Cespe 2014 Tj Se Analista Judiciario Direito Prova Email

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  • ||085TJSE14_003_05N303439|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    Julgue os itens a seguir, a respeito da teoria dos direitos

    fundamentais e dos princpios fundamentais na Constituio Federal

    de 1988 (CF).

    51 A historicidade, como caracterstica dos direitos fundamentais,

    proclama que seu contedo se modifica e se desenvolve de

    acordo com o lugar e o tempo. Por isso, os direitos

    fundamentais podem surgir e se transformar.

    52 A dignidade da pessoa humana, princpio fundamental da

    Repblica Federativa do Brasil, promove o direito vida digna

    em sociedade, em prol do bem comum, fazendo prevalecer o

    interesse coletivo em detrimento do direito individual.

    53 O pluralismo poltico traduz a liberdade de convico

    filosfica e poltica, assegurando aos indivduos, alm do

    engajamento pluripartidrio, o direito de manifestao de

    forma apartidria.

    A respeito da organizao poltico-administrativa da Repblica

    Federativa do Brasil, julgue os prximos itens.

    54 No julgamento de crimes dolosos contra a vida, a competncia

    do tribunal do jri deve prevalecer de eventual foro por

    prerrogativa de funo fixado por constituio estadual.

    55 O princpio da simetria relativiza a autonomia dos estados, do

    Distrito Federal e dos municpios ao fixar, ainda que de

    maneira no absoluta, a obrigao, para esses entes, de

    reproduo do modelo de organizao e de relao entre

    poderes estabelecidos pela CF em mbito federal.

    56 A repartio de competncias entre os entes federativos atribui

    Unio competncia ampla e, aos estados, competncia

    residual, motivo por que lei federal hierarquicamente

    superior a lei estadual.

    Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue os itens

    subsecutivos.

    57 Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a comisso

    parlamentar de inqurito cuja criao haja sido regularmente

    aprovada no mbito do Poder Legislativo, a partir de

    requerimento da minoria, no pode ter a sua instalao

    embaraada pela falta de indicao de membros pelos lderes

    partidrios.

    58 Compete privativamente ao presidente da Repblica conceder

    indulto e anistia.

    A respeito dos Poderes Executivo e Legislativo e das funes

    essenciais justia, julgue os itens que se seguem.

    59 Essencial justia, a defensoria pblica competente para a

    defesa dos necessitados, no havendo, porm, bice a que a

    legislao infraconstitucional amplie essa competncia para

    defesa de sujeitos no hipossuficientes.

    60 O princpio da independncia funcional e, a fortiori, o

    princpio do promotor natural protegem o membro do

    Ministrio Pblico (MP) contra ato de superior que pretenda

    subtrair-lhe competncia fixada por critrios predeterminados

    abstratamente.

    61 O Conselho Nacional do Ministrio Pblico tem competncia

    para apreciar e desconstituir, inclusive de ofcio, atos

    administrativos praticados pelos membros do Parquet.

    No que se refere aos princpios que regem a administrao pblica,

    julgue os seguintes itens.

    62 Nas empresas pblicas e sociedades de economia mista, que

    possuem personalidade jurdica de direito privado, os atos de

    demisso de funcionrios devem ser motivados.

    63 Em consonncia com os princpios constitucionais da

    impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Smula

    Vinculante n. 13, considerou proibida a prtica de nepotismo

    na administrao pblica, inclusive a efetuada mediante

    designaes recprocas nepotismo cruzado.

    Acerca das licitaes pblicas, julgue os itens subsequentes.

    64 Considere que determinada autarquia tenha contratado empresa

    prestadora de servios terceirizados de faxina e tenha sido

    comprovado, em juzo, que no foram adotadas as medidas

    cabveis para se fiscalizar a execuo do contrato. Considere,

    ainda, que a empresa que terceiriza os servios tenha deixado

    de honrar seus compromissos trabalhistas com os empregados.

    Nesse caso, a autarquia deve responder, subsidiariamente, pelo

    pagamento das verbas laborais.

    65 vedado exigir aos licitantes a comprovao de capital

    mnimo ou de patrimnio lquido mnimo ou qualquer outra

    condio que comprometa, restrinja ou frustre a isonomia entre

    os licitantes ou o carter competitivo do certame.

    66 Os contratos administrativos submetem-se ao princpio do

    formalismo, razo pela qual obrigatrio que sejam

    formalizados mediante instrumento de contrato, sendo vedada

    a formalizao por meio de qualquer outro instrumento.

