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APOSTILA PSICOLOGIA

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1 PSICOLOGIA – 3º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015

APOSTILA

PSICOLOGIA

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INTRODUÇÃO

1. PSICOLOGIA E O SENSO COMUM

Como acadêmica de psicologia, posso diferenciar certos termos, sem que me cause alguma estranheza, o que não era bem assim tempos atrás. Noto o quanto as pessoas usam o termo psicologia no cotidiano. Sendo que muitas vezes as pessoas não se dão conta e usam esses termos, sem saber o significado. Usam, porque, afinal de contas, as pessoas em geral têm “sua psicologia”.

Quem já não ouviu alguém comentar a respeito da atitude de uma pessoa em relação a determinado assunto ou situação? Normalmente falam que fulano usou de “certa psicologia” para se safar, ou então, que teve um “psicológico” forte para encarar tal situação, ou ainda que aquele vendedor da loja tal usou do poder de persuasão. Para vender, usou de “psicologia”.

Quando as pessoas geralmente procuram aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir seus problemas, dizem que ele tem “psicologia” para entendê-las. Quando se deparam com algum problema, pensam que precisam manter o equilíbrio psicológico para não perder o controle. E assim as pessoas seguem no seu cotidiano, nas suas relações, não é isso? Quem de nós não passou ou presenciou tais eventos?

E você, já usou sua psicologia hoje?

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Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano, é denominada de psicologia do senso comum, é justamente nessas situações do meu cotidiano, com amigos, colegas de trabalho, que observo o quanto as pessoas usam esses termos, como por exemplo: “menina histérica”, “ficar neurótico”. Termos definidos pela psicologia científica e, que as pessoas não se preocupam em definir as palavras usadas e nem por isso deixam de ser entendidas pelo outro. E você, tem usado muito da psicologia no seu cotidiano?

2. Sigmund Freud

O pai da psicanálise

Médico neurologista e fundador da psicanálise, Freud apresentou ao mundo o inconsciente e explorou a mente humana. Sigmund Freud ficou conhecido como um dos maiores pensadores do século XX e o pai de muitas das teorias psicanalistas aplicadas atualmente. Freud explorou a psique, desenvolveu uma teoria de personalidade, estudou histeria, neuroses e sonhos, entre tantos trabalhos.

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2.1. SUA VIDA

Sigmund Freud nasceu em 1856 na pequena cidade de Freiberg, na Morávia, então parte do Império Austro-Húngaro (atualmente é a República Checa). Seu pai, Jacob, era um modesto comerciante e sua mãe, Amália, era a terceira esposa de Jacob. Freud nasceu de uma família judaica e foi o primogênito de sete irmãos.

Aos três anos de idade, a família Freud se mudou para Viena, devido ao aumento do anti-semitismo na Morávia. A cidade de Viena proporcionava aos judeus boas perspectivas econômicas, participação política e aceitação social.

Desde pequeno Freud era brilhante nos estudos e primeiro da classe. Devido à sua performance acadêmica e uma preferência de sua mãe, Freud teve o privilégio de ter um quarto só para si, onde pode estudar em paz.

Freud inicia seu pensamento teórico assumindo que não há nenhuma descontinuidade na vida mental. Ele afirmou que nada ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais. Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação. Cada evento mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e é determinado pelos fatos que o precederam. Uma vez que alguns eventos mentais "parecem" ocorrer espontaneamente, Freud começou a procurar e descrever os elos ocultos que ligavam um evento consciente a outro. O ponto de partida dessa investigação é o fato da consciência.

3. Conceito de Psicologia

A palavra Psicologia é formada de duas palavras gregas psique que significa alma e logos que significa estudo.

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4. NÍVEIS DE VIDA MENTAL Segundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. O interesse de Freud era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava Pré-Consciente e Inconsciente. Inconsciente. A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida.

No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido mas não é permitido ser lembrado.

Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos. Pré-consciente. Estritamente falando, o Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas. O Pré-Consciente é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções.

5. ELEMENTOS DA PERSONALIDADE

O Id Pode ser associado a um cavalo cuja força é total, mas que depende do cavaleiro para usar de modo adequado essa força. Os conteúdos do Id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência mas localizado na área do Id, será capaz de influenciar toda vida mental de uma pessoa.

O Ego O Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. O Ego

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se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego procura manter o equilíbrio entre o id e o superego. O Superego Esta última estrutura da personalidade se desenvolve a partir do Ego. O Superego atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade.

O Superego tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do Id para tensão-redução e independentemente do Ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades.

