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PALAVRA DO PRESIDENTE ................................................................... 06ASSEMBLEIA - Comunidade aprova programas ................................... 08FÓRUM - Democracia e participação ................................................... 09LEGADO - Rede Nacional de Treinamento ........................................... 12BOLSA PÓDIO - Programa permite a melhor preparação ..................... 14CAIXA & CBAt - Parceria fortalece esporte .......................................... 15GLOBO - Boas histórias do Atletismo na TV ......................................... 16NIKE - Empresa tem o DNA do Atletismo ............................................ 17INDOOR - Duda faz história na Polônia ............................................... 18REVEZAMENTOS - Brasil alcança a meta no Mundial ........................... 19COMPETIÇÕES - Público viu Meetings internacionais .......................... 20EMOÇÕES - Ano de grandes eventos ................................................... 21CALENDÁRIO 2014 .............................................................................. 22CORRIDAS - Um debate transparente .................................................. 25SAÚDE - Médico fala da arte de correr ................................................ 26RANKING - Apoio a corredores ........................................................... 28LISTA DE CORRIDAS ............................................................................ 29SALTOS - O sucesso dos brasileiros ...................................................... 30HEROI - Lucio de Castro, finalista em 1932 .......................................... 32ESTRELA - O bicampeão Duda da Silva ................................................ 33FUTURO - Thiago Braz, esperança nacional ......................................... 34TREINADOR - Dietrich Gerner formou campeões ................................ 35ÁRBITRO - Oswaldo Valdemir Pizani, o número 1 ................................ 36MULHER - A conquista do espaço ....................................................... 37CLUBE - A marca da BM&FBovespa no Troféu Brasil ............................ 39REGIÃO - O Atletismo no Nordeste ..................................................... 40FEDERAÇÕES - Lista de filiadas ............................................................ 46

ÍNDICE

Nesta edição

Foto da Capa: Getty Images

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REALIZAÇÃO

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAt)

Presidente: José Antonio Martins Fernandes

Vice-Presidente: Warlindo Carneiro da Silva Filho

Diretor Administrativo/Financeiro: Eduardo EsteterDiretora de Projetos e Licitações: Fátima Aparecida F. FerreiraDiretor de Relações Públicas: Luiz Roberto RodriguesDiretor Técnico: José Haroldo Loureiro Gomes

Superintendente de Alto Rendimento: Antonio Carlos GomesSuperintendente Técnico: Martinho Nobre dos Santos

Gerente Administrativo: Georgios Stylianos HatzidakisGerente de Alto Rendimento: Clovis Alberto FrancisconGerente de Marketing: Antonio de Figueiredo FeitosaGerente Técnico: Anderson Moraes Leme Rosa

Coordenador de Seleções: Harley Maciel da Silva

EDIÇÃO

Coordenação Editorial: Benê Turco – Novamente Comunicações

Pesquisa e Textos: Benê Turco, João Pedro Nunes, Arnaldo Jubelini Jr.Fotos: Arquivo CBAtCoordenação de Produção: Maiara Dias BatistaDesign Gráfico: Clóvis Zanela Desenho do título: Josué VianaImpressão: YMPRESSOGRAF

Rua Jorge Chammas, 310 – Vila MarianaCEP: 04016-070 – São Paulo (SP)Telefone: (11) 5908-7488 / Fax: (11) 4508-4013E-mail: [email protected] / Site: www.cbat.org.brTwitter: bra_atletismo / Facebook: oficialcbat

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ESTAMOS NO CAMINHO CERTO PARA FORTALECER O Atletismo brasileiro e deixá-lo em condições de aspirar por bons resultados em nível internacional a médio e longo prazos. Dois importantes eventos realizados pela Confederação Brasileira de Atletismo demonstram isso.

O primeiro foi o “Fórum Técnico de Alto Rendimen-to” efetivado em São Paulo, em meados de novembro de 2013, e que contou com a participação de mais de 150 treinadores de 18 Estados. Este grupo altamente representativo, junto com o corpo diretivo da CBAt, definiu as diretrizes do Atletismo para o triênio que vai deste ano até 2016, nos Jogos que o Brasil realizará no Rio de Janeiro. E que terá reflexos positivos também para as edições olímpicas subsequentes.

No âmbito de uma filosofia de democracia partici-pativa, em que todos os atores do nosso esporte têm a oportunidade de expor suas ideias, o Fórum debateu te-mas como o aprimoramento dos critérios de convocação de atletas, programas de treinamento e competição no Brasil e no exterior, criação de um banco de dados com informações sobre atletas e treinadores, instituição de escola nacional para uniformizar linguagem e procedi-mentos técnicos, instalação do Instituto Nacional de Atletismo – INAT, além da elaboração de um ranking bra-sileiro de treinadores.

O segundo grande evento foi o “V Fórum Brasil de Atletismo”, realizado em abril, também em São Paulo, nas vésperas da nossa Assembleia Geral Ordinária. O encontro reuniu representantes das 27 Federações filiadas, dos clubes com maior pontuação na edição do Troféu Brasil Caixa de Atletismo de 2013, das as-

sociações de árbitros e dos técnicos, além dos atletas ganhadores de medalhas em Jogos Olímpicos.

Com a participação, ainda, de diretores e do quadro funcional da CBAt, membros do Conselho Fiscal, do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Dr. Gustavo Normanton Delbin, do membro brasileiro do Conselho da IAAF e ex-presidente da Confederação Roberto Gesta de Melo, o Fórum obteve resultados extremamente positivos para o permanente desenvolvimento da modalidade.

Para tanto, aspectos fundamentais foram apresenta-dos e debatidos por toda a comunidade, entre eles o da Rede Nacional de Treinamento, um projeto do Governo Federal, levado à frente pelo Ministério do Esporte, que tem o Atletismo como modelo.

E ainda programas como o Atleta na Escola, Mini-Atletismo, as Diretrizes do Plano de Alto Rendimento para o triênio 2014-2016, as Atividades Técnicas da CBAt, o Planejamento Estratégico da entidade e os Nú-cleos de Descoberta e Desenvolvimento de Talentos.

É IMPORTANTE RESSALTAR A PRESENÇA, NO FÓRUM, de representantes da CAIXA – patrocinadora máster da CBAt, da Nike – fornecedora oficial das Seleções de Atletismo do País, e da parceira na área de mídia da Rede Globo de Televisão, que fizeram suas exposições no painel “O que esperar do Atletismo Brasileiro para o triênio 2014-2016”.

Na ocasião, como presidente da CBAt, tive a oportuni-dade de manter contatos com os dirigentes das Federações filiadas para conversar sobre assuntos de interesse bi-

PALAVRA do Presidente

O Brasil no rumo certoRepresentantes de todos os segmentos da comunidade atléticanacional aprovam os programas da CBAt para os Jogos do Rio 2016e o legado olímpico para o Brasil

JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES*

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lateral por meio de diálogo construtivo. Senti nos di-rigentes muita vontade de fazer o nosso esporte evoluir em seus Estados.

Na sequência houve a Assembleia Geral Ordinária da CBAt. O colégio de participantes, com representantes de todos os segmentos da comunidade, decidiu por una-nimidade aprovar as contas da entidade e o Relatório da Diretoria com todo o rol das atividades referentes ao exercício de 2013, além da aprovação das decisões do Fórum Técnico de Alto Rendimento e do V Fórum Brasil de Atletismo.

Os participantes do Fórum e da Assembleia tiveram a oportunidade de debater com os diretores e fun-cionário da CBAt sobre todos os assuntos que enten-

(*) José Antonio Martins Fernandes, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, é diretor de Es-portes da União Geral dos Trabalhadores. Foi presidente da Federação Paulista de Atletismo, vice-presidente de Esportes da ADC Eletropaulo, membro do Comitê Paralímpico Brasileiro e ex-atleta profissional de futebol.

deram importantes. Tudo em um processo claro de transparência administrativa, que todos ajudamos a implantar e queremos consolidar.

Estamos, portanto, satisfeitos com o presente do Atletismo brasileiro e confiantes em um grande futuro para a nossa modalidade, desde a Antiguidade considera-da a mais importante dos esportes olímpicos.

COM ESTA EDIÇÃO, COMEÇAMOS UMA NOVA FASE DA revista da CBAt, agora com periodicidade trimestral, com o objetivo de contribuir para uma sempre maior integração de todos os agentes de nosso esporte.

Boa leitura.

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Aprovadas metas do Rio 2016Representantes das Federações, clubes, atletas, treinadores e árbitrosreferendaram decisões dos Fóruns realizados pela CBAt

PODER SOBERANO DA INSTITUIÇÃO, A ASSEMBLEIA GERAL da Confederação Brasileira de Atletismo em 2014 teve es-pecial importância na definição dos rumos do esporte-base nacional. Isto porque, de um lado, definiu as ações para o triênio que terá seu ápice em 2016, nos Jogos do Rio. De outro, aprovou as metas de longo prazo, para os ciclos olímpicos de 2020 e 2024.

Realizada em 26 de abril na capital paulista, a Assem-bleia, como ocorre desde 2010, contou com representantes das Federações filiadas, clubes com maior pontuação no Troféu Brasil-2013, árbitros, treinadores e atletas medalhis-tas olímpicos. Assim, com um colégio ampliado de 27 para 45 membros, as decisões tiveram apoio de todos os seg-mentos da comunidade atlética nacional.

Por sinal, a CBAt foi a única Confederação que não pre-cisou mudar seus estatutos para atender à MP 620, que

determinou a participação de representantes de atletas nas instâncias decisórias das entidades esportivas.

Com a presença de 42 dos 45 membros, a reunião aprovou as contas da entidade relativas a 2013, o Relatório da Diretoria, o calendário de 2014, os regu-lamentos dos campeonatos nacionais, o orçamento proposto pela diretoria.

No item “d” da pauta, a Assembleia aprovou as propostas do Fórum Técnico de Alto Rendimento para o triênio 2014-2016 e os programas de longo prazo, para os ciclos olímpicos subsequentes. A CBAt realizou, ainda, em fevereiro, o Fórum Nacional Caixa de Corridas de Rua, e também o V Fórum Atletismo do Brasil, que antecedeu a própria Assembleia. Nesta edição publicamos os prin-cipais programas elaborados pelos Fóruns e aprovados pela Assembleia Geral.

Plenário da Assembleia Geral 2014

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tASSEMBLEIA

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Democracia e participaçãoCBAt reúne comunidade atlética nacional na quinta edição do FórumAtletismo do Brasil e define ações para o esporte

FOI COM A DEFESA DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA QUE o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, José Antonio Martins Fernandes, abriu o “V Fórum Atletismo do Brasil” em 24 e 25 de abril no Hotel Pestana, na capital pau-lista, mesmo local Assembleia Geral da entidade, realizada no dia 26. “O Atletismo nacional precisa da ação conjunta de seus agentes para crescer e levar o País a um patamar superior”, falou o dirigente.

Palestras, debates e análise das propostas definidas no “Fórum de Alto Rendimento” de novembro de 2013 com-puseram a pauta do encontro. Participaram representantes das Federações filiadas, dos clubes com maior pontuação na última edição do Troféu Brasil, das Associações de Tre-inadores e de Árbitros, os atletas ganhadores de medalhas olímpicas e o ex-presidente da CBAt, Roberto Gesta de Melo, membro do Conselho da IAAF.

José Antonio Martins Fernandes falou da MP 620, proposta pela presidenta Dilma e aprovada pelo Congresso Nacional, que passou a exigir representantes dos atletas nas Assembleias das Confederações esportivas. “A CBAt se antecipou e adequou seus estatutos desde 2010, por isso

nosso colégio eleitoral é composto por 45 membros, e não apenas os 27 representantes das Federações”, lembrou José Antonio.

O presidente da Confederação agradeceu os parceiros (CAIXA, Ministério dos Esportes, Governo Federal, COB, Nike e Rede Globo) e lembrou a responsabilidade de to-dos por conta dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. “Sabemos que a formação de atletas olímpicos exige cumprimento de várias etapas. Apesar disso, seremos cobrados. Estamos aqui, reunidos, para definir nossas ações e responder as exigências com profissionalismo, seriedade e abnegação. Conseguiremos”, concluiu.

“O atletismo brasileiro” foi o título de um vídeo pro-duzido pela TV Globo e apresentado na sequência. O trabalho realçou que o esporte é feito de segundos, centímetros e emoções, nomes do passado, presente e futuro.

A “Rede Nacional de Treinamento de Atletismo” foi o tema abordado pelo superintendente de Alto Rendimento da CBAt, Antonio Carlos Gomes, em sua primeira fala. (Ver página 12)

Atletas, treinadores e dirigentes participantes da Assembleia Geral 2014

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tFÓRUM

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sível instituir cursos de Atletismo à distância, em plata-forma disponibilizada pelo Ministério da Educação.

Em intervenção, o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, considerou: “Entrar na escola, pro-mover o Atletismo e apoiar o profissional de educação físi-ca é um grande desafio. Sabemos que a escola é o nosso alvo maior, onde se encontra a quantidade de talentos que podem ser devidamente lapidados. Mas estamos certos, dentro desse conceito, que desenvolvemos um dos me-lhores trabalhos de base entre todas as outras Confede-

rações. A importância do ensino à distância também é decisiva para um Brasil olímpico maior.”

NA PALESTRA “PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO”, Georgios Stylianos Hatzidakis falou sobre a participação das Federações na concepção a ser adotada pela CBAt. “O trabalho é fruto da participação das filiadas, que responderam a um questionário nesse sentido”, afirmou o gerente Administrativo. Abaixo, resumo da definição de missão, visão e valores do Atletismo nacional.

“A missão das Federações e da CBAt será promover o esporte de forma organizada, democratizada e estruturada em todas as regiões do Estado”, salientou.

A visão indica que as entidades devem

VALORESDO

ATLETISMO

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ntegridade

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A ESCOLA É A BASE DO ESPORTE, O MELHOR LUGAR PARA se descobrir talentos, salientou o gerente Administrativo da CBAt, Georgios Stylianos Hatzidakis, em sua palestra. Para ele, das 17 milhões de crianças de 12 a 17 anos que frequentam o ensino básico, 10% poderiam praticar Atletismo, para poder detectar e orientar 1% dos alunos com talento.

“É preciso popularizar a prática atlética, com in-centivo às escolas e o incremento de competições in-terescolares”, afirmou. “É importante o Programa Atleta na Escola, do Governo Federal, com número crescente de inscri-tos”. Georgios lembrou que “a presidenta Dilma determinou ações, neste sentido, aos Ministérios do Esporte, Educação, Defesa e Casa Civil”, lembrou.

