Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dioniso, Héstiadesceram quando foi oferecido um lugar a Dioniso no Monte Olimpo eHades foi muitas vezes excluído, porque ele morava no submundo.Todos os deuses tinham um poder. Havia, no entanto, um grande nívelde fluidez quanto a quem era contado, na antiguidade. Diferentescidades muitas vezes adoravam as mesmas divindades, às vezes comepítetos que os distinguiam e especificavam sua natureza local.

O politeísmo helênico estendia-se para além da Grécia continental,para as ilhas e costas da Jônia na Ásia Menor, a Magna Grécia (Sicíliae sul da Itália), e colônias gregas dispersas no Mediterrâneo Ocidental,como a Massalia (Marselha). A religião grega baseou-se na cultura ecrença etrusca para formar grande parte da posterior religião romana.

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Politeísmo 134

Religião popularA natureza animista das crenças populares é uma cultura universal antropológica. A crença em fantasmas e espíritosanimando o mundo natural e a prática de culto dos mortos está universalmente presente nas culturas do mundo ere-emerge nas sociedades monoteístas ou materialistas como "superstição", a crença em demônios, oragos, fadas ouextraterrestres.A presença de uma religião politeísta plena, completa com um culto ritual conduzido por uma sacerdotal casta, exigeum maior nível de organização e não está presente em todas as culturas. Encontra-se explicitamente o politeísmo nasreligiões tradicionais africanas, bem como nas religiões afro-americanas. Na Eurásia, o Kalash é um dos muitopoucos exemplos de politeísmo ainda existente. Além disso, um grande número de tradições folclóricas politeístasapresentam-se no hinduísmo conteporâneo, embora o hinduísmo seja doutrinariamente dominado pela teologiamonista ou monoteísta (Bhakti, Advaita Vedânta). O ritualismo politeísta védico histórico sobrevive como umacorrente menor no hinduísmo, conhecida como Shrauta. O hinduísmo popular é mais difundido, com rituaisdedicados a várias divindades locais ou regionais.

Religião étnica

Neopaganismo

Parte da série sobre

Neopaganismo

Movimentos

•• Báltico•• Celta•• Chuvache•• Egípcio•• Eslavo•• Estoniano•• Finlandês•• Germânico•• Helênico•• Itálico•• Judaico•• Marla•• Stregheria•• Wicca

Conceitos

•• Religião étnica•• Natureza•• Paganismo•• Politeísmo•• Animismo•• Henoteísmo

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Religião étnica 135

•• Panteísmo•• Panenteísmo

Abordagens

•• Recontrucionismo•• Sincretismo•• Neotribalização•• Neoxamanismo•• Tecnopaganismo•• BruxariaMovimentos relacionados

•• Gnosticismo•• Hermetismo•• Rosa-cruz•• Nova Era•• Thelema•• Teosofia•• Tengriismo

Barracão de candomblé em Pernambuco, Brasil.O candomblé é um exemplo de religião étnica.

Religião étnica é um termo que pode incluir religiões civisoficialmente sancionadas e organizadas com um clero organizado, masque são caracterizadas pelo fato de que seus adeptos em geral sãodefinidos por uma etnia em comum e a conversão, essencialmente,equivale a uma assimilação cultural para o povo em questão. Emcontraste a isso estão os "cultos imperiais", que são definidos porinfluência política separada da etnicidade. Um conceito que sesobrepõe em parte a esse termo é o de religião folclórica (ou popular),que refere-se a costumes religiosos étnicos ou regionais, sob a égide deuma religião institucionalizada (por exemplo, o cristianismofolclórico). Adeptos de uma religião étnica podem constituir um grupoetno-religioso.

O site Adherents.com cita cálculos de Barrett, feitos em 2001, para fazer uma estimativa demográfica das religiõesmundiais e estima em 457 milhões os seguidores de "religiões tribais", "étnicas" ou "animistas", incluindo asreligiões tradicionais africanas, mas excluindo a religião popular chinesa ou o xintoísmo.[1]

História

Igreja Ortodoxa Copta no Egito.

