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Comissão EditorialCamila Silva

Cyanna Missaglia de FochesattoEstela Carvalho BenevenutoJonathan Fachini da Silva Lidiane Elizabete Friderichs

Priscilla Almaleh

Comissão Científica Jonathan Fachini da Silva

Juliana Camilo Juliana Maria ManfioLetícia Rosa Marques Liane Susan Muller

Lidiane FriderichsMarcelo Silva

Márcia Cristina Furtado EcotenMarcos Jovino Asturian

Mariana Couto Gonçalves Matheus Batalha Bom

Max Roberto Pereira Ribeiro Michele de Leão

Natália Machado MergenPriscila Almalleh

Raul Viana NovascoRodrigo Luis dos Santos

Rodrigo PinnowTatiane Lima

Tuane Ludwig DihlSite http://cehla-unisinos.weebl y.com/

Alba Cristina dos Santos SalatinoAmilcar Jimenes

André do Nascimento CorrêaBruna Gomes Rangel

Camila EberhardtCamila Silva

Carlos Eduardo Martins Torcato Caroline Poletto

Cláudio Marins de Melo CyannaMissaglia de Fochessatto

Daniela Garces de Oliveira Deise Cristina Schell

Dênis Wagner MachadoDiego Garcia Braga

Douglas Souza AngeliEduardo Gomes da Silva Filho

Elisa Fauth da Motta Estela Carvalho Benevenuto

Fabiane Maria RizzardoGabriele Rodrigues de Moura

Helenize Soares Serres

DiagramaçãoForma Diagramação

RealizaçãoCorpo Discente do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do

Vale do Rio dos Sinos

ApoioPrograma de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Instituto Humanitas Unisinos (IHU) Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (BANRISUL)

Museu da História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM)

Ficha Catalográfica

C79 Estudos Históricos Latino-Americanos: conexões Brasil e América Latina. / Organizadores: Camila Silva, Cyanna Missaglia de Fochesatto, Estela Carvalho Benevenuto, Jonathan Fachini da Silva, Lidiane Elizabete Friderichs, Priscilla Almaleh. – Porto Alegre: Forma Diagramação, 2017.

ISBN 978-85-63229-17-5

1. História - América Latina. 2. Relações internacionais. I. Título.

CDU 97/98

Bibliotecário Responsável: Thiago Ribeiro Moreira CRB 10/1610

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Apresentação

A presente obra é fruto do II Colóquio Discente de Es-tudos Históricos Latino-Americanos (CEHLA), edição de 2016, recebeu o subtítulo de Conexões Brasil e América La-tina. A proposta foi discutir temáticas que pensaram de ma-neira sistemática a conexão histórica do Brasil com seus vizi-nhos. Nesse sentido, mais do que eixos de história comparada, o enfoque desse segundo encontro foi pensar historicamente a América Latina de maneira conectada nos seus aspectos políti-cos, sociais e culturais.Para além de um contexto social em co-mum que remete a diversidade étnica das sociedades indígenas e os seus conflitos com os europeus, a escravidão africana e até mesmo as ditaduras militares do século XX, fizeram com que se buscasse valorizar uma cultura própria da América Latina a partir de uma memória que compartilha elementos em comum.

Em consequência, estudos históricos cada vez mais ten-dem a pensar uma história do Brasil conectada a esse amplo contexto latino-americano. O que parece ter alterado uma lógi-ca de recepção quase passiva de modelos sociais vindos da Eu-ropa. Nesse sentido, contribuiu para aflorar um maior sentimen-to de pertencimento a esse espaço e proporcionou a formulação de projetos de sociedade e de expressões voltados à realidade latino-americana.

O II CEHLA foi um evento promovido e organizado pelo Corpo Discente do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). O evento teve por objetivo promover um espaço de encontro para acadêmicos de outras universidades, a fim de fazer circular, dessa forma, o conhecimento e possibilitar um ambiente profícuo de debate entre diferentes perspectivas.

Para que tudo isso fosse possível contamos com o apoio

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daqueles que agora fazemos questão de agradecer. Assim agra-decemos o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História-Unisinos, em especial pelo empenho da coordenadora do PPGH, Profa. Dra. Eliane Fleck pelo o incentivo e recursos disponibilizados.

Agradecemos aos colegas discentes do PPGH-Unisinos que se empenharam na realização desse evento, propondo Simpó-sios Temáticos, Minicursos e na ampla divulgação do evento nas redes sociais.Agradecemos ao Instituto Humanitas (IHU) por toda ajuda e instrução nos quesitos burocráticos, os recursos materiais disponibilizados pelo Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) e o Banco do Estado (Banrisul).

Por fim queremos destacar e agradecer a presença de to-dos participantes, da graduação a pós-graduação, nos Simpó-sios Temáticos, bem como participantes de outras áreas do co-nhecimento (Letras, Educação, Ciências Sociais, Antropologia), o que contempla nosso empenho para a abertura e diálogo nes-se momento com os diversos níveis de formação e interdiscipli-naridade.

É dessa forma que o corpo discente do PPGH/UNISINOS acredita que se constrói o conhecimento histórico: no debate, no diálogo, na divergência e na pluralidade. Os resultados desse momento de construção de conhecimento estão registra-dos aqui nessa valiosa obra Estudos Históricos Latino--Americanos: Conexões Brasil e América Latina.

A todos e a todas, desejamos uma boa leitura!

