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CADERNO DE AVALIAÇÃO CARAVANA BRASIL Chapada das Mesas/MA 19 a 23 de junho de 2010 Apoio institucional Realização

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Avaliação

CADERNO DE AVALIAÇÃO

CARAVANA BRASIL

Chapada das Mesas/MA

19 a 23 de junho de 2010

Apoio institucional

Realização

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MINISTÉRIO DO TURISMO

Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo

Carlos Alberto da Silva, Secretário

Departamento de Promoção e Marketing Nacional

Márcio Nascimento, Diretor

Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Eventos e Apoio à

Comercialização

BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de

Turismo

José Eduardo Barbosa – Presidente

Monica Eliza Samia – Diretora Executiva

Daniela Sarmento – Coordenadora Geral

Leandro Queiroz – Supervisor Técnico

Lilian La Luna – Supervisora Comunicação

Nivea Lima – Supervisora Operacional

Carolina Neves – Equipe Técnica

Sylvio Campos – Equipe Técnica

Consultores

Adrian Alexandri

Eduardo Cecchini

Simone Scorsato

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SUMÁRIO

CARAVANA BRASIL_____________________________________ 5

CHAPADA DAS MESAS __________________________________ 7

OFICINA DE CAPACITAÇÃO ______________________________ 8

VIAGEM TÉCNICA CHAPADA DAS MESAS __________________ 11

PRODUTOS E SERVIÇOS _______________________________ 21

PÚBLICO ALVO _______________________________________ 23

PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO _______________________ 24

ENCONTRO DE NEGÓCIOS E AVALIAÇÃO __________________ 27

CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________ 32

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CARAVANA BRASIL

O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003, teve como principal meta incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros nos mercados nacional e internacional. Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa.

A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o Sebrae firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que seguiu as mesmas linhas conceituais do projeto original. Buscou, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com mais eficiência ao mercado atual.

Os bons resultados fizeram que, em 2009, se renovasse a parceria entre Ministério do Turismo e Braztoa para a realização da edição 2010 da Caravana Brasil Nacional.

O projeto realizou, em 2008 e 2009, 12 viagens técnicas com agentes de viagens e operadores de turismo e 07 viagens exclusivamente com operadores de turismo, além de 02 caravanas com agentes de viagens para eventos nacionais. 408 agentes e 93 operadores foram contemplados. Houve ainda a ampliação em 36,5% na divulgação de produtos e novos roteiros dos destinos visitados pelos operadores.

Nesta edição, o projeto realiza:

1- Viagens com Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados;

2- Viagens com Operadores de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”;

3- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;

4- Viagens com Jornalistas, nas quais os participantes conhecem os resultados de ações do Ministério do Turismo em destinos já visitados em edições passadas, assim como a inserção desses roteiros nos catálogos dos operadores que participaram das viagens.

A Caravana Brasil Nacional promove ainda:

1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, bem como adequar seus

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produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final.

2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadores de Turismo, Representantes Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadores de Turismo.

3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma diferenciada para Operadores e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre Operadores de Turismo e Agentes de Viagem.

4- Encontro de Avaliação que acontece na viagem técnica junto aos Encontros de Negócios ou Conhecimento onde o destino e participantes discutem suas percepções, visões e ações de mercado.

5- Resultados das Avaliações, que constitui o encaminhamento para o destino de um Caderno de Avaliação contendo a consolidação dos resultados da avaliação aplicada junto aos Operadores de Turismo e Agentes de Viagem e daquela realizada com fornecedores e representantes institucionais locais.

O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.