“Hoje, o miniatletismo – para crianças de 7 a 12 anos, programa para um público que antecede ao do Atleta na Escola (a par-tir de 12 anos) – já alcança 30 mil escolas. A CBAt desenvolveu uma cartilha de orien-tação para auxiliar na implantação do pro-grama”, afirmou.

Georgios falou das metas a serem efe-tivadas em 2014, contemplando cinco milhões de participantes de 30 mil esco-las. E confirmou a boa notícia: já é pos-

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FÓRUM

Georgios Stylianos Hatzidakis, gerente Administrativo da CBAt

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tricionistas. “Ainda lançamos no sistema 369 competições e 92 transferências in-terestaduais de atletas”, anunciou.

A CBAt promoveu 21 cursos de especialização: duas clínicas de mini-atletismo, dois cursos básicos em treinamento e 17 cursos básicos de arbitragem. Também mandou dois treinadores para cursos de especiali-zação no Centro Regional de Desen-volvimento da IAAF na América do Sul, em Santa Fé, na Argentina.

No controle antidopagem, Martinho prevê um número de testes bem maior em 2014, já com a parceria da Autori-

dade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), órgão do Ministério do Esporte, o que já aconteceu nos Meetings in-ternacionais realizados em São Paulo e Uberlândia, em maio.

O ÚLTIMO PAINEL FOI SOBRE OS “NÚCLEOS DE DESCOBERTA e Promoção de Talentos”, apresentado pelo superinten-dente de Alto Rendimento Antonio Carlos Gomes. Para ele, há várias ações para garimpar novos valores, mas de-vem ser feitas com critério e paciência.

“A distância do talento descoberto para a elite inter-nacional passa por quatro estágios: atleta em promoção, atleta em desenvolvimento, atleta de alto rendimento e atleta de elite”, analisou Antonio Carlos.

A finalidade “é propiciar a crianças e jovens a oportuni-dade de contato com o Atletismo, abrindo a possibilidade para que demonstrem seu potencial em um processo de treinamento de longo prazo”.

AO FINAL DO V FÓRUM BRASIL DE ATLETISMO, O presidente José Antonio Martins Fernandes, fez um balanço positivo do evento:

“Tudo correu na mais absoluta ordem, os profissionais que cuidaram da logística estão de parabéns. Criaram um ambiente adequado onde os participantes puderam ex-pressar suas ideias de forma democrática, transparente e objetiva. Saímos satisfeitos. Arestas existem e, com abne-gação e seriedade, serão aparadas. Queremos promover o Atletismo, massificando sua prática como condição de cidadania do povo brasileiro.”

ser “modelo na organização e promoção do Atletismo, possibilitando a iniciação, a formação e o desenvolvimento de atletas.”

Os valores são baseados em palavras iniciadas com cada uma das letras da palavra Atletismo: atitude, transparên-cia, liderança, ética, transformação, integridade sustenta-bilidade, moralidade e objetividade. (Ver quadro pág. 10)

O SUPERINTENDENTE TÉCNICO MARTINHO NOBRE DOS Santos ressaltou a importância do contato permanente da Confederação Brasileira de Atletismo com as Federações filiadas, e com atletas, treinadores, árbitros e todos os que fazem o Atletismo nacional.

Martinho discorreu sobre a atuação da CBAt em relação a competições – torneios de campo e pista, cor-ridas de rua, cross country, corridas de montanha, mar-cha atlética –, arbitragem, registro de atletas e cadastro de corredores, estatística, apoio ao serviço de controle de dopagem e realização de cursos – enfim a tudo que é atribuição da área técnica da entidade.

“No último exercício (temporada de 2013) organiza-mos 11 competições nacionais, quatro regionais, quatro internacionais. E demos suporte para mais três eventos nacionais e dois internacionais (Mundial Máster e Gymna-siade)”, comentou Martinho.

Martinho lembrou que, ao longo de 2013, foram registra-dos 3.662 atletas novos, 459 corredores de rua, 48 clubes, 234 árbitros, 71 novos treinadores, dois médicos, quatro fi-sioterapeutas, seis massagistas, quatro psicólogos e três nu-

Martinho Nobre dos Santos, superintendente Técnico da CBAt

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Rede Nacional de TreinamentoEsporte terá estrutura para atender em todo o território brasileiro, dainiciação no Atletismo até o treinamento de elite

A REDE NACIONAL DE TREINAMENTO DE ATLETISMO FOI o tema abordado pelo superintendente de Alto Rendimen-to da CBAt, Antonio Carlos Gomes, em sua primeira fala, no “V Fórum Atletismo do Brasil”. A Rede de Treinamento de Atletismo faz parte de uma estrutura maior, a Rede de Treinamento de Esporte.

Trata-se de um dos principais legados dos Jogos do Rio 2016, com investimentos do Governo Federal com Estados, Municípios, Universidades (federais, estaduais e privadas), clubes, entidades esportivas e unidades militares.

“O Ministério do Esporte, que coordena as ações, tem o Atletismo como modelo. Assim, a nossa Rede servirá de exemplo para a instalação das estruturas para os demais esportes olímpicos e paralímpicos”, explicou Antonio Car-los Gomes.

“Vamos implantar linguagem e procedimentos uni-formes, de modo que aquilo que se fizer em uma insta-lação será compartilhada com as demais”, ressaltou o su-perintendente de Alto Rendimento da CBAt.

O secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministé-rio do Esporte, Ricardo Leyser, presente no Fórum Técnico do Alto Rendimento da CBAt, em novembro de 2013, explicou que o objetivo é criar o caminho para atender as necessi-dades dos preparadores na preparação do atleta, desde os primeiros passos no esporte até o desempenho de elite.

“A Rede vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para o Atletismo e garantir a for-mação de base para além de 2016, e assim será tam-bém para os demais esportes”, explicou Ricardo Leyser. “Nosso trabalho é construir um legado duradouro para o esporte”, completou o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

Disse Antonio Carlos Gomes, que “em meados de 2015, 90% das instalações da Rede deverão ser entregues à co-munidade atlética nacional, dentro de uma política de es-porte com início, meio e fim”.

“Em nossos centros de treinamentos, além de for-

mar atletas, devemos preparar cidadãos, isto é, jovens preparados para agir em sociedade, seja como atleta, como profissional de esporte, como apreciador das com-petições de Atletismo e de outros esportes também”, prosseguiu Antonio Carlos.

“Precisamos do comprometimento das Federações e clubes, e da implantação de um eficiente sistema de infor-mação”, constatou o responsável pela área de alto rendi-mento da Confederação.

Uma das principais instalações da Rede de Treinamento de Atletismo foi inaugurada neste ano, com pista de nível internacional. No caso, a Arena Caixa, no Centro de Trei-namento Professor Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Construído na Vila do Tanque, no antigo clube da Volkswagen, o Centro também contempla espaços para outros esportes.

Antonio Carlos Gomes, superintendente de Alto Rendimento

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NÚMEROS DA REDE

A estrutura física da Rede Nacional de Treinamento de Atletismo comportará 168 instalações com minipistas para iniciação no esporte; 53 centros esportivos com pistas ofi-ciais; cinco centros nacionais de treinamento e dois centros de treinamento de elite. O Ministério do Esporte trabalha na montagem da Rede Nacional de Treinamento tendo o Atletis-mo como modelo.

Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento do ME

Campeonato Brasileiro Caixa Interclubes de Juvenis 2014 em São Bernardo do Campo

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Antonio Carlos lembrou o “Fórum Técnico de Alto Rendi-mento” de 2013, com a participação de 153 treinadores de todas as regiões do País, que definiu as diretrizes técnicas a serem observadas até o ano olímpico de 2016, e também para os ciclos olímpicos subsequentes. “A Rede de Treina-mento será fundamental para o nosso trabalho”, disse.

“A criação de uma pedagogia para o ensino do Atletis-mo para oferecer às faculdades de educação física é outra proposta da CBAt, que deve ser inserida no legado da Olimpíada de 2016”, destacou o superintendente.

Antonio Carlos concluiu sua palestra no V Fórum Atletismo do Brasil falando da importância de se aprovei-tar as descobertas científicas e tecnológicas para o desen-volvimento do Atletismo. “Precisamos entender os avan-ços, entender que a genética tem que ser observada”, afirmou. “Claro, sempre levando em conta a formação do ser humano e do atleta, as qualidades de cada um, mas o conhecimento genético será cada vez mais importante no esporte”, finalizou.

POR SUA VEZ, O SECRETÁRIO DE ALTO RENDIMENTO Ricardo Leyser, presente no Fórum Técnico, mostrou os as-pectos gerais das ações do Governo Federal, na montagem da Rede Nacional de Treinamento. “Considerando as insta-lações já prontas, as que vamos entregar proximamente e as que estão na fase de projeto ou construção, chegare-mos a 168 unidades de treinamento, todas com minipistas de Atletismo para iniciação”, disse.

Em outros 53 complexos esportivos, serão instaladas 53 pistas de Atletismo oficiais. Essas pistas comportam convênios diversos, com órgãos públicos dos três níveis de governo e com entidades particulares também.

No total, informou o Ministério do Esporte, os investi-mentos são de R$ 920 milhões para as instalações com pis-tas oficiais e de R$ 608 milhões para os centros esportivos com minipistas.

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AINDA EM 2012 A PRESIDENTA DILMA ANUNCIOU A implantação de mais um programa de apoio aos atletas brasileiros na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Em meados de 2013 o Governo Federal por meio do Ministério do Esporte então implantou o Bolsa Pódio, programa do Plano Brasil Medalhas.

No caso do Atletismo, entram o no Programa os atletas indicados pela CBAt a partir dos requisitos estabelecidos pelo Ministério – nomes que estejam entre os 20 primeiros no Ranking Mundial das provas olímpicas individuais na data estabelecida. O Comitê Olímpico Brasileiro e a Caixa Econômica Federal (patrocinadora máster da Confederação) também participaram das definições.

A lista inicial do Atletismo foi fechada com o término do Campeonato Mundial realizado em agosto de 2013 em Mos-cou, na Rússia. Entraram na lista também os atletas titulares dos revezamentos 4x400 m masculino e 4x100 m feminino que se classificaram para as finais no Mundial. Foram 19 atletas, aos quais se juntaram, já em 2014, mais dois nomes: Higor Alves Silva e Nelson Henrique Gonçalves Fernandes.

No total, o Governo Federal investirá R$ 1 bilhão com todos os esportes dos Jogos do Rio 2016, olímpicos e pa-ralímpicos. O Atletismo receberá reforço de R$ 6,5 milhões

BOLSA PÓDIO

Preparação adequadaPrograma do Governo Federal permitebenefícios financeiros e formação deequipes de apoio aos atletas

• Ana Cláudia Lemos da Silva (100 m, 4x100 m)• Franciela das Graças Krasucki Davide (100 m, 4x100 m)• Rosângela Cristina Oliveira Santos (4x100 m)• Evelyn Carolina de Oliveira dos Santos (4x100 m)• Fabiana de Almeida Murer (salto com vara)• Keila da Silva Costa (salto triplo)• Jucilene Sales de Lima (lançamento do dardo)• Bruno Lins Tenório de Barros (200 m)• Anderson Freitas Henriques (4x400m)• Pedro Luiz Burmann de Oliveira (4x400 m)• Hugo Balduíno de Souza (4x400 m)

ATLETAS NA LISTA DO PROGRAMA BOLSA PÓDIO*

(*) Lista inicial do Atletismo

• Wagner Francisco Cardoso (4x400 m)• Mahau Camargo Suguimati (400 m com barreiras)• Mauro Vinícius Hilário Lourenço “Duda” da Silva (salto em distância)• Augusto Dutra de Oliveira (salto com vara)• Thiago Braz da Silva (salto com vara)• Fábio Gomes da Silva (salto com vara)• Ronald Odair de Oliveira Julião (lançamento do disco)• Higor Alves Silva (salto em distância)• Nelson Henrique Gonçalves Fernandes (arremesso do peso)

Anderson Henriques, finalista no Mundial de Moscou

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anuais, repassados pela CAIXA especialmente para o Bolsa Pódio, que tem sua lista avaliada periodicamente.

Além de propiciar apoio financeiro aos atletas e seus respectivos treinadores, o Bolsa Pódio permite que as Confederações formem equipes multidisciplinares de apoio aos atletas. A CBAt montou essas equipes com mé-dicos, fisiologistas, fisioterapeutas, massagistas, psicólogos, massagistas.

E já realizou campings de treinamentos e competições com os vários grupos de provas no Brasil e no exterior. Obteve resultados, com a conquista de uma medalha e ir a quatro finais no Mundial Indoor de Sopot, na Polônia. No Mundial de Revezamentos de Nassau, nas Bahamas, o Brasil foi às quatro finais e garantiu vaga no Mundial de Pequim, na China, em 2015.

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Parceria fortalece esporteAtletismo apresenta evolução permanente graças ao patrocínio da centenária empresa nacional

CAIXA

SÃO 14 TEMPORADAS DE PARCERIA CBAt-CAIXA, binômio que se fez sentir no desenvolvimento do Atletis-mo nacional. Foi em 2001 que a Caixa Econômica Federal começou sua trajetória como patrocinadora máster da Confederação Brasileira de Atletismo.

Projetos de médio e longo prazos de apoio à preparação de atletas e equipes para os grandes eventos de represen-tação do País foram consolidados e, outros, implementados.

Um dos principais programas que o patrocínio da CAIXA permitiu consolidar foi o de apoio a atletas e tre-inadores. Assim, a CBAt tem programas de apoio a atletas de alto nível, a jovens talentos, heróis olímpicos, corre-dores de elite, centros de revelação e desenvolvimento de talentos etc.

Os benefícios aos atletas não são apenas financeiros. Com a parceria, campings de treinamento e competição no Brasil e no exterior foram incrementados. Cursos de reci-clagem e habilitação de treinadores e árbitros são realizados regularmente, e em número crescente. A CBAt pôde tam-bém manter um ativo programa de combate à dopagem.

A realização de um calendário extenso e intenso, com eventos nacionais e internacionais é outro fruto da parceria. Da mesma forma que a participação brasileira em todos os campeonatos oficiais da IAAF. Outro pro-grama de ponta da CBAt é o que garante apoio financeiro às Federações filiadas, que podem dessa forma atuar no atendimento à comunidade atlética local e realizar as competições estaduais.

Com a aprovação do Plano Brasil Medalhas, instituído em 2013, e que tem como um de seus principais progra-mas o “Bolsa Pódio”, a empresa começou a repassar tam-bém recursos específicos para a preparação do Atletismo e outros esportes para os Jogos do Rio 2016.

O presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, afirma que a ligação CAIXA-CBAt ultrapassa o aspecto do patrocínio, “por si só de enorme importância”. “Igual-mente dignificante é ostentar em nossos campeonatos, uniformes das Seleções e material de divulgação, a mar-ca CAIXA, empresa de histórica importância para o nosso País”, disse o presidente da Confederação.