Organizadores

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SUMÁRIO

Apresentação ......................................................3

Cap. 1 - Arqueologia e cultura material ............ 27

O guarani no Alto Vale do Rio dos Sinos: um panorama da implantação do grupo ...........................................................29Jefferson Aldemir NunesPedro Ignácio Schmitz

(Des) enterrando Porto Alegre: caderno de campo de po(i)ética em veladuras arqueológicas ........................................................45Vanessi Reis

Cap. 2 - Missões Jesuítas da América espanhola .. 65Um panorama econômico das Missões Jesuíticas, século XVII e XVIII .................................................................................... 67Helenize Soares Serres

A mulher indígena da pampa bonaerense: análise da obra “Los indios. Pampas, puelches e patagones” segundo José Sanchez Labrador S.J .............................................................................Thaís Macena de Oliveira

Cap. 3 - História e Memória Iconográfica dos Sete Povos das Missões ................................................ 93

O museu das Missões: da importância do patrimônio cultural e imaterial a beleza do acervo iconográfico ............................... 95Eduardo Gomes da Silva FilhoCláudio Marins de Melo

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As Missões Jesuítico-Guaranis: o Patrimônio Histórico-Cultural e a Integração Regional (1979-1987) ........................................ 107Érico Teixeira de Loyola

O contexto da emancipação político-administrativa e as negociações com o passado reducional em São Miguel das Missões nas décadas de 1970 e 1980 .......................................................123Sandi MumbachAndré Luis Ramos Soares

Cap. 4 - Dimensões e conexões da Nova História Indígena ........................................................... 139

Notas sobre a mobilização indígena no Brasil (1970-2000) ..... 141Amilcar Jimenes

Contato interétnico e transculturação no rapto de hispano-criollos ................................................................................ 153Marcelo Augusto Maciel da Silva

História indígena e o casamento: revisitando a historiografia atual com objetivo de analisar as práticas matrimoniais no aldeamento de Itapecerica (1733-1820)...................................171Marcio Marchioro

Cap. 5 - As práticas de escrita na Companhia de Jesus: novos temas e abordagens de pesquisa ........189

Illustres Varones: cronistas e historiógrafos da Província Jesuítica do Paraguay.........................................................................191Gabriele Rodrigues de Moura

“Llegamos al puerto más cercano”: a fronteira demarcada nos escritos do capelão José Quiroga S.J.* ................................... 209Maico Biehl

[...] Ofrecen un campo muy espacioso a la pluma: o processo de escrita do Segundo Tomo da obra Paraguay Natural Ilustrado de José Sánchez Labrador S. J. ................................................ 227Mariana Alliatti Joaquim

A historiografia jesuítica e suas práticas de escrita: os contatos de Guillermo Furlong SJ com as correntes historiográficas da primeira metade do século XX ...............................................245Mariana Schossler

D o modelo aos modelos: “exempla ad imitandum” e “vidas veneráveis” em António Franco ...........................................261Schaiane Pâmela Bonissoni

Cap. 6 - Registros Escritos da Igreja Católica como fontes de pesquisa: temas e métodos de estudos .....275

Filhos naturais ou filhos ilegítimos? Uma análise do impacto das outras formas de uniões na Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1822) ................................................................................. 277Denize Terezinha Leal Freitas

O religioso e a pena, o rio e a água. O início da construção da fronteira no Vale Amazônico do Padre Cristóbal de Acuña (1639 - 1640)....................................................................................291Maicon Alexandre Timm de Oliveira

O contexto político brasileiro na primeira metade do século xix e o poder local ............................................................................309Michele de Oliveira Casali

Los alcances de la visita pastoral como fuente para analizarlos procesos de territorialización del poder eclesiástico. Córdoba, Argentina 1875-1925 .............................................. 327Milagros Gallardo

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Levantamento de dados dos registros paroquiais de óbito da Freguesia Madre de Deus de Porto Alegre ................................ 351Mirele Alberton

Biografias coletivas através do uso de fontes paroquiais: traficantes de escravos da Colônia do Sacramento - relações para além do Rio da Prata ...........................................................367Stéfani Hollmann

Cap. 7 - Experiências negras em debate: a escravidão nas Américas, nos séculos XVIII e XIX

P opulação descrita na lista nominativa de Caçapava (1830) ... ..........................................................................................387André do Nascimento Corrêa

Liberdade, terras e parentescos no litoral negro do Rio Grande do Sul, no século XIX ................................................................401Claudia Daiane Garcia Molet

Sobre o uso social da cor nos oitocentos: estudos em Palmas/PR .... ..........................................................................................419Maria Claudia de Oliveira Martins

Fontes visuais como afirmação da identidade étnica de um grupo: análise de imagem no documentário Referências Culturais Quilombolas ....................................................... 437Sílvia Regina Teixeira Christóvão

Cap. 8 - Espaços de sociabilidade e associativismo negro no Brasil do pós-abolição .......................... 451

Pretos e pardos: fora! Estudo de caso sobre as expulsões no Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro em 1889 ...................................... 453Afonso Henrique Sant’ Ana Bastos

Negritudes transfronteiriças: a relevância da noção de raça para a escrita da história dos clubes sociais negros ao Sul do Atlântico no pós-abolição.................................................................... 467Fernanda Oliveira da Silva

Identidades e identificações em sociedades recreativas de afrodescendentes em Laguna(1903 – 1950) ............................ 485Júlio César da Rosa

Música e associativismo religioso na trajetória do maestro Pardo Joaquim José de Mendanha ...................................................501Letícia Rosa Marques

Quando duas Marias se encontram... ................................... 513Liane Susan Muller

Cap. 9 - História das E/Imigrações: abordagens, possibilidades e fontes ........................................527

Os caminhos do Vale dos Sinos: ocupação, integração e o princípio do desenvolvimento urbano no século XIX ............................. 529Alex Juarez Müller

Construção retórica do modelo ideal de jesuíta: vidas exemplares e antijesuitismo pombalino ................................................... 547Ana Carolina Lauer de Almeida

Um olhar sobre a representação do imigrante europeu nas telas de Pedro Weingärtner e José Lutzenberger ................................ 559Cyanna Missaglia de Fochesatto

Sociedade de Leitura Faulhaber: uma leitura dos primeiros estatutos da instituição ......................................................573Denise Verbes SchmittMarta Rosa BorinMaria Medianeira Padoin

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Legionários Brummer, imigrantes alemães e seus descendentes na Guerra do Paraguai: contribuição militar, memória, e afirmação da cidadania brasileira ........................................................587Eduardo Henrique de Souza

Imigrantes, anarquistas e condenados ................................... 605Eduardo da Silva Soares

Glaucia Vieira Ramos Konrad

Trajetória do professor Mathias Schütz em “bom jardim”/rs na segunda metade do século XIX ...............................................621Eloisa Aparecida Pereira Dolija

Gisele Carine Souza

José Edimar de Souza

Relatos de italianos sobre a cidade de Pelotas: possibilidades para novos estudos sobre a imigraçao italiana ..............................635Fabiano Neis