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CHAPADA DAS MESAS

Empresários participantes da Caravana Brasil

Foto: Arquivo Braztoa

Visita técnica aos atrativos da região

Foto: Vilmar Lieber

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OFICINA DE CAPACITAÇÃO 27 de abril de 2010

Capacitação Chapada das Mesas

Durante a viagem precursora ao destino foi realizada a Oficina de Capacitação para fornecedores locais e representantes institucionais. O foco central da oficina é a preparação dos fornecedores locais para receber na viagem técnica os operadores de turismo, além de, propiciar a todos os participantes por meio de exercícios e dinâmicas de integração, reflexão sobre a hospitalidade do destino, o turista e suas expectativas, produtos e segmentos, as possíveis ferramentas de promoção, comercialização e distribuição do produto turístico e a elaboração de tarifários.

A Oficina de Capacitação foi realizada na cidade de Carolina/ MA, tendo a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local. Ao todo participaram 18 representantes de empresas e instituições locais de diferentes setores conforme tabela abaixo:

Empresas e Instituições

Representantes

1 Acatur João Ribeiro da Silva Filho

2 Acatur Luis Ernandes M. da Silva

3 AMA Chapada das Mesas Fernanda Silva de Castro

4 AMA Chapada das Mesas Rodolfo Moraes da Silva

5 Cachoeiras do Cocal Werbeth K. Gonçalves

6 Cia do Cerrado José Carlos A. Luz

7 Cia do Cerrado José Martins

8 Cia do Cerrado Vilmar D. Lieber

9 Hotel Rilton Nilton Cesar M. Fonseca

10 Pilares da Chapada Rosivane T. Gonçalves

11 Pousada da Candeeiros Joberto S. Guimarães

12 Pousada do Lajes Izabel Valtuille Lieber

13 Pousada do Lajes José Fernandes de Sá

14 Pousada Morro do Chapéu Isidora Sousa

15 Queda D´Agua Elaine Oliveira César

16 Sebrae Luis Pinheiro Marques

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17 Sectur/Sebrae Silvane Maria M. Coqueiro

18 Torre da Lua Ecoturismo Agnaldo dos S. Lucena

Capacitação com fornecedores e instituições locais

Foto: Arquivo Braztoa

Na Oficina de Capacitação foram desenvolvidos dois tipos de exercícios:

Exercício 1: Análise do destino nos aspectos da Hospitalidade.

De preenchimento individual, este exercício possui o objetivo de avaliar elementos e características do destino que possam representar indicadores de hospitalidade do lugar. Cada participante avaliou por meio de notas o nível de excelência para elementos/situações e/ou serviços que representem a grau de hospitalidade do lugar.

Valores de referência

3 – Indicadores na média considerados excelentes (ótimo). 2 – Indicadores na média considerados satisfatórios (bom).

1 – Indicadores na média considerados pouco adequados

(regular). 0 – Indicadores na média considerados insuficientes, inexistentes

ou ruins. (ruim).

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Exercício 2: Análise de produto, mercado e segmento.

Exercício em grupo que tem por objetivo identificar na percepção dos empresários locais quais são os produtos mais importantes no destino e para qual público é oferecido. Os grupos avaliaram por meio de valores de referência o grau de excelência do produto.

Valores de referência

3 – Excelente: ótima qualidade de serviços e estrutura ofertada ao turista, superando a expectativa do cliente.

2 – Bom: estrutura e serviços funcionais e de qualidade no atendimento das necessidades dos turistas.

1 - Regular: estrutura e serviços atendem de maneira regular

as expectativas dos turistas. 0 – Precário: insuficiência e/ou deficiência nos serviços prestados/apresentados para seu uso turísticos.

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VIAGEM TÉCNICA CHAPADA DAS MESAS

19 a 23 de junho de 2010

A viagem técnica aconteceu seguindo o seguinte roteiro:

19 de junho (sábado)

Imperatriz / Carolina

Transfer de chegada Aeroporto de Imperatriz / Carolina.

Check-in na Pousada Lajes.

Jantar Restaurante K. Funé.

20 de junho (domingo)

Carolina/Riachão

Café da manhã no hotel.

Transfer Carolina / Riachão.