Simone Castelo Branco de Souza (CAIXA) e o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes

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Boas histórias na TVAtletismo nacional tem horas de exibição na principal emissora detelevisão do País

REDE GLOBO

PARCEIRA DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA de Atletismo na área de mídia, a Rede Glo-bo de Televisão esteve representada no “V Fórum Atletismo do Brasil”. Falou pela em-presa o gerente de produto da Central Globo de Esportes, Thiago Meirelles.

Antes de iniciar sua fala, Thiago Meirelles apresentou o vídeo “O Atletismo Brasileiro”, que mostrou performances fundamentais de alguns dos maiores nomes do esporte nacio-nal, ganhadores de medalhas em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais de Atletismo.

Com produção impecável, o vídeo mostra desde o pódio olímpico de José Telles da Conceição, ganhador da primeira medalha olímpica do Atletismo nacional, o bronze no salto em altura nos Jogos de Helsinque 1952, até uma prova do salto com vara, disputada por um dos nomes mais repre-sentativos da nova geração do País, Thiago Braz, ouro no Mundial de Juvenis de Barcelona 2012.

O trabalho mostrou que a história do Atletismo é feito com muitos e empolgantes capítulos, escritos por verda-deiros heróis. E realçou que o esporte é definido em se-gundos e centímetros, pela garra dos competidores e com emoção por parte de quem vê estes grandes momen-tos. São momentos protagonizados por atletas consagra-dos pela história, outros que brilham no presente e os que se preparam para representar o País no futuro.

Em sua fala, Thiago Meirelles defendeu o que chamou de “uma evolução constante de conteúdo”. Para Thiago, “com a evolução tecnológica, todo mundo fica sabendo de muita coisa em tempo real. Isso faz a Rede Globo pensar sua programação de forma permanente. Precisamos nos adequar a essa realidade e tirar dela outras visões para passar ao público um conteúdo que desperte interesse”.

Thiago Meirelles, gerente de Produto de Esportes da TV Globo

Fernanda Paradizo/C

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A Rede Globo de Televisão lidera um conglomerado de 122 emissoras filiadas e cobre 5.482 das 5.570 cidades bra-sileiras. Tem também emissoras de rádio, jornal e portal na internet.

“Temos espaço, são horas em nossos canais abertos e a cabo. O que nós trabalhamos são as boas histórias que esportes como o Atletismo sempre têm e por isso ganham horas de exibição”, falou Thiago.

“A Globo estima em 11,5 milhões de espectadores o público ligado em eventos de Atletismo. E esse público pode aumentar com a adoção de novas formas de conteú-do”, explicou Thiago.

Thiago Meirelles chamou a atenção também para o portal “Globo Esporte.com”, braço da empresa na internet, também com muita audiência. “Temos que pensar em to-das as possibilidades e a internet é um meio importante de divulgar um esporte como o Atletismo”, concluiu.

A Rede Globo – tanto seu canal aberto como o por assi-natura – leva ao ar eventos de Atletismo, como o Troféu Brasil e o Grande Prêmio Brasil. Também acompanha a performance de atletas brasileiros em competições inter-nacionais, como os Campeonatos Mundiais de Atletismo.

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“A NIKE TEM O ATLETISMO em seu DNA.” Foi com esta afirmação que o representante da em-presa iniciou sua palestra no “V Fórum Atletismo do Brasil”, realizado pela Confederação Brasileira de Atletismo em 25 e 26 de abril deste ano no Hotel Pestana, na capital paulista.

Daniel Bernardo das Neves é um antigo atleta especialis-ta nos 3.000 m com obstáculos, responsável pelo relaciona-mento da maior empresa do mundo na produção de mate-rial esportivo de alta tecnologia com a CBAt, a quem fornece uniformes às Seleções Nacionais de todas as categorias.

O representante da Nike falou durante o painel “O que esperar do Atletismo brasileiro no triênio 2014-2016”. Ele historiou a empresa, fundada em 1972, na cidade de Eugene, no Estado norte-americano do Oregon, por Phil Knight e Bill Bowerman.

“Desde o início a Nike produz materiais para vários es-portes, mas sempre com especial atenção para o Atletis-mo”, falou Daniel, lembrando que Bill Bowerman foi treina-dor da modalidade na Universidade do Oregon.

Para ele, o conceito que permeia os objetivos da em-presa devem ser seguidos por todas as organizações que planejam sucesso, como a CBAt e seu trabalho para buscar o melhor resultado possível nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

“A Nike nunca quis simplesmente fazer tênis, mas sim o melhor tênis. Com esse lema, reúne comprometimento e paixão. Desenvolve tecnologias em favor do melhor de-

Atletismo noDNA da empresaFornecedora dos uniformes das SeleçõesNacionais é a maior fabricante dematerial esportivo

NIKE

sempenho dos atletas. Para isso, faz pesquisas, consulta profissionais de todas as provas do Atletismo”, afirmou Daniel Bernardo das Neves.

Daniel exibiu um vídeo que mostrava o início das ativi-dades dos fundadores da Nike. “Saiu de uma casa simples em busca da excelência. Com o passar dos anos, foi galgan-do degraus de qualidade, até integrar o cenário mundial”, explicou o representante da empresa.

O ex-atleta citou grandes nomes do Brasil que usaram ou usam a marca, como o campeão olímpico dos 800 m Joaquim Cruz, o medalhista olímpico na maratona Vander-lei Cordeiro de Lima, o bicampeão da Maratona de Nova York Marilson Gomes dos Santos, a campeã mundial do salto com vara Fabiana Murer, o bicampeão mundial in-door do salto em distância Duda da Silva, entre outros.

“Queremos, junto com o Atletismo brasileiro, continuar fazendo história”, finalizou Daniel Bernardo das Neves.

O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, José Antonio Martins Fernandes, lembrou que a ligação CBAt-NIKE permite aos atletas das Seleções Nacionais o uso de material esportiva de alta tecnologia. “Essa parceria coloca o Atletismo do Brasil numa situação de vantagem, com o uso do melhor material disponível no mercado”, afirmou o dirigente.

Daniel Bernardo das Neves, da Nike

Marilson Gomes dos Santos, campeão no PAN 2011

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MAURO VINÍCIUS “DUDA” DA Silva conquistou a medalha de ouro no salto em distância no Mundial Indoor de Sopot, na Polônia, em março deste ano. Assim, Duda da Silva, como é chamado, de 27 anos, tornou-se o primeiro brasileiro bicampeão mundial de Atletismo, pois venceu também o Mundial Indoor anterior, em 2012 em Istambul, na Turquia.

Coincidências marcam as duas conquistas de Duda. Em Sopot, garantiu o título com um salto de 8,28 m, conseguido na última tentativa. Em Istambul teve como melhor marca exatamente 8,28 m, alcançada na qualificação. Na final da Turquia, marcou 8,23 m nos dois últimos saltos da final, para levar o ouro.

“Não se pode desistir, enquanto há salto há espe-rança”, disse Duda, muito feliz por ser o único brasileiro bicampeão mundial no Atletismo. “Agradeço os patroci-nadores da Seleção (CAIXA, Ministério do Esporte, COB), os programas da CBAt, meu clube (BM&FBovespa), meu treinador (Aristides Junqueira), a equipe de suporte, todos têm importância”, lembrou Duda.

“E vamos em frente, que em 2015 temos o Campeonato Mundial de Atletismo de Pequim, na China, os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, e em 2016 os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro”, disse o saltador.

Além do ouro de Duda, o Brasil obteve dois quartos lu-gares no salto com vara, com o Thiago Braz no masculino e a Fabiana Murer no feminino. Augusto Dutra de Oliveira terminou em sétimo entre os homens. Nos 60 m, Franciela Krasucki foi à semifinal.

Duda da Silva bicampeãoSaltador tornou-se o primeiro brasileiro a conquistar duas vezes umCampeonato Mundial de Atletismo

MUNDIAL INDOOR

Duda da Silva ganhou ouro no salto em distância em Sopot 2014

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“Cinco dos sete brasileiros no Mundial Indoor da Polônia se saíram bem, assim, tivemos um bom desem-penho coletivo”, comemorou o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes.

Brasileiros ganhadores de medalhas em Mundiais In-door: Zequinha Barbosa (800 m), ouro em Indianápolis 1987 e prata em Budapeste 1989; Robson Caetano da Silva (200 m), bronze em Indianápolis 1987; André Do-mingos da Silva, Eronilde Nunes de Araújo, Gilmar da Silva Santos e Sidnei Teles de Souza (revezamento me-dley), prata em Toronto 1993; Maurren Higa Maggi (salto em distância), bronze em Birmingham 2003 e prata em Valência 2008; Fabiana de Almeida Murer (salto com vara), bronze em Valência 2008 e ouro em Doha 2010; Keila da Silva Costa (salto em distância), bronze em Doha 2010; Duda da Silva (salto em distância), ouro em Istam-bul 2012 e Sopot 2014.

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REVEZAMENTOS

Missão cumprida no MundialEquipes foram finalistas nas Bahamase garantiram vagas para o CampeonatoMundial de Atletismo de Pequim

O BRASIL DISPUTOU AS QUATRO PROVAS OLÍMPICAS NA primeira edição do Mundial de Revezamentos em 24 e 25 de maio, em Nassau, nas Bahamas. As quatro equipes alcança-ram um lugar na final e garantiram a vaga do País no Mun-dial de Atletismo de Pequim, na China, em 2015.

4x100 m masculino: o Brasil foi o quarto com 38.40 (38.10 na preliminar, melhor tempo do País desde 2007). O quarteto: Bruno Lins, Jefferson Lucindo, Aldemir da Silva Júnior e Jorge Vides. O pódio: Jamaica (37.77), Trinidad y Tobago (38.04) e Grã-Bretanha (38.19).

4x100 m feminino: a equipe foi a sétima com 43.67 (43.22 na preliminar), com Vanusa Santos, Franciela Krasucki, Eve-lyn Santos e Rosângela dos Santos. O pódio: Estados Unidos (41.88), Jamaica (42.28) e Trinidad y Tobago (42.66).

4x400 m masculino: o Brasil foi o sétimo com 3:04.87, com Pedro Burmann, Anderson Henriques, Wágner Car-doso e Jonathan Henrique da Silva (na preliminar, com Hugo Balduíno no lugar da Jonathan, o time fez 3:02.78). O pódio: Estados Unidos (2:57.25), Bahamas (2:57.59) e Trinidad y Tobago (2:58.34).

4x400 m feminino: o Brasil foi o oitavo com 3:31.59, com Joelma das Neves Souza, Liliana Fernandes, Jailma Sales de Lima e Geisa Coutinho (na preliminar, 3:30.37). O pódio: Estados Unidos (3:21.73), Jamaica (3:23.26) e Nigé-ria (3:23.41).

Na soma dos pontos das quatro provas olímpicas o Brasil ficou em sexto lugar com 10 pontos, à frente de equipes como Bahamas, França, Alemanha, Cuba, Japão e Polônia. Os Estados Unidos marcaram 24 pontos, seguidos de Jamaica (23), Trinidad y Tobago (19). Apenas Jamaica, Grã-Bretanha e Brasil disputaram as finais das quatro pro-vas olímpicas.

“As quatro equipes se classificaram para as finais e ga-rantiram lugar no Mundial de Pequim. Esses eram os nos-sos objetivos aqui”, disse José Antonio Martins Fernandes, presidente da CBAt.

Mais eventos internacionais

Na Copa do Mundo de Marcha disputada em 3 e 4 de maio, em Taicang, na China, Caio Bonfim melhorou sua mar-ca pessoal nos 20 km ao obter o 16º lugar, com o tempo de 1:20:28. Nos Jogos Sul-Americanos de Santiago, no Chile, o Brasil venceu no Atletismo com 41 medalhas (14 de ouro, 13 de prata e 14 de bronze). Na Seletiva da Olimpíada da Juventude em Cáli, na Colômbia, o Brasil classificou 15 atle-tas, mesmo número da Jamaica e atrás apenas dos Estados Unidos nas Américas. (Ver quadro abaixo)

JOGOS DA JUVENTUDE - QUALIFICADOS

HOMENS200 m: Aliffer Júnior dos Santos400 m: Anderson Cordeiro Lima Cerqueira110 m com barreiras: Vitor Henrique Venâncio400 m com barreiras: Mikael Antonio de Jesus2.000 m com obstáculos: Daniel Ferreira de NascimentoSalto em altura: Danilo de Souza Goulart CardosoSalto com vara: Bruno Germano SpinelliSalto em distância: Kelves Aparecidos dos SantosLançamento do disco: Maycon Wernke Bonadio

MULHERES100 m, 200 m: Mirna Marques da Silva800 m: Ana Karolyne de Campos Silva100 m com barreiras: Paolla Ferlin Luchin400 m com barreiras: Maria Leticia de Lima PeresSalto em distância: Elen Camilo VasconcelosLançamento do dardo: Alexandra Maria Pimenta da Silva

Jorge Henrique Vides, finalista no Mundial das Bahamas

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Disputa dos 400 m no GP São Paulo Caixa

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Público vê torneios internacionaisCBAt organiza dois Meetings internacionais e cinco campeonatos nacionais

GRANDE PRÊMIO SÃO PAULO CAIXA (4 de maio no Ibirapuera): duas mil pessoas viram a competição na capi-tal paulista, que teve bons resultados, como as vitórias do brasileiro Jorge Vides (20.38 nos 200 m) e do pana-menho Irving Saladino (7,85 m no sal-to em distância).

NO GP CAIXA SESI DE UBERLÂNDIA, em 7 de maio, na pista do Sesi Gra-vatás, Shane Bratwaite (Barbados) ganhou os 110 m com barreiras com 13.58, e a brasileira Geisa Coutinho os 400 m, com 51.88.

CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE JUVENIS INTERCLUBES (11. 12 e 13 de abril na Arena Caixa em São Bernardo do Campo – SP). A Orcampi/Unimed (SP), com 165 pontos, conquistou o tricampeonato. O Centro Olímpico (SP) foi o vice com 144 e o IEMA (SP) o terceiro, com 136 pon-tos. Participaram 99 clubes de 16 Estados e do Distrito Federal, com 665 atletas. Valdivino Santos (Jaboticabal-SP), campeão do arremesso do peso, e Izabela Rodrigues (BM&FBovespa-SP), no lançamento do disco, foram eleitos os melhores da competição.

CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE MENORES INTERCLUBES (23, 24 e 25 de maio no Ibirapuera em São Paulo). O Cen-tro Olímpico levou o bicampeonato com 162 pontos. O IEMA (SP) foi o segundo com 113 e o CSS II Exército (SP) o terceiro, com 102.