(Des)territorialização camponesa e hidroelétricas no leste de Antioquia Colômbia ............................................................ 651José Anibal Quintero Hernández

Claudia Patrícia Zuluaga Salazar

Centenário da imigração e colonização italiana em Silveira Martins (1975-1977) ..............................................................667Juliana Maria Manfio

Fascismo internacional e na serra gaúcha: das intenções do partido nacional fascista as perspectivas do jornal Ilcorriere D’italianos anos 1920 ..............................................................................679Lino Alan Ribeiro da Luz Dal Prá

Crime e etnicidade no Rio Grande do Sul: o caso da família Massuda em Ijuhy (1891-1914) .............................................. 695RhuanTarginoZaleski Trindade

Paulo Sérgio de Souza de Azevedo

A sociedade dos amigos de Alberto Torres e a campanha contra a imigração japonesa para o Brasil ......................................... 713Rodrigo Luis dos Santos

Desenho e fotografia: as produções de Philippi e Valck sobre as paisagens chilenas .............................................................. 725Samanta Ritter

Marcos Antônio Witt

Respeito e a difamação: o trabalho das parteiras e o conflito com os médicos nas regiões de colonização italiana do Rio Grande do Sul ..........................................................................................735Suelen Flores Machado

Diante do olhar popular um “santo”: a trajetória de padre Reinaldo Wiest ................................................................... 747Ticiane Pinto Garcia Barbosa

A trajetória das práticas lúdicas como instrumentos de unificação das comunidades japoneses .................................................... 761Tomoko Kimura Gaudioso

André Luis Ramos Soares

Imigração, progresso e civilidade: a construção das ideias políticas do Visconde de Abrantes na obra “Memória sobre os meios de promover a colonisação” (1846) ...........................................................777

Welington Augusto Blume

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Cap. 10 - Cidadãos da América Latina: conquistas, desafios e trajetórias ......................................... 793

Cidadanias divergentes, soberanias sobrepostas: pecuaristas brasileiros no Estado Oriental do Uruguai em meados do Século XIX ......................................................................................795Carla Menegat

Liberdade e emancipação: conceitos fundamentais no processo de descolonialidade ...................................................................811Carolina RamosLilian Reis

Lei Saraiva de 1881 – um retrocesso para a cidadania dos brasileiros ........................................................................... 825Michele de Leão

Cor e cidadania no jornal A Federação: fragmentos biográficos de abolicionistas negros .............................................................837Tuane Ludwig Dihl

Cap. 11 - Os lugares de memória latino-americanos como objetos de investigação ............................. 857Arquivo como objeto: o estudo do processo de constituição de um acervo privado (Coleção Varela – AHRS) ............................859Camila Silva

O discurso do centro de preservação da história ferroviária do RS na década de 1980 .......................................................................873Cinara Isolde Koch Lewinski

Pedro de Angelis, archivero de Rosas ......................................889Deise Cristina Schell

O museu como lugar de memória e identidade: a musealidade no museu Gruppelli, Pelotas/RS ...............................................907José Paulo Siefert BrahmDiego Lemos Ribeiro

Diálogos entre patrimônio e história: a imigração italiana na Quarta Colônia .................................................................. 925Ricardo Kemmerich

A instrumentalização das memórias da imigração nas comemorações do biênio da colonização e imigração .............. 943Tatiane de Lima

Cap. 12 - Estereótipo, imaginário e representação: a construção do outro através da imprensa, literatura e imagens ........................................959

O gaúcho brasileiro de João Simões Lopes Neto ........................ 961Aline Carvalho Porto

Entre imagens, discursos e representações: o lugar da África na imprensa brasileira (1950-2009) ............................................979Ana Júlia Pacheco

Torres: representações imagéticas (1930-1980) .........................993Camila Eberhardt

!No pasarán!: Representações do fascismo pela imprensa libertária no contexto da Guerra Civil Espanhola ............................... 1007Caroline Poletto

O movimento religioso dos Monges Barbudos na imprensa: a construção do outro como ameaça política ........................... 1025Fabian Filatow

Horror em quadrinhos: a representação do Holocausto em Maus ... .........................................................................................1039Felipe Radünz Krüger

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A imagem da mulher na imprensa carioca e santiaguina, 1889-1930: possibilidades para uma análise histórica .................... 1049Jury Antonio Dall’ Agnol

As representações sobre os moradores da favela na grande imprensa carioca durante o segundo governo Vargas (1951-1954) ...........1063Letícia Sabina Wermeier Krilo

Álbum de Pelotas: as (in)visibilidades do mundo urbano sob a ótica da modernidade ........................................................... 1081Mariana Couto Gonçalves

Vistas do outro: a representação da mulher e do homem em retratos ............................................................................... 1095Marielen Baldissera

Subjetividade e literatura: uma leitura da (des)construção da cultura indígenano período colonial .....................................1113Marina da RochaLuise Toledo Kern

Para além da fronteira: representações e estereótipos da Revolução Mexicana no cinema dos EUA ..............................................1125Rafael Hansen Quinsani

Entre fotografias, charges e humor: a política nas páginas da revista ilustrada Kodak (Porto Alegre/RS, Primeira República) ......................................................................... 1141Rodrigo Dal Forno

“Eu” e “outro”: uma leitura de O Reino de Gonçalo M. Tavares ... ......................................................................................... 1159Sandra Beatriz Salenave de Brito

Cap. 13 - Mulheres e suas Representações na América Latina .............................................1177

Militância, espaço feminino e imprensa alternativa no Brasil dos setenta .......................................................................... 1179Adriana Picheco Rolim* ...................................................................................................... 1179

As mulheres e as práticas de cura e cuidado .......................... 1197Eduarda Borges da Silva* ................................................................................................. 1197

A inclusão feminina no Café Aquários: uma análise interseccional de gênero em um espaço marcado historicamente pela sociabilidade masculina .............................................. 1211Juliana Lima Castro

Helena Greco e o movimento feminino pela anistia: gênero e resistência na ditadura brasileira ..................................... 1229Kelly Cristina Teixeira

Estavam a escrever as brasileiras? Breve análise de galerias oitocentistas de história literária brasileira sobre a representação da participação feminina .................................................. 1241Luiane Soares Motta

