CETCC - CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL … · 2018-08-22 · Alguns autores...

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CETCC - CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL CHRISTIANE HISSAMI KIMURA AS CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS E MEDICADOS COM TRANSTORNO DO PÂNICO São Paulo 2018

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CETCC - CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA

COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

CHRISTIANE HISSAMI KIMURA

AS CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES

DIAGNOSTICADOS E MEDICADOS COM TRANSTORNO

DO PÂNICO

São Paulo

2018

CHRISTIANE HISSAMI KIMURA

AS CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES

DIAGNOSTICADOS E MEDICADOS COM TRANSTORNO

DO PÂNICO

Trabalho de Conclusão de curso Latu Senso

Área de Concentração: Terapia Cognitivo

Comportamental

Orientador: Luiz Ricardo Vieira Gonzaga

Coorientadora: Profa: Msc. Eliana Melcher

Martins

São Paulo

2018

FICHA CATALOGRÁFICA

Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.

Kimura, Christiane H.

As Contribuições da Terapia Cognitivo Comportamental no Tratamento

de Pacientes Diagnosticados e Medicados com Transtorno do Pânico

Christiane Hissami Kimura

23f + CD-ROM

Trabalho de Conclusão de Cursos (especialização) – Centro de Estudos

em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC).

Orientação: Prof. Luiz Ricardo Vieira Gonzaga

1. Transtorno do Pânico, 2. Medicamento; 3. Terapia Cognitivo

Comportamental.

CHRISTIANE HISSAMI KIMURA

AS CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO

TRATAMENTO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS E MEDICADOS COM

TRANSTORNO DO PÂNICO

Monografia apresentada ao Centro de Estudos

em Terapia Cognitivo-Comportamental como

parte das exigências para obtenção do título de

Especialista em Terapia Cognitivo-

Comportamental.

BANCA EXAMINADORA

Parecer:________________________________________________________

Prof.___________________________________________________________

Parecer:________________________________________________________

Prof.___________________________________________________________

São Paulo, ____ de ____________ de 2018.

Aos meus mestres e amigos que sempre me

apoiaram durante todo o meu percurso, e às

minhas filhas Isabella e Gabriella, que são a

fonte da minha inspiração.

“Pois não, tivemos nós medo, e o medo nem

sempre é bom conselheiro, e agora vamo-nos,

será conveniente, para maior segurança, que

barriquemos a porta das camaratas...”

(José Saramago)

RESUMO

A pesquisa teve como objetivo avaliar as contribuições da terapia cognitivo comportamental

em pacientes com Transtorno do Pânico, discutindo a ação conjunta desta abordagem

terapêutica e o tratamento psicofarmacológico. A metodologia utilizada neste trabalho foi a

pesquisa bibliográfica, em que foram utilizadas bibliografias publicadas em forma de livros,

revistas e artigos, o qual se utilizaram as bases de dados eletrônica como SCIelo, Google

Acadêmico, Pepsic. Os resultados apontam a TCC como uma abordagem baseada em sessões

breves e estruturadas que incluem técnicas cognitivas as quais auxiliam no tratamento do TP.

Alguns autores indicam que tanto a Terapia Cognitiva Comportamental quanto o tratamento

farmacológico isolados, propiciam bons resultados em pacientes diagnosticados com TP.

Porém não foram encontrados maiores evidências que poderiam comprovar os benefícios da

TCC associada ao tratamento farmacológico. Conclui-se que embora alguns dados citados

neste trabalho apoiam a TCC como abordagem eficaz no tratamento do TP, quando

questionada sua efetividade aliada ao tratamento farmacológico, foi constatado que faltam

pesquisas que pudessem comprovar as vantagens relevantes desta associação. O objetivo

desta trabalho não foi alcançado diante a dificuldade em encontrar mais materiais

bibliográficos que abordavam o uso de medicamentos em associação a abordagem cognitiva-

comportamental, portanto faz se necessário ampliar estudos que visam abranger maiores

dados sobre este tema.