Visitação aos atrativos: Poço Azul, Cachoeira de Santa Bárbara e Encanto Azul.

Almoço no Complexo Turístico Santa Bárbara.

Transfer Riachão / Carolina.

Visita técnica: Pousada dos Candeeiros.

Jantar Restaurante Rio Lajes.

21 de junho (segunda-feira)

Carolina

Café da manhã no hotel.

City tour histórico a pé (centro de Carolina).

Visitação aos atrativos: Recanto Turístico da Pedra Caída com tirolesa.

Almoço no Complexo Pedra Caída.

Visita às cachoeiras Capelão, Caverna e Santuário.

Visita ao Portal da Chapada - contemplação e pôr do sol.

Jantar Lanche Central.

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22 de junho (terça-feira)

Carolina/Imperatriz

Café da manhã no hotel.

Visita ao aeroporto de Carolina.

Visita a Casa de Doces.

Encontro de Negócios e Avaliação.

Almoço Restaurante K.Funé.

Visita técnica: Rocha´s Pousada.

Transfer Carolina / Imperatriz.

Jantar Restaurante Cabana do Sol.

Check-in Hotel New Anapólis.

23 de junho (quarta-feira)

Imperatriz

Café da manhã e check-out.

Transfer para Aeroporto de Imperatriz.

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PARTICIPANTES:

OPERADORES DE TURISMO

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

Ambiental Expedições

Alexandra Iwer São Paulo/SP

Andarilho da Luz - Caminhadas Ecológicas Terapêuticas

Cirlene Soares do Rego

Belo Horizonte/MG

BIT WEB Geraldo Peixoto Franco

Rio de Janeiro/RJ

Del Bianco Tour Operator

Sidney Valadares Linhares

Rio de Janeiro/RJ

Easygoing Mariana Cassola de Almeida

São Paulo/SP

Freeway Brasil Issao Toribio Takeuchi

São Paulo/SP

Global Mundi Daniel Pontes Figueiredo

Rio de Janeiro/RJ

Litoral Verde Operadora de Turismo

Claudia Carneiro Farias da Silva

Petrópolis/RJ

Nordeste Off Road Fladner Dantas Maciel Cruz

Fortaleza/CE

REPRESENTANTE INSTITUCIONAL

INSTITUIÇÃO REPRESENTANTE CIDADE/UF

Braztoa Leandro São Paulo/SP

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AVALIAÇÃO DO DESTINO

As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais (fornecedores e representantes institucionais) sobre seu destino.

Esta metodologia possui como objetivo propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre estes dois olhares (fornecedor e representantes institucionais locais x participantes da Caravana: operadores de turismo).

Os indicadores possíveis de análise comparativa se referem à hospitalidade do destino, especificamente ao acesso, identidade (diversidade de oferta para os operadores/agentes), legibilidade, hospitalidade comercial (atendimento e prestação de serviços para os operadores/agentes) e notoriedade (ações de comercialização).

Para melhor compreensão estes indicadores possuem em seu conceito as seguintes definições:

Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o destino e seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos, e estado de conservação de estradas.

Legibilidade caracteriza a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente. A cidade torna-se mais hospitaleira na medida em que o usuário a “lê” com mais facilidade e nesta questão se incorporam a análise do desenho urbano, a orientação e a sinalização, a existência de espaços públicos como praças, áreas de lazer e a conservação destes espaços.

O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar, bem como, se os prestadores de serviço e a comunidade local valorizam e incorporam os aspectos históricos e culturais naquilo que oferecem aos turistas.

Por hospitalidade comercial analisou-se a diversidade e a qualidade na prestação de serviços turísticos, ou seja, a possibilidade do destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados aos turistas, onde também se insere a qualificação de mão obra local, as ações cooperadas entre os empresários locais e a política comercial destes prestadores de serviços para com empresas do setor de agenciamento e transporte.

