Capa DF Porto Cia - SUSEP · Os prêmios emitidos da Companhia ... 53,0% do ano anterior, da...
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhores Acionistas,
Submetemos à apreciação de V.Sas. o relatório da administração e as demonstrações financeiras
relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2013 e de 2012, acompanhadas do relatório dos
auditores independentes.
Prêmios emitidos
Os prêmios emitidos da Companhia totalizaram no primeiro semestre de 2013 R$ 2.658,2 milhões,
aumento de R$ 402,9 milhões ou 17,9% em relação aos R$ 2.255,3 milhões no primeiro semestre de
2012.
Investimentos
A Companhia fez investimentos, no montante de R$ 157,2 milhões em 2013. Do total investido, R$ 92,3
milhões foram destinados a terrenos, obras e edificações; R$ 64,9 milhões foram destinados a
equipamentos e sistemas de informática, rastreadores, móveis, veículos e outros investimentos.
Despesas administrativas e com tributos
As despesas administrativas totalizaram em 2013 R$ 472,5 milhões, com aumento de R$ 24,9 milhões ou 5,6% sobre o montante de R$ 447,6 milhões em 2012. Essa variação deve‐se principalmente pelo aumento de R$ 26,8 milhões ou 8,4% nas despesas com pessoal próprio, em função do aumento de 6,8% por acordo coletivo, parcialmente compensado pela redução de R$ 2,6 milhões ou 9,8% nas despesas com publicidade, propaganda e publicações. As despesas com tributos totalizaram em 2013 R$ 69,6 milhões, com aumento de R$ 8,6 milhões ou 14,1% sobre o montante de R$ 61,0 milhões em 2012.
Resultado financeiro
As receitas financeiras totalizaram em 2013 R$ 137,1 milhões, com uma redução de R$ 57,8 milhões, ou 29,7% em relação aos R$ 194,9 milhões em 2012 devido a: (i) as receitas com aplicações financeiras totalizaram em 2013 R$ 68,0 milhões, com uma redução de R$ 45,1 milhões, ou 39,9% em relação aos R$ 113,1 milhões em 2012, que decorre da redução da taxa efetiva para 2,92% em 2013 em relação aos 5,33% em 2012, compensada pelo aumento de 9,7% nas aplicações financeiras médias para R$ 2.328,8 milhões em 2013, em relação aos R$ 2.122,0 milhões em 2012 e (ii) as outras receitas financeiras totalizaram R$ 69,1 milhões em 2013, com redução de R$ 12,7 milhões, ou 15,5% em relação aos R$ 81,8 milhões em 2012.
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As despesas financeiras totalizaram em 2013 R$ 51,4 milhões, com um aumento de R$ 2,0 milhões, ou 4,0% em relação aos R$ 49,4 milhões em 2012.
Índice combinado
O índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de comercialização, despesas
administrativas e despesas com tributos, sobre prêmios ganhos), em 2013 foi de 90,2%, redução de 9,3
pontos percentuais em relação aos 99,5% do ano anterior. Esta redução decorre, principalmente, da
redução de 5,5 pontos percentuais no índice de sinistralidade para 47,5% em 2013, em relação aos
53,0% do ano anterior, da redução de 1,9 ponto percentual no índice de despesas de comissionamento,
para 21,8% em 2013, em relação aos 23,7% do ano anterior e pela redução de 1,9 ponto percentual no
índice de despesas administrativas e com tributos, para 20,9% em 2013, em relação aos 22,8% do ano
anterior.
O índice combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em 2013 foi de 87,3%, redução de 6,1
pontos percentuais em relação aos 93,5% do ano anterior.
Lucro líquido do período
O lucro líquido totalizou em 2013 R$ 125,2 milhões, registrando um aumento de 10,1% sobre os
R$ 113,7 milhões obtidos em 2012.
Distribuição de dividendos
De acordo com o estatuto são assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25%,
calculados sobre o lucro líquido ajustado, os quais são determinados por ocasião do encerramento do
exercício.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Em 2012, foram realizados projetos de responsabilidade social ambiental por meio de ações efetivas na
Companhia e em torno da comunidade em que ela está inserida. Os principais projetos são:
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PROJETOS SOCIAIS
Grupo de voluntariado
Formado por funcionários, prestadores de serviços e corretoras da Porto Seguro. Em 2012, tivemos
1.794 participações voluntárias nas 62 ações promovidas pelo Grupo, que atendeu cerca de 75.705 mil
pessoas atendidas em organizações sociais de todo o Brasil, por meio de ações pontuais como
doações, palestras educacionais, programas de lazer e qualidade de vida.
Campanhas de arrecadações
Ao longo do ano, são realizadas campanhas de arrecadação por todo o Brasil. Em 2012, entre os itens
arrecadados estão roupas e sapatos, brinquedos, material escolar, produtos de higiene pessoal e
alimentos, totalizando 105.601 doações.
Casa Campos Elísios Melhor
Um espaço para a educação, geração de renda e lazer. Inaugurada em 2005, a Casa Campos Elísios
Melhor visa promover a geração de renda para a comunidade carente do bairro que leva o seu nome,
por meio da qualificação e capacitação profissional, além de promover o acesso à educação e
cidadania. Em 2012, foram realizados aproximadamente 5 mil atendimentos, por meio de entrevistas
socioeconômicas, eventos, oficinas para crianças e cursos. Deste total, 2.054 pessoas capacitadas
profissionalmente, nos seguintes projetos:
Capacitação Profissional
Os cursos de capacitação profissional têm o objetivo de proporcionar uma melhor condição
socioeconômica e o resgate da autoestima dos moradores do bairro, por meio da valorização individual
e do acesso ao emprego.
O público atendido é composto de pessoas em situação de risco e de vulnerabilidade social, entre 16 e
60 anos de idade. Após a conclusão do curso, a Porto Seguro encaminha para o mercado de trabalho os
alunos que têm aproveitamento satisfatório.
Neste segmento de atuação são oferecidos cursos de Informática, Cabeleireiro, Manicure, Montagem e
Manutenção de Micros, Programa de Formação para Trabalho, Portaria, Recepção, Téc.
Administrativas, Mecânica, Funilaria, Elétrica e Hidráulica, Aux. de Alarmes Monitorados e Operador de
Call Center, bem como o Amigos do Seguro – realizado em parceria com a Funenseg.
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Geração de Renda
As oficinas de artesanato, com duração de três a cinco meses, têm o objetivo de estimular a geração de
renda, além de incentivar e valorizar o trabalho das artesãs. Entre as instrutoras de cada módulo estão
moradoras do bairro, que multiplicam seus talentos para outras pessoas – como técnicas de Pintura em
Tecido, Biscuit, Bijuteria, Revestimento em Tecidos, Decoupage e Feltro. Após o curso, as ex‐alunas são
convidadas para participarem dos bazares promovidos pela Porto Seguro. Os produtos confeccionados
são comercializados dentro da própria empresa ou em espaços alternativos.
Ação Educa – Crianças
Ação Educa, visa o complemento das atividades do ensino formal, por meio de oficinas pedagógicas
pautadas em temas transversais. O objetivo é tornar a aprendizagem mais atrativa por meio de
atividades esportivas e culturais despertando assim mais interesse nos conceitos básicos de
cooperação e cidadania. O projeto é destinado a crianças e adolescentes de 6 a 15 anos que residem
nas imediações de Campos Elísios. Atualmente temos 129 crianças cadastradas. O programa está
dividido em turmas de acordo com a faixa etária, com programações compostas por oficinas
simultâneas como: Esporte Cooperativo, Capoeira, Dança, Música, Incentivo à Leitura e Escrita,
Artesanato, Informática e Futsal.
Além das programações, possibilitamos uma integração com as turmas por meio dos aniversariantes do
mês e a socialização com as atividades externas como, por exemplo, passeio ao Museu do Futebol,
Catavento, Templo Zulai entre outros. Em 2012, realizamos como tema transversal no Ação Educa o
desenvolvimento de habilidades e virtudes. Durante o ano foram realizadas atividades voltadas à arte,
natureza, atividades domésticas e profissões.
Ginástica na Praça – Melhor Idade
Projeto Ginástica na Praça consiste em aulas de ginástica para um grupo da melhor idade da
comunidade da região central, que são realizadas na Praça Princesa Isabel, na região de Campos Elísios
‐ SP. A atividade ocorre de segunda, quarta e sexta‐feira das 7h45 às 8h30. Em 2012 participaram
aproximadamente 40 pessoas no projeto.
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Associação Crescer Sempre
A Porto Seguro Seguradora iniciou este projeto em 1991 com o programa Educação em Parceria, cujo
objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino das escolas públicas estaduais de
Paraisópolis. Iniciou o contato com a Escola Estadual Professora Etelvina de Góes Marcucci, onde a
iniciativa foi tão bem sucedida que, em 1997, permitiu a ampliação deste programa para mais uma
escola da comunidade, a Escola Estadual Professor Homero dos Santos Fortes. Com base nesta
experiência e em análises sociais realizadas na comunidade, os educadores envolvidos identificaram
um grande número de crianças que chegavam à primeira série do então ensino primário sem
freqüentar a educação infantil, serviço que faltava à Paraisópolis na época.
A partir desta necessidade, em 1998 foi criada a Associação Crescer Sempre Escola de Educação
Infantil, segmento de atendimento direto, sem fins lucrativos. A Escola de Educação Infantil atendeu
em 2012 500 alunos na faixa etária de 4 a 6 anos. Os serviços prestados às crianças são totalmente
gratuitos. Para ser matriculada na Associação é necessário que a criança seja moradora de Paraisópolis,
inscrita numa lista de demanda e passe por entrevista e visita social.
Para dar continuidade ao seu Projeto Educacional, a Associação Crescer Sempre, em 2008, constituiu a
primeira turma de alunos do Ensino Médio. Hoje são 90 alunos distribuídos nos três anos do Ensino
Médio, que cumprem uma jornada diária de 9 horas, onde recebem da Crescer Sempre ensino,
alimentação no local, uniforme e material didático.
Nos respectivos anos de 2003 e 2009, o programa Educação em Parceria passou a atender as Escolas
Estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Governador Miguel Arraes.
No desenvolvimento de suas ações, a Associação Crescer Sempre – Educação em Parceria busca a
concretização de princípios democráticos, reafirmando a condução das políticas públicas do Estado,
valorizando e respeitando a autonomia das Escolas. Articula sua atuação com base nos princípios da
participação social e da consciência crítica.
Na realização de seus propósitos envolve escolas estaduais e outras entidades externas à comunidade
escolar.
A concepção de parceria que fundamenta as ações da Educação em Parceria, prima pela transparência,
busca o bem‐coletivo e parte do reconhecimento da necessidade de complementação entre
instituições públicas, privadas e a sociedade.
Em 2012, os projetos de Educação em Parceria geraram os seguintes resultados: 5.000 alunos
beneficiados, 217 educadores, 1.624 horas de formação de educadores.
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O programa Educação em Parceria, iniciativa da Porto Seguro em Paraisópolis, inspirou o Programa
Empresa Educadora da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e um grupo de empresários que
fundou a Associação Parceiros da Educação.
PROJETOS MEIO AMBIENTE
O segmento ambiental da área tem dois eixos de atuação que são correlacionados: Educação
Ambiental e Sistema de Gestão Ambiental.
O objetivo da Educação Ambiental é sensibilizar todos os nossos públicos de interesse (funcionários,
corretores, prestadores, fornecedores, clientes e comunidade) para a importância das questões
socioambientais e engajá‐las para uma mudança de atitude no dia a dia de suas ações.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Porto Seguro tem o objetivo de eliminar riscos ambientais,
atender a legislação aplicável e melhorar o desempenho ambiental da organização e de seus parceiros,
além de minimizar custos. Desenvolve e implementa ações preventivas e corretivas na empresa e
recomendações para parceiros, através do estabelecimento de procedimentos, condutas, normas e
técnicas que gerenciam os aspectos e impactos ambientais provenientes de suas atividades.
Projetos de Educação Ambiental
Projeto Abrigo Dom Bosco
Apoio ao ABRIGO DOM BOSCO, mantido pela rede SALESIANOS – Liceu Coração de Jesus. Local de
moradia de catadores de materiais recicláveis, que buscam uma reintegração social por meio da coleta
de materiais recicláveis gerados no centro de São Paulo.
Buscamos desse modo equilibrar as ações para a preservação ambiental (ao propiciar que materiais
voltem para o ciclo produtivo por meio da reciclagem), inclusão social (ao estimular a participação de
cidadãos e combater a exclusão aos benefícios da vida em sociedade) e geração de renda (ao
possibilitar que o grupo tenha retornos financeiros com a coleta seletiva).
Em 2012, foram desenvolvidos 15 encontros (café da manhã) com um grupo de dez abrigados que
busca a formação de uma Cooperativa para potencializar ainda mais a coleta dos materiais, com vistas
a estimular a comunicação entre o grupo, o senso de cooperativismo e organização e a gestão dos
resíduos recolhidos. Além disso, esse trabalho também inclui a parceria com estabelecimentos no
Centro de São Paulo para ampliar a rede de locais que disponibilizam materiais ao Grupo.
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Hora da Terra
Desde 2008, prédios da Porto Seguro apagam parte de suas luzes, das 11h30 às 13h30, em prol da
conscientização para o consumo consciente de energia elétrica. A ideia é contribuir com o planeta e
usar menos energia, ajudando a poupar recursos da Terra.
No ano de 2012, foram economizados cerca de 107 MWh. O Programa Hora da Terra economizou cerca
de 733.331,94 kWh. Esse valor corresponde ao consumo médio de 4.074 famílias paulistanas em um
mês. Esse programa também traz uma grande redução de despesa.
Campanhas de Reciclagem de Óleo de Cozinha
A Porto Seguro iniciou a Campanha de Coleta e Reciclagem do Óleo de Cozinha em 2008 com o objetivo
principal de alertar a população sobre as consequências do descarte incorreto do resíduo e mostrar
que o material também pode ser reaproveitado para a reciclagem, inclusive para a produção de
Biodiesel, um combustível renovável, mais limpo do que o diesel comum e que é utilizado de forma
indireta em nossos guinchos de atendimento. “Um litro de óleo usado pode contaminar centenas de
litros de água, e por meio da reciclagem o resíduo pode servir como base para fabricação de biodiesel,
sabão, dentre outros produtos”.
Em 2012, foram reciclados cerca de 1.800 litros de óleo usado. Além disso, a campanha foi ampliada
para 54 novas sucursais e regionais o que corresponde a 69% das nossas casas. Em algumas localidades,
como o Rio de Janeiro, o óleo usado é coletado por meio de cooperativas de reciclagem o que estimula
o trabalho de inclusão social e geração de renda.
Campanhas de Reciclagem de Cartões, Pilhas e Baterias
Quando jogados no lixo comum, cartões plásticos ou magnéticos, pilhas e baterias vão parar em
aterros sanitários ou lixões a céu aberto, onde começam a se decompor, contaminando o meio
ambiente. Os cartões são nocivos porque contém substâncias não biodegradáveis, como chips, tintas e
tarjas magnéticas. Já as pilhas e baterias contém metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio,
níquel, entre outros. Esses elementos são altamente tóxicos e causam danos ao solo, águas, fauna e
flora. O objetivo dessa campanha é oferecer aos clientes e não‐clientes a logística reversa dos cartões
magnéticos, o que atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Depois de recolhido e armazenado corretamente, o material coletado durante a Campanha é
encaminhado a empresas especializadas em reprocessamento, devidamente homologadas pela área de
Responsabilidade Social e Ambiental. Dos itens que compõem os cartões, por exemplo, serão retirados
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elementos para fabricação de tubos de PVC, conduítes para fiação elétrica, fabricação de materiais
plásticos; das pilhas e baterias, sais e óxidos para a produção de materiais refratários. Em 2012, foram
encaminhados para a reciclagem 2.420 quilos de resíduos eletroeletrônicos (cartões, pilhas, baterias,
fios e cabos, celulares).
Educação Ambiental em Escola
Por meio de projetos moldados de acordo com a realidade das escolas e faixa etária dos seus alunos,
busca‐se incentivar o envolvimento de escolas da rede pública com questões socioambientais e de
cidadania, estimulando professores, coordenadores e alunos a internalizarem a dimensão
socioambiental e multiplicar ações sustentáveis.
Em 2012, realizamos esta iniciativa com 30 crianças de 3 a 4 anos da CEI Coração de Jesus,
sensibilizando‐as para a importância de preservar o meio ambiente e a sua saúde, por meio de ações
práticas e criativas que estimulam uma nova percepção da reutilização de seus próprios resíduos.
Projetos de Sistema de Gestão Ambiental
Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos (Centro Automotivo Porto Seguro)
Por meio do Sistema de Gestão Ambiental Porto Seguro, os Centros Automotivos Porto Seguro (CAPS),
adotaram um Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos (PGRA), sendo um plano de ação
preventivo e corretivo para eliminar o risco de impacto ambiental de seus resíduos. Dentre os objetivos
do Programa, estão:
Eliminação do risco de poluição ambiental, proveniente dos resíduos perigosos gerados nos CAPS;
Programa de Responsabilidade Social e Ambiental para os CAPS, por meio da inclusão Social e Geração
de Renda, por meio de doação da sucata ferrosa para Cooperativas de Reciclagem de Materiais
devidamente homologadas quanto à critérios socioambientais;
Destinação dos resíduos para empresas homologadas pela Área de Responsabilidade Social e
Ambiental para o tratamento dos resíduos perigosos – Classe I;
Adequação e padronização da infraestrutura de armazenamento e descarte ambientalmente adequado
de resíduos;
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Em 2012, homologamos 28 empresas especializadas, com atuação nacional, estadual e/ou regional,
para o tratamento de resíduos contaminados. Os critérios de homologação são: Contrato Social; Alvará
de funcionamento; CTF‐IBAMA; Licença de Operação; Certificado de Movimentação de Resíduos de
Interesse Ambiental – CADRI ‐ (somente Estado de SP); Parecer técnico do órgão ambiental
responsável; Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros – AVCB; Certificados de Sistemas de Gestão:
Qualidade, Ambiental, Saúde e Segurança; Questionário de Avaliação Ambiental de Fornecedores.
Todos os CAPS do Estado de São Paulo (99 CAPS) adquiriram contrato de gerenciamento de resíduos,
ou seja, estão regularizados. Na Grande São Paulo, 52 CAPS participam do Programa de Coleta de
Sucatas da Cooper Vira‐Lata, cooperativa de reciclagem de resíduos com objetivo de trabalho de
inclusão social e geração de renda para pessoas desfavorecidas.
Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos (Oficinas Referenciadas)
Para as Oficinas Referenciadas foi desenvolvido o Programa de Gerenciamento de Resíduos
Automotivos (PGRA) que é um plano de ação preventivo/corretivo para atividades dos parceiros de
negócio da Porto Seguro que possuem alto potencial poluidor e, consequentemente, elevado risco
ambiental. Seguem abaixo os principais objetivos do Programa:
Destinar, de forma ambientalmente correta, todos os resíduos automotivos gerados nas Oficinas
Referenciadas;
Eliminar risco de imagem e poluição ambiental – multas para a rede Referenciada;
Adequação e conformidade ambiental para as Oficinas Referenciadas;
Desenvolver um programa de inclusão social e geração de trabalho e renda por meio da reciclagem –
parceria com a Cooper Vira‐Lata;
Em 2012, ampliamos o programa para mais 27 oficinas, no total, participam 37 oficinas. Os resíduos
contaminados com óleos, graxas, solventes e tintas são encaminhados para empresas especializadas. Já
as sucatas automotivas (porta, capo, rodas, etc) são encaminhados para a Cooper Vira‐Lata,
cooperativa de reciclagem de resíduos com objetivo de trabalho de inclusão social e geração de renda
para pessoas desfavorecidas.
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Programa de Coleta Seletiva
O objetivo é destinar os materiais recicláveis gerados na Corporação para reciclagem, por meio de
projetos sociais e cooperativas que realizem a venda dos materiais direto para a indústria, visando a
geração de trabalho e renda, além de possibilitar a inclusão e transformação social.
No Complexo Matriz e Sucursais Grande São Paulo os resíduos recicláveis e orgânicos são retirados por
uma empresa transportadora de resíduos. Os resíduos orgânicos são destinados para aterros sanitários
e os resíduos recicláveis são encaminhados para uma cooperativa que separa o material e vende para
indústrias recicladoras.
