Cerebelo

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CEREBELO Professor Carlos Frederico Rodrigues

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CEREBELO

Professor Carlos Frederico Rodrigues

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ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS

• Na superfície há uma camada de substância cinzenta, formando um córtex.

• Abaixo está a substância branca, que forma o chamado corpo medular.

• No interior desse corpo medular há novamente substância cinzenta, sob a forma dos núcleos centrais do cerebelo.

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ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS

• O córtex tem três camadas distintas: a mais externa é a camada molecular, a do meio é a das células de Purkinje e a mais interna é a camada granular.

• Na primeira estão os interneurônios.

• Na segunda, as células de Purkinje.

• Na terceira, as células granulares e interneurônios denominados células de Golgi, permanecem nessa

camada.

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ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS

• O córtex cerebelar e as conexões entre as diferentes células que o formam são homogêneas em todo o cerebelo.

• Todos os neurônios do córtex cerebelar são inibitórios e tem como neurotransmissor o GABA.

• Exceção dos neurônios granulares que são excitatórios e utilizam o glutamato como neurotransmissor.

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ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS

• Ao córtex chegam dois tipos de fibras vindas de outras regiões do SNC: musgosas e trepadeiras.

• Musgosas – provem de diferentes origens e terminam na camada granular.

• Trepadeiras – originam-se no núcleo olivar e terminam em contato com as células de Purkinje.

• Ambas as fibras emitem colaterais que entram em

contato com os núcleos do cerebelo.

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ESTRUTURA E CONEXÕES INTRÍNSECAS

• Os núcleos centrais do cerebelo são quatro de cada lado: fastigial (medial), emboliforme e globoso (intermediários) e denteado (lateral).

• Recebem axônios das células de Purkinje, bem como colaterais das fibras aferentes do cerebelo.

• Dão origem as fibras cerebelares eferentes.

• Pode-se dizer que as informações recebidas pelo cerebelo são processadas no córtex, repassadas aos núcleos e enviadas a outras estruturas do SNC.

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Fig 9.1

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• O cerebelo recebe aferências dos núcleos vestibulares, da medula espinhal, da formação reticular, dos núcleos pontinos e do núcleo olivar inferior.

• Envia fibras aos núcleos vestibulares, à formação reticular, ao núcleo rubro e ao tálamo.

• É mais didático estudar as conexões do ponto de vista morfofuncional.

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• O cerebelo é dividido, no sentido ântero-posterior, em 3 lobos. Anterior, posterior e flóculo-nodular.

• Essa divisão corresponde ao desenvolvimento filogenético do cerebelo.

• Flóculo-nodular – arquicerebelo.

• Anterior – paleocerebelo.

• Posterior – neocerebelo.

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• Arquicerebelo ou cerebelo vestibular – por suas conexões com os núcleos vestibulares.

• Paleocerebelo ou cerebelo espinhal – por suas conexões com a medula espinhal.

• Neocerebelo ou cerebelo cortical – por suas conexões com o córtex cerebral.

• As fibras que chegam ao cerebelo são musgosas e se dirigem para diferentes porções do córtex, delimitando os três lobos.

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Fig 9.2

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• As fibras trepadeiras possuem origem no núcleo olivar inferior e conectam diferentes regiões desse núcleo com distintas regiões do cerebelo.

• Sua organização não segue a ântero-posterior, mas médio-lateral.

• Porção mediana (vérmis), intermédia e lateral (hemisfério).

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• Essa organização é importante, pois sabe-se que o córtex cerebelar se liga aos núcleos centrais de uma forma ordenada, observando a mesma organização longitudinal.

• O córtex do vermis projeta-se para o núcleo fastigial.

• O da região intermédia para o emboliforme e globoso.

• O dos hemisférios cerebelares para o denteado.

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CONEXÕES EXTRÍNSECAS E ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL

• Resumindo, existem no cerebelo duas organizações morfofuncionais, uma longitudinal, ou médio-lateral e outra ântero-posterior.

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Conexões do cerebelo vestibulararquicerebelo

• Representado pelo lobo flóculo-nodular, recebe fibras vestíbulo-cerebelares diretas e indiretas, originadas nos receptores do labirinto do ouvido interno.

• As informações são levadas ao córtex daquele lobo cerebelar e, depois de passarem em circuitos neuronais aí existentes, retornam (através das células de Purkinje) para os núcleos vestibulares.

• Esses núcleos dão origem ao trato vestíbulo-espinhal, permitindo ao cerebelo influenciar os neurônios motores da medula, principalmente os mediais que inervam a musculatura axial.

• Os núcleos vestibulares originam fibras que viajam pelo fascículo longitudinal medial – movimento dos olhos.

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Fig 9.3

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Conexões do cerebelo espinhalpaleocerebelo

• As fibras que ascendem pelos tratos espinocerebelares anterior e posterior penetram no cerebelo pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem para o córtex anterior e porções do vermis do lobo posterior, enviando colaterais para os núcleos do cerebelo.

• A informação trazida por essas fibras é reenviada para os núcleos fastigial, emboliforme e globoso.

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Conexões do cerebelo espinhalpaleocerebelo

• Células de Purkinje do vérmis comunicam-se com o núcleo fastigial que envia fibras para os núcleos reticulares e vestibulares.

• Células de Purkinje da região intermédia se porjetam para os núcleos emboliforme e globoso que se projetam para a formação reticular e o núcleo rubro.

• O cerebelo influencia os neurônios motores através dos tratos vestíbulo-espinhal, retículo-espinhal e rubro-espinhal.

• As conexões cerebelares são ipsilaterais.

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Fig 9.4

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Conexões do cerebelo corticalneocerebelo

• Fibras do córtex cerebral comunicam-se com os núcleos pontinos através do trato córtico-pontino.

• Esses núcleos se projetam para o córtex dos hemisférios cerebelares e depois para o núcleo denteado.

• O núcleo denteado envia fibras para o tálamo (ventral lateral e anterior) de onde saem fibras para o córtex motor.

• Circuito córtico-ponto-cerebelo-tálamo-cortical.

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Fig 9.5

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Considerações funcionais

• Basicamente o cerebelo tem uma função motora.

• Recebe informações sensoriais – auditivas e visuais.

• É fundamental para o controle da motricidade, mas não é essencial para a manutenção da vida.

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Considerações funcionais

• O cerebelo vestibular (arquicerebelo) é o primeiro a aparecer – informações sobre o movimento e posição da cabeça vindos do labirinto e elabora ações para a manutenção do equilíbrio.

• O cerebelo espinhal (paleocerebelo) – desenvolve-se em animais de terra firme, quando se torna necessário ações que se oponham à gravidade. Recebe informações proprioceptivas e exteroceptivas de todo o corpo e elabora respostas que irão atuar na musculatura axial (vestíbulo e retículo-espinhal) e apendicular (rubro-espinhal).

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Considerações funcionais

• O cerebelo cortical (neocerebelo) desenvolve-se paralelamente ao desenvolvimento do córtex cerebral.

• É importante na coordenação dos movimentos e planejamento da ação motora.

• Essa divisão é didática, ele atua como um todo, sendo que cada parte tem sua importância para a

realização das diferentes funções cerebelares.