6. PSICOLOGIA DO HOMEM E DA MULHER Como é óbvio, para que duas pessoas se relacionem harmoniosamente, a condição indispensável é que se conheçam bem. Na sociedade conjugal, para que haja um clima de perfeito entendimento mútuo, faz-se mister, igualmente, que o esposo se instrua acerca da psicologia feminina, e que a esposa não ignore a psicologia masculina, pois, quase sempre, as desavenças matrimoniais resultam de os homens pretenderem que suas companheiras pensem, sintam e ajam à sua maneira, e vice-versa. Ora, as diferenças entre o sexo masculino e o feminino não existem apenas no plano fisiológico, mas também do ponto de vista psicológico. Eis algumas: Enquanto o homem se conduz pela razão e precisa raciocinar para entender os fatos, a mulher, dotada de intuição, pode sentir de imediato a realidade deles. O homem tem a percepção global; a mulher, dos pormenores. A inteligência do homem dá-lhe maiores aptidões para as artes, as ciências e a filosofia, onde é reclamada a capacidade de concentrar-se, pesquisar; a da mulher, para as profissões de contato e comunicação com o público: comerciários, professoras, telefonistas, secretárias, nas quais comprovam a maior facilidade que têm para falar e escrever. O homem procura fazer-se admirado por sua força e eficiência; a mulher, por sua beleza e elegância. É próprio da natureza masculina o conquistar e o proteger; já a feminilidade consiste em atrair e ser protegida. No homem, o sentimento de paternidade não é espontâneo, nem muito intenso; na mulher, o instinto maternal sobreleva a qualquer outro. O homem tem o gosto das aventuras; a mulher quer estabilidade e segurança para poder criar os filhos com tranqüilidade. O homem divide o seu amor entre a esposa e outros interesses que o levam para fora de casa, como o trabalho, a política, o esporte etc; a mulher, ao contrário, concentra

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toda a sua afeição no lar, entendido como tal o marido e os filhos. No homem, a satisfação sexual independe do amor; na mulher, este sentimento é fator preponderante para aquele gozo. Se todas essas diferenças forem devidamente consideradas pelo casal, muitos de seus aborrecimentos, brigas e mal-entendidos poderão ser evitados, melhorando bastante o teor de suas relações, o que vale dizer o grau de sua felicidade. Assim, por exemplo, se o caro amigo que nos lê se vir numa situação embaraçosa e sua esposa lhe sugerir, de pronto, um modo simples de sair dela, não há porque sentir-se diminuído, por parecer menos hábil. A intuição feminina funciona mesmo mais depressa. Se para descrever um acidente que você sintetizaria em dois minutos, “ela” levar nada menos de vinte, não se exaspere: a mulher gosta de explicar as coisas em seus “mínimos detalhes”. E se, um dia, ao aproximar-se de sua companheira, na tentativa de uma relação conubial, ela venha a repeli-lo, não julgue que seja por maldade ou desamor; o mais provável é que ela esteja ressentida justamente por falta de cortesia e de maneiras afetuosas de sua parte. Repugna a muitas mulheres o serem reduzidas a simples instrumento de prazer. Quanto à senhora, prezada leitora, se puser um lindo broche novo sem que seu marido o perceba, não o julgue “desligado” de sua pessoa. É que o homem só tem a percepção do conjunto. Não se esqueça de fazer-lhe um elogio, sempre que alcance uma promoção ou saia vitorioso de algum empreendimento, pois embora não o demonstre, ele também é vaidoso e gosta que lhe reconheçam os méritos. E se o seu querido parceiro sai freqüentemente de casa, para dedicar-se a várias atividades que melhorem sua qualificação profissional, aumentem seu círculo de amizades e em conseqüência seu prestígio social, ou lhe dêem o ensejo de ser útil à comunidade, não o censure, nem o acuse de estar abandonando o lar; ele está apenas realizando tarefas que lhe são próprias, com o que, direta ou indiretamente, a família toda acabará se beneficiando. Seria até o caso de dar “graças a Deus” por ele ser assim, porque os maridos desse feitio geralmente são avessos a certos divertimentos prejudiciais à felicidade conjugal. Quem é mais inteligente? O homem ou a mulher? Justamente onde não há diferença alguma é no plano em que muitos homens estão convencidos de que a mulher tem inferioridade. Estamos nos referindo a inteligência. Pelas numerosas experiências feitas no mundo inteiro, por grandes psicólogos, ficou comprovado que a mulher tem exatamente o mesmo grau de inteligência que o homem. A mulher tem maiores oportunidade de estudar. Enquanto o homem utiliza sobretudo a razão e procura raciocinar em torno dos fatos, a mulher utiliza a intuição procurando sentir a realidade. 6.1. ALGUNS TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DOS DOIS SEXOS HOMEM Razão e raciocínio, Inteligência abstrata, percepção do conjunto, todas as profissões, predomínio da força, conquistar, proteger, desejo de satisfação rápida e excitação localizada nos órgão genitais.

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MULHER Intuição e sentimento, inteligência concreta, percepção dos detalhes, profissões sociais, predomínio da beleza, atrair, ser protegida, desejo de receber afeto, aceitação do sofrimento, necessidade de estabilidade e excitação de todo o organismo. Outro fator que deve ser considerado é a emotividade: a mulher seria mais emotiva que o homem; porém quem mais desmaia no momento de uma operação é justamente o homem. 7. DISTÚRBIO DA PERSONALIDADE Mesmo considerando-se distúrbio da personalidade como um desvio estatístico do que é considerado normal, trata-se efetivamente de uma realidade de conceituação pouco precisa. A melhor maneira de definir “distúrbio” é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde neuróticas leves até a loucura, na plenitude de seu termo.