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Já por notoriedade, considera-se o grau de conhecimento do destino pelo mercado, além das ações que objetivam levar informação qualificada ao mercado e ao turista como a comunicação virtual, participação em feiras, existência de roteiros promocionais, etc.

De forma detalhada como citado nos conceitos acima os fornecedores locais e representantes institucionais avaliaram seu destino, já o operador analisou estes tópicos de maneira mais objetiva.

Para comparar estes dois olhares, a tabulação dos instrumentos de avaliação teve como referência os critérios (médias) conforme tabela abaixo:

Operadores e agentes Fornecedores (média)

Ótimo acima de 2,25

Bom de 1,5 à 2,25

Regular de 0,75 à 1,49

Ruim abaixo de 0,75

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HOSPITALIDADE

Na oficina de capacitação, os fornecedores do destino e representantes institucionais, realizaram a avaliação dos aspectos correspondentes a hospitalidade no exercício 1. As notas apresentam uma ótima avaliação em relação à hospitalidade com melhor média (2,66), ficando os itens Legibilidade (0,90) e Acesso (1,31) com as menores notas.

Na viagem técnica participaram 9 operadores de turismo e 1 representante institucional (Braztoa), totalizando o grupo com 10 pessoas. Cabe ressaltar que a avaliação foi realizada por 9 integrantes do grupo, excluindo o representante da Braztoa.

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No quesito hospitalidade, a Chapada das Mesas recebeu avaliações entre ótimo a regular, sendo 4 citações de “Ótimo”, 4 citações de “Bom” e 1 citação de “Regular”. Segue comentários de participantes da viagem técnica sobre a hospitalidade do lugar:

“Todos muito hospitaleiros, fazendo o possível para atender as necessidades do grupo.” “Realmente excepcional... há que levar em consideração a hospitalidade e a simpatia local”. “A cordialidade é um fator que encanta, torna a viagem agradável e faz com que as pessoas queiram retornar.”

O acesso a Chapada das Mesas teve avaliação na sua maioria de “Regular” com 7 citações, tendo somente 2 citações de “Bom”. Segue comentários transcritos do formulário de avaliação dos operadores participantes da viagem técnica que podem ilustrar a avaliação no gráfico acima:

“A questão da oferta da ponte aérea, a possibilidade de ser iniciada a operação do aeroporto de Carolina é fundamental para o sucesso comercial deste destino.” “Acredito que o aeroporto em Carolina seria a melhor opção e alavancaria o fluxo turístico...” “Dificuldade em chegar a alguns atrativos, fato este que limita a ação de comercialização”.

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O tema legibilidade teve avaliações de bom à regular, sendo 3 citações de “Bom” e 6 de “Regular”. As sugestões dos operadores neste quesito se restringem a melhoria na sinalização e, de certa forma, em ações que possam reforçar a leitura do lugar como uma região preservada e ressaltar a importância de preservação e cuidado com o meio ambiente junto à comunidade local.

Segue comentário de um operador de turismo:

“Falta sinalização com relação à proteção e conservação dos atrativos”.

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Em relação à identidade, a avaliação se mostra mais positiva com 6 indicações de “Bom” e 3 indicações de “Regular”. Sobre esta análise cabe ressaltar comentários de um participante que fortalece o caráter único do lugar, principalmente ressaltando sua beleza natural:

“Existe um enorme potencial em termos de atrativos que torna o destino único no Brasil.”

No que tange ao atendimento, considerado aqui como a cordialidade, a qualidade de atendimento dos hotéis, passeios e demais equipamentos visitados, além da prestação de serviços ao turista, a Chapada das Mesas teve boas avaliações, com 4 indicações de “Ótimo”, 4 indicações de “Bom” e 1 indicação de “Regular“.

