Cirurgia Gastrointestinal

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Gastrotomia: Indicações da gastrotomia em pequenos: - retirada de corpo estranho, - com ou sem obstrução; - exploração da mucosa gástrica, - neoplasias. Técnica para gastrotomia: - deve fazer em decúbito dorsal, incisão na linha medial ventral (da cartilagem xifóide a um ponto imediatamente caudal à cicatriz umbilical), - colocação de afastadores opcional, caso vá usar recomenda-se o uso de auto- estáticos afastador Balfour, - proteger a cavidade com compressa o estomago pode estar cheio de líquidos alimentos, mesmo quando se faz o jejum pré cirúrgico caso o animal tenha algum problema de digestão pode ser que ainda haja algo dentro do seu estomago, - colocação de pinças babycock para tracionar o estomago para fora da cavidade. - Incisão na região hipovascular (entre a curvatura maior e menor, local de menor vascularização),uso de bisturi incisão estocada lancetada no interior da luz, completando com tesoura metzenbaum. Cuidado com a síntese: Normalmente não se lava o estomago, exceto raras exceções onde se deve retirar do estômagos determinadas substancias, do contrario a lavagem aumenta o risco de contaminação,após o primeiro plano se sutura desprezar o material contaminado e o utilizado na síntese,toda a equipe deve fazer a troca de luvas a primeira sutura é a invaginante, após, toda a equipe troca a luva,durante a primeira etapa da cirurgia recomenda-se que se cubra todo o material que não será usado de primeira com um pano de campo,ai, terminada a primeira sutura, passa a fase de trocar

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Gastrotomia:

Indicações da gastrotomia em pequenos:

- retirada de corpo estranho,

- com ou sem obstrução;

- exploração da mucosa gástrica,

- neoplasias.

Técnica para gastrotomia:

- deve fazer em decúbito dorsal, incisão na linha medial ventral (da cartilagem xifóide a um ponto imediatamente caudal à cicatriz umbilical),

- colocação de afastadores opcional, caso vá usar recomenda-se o uso de auto- estáticos afastador Balfour,

- proteger a cavidade com compressa o estomago pode estar cheio de líquidos alimentos, mesmo quando se faz o jejum pré cirúrgico caso o animal tenha algum problema de digestão pode ser que ainda haja algo dentro do seu estomago,

- colocação de pinças babycock para tracionar o estomago para fora da cavidade.

- Incisão na região hipovascular (entre a curvatura maior e menor, local de menor vascularização),uso de bisturi incisão estocada lancetada no interior da luz, completando com tesoura metzenbaum.

Cuidado com a síntese: Normalmente não se lava o estomago, exceto raras exceções onde se deve retirar do estômagos determinadas substancias, do contrario a lavagem aumenta o risco de contaminação,após o primeiro plano se sutura desprezar o material contaminado e o utilizado na síntese,toda a equipe deve fazer a troca de luvas a primeira sutura é a invaginante, após, toda a equipe troca a luva,durante a primeira etapa da cirurgia recomenda-se que se cubra todo o material que não será usado de primeira com um pano de campo,ai, terminada a primeira sutura, passa a fase de trocar luvas, toda a equipe, puxar o pano de campo que cobria o que não estava sendo usado dando visão ao resto do material e cobrindo agora o que já foi usado, o material contaminado,não misturar material contaminado, 2 planos de sutura fio absorvível sintético (2-0/3-0). A síntese possui várias técnicas:

PRIMEIRA TECNICA: 1° plano cushing (submucosa, muscular, serosa), 2° plano lembert (serosa e muscular).

SEGUNDA TECNICA: 1° plano simples continuo (4 camadas), 2° plano lembert (serosa e muscular) passar tintura de iodo na 1ª sutura, antes do segundo plano. Isso é feito para evitar maior contaminação.

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Pós- operatório: jejum de 36 a 48 horas. Até as primeiras 24 horas o jejum deve ser até de liquido, depois disso já pode, administração de fluidos endovenosos, transição lenta de líquidos, pastoso e solido (3 dias cada etapa) de acordo com a patologia de base.

GASTRECTOMIA PARCIAL:Indicações: Neoplasias, Remoção de tecido necrótico.

TECNICA DE GASTRECTOMIA: -Decúbito dorsal,-Incisão na linha medial ventral-colocação de afastadores opcional, caso vá usar recomenda-se o uso de autoestáticos afastador Balfour.-proteger a cavidade com compressa.

Obs: o estomago pode estar cheio de líquidos alimentos, mesmo quando se faz o jejum pré-cirúrgico caso o animal tenha alguma problema de digestão pode ser que ainda haja algo dentro do seu estomago,colocação de pinças babycock para tracionar o estomago para fora da cavidade,

-Ligadura dos vasos que irrigam a região necrótica. Não se pode ligar tudo se não, não cicatriza. -excisão do tecido necrótico.