Em 2012, foram reciclados 30 toneladas de papel, 5 toneladas de papelão e 14 toneladas de plásticos.
Inventário de Emissões da Gases do Efeito Estufa
O Inventário é uma ferramenta utilizada para a identificação de fontes de emissão de Gases do Efeito
Estufa e contabilização da quantidade de carbono equivalente que a organização emite em suas
operações.
Em 2012, fez adesão ao Programa GHG Protocol Brasil, ferramenta mais utilizada mundialmente pelas
empresas e governos para entender, quantificar e gerenciar suas emissões, contando com capacitação
para entender melhor a ferramenta e melhorar o controle/captação dos dados.
As emissões da Porto Seguro foram divulgadas no Registro Público de Emissões
(http://www.registropublicodeemissoes.com.br/).
Perspectivas
O ano de 2012 foi marcado globalmente pelo baixo crescimento e elevado grau de incertezas na maior
parte do ano. Mais recentemente, o risco de ruptura na área do Euro foi substancialmente reduzido, da
mesma forma como uma desaceleração abrupta da economia chinesa. A perspectiva para 2013 é de
um quadro mais favorável para as economias desenvolvidas, enquanto que as economias emergentes
deverão enfrentar um quadro mais instável diante da perspectiva de início do processo (gradual) de
normalização das condições monetárias nos EUA.
No cenário doméstico, o crescimento se mostrou menor que as expectativas. O PIB deve ter encerrado
2012 com um crescimento próximo a 1,0%. A queda do investimento foi o principal fator de frustração
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do crescimento do ano passado. Para 2013 as perspectivas são apenas ligeiramente melhores, com
uma recuperação parcial do investimento e das exportações, ao passo que o consumo doméstico
deverá mostrar sinais mais evidentes de desaceleração em seu ritmo de crescimento. A inflação ao consumidor (medida pelo IPCA) apresentou alta de 5,8% em 2012, devendo encerrar este
ano em níveis similares.
Reiteramos a nossa orientação estratégica: (i) atenção da Companhia na subscrição, na gestão dos riscos e nas oportunidades; (ii) manter os esforços concentrados na modernização de processos operacionais e de gestão; (iii) fortalecimento do relacionamento com os corretores e (iv) permanente busca de inovações tecnológicas, que alteram a todo instante as formas de relacionamentos com clientes, corretores, investidores, governos e comunidade em geral. Portanto, a Companhia dará continuidade à busca de crescimento com lucratividade, mantendo subscrições conservadoras por meio de linhas produtos lucrativas em áreas geográficas favoráveis, mantendo os investimentos e a qualificação dos processos de atendimentos a corretores e clientes e a gestão de custos administrativos.
Agradecimentos
Registramos nossos agradecimentos aos corretores e segurados pelo apoio e pela confiança
demonstrados, e aos funcionários e colaboradores pela contínua dedicação. Aproveitamos também
para agradecer às autoridades ligadas às nossas atividades, em especial aos representantes da SUSEP.
São Paulo, 20 de agosto de 2013.
A Administração
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Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012
(em milhares de reais)
ATIVO Nota
explicativa
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nota
explicativa
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Circulante 4.515.690 4.537.631 Circulante 3.698.889 3.695.452
Disponível 16.834 16.603 Contas a pagar 277.590 322.984
Caixa e bancos 16.834 16.603 Obrigações a pagar 17.1 91.837 153.834
Equivalente de caixa 5 137.482 164.249 Impostos e encargos sociais a recolher 17.2 90.169 96.969
Aplicações 6.1.1 2.138.792 2.134.329 Encargos trabalhistas 17.3 67.213 48.159
Créditos das operações com seguros e resseguros 1.199.399 1.296.502 Impostos e contribuições 9.3 17.463 13.140
Prêmios a receber 7 1.194.247 1.285.918 Outras contas a pagar 17.4 10.908 10.882
Operações com seguradoras 161 161 Débitos de operações com seguros e resseguros 367.133 327.411
Operações com resseguradoras 4.991 10.423 Prêmios a restituir 946 1.012
Outros créditos operacionais 7.2 286.927 226.523 Operações com seguradoras 300 291
Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 57.748 48.606 Operações com resseguradoras 23.106 33.707
Títulos e créditos a receber 110.759 97.904 Corretores de seguros e resseguros 325.175 290.114
Títulos e créditos a receber 8 39.717 39.876 Outros débitos operacionais 17.606 2.287
Créditos tributários e previdenciários 9.1 2.806 9.632 Depósitos de terceiros 19 64.896 53.192
Outros créditos 11 68.236 48.396 Provisões técnicas ‐ seguros 2.989.270 2.991.865
Outros valores e bens 12 52.110 50.590 Danos 20.1 2.781.225 2.805.963
Bens a venda 38.054 34.335 Pessoas 20.2 152.302 149.720
Outros valores 14.056 16.255 Vida individual 20.3 55.743 36.182
Despesas antecipadas 17.641 5.969
Custos de aquisição diferidos 13 497.998 496.356 Passivo não circulante 2.283.065 2.216.578
Seguros 497.998 496.356
Contas a pagar 103.052 103.390
Ativo não circulante 3.283.474 3.200.721 Obrigações a pagar 17.1 32.677 32.810
Tributos diferidos 9.2.2 70.375 70.580
Realizável a longo prazo 1.651.872 1.559.833 Provisões técnicas ‐ seguros 18.361 17.448
Aplicações 6.1.1 5.828 2.047 Danos 20.1 17.784 17.056
Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 865 1.296 Pessoas 20.2 349 392
Títulos e créditos a receber 1.641.264 1.552.467 Vida individual 20.3 228 ‐
Títulos e créditos a receber 8 4.217 10.635 Outros débitos 2.161.652 2.095.740
Créditos tributários e previdenciários 9.1 679.098 646.103 Provisões judiciais 21 2.161.652 2.095.740
Depósitos judiciais e fiscais 10 952.270 892.635
Outros créditos operacionais 11 5.679 3.094 Patrimônio líquido 22 1.817.210 1.826.322
Despesas antecipadas 30 388 Capital social 800.000 750.000
Custos de aquisição diferidos 13 3.885 3.635 Aumento de capital (em aprovação) 30.000 50.000
Seguros 3.885 3.635 Reservas de capital ‐ 10.631
Reservas de reavaliação 93.845 94.507
Investimentos 381.382 501.312 Reservas de lucros 758.745 912.231
Participações societárias 14 381.354 501.284 Ajustes de avaliação patrimonial 8.741 8.953
Outros investimentos 28 28 Lucros acumulados 125.879 ‐
Imobilizado 15 1.035.553 954.695
Imóveis de uso próprio 617.983 592.882
Bens móveis 175.301 178.518
Outras imobilizações 242.269 183.295
Intangível 214.667 184.881
Outros intangíveis 16 214.667 184.881
TOTAL DO ATIVO 7.799.164 7.738.352 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 7.799.164 7.738.352
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
14
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações dos resultados
Semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(em milhares de reais, exceto para informações sobre lucro por ação)
Nota
explicativa 2013 2012
Prêmios emitidos 2.658.151 2.255.258
Variações das provisões técnicas de prêmios 23 (60.146) (22.573)
Prêmios ganhos 24 2.598.005 2.232.685
Receita com emissão de apólices 4.249 108.748
Sinistros ocorridos 25 (1.234.612) (1.183.809)
Custos de aquisição 26 (566.626) (530.050)
Outras receitas e despesas operacionais 27 (133.518) (154.183)
Resultado com resseguro (2.324) 3.500
Receita com resseguro 23.730 22.182
Despesa com resseguro (26.054) (18.682)
Despesas administrativas 28 (472.478) (447.586)
Despesas com tributos 29 (69.584) (61.037)
Resultado financeiro 30 85.651 145.465
Resultado patrimonial 31 17.879 66.010
Resultado operacional 226.642 179.743
Ganhos com ativos não correntes (145) 1.272
Resultado antes dos impostos e participações 226.497 181.015
Imposto de renda 9.4 (45.788) (20.544)
Contribuição social 9.4 (27.892) (11.662)
Participações sobre o lucro (27.600) (35.109)
Lucro líquido do semestre 125.217 113.700
Quantidade de ações (mil) 440.165 427.921
Lucro líquido por ação ‐ R$ 0,28 0,27
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
15
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações de resultado abrangente
Semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(em milhares de reais)
2013 2012
Lucro líquido do semestre 125.217 113.700
Outros lucros abrangentes (212) (691)
Ajustes de títulos e valores mobiliários (4.137) (1.783)
Efeitos tributários sobre ajustes de títulos e valores mobiliários (40%) 1.655 713
Ajustes acumulados de conversão 3.783 632
Efeitos tributários sobre ajustes acumulados de conversão (40%) (1.513) (253)
Total dos lucros abrangentes para o semestre, líquido dos efeitos tributários 125.005 113.009
Atribuível a
Acionistas da Companhia 125.005 113.009
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
16
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(em milhares de reais)
Capital Lucros
social Capital Reavaliação Lucros acumulados Total
Saldos em 31 de dezembro de 2011 680.000 50.000 10.631 96.923 730.589 4.046 ‐ 1.572.189 Aumento de capital: AGO/E de 30/03/2012 22 a ‐ 20.000 ‐ ‐ (20.000) ‐ ‐ ‐ Portaria SUSEP nº 4.578 de 08/05/2012 22 a 50.000 (50.000) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Reserva de reavaliação:
Realização 22 b ‐ ‐ ‐ (1.754) ‐ ‐ 1.754 ‐
Ajustes de avaliação patrimonial ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ (691) ‐ (691)
Resultado líquido do semestre ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 113.700 113.700
Saldos em 30 de junho de 2012 730.000 20.000 10.631 95.169 710.589 3.355 115.454 1.685.198
Saldos em 31 de dezembro de 2012 750.000 50.000 10.631 94.507 912.231 8.953 ‐ 1.826.322 Aumento de capital: AGO/E de 28/03/2013 22 a ‐ 30.000 (10.631) ‐ (19.369) ‐ ‐ ‐ Portaria SUSEP nº 5.152 de 15/02/2013 22 a 50.000 (50.000) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Reserva de reavaliação:
Realização 22 b ‐ ‐ ‐ (662) ‐ ‐ 662 ‐
Ajustes de avaliação patrimonial ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ (212) ‐ (212)
Dividendos adicionais 22 d ‐ ‐ ‐ ‐ (134.117) ‐ ‐ (134.117)
Resultado líquido do semestre ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 125.217 125.217
Saldos em 30 de junho de 2013 800.000 30.000 ‐ 93.845 758.745 8.741 125.879 1.817.210
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Reservas deNota
explicativa
Aumento de
capital em
aprovação
Outros
resultados
abrangentes
17
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações dos fluxos de caixa
Semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(em milhares de reais)
2013 2012
Atividades operacionais
Recebimentos de prêmios de seguro, contribuições de previdencia e taxas de gestão e outras 2.655.422 2.427.201
Outros recebimentos operacionais (salvados, ressarcimentos e outros) 321.401 273.401
Pagamentos de sinistros, benefícios, resgates e comissões (1.917.922) (1.796.893)
Repasses de prêmios por cessão de riscos 2.803 5
Pagamentos de despesas com operações de seguros e resseguros (21.688) (10.203)
Pagamentos de despesas e obrigações (480.051) (536.879)
Pagamento de indenizações e despesas em processos judiciais (73.908) (67.396)
Outros pagamentos operacionais (373) (358)
Recebimentos de juros e dividendos 155.124 7.152
Constituição de depósitos judiciais (112.844) (12.024)
Resgates de depósitos judiciais 6.646 2.430
Pagamentos de participações nos resultados (69.429) (58.398)
Caixa gerado pelas operações 465.181 228.038
Impostos e contribuições pagos: (268.292) (228.990)
Investimentos financeiros:
Aplicações (875.816) (1.253.140)
Vendas e resgates 947.888 1.007.875
Caixa líquido gerado/(consumido) nas atividades operacionais 268.961 (246.217)
Atividades de investimento
Pagamento pela compra de:
Imobilizado (152.289) (137.752)
Intangível (9.395) (17.271)
Recebimento pela venda de:
Imobilizado 304 2.674
Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (161.380) (152.349)
Atividades de financiamento
Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio (134.117) ‐
Outros ‐ (13.000)
Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento (134.117) (13.000)
Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (26.536) (411.566)
Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 180.852 623.313
Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 154.316 211.747
Aumento/(diminuição) nas aplicações financeiras ‐ recursos livres 231.218 (106.977)
Conciliação do lucro líquido do semestre com fluxo de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido do semestre 125.217 113.700
Aumento/(diminuição) dos itens que não afetam caixa 28.289 (32.943)
Depreciação e amortizações 44.679 33.399
Perda por redução do valor recuperável dos ativos (256) 2.958
Ganho na alienação de imobilizado e intangível (1.751) (6.197)
Resultado de equivalência patrimonial (14.383) (63.103)
Aumento/(redução) de ativos 45.743 (331.929)
Aumento de passivos 69.712 4.955
Caixa líquido gerado/(consumido) nas atividades operacionais 268.961 (246.217)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 18
Demonstrações do valor adicionado
Semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(em milhares de reais)
2013 2012
Receitas 2.658.177 2.254.697
Receitas com operações de seguros (*) 2.658.151 2.255.258
Outras 1.515 3.738
Redução ao valor recuperável (1.489) (4.299)
Variações das provisões técnicas (73.357) (31.289)
Operações de seguros (*) (73.357) (31.289)
Receita líquida operacional 2.584.820 2.223.408
Benefícios e sinistros (1.210.915) (1.161.628)
Sinistros (*) (1.210.915) (1.161.628)
Insumos adquiridos de terceiros (774.244) (663.359)
Materiais, energia e outros (107.297) (29.354)
Serviços de terceiros, comissões líquidas (*) (684.097) (640.703)
Variação das despesas de comercialização diferidas 18.810 9.164
Perda de valores ativos (1.660) (2.466)
Valor adicionado bruto 599.661 398.421
Depreciação e amortização (44.679) (33.399)
Valor adicionado líquido produzido pela entidade 554.982 365.022
Valor adicionado recebido/cedido em transferência 142.254 254.818
Receitas financeiras 140.637 197.802
Resultado de equivalência patrimonial 14.383 63.103
Outras (12.766) (6.087)
Valor adicionado total a distribuir 697.236 619.840
Distribuição do valor adicionado 697.236 619.840
Pessoal 320.029 306.051
Remuneração direta 200.057 180.485
Benefícios 105.157 112.136
F.G.T.S 14.815 13.430
Impostos, taxas e contribuições 199.158 143.572
Federais 195.570 140.269
Municipais 3.588 3.303
Remuneração de capitais de terceiros 52.832 56.517
Juros 38.724 43.342
Aluguéis 14.108 13.175
Remuneração de capitais próprios 125.217 113.700
Lucros retidos do semestre 125.217 113.700
(*) Os valores apresentados estão líquidos de resseguro.
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
19
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 30 de junho de 2013 (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1. Contexto operacional
A Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais (“Companhia”) é uma sociedade por ações de
capital fechado constituída em 06 de setembro de 1945, autorizada a operar pelo Decreto nº
20.138 de 06 de dezembro de 1945, localizada na Av. Rio Branco, 1.489 em São Paulo (SP) ‐
Brasil. Tem por objeto social a exploração de seguros de danos, pessoas e vida individual em
qualquer das suas modalidades ou formas conforme definido na legislação vigente, operando
por meio de sucursais em todo território nacional. A Companhia é uma controlada direta da
Porto Seguro S.A. a qual possui ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, sob a
sigla PSSA3.
2. Resumo das principais políticas contábeis
As principais políticas contábeis utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
intermediárias estão demonstradas a seguir. Essas políticas foram aplicadas consistentemente
para todos os períodos comparativos apresentados, exceto quando indicado o contrário.
2.1 Base de preparação
A elaboração das demonstrações financeiras intermediárias requer que a Administração use
julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Os ativos e passivos
significativos sujeitos a essas estimativas e premissas envolvem, entre outros, determinação
do valor justo de ativos e passivos, provisão para redução ao valor recuperável de créditos
(“impairment”), imposto de renda e contribuição social diferidos, provisões técnicas e
provisões para processos judiciais. A liquidação das transações que envolvem essas estimativas
poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes
ao processo de sua determinação.
A Companhia revisa essas estimativas e premissas periodicamente (vide nota explicativa nº 3).
As demonstrações financeiras intermediárias foram preparadas segundo a premissa de
continuação dos negócios da Companhia em curso normal.
A emissão destas demonstrações financeiras intermediárias foi autorizada pela Administração
em 20 de agosto de 2013.
20
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.1.1 Demonstrações financeiras intermediárias
As demonstrações financeiras intermediárias da Companhia foram elaboradas e estão sendo
apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades
supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados ‐ SUSEP, com base nas disposições
contidas na Lei das Sociedades por Ações, e normas expedidas pelo Conselho Nacional de
Seguros Privados ‐CNSP e pela SUSEP , segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas
instituído pela Circular SUSEP nº 464/13, e de acordo também com as práticas contábeis
expedidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ‐ CPC, aprovadas pela SUSEP, no que
não contrariam as disposições contidas nesta circular. Essas demonstrações financeiras
seguem os princípios de “demonstrações intermediárias”, de acordo com o CPC 21.
As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia e suas controladas não estão sendo
apresentadas para a data base 30 de junho de 2013, conforme facultado pela SUSEP. Contudo,
as demonstrações financeiras consolidadas do grupo Porto Seguro foram apresentadas pela
sua controladora Porto Seguro S.A., conforme CPC 36 – Demonstrações Consolidadas.
2.1.2 Normas e alterações de normas
O CNSP emitiu a Resolução CNSP nº 264/12 que extinguiu a cobrança dos custos de apólice
separada do prêmio. A receita com tais custos totalizaram R$ 89.729 no 1º semestre de 2012,
registrada na rubrica “Receita com emissão de apólices” na Demonstração do Resultado. Em
2013, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 462/13 que dispõe sobre a forma de cálculo e os
procedimentos para a constituição das provisões técnicas do mercado segurador. A Provisão
de Prêmios não Ganhos ‐ PPNG passou a ser calculada líquida da parcela do prêmio definida
como receita destinada à recuperação dos custos iniciais de contratação. O montante de
receita registrada no semestre decorrente de tal alteração foi de R$ 81.512, registrada na
rubrica “Prêmios emitidos” na Demonstração do Resultado.
Essa mesma Circular dispõe sobre a forma de cálculo e os procedimentos para a constituição
das provisões técnicas, para o qual, qualquer insuficiência resultante do teste de adequação de
passivos ‐ TAP, passou a ser registrada como provisão complementar de cobertura ‐ PCC, bem
como, determinou que outras provisões técnicas, não relacionadas como àquelas a serem
constituídas para a garantia de suas operações, sejam transferidas para passaram o grupo de
Outras Provisões Técnicas ‐ OPT. A Companhia efetuou as transferências dos saldos de R$
11.712 da Provisão de Oscilação de Riscos – POR, de R$ 1.270 da Provisão de Obrigações Legais
– POL e de R$ 4.520 da Provisão de Insuficiência de Prêmio – PIP para o grupo de Outras
Provisões Técnicas ‐ OPT, bem como a reversão da Provisão da Provisão Complementar de
Prêmios ‐ PCP no montante de R$ 24 (líquido de efeitos tributários).
Também foram emitidas pelo CNSP, resoluções sobre as necessidades mínimas de capital para
o mercado segurador. As exigências de capital da Companhia estão apresentadas na nota
explicativa nº 4.3.
21
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.1.2.1 Reclassificações
Os balanços patrimoniais de 31 de dezembro de 2012, bem como as demonstrações dos
resultados de 2012, foram ajustados nos seguintes itens, em atendimento à Circular SUSEP
464/13:
Publicado
31/12/2012
Reclas‐
sificação
Reapresen‐
tado
31/12/2012
Ativo
Prêmios a receber (i) 1.261.463 24.455 1.285.918
Custos de aquisição diferidos ‐
circulante (i) 482.361 13.995 496.356 Crédito tributário e previdenciário (i i) 130.572 (120.940) 9.632
Passivo
Débitos de operações com seguros e
resseguros (i) 313.416 13.995 327.411
Depósitos de terceiros (i) 55.605 (2.413) 53.192
Provisões técnicas ‐ seguros ‐
circulante (i) 2.964.997 26.868 2.991.865
Impostos e contribuições (i i) 134.080 (120.940) 13.140
Publicado
30/06/2012
Reclas‐
sificação
Reapresen‐
tado
30/06/2012
Resultado
Prêmios emitidos (i) 2.225.258 30.000 2.255.258
Variações das provisões técnicas de
prêmios (i) 7.427 (30.000) (22.573)
(i) Refere‐se à alteração do fato gerador das receitas das seguradoras, sendo os prêmios emitidos, a partir desta
alteração, contabilizados a partir da emissão das apólices. Anteriormente o fato gerador era a vigência do risco,
assim as apólices emitidas antes da vigência eram registradas em contas de compensação.