Na antiguidade, a religião era um fator de definição de etnicidade,juntamente com outros aspectos culturais, como o idioma, costumesregionais, trajes, entre outros. Com a ascensão do judaísmo,cristianismo, islamismo e budismo, as religiões étnicas passaram a sermarginalizadas como "restos" de tradições de áreas rurais e passaram aser referidas como "paganismo" ou "idolatria". A noção de gentios("nações") no judaísmo reflete esse estado de coisas, ou seja, asuposição implícita de que cada nação terá a sua própria religião.Exemplos históricos incluem o politeísmo germânico, celta, eslavo e areligião grega pré-helenística.

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Religião étnica 136

CaracterísticasCom o tempo, até mesmo religiões já estabelecidas podem assumir traços locais e, em certo sentido, podem serrevertidas para uma religião étnica. Isto tem acontecido principalmente no curso da história do cristianismo, que viuo surgimento de igrejas nacionais com características étnicos, como germânicos, etíopes, armênios, sírios, grego,russo e outros. O termo religião étnica é, portanto, também aplicado a uma religião estabelecida em um lugar emparticular, mesmo que seja uma expressão regional de uma religião mundial muito mais ampla. Por exemplo, ohinduísmo no Caribe tem sido considerado uma religião étnica por parte de alguns estudiosos, porque os hindus emTrinidad, Guiana e Suriname se consideram um grupo étnico distinto. Igrejas cristãs coreanas nos Estados Unidostêm sido descritas como uma religião étnica, porque elas estão intimamente relacionados com a identidade étnica dosimigrantes norte-americanos coreanos.Alguns estudiosos classificam certas religiões como universais pois elas buscam aceitação em todo o mundo eprocuram activamente novos convertidos, enquanto as religiões classificadas como étnicas são identificadas com umdeterminado grupo étnico e não procuram convertidos.O judaísmo é considerado uma religião étnica por alguns autores (definido pelo povo judeu, mas não por outros). Ohinduísmo como um todo é mais classificada como uma das religiões mundiais, mas algumas correntes donacionalismo hindu tomam-no como característica de uma etnia ou nação indiana ou hindu.

Referências[1] Ranking na Adherents.com (http:/ / www. adherents. com/ Religions_By_Adherents. html) Acessado em 4 de janeiro de 2011

Sincretismo

Um dos exemplos de sincretismo é a Lavagem do Bonfim, queocorre anualmente em Salvador, Bahia.

Sincretismo é uma fusao de doutrinas de diversasorigens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nasfilosóficas. A origem se deve provavelmente ao livro"Moralidades", de Plutarco no capítulo "amorfraternal", onde comenta que os cretenses esqueciam asdiferenças internas a fim de se unir à combater um malmaior. Então, sincretismo é agir como os cretensesagiam, unir coisas dispares, apesar das diferenças, afavor do que é semelhante (cretenses eram, antes dasdiferenças, cretenses).

Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão deconcepções religiosas diferentes, ou, a influênciaexercida por uma religião nas práticas de uma outra.

Sincretismo Religioso Católico-Germânico

Durante o periodo de decadência Romana, os germânicos começaram a entrar em seus territorios, de forma pacífica(e armada) misturando as culturas (cristã romana com a mitologia germânica). Roma se tornara cristã em certotempo e tentou cristianizar os germânicos, mas estes estavam muito ligados com sua cultura local.

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Sincretismo 137

InfluênciasO sincretismo também é comum na literatura, música, artes de representação e outras expressões culturais. (Comparecom o conceito de ecleticismo). Letristas como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Jorge Ben Jor retrataram otema em diversas canções, enquanto Dias Gomes levou-o para o teatro com a peça O Pagador de Promessas que,mais tarde, foi levada para o cinema, conquistando uma Palma de Ouro no Festival de Cannes e uma indicação aoprêmio Oscar de melhor filme estrangeiro.

Ligações externas• Os Negros e o Sincretismo [1]

Referências[1] http:/ / www. esfera. info/ textos/ osnegroseosincretismo. htm

Xamanismo

Postal russo baseado em uma foto tirada em 1908por S.I. Borisov, mostrando uma mulher xamã

provavelmente da etnia Khakas.[1]

O xamanismo é um termo genericamente usado em referência apráticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) efilosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, supostasmetamorfoses e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs,de seres míticos, de animais, dos mortos, etc.

A palavra xamã vem do russo - tungue saman - e corresponde àpráticas dos povos não budistas das regiões asiáticas e árticasespecialmente a Sibéria (região centro norte da Ásia). Apesar, comoassinala Mircea Eliade da especificidade dessas práticas na região (emespecial as técnicas do êxtase dos tungues, Iacutes, mongóis,turco-tártaros etc.), não existe, contudo origem histórica ou geográficapara o xamanismo como conhecido hoje, tampouco algum princípiounificador[2]. Outros nomes para sua tradução seriam feiticeiros,médico-feiticeiros, magos, curandeiros e pajés.