Trajetórias de mulheres latino-americanas invisibilizadas e suas contribuições na construção de um pensamento descolonial: Salomé Ureña, María Luisa Dolz e Rosa Maria Egipcíaca .. 1257Paloma de Freitas Daudt

Leonardo Camargo Lodi

Classe, gênero e raça no cotidiano da Santa Casa de Misericórdia De Porto Alegre (1889 - 1895) ............................................... 1273Priscilla Almaleh

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De Amélia para Amélia: representações de feminilidades nas correspondências enviadas da baronesa Amélia para sua filha Amélia entre os anos de 1885 e 1917 em Pelotas ...................... 1285Talita Gonçalves Medeiros

Cap. 14 - Estado, partidos, eleições e sistemas políticos: novos olhares sobre temas tradicionais da História Política ............................................. 1301

A política amazonense e um possível “prototrabalhismo” na década de 1930 ......................................................................1303Amaury Oliveira Pio Júnior

O jornal Correio do Povo e o projeto de Reconstrução Nacional Pós-Golpe: as forças armadas e seu “destino manifesto”................ 1319Camila de Almeida Silva

Origens do pensamento ordoliberal: uma pequena leitura do projeto alemão de recuperação econômica .......................................1337Caroline Rippe de Mello Klein

A trajetória da Aliança Renovadora Nacional (Arena) em Alegrete (1966-1979) .............................................................1353Diego Garcia Braga

Alberto Pasqualini em campanha eleitoral: trabalhismo e mobilização (1946-1954) ..................................................... 1371Douglas Souza Angeli

Os reflexos da atividade política de Leonel Brizola entre os militantes do PTB em Dom Pedrito-RS ................................1389Felipe Vargas da Fonseca

“Novo poder, novas ideias”: A identidade de uma elite ascendente (1947-1964) ........................................................................ 1405Gabriela Tosta Goulart

“Não poupe adversários: castigue nas pessoas e bens, respeitando a família”: a perseguição política a Karl Von Koseritz, Frederico Hansel E João Nunes Da Silva Tavares no alvorecer da República, 1890 a 1893. ......................................................................... 1421Gustavo Figueira AndradeCarlos PiassiniMaria Medianeira Padoin

O conceito de “populismo” na historiografia brasiliera .......... 1439Marcos Jovino Asturian

Para eleger Brizola e Mondin: a aliança entre PTB e PRP nas eleições de 1958 no Rio Grande do Sul ................................... 1455Samuel da Silva Alves

O IBAD na política brasileira: imprensa e ideologia durante a década de 1960 ......................................................................1471Thaís Fleck Olegário

As comemorações de 1º de maio pelo Partido Comunista do Brasil em Rio Grande (década de 1950): A festa no espaço da política ..... ........................................................................................ 1483Tiago de Moraes Kieffer

Cap. 15 - Autoritarismos, movimentos civis e revolucionários na América Latina ............... 1495

O corporativismo e as associações étnicas: tecendo comparações entre o Rio Grande do Sul e a província de Buenos Aires (1900-1920) ................................................................................. 1497Alba Cristina Couto dos Santos Salatino

O governo de Salvador Allende e da Unidade Popular: a especificidade do processo chileno ........................................... 1513Amanda Barbosa Maracajá de Morais

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Resistência camponesa e hidrelétrica calderas no oriente de Antioquia, Colômbia. ........................................................ 1527Claudia Patrícia Zuluaga SalazarJose Anibal Quintero Hernandez

O exílio brasileiro (1964-1979): apontamentos sobre possibilidades e limites de investigação ...................................................... 1543Débora Strieder Kreuz

A Política de Segurança Nacional e o Conceito Estratégico Nacional em reformulação na ditadura civil-militar (1969-1974) .................................................................................. 1559Diego Oliveira de Souza

“Verdadeira demonstração agressiva de força”: análise das ações da classe padeiral porto-alegrense no ano de 1913 ................... 1575Dionathan Dias Kirst

Apontamentos sobre os processos de redemocratização no Brasil e na Argentina .....................................................................1589Lidiane Elizabete Friderichs

Operação limpeza: a perseguição aos grupos de onze companheiros no Rio Grande do Sul ........................................................... 1599Marli de Almeida

A greve do 1/3 no Rio Grande do Sul ...................................... 1615Mateus da Fonseca Capssa Lima

CIA e ITT: o plano dos 18 pontos e a implantação do caos ....... 1631Renata dos Santos de Mattos

Conexões entre a gênese da política de boa vizinhança e a elite intelectual latino-americana no século XX ........................ 1647Rodrigo Pinnow

Alguns apontamentos sobre o livro Batismo de Sangue, de Frei Betto .................................................................................. 1661Vinícius Viana Juchem

Cap. 16 - Polícia, Criminalidade e Violência na história recente da América Latina ................ 1677

A repressão às drogas em Porto Alegre no final dos anos de 1920 ... .........................................................................................1679Carlos Eduardo Martins Torcato

A Polícia Política do Brasil no período autoritário de Vargas: vigilância e controle dos comunistas na fronteira sul do país 1691Estela Carvalho Benevenuto

Forças armadas e a brigada militar – uma análise sobre a relação de dominância na ditadura civil-militar de 1964: repressão e resistência...........................................................................1709Kelvin Emmanuel Pereira da Silva

“Proponho-vos, também, a construção, na casa de correção, de um pavilhão para isolamento de tuberculosos.”- as medidas de saneamento e a condição de saúde dos presos na casa de correção em Porto Alegre-RS entre os anos de 1910 a 1917 ............................1721Lisiane Ribas Cruz

Cap. 17 - História da Educação e Políticas Educacionais no Brasil e na América Latina .. 1737

Do projeto a repercussão: Manoel Bomfim e a educação brasileira durante a primeira metade da República Velha ..................1739Dênis Wagner Machado

Tecendo história a partir da escola técnica comercial do colégio Farroupilha - POA/RS (1950-1972): análise das mudanças causadas no ensino comercial brasileiro(Decreto nº 5.692/1971) ... .........................................................................................1757Eduardo Cristiano Hass da Silva