Normal seria aquela personalidade de capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousar e divertir-se, ser capaz de julgar realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha em uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma eficiência psicológica ou “distúrbio” da personalidade. Estes são muito mais freqüentes do que se pensa. Pesquisa americana revela que 23,4% da população apresenta alguma forma de distúrbio mais ou menos sério. Podemos classificar os distúrbios da personalidade em cinco tipos básicos: 1) oligofrenias; 2) demências; 3) psicoses; 4) neuroses; 5) psicopatias Na oligofrenia – A personalidade não atinge determinado nível de desenvolvimento. O crescimento pára em determinado estágio de maturação. Por exemplo, a inteligência atinge somente o estágio de 5 ou 6 anos. Espera-se em toda cultura que um adulto chegue a certo nível de desenvolvimento. Este nível passa a ser socialmente o padrão ou a medida da normalidade. Se não obtém tal desenvolvimento, se o que falta é pouco relevante, diz-se que é imaturo; se, contudo, a distância for grande, é considerado oligofrênico.

A oligofrenia é também conhecida como deficiência mental ou subnormalidade mental. “Mental” refere-se à inteligência, contudo a deficiência é de toda a personalidade. O oligofrênico sofre de deficiência na área da afetividade, maturidade, inteligência e conação. Entenda-se por conação, deficiência na área de vontade, desejo, objetivos e motivação. Uma criança que, nos seus primeiros anos de vida não foi suficientemente alimentada de proteínas (carne, ovos, leite, etc.) pode deixar de desenvolver normalmente seu cérebro, transformando-se assim num oligofrênico.

Demência – Podemos considerar a “demência” como o declínio patológico da personalidade. Há o declínio normal, e seus sinais começam por volta dos 60 anos, de

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forma lenta e suave. Se contudo esses sinais se acentuarem e se avolumarem rapidamente, é sintoma de demência, que é distúrbio da personalidade. Os sintomas demenciais podem ser qualitativa ou quantitativamente diferentes. Vejamos alguns exemplos: Sintomas quantativamente diferentes. A pessoa idosa é normalmente um pouco teimosa, apegada a seus hábitos, um tanto desconfiada e egocêntrica. Transformar, porém, esta pequena dose de desconfiança em idéia de perseguição e de ameaças é sintoma de doença. Achar que querem que morra, que vão envenená-lo,... isto, sentido e repetido inúmeras vezes, sai da faixa da normalidade. A pessoa idosa é apegada a seus objetos, mas entre este apego e o hábito de colecionar ou guardar tudo o que pega, há uma diferença quantitativa que indica perda da normalidade. Sintomas qualitativamente diferentes. São aqueles que não têm analogia ou semelhança com as características da idade: ter alucinações, ouvir vozes, sentir-se alvo de perseguição, atacar parentes, até crianças, etc. Transformar-se em agressivo, impertinente, quando antes era exatamente o contrário, calmo, ponderado, é sinal de perturbação da personalidade, qualitativamente diferente. Psicose ou loucura – Durante o seu desenvolvimento, a personalidade chega a determinada estrutura que a torna única e diferente de todas as outras pessoas. Isto determina a maneira de cada um se ajustar e proceder com relação à realidade exterior. Enquanto a personalidade permanecer estruturada e reagir adequadamente ao meio, é normal. A psicose é a perda dessa estruturação, deixando de ser a personalidade um todo harmônico. Seus componentes deixam de se articular adequadamente. . O psicótico pode encontrar-se ora em estado de depressão, ora em estado de extrema euforia e agitação. Em dado momento age de um modo e em outro se comporta de maneira totalmente diferente. Houve uma desestruturação da sua personalidade. O dado clínico fundamental para se aferir a psicose é a alteração dos juízos de realidade. O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente. Por isso, faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses ou loucuras, além da alteração do comportamento e do pensamento, são comuns as alucinações (ouvir vozes, ter visões e delírios). O psicótico pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode igualmente sentir-se vítima de uma conspiração internacional ou familiar assim como julga-se um milionário, um ser divino, um salvador da humanidade, etc. Na demência, há uma diminuição física da personalidade, enquanto na psicose, alterações na área física não são mensuráveis. Os psicopatas não estruturam determinadas dimensões da personalidade, verificando-se uma espécie de falha na própria construção. As principais deficiências da personalidade psicopática são: 1) Diminuição ou ausência da consciência moral. O certo e o errado; o permitido e o proibido não fazem sentido para eles. Desta maneira, simular, dissimular, enganar, roubar,

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assaltar, matar, não causam sentimento de repulsa e remorso, em suas consciências. O único valor, para eles, são seus interesses egoístas. 2) Busca de estimulações fortes. 3) Incapacidade de adiar satisfação. Não toleram um esforço rotineiro e não sabem lutar por um objetivo distante. 4) Não aprendem com os próprios erros, pelo fato de não reconhecerem estes erros.

5) Em geral, têm bom nível de inteligência e baixa capacidade afetiva. Parecem incapazes de se envolver emocionalmente. 6) Não entendem o que seja socialmente produtivo. Notou-se que as pessoas com a forma genética XXY ( o comum é XX para a mulher e XY para o homem) são levadas para a psicopatia agressiva ou sociopatia. Apresentam um excesso de agressividade e a incapacidade de controlá-la. 7.1. O QUE É NEUROSE? A existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito persistente ou de uma necessidade longamente frustrada, é sinal de que na pessoa se instalou um estado neurótico.

7.2. TIPOS DE NEUROSES Os sintomas reais de um paciente nem sempre estão totalmente de acordo com os de sua classificação.

Neurose de angústia e de fobia Uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade,.

Na angústia , o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já existia, há longo tempo, na consciência.

Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Nas fobias, verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou situações. As fobia mais comuns são: medo de sair à rua, de lugares fechados, de falar em público, de andar de avião, de altura, de vários animais como gatos, cobras, baratas, ratos etc., de hospitais, de sangue, de armas de trovões, etc. Em alguns casos, é possível identificar certos componentes de perigo, mas o medo fóbico é desproporcional a esses.

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A angústia se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação e desorganização do comportamento.

Neurose obsessiva-compulsiva: Obsessão – é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à

consciência. São por isto dificilmente controláveis.

Compulsão – refere-se a impulsos que levam à ação. Em pessoas normais, como por exemplo, de grau íntimo de obsessividade e compulsividade, podemos citar a música que não sai da cabeça ou o impulso a voltar para a casa a fim de averiguar se a porta está fechada ou se o registro ficou desligado, quando os motivos para essas dúvidas são quase inexistentes. Em geral, tanto os pensamentos obsessivos como as ações compulsivas têm por finalidade reprimir algum fato inaceitável ou conflituoso existente na consciência. Exemplo disso é: alguém que fica memorizando placas de automóveis ou cantando sozinho, provavelmente esteja querendo desviar a mente de algo inaceitável.

O comportamento do alcoólatra, a alimentação excessiva são exemplos de ações compulsivas que pretendem abafar a ansiedade e os conflitos inconscientes.

Neurose histérica: Caracteriza-se pela transformação da energia do conflito em sintomas de doença física

ou psíquica. Os sintomas histéricos se dividem em reações de conversão e reações dissociativas.

Nas reações de conversão, as energias do conflito se transformam em doenças somáticas, isto é, doenças com sintomas corporais. Paralisia total ou parcial, cegueira, surdez, afonia, tiques, úlceras, pressão sangüínea alta, diarréia, doenças da pele, enxaqueca, etc., podem ser produzidas por conflito neurótico. A palavra “conversão” indica que a energia psíquica se converte em sintoma corporal ou psíquico.

As reações dissociativas se referem a estados alterados da consciência. Por exemplo, a amnésia (perda da memória) pode ser alteração de um estado psíquico. Na reação de fuga a pessoa busca outro lugar para viver, de forma inconsciente. Pode, de repente, deixar a condução na rua e fugir para outro lugar. Pode, depois disto, estabelecer-se efetivamente nesse novo local e levar aí uma vida nova, esquecendo-se de tudo o que existia anteriormente: família, trabalho, compromissos, etc.

Neurose depressiva: Caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma

perda ou de situações externas traumáticas. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto agitado, irritado e muito preocupado.

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Dissemos que a reação depressiva é precipitada por “perda” ou por situações traumáticas.Por exemplo, morte de um dos pais ou de uma pessoa querida, fim de um relacionamento importante como namoro, noivado e casamento, fracasso na escola ou no trabalho. Tudo isso causa pesar, tristeza e depressão em qualquer pessoa. O que diferencia o normal do neurótico é que a depressão nesse último é mais grave e não é superada em período razoável. A pessoa permanece no estado depressivo sem poder livrar-se dele. Existe igualmente a depressão psicótica. Neste caso, o estado depressivo pode surgir sem a existência de condições ambientais e inclui deformações alucinatórias da realidade. A depressão neurótica situa-se entre a normal e a psicótica.

8. O QUE É PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL? O objetivo principal da Psicologia é conhecer a pessoa humana, assim como o da Física é conhecer o universo físico. Essa meta final da Psicologia só pode ser alcançada por meio da pesquisa do comportamento. As ações de uma pessoa são janelas através das quais é possível observar e analisar sua personalidade. Esta, no seu desenvolvimento, apresenta sucessivas e múltiplas maneiras de ser e de agir, embora conserve sua identidade básica, por toda a vida. Cada um desses “modos de ser e de agir” pode se transformar num objeto de pesquisa que poderá servir de núcleo para a formação de uma nova “disciplina psicológica”. Neste sentido, características comportamentais singulares passam a constituir objeto de disciplinas psicológicas especiais. Em seu crescimento, enquanto estuda e aprende, enquanto trabalha e atua em organizações, etc., a pessoa vai delimitando áreas de ação que a pesquisa transformou em psicologias aplicadas ou especiais, como é o caso da Psicologia Organizacional, cujo objeto é o homem enquanto opera e produz numa organização. Na realidade, estas disciplinas psicológicas são partes de uma Psicologia única. Para a Psicologia Organizacional, o objetivo que se persegue é pesquisar o comportamento humano dentro da empresa ou organização.

8.1.O HOMEM NAS ORGANIZAÇÕES

Se uma simples presença humana é capaz de alterar o comportamento da pessoa, com

mais razões, a organização irá modificar seu modo de ser e de agir. O homem, desde

que nasce, vive em organizações. A família foi sua primeira organização. Normalmente,

seu trabalho, sua atividade se exerce em organizações ou empresas. Estudar a

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personalidade nessas organizações é o objetivo da Psicologia Organizacional.

Todos têm diante de si, basicamente, a tarefa de mobilizar o homem dentro de organizações. Precisam: a. Organizar o trabalho e fazer com que todos se dediquem a ele do melhor modo

possível; b. Recrutar, formar e administrar adequadamente as pessoas que foram escolhidas; c. Criar condições de trabalho e um sistema de recompensas e punições que permitam

a todos manter um bom nível de desempenho. O administrador, com o objetivo de resolver estes e muitos outros problemas, deve utilizar-se de conhecimentos intuitivos ou científicos da Psicologia. Numa acepção mais ampla, o interesse pela Psicologia na administração foi sempre proporcional ao aperfeiçoamento técnico-administrativo e, quanto mais técnica a administração, mais “psicologia” era exigida.