Antropólogos discutem ainda na definição xamanismo a experiênciabiopsicossocial do transe e êxtase religioso, bem como as implicaçõessociais da definição do xamanismo como fato social. É consideradouma tradição equivalente à magia enquanto prática individualizadarelacionada aos problemas e técnicas e ciência da sobrevivênciacotidiana (agricultura, caça, medicina, etc.) ou ao fenômeno religioso,abstrato, coletivo, normatizador.[3][4]

Xamã

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que geralmente entra em transe durante rituais xamânicos, manifestandopoderes incomuns, invocando espíritos, plantas etc., através de objetos rituais, do próprio corpo ou do

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Xamanismo 138

Xamanismo na China

corpo de assistentes e pacientes. A comunicação com estes aspectossutis da vida pode se processar através de estados alterados deconsciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor,danças e até ervas enteógenas.

As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o xamã pode serhomem ou mulher, a depender da cultura, e muitas vezes há na históriapessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física oumental, que se configura como um chamado, uma vocação. Depoisdisto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantasmedicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir oestado alterado de consciência e formas de se proteger contra odescontrole.O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana,tanto na parte física quanto psíquica.De acordo com Eliade (o.c.), entre os manchus e os tungues daManchúria a tradição dos dons xamânicos costuma ser feita de avôpara neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, issono caso dos amba saman (xamãs do clã). Os xamãs independentesseguem a sua própria vocação. O reconhecimento como xamã só pode ser feito pela comunidade inteira depois deuma prova iniciática. Ainda segundo esse autor das referências a distúrbios psicológicos (especialmente no processode formação) o ideal iacuto de um xamã é: um homem sério, que sabe convencer os que estão à sua volta, nãopresunçoso nem colérico. Entre os kazak-quirguizes o baqça, guardião das tradições religiosas é também cantor,poeta, músico, adivinho, sacerdote e médico.

Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou experiência de possessão o xamã é confundido comindivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadele de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss[5] afirma que …existe uma relação entre os distúrbios patológicose as condutas xamanísticas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que nanecessidade de definir os distúrbios patológicos em função das condutas xamanísticas… afirma ainda, baseado emestudos comparativos, que a freqüência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem xamanismo e quexamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas,por outro canalizando-as e estabilizando-as.

Xamanismo entre os Vikings (Seiðr)O seiðr, em muitos casos, foi descrito como uma feitiçaria realizada para "ferver" certos objetos imputados de poderes mágicos, sendo basicamente utilizado como um rito adivinhatório ou para assassinato, ou ainda como prescreve Boyer, relacionado a três ações básicas: prever o futuro, aprisionar, causar doenças/desgraças ou matar. A tradução do termo varia segundo os pesquisadores, mas geralmente é interpretada como sendo canto. Tratava-se de um ritual mágico de tipo divinatório e profético, com conotações xamanistas e uma arte mágica criada pela deusa Freyja. Era um tipo de magia extática com transe, êxtase do celebrante e cantos da assembléia, geralmente realizada durante a noite e praticada sobre uma plataforma chamada de assento para encantamento (seiðhjallr). A sua realização era conectada com sons mágicos ou encantamentos, e a melodia era considerada bonita para os ouvidos. Também compreendia fórmulas mágicas para chamar tempestades e todos os tipos de injúrias, metamorfoses e predições de eventos futuros. Criada pela deusa Freyja, era praticada especialmente por mulheres chamadas seiðkonur (sing. Seiðkona). Para Neil Price seria antes de tudo uma forma de extensão do espírito e de suas faculdades, enquanto que para Zoe Borovsky a performance do seiðr simbolizaria o modelo vertical de universo

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Xamanismo 139

(cosmológico) da árvore Yggdrasill. Como para o xamã, a praticante de seiðr devia descer ao mundo dos mortos pararelatar os ensinamentos que buscam os vivos e para efetuar certos malefícios. A magia nórdica era tanto praticadapor homens quanto por mulheres, com uma nítida especialização feminina. As Sagas estão repletas de práticasmágicas, mas maiores detalhes sobre o ritual do seiðr são desconhecidos.[6]

Xamanismo no Brasil

Xamã guarani com maracá.