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O percurso histórico educacional de Novo Hamburgo e o sucesso atribuído à educação municipal pelo Banco Mundial .........1775Ester Rosa RibeiroAngela Caroline Weber

O livro didático e o PNLD: um estudo de caso no ensino de inglês ... .........................................................................................1787Gabrielle de Souza Alves

Caminhos para a (re)valorização do pensamento latino-americano na educação contemporânea ..............................1805Jonas Hendler da PazMaria Julieta Abba

Educação tecnicista em Santa Catarina (1969-1983): uma análise dos planos de governo e dos planos estaduais de educação .. ........................................................................................ 1821Liara Darabas Ronçani

Anísio Teixeira (1900-1971): considerações sobre rendimento escolar e qualidade da educação brasileira ......................................1839Márcia Cristina Furtado Ecoten

Ensino médio integrado à educação profissional e tecnológica: desafios da EJA ...................................................................1855Paula Rochele Silveira BecherRoselene Moreira Gomes Pommer

Cap. 18 - Primeiros estudos: iniciação a pesquisa em História .......................................................... 1869

Iconografias de guerra: conflito com o Paraguai a partir da pintura histórica ................................................................ 1871Guilherme Vierte

A insibilidadade do negro na Guerra dos Farrapos: a Batalha de Porongos, uma análise historiográfica comparativa entre os anos de 1997-2011 ..........................................................................1885Ricardo Figueiró Cruz

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Capítulo 09 - História das E/Imigrações: abordagens, possibilidades e fontes

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A trajetória das práticas lúdicas como instrumentos de unificação das

comunidades japoneses

Tomoko Kimura Gaudioso*

André Luis Ramos Soares**

Introdução

A imigração japonesa no Brasil iniciou-se a partir da ne-cessidade de introduzir a mão de obra barata na produção de café, principalmente na região de São Paulo, ainda no início do século XX. Esses imigrantes, na sua maioria oriunda de família pobre em busca de dinheiro e com intuito de retornar ao Japão assim que enriquecesse (HANDA, 1970, pp. 386-413). Preocu-pavam-se em juntar riquezas o mais rápido possível e para isso empenhavam-se no trabalho quase escravo, mas não tinham intuito de se radicar-se no Brasil nem buscava comprar imóveis e desenvolver seu negócio próprio. Alguns desses imigrantes, depois de passar dificuldades na zona rural, acabavam se mi-grando para cidades, dedicando-se ao comércio.

No caso do Rio Grande do Sul, os dois primeiros japone-ses chegaram no ano de 1920 e 1921 da região de São Paulo e se casaram com as gaúchas e acabaram se radicando na terra gaúcha. Depois disso, vieram algumas famílias de imigrante das outras regiões do Brasil sem que fossem foram significativas. No que se sabe, houve tentativa de colonização na Horizontina,

* Mestre em Direitos Especiais, coordenadora do Memorial da Imigração e Cultura Japonesa da UFRGS, doutoranda em História pelo Programa de Pós--Graduação em História da UFSM.** Doutor em Arqueologia, coordenador do Núcleo de Estudos de Património e Memória da UFSM.

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Capítulo 09 - História das E/Imigrações: abordagens, possibilidades e fontes

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antigo distrito do município de Santa Rosa, localizada a 524 km a noroeste do capital Porto Alegre, emancipado em 1954. Essa colônia, chamada Colônia de Santa Rosa, foi planejada em 1936 pela Kaigai Kogyo Kabushiki Gaisha (Overseas Develop-ment Company Limited) para diluir a colonização japonesa que se concentrava em São Paulo para sul do país e assentar os ja-poneses em novo espaço.

Cabe relembrar aqui que, o Ministro da Fazenda daquela época, Kazue Shoda, em 1918, proferiu discurso afirmando que a empresa mencionada acima, mais conhecida como empresa Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha, cuja sigla é KKKK,em diversas literaturas que trata da colonização japonesa, foi instituída com objetivo de ampliar o desenvolvimento além mar do império japonês e que, para concretização desse intuito, não bastava enviar as pessoas mas também o recurso financeiro necessário (SHODA, 1918)1.

Segundo Ogasawara (2004, p. 232), a empresa por parte brasileira que foi contratado foi Dahne Conceição & Cia, sendo o presidente da época o engenheiro Ildo Meneghetti. O assen-tamento das famílias japonesas iniciou neste mesmo ano, mas com a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, por loteamentos estarem localizados às margens do rio Uruguai, zona de segurança nacional, logo esses imigrantes se dispersa-ram para outras localidades do país, alguns para o Mato Grosso, outros para interior do Paraná e Rio Grande do Sul, descaracte-rizando a colônia por completo.

Coincidentemente ou não, quando a imigração japonesa ao RS foi retomada depois da guerra, com o reinício de relação diplomática entre dois países em 1952, foi eleito governador do estado gaúcho o Sr. Ildo Meneghetti, mais precisamente após 1956. Este esforço de introdução da etnia japonesa ao RS per-durou de forma programada e sistemática até 1963, caracteri-

1 National Diet Library, 2009.

zando a segunda leva imigratória onde as pessoas visavam bus-car novas terras e aí permanecer como segunda pátria. Depois desta leva, a imigração tornou-se mais espontânea, com maior ingresso de técnicos que atuariam nas áreas produtivas secun-dária e terciária.

Findo o acordo para introdução sistemática dos japoneses ao Brasil, a empresa de recrutamento e incentivo à imigração também perderam, a primeira vista, suas razões de existir. Os imigrantes passaram a receber apoio através de outros órgãos governamentais, direta ou indiretamente do Japão, tais como JAMIC, o que possibilitou a permanência desses em solo brasi-leiro, inclusive no Rio Grande do Sul. Em relação a manutenção da prática cultural japonesa como identidade nacional, cons-ciente ou não, a comunidade japonesa realiza várias atividades anuais, preservando determinadas nomenclaturas e algumas datas comemorativas.

Metodologias utilizadas: a de pesquisa oral e da escrita

A utilização da metodologia da história oral se deve ao fato de haver poucos dados escritos relativos ao assunto. Tendo em vista a cultura diferenciada a do ocidente e com cultura organi-zacional endemicista da etnia japonesa, a utilização de fontes orais, “permitirá articular as experiências daquele que, a partir de uma perspectiva histórica, estão desarticulados” (GARRIDO, 1993, p. 36), pois a documentação em forma de escrita nem sempre é completa ou contêm informações que possa satisfazer a pesquisa historiográfica almejada.