Palavras-chave: Transtorno do Pânico. Medicamento. Terapia Cognitivo Comportamental.

ABSTRACT

The aim of the research was to evaluate the contributions of cognitive behavioral therapy in

patients with Panic Disorder, discussing the joint action of this therapeutic approach and

psychopharmacological treatment. The methodology used in this work was the

bibliographical research, in which bibliographies were published in the form of books,

journals and articles, which used electronic databases such as SCIelo, Google Scholar, Pepsic.

The results point to CBT as an approach based on brief and structured sessions that include

cognitive techniques that aid in the treatment of PD. Some authors indicate that both

Cognitive Behavioral Therapy and pharmacological treatment alone provide good results in

patients diagnosed with PD. However, no further evidence was found that could prove the

benefits of CBT associated with pharmacological treatment. It is concluded that although

some data cited in this study support CBT as an effective approach in the treatment of PD,

when questioned its effectiveness combined with pharmacological treatment, it was found that

research is lacking that could prove the relevant advantages of this association. The objective

of this work was not reached due to the difficulty in finding more bibliographic material that

approached the use of drugs in association with the cognitive-behavioral approach, therefore it

is necessary to expand studies that aim to cover more data on this topic.

Key-words: Panic Disorder. Cognitive Therapy. Drug Treatment.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................... 9

2.1 Terapia Cognitivo-comportamental ................................................................................. 9

2.2 Transtorno do Pânico ....................................................................................................... 9

2.3 Tratamento Medicamentoso .......................................................................................... 11

2.4 Modelos da Terapia Cognitivo Comportamental no Transtorno do Pânico .................. 11

2.5 Tratamento com a Terapia Cognitivo Comportamental ................................................ 12

2.6 Técnicas da TCC utilizadas no Transtorno do Pânico ................................................... 13

2.7 Tratamento Medicamentoso associado å Terapia Cognitivo Comportamental ............. 14

3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 16

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 20

ANEXO I ................................................................................................................................. 23

8

1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Pânico inicialmente classificado como “Síndrome do Pânico” ocorreu

em 1980 pela publicação da Associação Americana de Psiquiatria do DSM III (Diagnostic

and Statistical of Mental Disorders, 3rd Edition), pertencendo à classe dos Transtornos de

Ansiedade. Para que seja feita a análise sobre a eficácia de um acompanhamento terapêutico

na abordagem da Cognitiva-comportamental, se faz necessário primeiramente analisar o

conceito do transtorno do pânico juntamente com critérios diagnóstico segundo o DSM-5

além dos tratamentos medicamentosos mais utilizados nesses pacientes. Paralelo ao

diagnóstico psiquiátrico, o trabalho utiliza como base os modelos cognitivos de Clark (1986)

e Barlow (1988) que visam explanar os conceitos da cognitivo- comportamental no que diz

respeito ao transtorno do pânico.

O trabalho propõe uma reflexão sobre o efeito da abordagem da terapia cognitivo-

comportamental no atual cenário em que o diagnóstico de transtorno do pânico, tem se

apresentado como uma das principais queixas na sociedade contemporânea.

Os conceitos apresentados na Fundamentação Teórica abaixo visaram elucidar a

origem orgânica, mental e subjetiva da patologia hoje conhecida como o Transtorno do

Pânico, o uso da Terapia Cognitivo Comportamental(TCC) no tratamento do transtorno do

pânico, o uso de algumas técnicas específicas para este tipo de transtorno bem como o

tratamento medicamentoso associado à TCC. Utilizou-se o método da revisão bibliográfica

exploratória. A coleta das informações para esta pesquisa decorreu da investigação em seis

livros técnicos científicos e oito artigos científicos publicados em bases de dados eletrônicos

como Scielo, Pepsic, Google Acadêmico e no uso de livros e manuais especializados na área.

Os resultados e a discussão serão apresentados neste trabalho apontando os artigos

elencados através dos critérios de inclusão e sendo finalizado com a conclusão.

