Carlos Freire 2013

Carlos Freire

2013

Meio Ambiente e Qualidade de Vida

Gestão da Qualidade

Carlos Freire - 2013

Meio Ambiente e Qualidade de Vida

Gestão da Qualidade

Unidades de Conservação

Fonte: SENAC – EAD – Educação Ambiental


Gestão da QualidadeMeio Ambiente e Qualidade de Vida


São áreas de preservação ou conservação dos recursos naturais de um Ecossistema.

Preservação e Conservação são a mesma coisa?




PreservaçãoPreservacionismo é uma corrente que aborda a proteção da natureza desconsiderando seu valor econômico ou utilitário, considerando que a intervenção do homem, em qualquer situação, provoca o desequilíbrio ambiental. Assim, defende que áreas de preservação devem permanecer intocadas, independente de seu valor. É uma posição mais radical.




PreservaçãoSão consideradas áreas de preservação: Reservas Biológicas, Parques Nacionais, Estações Ecológicas, Refúgios de Vida Silvestre e Monumentos Naturais.



Área de Preservação na Amazônia Reserva de Mamirauá Alto Amazonas



Área de Preservação na Amazônia Reserva Adolpho Ducke




ConservaçãoConservacionismo é outra corrente de pensamento ambiental que considera a utilização dos recursos naturais de forma racional, de forma a garantir sua renovação ou autosustentação.A exploração agrícola do solo é um exemplo, desde que adote-se técnicas que o protejam da erosão e redução de fertilidade.




ConservaçãoSão consideradas áreas de conservação: Área de Proteção Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva Extrativista, Floresta Nacional, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e Reserva da Fauna.



Área de Proteção Ambiental – APANa AmazôniaCaverna MaroagaPresidente Figueiredo




No entorno das áreas de conservação são delimitados espaços nomeados “zonas tampão” que contém restrições de ocupação visando reduzir os impactos sobre a área de conservação.




Visando preservar o patrimônio natural brasileiro foi promulgada a Lei 9.985 de 2.000 que classifica as diversas áreas de conservação.No Brasil temos 728 áreas de conservação com diferentes classificações, podendo ser de preservação total, exploração sustentável, visitação e estudos.



Unidades de ConservaçãoClassificação das áreas de conservação segundo a Lei 9.985/2000

Parque Nacional: Áreas que apresentam caracterísiticas naturais destinadas a pesquisas científicas e educação ambiental;Reserva Biológica: Unidade de conservação destinada ao abrigo de espécies da fauna e flora com importante significado científico;Reserva Ecológica: Área de conservação permanente que objetiva a proteção e manutenção de Ecosistemas;




Floresta Nacional: Unidade de conservação estabelecida para garantir a proteção dos recursos naturais, sítios arqueológicos, desenvolvimento de pesquisas científicas, lazer, turismo e educação ambiental;Reserva extrativista: Espaço utilizado por populações locais que realizam o extrativismo vegetal e/ou mineral. Tis unidades visam a realização de atividade econômica de forma sustentável;




Refúgio da Vida Silvestre: Área destinada à proteção dos ambientes naturais para a reprodução de espécies da flora local e da fauna migratória;Reservas da Fauna: Área destinada ao estudo sobre o manejo econômico sustentável das espécies nativas;Reserva de desenvolvimento Sustentável: Visa a preservação da Natureza de que a qualidade de vida das populações tradicionais seja assegurada;




Estação Ecológica: Espaços destinados à realização de pesquisas básicas aplicadas à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental;Áreas de Proteção Ambiental: Unidade de conservação destinada ao desenvolvimento sustentável, sendo que em algumas áreas é permitido o desenvolvimento de atividades econômicas, desde que haja a proteção da fauna , da flora e da qualidade de vida da população local;




Reserva Particular do Patrimônio Natural: Área privada que tem por objetivo conservar a diversidade biológica.

Fonte: www.brasilescola.com

http://www.brasilescola.com/



A Conservação em números




A par de todo discurso ambiental a que se assiste na atualidade, a análise dos números relativos ao ambiente não são muito animadores.

Na atualidade, apenas 3% da Terra estão reservados para proteção da biodiversidade. No Brasil, ainda que com grande área natural, boa parte desse patrimônio já foi destruído.




