CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

42
CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES

Transcript of CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Page 1: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

CÂNCER GÁSTRICO

CAMILLE ALBUQUERQUE TORRESFERNANDA PINELLA C. EYERJULIANA BRASIL P. GUEDES

Page 2: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

INTRODUÇÃO:

Neoplasia Gástrica:

Tumores benignos → Pólipos Gástricos: 1) Hiperplásicos ou inflamatórios; 2) de glândulas fúndicas; 3) Fibróides; 4) Adenomatosos (pré-malignos).

Tumores Malignos:- Adenocarcinoma – 95%;- Linfomas gástricos – menos de 5%;- Tumores estromais gastrointestinais (GIST);- Tumores carcinóides, schwanomas, lipomas, etc.

Page 3: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

EPIDEMIOLOGIA:

É o segundo câncer mais comum no mundo perdendo só para o de pulmão;

Maiores taxas no Japão, Rússia, Costa Rica e Chile; Menores taxas na Europa Ocidental e Estados Unidos

( 10º mais comum); Incidência de 2H:1M, sendo maior em negros; O pico de incidência é entre 50 e 70 anos, sendo raro

antes dos 35; Desvio nas últimas décadas ca gástrico distal para

proximal (↑ incidência na cárdia, provavelmente pela história de tabagismo e alcoolismo);

Page 4: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

FATORES DE RISCO:

Nutricionais: Consumo de alimentos conservados no sal,

defumados ou mal conservados; ↓ consumo de frutas e verduras (ácido

ascórbico e ß-caroteno são antioxidantes, além disso, o ácido ascórbico pode prevenir a conversão de nitratos em nitritos);

↓ consumo de ptns e gorduras animais; ↑ consumo de nitrato (que será convertido em nitrito,

composto altamente carcinogênico); ↑ consumo de carboidratos complexos;

Page 5: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

FATORES DE RISCO:

Ambiental / Social / Familiar: Preparo alimentar pobre (defumado, salgado); Falta de refrigeração (ingestão de alimentos

parcialmente decompostos junto com bactérias conversoras de nitrato em nitrito);

Água de bebida de má qualidade (água de poço);

Tabagismo; Alto nível socioeconômico (ca proximal); Baixo nível socioeconômico (ca distal); História familiar positiva; Grupo sanguíneo A (específico para o difuso);

Page 6: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

FATORES DE RISCO:

Clínicas: Operação gástrica prévia (principalmente

gastrectomia parcial prévia, com risco de ca no remanescente gástrico);

Infecção pelo Helicobacter pylori (principalmente a cepa cag-A );

Atrofia gástrica e gastrite; Anemia perniciosa (reação auto-imune destrói as

céls parietais e principais gerando acloridria, atrofia mucosa e metaplasia);

Pólipos adenomatosos (freqüente atipia e progressão de displasia para carcinoma in situ);

Sexo masculino;

Page 7: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

QUADRO CLÍNICO:

1) Estágio inicial: assintomático ou queixas dispépticas inespecíficas.

Sintomas mais comuns:

• perda ponderal (62%)

• epigastralgia (52%)

• náusea (34%)

• anorexia (32%)

• disfagia (26%)

• melena (20%)

• saciedade precoce (17%)

• dor como úlcera péptica (17%)

Page 8: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

QUADRO CLÍNICO:

Dor → constante, sem irradiação e não melhora com alimentação. Pode aliviar temporariamente com o uso de antissecretores.

Vômitos recorrentes → obstrução antro-pilórica ou distúrbio motor relacionado à invasão de parede.

Disfagia → invasão do cárdia ou esôfago distal. Anemia ferropriva (40%) → perda sanguínea

crônica.

Hematêmese (15%) → sangramento significativo.

Saciedade precoce → distensibilidade reduzida do estômago por envolvimento mural difuso do tumor.

Page 9: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

QUADRO CLÍNICO:

2) Estágio avançado: Os sinais clínicos desenvolvem-se tardiamente e estão associados a doença localmente avançada ou doença metastática, são eles:

• Massa abdominal palpável;• Linfonodo supraclavicular palpável (de

Virchow);• Linfonodo periumbilical (de Irmã Maria José);• Metástase no fundo de saco peritoneal,

palpável pelo exame retal (prateleira de Blumer);

• Massa ovariana palpável (tumor de Krukenberg);

• Hepatomegalia, icterícia, ascite e caquexia secundárias à metástases.