Desta forma, a proposta deste trabalho teve como finalidade avaliar as contribuições

da Terapia Cognitivo-comportamental no setting terapêutico em pacientes medicados e

diagnosticados com transtorno do pânico.

9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Terapia Cognitivo-comportamental

Aaron T. Beck é considerado o pai da Terapia Cognitivo-comportamental. No início

da década de 60, Beck conduziu estudos empíricos que o levaram a desenvolver um modelo

baseado em um processo de informação desadaptativa, onde percebeu-se que o

funcionamento psíquico do indivíduo estava relacionado ao estilo negativo de pensamento

sobre si mesmo, mundo e futuro, mais conhecida como “Tríade Cognitiva” (WRIGHT;

BASCO; THASE, 2008, p. 16).

Em poucas palavras, o modelo cognitivo propõe que o pensamento disfuncional (que

influencia o humor e o pensamento do paciente) seja comum a todos os distúrbios

psicológicos. Quando as pessoas aprendem a avaliar seu pensamento de forma mais

realista e adaptativa, elas obtêm uma melhora em seu esta emocional e no

comportamento (BECK, 2013, p. 23).

Pode-se dizer que a estrutura deste modelo tem como origem as crenças centrais,

classificadas como crença de desamor, desamparo e desvalia. A partir da crença central, são

formadas as crenças intermediárias que trazem como característica um discurso imperativo e

regado de regras. Todo este processo gera pensamentos automáticos, que muitas vezes passam

despercebidos pelo paciente, tais pensamentos podem desencadear reações corporais,

emocionais e comportamentais (BECK, 2013, p. 22-23).

Para Beck, a maneira como o indivíduo sente e se comporta na vida é influenciada

pela forma como este interpreta os fatos (BECK, 2013, p. 50). Portanto, um indivíduo que

possua uma crença central de desamparo ativada, poderá desencadear crenças intermediárias

tais como “não devo sair de casa pois posso sofrer um acidente”, em seguida serão geradas

pensamentos automáticos disfuncionais tais como “o socorro pode demorar para chegar”, “eu

vou morrer”. Todo esse processo faz com que o indivíduo se limite em realizar suas tarefas

diárias impactando negativamente na sua qualidade de vida. No caso citado acima, a TCC

poderá atuar através de técnicas cognitivas-comportamentais auxiliando este indivíduo a

reestruturar a forma como observa a realidade, fazendo com que este consiga de forma mais

saudável lidar com seus pensamentos e crenças.

2.2 Transtorno do Pânico

A terminologia ‘pânico’ tem como origem a figura mitológica de Pã, um dos deuses da

Grécia Antiga que costumava pregar sustos deixando as vítimas, literalmente em pânico.

10

Tinha como costume saltar por trás das vítimas de repente, apavorando-as com seu aspecto

horrível fazendo com que elas fugissem em disparada. Pã se divertia muito observando as

pessoas correrem assustadas. Assim como Pã, o pânico ataca de repente e apavora (ABRÃO,

2004 apud LOCATELLI, 2010).

Segundo Dalgalarrondo (2008), “as crises de pânico são crises intensas de ansiedade,

nas quais ocorre importante descarga no sistema nervoso autônomo”. É denominado o quadro

de TP quando as crises são recorrentes no qual desenvolve-se o medo de sofrer novas crises,

as quais geram preocupações com relação suas consequências, tais como enlouquecer ou ter

um infarto (DALGALARRONDO, 2008, p. 305).

Range et al. (2011) aponta que a genética pode ser considerada um fator determinante

para o surgimento dos sintomas do pânico, uma vez que “até 35% dos parentes de primeiro

grau dos pacientes com TP sofrem do mesmo problema” (RANGE et al., 2011, p. 245).

Barlow (2002) considera o pânico a apresentação clínica mais clara do medo, que traz

como característica “ideação verbal ou imaginária errônea de catástrofe física ou mental,

ansiedade incontrolável intensa e um forte premência de fugir” (BARLOW, 2002 apud

BECK, 2012, p. 280).