O xamanismo é constante em diversas manifestações indígenasbrasileiras. A palavra "pajé", de origem Tupi, se popularizou naliteratura de língua portuguesa em referência ao xamã. Seu estudo,descrições de caso e comparação, tem sido recomendado para facilitara implementação de práticas de assistência à saúde culturalmenteadequadas no Brasil a cerca de 4.000 índios pertencentes a 210 povossob a responsabilidade da FUNASA - Fundação Nacional de Saúdedesde agosto de 1999

Xamanismo ou Pajelança – Comunicação com os encantados eentidades ancestrais através de cânticos, danças assim como nos índiosGuarani Kaiová e utilização de instrumentos musicais (maracá,zunidores) para captura e afastamento de espíritos malignos[7] tipomamaés, anhangás. Há também a utilização do jejum, restriçõesdietéticas, reclusão do doente, além de uma série de práticasterapêuticas que incluem: o uso do tabaco (o pajé fuma grandescachimbos) e outras plantas psicoativas, aplicação de calor edefumação, massagens, fricções, extração da doença por sucção/vômito, escarificação no tórax e locais inflamados com bico, dentes deanimais ou fragmentos de cristais

No Brasil rural e urbano, apesar da tradição multi-étnica dos ameríndios, observa-se a presença dessas práticasmédicas-religiosas em comunhão com rituais católicos e espiritualistas de origem africana. Esse xamanismo éconhecido em algumas regiões como pajelança cabocla, culto aos encantados, toré, catimbó, candomblé de caboclo,em rituais de umbanda, culto a Jurema sagrada.

Atualmente no Brasil existem várias vertentes de neo-xamanismo ou xamanismo urbano, entre estas linhas diversosgrupos se reúnem para estudar e trocar conhecimentos sobre o tema.

Uso de plantas psicoativasComo foi dito algumas práticas xamânicas são marcadas pelo uso de elementos extraídos de fontes naturais quelevam o indivíduo a entrar em estados modificados de consciência denominados transe ou êxtase. Esses produtos,tem característica da presença de substancias psicoativas ou enteógenos. Para entender o efeito de tais substânciasnão basta analisar a composição molecular e efeito bioquímico, é necessário situar-se no contexto (set) de utilizaçãoas expectativas e formas de uso da substância incluindo os mitos ou crenças a seu respeito.[1][1] pp. 77, 287; , p. 128[2][2] ELIADE, Mircea. Xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase. São Paulo: Martins Fontes, 2002[3] DURKHEIM, E. As formas elementares da vida religiosa. SP, Paulinas, 1989,[4] MAUSS, Marcell Esboço de uma teoria geral da magia in Sociologia e antropologia. SP, Cosac Naif, 2003[5][5] LÉVI-STRAUSS, C. Introdução à obra de Marcel Mauss in: Mauss, Marcel. Sociologia e antropologia. SP, Cosac Naif, 2003[6] LANGER, Johnni. Religião e magia entre os vikings. Brathair 5 (2) 2005 (http:/ / www. brathair. com)[7] Deise, Lucy. "Mbaraka': música e xamanismo guarani. Tese de Mestrado USP (http:/ / www. teses. usp. br/ teses/ disponiveis/ 8/ 8134/

tde-11032003-152546/ publico/ tdeDeiseLucy. pdf)

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Xamanismo 140

Bibliografia complementar e fontes• Um estudo sobre as religiões afro-brasileiras e a Saúde Coletiva - SUS (http:/ / bvssp. icict. fiocruz. br/ pdf/

carvalhoamtd. pdf)•• Langdon, E.J.M. (org.). Xamanismo no Brasil, novas perspectivas. UFSC, 1996.• Bastide, Roger. Candomblé da Bahia, rito Nagô. São Paulo , Companhia Editora Nacional, 1961. 370 p.