É importante precisar que o uso das fontes orais permite não apenas incorporar indivíduos ou coletividades até ago-ra marginalizados ou pouco representados nos documentos arquivísticos mas também facilita o estude atos e situ-ações que a racionalidade do momento histórico completo impede que apareçam nos documentos escritos (GARRIDO, 1993, p. 36)

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Acrescido a isso, mesmo os documentos escritos e que tra-te do mesmo assunto como ata de uma reunião, é possível que os conteúdos dos mesmos não sejam idênticos pois em língua portuguesa as palavras devem necessariamente preencher re-quisitos do Código Civil Brasileiro e que nem sempre favorece a decisão do grupo enquanto detentora da cultura japonesa.

Isto não significa que deve ignorar a metodologia de aná-lise documental pois, como esclarece Cellard, o documento es-crito é insubstituível a qualquer outra fonte de informações dos acontecimentos históricos.

Ele é, evidentemente, insubstituível em qualquer reconsti-tuição referente a um passado relativamente distante, pois não é raro que ele represente a quase totalidade dos ves-tígios da atividade humana em determinadas épocas. Além disso, muito freqüentemente, ele permanece como o único testemunho de atividades particulares ocorridas num pas-sado recente (CELLARD, 2008, p. 295).

Portanto, o documento também é um instrumento impor-tante para compreender os fatos e atos histórico-culturais. Con-siderando peculiaridade da comunidade japonesa, o cruzamento de informações obtidos através a aplicação de duas metodolo-gias aumenta a credibilidade nos resultados obtidos.

Sistema organizacional do povo japonês: jichi-tai

O povo japonês, desde seus primórdios, tem se organiza-do em sociedade prezando o seu pertencimento àquele grupo social do qual se sentia representada. Essas organizações lo-cais, chamados de jichi-tai, são formados regionalmente, po-dendo ser de caráter comercial, como cooperativas, associações de produtores, associação de determinado grupo social que se forma por interesse comum ou organização de caráter público como vilarejo ou até cidade. Esse comportamento organizacio-

nal perdurou entre os imigrantes japoneses, do qual garantiria seu vínculo enquanto grupo e etnia japonesa, de tal forma que, como cordão umbilical do recém-nascido,porém contínuo à sua mãe, esses imigrantes e seus descendentes mantêm forte con-tato com o Japão.

No Brasil observa-se vários grupos e associações e fede-rações tais como associações locais de imigrantes e seus des-cendentes chamados nihonjin-kai, as das províncias chamados Kenjin-kai, associações por interesse do grupo com forte identi-dade cultural japonesa como as de dança, arranjo de flores, de karaokê, jogos esportivos típicos entre outros.

Em se tratando de associações de províncias, os kenjin--kai, há no Brasil 47 associações, correspondentes aos estados geopoliticamente divididos de seguinte forma: o Capital Tóquio, um estado com categoria de dô, dois estados com categoria de fu e mais 43 províncias, os ken, totalizando assim 47 associa-ções e que, no Brasil, todos são identificados como província. Pode se citar por exemplo, os imigrantes da região da província de Kumamoto. Os associados residentes no Rio Grande do Sul realizam seus encontros anualmente na Associação de Assistên-cia Nipo e Brasileira do Sul, em Porto Alegre e, nesse dia, eles se confraternizam, trazendo de suas casas as comidas típicas da região e compartilham-no com os compatriotas, trocam recei-tas, falam em dialeto local e apresentam filhos, noras, genros e netos que se inserem ao grupo e assim reconhecido como membro da associação.

A identidade dos indivíduos enquanto pertencentes a um determinado espaço de convivência é o que mantém identida-de cultural pois como afirma Michel de Certeau, “um lugar é a ordem segundo a qual se distribuem elementos nas relações de coexistência”. Da mesma forma, a associação serve como o lu-gar de encontro para o exercício de se sociabilizar e de se iden-tificarem suas semelhanças, tornando esses lugares simbólicos (CERTEAU, 1994, p. 201).

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Ainda mais, este espaço, oferecendo o local para a sociabi-lização, ao mesmo tempo, garante a preservação da cultura de origem para os que estão para vir, a nova geração de descen-dentes japoneses que estão por vir, pois

(...) um grupo, sabe-se, não pode exprimir o que tem dian-te de si – o que ainda falta – senão por uma redistribuição do seu passado. Também a história é sempre ambivalente: o lugar que ela destina ao passado é igualmente um modo de dar lugar a um futuro (CERTEAU,1982, p.93).

Formando grupo social com identidade nipônica, na sua construção simbólica, tanto como intenção de demarcar “ter-ritorialidade” mesmo fora de país de origem ou mesmo sem intenção aparente, faz de cada sujeito protagonista inserido de signos compartilhados como pertencente a seu país de origem.

O vínculo com o Japão, além da relação de parentesco ou sentimento compatriota que cada um dos associados possui, cada província mantém programa de incentivo aos estudos no Japão, oferecendo bolsa de estudos aos descendentes. Durante a estada na província correspondente, o bolsista, além de seu estudo específico, é convidado a participar nos eventos e festi-vidades para conhecer e integrar-se com os moradores locais. O Rio Grande do Sul possui imigrantes e descendentes oriundas de várias regiões do Japão possibilitando a identificar diversida-de cultural de cada uma dessas regiões como comidas típicas regionais, algumas danças e músicas assim como diversidade linguística como uso de dialetos diversos, reforçando o vínculo do sujeito com a terra natal do antepassado como se ainda per-tencesse a ela.