O transtorno ou síndrome do pânico implica a vivencia inadequada de um elevado

estado de excitação equivalente ao que o corpo produziria na preparação para

enfrentar um perigo real ou fugir dele. Essa resposta hiper-reativa do sistema

nervoso autônomo pode levar a pessoa a sentir sintomas físicos associados a reação

de ‘lutar ou fugir’ em situações cotidianas completamente inofensivas (SHEEHAN,

2000 apud LOCATELLI, 2010).

Segundo aponta o DSM-5, o Transtorno do Pânico consiste em recorrentes ataques de

pânico caracterizado por “surtos abruptos de medo intenso ou desconforto intenso que alcança

um pico em minutos durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas” (DSM-

5, 2014):

1. Palpitações, coração acelerado ou taquicardia.

2. Sudorese.

3. Tremores ou abalos.

4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.

5. Sensações de asfixia.

6. Dor ou desconforto torácico.

7. Náusea ou desconforto abdominal.

8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.

9. Calafrios ou ondas de calor.

10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).

11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de

estar distanciado de si mesmo).

12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.

13. Medo de morrer (DSM-5, 2014, p. 190, 214).

11

2.3 Tratamento Medicamentoso

Estudos mais recentes com ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina),

apontam esses fármacos como medicamentos de primeira escolha no tratamento para o TP. O

tratamento com antidepressivos visam reduzir a intensidade e a frequência dos ataques de

pânico, diminuir a ansiedade antecipatória, reduzir a esquiva fóbica e tratar quadros

depressivos associados. O mecanismo de ação desses medicamentos consiste em inibir a

proteína responsável pela recaptura de serotonina pelo neurônio pré-sinaptico, aumentando a

quantidade deste neurotransmissor na fenda sináptica, aumentando a neurotransmissão

serotoninérgica no sistema nervoso central. Entre os ISRS estão a fluvoxamina, fluoxetina,

sertralina, paroxetina, citalopram e escitalopram.

Os benzodiazepínicos (alprazolam e clonazepam) podem ser utilizados em

monoterapia para o tratamento do TP, ou serem associados aos ISRSs. A indicação desses

medicamentos ocorre em pacientes que apresentam elevados níveis de ansiedade, ansiedade

antecipatória importante, insônia e hipersensibilidade as suas sensações corporais

(CORDIOLI, 2000 apud MINOTENTAG; YACUBIAN, 2001).

2.4 Modelos da Terapia Cognitivo Comportamental no Transtorno do Pânico

Segundo o modelo proposto por Clark, a interpretação catastrófica das sensações

corporais juntamente com o comportamento de esquiva e segurança que visa prevenir ou lidar

com novos ataques, são considerados fatores importantes para desencadear o TP. Indivíduos

que sofrem com ataques de pânico, tem como característica uma tendência persistente em

interpretar de forma catastrófica uma variedade de sensações corporais (taquicardia, sudorese,

vertigem), associando-as mais facilmente com algo mais grave, tais como um Acidente

Vascular Cerebral ou infarto. A partir do primeiro ataque, frente a qualquer uma dessas

sensações é desencadeado no indivíduo pensamentos automáticos sobre a eminência de um

novo ataque, provocando assim uma resposta de medo formando um ciclo de ansiedade

constante e crescente (CLARK, 1986 apud SHINOHARA, 2005).

Barlow (2016) e seus colaboradores, desenvolveram um modelo integrado

denominado “Teoria da tripla vulnerabilidade” composto pelos seguintes fatores,

vulnerabilidade biológica, vulnerabilidade psicológica específica e vulnerabilidade

psicológica generalizada. A vulnerabilidade biológica aponta contribuições genéticas no

desenvolvimento da ansiedade. A vulnerabilidade psicológica generalizada é caracterizada

12

por ser incontrolável e imprevisível. A vulnerabilidade psicológica específica aponta o

desenvolvimento da ansiedade através da aprendizagem diante determinadas experiências de

vida (BARLOW, 2016, p. 238-239).