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Deusa mãe  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36157846  Contribuidores: Amalário de Metz, Anne Valladares, Antonio070771, Beria, Bisbis, Chronus, CommonsDelinker,Contadorwiki, Daimore, Darwinius, Eduardo Henrique Rivelli Pazos, Eduardo Sellan III, Garavello, Gean, Hpzi, Jack Bauer00, Jackiestud, Jo Lorib, JotaCartas, João Sousa, Lanika, Lechatjaune,M.nantes, Maañón, OS2Warp, Observatore, Porantim, RafaAzevedo, Rautopia, Renato de carvalho ferreira, Ruy Pugliesi, Sabiusaugustus, Samuel Cernunnos, Santista1982, Sir Lestaty deLioncourt, Stinky cat, Stuckkey, Teles, Tumnus, Victor do Carmo, Yanguas, Zerziljunior, 101 edições anónimas

Deus Cornífero  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34499700  Contribuidores: Chronos Phaenon, Eduardofeld, Lucas Kirschke, Maísa, MisterSanderson, Orelhas, RafaAzevedo,Samuel Cernunnos, Zerziljunior, 5 edições anónimas

Lei Tríplice  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36419927  Contribuidores: Bonás, Cathal, Chronos Phaenon, GwydionLusitanae, Orelhas, Porantim, Prss, Samuel Cernunnos,Sandor.ferreira, Tatitoxinha, Tiago Vasconcelos, Whooligan, ZackTheJack, 14 edições anónimas

Roda do Ano  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36808042  Contribuidores: Auréola, Chronus, Fernando S. Aldado, HVL, He's so unusual, Lampiao, Marcos Vinícius L Teixeira,NH, Porantim, Samuel Cernunnos, Vahtománocú, Yanguas, Zerziljunior, 31 edições anónimas

Esbás  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=15374249  Contribuidores: Burmeister, GwydionLusitanae, Hermógenes Teixeira Pinto Filho, Porantim, Samuel Cernunnos, 2 ediçõesanónimas

Sabbat  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34624294  Contribuidores: Burmeister, Cathal, GwydionLusitanae, Lourencoalmada, Reynaldo, Samuel Cernunnos, Shiryu500, Vladd,11 edições anónimas

Coven  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36937294  Contribuidores: Baseador, Charun, Coven Online, GwydionLusitanae, João Sousa, Jpb1301, Luisvcorreia, Nice poa,OS2Warp, RafaAzevedo, Rui Silva, Ruy Pugliesi, Samuel Cernunnos, Sorceress of the Moon, Zerziljunior, 9 edições anónimas

Instrumento mágico  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36371650  Contribuidores: Dantadd, Davemustaine, GwydionLusitanae, Leandromartinez, Maurício I, Mmathias,Porantim, Rubber Ducky, Samuel Cernunnos, Sturm, ZackTheJack, Zerziljunior, 20 edições anónimas

Livro das Sombras  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36372013  Contribuidores: Adailton, Auréola, Chronos Phaenon, Claudiawitch, GwydionLusitanae, João Carvalho,Lucasdarck100, Olórin, Orelhas, Porantim, Samuel Cernunnos, Tbgodinho, Vanthorn, ZackTheJack, Zerziljunior, 18 edições anónimas

Pentáculo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34875126  Contribuidores: Alpscheidt, ErsDuke, Filomeninha, JotaCartas, Laura Nielsen, Lucas Kirschke, Observatore, RobertoCruz, Samuel Cernunnos, Santana-freitas, Vanthorn, Vitor Mazuco, Zerziljunior, 8 edições anónimas

Pentagrama  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37472693  Contribuidores: Adailton, Alvaro Azevedo Moura, Andresf, Bisbis, Bluedenim, ChristianH, CommonsDelinker,Daimore, Dantadd, Dargor, Darwinius, Denniss, Edu7777, Eduardofeld, Eduardoferreira, Eosphorus, FML, Fabsouza1, Gean, Gil mnogueira, GwydionLusitanae, Helder.wiki, Jeantotola, JoLorib, JoniFili, Krol125, Lechatjaune, Leonardo.stabile, Lima Pereira, Malaliel, NeunLeben, Nilfanion, Observatore, Orelhas, Porantim, RafaAzevedo, Rammyres, Renato de carvalho ferreira,Reporter, Rodrigogerolomo, Rossi pena, Ruy Pugliesi, Samuel Cernunnos, Sir Lestaty de Lioncourt, Stegop, Stuckkey, Sturm, Tiagolsan, V. D. Bessa, Viniciusmc, Wagnersoaresdelima, Wallacealex, ZackTheJack, Zerziljunior, Zoldyick, 115 edições anónimas

Varinha (Wicca)  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36371976  Contribuidores: Maurício I, Samuel Cernunnos, Yanguas, ZackTheJack, Zerziljunior, 2 edições anónimas