De acordo com o CATÁLOGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÕES (CBO) o psicólogo do

trabalho é um profissional que "exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao

trabalho, como recrutamento, seleção, orientação, aconselhamento e treinamento

profissional, realizando a identificação e análise das funções, tarefas e ocupações,

organizando e aplicando testes e provas, realizando entrevistas, sondagens de aptidões e

de capacidade profissional e no acompanhamento e avaliação de desempenho de pessoal,

para assegurar às empresas ou por quem quer que se

dêem as relações laboratoriais, a aquisição de pessoal

dotado das habilidades necessárias, e ao indivíduo maior

satisfação no trabalho".

Esse campo permite ao psicólogo atuar no

aperfeiçoamento e melhoria das condições de vida,

trabalho e saúde de trabalhadores nos diferentes setores

da economia. No que se refere ao alto desempenho, os profissionais da área de Psicologia

Organizacional e do Trabalho podem atuar em diversas frentes, tais como na criação e

avaliação de ações de treinamento, desenvolvimento e educação (TD&E), no planejamento

de gestão de pessoas, na seleção de profissionais, em planos de ascensão profissional e na

orientação de carreira. Em termos de bem-estar, os psicólogos podem atuar na criação de

programas de qualidade de vida, na prevenção de doenças ocupacionais, na formulação de

estratégias para melhoria do clima organizacional e da satisfação dos empregados. Além

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disso, a participação em projetos estratégicos dos diversos setores da organização é

essencial para identificar e reduzir possíveis impactos negativos na vida das pessoas, bem

como para potencializar efeitos positivos.

A Psicologia Organizacional e do Trabalho existe, como área de atuação, de várias

formas dentro das grandes corporações. Na maioria das empresas, os profissionais da área

são contratados como Analistas de Recursos Humanos ou Consultores Internos de

Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas e atuam em todos os subsistemas de Gestão

de Pessoas, principalmente em Recrutamento e Seleção e em Desenvolvimento. Outras

possibilidades de atuação se concentram basicamente nos Programas de Qualidade de

Vida no Trabalho – QVT.

9. RELAÇÕES HUMANAS

9.1.ORIGEM

Essa escola foi basicamente um movimento em oposição `Teoria Clássica de Administração. Nasceu da necessidade de corrigir-se a tendência à desumanização do trabalho decorrente da aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos aos quais os trabalhadores deveriam submeter-se. Naquela época, num país eminentemente democrático como os EUA, já se observava a reação dos trabalhadores e seus sindicatos contrária a Administração Científica que era interpretada como um meio sofisticado de exploração dos empregados em favor de interesses patronais. Nesta abordagem, o indivíduo deixa de ser visto como uma peça da máquina e passa a ser considerado como um todo, isto é um ser humano, com os seus objetivos e inserção social própria.

A escola das relações humanas começou a enfatizar a importância da satisfação humana para a produtividade. Questões como sentimentos, atitudes e relações interpessoais passaram a ser enfocadas, uma vez que teriam uma relação direta com o atingimento dos objetivos pretendidos pela organização. O homem passou a ser visto como um ser social, orientado pelas regras e valores do grupo informal. A partir da concepção do homo social, surgiu a necessidade de um líder que facilitasse a relação das pessoas no grupo e que orientasse o grupo no alcance dos objetivos organizacionais. O líder passou, então, a

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concentrar-se nas necessidades das pessoas enquanto seres sociais, como forma de atingir as necessidades da organização.

9.2.OS PROBLEMAS DE RELAÇÕES HUMANAS Todos os grupos sociais passam por diversas transformações na sua evolução. A cada mudança, surgem problemas de relações humanas. - A saída de um membro de grupo Acontece muitas vezes que, quando um grupo funciona bem, é muito unido, um dos seus membros tem de deixá-lo; este pode provocar desequilíbrio prejudicial à vida do grupo. - A chegada de um novo membro no grupo Existem, em certos grupos, barreiras que facilitam ou impossibilitam a entrada de novos elementos. Pode-se dizer que, quanto maior a solidariedade entre os membros do grupo, mais dificilmente serão admitidos novos membros, sobretudo quando o grupo tem longa existência sem mudanças. - A distância social Duas pessoas, às vezes que trabalham na mesma sala ou no mesmo andar, apesar de estarem muito perto uma da outra, têm raros contatos. Quanto maior a distância social, mais freqüentes poderão ser os problemas de relações humanas entre dirigentes e dirigidos, pois uns recebem notícias dos outros através de terceiros. - O clima social Cabe ao dirigente de um grupo criar um clima, uma atmosfera de calma, confiança e compreensão mútua, mas nem sempre isto acontece. - As rivalidades Nas empresas onde não existe regimento interno que divida de maneira clara e racional as equipes, costumam surgir problemas de competência. Tem chefes, diretores e presidentes que se aproveitam de tal situação para se instalar melhor o seu poder, assim gerando rivalidades. - As limitações da liberdade Algumas limitações está sob regimento internos. As técnicas de trabalho em grupo só é possível quando toda escala hierárquica reina um espírito de equipe e respeito. - As frustrações É a situação provocada pela presença de um obstáculo no caminho da realização de um desejo. As frustrações são normais na vida; o equilíbrio de uma pessoa caracteriza-se justamente em superar as frustrações.