Neste modelo, frente a uma situação de estresse, é desencadeado no individuo um

ataque de pânico inicial, tal resposta servirá como um alarme falso “medo ou pânico

acentuado (que) ocorre na ausência de qualquer estimulo ameaçador da vida, aprendido ou

não” (BARLOW, 2002 apud CLARK; BECK, 2012, p. 19).

De acordo com este modelo desenvolvido por Barlow (1988), um ataque de pânico

inicial representa um “alarme falso” em que demasiada ansiedade é sinalizada, geralmente em

resposta aos estressores da vida. Desta forma, considera-se a hipótese de que indivíduos

vulneráveis biologicamente, seja por herança genética ou por sensibilidade aos sintomas de

ansiedade, reagem com maior intensidade diante um “alarme falso”. Após o primeiro

episódio, o indivíduo passa a ficar mais apreensivo com relação a novos ataques,

desenvolvendo medo ao associar sensações físicas a excitação autonômica. Com isso, levanta-

se a hipótese de que a repetição de ataques faz com que o indivíduo se torne mais sensível aos

estímulos internos, aumentando a vigilância diante a quaisquer sensações físicas e as situações

em que ocorreram os ataques. Baseado nestas experiências, o medo de sofrer um novo ataque

combinado as interpretações catastróficas, leva o individuo a evitar sintomas físicos ou locais

associados a ataques prévios (MANFRO et al., 2008).

2.5 Tratamento com a Terapia Cognitivo Comportamental

A Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento do TP baseia-se em um conjunto

de procedimentos integrados que visam auxiliar o paciente a lidar com sintomas físicos de

ansiedade através de técnicas de relaxamento, além das técnicas cognitivas que buscam a

esquiva fóbica (CRASKE; BROWN; BARLOW, 1991 apud ITO, 2002).

A TCC consiste em um tratamento breve com sessões estruturadas que tem como

objetivo corrigir interpretações catastróficas através da reestruturação cognitiva, além de

desenvolver uma maior flexibilidade em lidar com os sintomas desencadeantes do TP. A

etapa inicial do tratamento baseia-se na psicoeducação, em que o terapeuta elucida o paciente

sobre Transtorno do Pânico através da ótica da TCC a qual engloba: gatilhos situacionais,

pensamentos automáticos, sensações físicas aflitivas, interpretações catastróficas, tentativas

de fuga e esquiva (BECK, 2013, p. 27-31).

13

2.6 Técnicas da TCC utilizadas no Transtorno do Pânico

A TCC é considerada uma “abordagem psicoterapêutica educativa, focal e baseada em

discussões, em que o terapeuta assume uma postura diretiva e colaborativa, utilizando-se de

técnicas cognitivas e comportamentais” (BECK, 1997 apud GUSMAO et al., 2013). Abaixo

estão descritas algumas das principais técnicas utilizadas no tratamento do TP.

A técnica de respiração diafragmática tem como objetivo obter uma mudança na

freqüência respiratória para normalização dos níveis de gases no organismo. A respiração

diafragmática auxilia o paciente a atingir um estado de relaxamento, no qual é ensinado a

concentrar o ar na região do diafragma, inspirando pelas narinas e expirando pela boca de

forma lenta, pede ao paciente que preste atenção em sua própria respiração, contando três

segundos ao inspirar, segurando o ar por mais três segundos e expirar em seis segundos. Este

procedimento impede a hiperventilação, diminuindo os sintomas e proporcionando um

relaxamento muscular (OLIVEIRA; DUARTE, 2004; NETO, 2008 apud WILLHELM;

ANDRETTA; UNGARETTI, 2015). É importante enfatizar que para um bom resultado, se

faz necessário a prática diária desses exercícios até que o paciente esteja apto a utilizá-los na

eminência ou durante o ataque de pânico. Após esta etapa, o terapeuta desenvolverá

juntamente com o paciente, estratégias para lidar com suas dificuldades diárias. As sessões

passam a ser planejadas com o auxilio de uma agenda que norteará o tratamento terapêutico,

sendo importante que seja estipulado metas semanais no intuito de motivar o paciente a

desenvolver habilidades em lidar com as possibilidades de novas crises de pânico (ITO,

2002).