(ii) Refere‐se à alteração no plano de contas do mercados segurador, onde as antecipações de imposto de renda e
contribuições social passaram a ser contabilizados como redutores dos respectivos passivos.
2.2 Conversão de moeda estrangeira
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação
As demonstrações financeiras da Companhia são apresentadas em reais (R$), que é sua moeda
funcional e de apresentação. Para determinação da moeda funcional é observada a moeda do
principal ambiente econômico em que a Companhia opera.
(b) Transações e saldos em moeda estrangeira
As transações denominadas em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da
Companhia utilizando‐se as taxas de câmbio da data das transações. Ganhos ou perdas de
22
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
conversão de saldos, denominados em moeda estrangeira, resultantes da liquidação de tais
transações e da conversão de saldos na data de fechamento de balanço são reconhecidos no
resultado do período, exceto quando reconhecidos no patrimônio como resultado de itens de
operação no exterior caracterizada como investimento no exterior.
O resultado e o balanço patrimonial da controlada Porto Uruguai (cuja moeda funcional é o
peso uruguaio) são convertidos para a moeda de apresentação da Companhia da seguinte
forma: (i) ativos e passivos são convertidos pela taxa de câmbio de fechamento da data de
encerramento do balanço; (ii) receitas e despesas são convertidas pela taxa de câmbio média
do período (exceto se a média dessa taxa não corresponder a uma aproximação razoável para
tal propósito); e (iii) todas as diferenças de conversão de balanço dessa controlada são
referidas como um componente separado do patrimônio líquido.
2.3 Caixa e equivalentes de caixa
Incluem os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com
vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor.
2.4 Ativos financeiros
(a) Classificação e mensuração
A Administração da Companhia determina a classificação de seus ativos financeiros no seu
reconhecimento inicial. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros
foram adquiridos/constituídos, os quais são classificados nas seguintes categorias:
(i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado – Títulos para
negociação
A Companhia classifica nesta categoria os ativos financeiros cuja finalidade e estratégia de
investimento são manter negociações ativas e frequentes. Os ganhos ou as perdas decorrentes
de variações do valor justo são registrados imediatamente e apresentados na demonstração
do resultado em “resultado financeiro” no período em que ocorrem. Os ativos desta categoria
são, em geral, classificados como ativos circulantes.
Durante o período de divulgação a Companhia não detinha instrumentos financeiros
derivativos e não identificou derivativos embutidos em seus contratos de seguros.
(ii) Empréstimos e recebíveis
Incluem‐se nesta categoria os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com
pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os recebíveis da
Companhia compreendem prêmios a receber de segurados, recebíveis de resseguro e demais
contas a receber. Os recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da
23
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
taxa efetiva de juros, e são avaliados por “impairment” (recuperação) a cada data de balanço
(vide nota explicativa nº 2.6(a)).
(b) Determinação de valor justo de ativos financeiros
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são registrados com base em preços
de negociação. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia
estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de
operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são
substancialmente similares, fazendo o maior uso possível de informações geradas pelo
mercado e o mínimo possível de informações geradas pela Administração.
2.5 Avaliação de ativos de contratos de resseguro
Os ativos de resseguro são representados por valores a receber de resseguradores e valores
das provisões técnicas de resseguro (ativo) a curto e longo prazos. Os ativos de resseguro são
avaliados consistentemente com os saldos associados aos passivos de seguro que foram objeto
de resseguro e conforme os termos e as condições de cada contrato. Os valores a serem pagos
a resseguradores são compostos substancialmente por prêmios pagáveis em contratos de
cessão de risco. Quaisquer ganhos ou perdas originados na contratação inicial de resseguro
são amortizados durante o período de vigência do risco dos contratos.
A Companhia verifica a recuperabilidade dos ativos de resseguro regularmente e, no mínimo, a
cada data de balanço. Quando há evidência objetiva de “impairment”, a Companhia reduz o
valor contábil do ativo de resseguro ao seu valor estimado de recuperação e reconhece
imediatamente qualquer perda no resultado do período.
As perdas por “impairment” são avaliadas utilizando‐se metodologia similar àquela aplicada
para ativos financeiros (vide nota explicativa nº 2.6). Essa metodologia também leva em
consideração disputas e casos específicos que são analisados pela Administração quanto à
documentação e ao trâmite do processo de recuperação com os resseguradores.
2.6 Análise de recuperabilidade de ativos financeiros e não financeiros (“impairment”)
(a) Ativos financeiros avaliados ao custo amortizado (prêmios a receber de segurados)
A Companhia avalia constantemente se há evidência de que um determinado ativo classificado
na categoria de empréstimos e recebíveis (ou grupo de ativos) esteja deteriorado (“impaired”).
Caso um ativo financeiro seja considerado deteriorado, a Companhia somente registra a perda
no resultado do período se houver evidência objetiva de perda como resultado de um ou mais
eventos que ocorram após a data inicial de reconhecimento do ativo financeiro e se o valor da
perda puder ser mensurado com confiabilidade pela Administração. As perdas são registradas
e controladas em uma conta retificadora do ativo financeiro. Para a análise de “impairment”, a
Companhia utiliza diversos fatores observáveis que incluem:
24
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Base histórica de perdas e inadimplência.
Quebra de contratos, como inadimplência ou atraso nos pagamentos de juros ou
principal.
Para avaliação de “impairment” de ativos financeiros classificados nesta categoria a
Companhia utiliza a metodologia de perda incorrida, que considera a existência de evidência
objetiva de “impairment” para ativos individualmente significativos. Se for considerado que
não existe tal evidência, a Companhia o inclui em um grupo de ativos com características de
risco de crédito similares (“ratings” internos, tipos de contrato de seguro, entre outros) e os
testa em uma base agrupada. Para o teste agrupado a Companhia utiliza a metodologia
conhecida como “Roll Rate Model”. Os ativos individualmente significativos que são avaliados
por “impairment” em uma base individual não são incluídos na base de cálculo de impairment
agrupado.
Os estudos econômicos de perda realizados consideram emissões feitas em períodos
anteriores e eliminam eventos de cancelamento de apólices não diretamente associados com
perdas originadas por fatores de risco de crédito, como cancelamentos, baixa dos ativos por
sinistros, emissões incorretas ou modificações de apólices solicitadas por corretores que
resultam na baixa do ativo.
(b) Ativos não financeiros
Os ativos que estão sujeitos à depreciação e amortização são revisados para a verificação de
“impairment” sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor
contábil pode não ser recuperável. Uma perda é reconhecida no valor pelo qual o valor
contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor
justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do
“impairment” os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de
caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa ‐ UGC). Os ativos não
financeiros, exceto o ágio, que tenham sofrido “impairment” são revisados subsequentemente
para a análise de uma possível reversão do “impairment”.
2.7 Direito de comercialização
A Companhia adquiriu certos direitos de comercialização de seus produtos em diversos canais
de vendas nas atividades comerciais de varejo. O valor pago por esses direitos, acrescido dos
custos diretos incrementais da transação, foi contabilizado pela Companhia como ativo
intangível de vida útil definida e amortizado pelo prazo contratual.
2.8 Custo de aquisição diferido (DAC)
As comissões e os outros custos de angariação são registrados na conta do ativo “Custos de
aquisição diferidos” e apropriados ao resultado de acordo com o prazo de vigência das
25
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
apólices. O DAC é considerado no teste de adequação dos passivos de seguros, segundo o CPC
11 ‐ vide política contábil 2.15.2.
2.9 Participações societárias
A Companhia possui investimentos em sociedades controladas, avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial. Considera‐se controlada a sociedade na qual a Companhia é titular
de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a preponderância nas
deliberações financeiras e operacionais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Outras participações societárias são registradas pelo custo e avaliadas por “impairment”
conforme nota explicativa 2.6 (b).
2.10 Ativos intangíveis
Os softwares (licenças de programas de computador) e os sistemas de computadores
adquiridos são reconhecidos como ativos intangíveis e amortizados conforme sua vida útil. Os
gastos associados à manutenção são reconhecidos como despesas quando incorridos.
Os gastos com aquisição e implantação de softwares e sistemas são reconhecidos como ativo
quando há evidências de geração de benefícios econômicos futuros, considerando sua
viabilidade econômica. Os gastos com desenvolvimento de software reconhecidos como ativos
são amortizados pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. As despesas
relacionadas à manutenção de software são reconhecidas no resultado do período quando
incorridas.
Também são contabilizados como ativos intangíveis os gastos relacionados a marcas e
patentes, reconhecidos pelo valor justo na data da aquisição, com vida útil definida.
2.11 Ativo imobilizado de uso próprio
Compreende imóveis de uso próprio, equipamentos, móveis, máquinas e utensílios e veículos
utilizados na condução dos negócios da Companhia. O imobilizado de uso é demonstrado ao
custo histórico. O custo do ativo imobilizado é reduzido por depreciação acumulada do ativo
(exceto para terrenos que não são depreciados) até a data das demonstrações financeiras. O
custo histórico desse ativo compreende gastos diretamente atribuíveis para a aquisição dos
itens capitalizáveis a fim de que o ativo esteja em condições de uso.
Gastos subsequentes são capitalizados ao valor contábil do ativo imobilizado ou reconhecidos
como um componente separado do ativo imobilizado somente quando é provável que
benefícios futuros econômicos associados com o item do ativo fluirão para a Companhia e o
custo do ativo possa ser avaliado com confiabilidade. Todos os outros gastos de reparo ou
manutenção são registrados no resultado do período conforme incorridos.
26
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
A depreciação do ativo imobilizado é calculada segundo o método linear e conforme o período
de vida útil estimada dos ativos. As taxas de depreciação utilizadas pela Companhia estão
divulgadas na nota explicativa nº 15.
O valor residual e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se necessário, a cada data de
balanço. O valor contábil de um item do ativo imobilizado é baixado imediatamente se o valor
recuperável do ativo for inferior ao valor contábil do ativo.
2.12 Contratos de arrendamento mercantil (“leasing”)
A classificação dos contratos de arrendamento mercantil é realizada no momento da sua
contratação. A Companhia possui contratos de arrendamento nos quais uma parcela
significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador e, portanto, são
classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para
arrendamentos operacionais são registrados como despesa do período pelo método linear
durante o período do arrendamento.
2.13 Ativos não financeiros mantidos para a venda
A Companhia detém certos ativos que são mantidos para a venda como estoques de bens
salvados recuperados após o pagamento de sinistros aos segurados. Esses ativos são avaliados
ao valor realizável, líquido das despesas que são de responsabilidade do comprador, como
despesas de leilão do bem.
Quando a Companhia elabora o Teste de Adequação dos Passivos ‐ TAP de contratos de
seguros, as recuperações estimadas de salvados referentes aos pagamentos futuros de
sinistros (não incluindo os ativos recuperados que se encontram em estoque de salvados na
data‐base do teste) são consideradas como um elemento do fluxo de caixa (vide nota
explicativa nº 2.15.2).
2.14 Contratos de seguro e contratos de investimento ‐ classificação
A Companhia emite diversos tipos de contratos de seguros gerais que transferem riscos
significativos de seguro e financeiro ou ambos. Como guia geral, a Companhia define risco
significativo de seguro como a possibilidade de pagar benefícios significativos aos segurados na
ocorrência de um evento de seguro (com substância comercial). Os contratos de resseguro
também são classificados segundo os princípios de transferência de risco de seguro do CPC 11
– Contratos de Seguros.
Os contratos de assistência a segurados nos quais a Companhia contrata prestadores de
serviços ou utiliza funcionários próprios para prestação de serviços, como serviços a
residências, automóveis e assistência 24 horas, entre outros, também são avaliados para fins
de classificação de contratos e são classificados como contratos de seguro quando há
transferência significativa de risco de seguro entre as contrapartes no contrato.
27
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Na data de reporte a Companhia não identificou contratos classificados como contratos de
investimento.
2.15 Passivos de contratos de seguros
2.15.1 Avaliação de passivos originados de contratos de seguro
A Companhia utilizou as diretrizes do CPC 11 para avaliação dos contratos de seguro e aplicou
as regras de procedimentos mínimos para avaliação de contratos de seguro, como: (i) teste de
adequação de passivos; (ii) avaliação de nível de prudência utilizado na avaliação de contratos
de seguro, entre outras políticas aplicáveis.
A Companhia não aplicou os princípios de “Shadow Accounting” (contabilidade reflexa), já que
não dispõe de contratos cuja avaliação dos passivos ou benefícios aos segurados seja
impactada por ganhos ou perdas não realizados de títulos classificados como disponíveis para
a venda. Adicionalmente, a Companhia não identificou situações em que tenha utilizado
excesso de prudência, conforme definido pelo CPC, na avaliação de contratos de seguro.
As provisões técnicas são constituídas de acordo com as orientações do CNSP e da SUSEP,
cujos critérios, parâmetros e fórmulas são documentados em Notas Técnicas Atuariais ‐ NTA,
descritas resumidamente a seguir:
(a) A Provisão de Prêmios Não Ganhos ‐ PPNG é calculada “pro rata” dia, para os seguros
de danos e seguros de pessoas, com base nos prêmios emitidos, calculada líquida da
parcela do prêmio definida como receita destinada à recuperação dos custos iniciais
de contratação e tem por objetivo provisionar a parcela destes, correspondente ao
período de risco a decorrer contado a partir da data‐base de cálculo.
(b) A Provisão de Prêmios Não Ganhos de Riscos Vigentes mas Não Emitidos ‐ PPNG‐RVNE
é calculada, para os seguros de danos e seguros de pessoas, de acordo com
metodologia específica descrita em NTA e tem como objetivo estimar a parcela de
prêmios não ganhos, referentes aos riscos assumidos pela seguradora, cujas vigências
já se iniciaram e que estão em processo de emissão.
(c) A Provisão de Sinistros a Liquidar ‐ PSL (administrativa e judicial) é constituída com
base na estimativa dos valores a indenizar efetuada por ocasião do recebimento do
aviso de sinistro, bruta dos ajustes de resseguro e líquida de cosseguro. É constituída
provisão adicional para sinistros a liquidar (IBNeR) com o objetivo de estimar os
valores dos ajustes que os sinistros avisados sofrerão ao longo dos respectivos
processos de análise até sua liquidação. Essa provisão é calculada através de técnicas
estatísticas e atuariais descritas em NTA com base no desenvolvimento histórico de
sinistros, para os seguros de danos e seguros de pessoas.
(d) A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ‐ IBNR é constituída para
pagamento dos sinistros que já ocorreram, mas que ainda não foram avisados à
28
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
seguradora até data base de apuração, e é calculada através de técnicas estatísticas e
atuariais descritas em NTA com base no comportamento histórico observado entre a
data da ocorrência do sinistro e a data do seu registro na seguradora, para os seguros
de danos e de pessoas. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados do ramo
DPVAT (seguro obrigatório) é constituída conforme determina a Resolução CNSP nº
192/08, alterada pela Resolução CNSP nº 215/10.
(e) As Outras Provisões Técnicas – OPT representam todas as provisões constituídas, que
não se enquadram no rol de provisões destacadas na Resolução CNSP nº 281/2013,
com autorização concedida pela SUSEP. São calculadas com base em metodologia
própria, prevista em NTA. Correspondem ao valor agregado das seguintes provisões
técnicas: Provisão de Obrigações Legais (Vida) ‐ POL e Provisão de Oscilação de Riscos ‐
POR.
(f) A Provisão de Despesas Relacionadas ‐ PDR (anteriormente denominada Provisão de
Despesas Administrativas ‐ PDA) é constituída com o objetivo de cobertura de déficit
administrativo, com base nos recursos originados dos resultados administrativos
apurados mensalmente do Convênio DPVAT.
2.15.2 Teste de adequação dos passivos (TAP)
Conforme requerido pelo CPC 11 e disposto na Circular SUSEP nº 457/12, em cada data de
balanço a Companhia elabora o TAP (ou “Liability Adequacy Test” ‐ LAT) para todos os
contratos vigentes na data de execução do teste, exceto DPVAT. Esse teste é elaborado
considerando‐se como valor líquido contábil todos os passivos de contratos de seguro,
deduzidos dos custos de aquisição diferidos (ativo). Para o teste, a Companhia elaborou uma
metodologia que considera a sua melhor estimativa de todos os fluxos de caixa futuros, que
também incluem as despesas incrementais e de liquidação de sinistros, utilizando‐se premissas
correntes. Para determinação das estimativas dos fluxos de caixa futuros, os contratos são
agrupados por similaridades (ou características de risco similares). Os fluxos de caixa são
trazidos a valor presente a partir de premissas de taxas de juros livres de risco.
Caso seja identificada qualquer insuficiência no TAP, a Companhia registra a perda
imediatamente como uma despesa no resultado do período, constituindo provisões adicionais
aos passivos de seguro já registrados na data do teste, na rubrica de PCC.
Alguns contratos permitem que a Companhia adquira a titularidade sobre o ativo ou o direito
de venda do ativo danificado que tenha sido recuperado (tal como salvados). A Companhia
também tem o direito contratual de buscar ou cobrar ressarcimentos de terceiros, como sub‐
rogação de direitos para pagamentos de danos parciais ou totais cobertos em um contrato de
seguro. Consequentemente, estimativas de recuperação de salvados e de reembolsos
originados de sub‐rogação de direitos são incluídas como um redutor na avaliação (estimativa
do fluxo de pagamentos dos contratos de seguros) e, consequentemente, na execução do TAP.
29
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Quando o ativo é recuperado em data subsequente à ocorrência do sinistro, a Companhia
classifica o ativo na categoria de “bens à venda”. Para os ramos de risco decorrido, a
Companhia leva em consideração os prêmios ganhos observados, para efetuar a melhor
estimativa de receita de prêmios no período subsequente à data‐base de cálculo.
Como conclusão dos testes realizados não foram encontradas insuficiências em nenhum dos
agrupamentos analisados, para os períodos apresentados.
2.16 Demais passivos
Fornecedores e outras contas a pagar são mensurados pelo valor de custo e acrescidos de
encargos e atualizações incorridas até a data do balanço, quando aplicáveis.
2.17 Benefícios a empregados
A Companhia patrocina o plano Portoprev, que é classificado como um plano de contribuição
definida. Adicionalmente, a Companhia oferece benefícios pós‐emprego de seguro‐saúde,
seguro de vida e benefícios calculados com base em uma política que atribui uma pontuação
para seus funcionários conforme o período de prestação de serviços e a idade. O passivo para
tais obrigações foi calculado por meio de metodologia atuarial específica que leva em
consideração taxas de rotatividade de funcionários, taxas de juros para a determinação do
custo de serviço corrente e custo de juros. Outros benefícios demissionais, como multa ou
provisões ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ‐ FGTS, também foram calculados
segundo essa metodologia para os funcionários já aposentados, para os quais esse direito já
tenha sido estabelecido.
As demais provisões trabalhistas são calculadas segundo normas e leis trabalhistas em vigor na
data de preparação das demonstrações financeiras e são registradas segundo o regime de
competência e conforme os serviços são prestados pelos funcionários.
2.18 Provisões judiciais, ativos e passivos contingentes
A Companhia reconhece uma provisão somente quando existe uma obrigação presente (legal
ou de responsabilidade social) como resultado de um evento passado, quando é provável que
o pagamento de recursos será requerido para liquidar a obrigação e quando a estimativa pode
ser feita de forma confiável para a provisão. Quando alguma dessas características não é
atendida, não é reconhecida uma provisão.
As provisões são constituídas para fazer face a desembolsos futuros que possam decorrer de
ações judiciais em curso, de natureza cível, fiscal e trabalhista. As constituições baseiam‐se em
uma análise individualizada, efetuada pelos assessores jurídicos da Companhia, dos processos
judiciais em curso e das perspectivas de resultado desfavorável implicando um desembolso
futuro. Os tributos, cuja exigibilidade está sendo questionada na esfera judicial, são registrados
levando‐se em consideração o conceito de “obrigação legal”.