Athame  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36371963  Contribuidores: Biglia, Bigs, Chronos Phaenon, Davemustaine, Dhyone, Gunnex, GwydionLusitanae, Leslie, LightWarrior, MisterSanderson, Orelhas, Porantim, Psique Delfos, Raphael)o(, Samuel Cernunnos, Spoladore, Tatitoxinha, Willnamp, Willyamsom, ZackTheJack, 8 edições anónimas

Caldeirão  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36372004  Contribuidores: Alchimista, Beria, Darwinius, EuTuga, Jaciel Soares, Sturm, Vanthorn, ZackTheJack, 4 ediçõesanónimas

Cálice (Wicca)  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36371985  Contribuidores: GwydionLusitanae, Jack Bauer00, LiaC, Porantim, Rjclaudio, ZackTheJack, Zerziljunior, 2 ediçõesanónimas

Vassoura (magia)  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36372008  Contribuidores: Bonás, Categorizador, Chronos Phaenon, FML, GwydionLusitanae, Juntas, MisterSanderson,Pilha, Porantim, Rafa10, Renata Lorenza, Samuel Cernunnos, Tbgodinho, ZackTheJack, Zerziljunior, 5 edições anónimas

Gardnerianismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34521662  Contribuidores: Carlos Luis M C da Cruz, Charun, Chronos Phaenon, Lucas Kirschke, Nyo, Porantim, SamuelCernunnos, Sara.c.gama, Zerziljunior, 28 edições anónimas

Reclaiming  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35054131  Contribuidores: Carlos Luis M C da Cruz, GwydionLusitanae, Porantim, Waldir

Tradição Alexandrina  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34869012  Contribuidores: Chabi, Lucas Kirschke, Lugupe, Mateus RM, Nyo, Porantim, Psique Delfos, SamuelCernunnos, Thiago90ap, Whooligan, Zerziljunior, 4 edições anónimas

Tradição Ibérica (Wicca)  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=21812594  Contribuidores: GwydionLusitanae, Hermógenes Teixeira Pinto Filho, Jonny Screamer, Master, Matheus"LP", Porantim, Vanthorn, 3 edições anónimas

Alex Sanders  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36541681  Contribuidores: CommonsDelinker, Francisco Leandro, Gunnex, GwydionLusitanae, Kharagan, Moretti, RobertoCruz, Samuel Cernunnos, União da Juventude Mestiça, Vanthorn, 13 edições anónimas

Charles Cardell  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34965413  Contribuidores: Auréola

Claudiney Prieto  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35975386  Contribuidores: Gunnex, GwydionLusitanae, Isa409, Porantim, 11 edições anónimas

Claudio Crow Quintino  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=25526000  Contribuidores: Gunnex, GwydionLusitanae, Leonardob, Porantim, 3 edições anónimas

Doreen Valiente  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34994263  Contribuidores: Daemorris, Ebalter, Gunnex, GwydionLusitanae, Leonardob, Lucas Kirschke, MisterSanderson,Mschlindwein, Orelhas, Porantim, Samuel Cernunnos, Sara.c.gama, 22 edições anónimas

Edain McCoy  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=24101584  Contribuidores: Andreia Encarnação, Gunnex, GwydionLusitanae, OS2Warp, Porantim

Gavin Bone  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35129363  Contribuidores: ChristianH, GwydionLusitanae, OS2Warp, Porantim

Gerina Dunwich  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34897510  Contribuidores: GoEThe, Gunnex, Luís Felipe Braga, OS2Warp, Samuel Cernunnos, Santana-freitas, Simoes,Tatitoxinha, 1 edições anónimas

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Dianismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34916220  Contribuidores: Adailton, Camponez, Chronos Phaenon, Clara C., Darwinius, GwydionLusitanae, Lugupe, Nyo,OS2Warp, Orelhas, Porantim, Rautopia, Reynaldo, Sevela.p, Sorceress of the Moon, Zerziljunior, 38 edições anónimas

Dodecateísmo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35794860  Contribuidores: Belanidia, Beria, Blamed, Chronus, Daniel Souza, Eric Duff, Espartanabr, GOE2,GwydionLusitanae, HVL, Joãofcf, Khny, Lynx895, Mschlindwein, Porantim, QuarkAWB, RafaAzevedo, Renato de carvalho ferreira, Rui Silva, Tetraktys, Victor do Carmo, VioletRose, Zdtrlik,12 edições anónimas