Page 10: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.
Page 11: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA PARA ADENOCARCINOMA - BORRMANN

BORRMANN I. Carcinoma polipóide. Sobrevida em 5 anos: 40%.

BORRMANN II. Carcinoma ulcerado. Impossível diferenciar da úlcera benigna. Sobrevida em 5 anos: 35%.

BORRMANN III. Carcinoma ulcerado e infiltrante. Apresentação mais comum do Ca gástrico. Sobrevida em 5 anos: 20%.

BORRMANN IV. Carcinoma infiltrativo difuso. Quando em todo o estômago, chamado de Linite Plástica.

Page 12: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

CLASSIFICAÇÃO MICROSCÓPICA PARA ADENOCARCINOMA - LAUREN

INTESTINAL: É o mais comum. Bem diferenciado, com formação de

glândulas. Predominância no sexo masculino, 55-60 anos, associação com gastrite atrófica/metaplasia intestinal. Lesões expansivas, polipóides e ulceradas na EDA. Disseminação hematogênica. Localização preferencial: antro e curvatura menor.

DIFUSO:Indiferenciado, com células em anéis de sinete. Sem

predileção quanto ao sexo, 40-48 anos, associação com o grupo sanguíneo A. Lesões infiltrativas, com úlceras infiltradas ou linite plástica na EDA. Disseminação transmural/linfática. Localização preferencial: fundo gástrico. Pior prognóstico.

Page 13: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

CLASSIFICAÇÃO DE LAUREN

INTESTINAL

DIFUSO

Page 14: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

DIAGNÓSTICO:

História e Exame FísicoEDA (modalidade diagnóstica de escolha):

EDA + Biopsia + Citologia do escovado da mucosa = Precisão diagnóstica de 98%.

Indicação: Todo paciente que apresenta dispepsia com idade > 45anos, ou sinais de alarme (perda ponderal, anemia, sangramento, disfagia, vômitos recorrentes, massa abdominal palpável, gastrectomia prévia, história familiar de CA gástrico).

EDA fornece a classificação de BORRMANN (prognóstico).

BORRMANN IV pode não ser bem reconhecida, sendo melhor caracterizado no exame baritado.

Localização mais comum: Mucosa de transição do corpo com o antro na pequena curvatura (semelhante à úlcera péptica gástrica).

Biópsia na margem e base (mínimo 7); Citologia.

Page 15: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

1) Linite plástica gástrica na EDA2) Linfoma Gástrico

Page 16: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

DIAGNÓSTICO:

Exame Baritado (SEED):Baixo custoTriagem. Se caso suspeito: EDA com biopsia e

citologia.Capaz de distinguir lesões benignas de malignas

(80% de precisão) e sugerir diagnóstico histológico.No Japão: técnica de duplo contraste (utilização de

agente efervescente que distende o estômago com gás) para o diagnóstico de câncer gástrico precoce (acurácia diagnóstica de 93-96%).

Page 17: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

DIAGNÓSTICO:

Exame Baritado (SEED): Continuação

Sinais radiológicos que sugerem malignidade são:Lesão em massa com ou sem obstrução luminal

ou ulceraçãoÚlcera com pregas irregularesÚlcera com fundo irregularIrregularidade de mucosa com perda da

distensibilidadePregas alargadasMassa polipóide

Linite Plástica – Aspecto de “garrafa de couro”.

Page 18: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.
Page 19: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Linite Plástica na SEED – aspecto de “garrafa de couro”.

Page 20: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO:

Page 21: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO:

Estadiamento T:

Page 22: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO:

Estadiamento N:Cirurgião deve realizar linfadenectomia mais eficaz

possível, ressecando mínimo de 15 linfonodos.Em 1997 houve uma revisão, onde o N não

corresponde mais à localização do linfonodo comprometido, e sim ao número deles.

Page 23: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

Exame Físico: Atenção voltada para o abdome (ascite, hepatomegalia), os linfonodos cervicais (Virchow) e periumbilicais (irmã Maria José), toque vaginal (tumor de Kruckenberg) e retal (prateleira de Blummer). Indicam metástese à distância, contra-indicando a cirurgia curativa.

Exame de sangue: hepatograma, hemograma, bioquímica, albumina.

RX de Tórax: Procurar derrame pleural e metástese pulmonar.

USG Transvaginal: Avaliar a presença de metástese ovariana em mulheres.