30
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
As obrigações legais (fiscais e previdenciárias) decorrem de processos judiciais relacionados a
obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade,
que, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de êxito, têm seus montantes
reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras e são atualizadas monetariamente
pela taxa SELIC. Os depósitos judiciais são apresentados no ativo não circulante e também são
atualizados monetariamente.
2.19 Reconhecimento de receitas
2.19.1 Prêmio de seguro e resseguro
As receitas de prêmio dos contratos de seguro são reconhecidas proporcionalmente e ao longo
do período de cobertura do risco das respectivas apólices, por meio da constituição/reversão
da PPNG (vide nota explicativa nº 2.15.1 (a)). O Imposto sobre Operações Financeiras ‐ IOF a
recolher, incidente sobre os prêmios a receber, é registrado no passivo da Companhia e é
retido e recolhido simultaneamente no recebimento do prêmio.
As despesas de resseguro cedido são reconhecidas de acordo com o reconhecimento do
respectivo prêmio de seguro (resseguro proporcional) e/ou de acordo com o contrato de
resseguro (resseguro não proporcional).
2.19.2 Receita de juros e dividendos recebidos
As receitas de juros de instrumentos financeiros são reconhecidas no resultado do período,
segundo o método do custo amortizado e pela taxa efetiva de retorno. Quando um ativo
financeiro é reduzido como resultado de perda por “impairment”, a Companhia reduz o valor
contábil do ativo ao seu valor recuperável, correspondente ao valor estimado dos fluxos de
caixa futuros, descontado pela taxa efetiva de juros, e continua reconhecendo juros sobre
esses ativos financeiros como receita de juros no resultado do período.
Quando há juros cobrados sobre o parcelamento de prêmios de seguros, estes são apropriados
no resultado conforme seu recebimento.
As receitas de dividendos de investimentos em ativos financeiros representados por
instrumentos de capital (ações) são reconhecidas no resultado quando o direito a receber o
pagamento do dividendo é estabelecido.
2.19.3 Programas de fidelidade
A Companhia avalia situações em que os contratos de seguro vendidos apresentem
componentes de valor financeiro significativo nos quais uma porção da receita ou o prêmio
tenham sido majorados em sua precificação para cobrir diversos benefícios que podem ser
utilizados pelos clientes em estabelecimentos de terceiros, ao longo da vigência dos contratos.
A Companhia avalia a materialidade desses componentes e se o padrão de reconhecimento de
31
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
receita (por exemplo, o padrão de utilização desses benefícios) divergiria significativamente do
padrão de reconhecimento do prêmio de seguro.
2.20 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio
A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas é reconhecida
como um passivo, com base no estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do
mínimo obrigatório (25%) somente é provisionado na data em que é aprovado pelos
acionistas.
O benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio é reconhecido na demonstração de
resultado. A taxa utilizada no cálculo dos juros sobre o capital próprio é a Taxa de Juros de
Longo Prazo ‐ TJLP durante o período aplicável, conforme a legislação vigente.
2.21 Imposto de renda e contribuição social
A despesa de imposto de renda e contribuição social inclui as despesas de impostos correntes
e os efeitos dos tributos diferidos. A Companhia reconhece no resultado do período os efeitos
de imposto de renda e contribuição social, exceto para os efeitos tributários sobre itens que
foram diretamente reconhecidos no patrimônio líquido; nesses casos, os efeitos tributários
também são reconhecidos no patrimônio líquido.
Os impostos correntes são calculados com base em leis e regras tributárias vigentes na data de
preparação do balanço. No Brasil, o imposto de renda corrente é calculado à alíquota‐base de
15% mais adicional de 10% sobre o lucro real tributável acima de R$ 240 anuais. A provisão
para contribuição social é constituída à alíquota de 15% para as sociedades seguradoras.
Os impostos diferidos são reconhecidos utilizando‐se o método dos passivos sobre diferenças
temporárias originadas entre as bases tributárias de ativos e passivos e os valores contábeis
respectivos desses ativos e passivos. As taxas utilizadas para constituição de impostos diferidos
são as taxas vigentes na data de preparação do balanço. Impostos diferidos ativos são
reconhecidos no limite de que seja provável que lucros futuros tributáveis estejam disponíveis.
3. Estimativas e julgamentos contábeis
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam‐se na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros,
considerados razoáveis para as circunstâncias. Os principais itens sujeitos a estimativas e
julgamentos são:
3.1 Avaliação de passivos de seguros
O componente em que a Administração mais exerce o julgamento e utiliza estimativas é na
constituição dos passivos de seguros. Existem diversas fontes de incertezas que precisam ser
consideradas na estimativa dos passivos que a Companhia irá liquidar em última instância. São
32
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
utilizadas todas as fontes de informação internas e externas disponíveis sobre experiência
passada e indicadores que possam influenciar as tomadas de decisões da Administração e dos
atuários para a definição de premissas atuariais e da melhor estimativa do valor de liquidação
de sinistros para contratos cujo evento segurado já tenha ocorrido.
Consequentemente, os valores provisionados podem diferir dos valores liquidados
efetivamente em datas futuras para tais obrigações. As provisões que são mais impactadas por
uso de julgamento e incertezas são aquelas relacionadas aos ramos de contratos de seguro de
grandes riscos (como riscos especiais) e contratos de seguro com cobertura de vida (vide nota
explicativa nº 4.1).
3.2 Avaliação das provisões de processos judiciais fiscais, cíveis e trabalhistas
A Companhia dispõe de um grande número de processos judiciais em aberto, na data de
preparação das demonstrações financeiras. O processo utilizado pela Administração para a
contabilização e construção das estimativas contábeis leva em consideração assessoria jurídica
de especialistas na área, evolução dos processos, a situação e a instância de julgamento de
cada caso específico. Adicionalmente, a Companhia utiliza seu melhor julgamento sobre esses
casos e informações históricas de perdas em que existe alto grau de julgamento aplicado para
a constituição dessas provisões, seguindo os princípios da CPC 25 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes.
3.3 Cálculo do valor justo e de “impairment” de ativos financeiros
O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por
exemplo, cotas de empresas de capital fechado) é determinado mediante o uso de técnicas de
avaliação. A Companhia usa seu julgamento para escolher diversos métodos e definir
premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do
balanço.
A Companhia aplica regras de análise de “impairment” para créditos individualmente
significativos, bem como premissas para avaliação de “impairment” para grupos de ativos de
riscos similares em uma base agrupada. Nessa área é aplicado alto grau de julgamento para
determinar o nível de incerteza, associado com a realização dos fluxos contratuais estimados
dos ativos financeiros, incluindo os prêmios a receber de segurados. Nesse julgamento estão
incluídos o tipo de contrato, segmento econômico, histórico de vencimento e outros fatores
relevantes que possam afetar a constituição das perdas por “impairment”.
3.4 Cálculo de créditos tributários
Impostos diferidos ativos são reconhecidos no limite de que seja provável que lucros futuros
tributáveis estejam disponíveis. Essa é uma área que requer a utilização de alto grau de
julgamento da Administração da Companhia na determinação das estimativas futuras quanto à
capacidade de geração de lucros futuros tributáveis.
33
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
4. Gestão de riscos
4.1 Gestão de risco de seguro e resseguro
Essa nota explicativa apresenta como a Companhia lida com os diversos riscos originados dos
contratos de seguros aceitos por ela através da emissão de apólices nos segmentos em que
opera, além de descrever as incertezas inerentes à sua mensuração.
Informações sobre os risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado dos ativos
financeiros relacionados aos contratos de seguros (prêmios a receber de segurados, seus
respectivos passivos de contratos de seguros e recebíveis de resseguro) estão apresentadas na
nota explicativa 4.2.
Para garantir o adequado entendimento da natureza e extensão dos riscos de seguro aos quais
está exposta, a Companhia investe constantemente em treinamento e seleção de profissionais
com formação e experiência apropriada às suas funções. Além do investimento em recursos
humanos, a Companhia investe em processos e em recursos tecnológicos, equipamentos e
softwares, para permitir que seus funcionários disponham de recursos adequados para a
aplicação das boas práticas de mensuração de riscos.
Os elementos‐chaves da política de gestão do risco de subscrição da Companhia são: (i)
controle centralizado das regras de aceitação de riscos; (ii) acompanhamento permanente e
independente da qualidade dos negócios aceitos; e (iii) manutenção de bancos de dados
próprios que permitem a aplicação de técnicas modernas de mensuração de riscos bem como
o dimensionamento das provisões técnicas, gerando resultados com elevados níveis de
confiança e assertividade.
Pela sua natureza intrínseca, um contrato de seguro, pode gerar diversos riscos para a
Companhia, além daqueles riscos assumidos perante os segurados, sendo o mais significativo
deles o risco de subscrição.
O gerenciamento do risco de subscrição é a principal responsabilidade atribuída pela
Administração à Diretoria Técnica ‐ DT. Essa área está estruturada em três departamentos ‐
Atuária, Estatística e Gestão de Preços, com diretrizes objetivas e claras definidas de acordo
com os diversos segmentos de negócio em que atuam. As três áreas trabalham com elevado
nível de sinergia na aplicação das boas práticas de gerenciamento do risco de subscrição,
sempre com o objetivo principal de proteger os acionistas, os clientes e os funcionários da
Companhia. As principais diretrizes de cada área são:
Atuária: as provisões atuariais são estabelecidas de modo a estarem sempre
suficientes e validadas por testes de consistência, zelando sempre pela solvência da
Companhia. A área deve monitorar constantemente as normas atuariais dos órgãos
reguladores para garantir o seu atendimento tempestivo.
34
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Estatística: os modelos estatísticos são feitos buscando a maior precisão possível,
respeitando a significância estatística e a estabilidade no tempo, de maneira a
potencializar o uso de todas as informações disponíveis na Companhia e no mercado.
A área continuamente investe em novas técnicas de modelagem e variáveis de risco.
Gestão de preços: os preços balanceiam o crescimento desejado com os resultados de
curto e longo prazo, considerando o mix entre renovações e seguros novos. As
decisões tomadas em relação aos preços são suportadas pela simulação de cenários e
são monitoradas posteriormente para verificação de sua eficácia, alertando para os
desvios e escalando sempre que necessário.
A DT também é responsável pela área de resseguros cuja principal atribuição é planejar, avaliar
e contratar as proteções de resseguro que melhor se adequam ao perfil de negócios da
Companhia, de forma a atender aos seguintes objetivos: (i) evitar a exposição do seu
patrimônio às perdas financeiras relevantes com a ocorrência de eventos vultosos; (ii)
viabilizar a operação em determinados segmentos de negócio cujas importâncias seguradas
dos riscos individuais superem os limites de retenção estabelecidos pela legislação, ou os
limites adequados a sua tolerância ao risco.
A área de resseguros tem autonomia para definir os resseguradores mais adequados para
compor os painéis dos contratos de resseguro e verificar a adequação das práticas de negócio
em relação aos limites de retenção estabelecidos. Além da contratação de resseguros a partir
de uma demanda das áreas de produtos, a área de resseguros é responsável pelos controles
internos utilizados para mitigar o risco da aceitação de apólices sem a devida proteção por
resseguro, ou fora dos parâmetros legais de retenção por risco.
A gestão do risco de subscrição da Companhia considera a similaridade dos riscos transferidos
pelos diversos contratos e ramos em que opera e a experiência acumulada ao longo dos anos
para lidar com diversos riscos específicos. Os principais segmentos de concentração e gestão
de riscos de seguros estão estruturados da seguinte forma:
Seguros de automóveis
Seguros de vida
Seguros de danos (exceto automóvel) e riscos financeiros
O processo utilizado pela Companhia para determinação das premissas atuariais consiste, em
primeira instância, na identificação do risco que se pretende segurar, do objeto segurável, do
valor máximo em risco e da disponibilidade de dados necessários para fins de tarifação e
subscrição.
Após a etapa descrita acima, a Administração determina as premissas atuariais relevantes ao
risco que se pretende segurar e à origem e referência dos dados que serão utilizados para fins
de tarifação e subscrição. As análises de sensibilidade para o risco de seguro bem como o teste
de adequação dos passivos são efetuadas semestralmente (junho e dezembro) e atualizado
35
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
monetariamente nos trimestres subsequentes, onde são utilizadas as seguintes premissas
atuariais:
Utilização como premissas de sinistralidade as expectativas de prêmio de risco
calculadas na data‐base do estudo, baseadas em histórico de observações de
frequência e severidade para cada ramo e/ou agrupamento de ramos.
Utilização de expectativas de cessão de prêmios e recuperação de sinistros calculadas
na data‐base do estudo, baseadas em histórico de observações para cada ramo e/ou
agrupamento de ramos. Para as projeções, respeitaram‐se as cláusulas contratuais
vigentes na data‐base do estudo dos contratos celebrados com os resseguradores.
Base de dados composta por informações referentes a um período não inferior a vinte
e quatro meses, contados a partir da data‐base de análise.
Taxas de juros referência de SUSEP informadas pelo mercado para ativos e passivos. O
indexador utilizado foi o IPCA, que é predominante nos contratos padronizados da
Companhia.
Taxa de juros esperada para os ativos, equivalente a taxa SELIC, que é condizente com
a rentabilidade obtida pela área de investimentos no exercício vigente.
Premissas atuariais específicas em cada produto em consequência do impacto destas
na precificação do risco segurável.
A tabela a seguir demonstra os ativos de resseguro detidos pela Companhia, segregados pela
categoria de risco e classe das resseguradoras contrapartes. A categoria de risco (“rating”) foi
atribuída pela agência de classificação de risco Fitch:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Classe Categoria de risco
Local A 21.808 22.856
AA‐ 25.328 20.426
Admitida A 11.150 12.425
A+ 5.318 4.618
Total de ativos de resseguro (*) 63.604 60.325
(*) O total de ativos de resseguro é apresentado líquido da redução ao valor recuperável no montante de R$ 1.808
(R$ 1.747 em dezembro de 2012) e é composto pelas contas “Operações com resseguradoras” e “Ativos de
resseguro – provisões técnicas”.
4.1.1 Seguros de automóveis
A Companhia opera em todo o território nacional, comercializando apólices de seguro de
automóvel para pessoas físicas e jurídicas, através de contratação individual, ou coletiva no
caso de frotas.
36
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
A Companhia, e as seguradoras em geral, dividem o risco de subscrição proveniente da
operação de seguros de automóvel em dois tipos de riscos: (a) risco de prêmios, gerado a
partir de uma possível insuficiência dos prêmios cobrados para fazer frente aos dispêndios
financeiros com o pagamento dos sinistros que ainda vão ocorrer naqueles compromissos já
assumidos; (b) risco de provisão, gerado a partir de uma possível insuficiência dos saldos das
provisões técnicas para fazer frente ao dispêndio financeiro com pagamentos dos sinistros já
ocorridos.
(a) Risco de prêmios
Para gerenciar o risco de prêmio em seguros de automóvel, a Companhia investe recursos
substanciais em técnicas de análise e precificação do risco, utilizando‐se de modelos
estatísticos distintos para renovações e para seguros novos. Para renovações, são utilizadas
técnicas de otimização de resultados que permitem avaliar antecipadamente os resultados
gerados a partir de diversos cenários que combinam níveis de preços, conversão de cotações e
resultados. As decisões são tomadas sempre considerando o melhor cenário que gera as
melhores margens para o produto. Os resultados dessas decisões são formalizados, reportados
para a Administração da Companhia e monitorados constantemente permitindo que eventuais
desvios em relação às projeções sejam reportados e corrigidos no menor espaço de tempo
possível.
(b) Risco de provisão
O processo de determinação das provisões técnicas está sujeito à incerteza quanto ao valor
final para liquidação dos sinistros no futuro, porque eles poderão ser influenciados por índices
de atualização, mudanças na legislação, sinistros de responsabilidade civil facultativa que
possuem maior cauda para desenvolvimento, especialmente quando sujeitos a decisões
judiciais. Para que se tenha maior controle desse risco, a Companhia tem as seguintes regras:
cálculo centralizado; revisão constante das metodologias e premissas; revisões internas e
externas dos processos e metodologias.
O dimensionamento das provisões técnicas leva em consideração o histórico do
desenvolvimento do valor dos sinistros desde a sua ocorrência até a sua liquidação definitiva, a
utilização de metodologias atualizadas e reconhecidas pela comunidade atuarial e o
entendimento dos processos e sistemas da Companhia, através do contato permanente com
os departamentos operacionais de sinistros e subscrição. A principal ferramenta de
monitoramento e teste de aderência das premissas e metodologias são os testes de
consistência aplicados em diferentes datas base, que verificam a suficiência histórica das
provisões constituídas. Os testes são atualizados mensalmente e, sempre que identificados
desvios, eles são analisados e os ajustes necessários são imediatamente implementados.
Exposição ao risco de seguro A tabela a seguir apresenta a exposição máxima ao risco de seguro nas principais localizações geográficas onde a Companhia opera:
37
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
LocalidadeBruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
São Paulo 49.980.967 49.980.967 51.449.592 51.438.867
Rio de Janeiro 6.991.018 6.991.018 7.007.555 7.005.888
Região Sul 4.754.550 4.754.550 4.425.464 4.424.759
Outras regiões 16.059.333 16.059.333 16.098.024 16.095.122
77.785.868 77.785.868 78.980.635 78.964.636
Exposição máxima ao risco de seguro
Junho de 2013 Dezembro de 2012
Medidas para mitigação de risco
Nos seguros de automóveis a Companhia utiliza de algumas medidas que comprovadamente
reduzem a frequência de sinistros, tais como: dispositivo rastreador e localizador do veículo e
gravação da numeração de chassis em diversas partes da carroceria do veículo. Para seleção
de quais os veículos receberão tais dispositivos, é monitorado o histórico de ocorrência de
roubos e furtos e estabelece critérios tais como modelos de veículos, valor elevado e regiões
de circulação.
Testes de sensibilidade
Para visualização do impacto das principais premissas atuariais no resultado e patrimônio da
Companhia são realizados testes de sensibilidade, cujos resultados são apresentados na tabela
a seguir (líquidos de efeitos tributários):
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de 5% na frequência de
sinistros (29.055) (29.055) (44.651) (44.638)Aumento de 15% das despesas
administrativas (794) (794) (713) (712)
Aumento de 15% das despesas com
sinistros (3.207) (3.207) (2.285) (2.284)
Aumento de 10% do percentual de
recuperação de salvados 10.720 10.720 24.142 24.135
Redução de 5% do percentual de
recuperação de salvados e
ressarcimentos (5.922) (5.922) (12.704) (12.700)
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2013 Dezembro de 2012
4.1.2 Seguros de vida
Nesses segmentos a Companhia comercializa seguro de vida tradicional, com coberturas de
morte natural ou acidental, coberturas de invalidez e coberturas temporárias por incapacidade
do segurado.
38
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Seguros de vida com contratação individual
As principais características do produto são: oferece coberturas por morte, invalidez, rendas
por incapacidade temporária, etc. O risco mais relevante para este produto é o biométrico,
onde pode ocorrer aumento nas indenizações causado pela ocorrência de eventos
extraordinários, tais como pandemias e aumento constante da ocorrência de invalidez.
Seguros de vida com contratação coletiva
As principais características do produto são: contratados por pequenas, médias e grandes empresas; oferece coberturas por morte, invalidez, rendas por incapacidade temporária, etc.; tem vigência de curto prazo (normalmente um ano); os prêmios e coberturas são definidos no início do contrato e só podem ser alteradas após o encerramento da vigência. Os riscos relevantes observados são: (i) biométrico, com aumento na frequência de incapacidade temporária causando deterioração nos prêmios de risco; (ii) anti‐seleção, onde pode ser observado um grupo segurado real diferente do grupo da cotação; (iii) catástrofes como queda de aeronave atingindo várias vidas seguradas no mesmo evento. A principal ferramenta para dimensionar eventuais insuficiências nas premissas atuariais é o
TAP.
Medidas para mitigação de risco
Para os seguros de vida com contratação individual, a Companhia estabelece alguns limites de
contratação e idade a partir dos quais é necessária apresentação de documentações
específicas para análise do risco individual, tais como declaração pessoal de saúde e exames
específicos. Para os seguros coletivos, destaca‐se a subscrição centralizada com análise prévia
dos grupos seguráveis para determinação dos prêmios. Outra medida importante para
mitigação de riscos é a contratação de resseguros, proporcionais e não proporcionais (para
eventos catastróficos).