A competição reuniu 793 atletas, de 101 clubes de 15 Estados e Distrito Federal. Paolla Luchin (Procempa/Sogipa-RS), ganhadora dos 100 m com barreiras, e Da-niel do Nascimento (Orcampi/Unimed-SP), dos 3.000 m e 2.000 m com obstáculos, foram eleitos os melhores da competição.

COPA BRASIL CAIXA DE MARCHA (18 E 19 JANEIRO EM Navegantes – SC): vitória de Cisiane Lopes (convidada) nos 20 km com 1:45:5. Caio Bonfim (CASO-DF) conquistou o tri na distância com 1:30:5. Cláudio Richardson (AABB Cur-rais Novos-RN) conquistou o nono título nos 50 km com 4:29:11. CASO (DF), no masculino, e GR Barueri (SP), no feminino, foram os campeões por equipes.

COPA BRASIL CAIXA DE PROVAS COMBINADAS (25, 26 E 27 de abril na Arena Caixa, em São Bernardo – SP): Tamara Alexandrino (Brasil Vale Ouro-RJ) venceu o heptatlo adulto, com 5.530 pontos. No decatlo adulto, o título foi de Victor Santos (Orcampi/Unimed-SP), com 7.267 pontos. Tamara e Alex Soares (IEMA-SP), campeão no decatlo juvenil com 7.341 foram eleitos os melhores do evento. Demais campeões: Ri-chard Antony da Silva (Barueri – SP), menor masculino, 5.880 pontos; Laís Pereira (Barueri – SP), juvenil feminino, 4.650; Le-ticia Sumocosky (CSS II Exército – SP), 4.501 pontos. ACA (SC), no masculino, e Brasil Vale Ouro (RJ), no feminino, foram os times campeões. O campeão geral foi o GR Barueri (SP).

CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE FUNDO EM PISTA (25 de abril na Arena Caixa em São Bernardo do Campo – SP). Ederson Pereira (ASSEM-SP) e Fabiana Cristine (Luasa Sports/Caixa) foram os vencedores dos 10.000 m, respecti-vamente com 29:11.13 e 34:02.06.

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EMOÇÕES

Ano de grandes eventos

Estádio Olímpico em Belém: palco do GP Brasil Caixa Governo do Pará 2014

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Temporada terá Campeonato Ibero-Americano, Grande Prêmio Brasil Caixa Governo do Pará e Troféu Brasil

A TEMPORADA DO ATLETISMO brasileiro em 2014 é das mais movimentadas dos últimos anos. Na elaboração do calendário, as competições foram divididas de maneira equânime.

Assim, também o segundo se-mestre terá eventos de emoção ga-rantida, tanto internacionais como o Campeonato Ibero-Americano e o GP Caixa Governo do Pará, como nacionais, como o Troféu Brasil.

O Campeonato “Ibero-Ameri-cano” terá sua 16ª edição realiza-da em São Paulo, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, de 1 a 3 de agosto. Participam da competição países de fala es-panhola e portuguesa da Europa, Américas e África. Campeões olímpicos e mundiais estão entre os recordistas do torneio, caso dos cubanos Anier Garcia (110 m com barreiras), Javier Sotomayor (salto em altura) e Ana Quirot (400 m e 800 m).

Ou os brasileiros Robson Caetano da Silva (100 m e 200 m), Fabiana de Almeida Murer (salto com vara) e Maurren Higa Maggi (salto em distância).

Cuba lidera no número de medalhas de ouro com 161 títulos, seguida pelo Brasil com 153 e Espanha com 108. No total de medalhas, porém, o Brasil é o primeiro com 444, contra 339 da Espanha e 300 de Cuba.

No domingo 10 de agosto o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, em Belém, receberá novamente o Grande Prêmio Brasil Caixa Governo do Pará de Atletismo, única etapa na América do Sul do IAAF World Challenge.

O público paraense acompanha com interesse o tradi-cional evento, tanto que em três ocasiões o número de es-pectadores no estádio foi superior a 40 mil.

Já o Troféu Brasil Caixa, competição criada em 1945, será realizado de 9 a 12 de outubro, novamente no Es-tádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, na capital paulista.

Mais importante campeonato de clubes de Atletis-mo da América Latina, o Troféu Brasil Caixa de 2014 marcará o início das observações da CBAt e do COB para a formação das equipes que em 2015 disputarão o Campeonato Mundial de Pequim, na China, e os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, além de vários outros eventos.

No total, em 2014, a CBAt organizará ou participará com suas Seleções oficiais de 44 competições. Destas, nada menos de 14 serão disputadas no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro).

O Campeonato Mundial de Juvenis em Eugene (EUA) será disputado de 22 a 27 de julho e a Olimpíada da Juven-tude de 21 a 26 de agosto, em Nanjing (China).

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CALENDÁRIO 2014

Competições oficiaisEventos organizados pela CBAt ou com participações de equipes nacionais

Janeiro18/19 - Copa Brasil Caixa de Marcha - Navegantes (SC)

Fevereiro09 - Copa Brasil Caixa de Cross Country - Timbó (SC)15/16 - Campeonatos Sul Americanos de Marcha - Cochabamba (BOL)16 - Desafio Caixa Indoor - 1ª Etapa - São Caetano do Sul (SP)22 - Desafio Caixa Indoor - 2ª Etapa - São Paulo (SP)23 - Campeonatos Sul Americanos de Cross Country - Assunção (PAR)

Março07/09 - Campeonatos Mundiais de Atletismo Indoor - Sopot (POL)13/16 - Jogos Sul-Americanos - Santiago (CHI)29 - Campeonatos Mundiais de Meia Maratona - Copenhagen (DEN)

Abril06 - Campeonatos Sul Americanos de Maratona - Santiago (CHI)11/13 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Juvenis Interclubes - São Bernardo do Campo (SP)25/27 - Copa Brasil Caixa de Provas Combinadas - São Bernardo do Campo (SP)25 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Fundo em Pista - São Bernardo do Campo27 - Campeonato Brasileiro Caixa de Corrida de Obstáculos Militares - Itu (SP)

Maio03/04 - Copa do Mundo de Marcha Atlética - Taicang (CHN)04 - Grande Prêmio Caixa São Paulo de Atletismo - São Paulo (SP)07 - Grande Prêmio Caixa Sesi de Atletismo - Uberlândia (MG)11 - Campeonatos Sul Americanos de Meia Maratona - Assunção (PAR)17/18 - Seletiva Sul-Americana para a Olimpíada da Juventude - Cáli (COL)23/25 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo de Menores Interclubes - São Paulo (SP)24/25 - Campeonatos Mundiais de Revezamentos - Nassau (BAH)

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Junho28 e 29 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo de Juvenis Interseleções - Maringá (PR)

Julho16/17 - Copa Pan-Americana de Provas Combinadas - Ontário (CAN)22/27 - Campeonatos Mundiais de Atletismo de Juvenis - Eugene (USA)

Agosto01/03 - Campeonatos Ibero-Americanos de Atletismo - São Paulo (SP)08 - Campeonato Sul-Americano de Milha de Rua - Belém (PA)10 - Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo - Belém (PA)16/17 - Troféu Centro Oeste / Norte Nordeste Caixa de Atletismo de Mirins - Brasília (DF)21/26 - Jogos Olímpicos da Juventude - Nanjing (CHN)29/31 - Troféu Norte Nordeste Caixa de Menores – Natal (RN)

Setembro04/13 - Jogos Escolares da Juventude - 12 a 14 Anos - Londrina (PR)06/07 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo Sub 23 Interseleções - São Paulo (SP)12/14 - XXXVIII Troféu Norte Nordeste Caixa de Atletismo – Recife (PE)13/14 - Copa Continental de Atletismo - Marrakesh (MAR)27/28 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo de Menores Interseleções - A determinar28 - Campeonato Brasileiro de Corrida em Montanha - Campos do Jordão (SP)

Outubro03/05 - Campeonatos Sul-Americanos de Sub-23 - San Luís (ARG)09/12 - Troféu Brasil Caixa de Atletismo - São Paulo (SP)17/19 - Campeonatos Sul Americanos de Menores de Atletismo - Tarija (BOL)17/19 - Campeonatos Brasileiros Caixa de Atletismo de Mirins Interclubes - A determinar

Novembro06/15 - Jogos Escolares da Juventude - 15 a 17 anos - A determinar

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CORRIDAS

Um debate transparenteSeminário da CBAt reúne corredores de rua, treinadores, dirigentes,organizadores e patrocinadores

A CBAt REALIZOU EM 14 DE FEVEREIRO EM SÃO PAULO O Seminário Nacional Caixa de Corridas de Rua. Participaram corredores, treinadores, dirigentes da CBAt, organizadores de provas com Permit Nacional em 2013, patrocinadores, presidentes e diretores de corridas de Federações filiadas. Houve palestras, seguidas de debates.

O superintendente de Alto Rendimento da CBAt, Anto-nio Carlos Gomes, dissertou sobre “Gestão Integrada dos Programas de Corridas de Rua no Brasil”. O presidente da Comissão Nacional Antidopagem (CONAD), e assessor ju-rídico da CBAt, Thomaz Mattos de Paiva, falou sobre as “Alterações no Código Mundial Antidoping” e “Aspectos Legais sobre a Participação de Atletas Estrangeiros”. O su-perintendente Técnico da CBAt, Martinho Nobre dos San-tos, falou sobre o “Reconhecimento de Provas”, conforme a lei brasileira e as regras da IAAF.

O medalhista olímpico na maratona Vanderlei Cordeiro

de Lima observou que é importante para os brasileiros enfrentarem corredores estrangeiros: “Só assim podemos evoluir no plano internacional.”

“Pudemos tratar de forma ampla e transparente dos pontos de interesse com atletas, treinadores, dirigentes e organizadores. Esclarecer assuntos em que havia ati-tudes equivocadas, nas questões legais, como no caso de estrangeiros em nossas competições”, comentou o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes. “Explicamos que é preciso atenção à Norma 9 da CBAt, aprovada pela Assembleia Geral. O documento disci-plina a participação de atletas estrangeiros em corridas de rua no País”, completou.

Entre outros, estiveram do Seminário Simone Souza (representante da CAIXA), Hélio Takai (organizador), Con-ceição de Oliveira (corredora), Og Robson (presidente da Federação Bahiana), Adauto Domingues (treinador).

Seminário Nacional Caixa de Corridas de Rua

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SAÚDe

A arte de correrCorrer faz bem à saúde e dá prazer,mas chegar ao alto rendimento exigetempo e preparação adequada

(*) Cristiano Frota de Souza Laurino, médico da CBAt, é mestre em ciências pela Unifesp, membro da Sociedade Brasileira de Ortope-dia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma-tologia do Esporte. Médico do Clube de Atletismo BM&FBovespa.

• Antes de iniciar os treinamentos, faça exames médicos.• Procure um treinador para aprimorar sua corrida.• Tire suas dúvidas sobre a corrida e suas técnicas.• Não tenha medo de perguntar, a corrida também exige aprendizado.• Aprender cedo a correr corretamente é fundamental para correr melhor.• Utilize roupas adequadas às características ambientais• Use tênis adequados, confortáveis, que proteja os pés.• Evite usar o mesmo par de tênis em dias seguidos e conheça sua vida média.• “Leia” o terreno: cuidado com desníveis, buracos, óleo na pista etc.• Cuidado redobrado nas corridas à noite, em locais úmidos ou durante a chuva.• Mantenha os pés limpos. Grãos de areia podem provocar lesões de pele.• Lembre-se, o descanso faz parte de um bom programa de treinamento.• Faça alongamentos musculares sob a orientação de um treinador.• Todos temos limites individuais, procure conhecer o seu e corra com prazer.• Procure saber os benefícios da corrida, mas também conheça os riscos.• Alimentação adequada é importante. Antes de suplementar, alimente-se bem.

DR. CRISTIANO FROTA DE SOUZA LAURINO*

É BOM QUE VOCÊ SAIBA:

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CHEGAR AO ALTO RENDIMENTO NO ESPORTE NÃO É tarefa fácil e demanda certa arte para entender que, além das qualidades físicas, a pessoa precisa de longo período de aprendizado, adaptações, correções, buscando sempre a evolução técnica.

O alto rendimento esportivo exige o trabalho de equipe interdisciplinar formada por médicos, fisioterapeutas, nu-tricionistas, fisiologistas, psicólogos, massagistas, dentre outros. Sem esse apoio o atleta não chegará ao alto nível, sobretudo no plano internacional.

Quanto maior a exigência física, maior é a necessi-dade de preparo para que o organismo responda de maneira eficiente. Porém, muitas vezes a fronteira do equilíbrio entre saúde e lesão é rompida e causa conse-

quências para o atleta.A corrida é o esporte de milhões de pessoas no mundo,

com grande aceitação no Brasil, devido a razões básicas, como a facilidade de praticá-la em muitos lugares e os be-nefícios de saúde que promove.

A PRÁTICA DA CORRIDA TEM DEMONSTRADO ao longo do tempo notórios benefícios car-diovasculares, no aumento da longevidade e na preservação da qualidade de vida.

A corrida também assumiu o papel de um dos esportes individuais que mais cresce anualmente no mundo todo.

E quando a corrida praticada a longo prazo também desencadeia uma série de adaptações musculoesqueléticas, poden-do gerar benefícios nos tecidos muscu-lares, tendinosos, ósseos, ligamentares e cartilaginosos.

São benefícios como o fortalecimento dos tecidos, coordenação, resistência, equilíbrio e na flexibilidade, dentre outros.

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Correr é bom, mas tenha cuidado

As corridas de rua são parte importante do Atletis-mo, o mais tradicional dos esportes olímpicos. Corre-dores brasileiros deram ao País importantes conquistas. Vanderlei Cordeiro de Lima, Luiz Antonio dos Santos e Ronaldo da Costa são apenas alguns dos muitos nomes que engrandeceram o pedestrianismo nacional.

Por isso, as provas de rua recebem toda a atenção da Confederação Brasileira de Atletismo. Tanto que este ano, em fevereiro, a entidade organizou o “Semi-nário Caixa de Corridas de Rua”.

O evento reuniu atletas, técnicos, organizadores, patrocinadores e as entidades dirigentes – CBAt e as Federações filiadas. A meta era ouvir dos agentes que fazem este segmento no Brasil para colaborar na for-matação dos projetos da confederação nesta área.

Por esse motivo, nesta primeira edição da PODIUM, a nova revista da CBAt, nada menos que seis páginas são dedicadas às corridas. E de fundamental importân-cia é tratar da saúde do corredor.

Assim, nestas duas páginas temos um artigo com as orientações e as dicas do Dr. Cristiano Frota de Souza Laurino, médico especialista em ortopedia e traumato-logia e há muito tempo dedicado ao esporte.