Além disso, esse modelo de associação por identidade ge-ográfica possibilitou a criar dentro do próprio Rio Grande do Sul as associações por microrregião dentro do próprio estado, tendo como referência a concentração de imigrantes em cada região,

desta vev os identificados conforme a etnia de origem, ou seja, por terem Japão como o país de origem. Atualmente, conforme informação da Associação de Assistência Nipo e Brasileira do Sul2, há no estado dezessete associações, chamados nihonjin--kai. Os que tem maior número de associados no momento são o Gravataí-nihonjin-kai e Ivoti-nihonjin-kai. A Associação dos japoneses de Porto Alegre está representada por Associação de Assistência Nipo e Brasileira do Sul que, segundo discurso do presidente da Associação, Milton Hiwatashi, da segunda gera-ção de imigrantes e dos próprios associados, a associação sem-pre manteve esse caráter de ser representativo dos japoneses porto-alegrenses e, por esse motivo, não haveria necessidade de criar uma nova associação com ônus de assumir tarefas me-ramente burocráticos.

Essas associações possuem presidente e a diretoria e são eleitos anualmente para planejar e executar eventos anuais além de representar a comunidade japonesa local e ser a porta--voz da mesma diante das autoridades ou comunidade externa a esta. Quando o evento a nível estadual ou nacional se realiza, a associação local fica responsabilizada de organizar excursões para participarem nesses eventos.

As atividades lúdicas dos imigrantes

As atividades lúdicas que os imigrantes japoneses realizam enquanto grupo pode ser divididos conforme suas característi-cas específicas. Essas atividades foram ou são reproduzidas em associações, em menor ou maior grau, conforme número de

2 A Associação de Assistência Nipo e Brasileira do Sul foi a primeira associação fundada pelos japoneses no Rio Grande do Sul no intuito de auxiliar os imi-grantes que vinham ao RS, proporcionando-lhes assistência médica, odonto-lógica e outros auxílios como oferecimento de casa de estudantes para que os filhos desses imigrantes pudessem estudar no Capital. Outro papel importante da associação era organizar eventos festivos e de lazer para esses imigrantes.

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associados e por condições etárias pois em alguns locais como município de Santa Maria, onde predomina os idosos com mais de 70 anos de idade e com pouca família japonesa, já não se realiza atividades como gincana esportiva e festival de talentos.

Essas atividades podem ser classificadas conforme as ca-racterísticas que cada um apresenta tendo caráter regional, fa-miliar ou individual. Cada uma delas, fortemente vinculados a cultura japonesa, complementam umas às outras, rememora o passado e fortalece o sentimento de pertencimento como japo-neses.

Através dessas atividades exercidas coletivamente é que possibilita a construção da memória coletiva pois não basta a reconstrução individual da memória. Mais do que isso, faz se necessário que

(...) esta reconstrução se opere a partir de dados ou de noções comuns que se encontram tanto no nosso espírito como no dos outros, porque elas passam incessantemente desses para aquele e reciprocamente, o que só é possível se fizeram e continuam a fazer parte de uma mesma so-ciedade. Somente assim podemos compreender que uma lembrança possa ser ao mesmo tempo reconhecida e re-construída. (HALBWACHS, 2004, p. 38-39)

Nesse sentido, ao participar dos eventos sociais como gin-canas esportivas ou artísticas, os imigrantes japoneses acabam por resgatar sua identidade cultural.

O undokai é evento esportivo que ocorre em diversas co-munidades onde as pessoas, individualmente ou em grupo par-ticipam em competições, desde crianças até os idosos. Divididos em categorias, as atividades tais como corrida, corrida de reve-zamento, jogo de come-pão, corrida com saco, corrida em casal e outras atividades ocorrem de forma dinâmica, muitas vezes precedido de uma ginástica acompanhado de música chamado radio-taisou onde todos os presentes participam.

O undokai é realizado no Japão, geralmente no dia 29 de abril, que corresponde a dia do verde atual, o que correspon-de a data de aniversário do imperador Meiji, denominado Ten-chosetsu. Esse dia é feriado nacional no Japão sendo que em escolas públicas e privadas e até em empresas, realizam esse evento esportivo com participação de famílias resultando numa atividade unificadora nacional. Embora essa atividade de cunho nacionalista tenha sido extinguida pela imposição dos Estados Unidos após Segunda Guerra Mundial como atividade comemo-rativa alusivo ao aniversário do Imperador Meiji com forte co-notação de implantação do imperialismo japonês, unificadora do Japão moderno, a atividade sobreviveu no pós-guerra como atividade comemorativa ao Dia do Verde e envolve diversos as-pectos sociais. O undokai, no Rio Grande do Sul é realizado no dia primeiro de maio oferecendo espaço para os imigrantes in-teragirem entre si e com a comunidade apresentando diversos aspectos socialmente relevantes.

Em primeiro lugar, é o espaço onde os indivíduos podem se tornar invisíveis pela dissolução da diversidade e disparidade, principalmente a sua posição econômica e social, tornando-os oneness, isto é, tornarem-se uno. Em segundo lugar, é o espaço de socialização, pois ao participar das atividades, ocorre a so-cialização e compartilhamento de diversidades entre os presen-tes, que pode ser a própria diversidade regional do Japão, tanto por fornecer espaço para compartilhar os alimentos preparados como exercer prática linguística como dialetos.Em terceiro lu-gar, é o espaço para formar identidade japonesa, sobremaneira os que residem no exterior como imigrantes japoneses, identifi-cando-se pertencentes à etnia japonesa, tanto por presença de indivíduos com conformação física quanto por modo de compor-tamento de ser o japonês. Em quarto lugar, ao ser espaço em que as pessoas e grupos participam das competições, é também é um lugar da prática de realização pessoal.

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Conforme Sato, “antes mesmo de desembarcar em ter-ra firme, algumas atividades recreativas eram realizadas pelos imigrantes a bordo do navio” sendo que essa atividade “tor-nou-se um referencial comemorativo para sociabilizar/integrar nipônicos e os descendentes (...), bem como na identificação identitária dos membros com a festa” (SATO, 2011, p.1).

No Rio Grande do Sul, o undokai já era realizada logo que os primeiros imigrantes se instalaram e formaram em grupos. Segundo depoimento de primeiros imigrantes, se fazia undokai na cidade de Santa Maria e na região de grande Porto Alegre no início da década de 1960, ora utilizando espaço público, o cam-po de alguma chácara ou pátio da fábrica, como a de Lanifício Kurashiki, localizado no município de Sapucaia do Sul, perto do capital. Dentre esse evento esportivo se destaca o undokai or-ganizada pela Associação de Assistência Nipo e Brasileira do Sul pois nesse evento participam equipes formados por associações regionais, equipes de nihonjin-kai, o que destaca o papel de undokai como evento socializador e rememorador da identidade dos imigrantes japoneses. O momento mais importante formal é a entrega da Grande Taça ao final do evento, com caráter de reconhecimento regional, tornando visível diante de outros gru-pos que compõe imigração japonesa no estado.