Testes de sensibilidade
Para efeito de testes de sensibilidade, foram utilizadas as premissas atuariais descritas abaixo
em consequência do impacto destas na precificação do risco assumido pela Companhia.
Seguem abaixo os resultados dos testes de sensibilidade (líquidos dos efeitos tributários):
39
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Agravo de 5% no risco da Carteira (2.737) (2.737) (3.411) (3.461)
Agravo de 5% no risco da cobertura
de morte (1.629) (1.629) (2.058) (2.088)
Agravo de 5% no risco das demais
coberturas (1.108) (1.108) (1.353) (1.373)
Agravo de 5% nas despesas com
sinistros (114) (114) (270) (274)
Agravo de 5% na importância
segurada 1.755 1.755 (3.225) (3.147)
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2013 Dezembro de 2012
4.1.3 Seguros de danos (exceto automóveis) e riscos financeiros
No segmento de danos (exceto automóveis) a Companhia comercializa seguros para
residências, empresas, condomínios, obras de engenharia, rurais, responsabilidades,
equipamentos, transportes, etc. Já no segmento de riscos financeiros, a Companhia
comercializa seguros de garantia de obrigações contratuais e seguro fiança locatícia.
Para gerenciamento do risco de subscrição nesses segmentos de negócio, a Companhia, utiliza
estrutura semelhante a do automóvel porquê de uma forma geral ele pode ser dividido em: (a)
risco de prêmio e (b) risco de provisão (ver nota explicativa nº 4.1.1).
Exposição ao risco de seguro A tabela a seguir apresenta a exposição máxima ao risco de seguro nas principais localizações geográficas onde a Companhia opera:
São Paulo Rio de Janeiro Região Sul Outros
Total ‐ Bruto
de resseguro
Total ‐ Líquido
de resseguro
Transportes 125.041.878 7.645.812 29.193.572 36.956.273 198.837.535 195.208.621
Seguro empresarial 92.984.411 11.398.825 9.383.011 26.472.989 140.239.236 139.030.371
Seguro residencial 84.966.988 12.377.010 11.175.758 13.125.051 121.644.807 121.643.627
Seguro condomínio 52.934.535 9.388.790 8.609.932 16.032.672 86.965.929 83.062.272
Seguro de fiança
locatícia 6.074.729 1.718.459 1.126.669 655.042
9.574.899 9.574.899
Outros riscos 4.851.258 322.419 831.078 1.498.652 7.503.407 5.264.520
366.853.799 42.851.315 60.320.020 94.740.679 564.765.813 553.784.310
Exposição máxima ao risco de seguro
Junho de 2013
40
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
São Paulo Rio de Janeiro Região Sul Outros
Total ‐ Bruto
de resseguro
Total ‐ Líquido
de resseguro
Transportes 118.057.228 6.951.040 32.734.264 37.466.091 195.208.623 195.208.623
Seguro empresarial 91.357.116 10.444.416 8.666.033 26.105.426 136.572.991 132.036.077
Seguro residencial 74.467.715 11.200.021 9.616.450 12.139.958 107.424.144 107.422.964
Seguro condomínio 45.450.135 7.894.132 6.023.592 12.443.463 71.811.322 64.484.435
Seguro de fiança
locatícia
5.978.998 1.608.833 1.077.009 693.449 9.358.289 9.358.289
Outros riscos 4.852.014 282.775 508.187 1.111.859 6.754.835 4.671.033
340.163.206 38.381.217 58.625.535 89.960.246 527.130.204 513.181.421
Exposição máxima ao risco de seguro
Dezembro de 2012
Medidas para mitigação de risco
Seguros patrimoniais
Diferentemente do seguro de automóvel, em seguros de danos podem existir apólices com
importância segurada de valor elevado que, em caso de ocorrência de sinistros, podem
comprometer o resultado e patrimônio da Companhia. Para evitar esse risco, a Companhia
mantém uma política de contratação centralizada de resseguros tanto para proteção dos
riscos/sinistros individuais, quanto para sinistros catastróficos.
Existem também outras medidas para mitigação de risco tais como a inspeção prévia dos locais
segurados para avaliar a qualidade do risco. Caso não seja aprovado em inspeção prévia, o
risco não poderá ser aceito pela Companhia.
Garantia de obrigações contratuais e fiança locatícia
Em riscos financeiros, todos os negócios propostos pelos corretores passam por análise prévia
da situação econômico‐financeira e de crédito da empresa que somente será aceita se tiver
resultado acima de parâmetros mínimos de risco. Além disso, a Companhia mantém contrato
de resseguro que, além de dar suporte para aceitar riscos com valores acima do limite de
retenção, fornece suporte e conhecimento na análise e seleção de riscos financeiros.
Transportes
Nesse segmento, além das medidas padrões adotadas para todos os ramos, outra medida para
mitigação de risco é o foco em gerenciamento de riscos para a carga segurada, inclusive com o
rastreamento do risco durante o trajeto da viagem.
41
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Testes de sensibilidade
Para visualização do impacto das principais premissas atuariais no resultado e patrimônio da
Companhia são realizados testes de sensibilidade, cujos resultados são apresentados na tabela
a seguir (líquidos dos efeitos tributários):
Seguros de danos (exceto automóveis) e riscos financeiros
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de severidade dos sinistros
de fiança locatícia em 5% (5.734) (5.508) (4.172) (3.993)
Redução de despesas de l iquidação
e/ou regulação de sinistros em riscos
patrimoniais em 10% 1.429 1.338 885 796
Redução do risco em riscos
patrimoniais em 5% 15.870 14.863 12.623 11.362
Redução de despesas de l iquidação
de sinistros em riscos de
responsabilidade em 10% 72 54 55 29
Redução do risco em riscos de
responsabilidade em 5% 200 150 207 109
Diminuição do risco em riscos rurais
em 5% 32 26 194 39
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2013 Dezembro de 2012
Transportes
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de 10% no risco da carteira (4.151) (4.124) (7.880) (7.848)
Aumento de 8% das despesas com
sinistros (138) (137) (187) (186)
Aumento de 12% das despesas com
sinistros (4.420) (4.392) (280) (279)
Redução de 15% na recuperação de
salvados (4.257) (4.230) (122) (121)
Redução de 9% nas receitas de
ressarcimentos (4.155) (4.128) (39) (39)
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2013 Dezembro de 2012
42
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
4.2 Gestão de riscos financeiros
A Companhia está exposta a riscos financeiros associados à sua carteira de aplicações. Para
mitigar esses riscos é utilizada uma abordagem de gestão de ativos e passivos no tempo
(“Asset Liability Management” ‐ ALM), além de serem levados em consideração os
requerimentos regulatórios e o ambiente econômico em que são conduzidos os negócios da
Companhia e investidos os ativos financeiros. Essa abordagem está alinhada aos
requerimentos de análise exigidos pelos CPCs e ao conceito econômico de gestão de capital
necessário para garantir a solvência e os recursos de caixa da operação.
A gestão de riscos financeiros compreende as seguintes categorias: (a) risco de liquidez,
relacionado à eventual indisponibilidade de recursos de caixa para fazer frente a obrigações
futuras; (b) risco de mercado, que é aquele associado à possibilidade de ocorrência de perdas
devidas a oscilações nos preços de mercado das posições mantidas em carteira; e (c) risco de
crédito, associado à possibilidade de descumprimento de um contrato nos termos em que
tenha sido firmado entre as partes.
A política de gestão de riscos da Companhia tem como princípio assegurar que limites
apropriados de risco sejam seguidos para evitar perdas decorrentes de oscilações de preços
que venham a impactar os resultados de forma adversa. Seguindo essa política, a Companhia
possui um Comitê de Investimentos, responsável pela definição e monitoramento das
estratégias de investimentos, que busca diversificar as aplicações em vários mercados, visando
garantir retornos de capital durante um período sustentável em vez de concentrar exposições
a fatores de risco que possam destruir o valor dos negócios.
A Companhia utiliza uma série de análises de sensibilidade e testes de “stress” como
ferramentas de gestão de riscos financeiros. Os resultados dessas análises são utilizados para
mitigação de riscos e para o entendimento do impacto sobre os resultados e sobre o
patrimônio líquido em condições normais e em condições de “stress”. Esses testes levam em
consideração cenários históricos e de condições de mercado previstas para períodos futuros e
têm seus resultados utilizados no processo de planejamento e decisão e também para
identificação de riscos específicos originados nos ativos e passivos financeiros detidos pela
Companhia.
(a) Risco de liquidez
Para certos produtos, a duração dos ativos pode ser menor que a dos passivos e, nesse caso, o
risco de liquidez é mitigado com a reaplicação dos recursos em títulos de duração mais longa
no momento de recebimento dos cupons de juros e no vencimento desses ativos.
Adicionalmente, recursos próprios poderão ser utilizados para o cumprimento das obrigações
assumidas em eventuais necessidades.
Mediante essa abordagem, a gestão de risco de liquidez considera como parte essencial do
ciclo operacional a coleta dos prêmios de todos os contratos emitidos para reinvestimento
desses recursos em conjunto com a política de gestão de capital. A tabela a seguir apresenta o
risco de liquidez a que a Companhia está exposta:
43
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Sem
vencimento 0 a 30 dias 1 a 6 meses 7 a 12 meses Acima de 1 ano Total Saldo contábil
Caixa e equivalentes de
caixa 16.834 137.482 ‐ ‐ ‐ 154.316 154.316
‐ Ativos financeiros ao
valor justo por meio do
resultado
Prefixados ‐ públicos ‐ ‐ ‐ ‐ 1.371.103 1.371.103 1.371.103
Pós‐fixados ‐ públicos ‐ 120.233 10.450 ‐ 41.437 172.120 160.710
Pós‐fixados ‐ privados ‐ ‐ 5.351 7.783 511.280 524.414 398.862
Indices de inflação ‐ ‐ 5.831 5.721 196.240 207.792 207.792
Outros ‐ 6.153 ‐ ‐ ‐ 6.153 6.153
Total de aplicações
financeiras ‐ 126.386 21.632 13.504 2.120.060 2.281.582 2.144.620
‐ Empréstimos e recebíveis
Prêmios a receber de
segurados ‐ 454.447 602.632 83.589 922 1.141.590 1.194.247
Recebíveis de resseguro 4.991 ‐ ‐ ‐ ‐ 4.991 4.991
Total de ativos financeiros
em 30 de junho de 2013 21.825 718.315 624.264 97.093 2.120.982 3.582.479 3.498.174
Total de ativos financeiros
em 31 de dezembro de
2012 27.305 798.661 678.385 101.961 2.033.654 3.639.966 3.613.569
Passivo de contratos de
seguro ‐ 1.182.665 158.131 305.959 49.624 1.696.379 3.007.631
Débitos de operações de
seguro e resseguro 26.281 118.401 158.295 21.956 243 325.176 367.133
Total de passivos de
contratos de seguro em 30
de junho de 2013 26.281 1.301.066 316.426 327.915 49.867 2.021.555 3.374.764
Total de passivos de
contratos de seguro em 31
de dezembro de 2012 18.921 1.264.556 202.879 383.435 107.086 1.976.877 3.299.427
Fluxo de caixa não descontado (*)
(*) Fluxos de caixa estimados com base em julgamento da Administração, expiração do risco dos contratos de
seguros e melhor expectativa quanto à data de liquidação de sinistros estimados. Esses fluxos foram estimados até
a expectativa de pagamento e/ou recebimento e não consideram os valores a receber vencidos. Os ativos e passivos
financeiros pós‐fixados foram distribuídos com base nos fluxos de caixa contratuais, e os saldos foram projetados
utilizando‐se curva de juros, taxas previstas do Certificado de Depósito Interbancário ‐ CDI e taxas de câmbio
divulgadas para períodos futuros em datas próximas ou equivalentes.
(b) Risco de mercado
Segue o quadro demonstrativo de sensibilidade dos instrumentos financeiros aos seus respectivos riscos de mercado em 30 de junho de 2013, que descreve os riscos que podem gerar prejuízos materiais para a Companhia, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários ‐ CVM nº 475/08. Para a análise de sensibilidade foram utilizados os seguintes cenários:
Cenário I: aplicação do cenário provável de “stress” para cada fator de risco, dentre aqueles disponibilizados no “site” da BM&FBOVESPA.
44
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Cenário II: deterioração de 25% em cada variável de risco utilizada no cenário I.
Cenário III: deterioração de 50% em cada variável de risco utilizada no cenário I.
Operação Risco Cenário I Cenário II Cenário III
PrefixadoTaxa de juros prefixados
em reais (3.215) (2.528) (1.330)
InflaçãoTaxa de cupons de
índices de preços (4.845) (8.454) (11.880)
Pós‐fixadosTaxa de juros pós‐
fixados em reais (99) (124) (148)
Cenários de "stress" BM&F
As análises de sensibilidade aqui apresentadas demonstram os impactos nas carteiras de
aplicações e são uma avaliação estática da exposição ao risco e, portanto, não consideram a
capacidade dinâmica de reação da Companhia, que aciona medidas mitigadoras de risco
sempre que uma situação de perda ou risco elevado é identificada, minimizando a
possibilidade de perdas significativas.
Adicionalmente, ressalta‐se que os resultados apresentados não se traduzem necessariamente
em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação da exposição a riscos
considerando o valor justo dos instrumentos financeiros.
(c) Risco de crédito
É o risco de perda de valor de ativos financeiros e de resseguro como consequência de uma
contraparte no contrato não honrar a totalidade ou parte de suas obrigações com a
Companhia. A Administração tem políticas para garantir que limites, ou determinadas
exposições ao risco de crédito, não sejam excedidos. Isso acontece através do cumprimento da
Política de Risco de Crédito para os ativos financeiros que compartilham riscos similares,
levando em consideração tanto a capacidade financeira da contraparte em honrar suas
obrigações, quanto seus fatores dinâmicos de mercado. A Compahia também emite contratos
de seguro de fiança locatícia para seus segurados que estão sujeitos a risco de crédito
significativo pelas características desse produto.
Limites de risco de crédito são determinados com base no “rating” de crédito da contraparte
para garantir que a exposição global ao risco de crédito seja gerenciada e controlada conforme
as políticas estabelecidas. Quando determinadas contrapartes não apresentam “rating” de
crédito estabelecido por agências de crédito reconhecidas no mercado, a Administração utiliza
o conhecimento e a experiência de mercado para classificar essa contraparte em sua grade de
riscos. Entretanto, essas situações são amplamente discutidas e avaliadas pelo Comitê de
Crédito e de Risco, com restrições colocadas sobre as áreas operacionais para limitar a
45
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
exposição ao risco de crédito em casos de ativos emitidos por contrapartes que não
apresentem “rating” de crédito.
A tabela a seguir apresenta todos os ativos financeiros e de resseguro detidos pela Companhia
distribuídos por “rating” de crédito de acordo com classificação interna, elaborada em linha
com os “ratings” fornecidos por agências classificadoras de “rating”. Os ativos classificados na
categoria sem “rating” compreendem, substancialmente, valores a serem recebidos de
segurados que não apresentam risco de crédito individuais.
A exposição de risco de crédito originado de prêmios a serem recebidos de segurados é
substancialmente reduzida em certas situações em que a cobertura de sinistros pode ser
cancelada (segundo regulamentação brasileira), caso os pagamentos dos prêmios não sejam
efetuados na data de vencimento. A política de emissão de apólices leva em consideração
todos os aspectos e todas as políticas de qualidade na aceitação de risco de seguro, bem como
uma análise criteriosa da qualidade de risco de crédito dos segurados, na qual é confirmado o
perfil de risco desses segurados em agências de crédito para pessoas físicas e jurídicas, assim
como o histórico de situações não usuais e pagamentos de prêmios de segurados recorrentes
na renovação de contratos.
AAA AA
Sem "Rating"/
outros Saldo contábil
Caixa e equivalentes de caixa 16.834 137.482 ‐ 154.316
Total de aplicações financeiras 1.745.758 398.862 ‐ 2.144.620
‐ Empréstimos e recebíveis
Prêmios a receber de segurados ‐ ‐ 1.194.247 1.194.247
Recebíveis de resseguro (*) ‐ ‐ 4.991 4.991
Exposição máxima ao risco de crédito em 30
de junho de 2013 1.762.592 536.344 1.199.238 3.498.174
Exposição máxima ao risco de crédito em 31
de dezembro de 2012 2.005.684 294.941 1.312.944 3.613.569
(*) O “rating” dos recebíveis de resseguro (sinistros a receber) estão apresentados juntamente com os demais
ativos de resseguro (provisões técnicas) na nota explicativa nº 4.1.
4.3 Gestão de risco de capital
A Companhia executa suas atividades de gestão de risco de capital por meio de um modelo de gestão centralizado com o objetivo primário de atender aos requerimentos de capital mínimo regulatório para os segmentos de seguro e financeiro segundo os critérios de exigibilidade de capital emitidos pelo CNSP e pela SUSEP. A estratégia e o modelo utilizados pela Administração consideram “capital regulatório” e “capital econômico” segundo a visão de gestão de risco de capital adotada pela Companhia. A estratégia de gestão de risco de capital é continuar a maximizar o valor do capital da Companhia por meio da otimização do nível e da diversificação das fontes de capital
46
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
disponíveis. As decisões sobre a alocação dos recursos de capital são conduzidas como parte da revisão do planejamento estratégico periódico da Companhia. Os principais objetivos da gestão de capital são: (a) manter níveis de capital suficientes para atender aos requerimentos regulatórios mínimos determinados pelos órgãos reguladores; (b) apoiar ou melhorar o “rating” de crédito da Companhia pelo tempo e pela estratégia de gestão de risco; e (c) otimizar retornos sobre capital para os acionistas. A Companhia monitora permanentemente as disposições regulatórias a respeito dos capitais requeridos. A nota explicativa nº 22 (e) apresenta a necessidade de capital da Companhia. Durante o período informativo a Companhia não manteve níveis de capital abaixo dos requerimentos mínimos regulatórios.
A SUSEP e o CNSP têm desenvolvido a estrutura regulatória com o objetivo de adequar as sociedades reguladas – SR no Brasil de acordo com as melhores práticas de gerenciamento de risco a partir dos pilares instituídos no Solvência II (modelo regulatório da União Europeia). Atualmente estão reguladas e vigentes as seguintes parcelas de capital, que compõem a necessidade de capital das SR:
Capital Base: é o montante fixo que a SR deverá manter e será constituído pelo somatório da parcela fixa correspondente à autorização para operar com as parcelas variáveis, em função da operação em cada uma das regiões do país nas quais a sociedade deseja operar.
Capital de Risco de Subscrição: é o montante variável para garantir o risco de subscrição inerente a operação das sociedades reguladas. Risco de subscrição é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas que contrariem as expectativas das sociedades reguladas, associadas às bases técnicas utilizadas para cálculo dos pagamentos e provisões técnicas.
Capital de Risco de Crédito: é o montante variável para garantir o risco de crédito a que as SR estão expostas. Risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, das suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, e/ou da desvalorização dos recebíveis decorrente da redução na classificação de risco do tomador ou contraparte.
Capital de Risco Operacional: é o montante variável que uma SR deverá manter, para garantir o risco operacional a que está exposta. Risco Operacional é definido como sendo a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou decorrentes de fraudes ou eventos externos, incluindo‐se o risco legal e excluindo‐se os riscos decorrentes de decisões estratégicas e à reputação da instituição.
Além das 3 parcelas de capital de risco (subscrição, crédito e operacional) já reguladas e vigentes, a SUSEP está em fase de estudos da última parcela de capital de risco, o risco de mercado, que deverá ser exigida no final do ano de 2014 e que trará novas necessidades de capital para o mercado de seguros. A Companhia participa do grupo de estudos da SUSEP e avalia os impactos futuros desta nova parcela de capital.
47
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
4.4 Resumo do relatório descritivo da estrutura de gerenciamento de risco
A estrutura de gerenciamento de risco é composta por princípios, políticas, responsabilidades, procedimentos e ações. Ela abrange os riscos de mercado, de liquidez, operacional e de crédito.