O cuidado é necessário. Centenas de milhares de pessoas correm pelas ruas das cidades brasileiras. Mas como alerta o Dr. Cristiano: correr é bom, saudável, mas não se deve iniciar a prática sem consultar um médico.

Também é importante procurar um especialista que possa orientar nas várias fases da preparação. Tanto faz, no caso, se o corredor é amador ou se planeja al-cançar a elite. (BT)

Participação popular na Meia Maratona do Rio de Janeiro

Wander R

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A importância de observar a dor

Dor é sinal de alarme, é o sintoma mais frequente a in-duzir à procura por assistência médica. No esporte, a dor é um dos parâmetros limitadores do atleta. Ignorar a dor traz consequências como o surgimento ou agravamento de lesões.

Se a dor surgir, persistir ou limitar sua corrida, procure um especialista para um diagnóstico correto e precoce. Quanto mais tempo correr com dor, mais difícil será seu tratamento.

O autotratamento, o uso indiscriminado de medica-mentos, como analgésicos e anti-inflamatórios, durante os treinamentos e competições, sem avaliação prévia por médico especialista, podem mascarar ou até agravar o problema.

O retorno precoce às atividades físicas, desrespei-tando o tempo de reparação de uma lesão pode provo-car recidivas.

Não se cobre demais por resultados, eles virão com o tempo, o treino e a maturidade esportiva. Busque superar seus limites, mas nunca a qualquer custo. (CL)

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RANKING

Programa apoia corredoresCircuito reúne atletas de elite e milhares de amadores em dezenas de corridas por todo o País

INSTITUÍDO EM 2005, O RANKING CAIXA CBAt DE Corredores de Rua reúne milhares de atletas em deze-nas de provas. Os números mostram o crescimento do circuito: em 2014, 29 das 34 provas do calendário de corridas de rua da Confederação, em 31 de maio, inte-gram o Ranking, o mais importante circuito da América Latina, no gênero.

A meta da CBAt e da CAIXA consiste em reunir nas provas tanto fundistas de elite como atletas amadores. Além de apoiar o segmento com o “Programa de Apoio a Corredores de Elite”.

Os organizadores precisam cumprir caderno de en-cargos que exige obediência à lei brasileira e às regras da IAAF. Apenas atletas brasileiros, federados ou do cadastro de corredor, podem pontuar. Alguns nomes fi-zeram história no Ranking, como o baiano Giomar Pereira da Silva, do Cruzeiro Caixa (MG), seis vezes campeão do circuito.

Em meados de junho, após 10 provas disputadas e a presença de atletas com bons resultados também em pis-ta, como o ganhador da medalha de bronze nos 5.000 m no PAN 2011, Giovani dos Santos, 12 atletas – seis entre os homens e seis no feminino – já haviam somado 100 pontos ou mais, conforme abaixo.

Masculino: 1º Valdir Sergio de Oliveira, 207 pontos; 2º Sivaldo Santos Viana, 200; 3º Ivanildo Pereira dos Anjos, 161; 4º José Marcio Leão da Silva, 115; 5º Giomar Pereira da Silva, 111; 6º Willian Salgado Gomes, 103.

Feminino: 1º Fabiana Cristine da Silva, 210 pontos; 2º Fernanda Raimunda Soares, 187; 3º Maria Regina Santos Sa-guins, 138; 4º Rosiane Xavier dos Santos, 124; 5º Joziane da

Silva Cardoso, 111; 6º Ma-ria Bernadete Cabral, 100.

O “Programa CAIXA de Corredores de Elite” beneficia com apoio financeiro men-sal, no ano seguinte, os 10 primeiros do Ranking – no masculino e no feminino. Os três primeiros em cada categoria recebem ainda premiação extra.

No total, em 2014, o programa tem o valor de R$ 237,6 mil. Os campeões em 2013 foram Giomar Pereira da Silva e Roselaine de Sousa Silva (Cruzeiro), respecti-vamente com 449 e 478 pontos.

BENEFICIADOS PELO PROGRAMA CAIXA DE APOIO A corredores de elite. No masculino: 1º Giomar Pereira da Silva, 2º Ivanildo Pereira dos Anjos, 3º Valdir Sergio de Oliveira, 4º Sivaldo Santos Viana, 5º Justino Pedro da Silva, 6º Francisco Ivan da Silva Filho, 7º Eliesio Miranda da Silva, 8º Willian Salgado Gomes, 9º Antonio Carlos de Jesus Gomes, 10º Carlos Eduardo Conceição Corrêa.

No feminino: 1º Roselaine de Sousa Silva, 2º Conceição de Maria Carvalho Oliveira, 3º Maria Bernadete Cabral, 4º Edielza Alves dos Santos Guimarães, 5º Rosiane Xavier dos Santos, 6º Maria Zeferina Rodrigues Baldaia, 7º Kleidiane Barbosa Jardim, 8º Graciete Moreira Carneiro Santana, 9º Joelma de Jesus, 10º Marluce Queiroz Ferreira.

29 PROVAS EM 17 CIDADES

O Ranking CAIXA CBAt de Corredores de Rua em 2014 conta com 29 provas em 17 cidades, de 12 Estados, além do Distrito Federal. Estados contemplados: São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Roraima, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná. São 15 corridas de 10 km, uma de 15 km, uma de 18 km, seis de meia maratona e seis maratonas.

Maria Bernardete Cabral

Gaspar N

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CORRIDAS DE RUA

DATA PROVA DISTÂNCIA LOCAL12|01 XXX Corrida de Reis 10 km Cuiabá, MT19|01 1ª Meia Maratona Internacional de Goiás Meia Maratona Goiânia, GO20|01 Corrida de São Sebastião CAIXA 10 km Rio de Janeiro, RJ23|02 VIII Meia Maratona de São Paulo Meia Maratona São Paulo, SP23|03 Golden Four Asics Meia Maratona Porto Alegre, RS23|03 10ª Meia Maratona Internacional CAIXA de Florianópolis Meia Maratona Florianópolis, SC06|04 Corrida Pedestre do Senhor Bom Jesus de Cuiabá 10 km Cuiabá, MT06|04 15ª Meia Maratona internacional Caixa de Brasília Meia Maratona Brasília, DF06|04 Golden Four Asics Meia Maratona Rio de Janeiro, RJ13|04 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Salvador, BA13|04 12ª Meia Maratona de Fortaleza Meia Maratona Fortaleza, CE19|04 Rústica CAIXA / Aniversário de Ipatinga 10 km Ipatinga, MG03|05 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Uberlândia, MG11|05 5ª Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte Meia Maratona Belo Horizonte, MG11|05 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Campo Grande, MT18|05 Corrida da Ponte 21,4 km Niterói, RJ18|05 10 km Tribuna FM UNILUS 10 km Santos, SP25|05 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Belo Horizonte, MG08|06 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Goiânia, GO06|07 Corrida 09 de julho 10 km Boa Vista, RR27|07 Maratona CAIXA da Cidade do Rio de Janeiro Maratona Rio de Janeiro, RJ27|07 Meia Maratona CAIXA da Cidade do Rio de Janeiro Meia Maratona Rio de Janeiro, RJ03|08 Golden Four Asics Meia Maratona São Paulo, SP03|08 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Fortaleza, CE10|08 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Recife, PE17|08 25ª Dez Milhas Garoto 16 km Vila Velha, ES31|08 XVIII Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro Meia Maratona Rio de Janeiro, RJ31|08 Meia Maratona de Curitiba Meia Maratona Curitiba, PR31|08 Circuito de Corridas CAIXA 10 km ` Porto Alegre, RS11|10 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Ribeirão Preto, SP19|10 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Curitiba, PR19|10 XX Maratona Internacional de São Paulo Maratona São Paulo, SP09|11 Golden Four Asics Meia Maratona Brasília, DF23|11 Circuito de Corridas CAIXA 10 km Brasília, DF30|11 Circuito de Corridas CAIXA 10 km São Paulo, SP31|12 90ª Corrida Internacional de São Silvestre 15 km São Paulo, SP

Lista de provas nacionaisRelação de eventos atualizada até 31 de maio de 2014 pelo Departamento Técnico da CBAt

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SALTOS

A RECENTE CONQUISTA DO BICAMPEONATO DO SALTO em distância no Mundial Indoor da Polônia em março úl-timo por Mauro Vinícius Lourenço Hilário “Duda” da Silva provocou a publicação de artigos na imprensa, sobre a pro-jeção dos saltadores brasileiros.

O título de Duda da Silva mostra, a bem da verdade, principalmente os resultados do esforço e talento do atleta, da competência do seu treinador, Aristides “Tide” Junqueira, além da eficiência dos programas de apoio, da CBAt-CAIXA, Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Bra-sileiro, e de seu clube, a BM&FBovespa.

Saltadores brasileiros obtêm sucesso internacional des-de a primeira metade do século XX, especialmente a par-tir da década de 1930. Lucio Almeida Prado de Castro, de tradicional família paulistana, fez fama no salto com vara. Nos Jogos de Los Angeles 1932 ele alcançou o sexto lugar – no salto em distância Clóvis Figueiredo Rapozo foi o oitavo colocado.

Em 1948, nos Jogos de Londres, dois brasileiros ficaram entre os oito melhores no triplo: Geraldo de Oliveira (quin-to lugar) e Hélio Coutinho da Silva (oitavo) – conforme Da-vid Wallenchinsky, “The complete book of the Olympics”, 2012. Os Jogos da capital britânica marcaram, ainda, a estreia olímpica de Adhemar Ferreira da Silva (11º lugar), que faria história na década seguinte.

As primeiras medalhas

Em Helsinque 1952, Adhemar Ferreira da Silva conquis-tou a medalha de ouro no salto triplo, estabelecendo ainda dois recordes mundiais, enquanto que Geraldo de Oliveira foi o sétimo na prova.

José Telles da Conceição ganhou a medalha de bronze no salto em altura e Ary Façanha de Sá foi o quarto no salto em distância. Em Melbourne 1956, Adhemar conquistou o bicampeonato olímpico, com novo recorde dos Jogos.

No México 1968 e em Munique 1972, Nelson Prudên-cio ganhou as medalhas de prata e de bronze olímpicas no triplo, respectivamente.

Uma história de sucessoBrasileiros obtêm bons resultados desde a primeira metade do século XX

Nas duas edições olímpicas seguintes – em Montreal 1976 e Moscou 1980 – foi a vez de João Carlos de Oliveira subir ao pódio: ganhou bronze no triplo. Em Montreal, foi também o quarto colocado no salto em distância.

No Mundial de Stuttgart 1993, Anísio Souza Silva foi o sétimo no triplo. Na Copa do Mundo de Londres 1994, Douglas de Souza ganhou prata no salto em distância. No Mundial de Atenas 1997, Nélson Carlos Ferreira Júnior foi o quinto no salto em distância.

Adhemar Ferreira da Silva

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A história nos anos 2000

Jadel Gregório ganhou prata no salto triplo nos Mundiais Indoor de Budapeste 2004 e Moscou 2006, e foi vice-campeão ainda no Mundial ao ar livre em Osaka 2007. Fábio Gomes da Silva foi finalista no salto com vara nos Mundiais de Osaka 2007 (10º) e de Daegu 2011 (oitavo). Jessé Farias de Lima foi finalista do salto em altura no Mundial de Osaka (13º) e na Olimpíada de Pequim (10º).

Duda da Silva venceu o salto em dis-tância nos Mundiais Indoor de Istam-bul 2012 e Sopot 2014, foi finalista na Olimpíada de Londres 2012 (sétimo) e no Mundial de Moscou 2013 (quinto).

Augusto Dutra de Oliveira foi fina-lista na prova no Mundial de Moscou 2013 (nono) e em Sopot 2014 (sé-timo). Thiago Braz da Silva ganhou prata na Olimpíada da Juventude em Cingapura 2010 e ouro no Mundial Juvenil em Barcelona 2012. E foi finalista em Sopot (4º lugar).

Conquistas femininas

Em Tóquio 1964, única mulher da delegação olímpica do Brasil, Aída dos Santos obteve um honroso quarto lu-gar no salto em altura. Orlane Maria Lima dos Santos foi a oitava colocada na mesma prova no Campeonato Mundial Indoor de Sevilha em 1991.

Maurren Higa Maggi foi campeã olímpica em Pequim 2008 e tornou-se a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha de ouro em prova individual. Ela também ganhou prata no Mundial Indoor de Valência 2008 e bronze no de Birmingham

Fabiana de Almeida Murer

2003. Foi ouro nos Jogos da Amizade de Brisbane 2001 e da Universíade de Pequim no mesmo ano. Nos Mundiais de Atletismo, foi finalista em Sevilha 1999 (oitavo lugar), Ed-monton 2001 (sétimo), Osaka 2007 (quinto), Berlim 2009 (sétimo) e Daegu 2001 (11º).

No salto com vara, Fabiana de Almeida Murer obteve conquista inédita: é a única brasileira campeã mundial ao ar livre (Daegu 2011) e indoor (Doha 2010). Ganhou bronze no Mundial Indoor de Valência 2008. Foi finalista nos Mundiais de Osaka (sexto lugar), Berlim (quinto) e Moscou (quinto), e na Olimpíada de Pequim 2008 (10º).

Em Doha 2010 Keila da Silva Cos-ta ganhou a medalha de bronze no salto em distância indoor. Ela havia

conquistado o bronze no triplo no Mundial de Juvenis de Kingston 2002. Foi finalista no salto em distância (sétimo lu-gar) e no triplo (quinto) no Mundial de Osaka 2007. Foi fina-lista também em Daegu 2011 (12º). Gisele Lima de Oliveira foi finalista no triplo (12º lugar) em Berlim 2009.

Espaço para as estrelas

Com atletas de saltos iniciamos a seção “Herói”, “Es-trela” e “Futuro”, na revista da CBAt. Começamos com três nomes dos mais representativos: Lúcio Almeida Prado de Castro (primeiro brasileiro finalista olímpico), Mauro Vinícius Hilário Lourenço “Duda” da Silva (primeiro brasilei-ro bicampeão mundial de Atletismo) e Thiago Braz da Silva (campeão mundial juvenil). (Ver nas páginas seguintes)

Getty Im

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• Lúcio Almeida Prado de Castro• Clovis Figueiredo Rapozo• Geraldo de Oliveira• Helio Coutinho da Silva• Adhemar Ferreira da Silva• José Telles da Conceição• Ary Façanha de Sá• Aída dos Santos

SALTADORES FINALISTAS EM OLIMPÍADAS E MUNDIAIS

• Nelson Prudêncio• João Carlos de Oliveira• Orlane Maria Lima dos Santos• Anísio Souza Silva• Douglas de Souza• Nelson Carlos Ferreira Jr.• Maurren Higa Maggi• Keila da Silva Costa

• Jessé Farias de Lima• Jadel Gregório• Fabiana de Almeida Murer• Fábio Gomes da Silva• Gisele Lima de Oliveira• Mauro Vinícius “Duda” da Silva• Augusto Dutra de Oliveira• Thiago Braz da Silva

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HERÓI

Lúcio de Castro, finalista em 1932Paulistano foi o primeiro atleta do Brasil a ficar entre os seis primeiros em uma final olímpica no Atletismo

NOTÁVEL FIGURA DO ATLETISMO NACIONAL, O paulistano Lúcio Almeida Prado de Castro foi um dos primeiros brasileiros de nível mundial. Lúcio de Castro, como ficou conhecido, começou em 1927, aos 17 anos, quando viu uma disputa de salto com vara pela primeira vez. Competiu por 24 anos, até 1951, ano em que obteve seu último título no Troféu Brasil.