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Já sobre notoriedade, considerado como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, a região da Chapada das Mesas teve avaliações regulares, especificamente, 6 citações de “Regular” e 3 citações de “Ruim”. Ressalta-se abaixo comentário de um participante:

“Nota-se um esforço por parte da iniciativa privada e pública em tornar o destino conhecido e comercializado, o que só trará melhorias em infra-estrutura de modo geral”.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Para avaliação de produtos, os participantes da oficina de capacitação, em grupo de até 5 pessoas de diferentes setores (no total 4 grupos), foram convidados a identificar e avaliar por meio de notas os principais atrativos/produtos do destino no exercício 2 - Análise de produto, mercado e segmento. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). Percebe-se na avaliação que os produtos/atrativos tiveram em sua maioria avaliações regulares, demonstrando que os atrativos necessitam melhorar a infra-estrutura de apoio para receber os visitantes, conforme demonstra a tabela:

PRODUTOS CITADOS AVALIAÇÃO

Portal da Chapada BOM

Complexo Pedra Caída BOM

Cachoeiras do Itapecurú BOM

Complexo Santa Bárbara REGULAR

Parque Nacional das Chapadas Mesas REGULAR

Centro Histórico de Carolina REGULAR

Cachoeiras do Rio Cocal REGULAR

Poço Azul REGULAR

A avaliação de produtos feita pelos operadores sobre a diversidade de oferta do destino, considerada como diversidade de atrativos, hotéis, restaurantes e receptivos, ressalta como boa a diversidade da região, conforme demonstra os dados do gráfico e o comentário de um participante da caravana:

“O destino possui uma infinidade de atrativos naturais de rara beleza... “

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Em relação ao entendimento de quais segmentos turísticos os produtos acima estão relacionados e já ocorrem no destino, foi unanimidade para os empresários e representantes institucionais locais o ecoturismo e o turismo de aventura. Já sobre os segmentos potenciais, houve maior destaque para o turismo rural e náutico, seguidos dos demais conforme quadro abaixo:

FORNECEDORES LOCAIS

SEGMENTOS REAIS SEGMENTOS POTENCIAIS

Ecoturismo Cultural

Aventura Rural

Náutico

Negócios

Pesca

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PÚBLICO ALVO

Em relação ao perfil de público aos quais os operadores participantes da viagem técnica visualizam potencialidade real de comercialização, foram destacados: casais, solteiros, famílias e ecoturistas, ficando com menor representatividade perfis de segmentos específicos como melhor idade e estrangeiros.

Esta visão sobre o público alvo é consensual pelo empresariado e representantes institucionais, quando questionados na oficina de capacitação, elencaram como público real tanto como potencial os casais, solteiros e famílias.

FORNECEDORES LOCAIS

PUBLICO ALVO REAL

PÚBLICO ALVO POTENCIAL

Casais Família

Solteiros Solteiros

Família Casais

Melhor Idade Melhor Idade

Estudantes/jovens Estudantes/jovens

Geral Geral

Casais GLS

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PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

A avaliação das ações de promoção e comercialização teve como objetivo identificar a visão dos operadores de turismo de novas e reais possibilidades de negociação com o destino.

A primeira questão se refere à possibilidade de estabelecer contatos futuros, tendo 100% das respostas afirmativas como se vê no próximo gráfico:

Nota-se também que o objetivo do projeto foi alcançado já que 100% dos participantes identificaram novas possibilidades de diversificar seu portfólio de produtos.

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Sobre a promoção e comercialização, os participantes foram questionados de sua percepção sobre o esforço de promoção por parte do destino.

Os resultados sugerem que há algo a ser feito em relação às ações de promoção e comercialização, no entanto, conforme os dados apresentados no gráfico e comentário de participante da viagem técnica há esforço e interesse em promover a Chapada das Mesas no mercado turístico:

“Esforço de boa parte dos envolvidos (principalmente do trade) em divulgar o destino”.

Também no quesito distribuição, a percepção dos operadores foi positiva, mas ressalta-se a necessidade dos empresários locais em se adequarem às necessidades de vendas pelos canais de distribuição (agentes e operadores).