Page 24: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

Ultrassonografia Endoscópica: Não faz parte da recomendação formal dos guidelines de estadiamento do CA gástrico. Realizado somente em centros de referência. Método de melhor acurácia para determinar extensão locorregional do CA gástrico. Visualiza invasão tumoral na parede gástrica (estádio T) e nos linfonodos regionais (estádio N).

TC Abdominal: Acurácia de 40-50%. Sensibilidade limitada para estágios T e N e para metásteses peritoneais. Excelente método para avaliar metásteses para órgãos e linfonodos à distância. TC de Tórax é necessária para os tumores proximais do estômago.

Page 25: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

ESTADIAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

Videolaparoscopia: Feito em pacientes em que os demais exames de estadiamento não revelaram metástese à distância, com objetivo de certificar-se que não existem metásteses. Visualiza implantes peritoneais que não são identificados pela TC, situação que contraindica formalmente o procedimento cirúrgico curativo. Esclarece dúvidas quanto a natureza de imagens hepáticas, além de permitir coleta de material para estudo histológico e citológico. A presença de células malignas no citológico do líquido ascítico indica inoperabilidade.

Page 26: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica

Plano terapêutico pode passar por:

Gastrectomia subtotal ou totalLinfadenectomiaTerapia neoadjuvante e/ou

adjuvanteTerapia curativa X Terapia paliativa

Page 27: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica

< ESTÁGIO IV: Tratamento cirúrgico Ressecção do tumor

O tratamento cirúrgico ainda é o único que oferece possibilidade de cura.

A cirurgia curativa deve ser tentada na ausência de metástases à distância ou de comorbidades com alto risco cirúrgico

ESTÁGIO IV: Tratamento

Paliativo

Page 28: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

Excisão da lesão primária → ressecar toda extensão do tumor

Tumor com grande capacidade de disseminação intramural → Linha de ressecção de pelo menos 6 cm a partir da massa tumoral (Ampla margem de segurança)→ Redução da recorrência

Excisão da Lesão

primária

Linfade-nectomia Adjacent

e

+Linhas de ressecção livres de

infiltração

Page 29: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

Todos os tumores necessitam de linfadenectomia profilática regional

A escolha da técnica cirúrgica depende da LOCALIZAÇÃO e da EXTENSÃO da doença

Page 30: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

TUMOR PROXIMAL (35-50%):

Tumores proximais são mais avançados → raras as ressecções curativas

A gastrectomia subtotal proximal não é mais utilizada

Gastrectomia total deve ser considerada o procedimento de escolha para as lesões gástricas proximais.

Page 31: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

( Gastrectomia total + Esofagojejunostomia término-lateral em Y de Roux)

GASTRECTOMIA TOTAL +

RECONSTRUÇÃO EM Y DE ROUX

Page 32: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

TUMOR PROXIMAL

Nas neoplasia onde há envolvimento da cárdia deve-se acrescentar o esofagectomia distal

Page 33: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica TUMORES DISTAIS (35%): GASTRECTOMIA

SUBTOTAL COM RECONSTRUÇÃO

BILLROTH II

GASTROJEJUNOSTOMIAA PRIMEIRA PORÇÃO DUODENAL TAMBÉM É RETIRADA

Page 34: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

LINFADENECTOMIA

D1 Remoção Linf. Grupo 1 (somente os perigástricos até 3cm de distância das margens do tumor)

D2 Remoção dos Linf. Grupos 1 e 2 (além dos perigástricos, também os das artérias hepática, gástrica esquerda, esplênica e celíaca)

D3 Ressecção D2 + remoção linfonodos paraaórticos

A linfadenectomia D2 é a preferida pelos cirurgiões brasileiros Linfadenectomia extensa não deve ser feita de rotina: alta taxa de morbi-mortalidade.

Page 35: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica Cirúrgica

Complicações cirúrgicas:Imediatas→sangramentos,

tromboembolismo e infecçõesGastroperesiaObstrução de alça eferenteMá digestão e má absorçãoFístulas gastro-cólicasDiarréia pós vagotomiaSíndrome de Dumping

Page 36: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica

TERAPIA ADJUVANTE/NEOADJUVANTEUtilização de radioquimioterapia após a

cirurgia de ressecçãoDiversos estudos ainda em andamentoAlguns estudos já mostraram que a sua

utilização aumenta a sobrevida em 3 anosA quimioterapia neoadjuvante também tem se

mostrado benéfica mas ainda encontra-se em estudo.