Para fazer frente aos eventos de risco, essa estrutura é compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, processos e sistemas da Companhia. Em razão disso, a Administração promove sua revisão anual, bem como de suas políticas, ou em periodicidade inferior se eventos extraordinários ou conjunturas adversas assim o exigirem.
O relatório completo descrevendo a estrutura de gerenciamento de riscos está disponível no “site” da Companhia (www.portoseguro.com.br/solucoes‐financeiras/investimentos), em “Relatório de Gerenciamento de Risco”.
5. Equivalentes de caixa
Os equivalentes de caixa da Companhia são compostos por operações compromissadas
lastreadas em LFT, NTN e LTN.
6. Aplicações
As exposições máximas ao risco de crédito, bem como os riscos de mercado e de liquidez a que
os ativos financeiros da Companhia estão expostos são demonstradas na nota explicativa nº
4.2. As composições dos ativos financeiros detidos pela Companhia estão demonstradas a
seguir:
6.1 Estimativa de valor justo
Dadas as características de curto prazo e as constantes avaliações de recuperabilidade que a Administração efetua, estima‐se que os saldos contábeis das contas a receber de clientes e das contas a pagar aos fornecedores, menos a perda (“impairment”), estejam próximos de seus valores justos.
Para os demais ativos financeiros, a mensuração da estimativa do valor justo por nível baseia‐
se na seguinte hierarquia:
Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos idênticos.
Nível 2: classificado quando se utiliza uma metodologia de fluxo de caixa descontado
ou outra metodologia para precificação do ativo com base em dados de mercado e
quando todos esses dados são observáveis no mercado aberto.
Nível 3: ativo que não seja com base em dados observáveis do mercado, quando a
Companhia utiliza premissas internas para a determinação de sua metodologia e
classificação.
48
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
6.1.1 Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado ‐ Títulos para negociação
Nível 1 Nível 2 Total Nível 1 Nível 2 Total
Fundos abertos
Quotas de fundos de investimentos 119.196 ‐ 119.196 137.902 ‐ 137.902
Fundos retidos – IRB 324 ‐ 324 226 ‐ 226
Outras aplicações 5.829 ‐ 5.829 2.047 ‐ 2.047
125.349 ‐ 125.349 140.175 ‐ 140.175
Fundos exclusivos
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 41.515 ‐ 41.515 15.233 ‐ 15.233
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 1.371.103 ‐ 1.371.103 1.397.531 ‐ 1.397.531
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
Série B 194.280 ‐ 194.280 287.854 ‐ 287.854
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
Série C 13.511 ‐ 13.511 1.749 ‐ 1.749
Debêntures ‐ 104.580 104.580 ‐ 39.458 39.458
Certificados de Depósitos Bancários
(CDB) ‐ ‐ ‐ ‐ 13 13
Depósitos a prazo com Garantia
Especial (DPGE) ‐ 6.128 6.128 ‐ 4.269 4.269
Letras Financeiras ‐ privadas ‐ 15.151 15.151 ‐ 3.118 3.118
Ações de companhias abertas ‐ ‐ ‐ 279 ‐ 279
1.620.409 125.859 1.746.268 1.702.646 46.858 1.749.504
Carteira própria
Certificados de Depósitos Bancários
(CDB) ‐ ‐ ‐ ‐ 26.755 26.755
Depósitos a prazo com Garantia
Especial (DPGE) ‐ 14.073 14.073 ‐ 13.478 13.478
Letras Financeiras ‐ privadas ‐ 258.930 258.930 ‐ 206.464 206.464
‐ 273.003 273.003 ‐ 246.697 246.697
Total 1.745.758 398.862 2.144.620 1.842.821 293.555 2.136.376
Circulante 2.138.792 2.134.329
Não circulante 5.828 2.047
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
O valor justo de instrumentos negociados em um mercado ativo (mantidos para negociação) é
baseado em preços cotados em mercado nas datas dos balanços. O preço cotado usado para
ativos financeiros mantido pela Companhia é o preço de negociação atual. Esses instrumentos
são incluídos no Nível 1.
O valor de mercado dos títulos públicos foi embasado no preço unitário de mercado informado
pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais ‐ ANBIMA. As
cotas de fundos de investimentos foram valorizadas com base no valor da cota divulgada pelo
49
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
administrador do fundo. Os títulos privados são valorizados a mercado por meio da mesma
metodologia de precificação adotada pelo administrador dos fundos de investimentos.
A totalidade das aplicações financeiras detidas pela Companhia é composta de títulos
classificados como para negociação. Em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012 a
Companhia não possuia intrumentos financeiros derivativos.
6.2 Movimentação das aplicações financeiras (*)
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Saldo inicial 2.300.625 2.183.654
Aplicações 869.949 1.539.041
Resgates (956.490) (1.627.964)
Rendimentos 68.018 205.894
Saldo final 2.282.102 2.300.625
(*) A movimentação das aplicações financeiras inclui os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado e os
ativos classificados como equivalentes de caixa.
7. Créditos das operações com seguros
7.1 Prêmios a receber
Prêmios a
receber de
segurados
Redução ao
valor
recuperável
Prêmios a
receber‐
líquido
Prêmios a
receber de
segurados
Redução ao
valor
recuperável
Prêmios a
receber‐
líquido
Automóvel 856.738 (634) 856.104 931.876 (717) 931.159
Pessoas 151.321 (2.234) 149.087 152.658 (1.885) 150.773
Patrimonial 85.375 (549) 84.826 90.648 (424) 90.224
Riscos Financeiros 72.434 (255) 72.179 69.245 (680) 68.565
Transportes 21.369 (236) 21.133 22.334 (477) 21.857
Animal / Rural 9.083 (166) 8.917 20.746 (141) 20.605
Responsabilidade 1.995 (5) 1.990 2.730 (10) 2.720
Outros 11 ‐ 11 16 (1) 15
1.198.326 (4.079) 1.194.247 1.290.253 (4.335) 1.285.918
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
50
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
7.1.1 Composição quanto ao prazo de vencimento
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
A vencer 1.100.654 1.194.303
Vencidos de 1 a 30 dias 80.324 78.910
Vencidos 31 a 60 dias 5.624 8.227
Vencidos 61 a 120 dias 7.451 4.776
Acima de 121 dias 4.273 4.037
1.198.326 1.290.253
Redução ao valor recuperável (4.079) (4.335)
1.194.247 1.285.918
Do total de apólices emitidas em 2013, 86,0% foram parceladas em até 4 meses (86,3% em dezembro de 2012). 7.1.2 Movimentação
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Saldo inicial 1.285.918 1.161.036
Emissões 2.687.826 5.041.380
Recebimentos (2.622.158) (4.650.149)
Cancelamentos (157.339) (266.349)
Saldo final 1.194.247 1.285.918
7.1.3 Redução ao valor recuperável
A movimentação da provisão para redução ao valor recuperável de prêmios a receber é demonstrada na tabela a seguir:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Saldo inicial 4.335 6.277
Provisões constituídas 353 4.168
Reversão (609) (6.110)
Saldo final 4.079 4.335
As despesa/reversões de provisões para crédito de liquidação duvidosa foram registradas na conta “Outras receitas e despesas operacionais” na Demonstração do Resultado (ver nota explicativa nº 27). Valores que são provisionados como perda são geralmente baixados
51
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(“write‐off”) quando não há mais expectativa da Administração para recuperação do ativo financeiro. 7.2 Outros créditos operacionais
São representados, principalmente, por pagamentos de comissões a corretores sobre apólices
em processo de emissão e apólices emitidas e parceladas.
8. Títulos e créditos a receber
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Cheques a regularizar / depositar 40.338 21.876
Dividendos a receber ‐ 21.037
Adiantamentos a despachantes 458 2.799
Outros 3.138 4.799
43.934 50.511
Circulante 39.717 39.876
Não circulante 4.217 10.635
9. Tributos
9.1 Créditos tributários e previdenciários
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Circulante
Imposto de renda 919 587
Contribuição social 208 7.365
IRRF – juros sobre o capital próprio 1.372 1.372
Outros 307 308
2.806 9.632
Não circulante
Imposto de renda e contribuição social
diferidos (vide nota 9.2.1) 647.409 615.559
PIS e COFINS diferidos sobre sinistros a l iquidar e
IBNR 26.877 25.732
Fundo de Investimento Social ‐ FINSOCIAL (i) 2.561 2.561
Adicional de Imposto de Renda Estadual – AIRE (i i) 1.587 1.587
INSS ‐ Autônomos (i i i) 664 664
679.098 646.103
52
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(i) FINSOCIAL
A Companhia ingressou com Ação de Repetição de Indébito dos valores recolhidos à União
Federal a título de FINSOCIAL. A ação foi julgada procedente, com trânsito em julgado,
condenando a União Federal a restituir o indébito em dez parcelas, por meio de precatórios. A
Companhia efetuou levantamento de cinco parcelas, estando as parcelas de nº 05 a 09
bloqueadas por penhora na Ação de Execução Fiscal relativa a débitos de PIS. Atualmente
pleiteia a liberação das parcelas bloqueadas.
(ii) Instituto Nacional do Seguro Social – INSS autônomos
A Companhia ingressou com Ação de Repetição de Indébito em razão da contribuição de 20%
ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, incidente sobre pagamento a autônomos,
avulsos e administradores. A ação foi julgada procedente, com trânsito em julgado,
condenando a União Federal a restituir o indébito em dez parcelas, por meio de precatório.
Até o momento foram liberadas 08 parcelas. A parcela de nº 07 foi bloqueada por penhora na
Ação de Execução Fiscal relativa a débitos de PIS. A Companhia está aguardando o
levantamento da 8ª parcela e pleiteando a liberação da parcela bloqueada.
(iii) Adicional de Imposto de Renda Estadual – AIRE
A Companhia ingressou com Ação de repetição de Indébito dos valores recolhidos ao Estado
de São Paulo a título de Adicional de Imposto de Renda – AIRE. A ação foi julgada procedente,
condenando a Fazenda Estadual a restituir o indébito em dez parcelas por meio de precatório.
Até o momento foram liberadas seis parcelas.
A Companhia não possui ativos contingentes reconhecidos.
9.2 Tributos diferidos
9.2.1 Ativo
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro
futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças
temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em
premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
53
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Dezembro
de 2012
Constitui‐
ção Reversão
Junho
de 2013
Diferenças temporárias (*)
Provisão para obrigações legais
– COFINS (i) 523.174 35.058 ‐ 558.232
Provisão para obrigações legais
– PIS e INSS (i) 47.175 3.826 ‐ 51.001
Provisão fiscal – outras (i) 18.413 2.491 (9.684) 11.220
Provisão para riscos sobre créditos (i i) 6.304 1.294 ‐ 7.598
Provisão para processos judiciais cíveis (i i i) 6.175 ‐ (101) 6.074
Benefícios a empregados (iv) 13.124 144 (196) 13.072
Outras 1.194 2.306 (3.288) 212
615.559 45.119 (13.269) 647.409
(*) Os créditos tributários são mantidos no ativo e foram constituídos nos termos da legislação em vigor. A
Administração, utilizando estudos técnicos baseados em suas projeções futuras de resultados tributários e em
outros fatores, estima as seguintes capacidades de realização:
(i) Provisão para obrigações legais: ver nota 9.2.1.1.
(ii) Provisão para créditos de liquidação duvidosa: realização condicionada aos prazos legais para dedutibilidade,
conforme a Lei nº 9.430/96, depois de esgotados os recursos legais de cobrança. Possíveis recuperações ou redução
da perda implicam redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável.
(iii) Provisão para processos judiciais: efetuada sobre processos envolvendo, principalmente, questões trabalhistas e
cíveis, cuja estimativa de realização depende do trâmite do processo.
(iv) Benefícios a empregados: referem‐se à constituição de créditos tributários sobre a provisão de benefício pós‐
emprego, realizáveis em até quarenta e sete anos.
9.2.1.1 Estimativa de realização ‐ provisão para obrigações legais
Os créditos tributários de diferenças temporárias sobre provisões para obrigações legais são efetuadas sobre processos envolvendo, questões tributárias, cuja estimativa de realização depende do desfecho da ação. Caso houvesse o desfecho de todas as ações tributárias classificadas como “obrigações legais”, de forma favorável para a Companhia, os créditos tributários, em 30 de junho de 2013, realizar‐se‐iam no exercício corrente. Caso o desfecho fosse desfavorável de tais ações, os créditos realizar‐se‐iam nos seguintes prazos:
Valor
2013 75.861
2014 87.241
2015 100.327
2016 115.376
2017 132.682
2018 108.966
Total 620.453
54
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
9.2.2 Passivo
Dezembro
de 2012
Constitui‐
ção ReversãoJunho
de 2013
Natureza
Imposto de renda e contribuição
social reavaliação de imóveis 60.287 ‐ (393) 59.894
IR e CS diferidos sobre PIS e COFINS 10.293 188 ‐ 10.481
70.580 188 (393) 70.375
9.3 Impostos e contribuições (a pagar) (*)
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Imposto de renda ‐ IRPJ 9.787 10.288
Contribuição social ‐ CSLL 7.400 2.576
Outros 276 276
17.463 13.140
(*) Os saldos a pagar apresentados estão líquidos das antecipações já efetuadas.
55
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
9.4 Reconciliação da despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
2013 2012
Lucro antes do Imposto de renda e da Contribuição
social 226.497 181.015
Alíquota vigente 40% 40%
Encargos (Imposto de renda e Contribuição social) a
taxa nominal (90.599) (72.406)
Acréscimos/Decréscimos aos encargos de Imposto de
renda e Contribuição social decorrentes de:
Exclusões permanentes
Participações nos resultados 8.391 10.886
Equivalência patrimonial 5.753 25.241
Incentivos fiscais 1.744 985
Despesas indedutíveis l íquidas de receitas não
tributáveis 395 437
Dividendos recebidos 5 1.645
Outros 631 1.006
Inclusões/Exclusões temporárias
COFINS (35.058) (34.418)
PIS e INSS (3.826) (3.293)
Outras 7.034 (1.220)
Despesa com Imposto de renda e Contribuição social ‐
corrente (105.530) (71.137)
Receita com Imposto de renda e Contribuição social ‐
diferido 31.850 38.931
Total de Imposto de renda e Contribuição social (73.680) (32.206)
Taxa efetiva 31% 21%
1º Semestre
10. Depósitos judiciais e fiscais
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Programa de Integração Social – PIS 400.156 287.644
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL (i) 150.151 146.943
Imposto de renda (i) 142.114 139.321
INSS – autônomos 182.988 179.155
Compensação prejuízo fiscal base IR (i i) ‐ 66.299
Sinistros 65.032 61.976
Outros 11.829 11.297
952.270 892.635
(i) Dedutibilidade de tributos e contribuições na base de cálculo de IRPJ e CSLL. Vide nota 21 (a).
56
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(ii) Refere‐se a prejuízos fiscais apurados até 1994, compensados integralmente em 1995, sem observação do limite
legal de 30% do lucro do exercício. Em fevereiro de 2013 foi efetuado o levantamento do depósito judicial.
11. Outros créditos
Junho de
2013
Dezembro
de 2012
Adiantamentos a funcionários 16.126 7.575
Adiantamentos administrativos 21.595 12.965
Transações com partes relacionadas
(vide nota 33 (a)) 30.515 27.856
Outros 5.679 3.094
73.915 51.490
Circulante 68.236 48.396
Não circulante 5.679 3.094
12. Outros valores e bens
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Bens a venda ‐ salvados (12.1) 53.627 47.595
Outros valores ‐ almoxarifado 14.056 16.255
(‐) Provisão para redução ao valor
recuperável (15.573) (13.260)
52.110 50.590
12.1 Bens a venda ‐ salvados Composição quanto aos prazos de permanência:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Permanência até 30 dias 5.518 8.210
Permanência de 31 a 60 dias 10.160 7.984
Permanência de 61 a 120 dias 9.164 6.543
Permanência de 121 a 365 dias 10.519 8.589
Permanência a mais de 365 dias 18.266 16.269
53.627 47.595
(‐) Redução ao valor recuperável (15.573) (13.260)
38.054 34.335
57
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Os bens a venda – salvados da Companhia são compostos, principalmente, dos ramos de
automóveis.
13. Custo de aquisição diferido (DAC)
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Automóvel 359.787 360.243
Patrimonial 69.455 69.230
Riscos Financeiros 51.090 46.832
Pessoas 18.622 18.419
Responsabilidade 1.488 1.611
Transportes 1.186 1.422
Animal / Rural 252 2.231
Outros 3 3
501.883 499.991
Circulante 497.998 496.356
Não circulante 3.885 3.635
O prazo médio de diferimento dos custos de aquisição diferidos é de 12 meses.
13.1 Movimentação
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Saldo inicial 499.991 453.757
Adições 512.855 1.024.122
Baixas (510.963) (977.888)
Saldo final 501.883 499.991
58
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
14. Participações societárias
Participação
(%)
Saldos em
Dezembro
de 2012
Resultado
equivalência
patrimonial Dividendos
Ajuste TVM
controladas
Ajuste de
avaliação
patrimonial/
outros
Saldos em
Junho de
2013
Porto Vida 99,97 218.725 7.806 (59.586) ‐ ‐ 166.945
Porto Saúde 99,98 209.215 2.053 (74.501) ‐ ‐ 136.767
Porto Capita l i zação 99,99 13.014 (248) ‐ ‐ ‐ 12.766
Porto Uruguai 100,00 52.759 4.772 ‐ (2.482) 2.270 57.319
IRB ‐ Bras i l
Resseguros 1,85 7.083 ‐ ‐ ‐ ‐ 7.083
Outros ‐ 488 ‐ ‐ ‐ (14) 474
501.284 14.383 (134.087) (2.482) 2.256 381.354
15. Imobilizado
Saldo residual
em Dezembro
de 2012 Aquisições Baixas
Despesas de
depreciação
Outros /
transferência Custo
Depreciação
acumulada Valor Líquido
Taxas anuais de
depreciação
(%)
Terrenos 241.509 13.999 15.182 270.690 ‐ 270.690
Edificações (*) 351.373 15.373 (4.270) (15.182) 381.627 (34.333) 347.294 2,5
Imóveis de uso 592.882 29.372 ‐ (4.270) ‐ 652.317 (34.333) 617.984
Informática 71.845 10.851 (14) (11.843) 86 193.887 (122.962) 70.925 12,5 a 25
Equipamentos 43.176 3.774 (161) (4.355) 340 73.884 (31.110) 42.774 10 a 14,3
Móveis, máq. e utensíl ios 44.757 2.604 (264) (3.094) 76.801 (32.798) 44.003 10,0
Veículos 12.480 477 (298) (2.080) 22.073 (11.494) 10.579 20,0
Rastreadores 6.260 3.008 (1.160) (1.089) 148.427 (141.408) 7.019 25 a 33,3
Bens móveis de uso 178.518 20.714 (1.897) (22.461) 426 515.072 (339.772) 175.300
Obras em andamentos 156.862 62.558 219.420 219.420 ‐
Outras imobilizações 26.433 432 (3.590) (426) 34.997 (12.148) 22.849 20
Outras imobilizações 183.295 62.990 ‐ (3.590) (426) 254.417 (12.148) 242.269
954.695 113.076 (1.897) (30.321) ‐ 1.421.806 (386.253) 1.035.553
Movimentações Junho de 2013
(*) Para este item foi utilizada taxa média ponderada. O ativo imobilizado e o ativo intangível com vida útil definida são alocados às respectivas UGCs e avaliados quanto à evidência objetiva de perda a cada fechamento de exercício, decorrente de fatores internos ou externos ao negócio da Companhia. A Companhia não observou evidências objetivas de “impairment” durante os testes executados em 2012; diante disso, a Companhia não identificou a necessidade de reconhecimento de perda. Em junho de 2013, a Companhia detinha o total de R$ 109.981 (R$ 110.664 em dezembro de
2012) em imóveis vinculados como garantias das provisões técnicas de seguros na SUSEP. Até
este momento, esses ativos não foram utilizados como garantias das provisões técnicas.