“Algumas empresas não entendem como funcionam e como se diferenciam as vendas através de agências e operadoras, que permitem criar novas condições de vendas como um canal de distribuição, principalmente os meios de hospedagem.”

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Finalmente, os participantes foram questionados sobre a adequação dos preços para o público consumidor, sendo este tópico, alvo de diversos comentários que ressaltam a importância do destino em desenvolver estratégias para formação de preço.

“Poucos fornecedores disponibilizaram tarifas...”.

“Não nos foram apresentados preços da maioria dos serviços. Os que foram apresentados não nos permitem uma visão do preço com relação à venda.”

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ENCONTRO DE NEGÓCIOS E AVALIAÇÃO

Encontro de Negócios e Avaliação

Fonte: Arquivo Braztoa

O Encontro de Negócios aconteceu no dia 22 de junho de 2010 na cidade de Carolina/ MA no Instituto Pipes.

A programação do encontro teve início com as boas vindas e explicação da dinâmica do encontro pelo representante da Braztoa. Estavam presentes além do grupo de operadores, seis fornecedores locais, entre eles receptivos locais e meios de hospedagem.

Os fornecedores locais apresentaram seus produtos e serviços em formato de explanação aos participantes da Caravana Brasil Nacional. As apresentações foram individuais, tendo cada empresário local, tempo aproximado de 20 minutos para explanar sobre seu negócio/produto.

Após o Encontro de Negócios, iniciou-se a avaliação do destino com a presença dos participantes do Encontro de Negócios (fornecedores e operadores) somando à presença do secretário municipal de turismo e um representante do SEBRAE/MA.

Sobre a análise da oferta, os operadores destacaram que a Chapada das Mesas possui vocação e diversidade em atrações naturais e culturais, com destaque para o ecoturismo e turismo de aventura. Apontaram também a gastronomia regional como uma

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potencialidade a ser trabalhada pelo destino. No entanto, falta explorar mais o artesanato local e investir na melhoria e conservação dos atrativos históricos, bem como, na sensibilização da comunidade local sobre a preservação dos atrativos naturais.

Quanto ao acesso e a sinalização, os operadores apontaram como insatisfatória a rodovia que dá acesso ao município de Carolina e a alguns atrativos turísticos, além de alguns percursos e trilhas nos próprios atrativos, com destaque ao município de Riachão, assim como a falta de sinalização para os mesmos.

Nesse encontro de avaliação, o Complexo Pedra Caída foi apontado como um “case” de boa prática, devido ao acesso aos atrativos com destaque à acessibilidade por meio das plataformas de madeiras, além do investimento na hospedagem (construção de um eco-resort).

O Encontro de Negócios foi avaliado pelos operadores participantes da caravana, conforme os gráficos apresentados a seguir:

No tocante à organização do encontro, as avaliações foram positivas, somente para um participante a organização do encontro foi regular.

Já em relação ao encontro atender as expectativas dos operadores, as respostas foram parcialmente positivas, uma vez que, o material apresentado teve 4 citações de “Regular” e a capacidade de negociação dos fornecedores locais, teve em unanimidade, pelos operadores avaliação de “Regular”, demonstrando que há a necessidade de outras ações buscando melhor compreensão das políticas comerciais no mercado de turismo.

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Cabe ressaltar um comentário de um operador participant sobre o aspecto da capacidade de negociação dos fornecedores locais:

“Neste quesito, houve discrepância entre os empresários. Vejo o receptivo local mais preparado do que os empresários de meios de hospedagem”.

Assim como a capacidade de negociação dos fornecedores locais, as estratégias usadas como políticas comercias (negociação de tarifas, disponibilidade para bloqueios, parcerias para ações promocionais) devem ser repensadas, uma vez que, para seis operadores este tópico foi avaliado como regular.