Ele nasceu em 1º de outubro de 1910. No primeiro ano no esporte marcou 2,80 m. Em 1928, saltou 3,40 m, utili-zando as antigas varas de bambu. Em 17 de novembro de 1929 fez 4,095 m, uma das 20 melhores marcas do mundo

e recorde brasileiro. Ainda disputava o salto em altura e o lançamento do dardo. Em 1931, marcou 1,86 m e 49,41 m, nas duas provas.

Em 1932, depois de algum tempo afastado para tra-tar de assuntos pessoais, reapareceu, disputou a Seletiva Olímpica aos Jogos de Los Angeles. Marcou 4,05 m e ga-rantiu a vaga. Foi aos Estados Unidos com a delegação bra-sileira na cansativa viagem do navio Itaquicê. A delegação buscava vender café fornecido pelo Governo, para cobrir os gastos da viagem. Sem muito sucesso, aliás.

Em Los Angeles, no dia 3 de agosto, tornou-se o primei-ro brasileiro a ficar entre os seis melhores numa final olímpica, com um salto de 3,90 m. Em 1933, melhorou seu recorde brasileiro para 4,10 m e foi considerado o melhor atleta da América do Sul, recebendo o Troféu Helms, con-cedido pela Fundação de mesmo nome.

Em 1941, na Taça Ademar de Barros, saltou 4,12 m e bateu o recorde sul-americano, que só caiu em 1955, até o brasileiro Fausto de Souza saltar 4,15 m.

Lúcio de Castro defendeu o Paulistano e o Germânia, atual Pinheiros. Morreu na capital paulista em 20 de maio de 2004. Em 2000, o repórter Erick Castelhero o procurou para um texto na revista da CBAt, feita para os Jogos de Sydney. Aos 90 anos, lúcido, declarou: “O ruim da minha idade é que só perco as pessoas... Dos amigos da época em que competia quase todos morreram”...

PRINCIPAIS CONQUISTAS DE

LÚCIO DE CASTRO

*Top 20 do mundo com 4,095 m – em 1929*Finalista olímpico em Los Angeles (sexto lugar) – em 1932*Ganhador do Troféu Helms – em 1933*Recordista sul-americano com 4,12 m – em 1941*Bicampeão sul-americano – em 1941 e 1947*Pentacampeão do Brasileiro por São Paulo – de 1929 a 1946*Cinco vezes campeão do Troféu Brasil – de 1945 a 1951

Lúcio de Castro

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ESTRELA

Duda da Silva, novamente ouroSaltador é o primeiro nome do Brasil a conquistar o bicampeonato em um Mundial de Atletismo

MAURO VINÍCIUS HILÁRIO LOURENÇO “DUDA” DA SILVA é um dos principais destaques do Atletismo brasileiro atualmente. O apelido dado pela família, no dia de seu nascimento, e encampado pela comunidade atlética na-cional facilita a identificação. Assim, ele ficou sendo sim-plesmente Duda.

Sim, Duda da Silva. Campeão do salto em distância no Mundial Indoor em Istambul, na Turquia, em 11 março de 2012. E bicampeão em Sopot, na Polônia, em 8 de março de 2014. Tornou-se o primeiro brasileiro bicampeão na história dos Mundiais Indoor.

Obteve ainda dois outros resultados importantes: em

CONQUISTAS DE

DUDA DA SILVA

*Medalha de ouro no Mundial Indoor de Istambul-2012*Finalista olímpico em Londres-2012*Finalista no Mundial de Atletismo de Moscou-2013*Medalha de ouro no Mundial Indoor de Sopot-2014*Prêmio Brasil Olímpico – Melhor do Atletismo em 2013

2012 foi um dos atletas da equipe nacional a chegar à final olímpica, com o sétimo lugar em Londres, na Grã-Breta-nha. Em 2013, no Campeonato Mundial de Atletismo, em Moscou, na Rússia, foi novamente um dos destaques da Seleção, ao ficar na quinta posição. O salto de 8,24 m o deixou a três centímetros do pódio.

Alegre e atencioso, Duda comemorou 2012 e 2013. No primeiro, além do título mundial, com o salto de 8,28 m, na semifinal de Istambul, foi o número 1 do Ranking da IAAF em pista coberta. Em 2013, saltou 8,31 m, seu recorde pessoal ao ar livre, ficou entre os top 10 do mundo. E foi eleito o melhor do Atletismo do País no ano, em eleição do COB, recebendo o “Prêmio Brasil Olímpico”.

Nascido em 26 de dezembro de 1986 em Presidente Pru-dente (SP), mudou-se para outra cidade do interior paulista, São José do Rio Preto, para acompanhar seu treinador até hoje, Aristides de Andrade Junqueira, o Tide.

“Os dois últimos anos foram os melhores da minha car-reira”, reconhece Duda. “Também comecei 2014 muito bem”, lembra. No fim de 2013, por orientação da CBAt, veio morar na grande São Paulo, com seu treinador e colegas de equipes, para ter melhores condições de treinamento. Faz, agora, sua preparação em duas cidades do ABC pau-lista: no Centro de Atletismo da Vila São José, mantido por sua equipe, a BM&FBovespa, em São Caetano do Sul, e na pista da Arena Caixa, em São Bernardo do Campo.

Duda da Silva

Getty Im

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FUTURO

Thiago Braz, esperança nacionalSaltador é campeão mundial juvenil e vice-campeão da Olimpíada da Juventude

COM 20 ANOS FEITOS EM 16 DE DEZEMBRO DE 2013, o capricorniano Thiago Braz da Silva é uma das maiores revelações do Atletismo nacional nos anos 2000. Recém-saído da categoria juvenil, ele é uma das principais espe-ranças para o futuro do esporte-base no País, inclusive com a expectativa de bom resultado na Olimpíada do Rio 2016. As conquistas no salto com vara, que já preenchem o currículo deste paulista de Marília, não deixa dúvida.

Em 2010 ele venceu a Seletiva Sul-Americana para a Olimpíada da Juventude, em Uberlândia (MG). Assim, com 16 anos, foi a Cingapura e sagrou-se vice-campeão dos Jogos. Na competição, saltou 5,05 m, marca igual à do espanhol Didac Salas, que levou a medalha de ouro nos critérios de desempate.

Quatro anos depois, em março de 2014, integrante da Seleção Brasileira principal, disputou o Mundial Indoor em Sopot, na Polônia. Na final, estava garantindo o bronze até a última rodada de saltos, com 5,75 m, quando foi supera-do pelo tcheco Jan Kudlicka, que fez 5,80 m e foi o terceiro colocado.

Thiago voltou ao Brasil mais experiente, conhecendo melhor os principais saltadores do mundo. Além de es-tar mais preparado para controlar a natural pressão dos grandes eventos.

O caminho de Cingapura a Sopot, porém, foi duro para o jovem saltador. Embora treinado por um técnico profun-damente conhecedor da prova, Elson Miranda de Souza, e com assessoria do especialista ucraniano Vitaly Petrov, Thiago teve de superar as etapas para atingir o alto nível.

Em 2012, Thiago foi o grande nome do Brasil no Mun-dial de Juvenis em Barcelona, na Espanha. Na pista do histórico Estádio de Montjuic, palco dos Jogos Olímpicos de 1992, ganhou a medalha de ouro com de 5,55 m.

Em 2013, foi campeão sul-americano em Cartagena, na Colômbia, com 5,83 m, recorde continental. No ano, dis-putou o Mundial de Atletismo em Moscou, na Rússia. Em 2014, antes de ser finalista no Mundial de Sopot, quebrou o recorde sul-americano indoor com 5,76 m, em 15 de fe-vereiro, em Donetsk, na Ucrânia.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DE

THIAGO BRAZ

*Medalha de ouro no Mundial de Juvenis – Barcelona 2012*Medalha de prata na Olimpíada da Juventude – Cingapura 2010*Medalha de ouro no Campeonato Sul-Americano – Cartagena 2013*Finalista no Campeonato Mundial Indoor (quarto lugar) – Sopot 2014*Recordista sul-americano 5,83 m – Cartagena 2013*Recordista sul-americano indoor 5,76 m – Donetsk 2014

Thiago Braz da Silva

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TREINADOR

Dietrich Gerner formou campeões“Alemão” treinou a forte equipe de Atletismo do São Paulo FC, onde pontificavam nomes como Adhemar Ferreira da Silva

AS RAZÕES DO SUCESSO DE UM atleta são várias. Dependem do ta-lento, oportunidade, perseverança, sorte... O mais certo é que isso se some num plano inteligente de tra-balho. Isso explica o fato de o pionei-ro Dietrich Gerner – o “Alemão” – ter sido tão vencedor como treinador de Atletismo no Brasil.

Como outros alemães que deixa-ram as agruras provocadas pela Primeira Guerra Mundial, ele decidiu “fazer a América”. Escolheu o Brasil, mais especificamente, São Paulo.

Assim como outros europeus que se radicaram no País, Dietrich Gerner resolveu praticar Atletismo, em que com-petiu até na categoria veterana. Aliás, a influência ger-mânica foi enorme no início do esporte entre nós.

Considerado dono de “olho clínico”, deixou de lado um pouco a carreira como decatleta para se dedicar à descober-ta, formação e desenvolvimento de talentos. Isto é, levar atletas com potencial à elite do esporte.

Centenas de atletas passaram por suas mãos, como Wanda dos Santos e Edgar Freire. Wanda é recordista em títulos do Troféu Brasil, com 48 vitórias em quatro provas diferentes. Edgar subiu ao pódio da São Silvestre nos anos 1950, quando a corrida vivia seu auge e era disputada por astros internacionais, como o tcheco Emil Zatopek.

O maior símbolo da “produção” Gerner, no entanto, foi Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico do salto triplo, em Helsinque 1952 e Melbourne 1956. A parceria entre os dois começou em 1946, quando o paulistano da Casa Verde começou a treinar no São Paulo FC, que tinha, na época, a sua sede no tradicional bairro do Canindé.

Gerner exerceu influência decisiva na carreira do pupi-lo, não apenas na preparação. Ele dava dicas sobre alimen-tação, fazia visitas surpresas à casa do atleta e se preocu-

Dietrich Gerner (2º à esq.) e Adhemar Ferreira da Silva com saltadores japoneses

Arquivo P

essoal / Atsushi H

oshimo

pava com detalhes raros numa fase tão inicial do esporte no País. Agia assim, aliás, com todos os seus atletas.

Minucioso, “Alemão” considerou que tinha um verdadei-ro talento nas mãos só em 1949, quando Adhemar saltou 15,51 m e bateu o recorde sul-americano. “Precisei de um resultado espetacular para mostrar que levava jeito para o esporte. A partir daí, Gerner me ‘adotou’ e eu me entreguei absolutamente aos cuidados dele”, revelou Adhemar, em entrevista nos anos 1990, em reconhecimento à importân-cia do técnico em seus resultados.

Uma das tristezas do bicampeão olímpico foi nunca ter a companhia de Gerner em competições no exterior. O que reve-lou mais uma virtude do mestre, que passava treinos por escri-to, sem esquecer de indicar exercícios para as escalas técnicas.

Gerner aposentou-se como gerente de Esportes do EC Pinheiros. Mas logo voltou à ativa. Ele foi um dos pioneiros ao utilizar o Atletismo como ferramenta de ação social, ao se dedicar aos treinos para jovens infratores e desampara-dos na antiga Febem.

Claro que Adhemar Ferreira da Silva foi um atleta dife-renciado, um verdadeiro fenômeno. É indiscutível, porém, que o atleta paulistano foi predestinado quando seu destino se cruzou com o de Dietrich Gerner, que morreu em 1991.

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ÁRBITRO

Oswaldo Pizani fez históriaÁrbitro número 1 do Brasil, foi tambémvice-presidente da Federação Paulistae diretor da CBAt

UM NOME QUE FEZ HISTÓRIA NO ATLETISMO NACIONAL. Essa parece ser a melhor definição para Oswaldo Val-demir Pizani, presente no esporte por 70 anos. Nestas sete décadas, Pizani acompanhou torneios no Brasil e no exterior. Conheceu gerações de atletas desde a década de 1930, quando começou no Atletismo, até 2006, quando se aposentou, com mais de 90 anos.

Era “árbitro número 1 da CBAt”. Ao longo da carreira ministrou cursos de arbitragem por todo o País, foi vice-presidente da Federação Paulista de Atletismo e diretor de Veteranos da Confederação

Pizani viu em ação todos os brasileiros ganhadores de medalhas em Jogos Olímpicos, desde que José Telles da Conceição foi bronze no salto em altura em Helsinque-1952 até Maurren Higa Maggi ganhar ouro no salto em distância em Pequim-2008.

Entre Telles e Maurren, os demais: Adhemar Ferrei-ra da Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira, Joaquim Cruz, Robson Caetano da Silva, Vanderlei Cor-deiro de Lima, além das equipes masculinas do 4x100 m nos Jogos de Atlanta 1996 e de Sydney 2000.

Oswaldo Valdemir Pizani gostava muito de falar dos ve-lhos atletas. Em longa entrevista que concedeu à Assessoria de Imprensa da CBAt, nas arquibancadas do Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo, na década de 1990, Pizani lembrou: “O Nestor Gomes sabia correr, era elegante”, afirmou, a respeito do fundista do tricampeão da São Silvestre – ganhou em 1932, 1933 e 1935.

Ele destacava outros grandes da época, como “Ivo Salo-wicz (velocista), Lúcio de Castro (salto com vara), Ícaro de Castro Mello (salto em altura), Sylvio de Magalhães Padi-lha (barreirista e velocista), José Bento de Assis Júnior (ve-locista e saltador), Elizabete Clara Muller (atleta eclética) e vários outros. Mas o maior foi o Adhemar (Ferreira da Silva)”, disse, em referência ao bicampeão olímpico.