59
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
16. Intangível
Saldo residual
em Dezembro
de 2012 Aquisições
Despesas de
Amortização
Outros /
transferência Custo
Amortização
acumulada
Valor
Líquido
Softwares 183.713 43.994 (14.267) 159 295.546 (81.947) 213.599
Outros intangíveis 1.168 150 (91) (159) 2.282 (1.214) 1.068
184.881 44.144 (14.358) ‐ 297.828 (83.161) 214.667
Movimentações Junho de 2013
17. Contas a pagar
17.1 Obrigações a pagar
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Fornecedores 66.583 68.472
Participação nos lucros a pagar 16.946 78.745
Provisão Benefícios a empregados 32.677 32.810
Transações com partes relacionadas
(vide nota 33 (a)) ‐ 745
Aluguéis a pagar 1.466 1.449
Outras 6.842 4.423
124.514 186.644
Circulante 91.837 153.834
Não circulante 32.677 32.810
17.2 Impostos e encargos sociais a recolher
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Imposto sobre operações financeiras ‐ IOF 68.233 73.365
Imposto de renda retido na fonte ‐ IRRF 4.040 7.154
Contribuições previdenciárias e contribuições
para o FGTS 16.273 15.714
Outros impostos e encargos sociais 1.623 736
90.169 96.969
17.3 Encargos trabalhistas Correspondem à provisão de férias, 13º salários e aos respectivos encargos sociais.
60
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
17.4 Outras contas a pagar Referem‐se, principalmente, a cheques emitidos ainda não compensados. 18. Débitos de operações com seguros e resseguros ‐ Corretores de seguros e
resseguros
Referem‐se a comissões a pagar aos corretores por ocasião da cobrança de títulos e as
recuperações relativas aos prêmios restituídos.
19. Depósitos de terceiros
Referem‐se, principalmente, a valores recebidos de segurados para quitação de apólices em
processo de emissão e de recebimentos de prêmios de seguros fracionados em
processamento. A tabela a seguir demonstra a abertura por prazos:
De 1 a
30 dias
De 1 a
6 meses
De 7 a
12 meses
Acima de
12 meses Total
Cobrança antecipada de
prêmios 6.709 640 312 309 7.970
Prêmios e emolumentos
recebidos 5.629 ‐ ‐ ‐ 5.629
Outros depósitos 34.442 7.234 3.610 6.011 51.297
Total 30 de junho de
2013 46.780 7.874 3.922 6.320 64.896
Total 31 de dezembro de
2012 32.020 10.274 5.989 4.909 53.192
Junho de 2013
20. Provisões técnicas – seguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Danos (20.1) 2.799.009 2.752.195 2.823.019 2.778.862
Pessoas (20.2) 152.651 144.349 150.112 146.052
Vida individual (20.3) 55.971 52.474 36.182 35.981
Total 3.007.631 2.949.018 3.009.313 2.960.895
Circulante 2.989.270 2.991.865
Não circulante 18.361 17.448
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
61
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.1 Danos
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 2.244.953 2.233.340 2.304.861 2.277.995
Sinistros e benefícios a l iquidar 428.418 393.417 407.609 390.744
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 112.872 112.672 91.412 90.987
Outras Provisões 12.766 12.766 19.137 19.137
Total 2.799.009 2.752.195 2.823.019 2.778.862
Circulante 2.781.225 2.805.963
Não circulante 17.784 17.056
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
20.2 Pessoas
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 66.712 66.657 65.132 64.759
Sinistros e benefícios a l iquidar 60.343 53.539 60.374 57.017
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 24.171 22.728 23.199 22.869
Provisão de insuficiência de prêmios ‐ ‐ 157 157
Outras Provisões 1.425 1.425 1.250 1.250
Total 152.651 144.349 150.112 146.052
Circulante 152.302 149.720
Não circulante 349 392
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
62
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.3 Vida individual
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 37.833 37.833 22.386 22.386
Sinistros e benefícios a l iquidar 8.147 5.143 4.617 4.617
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 5.628 5.135 4.816 4.615
Provisão para insuficiência de
prêmios ‐ ‐ 4.363 4.363
Outras provisões 4.363 4.363 ‐ ‐
Total 55.971 52.474 36.182 35.981
Circulante 55.743 36.182
Não circulante 228 ‐
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
20.4 Garantia das provisões técnicas
De acordo com as normas vigentes, foram vinculados à SUSEP os seguintes ativos:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Danos 2.799.009 2.823.019
Pessoas 152.651 150.112
Vida individual 55.971 36.182
Total das provisões técnicas 3.007.631 3.009.313
(‐) Operações com resseguradoras (58.613) (48.418)
(‐) Custos de aquisição diferidos (i) (303.023) ‐
(‐) Fundos e reservas retidos pelo IRB (324) (226)
(‐) Direitos creditórios (i i) (915.945) (944.606)
Montante a ser garantido 1.729.726 2.016.063
Títulos de renda fixa ‐ privado 257.823 232.525
Quotas de fundos de investimento 1.551.875 1.826.914
Garantias das provisões técnicas 1.809.698 2.059.439
Excedente 79.972 43.376
(i) A Circular SUSEP nº 461/13 possibilitou a dedução dos custos de aquisição diferidos liquidados, da necessidade de cobertura das provisões técnicas por ativos garantidores. (ii) Montante correspondente às parcelas a vencer componentes dos prêmios a receber e de apólices de riscos a decorrer.
63
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.5 Movimentação do passivo de contratos de seguro e ativo de resseguro
Passivo de
Contratos
de Seguros
Ativos de
Contratos
Resseguros
Saldo em 31 de dezembro de 2011 2.713.065 50.414
Novos contratos emitidos e sinistros avisados 7.346.288 99.389
Riscos expirados (*) (4.889.355) (59.596)
Pagamentos e recebimentos (2.160.685) (38.558)
"Impairment" de ativos resseguro ‐ (1.747)
Saldo em 31 de dezembro de 2012 3.009.313 49.902
Novos contratos emitidos e sinistros avisados 3.917.679 41.071
Riscos expirados (*) (2.785.649) (10.267)
Pagamentos e recebimentos (1.133.712) (20.319)
"Impairment" de ativos resseguro ‐ (1.774)
Saldo em 30 de junho de 2013 3.007.631 58.613
(*) Referem‐se substancialmente a amortização da PPNG, aos sinistros encerrados sem indenização.
20.6 Desenvolvimento de provisões
A tabela abaixo mostra a movimentação das provisões para sinistros da Companhia (em
milhões), denominada de tábua de desenvolvimento de sinistros (*):
Junho
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Provisões para sinistros no
fim do exercício anterior 329,6 361,9 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6
Sinistros avisados 1.228,0 1.333,3 1.605,0 1.777,2 1.978,5 2.304,3 2.397,1 1.275,1
Exercício atual 1.165,4 1.265,3 1.523,0 1.618,8 1.809,6 2.202,9 2.233,7 1.147,5
Exercícios anteriores 62,6 68,0 82,0 158,4 168,9 101,4 163,4 127,6
Pagamentos (1.195,6) (1.330,8) (1.658,4) (1.752,4) (1.882,6) (2.253,3) (2.395,2) (1.241,0)
Exercício atual (1.035,9) (1.151,1) (1.482,8) (1.515,2) (1.650,4) (1.989,8) (2.036,3) (946,1)
Exercícios anteriores (159,8) (179,7) (175,6) (237,2) (232,2) (263,5) (358,9) (294,9)
Provisões para sinistros no
fim do exercício ‐ bruto de
resseguro 361,9 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6 518,7
Provisões para sinistros no
fim do exercício ‐ líquido de
resseguro 343,9 346,7 298,2 315,2 411,1 455,5 456,9 473,2
Dezembro
64
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(*) Não incluem DPVAT e retrocessão. A inclusão dessas provisões pode distorcer as informações apresentadas
nesta tabela, tendo em vista que tais provisões não são materiais (retrocessão) ou são calculadas com base em
diferentes metodologias (DPVAT). O critério de apresentação das provisões para sinistro é sua data de ocorrência.
A tabela a seguir mostra o desenvolvimento de pagamentos de sinistros (em milhões). A linha
“sobra (falta) cumulativa” reflete a diferença entre o último valor da provisão reestimada e o
valor da provisão estabelecida originalmente. O objetivo dessa tabela é demonstrar a
consistência da política de provisionamento de sinistros da Companhia:
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Provisões para sinistros 361,9 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6
Valor cumulativo e pago até
Um ano mais tarde 179,8 175,6 237,3 232,2 264,9 358,9 295,0
Dois anos mais tarde 212,3 213,5 258,9 251,4 330,6 379,9 ‐
Três anos mais tarde 237,6 227,4 274,1 303,7 347,1 ‐ ‐
Quatro anos mais tarde 250,1 240,4 320,0 318,5 ‐ ‐ ‐
Cinco anos mais tarde 262,5 281,9 332,6 ‐ ‐ ‐ ‐
Seis anos mais tarde 300,1 293,1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sete anos mais tarde 310,1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Provisões reestimadas
Um ano mais tarde 124,7 111,3 126,6 160,2 124,8 158,0 195,6
Dois anos mais tarde 94,9 104,0 134,8 106,7 130,8 164,4 ‐
Três anos mais tarde 89,5 111,0 87,6 112,2 136,6 ‐ ‐
Quatro anos mais tarde 93,8 75,2 91,8 117,0 ‐ ‐ ‐
Cinco anos mais tarde 64,5 76,5 95,7 ‐ ‐ ‐ ‐
Seis anos mais tarde 64,9 80,4 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sete anos mais tarde 69,5 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sobra (falta) cumulativa ‐
bruta de resseguro (17,7) (9,1) (117,3) (99,7) (52,0) (61,6) (6,0)
Sobra (falta) cumulativa ‐
líquida de resseguro (15,5) (5,9) (104,4) (87,5) (47,7) (66,4) (21,5)
Dezembro
65
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.7 Provisão de sinistros a liquidar – judicial
A tabela a seguir demonstra a movimentação dos sinistros judiciais:
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Saldo inicial 154.066 144.651 134.556 126.566
Total pago no periodo (18.699) (18.696) (33.002) (32.767)
Novas constituições no periodo 24.359 21.202 49.948 48.897
Baixas da provisão por êxito (11.423) (9.364) (23.326) (22.075)
Baixa da provisão por alteração de
estimativas ou probalidades (28.824) (28.824) (31.682) (28.756)
Alteração da provisão por
reestimativa, atualização monetária e
juros (i) 47.768 42.368 57.572 52.787
Saldo final (ii) 167.247 151.337 154.066 144.652
Quantidade de processos 7.998 7.998 7.459 7.459
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
(i) Atualização monetária de acordo com a taxa de atualização monetária dos débitos judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. (ii) Não incluem saldos de DPVAT.
20.7.1 Prazo médio pendente de pagamento
A tabela a seguir demonstra o prazo médio de pagamento dos processos judiciais decorrentes
de sinistros:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Até 30 dias 659 233
De 31 a 60 dias 267 615
De 61 a 120 dias 978 1.319
De 121 a 180 dias 1.653 1.271
De 181 a 365 dias 6.646 7.176
Acima de 365 dias 157.044 143.452
167.247 154.066
21. Outros débitos – provisões judiciais A Companhia é parte envolvida em processos judiciais, de naturezas tributária, trabalhista e
cível. As provisões decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela
Administração, amparada pela opinião do departamento jurídico da Companhia e de seus
consultores externos, contudo existem incertezas na determinação da probabilidade de perda
das ações, no valor esperado de saída de caixa e no prazo final destas saídas. Os saldos e as
movimentações das provisões para processos estão demonstrados a seguir:
66
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Dezembro
de 2012
Fiscais Trabalhistas Cíveis Total Total
Saldo inicial 2.073.123 7.179 15.438 2.095.740 1.890.813
Constituições 80.736 1.208 328 82.272 143.827
Reversões/pagamentos (59.264) (682) (1.355) (61.301) (43.849)
Atualização monetária 43.418 749 774 44.941 104.949
Saldo final 2.138.013 8.454 15.185 2.161.652 2.095.740
Quantidade de processos
(unidades) 19 305 426 750 789
Junho
de 2013
(a) Provisão para processos fiscais
As ações judiciais de natureza fiscal (tributária), quando classificadas como obrigações legais, são objeto de constituição de provisão independentemente de sua probabilidade de perda. As demais ações judiciais fiscais são provisionadas, desde que a classificação de risco de perda seja provável. Segue a composição destes processos por natureza:
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
COFINS (i) 1.394.247 1.306.603
PIS (i i) 331.029 308.150
Imposto de renda (i i i) 222.837 215.203
INSS ‐ autônomos (iv) 137.799 135.586
CSLL (v) e (vi) 39.116 64.679
Compensação Prejuízo Fiscal base IR (vii) ‐ 32.741
Programa de alimentação ao trabalhador ‐ PAT 6.803 5.713
Outras 6.182 4.448
2.138.013 2.073.123
(i) COFINS
Com o advento da Lei nº. 9.718/98, as companhias de seguros e de previdência complementar,
entre outras, ficaram sujeitas ao recolhimento da COFINS, incidente sobre suas receitas, à
alíquota de 3%, a partir de fevereiro de 1999, e de 4% depois da promulgação da Lei nº.
10.684/03. A Companhia questiona judicialmente essa tributação, bem como a base de cálculo
fixada pela Lei nº. 9.718/98, que conceituou faturamento como equivalente à receita bruta. Na
ação movida pela Companhia atualmente aguarda‐se julgamento do Recurso Extraordinário e
da Reclamação Constitucional pelo STF.
67
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(ii) PIS
A Companhia discute judicialmente a exigibilidade da contribuição ao PIS, instituída nos
termos das Emendas Constitucionais – EC nº 10/96 e 17/97 e da Lei 9.718/98, as quais
alteraram a base de cálculo e a alíquota da contribuição, que passou a incidir sobre a receita
bruta operacional.
Na ação que discute a EC 10/96, aguarda‐se julgamento do Recurso Especial e do Recurso
Extraordinário interpostos pela Companhia. Na ação que discute a EC 17/97, atualmente
aguarda‐se julgamento dos Recursos Especial e do Recurso Extraordinário interpostos pela
Companhia. Na ação que discute a Lei nº 9.718/98, atualmente aguarda julgamento do
Recurso de Apelação interposto pela Companhia.
(iii) Dedutibilidade de tributos e contribuições na base de cálculo de IRPJ e CSLL
A Companhia questiona a constitucionalidade da Lei nº 8.981/95 que proibiu a dedução de
tributos e contribuições discutidos judicialmente na base de cálculo do IRPJ e da CSLL pelo
regime de competência. Atualmente na ação movida pela Companhia, aguarda‐se o
julgamento do Recurso Especial.
(iv) Instituto Nacional do Seguro Social ‐ INSS autônomos
A Companhia discute judicialmente os valores relativos à contribuição previdenciária,
requerendo a suspensão da exigibilidade da referida contribuição incidente sobre as
remunerações dos autônomos, empresários e avulsos, nos termos da Lei Complementar nº
84/96 e da Lei nº 9.876/99, por entender ser indevido o adicional de 2,5% exigido somente
para as instituições financeiras e seguradoras.
Na ação que discute a LC nº 84/96, aguarda ‐se o julgamento do Recurso de Apelação
interposto pela Companhia. Na ação que discute a Lei nº 9.876/99, aguarda‐se julgamento dos
Recursos Especial e Extraordinário interpostos pela Companhia.
(v) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (dedutibilidade da base de cálculo do
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica ‐ IRPJ)
A Companhia questiona judicialmente a legalidade e a constitucionalidade da Lei nº 9.316/96,
que proibiu a dedução da despesa da CSLL para a formação da base de cálculo do IRPJ.
Atualmente aguarda‐se o julgamento do Recurso Extraordinário interposto pela Companhia.
(vi) Dedutibilidade da JCP na base da CSL (1996)
A Companhia discute judicialmente a dedutibilidade da despesa relativa aos juros sobre o
capital próprio na formação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, no
período‐base de 1996. Atualmente aguarda‐se o julgamento do Recurso de Apelação
68
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
interposto pela Companhia. Com a perda da suspensão da exigibilidade, a Companhia optou
pelo pagamento do débito e a provisão foi revertida em junho de 2013.
(vii) Compensação de Prejuízos Fiscais
A Companhia discutia as disposições introduzidas pela Lei nº 8.981/95, exclusivamente quanto
a limitação da compensação de prejuízos fiscais em 30% do lucro ajustado, tendo efetuado
depósito judicial do montante discutido.
Com o advento da Lei nº 11.941/09, a Companhia aderiu ao programa de parcelamento de
débitos, e em fevereiro de 2013 foi efetuado o levantamento do deposito efetuado e o
processo foi encerrado.
(b) Contingências para processos fiscais e previdenciários
A Companhia é parte em outras ações de natureza fiscal e previdenciária que não são
classificadas como obrigações legais e não são reconhecidas contabilmente, quando
classificadas como perda possível ou remota. Os valores envolvidos em ações fiscais e
previdenciárias de perda possível tem seu risco total estimado em R$ 170.178. A principal
refere‐se à discussão do INSS sobre participação nos lucros e resultados da Companhia.
(c) Provisão para processos e contingências trabalhistas
A Companhia é parte em ações de natureza trabalhista e os pedidos mais frequentes referem‐
se a horas extras, reflexo das horas extras, descanso semanal remunerado, verbas rescisórias,
equiparação salarial e descontos indevidos. A probabilidade desses processos judiciais está
classificada como perda provável. O prazo médio para os desfecho das ações trabalhistas na
Companhia é de 30 meses.
Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes no montante de
R$ 5.336 para os quais, com base na avaliação dos advogados da Companhia (perda possível),
não há constituição de provisão. Apesar das incertezas envolvidas na determinação dessas
obrigações, a Administração não espera que haja efeitos significativos no resultado da
Companhia pelo desfecho destas ações.
(d) Provisão para processos e contingências cíveis
A Companhia é parte integrante em processos de natureza cível, cujas ações judiciais
apresentam objetos diversos. A probabilidade desses processos judiciais está classificada como
perda provável. O prazo médio para os desfecho das ações cíveis na Companhia é de 24 meses.
Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes, não registrados
contabilmente, no montante em riscos de R$ 42.462, para os quais, com base na avaliação dos
advogados da Companhia, as perdas são consideradas possíveis, não havendo constituição de
provisão para esses processos. Apesar das incertezas envolvidas na determinação dessas
obrigações, a Administração não espera que haja efeitos significativos no resultado da
Companhia pelo desfecho destas ações.
69
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
22. Patrimônio líquido
(a) Capital social
Em 30 de junho de 2013, o capital social autorizado, subscrito e integralizado era de R$
800.000 (R$ 750.000 em 31 de dezembro de 2012), dividido em 440.164.637 (unidades) ações
ordinárias nominativas escriturais e sem valor nominal. Em 8 de maio e 3 de julho de 2012
foram aprovados pela SUSEP aumentos de capital no montante de R$ 50.000 e R$ 20.000
(respectivamente). A SUSEP aprovou em 15 de fevereiro de 2013 o aumento de capital no
montante de R$ 50.000 aprovado pela AGE de 12 de novembro de 2012. Adicionalmente
existe o montante de R$ 30.000 de aumento de capital aprovado pela AGO/E de 28 de março
de 2013, aprovado pela SUSEP em 23 de julho de 2013.
(b) Reserva de reavaliação
Constituída em exercícios anteriores em decorrência das reavaliações de bens do ativo
imobilizado com base em laudos de avaliação, emitidos por peritos especializados.
A realização dessa reserva, proporcional à depreciação dos bens reavaliados, foi transferida
para lucros acumulados no período no montante de R$ 662 em 30 de junho de 2013 (R$ 2.416
em 31 de dezembro de 2012). Esse valor será considerado para cálculo de dividendos mínimos
obrigatórios. A Administração decidiu pela manutenção dos saldos existentes da reserva de
reavaliação até a efetiva realização, conforme previsto na Lei nº 11.638/07.
(c) Reservas de lucros
(i) Reserva Legal
A reserva legal, constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício, tem
por finalidade assegurar a integridade do capital social, em conformidade com o artigo 193 da
Lei nº 6.404/76. Em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012 seu saldo era de R$
160.196.
(ii) Reserva Estatutária
A reserva para manutenção de participações societárias tem como finalidade preservar a
integridade do patrimônio social e a participação da Companhia em suas controladas e
coligadas, evitando a descapitalização resultante da distribuição de lucros não realizados.
Serão destinados a essa reserva, em cada exercício, os lucros líquidos não realizados que
ultrapassarem o valor destinado à reserva de lucros a realizar prevista no artigo 197 da Lei nº
6.404/76. Em 30 de junho de 2013 seu saldo era de R$ 598.549 (R$ 688.917 em 31 de
dezembro de 2012). O saldo das Reservas de lucros não pode ultrapassar o saldo do Capital
social.