Page 37: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Terapêutica

TERAPIA PALIATIVATUMOR ESTÁGIO IV(20 – 30% dos casos)Objetivo: alívio sintomático com menor

morbidade possívelRessecção cirúrgicaBypass isoladoRecanalização a laserDilatação endoscópica Terapias adjuvantes

Page 38: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Vigilância

A maioria das recorrências ocorre em 3 anos; 1º ano: consultas de 4 em 4 meses 2º e 3º ano: de 6 em 6 meses a partir do 4º ano: anualmente.

EDA anuais em pacientes submetidos a Gastrectomia Parcial.

Page 39: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

LINFOMA GÁSTRICO:

É responsável por menos de 15% das malignidades gástricas e 2% dos linfomas.

Relação 2H:1M;Tipos histológicos mais comuns: linfoma difuso de grandes células B

(agressivo) e o linfoma de baixo grau de linfócitos B da zona marginal ou linfoma MALT (indolente com alta chance de cura). Ambos são linfomas não Hodgkin.

Não existe um sítio específico de predileção da neoplasia;Pela endoscopia é indistinguível do adenocarcinoma;O diagnóstico é pela biópsia endoscópica;TC → avaliação de linfonodos;USG Endoscópica → determinar invasão de mucosa e sbmucosa.

Page 40: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

Classificação de Ann Arbor – linfoma não Hodgkin

Estágio:IE – doença limitada ao estômago.IIE – extensão para os linfonodos abdominais

comprovada por biópsia ou linfangiografia.IIIE – envolvimento do estômago, linfonodos

abdominais e comprometimento nodular acima do diafragma.

IV – linfoma disseminado.

Page 41: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

TRATAMENTO – LINFOMA:DIFUSO DE GRANDES

CÉLS B: MALT:

IE → gastrectostomia total seguida de radio e quimioterapia (esquema CHOP).

IIE, IIIE e IV → poliquimioterapia, a gastrectomia total pode ser realizada para evitar complicações (hemorragia e perfuração).

A maioria se encontra no estágio IE ou, no máximo, IIE.

Erradicação do H. pylori (sobrevida em 5 anos superior a 80%) e acompanhamento com endoscopia seriada.

Recidivas ou refratariedade→ gastrectomia total, QT ou RT-QT.

Page 42: CÂNCER GÁSTRICO CAMILLE ALBUQUERQUE TORRES FERNANDA PINELLA C. EYER JULIANA BRASIL P. GUEDES.

BIBLIOGRAFIA: 1.Sabiston 2. MISZPUTEN, SJ. Guia de Gastroenterologia. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2007. p. 67-71. 3. VIEIRA, WLS & COELHO, LGV. Tumores de Estômago. In DANI, R. Gastroenterologia essencial.

3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 212-22.4. MERCER, DW & ROBINSON, EK. Stomach. In Sabiston Textbook of Surgery. 18th ed.

Philadelphia, 2008. p.1258-7 5. P F MANSFIELD, MD; K K TANABE, MD; D MF SAVARESE, MD; S E PORIES, MD; Surgery in the

treatment of invasive gastric and gastroesophageal junction cancer and prognosis; September 2009 – UpToDate

6. P F MANSFIELD, MD; K K TANABE, MD; C H GINSBURG, MD; D MF SAVARESE, MD; Clinical features, diagnosis, and staging of gastric cancer; September 2009 – UpToDate

7. Japanese Classification of Gastric Carcinoma - 2nd English Edition Japanese Gastric Cancer Association; First Department of Surgery, Kyoto Prefectural University of Medicine, Kawaramachi, Kamigyo-ku, Kyoto, 602-0841, Japan

8. MERCER, DW & ROBINSON, EK. Stomach. In Sabiston Textbook of Surgery. 18th ed. Philadelphia, 2008. p.1258-72.

9. P F MANSFIELD, MD; K K TANABE, MD; D MF SAVARESE, MD; S E PORIES, MD; Surgery in the treatment of invasive gastric and gastroesophageal junction cancer and prognosis; September 2009 – UpToDate

10. P F MANSFIELD, MD; K K TANABE, MD; C H GINSBURG, MD;

11. D MF SAVARESE, MD; Clinical features, diagnosis, and staging of gastric cancer; September 2009 – UpToDate

12. www.gastropagina.com 13. www.inca.gov.br/tratamento/imagens 14. www.sbcp.org.br/revista/nbr292/p256_265.htm