Uma característica do “seo” Pizani era a simpatia. “Pro-

fessor, qual a ordem das provas do decatlo?”, pergunta uma jovem repórter, durante uma edição do Troféu Brasil, no Estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro.

Com a paciência ensinada pela vida, o paulistano Pizani, nascido em 9 de dezembro de 1916, tranquilizou a jovem jornalista: “O decatlo é disputado em dois dias. No primei-ro temos os 100 m, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400 m. No segundo, os 110 m com bar-reiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500 m.”

Paralelamente também atuou no teatro, como produ-tor. Um dia, perguntou ao repórter de A Gazeta Esportiva se tinha notícia de Judas Isgarigotes. O pseudônimo era de um antigo redator de cultura de A Gazeta. Não foi possível encontrar Isgarigotes, o que, se o frustrou, não permitiu que se percebesse.

Em 2004, Pizani ainda ministrou um curso básico de ar-bitragem, realizado pela Federação Paulista de Atletismo e reconhecido pela CBAt. Em 5 de fevereiro de 2006, a As-sembleia Geral da Confederação Brasileira de Atletismo concedeu a Pizani o título de “Membro Emérito”.

Ultimamente, aposentado como despachante no porto de Santos, vivia com uma filha na cidade de Ben-to Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde morreu em 9 de abril de 2014.

Oswaldo Valdemir Pizani

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CBAt [37

NAS COMPETIÇÕES DA era antiga as mulheres eram proibidas de par-ticipar. De resto, não tinham presença em praticamente nenhu-ma atividade pública. As coisas mudaram e para melhor. A mulher tem hoje presença no esporte, nos negócios

e na administração pública. No Brasil, uma mulher – Dilma Rousseff – é a Presidenta da República.

O avanço é especialmente significativo na história, já que na Grécia Antiga, as mulheres não podiam competir e nem mesmo ver as provas. Nos Jogos Olímpicos Modernos as mulheres começaram a participar em Paris 1900, mas apenas em algumas modalidades. Em 1928, nos Jogos de Amsterdã, finalmente foi realizado o torneio de Atletismo o mais importante esporte das Olimpíadas.

Desde então a participação feminina aumentou. Atual-mente, mais de 40% dos atletas que disputam os Campeona-tos Mundiais de Atletismo são mulheres. No Brasil a presença da mulher evolui paralelamente.

Tanto que é nos anos 1920 que surgem as primeiras competições oficiais para mulheres. E Lotte Von Schuest, que disputava o lançamento do disco e o dardo, foi uma das pioneiras.

Em 1940, a antiga Confederação Brasileira de Despor-tos (CBD), que administrava o Atletismo antes da fundação da CBAt em 1977, criou o Campeonato Brasileiro Feminino – o masculino existia desde 1925.

A primeira atleta a obter resultados de nível interna-cional em nosso País foi Elisabeth Clara Muller, que esteve na Olimpíada de Londres 1948 e foi medalhista nos Jogos Pan-Americanos de Buenos Aires, na Argentina, em 1951.

Elisabeth Clara Muller é a atleta que mais títulos ganhou na história do torneio feminino do Campeonato Brasileiro

de Seleções estaduais, disputado de 1940 a 1987. Na década de 1950 ela recebeu o Troféu Helms, como mais importante nome do esporte feminino na América do Sul.

CLARA MULLER TAMBÉM FOI JORNALISTA E APRESENTOU, junto com Adhemar Ferreira da Silva e Tetsuo Okamoto (medalhista olímpico na natação), um programa esportivo na Rádio Pan-Americana (hoje, Jovem Pan).

Wanda dos Santos surgiu no fim dos anos 1940, ga-nhou medalhas em Jogos Pan-Americanos e é a recordista de títulos no Troféu Brasil, mais importante competição do Atletismo nacional.

Aída dos Santos é outro nome histórico. Única mulher da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio 1964, e único nome do Atletismo, conseguiu um heroico quarto lugar no salto em altura. Posteriormente foi medalhista de bronze no pentatlo, nos Jogos Pan-Americanos de Win-nipeg, no Canadá, em 1967, e no de Cáli, na Colômbia, em 1971.

Em 1983, nos Jogos Pan-Americanos de Caracas, na Ve-nezuela, o Atletismo feminino obteve seus primeiros títulos na principal competição do continente. As campeãs foram Con-ceição Aparecida Geremias, no heptatlo, e Esmeralda de Jesus Freitas Garcia, nos 100 m.

Nas décadas de 1980 e 1990 outros nomes apareceram, entre vários outros os de Soraya Vieira Telles, Magnólia Figueiredo, Carmem de Oliveira, Lu-ciana de Paula Mendes, Elisângela Adriano, Or-lane dos Santos...

Nos anos 2000 acon-teceram as grandes con-quistas brasileiras no Atletismo internacional. Em 2008, em Pequim, Maurren Maggi ganhou

Como atleta, treinadora, árbitra ou dirigente, a mulher amplia seu espaçono Atletismo no Brasil e no mundo

MULHER

A conquista do espaço

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MULHER

a medalha de ouro no salto em distância e tornou-se a primeira mulher brasileira campeã olímpica em prova individual.

Em 2010 Fabiana Murer ganhou ouro no salto com vara no Mundial Indoor de Doha e em 2011 ganhou a prova no Mundial de Atletismo de Daegu 2011. Portanto, é o único nome do Atletismo nacional e ganhar ouro tanto ao ar livre como em pista cober-ta. Lucimar Moura, Keila Costa, Fran-ciela Krasucki, Ana Cláudia Lemos são algumas das muitas outras atletas que brilharam...

NA VERDADE, AS MULHERES JÁ OBTÊM – nesta segunda década do século XXI – no Atletismo nacional sucesso seme-lhante ao do masculino. E não apenas como atletas.

Há mulheres no nível mais alto da arbitragem internacional. A paranaense Cláudia Schneck de Jesus pertence ao painel de Oficiais Técnicos Internacionais, grupo restrito de árbitros que di-rigem os mais importantes eventos, como Olimpíadas e Campeonatos Mundiais de Atletismo.

Entre as treinadoras, um nome é Vânia Valentino da Silva. Carioca, ela treina atletas como Aldemir Gomes da Silva Júnior, da Seleção Brasileira de Revezamentos.

Durante o Fórum Técnico de Alto Rendimento, realizado em São Paulo, em novembro de 2013, Vânia foi indicada pelos colegas como representante do grupo de provas de

Valeria Calháo Silva

Maurren Maggi

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velocidade e revezamentos junto à Superintendência de Alto Rendimento da CBAt.

Também como dirigentes as mulheres se destacam atualmente. Na CBAt, Fátima Aparecida F. Ferreira é di-retora de Compras e Licitações.

Há cinco Federações Estaduais com mulheres na Presidência: Margareth Bahia (Amazonas), Márcia Araújo (Piauí), Magnólia Figueiredo (Rio Grande do Norte), Maria da Conceição Silva (Paraná) e Valéria Cristina Gonçalves Ca-lháo Silva (Mato Grosso do Sul).

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TROFÉU BRASIL

O TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO 2014 SERÁ disputado de 9 a 12 de outubro em São Paulo, cidade onde foi realizado pela primeira vez em 1945. A competição con-solidou-se como o mais importante campeonato de clubes de Atletismo da América Latina. O primeiro campeão foi o São Paulo FC, equipe de tradição história no futebol, Atletismo e boxe. Pelo clube passaram símbolos dessas modalidades, como Gérson de Oliveira Nunes, Eder Jofre e Adhemar Ferreira da Silva.

Inicialmente eram clubes populares, com São Paulo e Botafogo do Rio, e olímpicos, como Pinheiros, que bri-lhavam. Mais tarde apareceram as equipes universitárias,

Vanderlei Cordeiro de Lima

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Maior campeonato latino-americanoNos anos 2000, a equipe paulista daBM&FBovespa marcou a disputa dacompetição criada em 1945

como a carioca Gama Filho, e de instituições, como o Sesi. Ou as agremiações classistas, como Bradesco, Ultracred, Pão de Açúcar, Eletropaulo. A partir dos anos 1990, o Troféu Brasil passou a ter amplo domínio da Funilense, de Cosmópolis, na região de Campinas.

Sucedânea da Funilense, nos anos 2000 o Troféu Brasil tem a marca da BM&FBovespa, Clube de Atletismo. No iní-cio era BM&F, mas com a união das duas empresas (BM&F e Bovespa), o clube ganhou o nome da empresa. Alguns dos mais importantes atletas do país defendem a equipe.

Caso de Mauro Vinícius da Silva, o Duda, único bra-sileiro bicampeão mundial de Atletismo – foi ouro no salto em distância nos Mundiais Indoor de Istambul 2012 e So-pot 2014. Outra estrela do clube é Fabiana Murer, único nome do Brasil a ganhar a medalha de ouro tanto no Mun-dial Indoor (Doha 2010) como no Campeonato Mundial de Atletismo (Daegu 2011).

Outros nomes importantes defenderam a Funilense e depois a BM&FBovespa: o carismático Vanderlei Cordeiro de Lima, o maratonista que liderava a prova em Atenas nos Jogos de 2004, quando foi agredido por um manifestante. Vanderlei conseguiu voltar à corrida e ainda deu a medalha de bronze ao Brasil.

Em quadro nesta página apresentamos os 10 primeiros clubes na soma dos pontos conquistados nas cinco últimas edições do Troféu Brasil Caixa de Atletismo.

CLUBES COM MAIOR PONTUAÇÃO

NO TROFÉU BRASIL: 2009-2013

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º

BM&FBOVESPAEC PINHEIROSORCAMPI/UNIMEDREDE ATLETISMOASA SÃO BERNARDOFCTELONDRINA/CAIXABRASIL FC/FUPESASA SERTÃOZINHOBRASIL FOODS/ILF

São Caetano do Sul / SPSão Paulo / SPCampinas / SPBragança Paulista / SPSão Bernardo do Campo / SPPresidente Prudente / SPLondrina / PRSantos / SPSertãozinho / SPRio de Janeiro / RJ

3.6481.490897,5813428,5211209,5208173,5144

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REGIÃO

O Atletismo no NordesteAtletas da área deram conquistas internacionais ao País

O NORDESTE BRASILEIRO ENFRENTA PROBLEMAS históricos, embora nesta última década passe por desen-volvimento social e econômico inusitado. Culturalmente rico, tem expoentes na literatura, no teatro, na música (erudita e popular) e na dança.

Também no esporte a região revelou grandes talentos, e aí com especial destaque o Atletismo. Os nove Estados que compõem a área deram nomes que defenderam o Brasil em competições atléticas internacionais, com sucesso.

Entre os atletas nascidos no Nordeste estão ganha-dores de medalhas em Olimpíadas e Campeonatos Mun-

diais. O potiguar Vicente Lenilson de Lima, por exemplo, prata no revezamento 4x100 m nos Jogos de Sydney 2000 e Campeonato Mundial de Paris 2003, ainda foi bicampeão pan-americano da prova, em Santo Domingo 2003 e Rio de Janeiro 2007.

O piauiense Claudio Roberto Souza foi companheiro de equipe de Vicente Lenilson nas conquistas de Sydney e Paris. A pernambucana Keila da Silva Costa ganhou a medalha de bronze no Mundial de Juvenis de Kingston 2002 no triplo e no Mundial Indoor de Doha 2010, no salto em distância.

Representantes das Federações nordestinas com o presidente e o vice-presidente da CBAt na Assembleia Geral

Fernanda Paradizo/C

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O baiano Eronilde Nunes de Araújo foi finalista olímpico nos 400 m com barreiras em Atlanta 1996 e Sydney 2000, e nos Mundiais de Gotemburgo 1995 e Sevilha 1999. Tam-bém é tricampeão pan-americano da prova.

Outro baiano, Edgar Martins de Oliveira, ajudou a equi-pe brasileira a subir ao pódio, com a conquista da meda-lha de prata no Mundial de Maratona em Revezamento (Ekiden) de Copenhague 1996. Um de seus colegas foi o maranhense Delmir Alves dos Santos.

Também brilhou o paraibano João Batista Eugênio da Silva, finalista olímpico no 200 m em Los Angeles 1984 e no Campeonato Mundial de Helsinque 1983

Dirigentes e técnicos obtêm sucesso

Além de muitos atletas de primeira linha, tam-bém dirigentes e treinadores da região também ga-nharam destaque nacional. Atual vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho foi por vários anos presidente da Federação Pernambucana. Profes-sor universitário, com mestrado pela Universidade do Porto (Portugal), ele é dissertante da IAAF em cursos para treinadores.

Atual secretário executivo de Esportes da Cidade de Recife, Warlindo afirma que “sempre foi difícil trabalhar com esporte olímpico, como é o caso do Atletismo, no Nordeste”.

Porém, o dirigente lembra que “as Federações Esta-duais hoje já recebem aporte financeiro da CBAt, graças

ao patrocínio da CAIXA à Confederação”. Para o dirigente, “esta nova situação evidentemente facilita em muito o tra-balho dos responsáveis pelas entidades locais”.

O maranhense Ary Façanha de Sá, primeiro atleta da região a ganhar destaque mundial, ao chegar ao quar-to lugar na final do salto em distância na Olimpíada de Helsinque 1952.

Do Maranhão Ary Façanha de Sá foi para o Rio de Ja-neiro, então capital federal, onde foi atleta do Fluminense e, depois, treinador do Vasco da Gama. Já na década de 1970, foi titular da Secretaria de Educação Física e Despor-to – Seed/MEC – do Governo Federal.

José Figueiredo, ex-presidente da Federação do Rio Grande do Norte e treinador de atletas de várias gerações do Estado. Entre seus principais atletas estão nomes como Vicente Lenilson de Lima, Magnólia Figueiredo (sua mu-lher) e uma jovem revelação, Diego Cavalcanti. Figueiredo é um dos técnicos do masculino revezamento 4x100 m da Seleção Brasileira.

Atual presidente da Federação do Rio Grande do Norte, Magnólia Figueiredo, por sua vez, tem no currículo, além dos resultados na pista (é recordista brasileira dos 400 m com 50.62 desde 1990), uma passagem como secretária de Esportes de seu Estado.

Também na arbitragem a região se destaca. Tanto que o atual presidente da Associação Nacional de Árbitros é um representante de Pernambuco: João Vicente Bezerra Limeira, que, nesta condição, tem assento na Assembleia Geral da CBAt.

José Figueiredo Og Robson

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REGIÃO

Calendário de pista, campo e rua

Og Robson, presidente da Federação Bahiana, diz que o calendário do Nordeste é amplo agora: “Na Bahia organi-zamos 14 campeonatos estaduais de pista e campo, para todas as categorias oficiais de idade. Concedemos ainda o Permit para cerca de 50 corridas regionais por ano. Às vezes, contribuímos com a arbitragem, desde que isso seja solicitado pelos organizadores”, diz Og.