O “RPD (Registro de Pensamentos Disfuncionais)” é considerado uma técnica

cognitiva em que através de uma planilha o paciente será orientado a identificar e analisar

seus pensamentos automáticos e angústias. O paciente deverá preencher as respectivas

colunas baseando-se no momento que perceber seu humor piorando. As colunas poderão ser

divididas em “Data e Hora”, “Situação”, “Pensamento Automático”, “Emoções” e

“Resultado” (BECK, 2013, p. 216).

Outra técnica cognitiva utilizada é o “Questionamento Socrático”, o qual auxilia os

pacientes a observar as incoerências em suas crenças centrais, tornando possível avaliar os

esquemas que envolvem seus comportamentos e emoções, motivando o processo de mudança.

O objetivo desta técnica é estimular a indagação, fazendo com que o paciente tire o foco da

visão desadaptativa que tem sobre o mundo e si mesmo. Ao se tornar mais questionador, o

14

paciente se torna mais flexível e apto a lidar com situações conflitantes (WRIGHT; BASCO;

THASE, 2008, p. 147).

A “Exposição Interoceptiva” é uma técnica que permite ao paciente corrigir

interpretações catastróficas dos sintomas físicos que surgem durante a crise de pânico. Esta

técnica faz com que os pacientes sejam submetidos a uma exposição gradual, visando com

que se sintam confortáveis diante as sensações provocadas. Tal exposição é realizada de

forma intencional e gradativa induzindo os sintomas através de exercícios físicos. Este

procedimento permite que os pacientes experienciem o desdobramento da crise de pânico,

identificando os pensamentos automáticos, a interpretação catastrófica e sensações corporais

do desconforto (sinais de ansiedade) diante determinada situação. Dessa forma, o paciente

torna-se apto a corrigir tais interpretações diminuindo os sintomas de ansiedade (MANFRO et

al., 2008).

A tarefa de casa é um coadjuvante importante no tratamento psicoterápico e tem como

objetivo auxiliar o paciente a praticar os procedimentos aprendidos em consulta, além de

ajudar a verificar o seu manejo diante a eminência de uma possível crise de pânico (LEDLEY;

HUPERT, 2007 apud KAZANTZIS; ABATE, 2016).

2.7 Tratamento Medicamentoso associado å Terapia Cognitivo Comportamental

Em uma revisão da literatura sobre o tratamento medicamentoso associado a Terapia

Cognitivo Comportamental aponta que nem sempre essa combinação pode ser a melhor

estratégia. Esta combinação se torna mais indicada quando o quadro de pânico tem como

comorbidade agorafobia e/ou depressão. Nos casos em que somente o Transtorno do Pânico é

diagnosticado, tanto a TCC quanto a terapia medicamentosa isolada podem oferecer melhoras

ao paciente (DEMÉTRIO et al., 1999).

Em suma, existem evidências que reforçam a eficácia da combinação entre a

farmacoterapia e a TCC no tratamento do Transtorno do Pânico, sendo que ambas propiciam

boas respostas em curto prazo. No entanto, a longo prazo a Terapia Cognitivo

Comportamental apresenta uma leve melhora naquilo que se refere a remissão de sintomas,

quando houver a descontinuidade da medicação, (WHITTAL; OTTO; HONG., 2001).

15

3 METODOLOGIA

Este estudo conta com o uso do método da revisão bibliográfica que se constituiu para

a base teórica para o desenvolvimento deste trabalho de investigação em ciência, abrangendo

toda a literatura tornada pública, e selecionada em relação ao tema estudado.