A Mata Atlântica que ocupava grande parte da área litorânea do país, conta, hoje, com apenas 9% da sua grandeza inicial.

A Amazônia que possui uma área equivalente à metade do continente europeu é vítima de destruição a cada minuto. A destruição ocorre em um ritmo em torno de um milhão de hectares por ano.




A Mata das Araucárias que ocupava desde o sul de Minas Gerais e São Paulo até o sul do Rio Grande do Sul e parte da Argentina, quando da chegada dos colonizadores tinham uma área aproximada de 100 mil km2.

Hoje conta com 3 mil km2.




A Caatinga, ecossistema com aproximadamente 1.100 mil km2, tem ação antrópica em 800 mil km2 e algo em torno de 40 mil km2 já se transformaram em quase desertos.




O Cerrado vem sendo destruído sistematicamente há pelo menos 40 anos e de um total de 2,1 milhões de km2, 700 mil km2 sofrem ação antrópica.




O Pantanal com mais de 100 mil km2 de áreas inundáveis e aproximadamente 150 mil km2 de área total, também sofre com a ocupação humana e já apresenta sérios problemas como o assoreamento dos rios.




O litoral brasileiro, conta com uma extensão de 7.367 km, desde o Oiapoque até o arroio Chuí no sul do país, apresenta um verdadeiro espetáculo de paisagens variadas e exuberantes.Ainda assim, os mangues, ecosistemas importantíssimos, são os mais devastados, vítimas de aterramento para especulação imobiliária.




Seguindo o encadeamento natural, com a destruição dos ecosisitemas, a fauna que o habitava também é destruída e nem sempre é possível recuperar essas áreas.Alguns animais não se reproduzem em cativeiro, outros só sobrevivem em determinados hábitats (endêmicos) e os mais cosmopolitas e menos especializados é que têm mais chances de sobrevivência.Programas oficiais ou do terceiro setor vêm buscando reduzir tal impacto e recuperar áreas degradades e proteger espécies sob o risco de extinção.




Um belo exemplo é do Projeto Tamar, desenvolvido pelo IBAMA ao longo de toda costa brasileira e que busca a continuidade das espécies de tartarugas marinhas.



Projeto Tamar




Um outro fator que interfere diretamente na conservação ambiental é a presença de espécies exóticas – alóctones – nos mais diversos ambientes.São espécies generalistas que se fixam facilmente nos mais diversos ambientes, causando o desequilíbrio entre as espécies autóctones, próprias dos ecossistemas.A movimentação de espécies exóticas são decorrentes da ação descuidada do homem que as levam de um para outro lugar, muitas vezes ambientes frágeis e que acabam, as espécies exóticas, apoderando-se dos ambientes.



Espécies Exóticas




As questões sócio-econômicas também são fatores de destruição ambiental:. Avanço de fronteiras agropecuárias e mineradoreas para regiões nativas;. Crescimento desordenado da população;. Desequilíbrio regional de renda e infraestrutura social, migração urbana.




Todos esses fatores são decorrentes de um modelo de desenvolvimento predatório, característico do capitalismo e baseado na produção e consumo intermitentes e crescentes que estimula o crecimento econômico não sustentável.Cabe aos países periféricos o papel de produtores e fornecedores de matérias primas e alimentos para os países desenvolvidos, que ocupam-se da produção de novas tecnologias.Essa antiga distribuição injusta de papéis se torna, nos dias de hoje, mais perversa.




Só consome quem tem capital e quanto maior o capital, maior o consumo e maior a exigência de recursos naturais.

As populações pobres permanecem à margem do processo, sobrevivendo em condições insalubres e precárias.

Indicar culpados é pouco, faz-se necessária a revisão das relações entre modelo econômico, impacto ambiental e situação social.



Finalizando...A menos que seja formada uma parceria entre o setor privado, o setor público, os sindicatos e o meio científico e que essa parceria coopere para que se chegue ao discernimento do lugar onde queremos estar, há poucas esperanças de que a sociedade, como um todo, seja capaz de seguir em frente, de gerar mais pela opção por estratégias proativas e Emissão Zero.Então, cabe a nós fazer a diferença! Os instrumentos estão disponíveis e os tolos estão por toda parte. Cabe aos inteligentes fazerem a diferença. Dr. Lúcio Brush – Presidente da Fundação Zeri – Brasil, www.zeri.org.br

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