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- A pressão do grupo Estamos todos fortemente influenciados pelos grupos em que vivemos. A pressão do grupo faz com que passemos a adquirir imperceptivelmente os hábitos, costumes e pensamentos do grupo.

10. LIDERANÇA E SEUS TIPOS Conceito - Líder é o condutor, o guia, aquele que comanda. Ser líder é ter uma visão global, uma relação entre o homem e o seu ambiente de trabalho. É saber ensinar e também aprender, sendo este último de vital importância, ou de maior importância. A principal atividade de um gestor ou líder é a de conduzir pessoas, como o próprio nome indica, sabendo para isso lidar com elas e conseguir os melhores resultados. Liderar não é uma tarefa simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um organismo vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Porém, existem três implicações importantes nesta definição: Sabendo que a liderança é o exercício adequado da função de líder. Ou em resumo: é o indivíduo que exercita sua capacidade de persuasão, argumentação e carisma. Mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse, e sempre lembrado pela inovação e liderança. Tendo sua maior função de gerar novas idéias e colocá-las em prática. Ele deve liderar talvez ainda inspirar, ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras, e para ele, a prática de hoje jamais será suficientemente boa para amanhã. O líder é o termômetro do grupo, isto é, indica o estado atual, das condições físicas, morais e espirituais dos seus comandados. Reflete a situação do momento do grupo. Tal líder, tal grupo... Um líder deve ser uma pessoa entusiasta, que gere estimulo e exemplo para os seus comandados.

O que nasce: O que é líder por natureza ( inato ). OBS: O verdadeiro líder, não precisa de auto-determinação e nem de imposição para afirmar sua liderança. Ele nasce líder, isto é, vem da própria natureza, inerente.

10.1. TIPOS DE LÍDERES

A) Autoritário - aquele que determina as idéias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais. É extremamente dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do grupo. Conduta condenável, esta

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postura e não é válido este tipo de comportamento. É uma pessoa ditadora e soberana, o que comanda o grupo só pensando em si, não aceita as idéias de outro membro do grupo , é uma pessoa déspota também subestimando e diminui o grupo. Conseqüência: A reação do grupo de modo geral fica hostil e se distancia por medo. B) Indeciso- Não assume responsabilidade, não toma direção efetiva das coisas, vive no jargão “ deixa como esta ,para ver como é que fica”. Conseqüência: A reação do grupo é ficar desorganizado, gera insegurança e atritos, é como um barco sem leme, não sabe para onde vai. C) Democrático- É o líder do povo, pelo povo, e para com o povo, preocupa-se com participação do grupo, estimula e orienta, acata e ouve as opiniões do grupo, pondera antes de agir. Aquele que determina, junto com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões.

Conseqüência: A reação do grupo é de interação, participação, colaboração e entusiasmo. D) Liberal - Aquele que participa o mínimo possível do processo administrativo. Dá total liberdade ao grupo para traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativas ao grupo. Conseqüência: A reação do grupo geralmente é ficar perdido, não ficando coeso. E) Situacional - É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação. Conseqüência: A reação do grupo é de segurança e motivação por certo tempo. F) Emergente - Diz respeito aquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados a uma situação especifica. Por exemplo, num caso extraordinário, onde determinadas ações devem ser traçadas de imediato. Conseqüência: O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer.

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10.2. TIPOS DE CHEFES

Chefe Sorvete – Aquele que quando vê o gerente derrete-se todo. Chefe Doril – Aquele que quando pinta um problema, some. Chefe Caranguejo – Aquele que faz o serviço andar para trás. Chefe Ortopedista – Aquele que não sai do seu pé. Chefe Papai Noel – Aquele que só sabe encher o saco. Chefe Disco Quebrado – Aquele que não se toca. Chefe Disco Velho – Aquele que só chia. Chefe Marmita – Aquele que só leva comida. Chefe Tintureiro – Aquele que só passa o serviço. Chefe Abelha – Aquele que faz cera o tempo todo e só levanta para te ferrar. Chefe Morcego – aquele que só pinta na seção no fim do expediente. Chefe Touro Sentado – Aquele que não tira o bumbum da cadeira. Meu chefe - Um cara gente boa ;-)

11. STRESS NO TRABALHO

A psicopatologia do trabalho é aquela em que se preocupa com a saúde do

trabalhador no qual traz muito sofrimento.

As guerras, desastres, torturas, encarceramento, perda ou iminência de

familiares representam ameaça de dano ao organismo. Esses fatores contêm um potencial

forte para esgotar e falhar os mecanismos defensivos das pessoas.

O stress para se desenvolver depende da pessoa, do ambiente e da

circunstância ou de determinada combinação entre eles.

O stress relacionado ao trabalho é definido como aquelas situações em que a

pessoa percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador. Na organização pode ser

identificado na pessoa, no grupo e na organização. Quando um dos três não combina

ocorre o stress. Contribuem para formar o estresse no trabalho o clima organizacional, a

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função desempenhada, as relações pessoais, o tipo de trabalho realizado e a falta ou

excesso do mesmo.

Quando o gerente vê que o funcionário tem apresentado sinais de stress deve

ajudá-lo a conviver com as pressões para que se torne ou continue eficiente.