A coleta das informações para esta pesquisa decorre da investigação em seis livros

técnicos científicos e doze artigos científicos publicados em bases de dados eletrônicas como

Scielo, Google Acadêmico, Pepsic e no uso de livros e manuais especializados na área.

A seleção dos artigos acontece a partir da utilização das palavras-chave transtorno do

pânico, terapia cognitivo comportamental, tratamento, ansiedade, relaxamento, evidências,

técnica.

As pesquisas foram realizadas com critérios de inclusão em artigos nacionais

publicados entre 2005 até 2016 que retratam como a Terapia Cognitivo Comportamental pode

auxiliar no tratamento de pacientes diagnosticados e medicados com Transtorno do Pânico.

16

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os números de artigos e livros selecionados, seguindo os critérios de inclusão

estabelecidos para esse estudo, tiveram seus resultados apresentados e analisados, conforme

demonstrado na Tabela 1 e 2.

Tabela 1 – Distribuição das Bases de Dados e artigos selecionados

Bases de Dados Total artigos

encontrados

Total artigos

selecionados Autor/ Ano

Scielo + 5 01 Yano, Meyer, Teng (2003).

Pepsic

+ 10

03

Willhelm et al. (2015).

Shinohara (2005).

Gusmão et al. (2013).

Google (artigos e

periódicos) + 20 06

Locatelli (2010).

Yacubian, Minotentag (2001).

Ito (2002).

Camoleze (2016).

Manfro et al. (2008).

Shinohara (2005).

Fonte: Elaborada pela autora.

Tabela 2 – Distribuição das Bases de Dados e livros selecionados

Bases de Dados Total livros

encontrados

Total livros

selecionados Autor/ Ano

Livros + 10 06

Wright, Basco, Thase (2008).

Beck (2013).

Dalgalarrondo (2008).

Rangé (2011).

Clark, Beck (2012).

Barlow (2016).

DSM-5 (2014).

Fonte: Elaborada pela autora.

A Terapia Cognitivo Comportamental propõe que cada indivíduo possui uma forma

única em interpretar os fatos, tal interpretação influencia no comportamento deste diante a

17

situações da vida. Os três fatores considerados desencadeadores dos transtornos psicológicos

são as crenças centrais, crenças intermediárias e pensamentos automáticos disfuncionais.

O Transtorno do Pânico tem como característica crises recorrentes e inesperadas de

pânico, que geram um medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivos

ou sinais de perigos eminentes. O diagnóstico do TP tem como base o Manual dos

Transtornos Mentais DSM-5.

Baseado nos artigos pesquisados, estudos mais recentes apontam os Inibidores

Seletivos de Recaptação de Serotonina como medicamentos mais eficazes para o tratamento

do TP. O tratamento psicofarmacológico tem como finalidade a redução da intensidade e

frequência dos ataques de pânico. Benzodiazepínicos podem ser indicados em monoterapia ou

associados aos ISRS em pacientes com níveis importantes de ansiedade, insônia e

hipersensibilidade as suas sensações corporais.

Clark e Balow são responsáveis pelos modelos da TCC no TP. Para Clark, indivíduos

que sofrem com ataques de pânico possuem maior tendência a catastrofizar sensações

corporais com algo mais grave. Barlow considera a vulnerabilidade biológica, vulnerabilidade

psicológica específica e vulnerabilidade generalizada como fatores que implicam no

desenvolvimento do TP.

O tratamento com a Terapia Cognitivo Comportamental é considerada uma abordagem

objetiva embasada em sessões estruturadas e que tem como finalidade corrigir as

interpretações catastróficas em pacientes com TP. Ao terapeuta cabe inicialmente fazer a

psicoeducação, elucidando o paciente sobre visão da TCC no tratamento do TP. Durante a

psicoterapia, técnicas comportamentais e cognitivas são aplicadas nos pacientes no intuito de

amenizar os sintomas causados pelo TP.