70
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(d) Dividendos e juros sobre o capital próprio
De acordo com o estatuto social, são assegurados aos acionistas dividendos mínimos
obrigatórios de 25%, calculados sobre o lucro líquido (da Controladora) do exercício ajustado.
O pagamento dos dividendos obrigatórios poderá ser limitado ao montante do lucro líquido
que tiver sido realizado nos termos da lei. O pagamento de Juros sobre o Capital Próprio ‐ JCP
(líquido dos efeitos tributários) é imputado aos dividendos mínimos obrigatórios. A provisão
relacionada a qualquer valor acima do mínimo obrigatório será constituída na data em que for
aprovada, antes disso será mantida no patrimônio líquido, conforme apresentado na
demonstração das mutações do patrimônio líquido.
A AGO/E de 28 de março de 2013 aprovou a distribuição de dividendos adicionais no valor de
R$ 134.117, referente ao exercício de 2012. Adicionalmente, foi referendada a distribuição de
JCP referente ao exercício de 2012 no montante de R$ 71.995, líquido de imposto de renda.
(e) Demonstração do patrimônio líquido ajustado – PLA e Margem de Solvência
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012 (*)
Patrimônio l íquido 1.817.210 1.826.322
(‐) Participação em sociedades financeiras e não
financeiras (381.354) (501.284)
(‐) Despesas antecipadas (17.671) (6.357)
(‐) Ativos intangíveis (214.667) (184.881)
Patrimônio líquido ajustado (PLA) 1.203.518 1.133.800
Margem de solvência (I) 986.384 977.509
Capital base (II) 15.000 15.000
Capital de risco de subscrição 989.047 860.092
Capital de risco de crédito 180.673 171.599
Capital de risco operacional 30.382 ‐
Benefício da diversificação (79.055) (74.197)
Total de capital de risco (III) 1.121.047 972.494
Capital Mínimo Requerido (maior entre I, II e III) 1.121.047 977.509
Suficiência de capital 82.471 156.291
(*) Conforme normativos vigentes para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012.
71
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
23. Variações das provisões técnicas de prêmios
As despesas com provisões técnicas apresentaram a seguinte variação:
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos (46.315) (59.526) (20.987) (29.703)
Provisão de riscos não expirados (14.923) (14.923) (2.099) (2.099)
Outras provisões 1.092 1.092 513 513
(60.146) (73.357) (22.573) (31.289)
1º Semestre
2013 2012
24. Prêmios ganhos
Prêmios
ganhos
Prêmios
cedidos
(resseguro)
%
Ressegurado
Prêmios
ganhos
Prêmios
cedidos
(resseguro)
%
Ressegurado
Automóveis 1.378.977 ‐ ‐ 1.117.987 (597) 0,1
Resp. Civil Facultativa
Veículos 351.465 ‐ ‐ 309.837 (2) ‐
Fiança Locatícia 142.286 ‐ ‐ 117.580 ‐ ‐
Compreensivo Empresarial 127.256 (5.709) 4,5 113.926 (6.897) 6,1
Assistência e Outras
Coberturas ‐ Auto 89.592 ‐ ‐ 139.881 ‐ ‐
DPVAT 70.526 ‐ ‐ 65.102 ‐ ‐
Compreensivo Residencial 59.703 (734) 1,2 45.856 (632) 1,4
Vida em grupo 56.962 (571) 1,0 52.406 (797) 1,5
Vida Individual 49.982 (2.712) 5,4 43.556 (1.905) 4,4
Eventos Aleatórios 34.934 (21) 0,1 26.475 ‐ ‐
Resp. Civil . Rodov. ‐ Carga 28.211 (41) 0,1 33.951 (241) 0,7
Acidentes Pessoais Coletivos 26.034 (366) 1,4 23.438 (93) 0,4
Acidentes Pessoais de
Passageiros 25.247 (2) ‐ 23.185 (33) ‐
Agrícola sem Cobertura do
FESR 20.247 (14.473) 71,5 11.900 (8.313) 69,9
Riscos Diversos 16.697 (17) 0,1 14.406 (29) 0,2
Prestamistas 16.054 ‐ ‐ 9.822 (1) ‐
Transporte Nacional 13.137 44 (0,3) 11.917 (82) 1,0
Compreensivo Condomínio 9781 (1.771) 18,1 7267 (354) 4,9
Demais Ramos 80.914 (7.297) 9,0 64.193 (3.687) 5,7
2.598.005 (33.670) 1,3 2.232.685 (23.663) 1,1
1º Semestre
2013 2012
72
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
25. Sinistros ocorridos
Sinistros
ocorridos
Índice de
sinistrali‐
dade (%)
Sinistros
ocorridos
Índice de
sinistrali‐
dade (%)
Automóveis (710.351) 51,5 (679.607) 60,8
Resp. Civil Facultativa Veículos (167.086) 47,5 (152.505) 49,2
Assistência e Outras Coberturas ‐ Auto (65.263) 72,8 (84.978) 60,8
Compreensivo Empresarial (62.512) 49,1 (41.529) 36,5
DPVAT (62.422) 88,5 (58.059) 89,2
Fiança Locatícia (33.672) 23,7 (29.176) 24,8
Vida em grupo (27.026) 47,4 (31.347) 59,8
Compreensivo Residencial (21.072) 35,3 (15.540) 33,9
Vida Individual (16.667) 33,3 (13.359) 30,7
Resp. C. Transp. Rodov. ‐ Carga (15.737) 55,8 (15.148) 44,6
Eventos Aleatórios (7.847) 22,5 (9.171) 34,6
Compreensivo Condomínio (5.447) 55,7 (3.951) 54,4
Acidentes Pessoais Coletivos (5.267) 20,2 (5.848) 25,0
Transporte Nacional (4.118) 31,3 (4.202) 35,3
Riscos Diversos (4.093) 24,5 (2.797) 19,4
Prestamista (3.473) 21,6 (3.977) 40,5
Agrícola sem Cobertura do FESR (3.372) 16,7 (11.726) 98,5
Acidentes Pessoais de Passageiros (353) 1,4 (446) 1,9
Demais Ramos (18.834) 23,3 (20.443) 31,8
(1.234.612) 47,5 (1.183.809) 53,0
1º Semestre
2013 2012
73
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
26. Custos de aquisição
Custos de
aquisição
Índice de
comissiona‐
mento (%)
Custos de
aquisição
Índice de
comissiona‐
mento (%)
Automóveis (293.299) 21,3 (259.258) 23,2
Resp. Civil Facultativa Veículos (70.309) 20,0 (68.479) 22,1 Fiança Locatícia (39.537) 27,8 (33.657) 28,6
Compreensivo Empresarial (33.551) 26,4 (32.423) 28,5
Assistência e Outras Coberturas ‐ Auto (21.769) 24,3 (35.504) 25,4
Compreensivo Residencial (18.110) 30,3 (14.793) 32,3
Vida em grupo (15.849) 27,8 (14.624) 27,9
Vida Individual (15.843) 31,7 (14.175) 32,5
Eventos Aleatórios (7.720) 22,1 (6.720) 25,4
Acidentes Pessoais Coletivos (7.554) 29,0 (7.066) 30,1
Resp. Civil. Rodov. ‐ Carga (6.968) 24,7 (7.100) 20,9
Acidentes Pessoais de Passageiros (5.174) 20,5 (5.198) 22,4
Transporte Nacional (3.410) 26,0 (3.014) 25,3
Riscos Diversos (3.375) 20,2 (6.614) 45,9
Prestamistas (3.221) 20,1 (538) 5,5
Agrícola sem Cobertura do FESR (2.777) 13,7 (1.344) 11,3
Compreensivo Condomínio (2.650) 27,1 (2.252) 31,0 DPVAT (1.025) 1,5 (962) 1,5
Demais Ramos (14.485) 17,9 (16.329) 25,0
(566.626) 21,8 (530.050) 23,7
1º Semestre
2013 2012
74
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
27. Outras receitas e despesas operacionais
2013 2012
Receitas com operações de seguros 323 3.358
Receitas com operações de seguros ‐ DPVAT 1.617 5.630
Total de outras receitas 1.940 8.988
Despesas com porto socorro (29.463) (27.156)
Despesas com dispositivo anti‐furto (19.119) (23.641)
Despesas com cobrança (16.805) (19.204)
Despesas com inspeção de riscos (14.678) (13.350)
Despesas com adm. de apólices e contratos (12.939) (33.862)
Despesas com encargos sociais (11.841) (11.092)
Provisão para devedores duvidosos (1.489) (4.299)
Lucros atribuídos (159) (114)
Outras (28.965) (30.453)
Total de outras despesas (135.458) (163.171)
Outras receitas e despesas operacionais (133.518) (154.183)
1º Semestre
28. Despesas administrativas
2013 2012
Pessoal e benefícios pós‐emprego (344.734) (317.968)
Serviços de terceiros (106.277) (101.491)
Localização e funcionamento (159.776) (150.715)
Despesas recuperadas (*) 175.820 160.136
Publicidade e publicações legais (24.213) (26.852)
Donativos e contribuições (5.706) (3.587)
Convênio DPVAT (2.034) (2.863)
Outras (5.558) (4.246)
(472.478) (447.586)
1º Semestre
(*) Referem‐se, principalmente, a rateio de gastos com recursos de uso comum pelas empresas do grupo Porto
Seguro.
75
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
29. Despesas com tributos
2013 2012
COFINS (57.883) (49.679)
PIS (9.406) (8.073)
Outras (2.295) (3.285)
(69.584) (61.037)
1º Semestre
30. Resultado financeiro
2013 2012
Ganhos l íquidos de variação de valor justo de
ativos financeiros 68.018 113.139
Receita de juros de:
Fracionamento de prêmios de operações de
seguros 57.044 53.226
Variação monetárias dos depósitos judiciais 7.495 12.213
Outras 4.699 16.316
Total de receitas financeiras 137.256 194.894
Variações monetárias de encargos sobre tributos
a longo prazo (38.723) (43.342)
Operações de seguro (12.882) (5.664)
Outras ‐ (423)
Total de despesas financeiras (51.605) (49.429)
Resultado financeiro 85.651 145.465
1º Semestre
31. Resultado patrimonial
2013 2012
Resultado de equivalência patrimonial (*) 14.383 63.103
Resultado com venda de imobilizado 3.496 2.907
17.879 66.010
1º Semestre
(*) Ver nota explicativa nº 14.
76
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
32. Benefícios a empregados
Em 1994 a Companhia implantou um plano de previdência complementar classificado como
plano de contribuição definida, segundo os critérios da IAS 19, para os empregados por meio
da Portoprev ‐ Porto Seguro Previdência Complementar, entidade fechada de previdência
complementar sem fins lucrativos.
Nos termos do regulamento desse plano, os principais recursos são representados por
contribuições de suas patrocinadoras e participantes, bem como pelos rendimentos
resultantes das aplicações desses recursos em investimentos. As contribuições efetuadas pelos
participantes variam entre 1% e 6% do salário de cada participante e a contribuição da
patrocinadora corresponde a 100% do valor de contribuição do participante.
33. Transações com partes relacionadas
As operações realizadas entre partes relacionadas são efetuadas a valores, prazos e taxas
médias compatíveis às praticadas com terceiros, vigentes nas respectivas datas. As principais
transações são:
(i) Despesas administrativas repassadas pela utilização da estrutura física e de pessoal;
(ii) Aluguéis dos prédios cobrados pela controlada Porto Vida;
(iii) Prestação de serviços do seguro saúde contratados da controlada Porto Saúde;
(iv) Prestação de serviços de monitoramento efetuado pela ligada Proteção e
Monitoramento;
(v) Prestação de serviços de administração de carteiras contratados da ligada Portopar;
(vi) Convênio de utilização do meio de pagamento cartão de crédito entre a Companhia e
a ligada Portoseg para pagamento de apólices de seguros;
(vii) Prestação de serviços de “Call Center” contratados da Porto Atendimento.
(a) Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão demonstrados
a seguir:
77
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Junho
de 2013
Dezembro
de 2012
Ativo
‐ Controladas
Porto Saúde 4.975 5.651
Porto Vida 885 1.189
‐ Ligadas
Azul Seguros 10.313 8.189
Itaú Auto e Residência 7.112 6.658
Porto Consórcio 1.211 1.273
Porto Atendimento 1.793 1.145
Porto Serviços 104 206
Portopar 371 183
Porto Capitalização 134 62
Porto Reciclagem 37 5
Proteção e Monitoramento 1.297 1.193
Serviços Médicos 276 281
Portomed 66 4
Crediporto 52 45
Porto Telecomunicações 11 150
Portoseg 1.874 1.622
Conecta Serviços 4 ‐
30.515 27.856
Passivo
‐ Controladora
Porto Seguro S.A. ‐ 336
‐ Controladas
Porto Saúde ‐ 409
‐ 745
78
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2013 2012 2013 2012
Demonstração do resultado
‐ Controladora
Porto Seguro S.A. 35 ‐ ‐ ‐
‐ Controladas diretas
Porto Vida 8.069 5.731 (2.134) (2.002)
Porto Saúde 31.653 32.929 (18.063) (17.496)
Porto Capitalização 419 ‐ (2.480) ‐
‐ Ligadas
Azul Seguros 56.032 49.870 ‐ ‐
Itaú Auto e Residência 41.231 35.522 ‐ ‐
Proteção e Monitoramento 10.164 8.742 (5.076) (6.730)
Porto Consórcio 8.071 6.925 ‐ ‐
Porto Renova 214 1.060 ‐ ‐
Portoseg 13.820 10.891 (5.471) (8.222)
Portopar 1.640 1.014 (544) (513)
Crediporto 345 335 ‐ ‐
Serviços Médicos 2.605 1.478 (61) (66)
Porto Seguro Serviços 937 5.473 (755) (1.811)
Porto Seguro Atendimento 9.287 7.106 (25.851) (22.410)
Conecta Serviços 21 ‐ ‐ ‐
Portomed S.A. 297 9 ‐ ‐
Porto Telecomunicações 525 2.137 ‐ ‐
185.365 169.222 (60.435) (59.250)
Receitas Despesas
1º Semestre 1º Semestre
(b) Transações com pessoal‐chave da administração, remuneração paga ou a pagar por
serviços está demonstrada a seguir:
2013 2012
Participação nos lucros – administradores 10.596 12.633
Honorários de diretoria e encargos 5.029 5.904
15.625 18.537
1º Semestre
34. Outras informações
(a) Comitê de Auditoria
O Relatório do Comitê de Auditoria foi publicado em conjunto com as informações trimestrais
de 30 de junho de 2013 da Porto Seguro S.A.. A atuação do Comitê de Auditoria da Companhia
abrange todas as sociedades do grupo Porto Seguro, sendo exercida a partir da Porto Seguro
S.A., companhia aberta, detentora do controle das sociedades que integram o grupo.
79
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(b) Composição acionária
Porto Seguro Cia de Seguros Gerais Quant. Ações %
Porto Seguro S.A 440.164.636 100,00
440.164.636 100,00%
Porto Seguro S.A. Quant. Ações %
Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. 228.941.889 70,52%
Outros 94.351.141 29,18%
323.293.030 100,00%
Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %
Pares Empreendimentos e Participações S.A. 94.021.035 41,07%
Itauseg Participações S.A. 52.808.249 23,07%
Itaú Unibanco S.A. 43.651.038 19,07%
Rosag Empreendimentos e Participações S.A. 36.169.533 15,80%
Jayme Brasil Garfinkel 458.802 0,20%
Outros 1.833.232 0,80%
228.941.889 100,00%
Pares Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %
Jayme Brasil Garfinkel 18.285.878 32,85%
Cleusa Campos Garfinkel 16.986.763 30,52%
Ana Luiza Campos Garfinkel 10.192.058 18,31%
Bruno Campos Garfinkel 10.192.058 18,31%
Ações ON 55.656.757 100,00%
Ana Luiza Campos Garfinkel 6.794.705 50,00%
Bruno Campos Garfinkel 6.794.705 50,00%
Ações PN 13.589.410 100,00%
Rosag Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %
Jayme Brasil Garfinkel 2.975.004 100,00%
2.975.004 100,00%
Itauseg Participações S.A. Quant. Ações %
Banco Itaucard S.A. 1.582.676.639 31,21%
Itaú Unibanco S.A. 2.933.672.311 57,85%
Banco Itaú BBA S.A. 554.902.067 10,94%
5.071.251.017 100,00%
Itaú Unibanco S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco Holding S.A. 2.081.169.523 100,00%
Ações ON 2.081.169.523 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 2.014.258.290 100,00%
Ações PN 2.014.258.290 100,00%
Banco Itaucard S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco S.A. 233.014.359.491 97,92%
Outros 4.948.280.291 2,08%
Ações ON 237.962.639.782 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 1.277.933.118 100,00%
Ações PN 1.277.933.118 100,00%
80
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Banco Itaú BBA S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco Holding S.A. 5.284.526 100,00%
Ações ON 5.284.526 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 5.284.526 100,0%
Ações PN 5.284.526 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. Quant. Ações %
IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações S.A. 1.284.289.710 51,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. 973.657.190 38,66%
Outros 260.268.140 10,34%
Ações ON 2.518.215.040 100,00%
Outros 2.509.814.670 % Particip.
Ações PN 2.509.814.670 100,00%
IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. (ações classe A) 355.227.092 50,00%
Companhia E. Johnston de Participações (ações classe B) 355.227.092 50,00%
Ações ON 710.454.184 100,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. 350.942.273 100%
Ações PN 350.942.273 100,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. Quant. Ações %
Fundação Petrobrás de Seguridade Social ‐ PETROS 290.377.197 14,145%
Alfredo Egydio Arruda Villela Filho 243.120.188 11,843%
Ana Lucia de Mattos Barretto Villela 243.120.188 11,843%
Fundação Itaú Social 231.726.631 11,288%
Rudric ITH S.A. 158.752.856 7,733%
Outros 885.821.449 43,149%
Ações ON 2.052.918.509 100,00%
Alfredo Egydio Arruda Villela Filho 133.983.133 4,086%
Ana Lucia de Mattos Barretto Villela 143.338.307 4,371%
Rudric ITH S.A. 103.330.900 3,151%
Outros 2.898.634.872 88,392%
Ações PN 3.279.287.212 100,00%
Companhia E. Johnston de Participações Quant. Ações %
Fernando Roberto Moreira Salles 400 25,00%
João Moreira Salles 400 25,00%
Pedro Moreira Salles 400 25,00%
Walther Moreira Salles 400 25,00%
Ações ON 1.600 100,00%
Fernando Roberto Moreira Salles 800 25,00%
João Moreira Salles 800 25,00%
Pedro Moreira Salles 800 25,00%
Walther Moreira Salles 800 25,00%
Ações PN 3.200 100,00%
Rudric ITH S.A. Quant. Ações %
Maria de Lourdes Egydio Villela 809.250.630 100,00%
809.250.630 100,00%
81
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(c) Evento subsequente
A SUSEP aprovou em 23 de julho de 2013 o aumento de capital da Companhia por meio da
Portaria nº 5422, no montante de R$ 30.000, conforme apresentado na Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido.
***
82
Rosa Garfinkel Presidente de Honra
Fábio Luchetti Diretor Presidente
Luiz Alberto Pomarole Diretor Geral
Marcelo Sebastião da Silva Diretor de Produto ‐ Automóvel
Edson Frizzarim Diretor de Produto ‐ Ramos Elementares
Fábio Ohara Morita Diretor de Produto ‐ Seguro de Pessoas
José Luis Schneedorf Ferreira da Silva Diretor de Produção
José Roberto Ferreira da Silva Montoro Diretor de Produção
José Rivaldo Leite da Silva Diretor de Produção
Marcelo Barroso Picanço Diretor Financeiro
Ítalo Gennaro Flammia Diretor de Tecnologia da Informação
Roberto de Souza Santos Diretor Operacional
Lene Araújo de Lima Diretor Jurídico
Beatriz Pacheco Rodrigues Diretora de Recursos Humanos e Resp. Social e Ambiental
Celso Damadi Diretor de Controladoria
Sonia Aparecida Belezi Rica Diretora de Atendimento
Manoel Sabino Neto Diretor
Milton Pereira de Oliveira Junior Diretor
Celso Damadi Joel Garcia
Contador ‐ CRC 1SP197919/O‐2 Atuário ‐ MIBA 1131
DIRETORIA
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