Já a presidente da Federação do Piauí, Márcia Cristi-ane de Araújo, entende que “é importante buscar o apoio da mídia, como forma de tornar possível a promoção da educação esportiva do público. É preciso ensinar as regras básicas do esporte, de forma atrativa, para que cresça o número de fãs do Atletismo. Do meu ponto de vista, esse deve ser um dos trabalhos fundamentais de cada Fede-ração”, falou a ex-atleta e atual dirigente.

Marcio Batista Miguens da Silva, presidente da Fede-ração do Maranhão, explica que, na sua gestão, “buscou a interiorização do Atletismo, esta é a melhor forma de de-mocratizar o esporte e levar o nosso esporte para além das fronteiras da capital do estado”.

“No Ceará, a Federação mantém bom relacionamento com outras entidades esportivas”, diz o presidente Jerry Welton Barbosa Gadelha. “Temos bom relacionamento com o Centro Nacional de Treinamento Caixa Unifor”, afir-ma, em referência ao CNT da CBAt instalado no campus da Universidade de Fortaleza, concluiu Jerry.

Pedro de Almeida Pereira, que representou o presidente da Federação da Paraíba, Antonio Gomes Filho, na Assem-bleia Geral da CBAt, disse que seu Estado e toda a região “são hoje atuantes e organizam um calendário forte”.

Antigo presidente da Federação de Pernambuco, War-lindo Carneiro da Silva Filho diz que seu sucessor, Edinil-ton José de Vasconcelos Aquino, “tem vasta experiência em administração do esporte e é uma segurança para o Atletismo”.

Da mesma forma, prosseguiu o vice-presidente da Con-federação, “o novo presidente da Federação Alagoana, Mahebal de Vasconcelos Santos, também é um nome ple-namente inserido no Atletismo da região”.

José Orleandes de Barros é o presidente da Federação de Sergipe e concorda com a opinião de seus pares: “O Nor-deste tem um papel fundamental no Atletismo nacional, isso é histórico.”

Apoio da CBAt é fundamental

Para o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fer-nandes, “o Nordeste é fundamental na história do Atletis-mo brasileiro”. Lembrou que “a região sempre revelou grandes atletas e contribuiu para conquistas do País”.

O presidente da Confederação, que aproveitou a re-alização de Assembleia para conversar com os dirigentes estaduais, prosseguiu: “A CBAt pode contribuir agora para a evolução atlética da região, graças aos recursos repassa-dos às Federações da área. Tudo isso é possível graças ao patrocínio da CAIXA.”

“São os recursos deste patrocínio que permitiram à CBAt instituir e ampliar seus vários programas, como o que apoia as atividades das Federações filiadas”, concluiu o di-rigente.

Warlindo Carneiro da Silva Filho

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OS NÚMEROS DO ATLETISMO NO NORDESTE

UF CL AT CR TR ARAL 4 1054 16 10 42BA 9 1200 2522 13 96CE 22 2451 376 24 288MA 17 1874 100 21 88PB 7 740 66 9 98PE 23 2874 61 23 213PI 8 574 1 12 62RN 24 2432 24 19 308SE 5 1060 18 11 27

TO 119 14259 3184 142 1222UF – Estado / CL – Clube / AT – Atleta / CR – Corredor /TR – Treinador / AR – Árbitro / TO – Total

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MARCO IMPORTANTE NO PANORAMA DO ATLETISMO nacional foi a instituição em 1977 do Troféu Norte-Nor-deste. Foi uma ideia de treinadores e dirigentes do Atletis-mo destas duas regiões brasileiras. O objetivo central era dar aos atletas desses Estados a oportunidade de disputar uma competição de bom nível técnico.

Deu certo. O Troféu Norte Nordeste tornou-se o mais antigo e tradicional torneio regional do esporte do Brasil, com realização não interrompida.

“Tudo começou de uma ideia de treinadores e dirigen-tes da região”, lembra o professor Manoel Trajano, ex-pre-sidente da Federação do Maranhão.

Além de Trajano, participaram as primeiras reuniões também Warlindo Carneiro da Silva Filho, de Pernambuco, Armando Lima, do Rio Grande do Norte, e Geraldo Pontes, do Amazonas.

“Outros dirigentes e treinadores se aliaram ao grupo inicial e o torneio apareceu, cresceu muito e revelou inú-meros atletas de ponta para o Atletismo do nosso País”, prosseguiu Trajano.

Professor universitário em Recife, ex-presidente da Fede-ração Pernambucana, e atualmente vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho lembra que o torneio foi uma importante vitrine para os atletas do Norte e do Nordeste.

Maria Magnolia Figueiredo

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OS PRESIDENTES DAS FEDERAÇÕES DE

ATLETISMO DO NORDESTE BRASILEIRO

O Troféu Norte-Nordeste

“Nomes como Paulo Lima, Magnólia Figueiredo, Keila Costa, são algumas das atrações que brilharam no torneio e depois subiram ao pódio do Troféu Brasil e mesmo de com-petições no exterior”, afirma Warlindo Carneiro, atualmente secretário executivo de Esportes da Cidade de Recife.

A primeira edição foi disputada em Natal, no Rio Grande do Norte, em 1977, e uma das campeãs foi Mag-nólia Figueiredo, que se tornou a recordista em número de participações no evento. Até 2005, quando o torneio foi disputado em Belém, no Pará, ela disputou 26 vezes.

Magnólia, atual presidente da Federação de Atletismo do Rio Grande do Norte e ex-secretária estadual de esportes, Magnólia mantém a condição de recordista brasileira dos 400 m e defendeu o Brasil em Olimpíadas e Campeonatos Mun-

diais. Em Budapeste 1989 foi à final dos 200 m, no Mundial Indoor.

Atualmente, além do torneio tradicional, na ca-tegoria adulta, as Fede-rações Estaduais das duas regiões organizam também a competição para juvenis e menores, sempre com apoio da Confederação Brasileira de Atletismo a patrocínio da Caixa Econômica Federal.

AL – Federação Alagoana de Atletismo (FAAt) - Presidente: Mahebal de Vasconcelos SantosBA – Federação Bahiana de Atletismo (FBA) - Presidente: Og Robson de Menezes ChagasCE – Federação Cearense de Atletismo (FCAt) - Presidente: Jerry Welton de Barbosa GadelhaMA – Federação Atlética Maranhense (FAMA) - Presidente: Marcio Batista Miguens da SilvaPB – Federação Paraibana de Atletismo (FPbA) - Presidente: Antonio Gomes FilhoPE – Federação Pernambucana de Atletismo (FEPA) - Presidente: Edinilton José de Vasconcelos AquinoPI – Federação de Atletismo do Piauí (FAPI) - Presidente: Márcia Cristiane AraújoRN – Federação Norte-Rio-Grandense de Atletismo (FNA) - Presidente: Maria Magnólia FigueiredoSE – Federação Sergipana de Atletismo (FSAt) - Presidente: José Orliandes de Barros

Atletas da área deram conquistasinternacionais ao País

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REGIÃO

Terra de grandes talentosNordeste revelou atletas medalhistasem Olimpíadas e CampeonatosMundiais de Atletismo

A MELHOR DEFINIÇÃO PARA A REGIÃO NORDESTE no Atletismo possivelmente seja “terra de talentos”. Afi-nal, muitos foram os atletas revelados nos nove Estados da área e que serviram a Seleção Nacional.

E que subiram ao pódio em competições como Sul-Ame-ricanos, Campeonatos Ibero-Americanos, Jogos Pan-America-nos, Campeonatos Mundiais de Atletismo e Jogos Olímpicos.

Abaixo, alguns dos muitos atletas nordestinos que bri-lharam nas competições nacionais e em eventos além das fronteiras do nosso País.

MARANHÃOARY FAÇANHA DE SÁ: Finalista olímpico no salto em dis-

tância em Helsinque 1952 e ex-secretário da Seed-MEC do Ministério da Educação.

DELMIR ALVES DOS SANTOS: Medalha de prata no Mundial de Ekiden em Copenhague 1996 e vencedor da etapa de 10 km.

JOSÉ CARLOS GOMES MOREIRA “CODÓ”: Recordista sul-americano indoor 60 m com 6.52 e finalista olímpico do 4x100 m em Pequim 2008.

PIAUÍCLAUDIO ROBERTO SOUZA: Medalha de prata no 4x100

m na Olimpíada de Sydney 2000 e no Campeonato Mun-dial de Paris 2003.

CRUZ NONATA DA SILVA: Medalha de Prata nos 5.000 m e 10.000 m nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011.

VALDENOR PEREIRA DOS SANTOS: Quinto no Mundial de Meia Maratona de Bruxelas 1993 e ex-recordista bra-sileiro dos 5.000 m.

CEARÁANA CLÁUDIA LEMOS SILVA: Finalista olímpica no 4x100

m em Londres 2012 e nos Mundiais de Daegu 2011 e Mos-cou 2013; ouro nos 100 m e 4x100 m do PAN 2011.

JOILSON BERNARDO DA SILVA: Medalha de bronze nos 5.000 m nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011.

RIO GRANDE DO NORTEVICENTE LENILSON DE LIMA: Prata olímpica no 4x100

m em Sydney 2000 e no Mundial de Paris 2003; ouro no 4x100 m no PAN de 2003 e no de 2007.

MAGNÓLIA FIGUEIREDO: Finalista nos 200 m no Mundial Indoor de Budapeste 1989; recordista brasileira dos 400 m.

CLAUDIO RICHARDSON DOS SANTOS: Nove vezes campeão dos 50 km na Copa Brasil Caixa de Marcha Atlética.

PARAÍBAJOÃO BATISTA EUGÊNIO DA SILVA: Finalista olímpico

nos 200 m em 1984 e no Mundial de 1983; bronze nos Jogos Mundiais Indoor de Paris 1985.

Ana Claudia Lemos Silva

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BASÍLIO EMÍDIO DE MORAES JR: Finalista no 4x100 m no Mundial de 2009. JAILMA SALES DE LIMA: Vice-campeã do 4x400 m no PAN de Guadalajara 2011. JUCILENE SALES DE LIMA: Co-recordista brasileira do lançamento do dardo.

PERNAMBUCOJOSÉ ROMÃO DE ANDRADE SILVA: Campeão sul-ame-

ricano no Rio de Janeiro e vice-campeão dos 3.000 m com obstáculos no PAN do México 1975.

JOSÉ JOÃO DA SILVA: Campeão da São Silvestre em 1980 e 1985; ex-recordista brasileiro dos 5.000 m e 10.000 m.

PAULO ANTONIO MARTINS LIMA: Ex-recordista brasilei-ro do decatlo.

MARIA DO CARMO FIALHO: Campeã sul-americana dos 400 m com barreiras em Santiago 1985; ex-recor-dista brasileira.

INALDO JUSTINO DE SENA: Medalha de bronze nos 400 m na Copa do Mundo de Londres 1994; ex-recordista sul-americano dos 400 m.

KEILA DA SILVA COSTA: Bronze no Mundial Indoor de Doha 2010 no salto em distância e no Mundial de Juvenis de Kingston 2002 no triplo; finalista no salto em distância e no triplo no Mundial de Osaka 2007; recordista brasileira do triplo com 14,58 m.

JESSÉ FARIAS DE LIMA: Finalista no salto em altura no Mundial de Osaka 2007 e na Olimpíada de Pequim 2008; recordista brasileiro com 2,32 m.

WAGNER DOMINGOS: Único atleta brasileiro a superar os 70 metros no lançamento do martelo.

FABIANA CRISTINE DA SILVA: Campeã sul-americana de cross country em Comodoro Rivadávia 1996.

Keila da Silva Costa Joilson Bernardo da Silva Vicente Lenilson de Lima

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ÉRICA ROCHA DE SENA: Recordista sul-americana da marcha 20 km.

CISIANE DUTRA LOPES: Multicampeã brasileira da mar-cha 20 km.

ALAGOASBRUNO LINS TENÓRIO DE BARROS: Finalista nos 200 m

no Mundial de Daegu 2001 e campeão pan-americano do 4x100 em Guadalajara.

MARILY DOS SANTOS: Campeã do Ranking CAIXA/CBAt 2007.

SERGIPEAUGUSTO CÉSAR DE OLIVEIRA SANTOS: Bronze nos 200

m no Sul-Americano de Manaus 2001.

BAHIAERONILDE NUNES DE ARAÚJO: Finalista olímpico nos

400 m com barreiras em Atlanta 1996 e Sydney 2000 e nos Campeonatos Mundiais de Gotemburgo 1995 e Sevilha 1999; tricampeão do PAN em Havana 1991, Mar del Plata 1995 e Winnipeg 1999.

EDGAR MARTINS DE OLIVEIRA: Ganhador da medalha de prata no Mundial de Ekiden de Copenhague 1996.

KATIA REGINA SANTOS DE JESUS: Ex-recordista brasilei-ra do 4x100 m.

LUCIANA ALVES DOS SANTOS: Finalista no 4x100 m no Campeonato Mundial de Atletismo de Helsinque 2005.

GIOMAR PEREIRA DA SILVA: Hexacampeão do Ranking CAIXA CBAt de Corredores de Rua.

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FILIADAS

Federações Estaduais de AtletismoAs 27 Unidades da Federação que compõem a CBAt

REGIÃO NORTEFederação Acreana de Atletismo – FACAtFederação de Atletismo de Rondônia – FAROFederação de Atletismo do Amapá – FAApFederação de Atletismo do Estado do Tocantins – FATOFederação Desportiva de Atletismo do Estado do Amazonas – FEDAEAMFederação Paraense de Atletismo – FPAtFederação Roraimense de Atletismo – FERA

REGIÃO CENTRO-OESTEFederação de Atletismo de Mato Grosso – FAMTFederação de Atletismo do Distrito Federal – FAtDFFederação de Atletismo do Mato Grosso do Sul – FAMSFederação Goiana de Atletismo – FGAt

REGIÃO NORDESTEFederação Alagoana de Atletismo – FAAtFederação Atlética Maranhense – FAMAFederação Bahiana de Atletismo – FBAFederação Cearense de Atletismo – FCAtFederação de Atletismo do Piauí – FAPIFederação Norte-Rio-Grandense de Atletismo – FNAFederação Paraibana de Atletismo – FPbAFederação Pernambucana de Atletismo – FEPAFederação Sergipana de Atletismo – FSAt

REGIÃO SUDESTEFederação Capixaba de Atletismo – FECAtFederação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro – FARJFederação Mineira de Atletismo – FMAFederação Paulista de Atletismo – FPA

REGIÃO SULFederação Catarinense de Atletismo – FCAFederação de Atletismo do Estado do Rio Grande do Sul – FAERGSFederação de Atletismo do Paraná – FAP

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