Druida  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37251269  Contribuidores: Adailton, Al Lemos, Arouck, Belanidia, Campani, Celso Ferenczi, Chronus, Daimore, Dantadd, Darwinius,Diovanimangia, E2m, GOE, Hiroshi, Jfcj, Jo Lorib, Johnni, Johnnilanger, Juntas, Leslie, Light Warrior, Luís Felipe Braga, M.nantes, Mandosfeantur, Master, Michael du Lucifer, Mschlindwein,OS2Warp, Pikolas, Rafael, o Galvão, Renato sr, Richard Melo da Silva, Roberto Cruz, Rodrigo.dst, Ruy Pugliesi, Sturm, Tumnus, Vanthorn, Varlaam, Walhalla13, Zumg, 120 edições anónimas

Henoteísmo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35795071  Contribuidores: Albmont, Arouck, Belanidia, Beria, Bisbis, Blamed, Chronus, Contagemwiki, Darwinius, Domusaurea,Eduardo Henrique Rivelli Pazos, Eduardo Sellan III, EuTuga, Jack Bauer00, Kascyo, Lijealso, Luis Dantas, Luís Henrique Silva, Manuel Anastácio, Sistema428, Victor do Carmo, 14 ediçõesanónimas

Kemetismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37320605  Contribuidores: Blamed, Brighella11, Chronus, Darwinius, Eduardo Sellan III, Ictoon, Jbribeiro1, Jesielt, JoãoCarvalho, Kdoo, Lord Mota, MachadoG, PedR, Porantim, RafaAzevedo, Rumanny2040, Tormentorofsouls, 8 edições anónimas

Neopaganismo eslavo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37315463  Contribuidores: Antero de Quintal, Biologo32, Blamed, Felipegaspars, Marcus Luccas, PauloEduardo, Stego,10 edições anónimas

Stregheria  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35794868  Contribuidores: Agil, Antero de Quintal, Arouck, Auréola, Blamed, Brighella11, Chambella, Charun, Chronus, Daniduc,Dichiaroluna, Diego.procopio, John André, JotaCartas, Leslie, Lijealso, MarceloB, Matheus V27, Mosca, Nabia, OS2Warp, RafaAzevedo, Reynaldo, Sabatraxas, Samuel Cernunnos,Santana-freitas, Sir Lestaty de Lioncourt, Tatitoxinha, Teles, Triceratops2, 27 edições anónimas

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Bruxa  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37511340  Contribuidores: Adailton, Agaro, Akbar16, Al Lemos, Alexg, Angrense, AnselmiJuan, Castelobranco, Danielduende, Derkenner, DiegoAlvesBarbosa, Eamaral, Ebalter, Ekevu, Freddie Benson ³²¹, Fábio Soldá, GLTaliesin, GOE, GRS73, Gabriel Yuji, Gabriel vincent, Gean, Gui, HJS, Hegeler, Humberto Pamp,Iokseng, Jorge Morais, Leandromartinez, Luisinho53, Luiza Teles, Lusitana, Marinatereza, Mayckon.trudes, MisterSanderson, Muriel Gottrop, Nice poa, OS2Warp, PatríciaR, Prima.philosophia,Psycrow, QuarkAWB, Rautopia, Renato de carvalho ferreira, Reynaldo, Rjclaudio, Sabatraxas, Samuel Cernunnos, Sturm, Tam01, ThiagoRuiz, X spager, 138 edições anónimas

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Politeísmo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37008225  Contribuidores: Abviana, Antero de Quintal, Arouck, Berganus, Bisbis, Blamed, Bruno Meireles, Castelobranco,Chronus, Dark-Y, Darwinius, Der kenner, E2mb0t, Eamaral, Eduardo Henrique Rivelli Pazos, Eduardo Sellan III, GOE, Gabriel Yuji, Héliocoptero, JLCA, Jackiestud, Joaotg, Jorge, João RicardoRezende Filho, Leonardo Marques, Lijealso, MelM, Mschlindwein, OS2Warp, Observatore, PatríciaR, Pedro Aguiar, Pietro Mattos, Porantim, Prima.philosophia, Renato de carvalho ferreira,Santana-freitas, Takeshi-br, Vanthorn, Victor do Carmo, Viniciusmc, Yunshagao, Zoldyick, 58 edições anónimas