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    Cargo 3: Analista Judicirio rea: Administrativa/Judiciria Especialidade: DireitoCargo 3: Analista Judicirio rea: Administrativa/Judiciria Especialidade: Direito

  • ||085TJSE14_003_05N303439|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar,

    apropriou-se indevidamente de bens do estado que estavam sob sua

    guarda e, aps a sua aposentadoria, a administrao descobriu a

    infrao.

    Com relao a essa situao hipottica, julgue os itens subsecutivos.

    67 Caso a administrao pblica tenha tomado cincia do referido

    fato por denncia annima, ela no poder instalar processo

    administrativo disciplinar, ainda que este tenha sido precedido

    de investigao preliminar em que tenham sido coletadas

    provas da autoria e da materialidade da infrao.

    68 Como o servidor j se aposentou, no ser necessria a

    abertura de processo administrativo disciplinar para apurao

    da infrao e aplicao de eventual penalidade.

    69 Somente ser cassada a aposentadoria do servidor se o mesmo

    for condenado pela prtica, quando ainda na atividade, de falta

    que teria determinado a sua demisso, ou demisso a bem do

    servio pblico.

    No que concerne s regras e aos princpios especficos que regem

    a atuao da administrao pblica, julgue os itens subsequentes.

    70 As empresas pblicas se diferenciam das sociedades de

    economia mista, entre outros fatores, pela forma jurdica e de

    constituio de seu capital social.

    71 Os atos com vcio de forma ou finalidade so convalidveis.

    72 Os servios pblicos podem ser remunerados mediante taxa ou

    tarifa.

    73 O STF admite que lei institua limite mximo de idade para

    ingresso em determinado cargo pblico, mas no limite

    mnimo de idade, diante da no razoabilidade dessa exigncia.

    Julgue os itens a seguir, relativos a pessoas, bens e negcios

    jurdicos.

    74 Ocorre simulao quando h divergncia intencional entre a

    declarao da vontade com o ordenamento jurdico, com a

    finalidade de causar prejuzo a terceiros.

    75 Estado individual a qualidade atribuda pelo direito a uma

    pessoa natural, a quem a lei outorga determinados efeitos

    jurdicos.

    76 Associao uma pessoa jurdica de carter pessoal, e sua

    estrutura est fundamentada em patrimnio dedicado

    realizao de fins no econmicos.

    77 Pertenas so bens individuais que podem ser produtos, frutos

    ou benfeitorias do bem principal.

    Com relao aos contratos e da responsabilidade civil, julgue os

    itens que se seguem.

    78 A resilio bilateral de determinado contrato equivale ao

    distrato desse pacto.

    79 De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, a responsabilidade

    civil da pessoa privada de discernimento mental guiada pelo

    princpio da irresponsabilidade absoluta.

    80 O dano decorrente de ato ilcito por abuso de direito tem

    natureza objetiva, afervel independentemente de culpa ou dolo

    do agente.

    81 Sem que haja manifestao de vontade por parte dos

    contratantes, o negcio jurdico contratual considerado

    existente, mas perde sua validade.

    Acerca dos direitos reais, julgue o item abaixo.

    82 O titular do direito real no precisa ajuizar ao pauliana ou

    revocatria para recuperar coisa de sua propriedade em poder

    de terceiros.

    A respeito dos direitos de sucesses, da criana e do adolescente,

    e do idoso, julgue os prximos itens.

    83 A obrigao de prestar alimentos ao idoso solidria e abrange

    todos os coobrigados previstos na lei civil.

    84 O legatrio sucede ao de cujus em bens ou direitos especficos

    e responde pelas dvidas da herana.

    85 O Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) adota a

    doutrina da situao irregular, cujos fundamentos so a

    situao de abandono e o desvio de conduta da criana ou do

    adolescente.

    Julgue os seguintes itens, referentes a mandado de segurana,

    juizados especiais da fazenda pblica e recursos.

    86 Indeferida a produo de prova pericial em processo que

    tramite perante o juizado especial da fazenda pblica, a parte

    que se julgar prejudicada poder interpor recurso de agravo de

    instrumento dirigido a turma recursal.

    87 O denominado efeito translativo do recurso refere-se s

    matrias de ordem pblica, que podem ser conhecidas e

    apreciadas de ofcio pelo tribunal, independentemente de

    provocao das partes.

    88 O mandado de segurana no pode ser impetrado contra ato

    administrativo geral, abstrato, impessoal e sem efeito concreto.