As pressões que os gerentes dão aos funcionários precisam ser construtivas. É

preciso que ajam num nível de pressão apropriado de modo que ele não fique tenso. Um

dos fatores que determinam as doenças é o desgaste a que as pessoas são submetidas

nos ambientes e nas relações com o trabalho.

Conforme a maneira das pessoas serem preparadas para receber uma notícia dolorosa ou

viver uma situação aversiva no trabalho, suas respostas ao stress são menos intensas. Já

quando não são preparadas, a situação estressante tende a ser mais intensa. Os gerentes

devem se preocupar quando os problemas, reações e sentimentos dos funcionários estão

afetando o desempenho. Pois, dessa forma se torna um problema na organização.

Para Bom Sucesso (2010) o maior desafio é viver com qualidade em um mundo

de alto desenvolvimento tecnológico e baixo desenvolvimento humano. Isso porque há

dificuldade de conciliar trabalho e vida pessoal.

Nas organizações várias pressões contribuem para o aparecimento da lesão

por esforço repetitivo. Entre eles os procedimentos rígidos de trabalho com pouca

autonomia do trabalhador no desenvolvimento de tarefas; posturas rígidas; ritmos

acelerados de trabalho, muitas vezes impostos pelas máquinas, exigindo esforços

exagerados; pressão do tempo; tensão entre as chefias e os subordinados; pressão para

manter a produtividade; excesso de trabalho inadequado (muito frio, muito calor, ruídos

excessivos, pouca luz, pouco espaço, etc); monotonia e fragmentação do trabalho (cada

trabalhador faz apenas uma pequena parte, sem ter a visão do conjunto do processo

produtivo); ausência de pautas em tarefas que exigem descansos periódicos, já definidos

em normas ou leis.

O trabalho, hoje, se tornou algo alienante pela falta de poder, insatisfação,

frustração. Os trabalhadores vivem num mundo insensível e hostil às suas pretensões e

necessidades.

As organizações com características alienantes possuem trabalho coercitivo;

pouca criatividade; sem controle sobre ritmo,intensidade e duração; tarefas aborrecidas;

relações pessoais fragmentadas e competitivas.

Ao surgirem as queixas psicossomáticas, ocorrem a queda de produção,

despesas médicas e administrativas sem retorno, clima interpessoal negativo, indicação de

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problema pessoal e diagnóstico de problemas.

Apesar do trabalho ser considerado algo bom para o ser humano, causa

problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação. Na dinâmica da cultura

organizacional relacionada à saúde-doença estão os valores, histórias, mitos, normas,

sanções e vínculos.

As manifestações de stress e queixas psicossomáticas ocorrem nos momentos

de maior tensão, como cortes, mudanças de chefias, novas tecnologias e formas de

trabalhar.

12. MOTIVAÇÃO

Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as

ações de um organismo. A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento

durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma,

quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa

de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é

capaz de fazê-lo.

Motivação é quando se tem um motivo para agir. Ter motivação significa ter um

desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para

atingir uma meta.

A motivação é um elemento essencial para uma aprendizagem eficiente. Um aluno

motivado sempre aprende melhor — mesmo quando o material didático ou as aulas forem

mal-estruturados.

12.1. COMO ADQUIRIR MOTIVAÇÃO?

Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu

objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido — faz com

que você se torne mais confiante. Por exemplo, se o seu objetivo é passar no vestibular,

imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como

se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados.

Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os

mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e

animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que todos se mantenham

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ativos e estudando de forma eficiente.

0 O comportamento humano não depende somente do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o "espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico".

12.2. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

Pode-se definir como necessidade a força consciente ou inconsciente que leva um indivíduo a determinado comportamento. Essas necessidades motivam o comportamento humano, dando-lhe direção e conteúdo. Ao longo de sua vida, o indivíduo evolui por três níveis de motivação: à medida que vai crescendo e amadurecendo, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais elevados. Os três níveis de motivação correspondem às

necessidades fisiológicas ou vegetativas - São as necessidades vitais do ser humano. São inatas e instintivas. As principais necessidades vegetativas são as de alimentação, sono, exercício físico, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de segurança física contra os perigos;

necessidades psicológicas - São exclusivas do ser humano. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. Raramente são satisfeitas em sua plenitude. Podemos citar: necessidade de segurança íntima, necessidade de participação, necessidade de autoconfiança, necessidade de afeição;

necessidades de auto-realização e de expressão criativa - São produtos da educação e da cultura. Também são raramente satisfeitas em sua plenitude.

Segunda a teoria, as necessidades de nível mais baixo do indivíduo precisam estar satisfeitas antes que ele pudesse se interessar pelas de nível superior. Estudos feitos não sustentam claramente a questão da progressão nos níveis hierárquicos, porém a sua grande contribuição é o reconhecimento e a identificação das necessidades individuais com o propósito de motivar o comportamento.

12.3. CICLO MOTIVACIONAL

Todo o comportamento do indivíduo é motivado. O ciclo motivacional pode ser explicado através de seis variáveis. O corpo humano permanece em estado de equilíbrio até que um estímulo o invada, surgindo assim uma necessidade. Essa necessidade gera uma tensão no indivíduo a qual conduz para um comportamento ou ação que provoque a satisfação daquela necessidade. Se a necessidade é satisfeita, o indivíduo retorna ao equilíbrio psicológico.