As técnicas citadas neste trabalho englobam a respiração diafragmática, Relatório de

Pensamentos Disfuncionais, questionamento socrático e exposição interoceptiva. A respiração

diafragmática proporciona ao indivíduo um estado de relaxamento, em que é ensinado a

concentrar o ar em seu diafragma através de uma processo específico de respiração. O RPD é

uma técnica cognitiva no qual o paciente preenche uma planilha com situações, pensamento

automáticos, emoção e/ou sensações físicas e comportamento. Esta técnica visa orientar o

individuo a identificar e analisar seus pensamentos automáticos e suas angústias. O

questionamento socrático tem como finalidade fazer com que o indivíduo se torne mais

questionador auxiliando este a tirar o foco da visão desadaptativa que tem sobre si mesmo e

sobre o mundo. A técnica da exposição interoceptiva ajuda o indivíduo a corrigir as

interpretações catastróficas que surgem durante a crise de pânico, essas exposições são

18

realizadas de forma intencional fazendo com que este vivencie de maneira gradativa a

eminência de uma crise de pânico, permitindo que identifique os fatores desencadeantes do

TP.

Baseado nos autores citados nos artigos, a TCC associada ao tratamento farmacológico

apontam maior eficácia quando o quadro de pânico tem como comorbidade agorafobia e/ou

depressão. Nos casos em que somente o Transtorno do Pânico é diagnosticado, evidências

apontam que tanto a psicoterapia quanto a psicofarmacologia isoladas são eficazes no

tratamento do TP. No entanto, quando ocorre a retirada da medicação, a TCC apresenta uma

leve melhora na remissão dos sintomas.

19

5 CONCLUSÃO

A partir da análise dos livros e artigos pesquisados, constatou-se que Transtorno do

Pânico é uma patologia composta por distúrbios fisiológicos e cognitivos. Os modelos

cognitivos postulados por Barlow e Clark contribuem para um maior entendimento do

indivíduo diagnosticado com Transtorno do Pânico, no qual ambos citam aspectos cognitivos

disfuncionais como fatores determinantes para o desenvolvimento deste transtorno. A TCC

demonstrou-se uma abordagem com sessões breves e focada em corrigir pensamentos

disfuncionais através do auxílio de técnicas cognitivas e comportamentais que buscam a

reestruturação cognitiva. O tratamento medicamentoso é considerado um recurso importante e

eficaz no tratamento do TP, que visa diminuir os sintomas causados por esta patologia.

Quando ocorre a descontinuação do tratamento medicamentoso, a TCC demonstrou colaborar

na remissão dos sintomas de ansiedade a longo prazo. Tanto a TCC quanto os psicofármacos

indicaram resultados positivos no tratamento do Transtorno do Pânico mesmo que

isoladamente, porém devido a dificuldade em encontrar maiores evidencias que aliam a TCC

ao tratamento farmacológico, conclui-se que o objetivo deste trabalho não foi atingido por

falta de evidências que comprovassem a eficácia da TCC em conjunto ao tratamento

medicamentoso em pacientes com TP. Dessa forma, faz se necessário ampliar pesquisas que

associem os tratamentos farmacológicos com as psicoterapias.

20

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Acesso em: 22 mar. 2018.

23

ANEXO I

TERMO DE RESPONSABILIDADE AUTORAL

Declaro para os devidos fins, que eu CHRISTIANE HISSAMI KIMURA matriculada sob o

nº ___, responsabilizando-me pela monografia apresentada como trabalho de conclusão do

Curso DE ESPECIALIZAÇAO EM TERAPIAS COGNITIVOS-COMPORTAMENTAIS

(TCC DE BECK), sob o título “AS CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS E

MEDICADOS COM TRANSTORNO DO PÂNICO”, Isentando, mediante o presente

termo, o CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL de

quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", assumindo as

responsabilidades civis e criminais decorrentes de tais ações.

São Paulo, 29 de Abril de 2018.

_____________________________________

CHRISTIANE HISSAMI KIMURA

Acadêmico