    89 Compete ao juizado especial da fazenda pblica o julgamento

    de mandado de segurana quando a causa tiver valor de at

    sessenta salrios mnimos, ressalvadas as hipteses em que a

    autoridade coatora tiver foro por prerrogativa de funo.

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    Cargo 3: Analista Judicirio rea: Administrativa/Judiciria Especialidade: Direito

  • ||085TJSE14_003_05N303439|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    No que se refere execuo de aes coletivas, sentena, coisa

    julgada, revelia e ao civil pblica, julgue os seguintes itens.

    90 Constitui efeito da revelia a presuno de veracidade das

    alegaes de fato e de direito trazidas na petio inicial,

    decorrente da omisso do ru que no houver apresentado

    resposta aos pedidos do autor.

    91 De acordo com a Lei da Ao Civil Pblica, a sentena

    proferida em ao civil pblica far coisa julgada erga omnes,

    nos limites da competncia territorial do rgo prolator,

    ressalvada a hiptese em que o pedido for julgado

    improcedente por insuficincia de provas.

    92 A liquidao e a execuo individual de sentena genrica

    proferida em ao civil coletiva podem ser ajuizadas no foro

    em que tiver sido proferida a sentena ou no foro do domiclio

    do beneficirio.

    93 Nos embargos execuo individual de sentena proferida em

    ao coletiva, a fazenda pblica poder arguir as devidas

    compensaes com valores eventualmente j pagos ao

    exequente antes de proferida a sentena coletiva, uma vez que

    se trata de procedimento com cognio ampla, sendo

    descabida, portanto, objeo pelo exequente de ocorrncia de

    coisa julgada.

    94 Conforme a jurisprudncia sumulada do Superior Tribunal de

    Justia (STJ), o trnsito em julgado material da sentena ocorre

    somente no caso de no ser cabvel qualquer recurso do ltimo

    pronunciamento judicial, razo por que inadmissvel o

    trnsito em julgado parcial.

    95 A sentena que decreta a impossibilidade jurdica do pedido

    formulado em juzo importa na extino do processo com

    julgamento de mrito, estando o autor, por isso, impedido de

    ajuizar de novo a ao.

    Julgue os itens subsequentes, relativos a competncia e

    litisconsrcio.

    96 Pode ser proferida de ofcio a deciso judicial que determina

    ao autor que promova a citao de todos os litisconsortes

    passivos necessrios, sob pena de extino do processo sem

    julgamento de mrito.

    97 Se a parte no arguir tempestivamente a incompetncia por

    meio de exceo, ser prorrogada a competncia relativa.

    No que se refere punibilidade e s causas de sua extino, bem

    como ao concurso de pessoas, julgue os itens a seguir.

    98 Para um coautor cujas aes tiverem resultado em crime mais

    grave, apesar de ele ter desejado participar de crime de menor

    gravidade, a pena aplicada deve ser a referente ao crime menos

    grave, que deve ser aumentada at a metade no caso de o

    resultado mais grave ter sido previsvel quando as aes foram

    realizadas.

    99 O juiz, ao analisar a ocorrncia de prescrio depois da

    sentena transitada em julgado para a acusao ou depois de

    improvido o seu recurso, deve considerar a pena aplicada, no

    podendo, em nenhuma hiptese, ter por termo inicial data

    anterior da denncia ou queixa.

    Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicao de penas.

    100 A lei conceitua organizao criminosa como sendo a

    associao de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada

    e caracterizada pela diviso de tarefas, ainda que

    informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

    vantagem de natureza econmico-financeira, mediante a

    prtica de qualquer crime cometido no pas ou no estrangeiro.

    101 No caso de furto de coisa de pequeno valor, praticado por

    agente primrio, o juiz responsvel pelo julgamento da ao

    pode substituir a pena de recluso aplicvel por pena de

    deteno, diminuir de um ou dois teros essa pena ou ainda

    aplicar somente pena de multa, mesmo quando a conduta tiver

    sido praticada por meio de abuso de confiana.

    102 Na hiptese de crime continuado ou permanente, deve ser

    aplicada a lei penal mais grave se esta tiver entrado em vigor

    antes da cessao da continuidade ou da permanncia.

    103 Mesmo quando o agente, de forma espontnea, desiste de

    prosseguir nos atos executrios ou impede a consumao do

    delito, devem ser a ele imputadas as penas da conduta tpica

    dolosa inicialmente pretendida.