Síntese: 2 planos de sutura , fio absorvível sintético (2-0/3-0). 1. Técnica: 1° plano cushing (submucosa, muscular, serosa),

2° plano lembert (serosa e muscular).

ESPLENECTOMIAcirúrgica do baço esplenorafia é a sutura do baço.

ESPLENECTOMIA PARCIAL: Indicações: neoplasias, ruptura de parênquima, abscesso, biópsia, incisão pré- umbilical. Técnica: isolar os vasos da região, pinçar (próxima ao animal), pinçar (próxima ao baço), cortar e ligar pode usar a sutura simples continuo e pode usar a planos 1 ou 2 de sutura.

ESPLENECTOMIA TOTAL:Incisão pré- umbilical,tracionar o baço para fora da cavidade,isolar e ligar os vasos e próximos ao hilo esplênico. E de novo: pinçar/pinçar/cortar/ligar antes de fechar a cavidade abdominal esta deve ser lavada para remoção de coágulos. Sutura da parede abdominal:

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Peritônio / musculatura, simples continuo, sultan “X”, simples separado. Estas são as suturas aposicionais, Subcutâneo, cushing, Pele, simples separado, “U” horizontal separado.

Complicações: hemorragia caso isso ocorra, não se desespere, abra e encontre o vaso rompido, suturando-o novamente.

ENTEROTOMIA: abertura do intestino. Sutura: sempre na longitudinal.

ENTERECTOMIA: Princípios: Colocar pinças intestinais para isolar a área de resseção,Isolar e pinçar os vasos do mesentério,Ligadura dos vasos do mesentério e Resseção da porção.

Sutura do mesentério: simples separado ou simples continuo a intenção é só aproximar, não precisa usar muita força. Essa técnica é a mesma independente da espécie. TECNICAS DE ENTEROANASTOMOSE: resseção de porção e juntada.

TECNICAS: Término Terminal: retira uma parte para igualar o diâmetro, esta técnica deve ser perfeita não podendo ficar uma abertura por menor que seja, pois corre o risco neste caso de formar hérnia. Caso esta ligação não seja possível faço a ligação término Lateral, caso esta também não seja possível faço a ligação látero lateral.

RETO prolapso de reto, se o tecido estiver viável devo: Lavar com solução fisiológica gelada, degermante tipo clorexedine diluído, por ser em mucosa, RecolocarFazer sutura circular pode ser a bolsa de tabaco feita com nylon 1 ou 2 por no Maximo 2 dias, se ele não tiver diarréia terá que fazer associação com laxantes. O importante aqui é corrigir a causa e nunca recolocar se houver necrose porque se isso for feito ocorrerá fistula.

Cesariana em pequenos animais: -incisão na linha media (cicatriz umbilical ate o púbis) -exteriorização dos cornos uterino, -incisão no corpo do útero na região hipovascular,-retirar os fetos com ou sem a bolsa aminotica,-retirar todos restos placentários,-checar os cornos ate o ovario,

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-após retirar os feto útero deve contrair,caso não contrai usar ocitocina de 1 a 2 unidade por kg ou maleato de ergonovina 0,02 a 0,1 mg /kg/IM.

Síntese do útero:sutura cushing e lembert fio sintético absorvível.

Síntese:parede simples continuo, subcutâneo cushing, pele simples separado.

MPA:acepram associada ou não com morfina,dependendo do animal,-Indução com propofol, -manutenção anestésico inalatorio izoforano ou atropina,-manutenção quetamina e xilazina(sem anestésico inalatorio).Filhotes:tirar da bolsa,ligar o cordão,liberar as vias aéreas,mucosas róseas ,pulso forte nos filhotes,caso não colocar oxigênio e aquecer os filhotes.

Cesariana em grandes animais: Indicações: Angustia pélvica: - conformação do animal pelve adequada,- oclusão do colo uterino, - edema de vulva e vagina,- torção uterina, - toxemia e paraplegia anti parto, - retenção fetal e gigantismo.

Obs: ventro lateral esquerda e mais indicada único órgão presente e o rumem.

Zebuínos: decúbito lateral direito e contido. Europeu: pode ser contido e operados de pé, mais seguro animal deitado. Eqüinos: são + sensível a problema infecciosos uso de centro cirúrgico,caso não seja possível cuidado redobrados com anti-sepsia,técnica,antibiótico informar o proprietário dos risco e perda do animal.