Religião étnica  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=35795030  Contribuidores: Blamed, Chronus, Renato de carvalho ferreira

Sincretismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=37367362  Contribuidores: Agil, Aknatom, Alvaro Azevedo Moura, Amalário de Metz, Arouck, Bisbis, BrunoHPassos,Colaborador Z, Cromwell, Dantadd, Der kenner, Dédi's, E2m, Evangelical, Fabsouza1, Frajolex, Francisco Leandro, Fulviusbsas, GOE, GRS73, Gabriel0154, Holdfz, JMGM, Jbribeiro1, Jorge,Julionovo, Leo cab3000, Lijealso, Luan, Luciaccoelho, Luiz Zamboni, Mateus Vasco, OS2Warp, Osias, Pendotiba, Porantim, Prima.philosophia, Santana-freitas, Stuckkey, Victor Lia Fook,Vinirusso, Vitor Mazuco, Willibaldoneto, Zoldyick, 109 edições anónimas

Xamanismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=36479422  Contribuidores: Ailirams, Argenti, Arouck, Babbage, Baseador, Chronus, Ciro, ClaudiaQ, CommonsDelinker,CostaPPPR, Diego Queiroz, Eco-friend, Emer77, Gabriel Yuji, GwydionLusitanae, Herr Klugbeisser, Holdfz, Holyface, JMGM, JSSX, Johnni, Jonh180609, Jorge, Marcos Viana "Pinguim",OS2Warp, Obscuro, Osias, Porantim, Renato S N Costa, Santana-freitas, Scott MacLean, Stuckkey, Vitor Mazuco, Wildiko, Wladimir Colman, 59 edições anónimas

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Fontes, Licenças e Editores da ImagemFicheiro:Pagan religions symbols.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Pagan_religions_symbols.png  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 3.0 Contribuidores: Triskele-Symbol1.svg: Original uploader was Dariusofthedark at en.wikipedia Heathenism_symbol.PNG: Nyo Hellenism_SYMBOL.png: Iyyo Ankh.svg: AmosWolfeHandsGod_(rotated).png: original HandsGod.svg: AnonMoos; derivative work: Niusereset (rotated 45°) Roman_Way_to_the_Gods_SYMBOL.png: IyyoTriple-Goddess-Waxing-Full-Waning-Symbol-filled.png: AnonMoos Emb-37.svg: Original uploader was Theone256 at en.wikipedia CadishismPalm.svg: Original PNG version: Nyo - SVGversion: Amakukha Hamsa.svg: Frater5 derivative-compile work: NiuseresetFicheiro:Witches.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Witches.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Original uploader was Laurapliskin at en.wikipediaFicheiro:Wiccan event in the US (1).PNG  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Wiccan_event_in_the_US_(1).PNG  Licença: Creative Commons Attribution 2.0 Contribuidores: YccoFicheiro:Wiccan spouses.PNG  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Wiccan_spouses.PNG  Licença: Public Domain  Contribuidores: Man vyi, YccoFicheiro:Wicca numbers by country.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Wicca_numbers_by_country.png  Licença: Public Domain  Contribuidores: Courcelles,Huntster, Iyyo, Jmabel, Liftarn, Nyo, Patstuart, Túrelio, 2 edições anónimasFicheiro:Horned God and Mother Goddess (Doreen Valiente's Altar).jpg  Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Horned_God_and_Mother_Goddess_(Doreen_Valiente's_Altar).jpg  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 3.0  Contribuidores: aten.wikipediaFicheiro:Horned God.JPG  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Horned_God.JPG  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 3.0  Contribuidores:Midnightblueowl at en.wikipediaFicheiro:Wiccan altar (1).PNG  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Wiccan_altar_(1).PNG  Licença: Creative Commons Attribution 2.0  Contribuidores: RaeVynn Sands,Flickr user cronewyndFicheiro:Quatro elementos e pentagrama (In Portuguese).jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Quatro_elementos_e_pentagrama_(In_Portuguese).jpg  Licença:Public Domain  Contribuidores: AuréolaFicheiro:The Spiral Pentacle by SingingGandalf.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:The_Spiral_Pentacle_by_SingingGandalf.jpg  Licença: Creative CommonsAttribution-Sharealike 3.0  Contribuidores: Midnightblueowl (talk). 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