    104 Configura crime impossvel a tentativa de subtrair bens de

    estabelecimento comercial que tem sistema de monitoramento

    eletrnico por cmeras que possibilitam completa observao

    da movimentao do agente por agentes de segurana privada.

    105 Na hiptese de condenao pela prtica de roubo

    circunstanciado pelo concurso de agentes e pelo emprego de

    arma, o juiz deve fundamentar concretamente o aumento na

    terceira fase de aplicao da pena, sendo insuficiente, para a

    sua exasperao, a mera indicao do nmero de majorantes.

    106 Considere que um indivduo tenha sido condenado por crime

    hediondo. Nesse caso, para que possa requerer progresso de

    regime de pena, esse indivduo deve cumprir dois quintos da

    pena que lhe foi imputada, se for primrio, e trs quintos dessa

    pena, se for reincidente.

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    Cargo 3: Analista Judicirio rea: Administrativa/Judiciria Especialidade: Direito

  • ||085TJSE14_003_05N303439|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    Julgue os itens a seguir, tendo como referncia as disposies da

    Lei n. 11.343/2006 (Lei Antidrogas), da Lei n. 10.826/2003 e suas

    alteraes (Estatuto do Desarmamento), e da Lei n. 8.069/1990

    (ECA).

    107 Para a configurao do crime de corrupo de menores,

    previsto no ECA, no se faz necessria prova da efetiva

    corrupo do menor, uma vez que se trata de delito formal.

    108 Ainda que presentes os requisitos subjetivos e objetivos

    previstos no Cdigo Penal, vedado ao juiz substituir a pena

    privativa de liberdade por pena restritiva de direitos na

    hiptese de condenao por trfico ilcito de drogas.

    109 Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime

    o porte de arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como

    delito de perigo abstrato cujo objeto jurdico tutelado no a

    incolumidade fsica, mas a segurana pblica e a paz social.

    Acerca do inqurito policial, da ao penal e da competncia,

    julgue os prximos itens.

    110 Ainda que no tenha legitimidade para, em ao penal de

    iniciativa privada, aditar a queixa com o intuito de nela incluir

    outros rus, o MP poder acrescentar ao processo elementos

    que influam na fixao da pena, no exerccio da funo de

    custos legis.

    111 Em caso de conexo ou continncia, facultativa a separao

    dos processos caso os crimes tenham sido cometidos em tempo

    e lugares diferentes.

    112 Comprovada, durante as diligncias para a apurao de

    infrao penal, a existncia de excludente de ilicitude que

    beneficie o investigado, o delegado de polcia dever

    determinar o arquivamento do inqurito policial.

    113 Em virtude do princpio in dubio pro societate, o juiz no est

    autorizado a rejeitar denncia por falta de lastro probatrio

    mnimo que demonstre a idoneidade e a verossimilhana da

    acusao.

    Em relao execuo penal, julgue os itens subsecutivos.

    114 O Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria tem

    competncia para aplicar aos casos j sentenciados lei

    posterior que de qualquer modo favorea o condenado.

    115 Ao Conselho Penitencirio incumbe propor diretrizes da

    poltica criminal relativas preveno de delito, administrao

    da justia criminal e execuo das penas e das medidas de

    segurana, bem como estabelecer os critrios para a elaborao

    da estatstica criminal.

    116 Compete ao Conselho Nacional de Poltica Criminal e

    Penitenciria e defensoria pblica oferecer representao ao

    juiz da execuo ou autoridade administrativa para, em caso

    de violao das normas referentes execuo penal, instaurar

    sindicncia ou procedimento administrativo.

    117 A pedido da defensoria pblica, o MP pode autorizar a sada

    temporria de um detento do estabelecimento penal, uma vez

    que, no exerccio da fiscalizao penitenciria, o MP realiza o

    controle da regularidade formal das guias de recolhimento e de

    internamento.

    Acerca de sentena e de recursos no processo penal, julgue os itens

    seguintes.

    118 Caso somente o ru tenha oferecido recurso de apelao e o

    tribunal de justia decida anular a sentena condenatria,

    eventual nova sentena do juiz de primeiro grau no poder

    extrapolar o limite de pena originalmente estabelecido na

    deciso anulada.

    119 Em se tratando de emendatio libelli, provido o apelo, o tribunal

    dever anular a sentena, encaminhando o processo ao rgo

    de primeira instncia e determinando ao MP que proceda ao

    aditamento ou emenda da denncia.

    120 No h possibilidade de aplicao de mutatio libelli pelo rgo

    de segunda instncia.

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