Castração em eqüinos: antes da castração deve-se averiguar se o animal esta saudável e se ambos os testículos são palpáveis, Castração pode ser feita com animal em pe sob anestésicos local ou deitado com anestesia geral,para ser feita com animal em pe utilizar tranqüilizante ou sedativos e anestésicos local nos testículos, animal em decúbito, utilizar xilazina ,quetamina e ECG e anestésico local nos testículos usar xilazina,eqüino deve ser deitado do lado esquerdo e acochoado ,não deitar do lado direito por causa do lobo acessório do pulmão. Deve fazer em decúbitos lateral esquerdo, incisão de cada lado aproximadamente 1 cm da rafe mediana dos testículos,retirada dos testículos de dentro da bolsa escrotal,deixando a túnica vaginal intacta,incisão da túnica vaginal comum,retirada do testículo de dentro da túnica vaginal comum,separação do cordão espermático do ducto diferente,dissecação de estruturas para remover a túnica comum,ligadura do cordão espermático e do ducto diferente com o fio de sutura(catgut cromato 4),emasculação do cordão espermático e ducto diferente com auxilio de

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emasculadores,retirada do testículos com auxilio do bisturi,fazer a mesma técnica no outro testículos,fazer limpeza do local,a cicatrização é por segunda intenção. Pos operatório: aplicar soro antitetânico e antibiótico, observar o eqüino após varias horas para assegurar se não há sangramento. Complicações: hemorragia grave, edema excessiva, poderá ocorrer evisceração através de uma hérnia iguinal, infecção, formação do cordão cirroso.

Castração em bovinos: deve fazer em incisão horizontal na pele na parte mais larga do escroto, a túnica vaginal comum é deixada intacta, o testículo é retirado de dentro da bolsa escrotal, separando a fascia dos cordões espermáticos inclusos na túnica comum, emasculação dos cordões espermáticos, retirada de tecido adiposo excedente, retirada dos testículos, a incisão cicatrizara por segunda intenção, limpeza e curativo no local. Castração em Canino: deve fazer em decúbito dorsal, tricotomia na área pré-escrotal e das coxas mediais, pano de campo fenestrado, incisão cutânea e subcutânea na linha media ventral do prepúcio na base do escroto, incisão das fascia espermática, retirada do testículo da bolsa escrotal, isola-se o ligamento caudal do epidídimo por meio de dissecação, colocação de pinças hemostáticas para fazer hemostasia de pequenos vasos, ligadura do ligamento caudal do epidídimo, rompimento de ligamentos de tecido conjuntivo entre cordão e fascia espermática, transfixação de cremaster e cordão espermáticos, retirada dos testículos, fechamento das camadas subcutâneas e a pele subdermica com suturas absorvíveis, simples separados com os nos internalizados, aproximação dos bordos com fio não absorvível com simples separado, sutura de pele em U.

Castração em gatos: deve fazer incisão verticalmente a pele, a túnica e a fascia espermática sobre cada testículo, com uma manobra de beliscamento suave, retira-se o testículo, puxa-se o testículo caudoventralmente ate que se obtenha uma exposição do cordão espermático, colocação de duas pinças proximais, mosquito transversalmente ao cordão espermático, ligadura do cordão espermático no local de esmagadura da pinça, retirada dos testículos proximalmente a pinça distal liberando o cordão espermático no testículo subcutâneo.

O Otohematoma é acúmulo de sangue na cartilagem auricular, geralmente identificado pelo inchaço da porção côncava da orelha do cão. Geralmente o surgimento do problema ocorre pela coceira e agitação da cabeça gerada pela presença de otite externa. O cão fere a cartilagem do ouvido durante o processo podendo levar à fratura cartilaginosa, assim ocorre o rompimento de veias e artérias auriculares.

Também existem outras razões para o surgimento do otohematoma como algumas síndromes sistêmicas endócrinas e brigas entre cães. Inicialmente podemos observar o inchaço e sensação flutuante da cavidade da orelha. Caso o otohematoma não seja adequadamente tratado a orelha adquire uma aparência de “couve-flor”. O diagnóstico é possível através do exame clínico do paciente e histórico.

O tratamento inicia com a identificação do agente causador da otite e estabelecimento do protocolo adequado. Pode-se fazer a punção do conteúdo sanguinolento do otohematoma

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como tratamento paliativo e temporário, já que ocorre o novamente o preenchimento do local. O tratamento definitivo é cirúrgico e têm como objetivo a remoção do hematoma, retirada de tecidos fibrosos do local e manutenção da aparência normal da orelha. A permanência do hematoma no local causa dor e desconforto ao animal. O pós-operatório exige alguns cuidados como a manutenção da higiene dos pontos usa de colar elisabetano, limpeza e aplicação de medicações para otite e manutenção de ataduras na cabeça fixando a orelha e mantendo o conduto auditivo exposto. O prognóstico é excelente se o pós-operatório for adequadamente seguido, e principalmente se a otite causadora do problema for resolvida. Muitas vezes a resolução definitiva da otite se dá com coleta de swab do local para que a bactéria/fungo/ácaro seja identificado e a qual fármaco apresenta sensibilidade.