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13. COMUNICAÇÃO

"Com o desenrolar das conseqüências das Experiências de Hawthorne e das experiências sobre a liderança, os pesquisadores passaram a concentrar sua atenção nas oportunidades de ouvir e aprender em reuniões de grupo e notar problemas das comunicações entre os grupos nas empresas." Passou-se a identificar a necessidade de se elevar a competência dos administradores através do trato interpessoal, no sentido de adquirirem condições de enfrentar com eficiência os complexos problemas de comunicação, bem como de adquirirem confiança e franqueza no seu relacionamento humano. (Chiavenato)

Neste sentido a Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sensível sobre a Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações. E atribui ênfase à comunicação como fenômeno social.

13.1. COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO-VERBAL

A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.

LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);

LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.

A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.

a) expressão facial;

b) movimento dos olhos;

c) movimentos da cabeça;

d) postura e movimentos do corpo;

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e) comportamentos não-verbais da voz;

f) a aparência.

13.1.1. ESQUEMA DA COMUNICAÇÃO

Contexto

Emissor Mensagem Receptor

Contacto

Código

Para se estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de elementos constituídos por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida e descodificada pelo receptor, por isso e9 necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código (conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efetivo contacto através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou fatores falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo o fenômeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua perfeita recepção ou descodificação por parte do receptor.

13.1.2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos;

- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;

- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.

Conclusão: na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

14. DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 14.1. “ A TEORIA DE FREUD” Freud descreveu a sequência típica das manifestações do impulso sexual em cinco fases:

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- Fase oral (de 0 a 18 meses) Durante o primeiro ano e meio de vida, os lábios, a boca e a língua são os principais órgãos de prazer e satisfação da criança: seus desejos e satisfações são orais. Se as necessidades forem satisfeitas, a pessoa crescerá de maneira saudável, se não forem, seu ego será imperfeito. Alguns psicanalistas atribuem o alcoolismo, a frustrações na fase oral. - Fase anal (de 18 meses a 03 anos) Época em que a criança está sendo ensinada a controlar as fezes e a urina, sua atenção se focaliza no funcionamento anal. Por isso, a região anal torna-se o centro de experiências frustradoras e compensadoras. Os pais aprovam e recompensam a criança. Psicanalistas atribuem, a exagerada preocupação com a limpeza e a meticulosidade(detalhista) a frustrações ocorridas na fase anal. - Fase fálica (de 03 a 07 anos) Por volta do final do terceiro ano de vida, o papel sexual principal começa a ser assumido pelos órgãos genitais e, em regra, é por eles mantido até a vida adulta, o pênis é o principal objeto de interesse para a criança de ambos os sexos. Existe o interesse pelas diferenças anatômicas entre os sexos. A criança deseja ver os genitais das outras. É nessa fase que aparecem o “Complexo de Édipo”. Nesta fase, a criança dirige a sua libido (impulso sexual) para o progenitor do sexo oposto. - Fase de latência (de 07 a 12 anos) Corresponde aos anos da escola. Esta fase é mais calma, os impulsos são impedidos de se manifestar (libido). Esta é uma época de nítida separação entre meninos e meninas e de rivalidade entre os dois grupos. Depois da puberdade (que ocorre aproximadamente dos 12 aos 14 anos para as meninas e dos 14 aos 16 anos para os meninos), começa a fase adulta, que é conhecida como genital. 14.2. “TEORIA DE ERIC ERIKSON” - Primeira idade (de 0 a 1 ½ ano) confiança e desconfiança. A criança vai ter experiências que a levarão a confiar ou não em sua mãe. - Segunda idade (de 01 a 03 anos9 autonomia e vergonha Essa fase vai libertando a criança da mãe, ela sente necessidade de auto direção e deseja fazer sozinha várias coisas. - Terceira idade (de 03 a 06 anos) Iniciativa e culpa Fase do “Complexo de Édipo”. Essa é a idade em que a criança tem necessidade de esclarecimento sexual.

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- Quarta idade (De 06 a 07 anos) Domínio X inferioridade É a fase em que a criança aprende a ler e escrever. Ela desenvolve um sentimento de domínio. O professor deve estimular os sentimentos de competência em relação as atividades escolares e evitar que nela se instale o sentimento de inferioridade. - Quinta idade (de 07 a 18 anos) Identidade e confusão de papéis O adolescente não sabe quem é. Nessa idade, raramente o jovem se identifica com seus pais. Ele tem necessidade de pertencer a um grupo social. Erikson afirma que, para ajudá-los a crescer, necessitamos atribuir-lhes, cada vez mais, independência e responsabilidade. - Sexta idade (de 18 a 30 anos) Intimidade e isolamento Nesta fase ele estará pronto para participar de uma união afetiva duradoura, para manter uma amizade profunda. - Sétima idade (de 30 a 60 anos) Generatividade e estagnação Orientar os mais novos. O adulto precisa sentir-se necessário. Quando isso não ocorre há uma sensação de estagnação. - Oitava idade (dos 60 em diante) Integridade do ego X desesperança Nesta fase, a falta de integração leva ao desespero, o sentimento de que o tempo já é curto. A desesperança e o temor da morte são os opostos.

“No amanhã sempre há uma esperança, Que tudo que já passou, não seja o fim, e sim o começo de uma nova batalha.

Lute sempre, nunca desanimes, pois O BELO NÃO SE FAZ”,

ACONTECE.