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Todavia, o encontro foi fundamental para todos os operadores, pois esta ação possibiitou conhecer o destino Chapada das Mesas e seus serviços.

Mais uma vez, percebe-se que o projeto atingiu seu objetivo e, sobretudo, reforçou para os empresários e representantes institucionais da Chapada das Mesas, a necessidade de entender e estabelecer parcerias com o trade turístico para fortalecer o destino no mercado, assim como ações de promoções, além de incentivar o turismo na região e gerar benefícios para a comunidade local.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como considerações finais foram avaliadas as respostas abertas de todos os participantes, enfocando os fatores satisfatórios e os fatores insatisfatórios do turismo no destino Chapada das Mesas.

PONTOS SATISFATÓRIOS Citações

Beleza e singularidade nas atrações naturais 8

Esforço e interesse em melhorar e comercializar o destino

6

Enorme potencial para o turismo 3

Hospitalidade 3

Diversidade da gastronomia local 2

Complexo Pedra Caída 2

Receptivo local bem estruturado 1

Percebe-se que a singularidade/beleza do destino é um dos principais elementos diferencias da Chapada das Mesas, mesmo sendo um destino “novo” para o turismo, o esforço e interesse dos empresários locais e representantes institucionais já é percebido como uma ação efetiva e necessária.

PONTOS INSATISFATÓRIOS Citação

Dificuldade de acesso (aéreo e terrestre) 5

Falta de segurança no acesso a alguns atrativos 4

Conservação e valorização do patrimônio histórico 3

Falta diversidade em restaurantes e meios de hospedagem

3

Visão comercial e de negociação dos empresários locais restrita

3

Ações de sustentabilidade e sensibilização da comunidade sobre o meio ambiente devem ser implementadas

2

Falta de sinalização para os atrativos 2

Falta oferta de artesanato local 1

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Despreparo dos empresários locais sobre o funcionamento do mercado turístico

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Melhoria na estrutura da cidade 1 “Falta ainda um pouco de estrutura tanto na cidade (manutenção, limpeza, patrimônio histórico e consciência ambiental), como na acessibilidade a alguns atrativos (melhorias de acesso e trilhas) e também na oferta de estrutura hoteleira. No entanto, há projetos de reformas e novas instalações que trarão mudanças nesse aspecto.“

Já em relação aos aspectos insatisfatórios estes, na sua maioria, recaíram sobre o acesso a região, destacando a necessidade de melhoria das estradas e da utilização do aeroporto em Carolina com vôos comerciais, além do acesso a alguns atrativos apresentarem fatores de insegurança (falta de estrutura de apoio ao turista: passarelas, sinalização).

Outro fator comentado foi a necessidade de ações e esforços conjuntos para melhorar a visão dos empresários locais sobre o mercado turístico, preparando-os para promover e comercializar seus produtos.

No entanto, por tudo o que se mostrou neste documento, o objetivo do Projeto Caravana Brasil Nacional na Chapada das Mesas foi satisfeito, uma vez que, possibilitou aos empresários locais terem contato mais próximos com operadores de turismo e estes, por sua vez, de conhecer um novo e potencial destino para o turismo.

A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição ocorreu de forma satisfatória, sendo este, mais um momento que reforça a compreensão da real necessidade de estabelecer um canal de comunicação constante com a cadeia distributiva do turismo entre operadores fornecedores de produtos.

O desafio que se sugere vencer é de fortalecer a imagem da Chapada das Mesas como um destino turístico competitivo no mercado. Para isto ações de qualificação, sustentabilidade, educação ambiental e patrimonial, melhoria de acesso, e estabelecimento de relações comerciais são desejadas, já que a possibilidade de atingir o mercado consumidor é factível.

Ampliar tanto a reflexão coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a máxima freqüência possível.

Os resultados positivos serão constantes.

É para o que se espera ter contribuído este projeto.

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Apoio institucional

Realização