Outro evento lúdico é o festival de talentos chamado engueikai. Esse evento é um festival de talentos em que os participantes mostram diversos talentos artísticos no evento, desde teatro até declamação de poesias. O objetivo desse even-to lúdico é reunir as famílias num espaço comum onde podem conversar, dialogar e trocar informações do cotidiano. É tam-bém o lugar em que os jovens podem mostrar seus talentos e habilidades se conhecerem. Na época em que o casamento ocorria de forma mais endêmica, dentro da própria comunida-de, o engueikai exercia papel importante para acharem os ma-ridos e mulheres. O casamento entre os jovens japoneses e os

brasileiros não eram vistos com bons olhos, tanto pela família como pela comunidade de modo que esses festivais eram con-siderados importantes.

Hoje em dia esse papel do festival está modificando. O aumento de casamentos entre etnias diferentes e de crianças e jovens mestiços, o espaço passou a ser um lugar de convivência dessas famílias que busca o contato com a cultura de origem. Algumas atividades mais tradicionais que compunha o enguei-kai também foi sendo substituído por outros. Atualmente se ob-serva mais a apresentação de canto do que a de peças teatrais. O engueikai da Colônia Japonesa de Ivoti, por exemplo, possui na sua programação diversas apresentação de música, dança e canto, de diversos tipos, mas umas que outras peças de teatro, com participação de professora de língua japonesa, alunos e alguns membros da comunidade local.

Essas atividades artísticas contribuíram e continuam con-tribuindo para construção de identidade nacional japonês pois, como bem lembra Stuart Hall,

(...) as culturas nacionais são compostas não apenas de instituições culturais, mas também de símbolos e repre-sentações. Uma cultura nacional é um discurso – um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nos-sas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos (HALL, 2005, p. 50).

O caráter intermediador e agente de entrelaçamento e for-talecimento do laço familiar permanece através desta atividade lúdica, pois nesse fazer social, as famílias deixam suas tarefas do cotidiano e participam ativa e passivamente e encontram o tempo para ver os parentes, irmãos, sogros e netos, conversam e compartilham as novidades da família. Tornou-se espaço que os netos, já com pouca feição física de um japonês poder viven-ciar de perto a cultura japonesa, comendo a comida que a avó preparou à moda japonesa e trouxe para compartilhar.

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O saber fazer da família também é reconhecido neste es-paço pois, através da banca de comida que se vende algumas iguarias, esta ou aquela família se destaca, ora oferecendo do-ces típicas, conservas ou mesmo pré-ingredientes como tikuwa, kamaboko e konhaku que são usados para preparo de comida final. As pessoas que compram essas comidas sempre trocam informações com outras acerca da peculiaridade dos produtos, geralmente elogiando-os, estendendo indiretamente o elogio à família.

Algumas associações regionais preferem participar somen-te do engueikai organizada pela Associação de Assistência Nipo e Brasileira alegando que já não há condições de organizar tal evento por envelhecimento de seus membros e que os jovens, agora com nova família, moram mais próximos a metrópole ou mesmo por terem se emigrado ao Japão em busca de oportuni-dade profissional quiçá se identificando como próprio japonês.

Outra atividade lúdica bastante apreciada entre membros da comunidade japonesa é o Karaokê. Esta atividade lúdica, tem caráter de demonstrar a habilidade musical do participante. É uma competição de canto, na maioria de canção japonesa ou de canções estrangeiras mas adaptados ou traduzidos para o japonês, acompanhado de fundo musical previamente gravada. Iniciada no início da década de 1970 pelos jovens imigrantes como nodo-jiman, isto é, competição de canto através da exi-bição de talento no canto, com o advento da tecnologia, passou a ser acompanhado de fundo musical e ganhou o nome de ka-raokê, como já ocorria no Japão depois da difusão de aparelhos como toca-fitas e gravadores.

Sua prática vem se reproduzindo como exercício da busca de memória do passado em que ela exerce, ao mesmo tempo, como instrumento de integração local e regional desses imi-grantes pois essas atividades são organizadas localmente e em forma de competições regionais e estaduais.

As datas destas atividades variam conforme a região, principalmente para que seus membros possam competir nos campeonatos estaduais, nacionais e mesmo internacional. Uma característica interessante é a presença de brasileiros na com-petição, cantando músicas representativas do Japão. A identi-dade cultural, nesse caso, é por afinidade com a música japone-sa e, cantando sem sotaque de estrangeirismo, fica impossível distinguir a diferença étnica. Para esses brasileiros, portanto, o karaokê é mera atividade de lazer e não possui caráter de iden-tidade nacional japonês.

Entretanto, mesmo que o karaokê seja uma invenção con-siderado mais recente do que se pensa, ainda assim é uma tra-dição, carregado de simbologia nipônica. Conforme Hobsbawm,

(...) por “tradição inventada” entende-se um conjun-to de práticas, normalmente reguladas por regras, tácita ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através de repetição, o que implica, automaticamente; uma continuidade em relação ao passa-do (HOBSBAWM, 1997, p. 9).

Nesse sentido, o karaokê também é uma prática da identi-dade nacional japonesa, uma continuidade do passado nipônico dos imigrantes que participam.Ainda existem outras formas de lazer como atividade desportiva típicas do Japão como jogos de Gate-ball e Soft-ball além de danças típicas, culinária e outros. Essas atividades são igualmente relevantes na pesquisa para identificar como memória é exercida para lembrar o passado e como isto é rememorado para o presente e contribui para a construção do futuro. Assim, esse assunto será tratado oportu-namente, na continuidade da presente pesquisa.

Considerações Finais

No início da imigração japonesa ao Brasil, nas primeiras

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décadas do século XX, o governo do imperador Meiji traçou a política de expansão além-mar com colonização de países do extremo oriente como Taiwan e a Coréia, traçando inclusive po-lítica desenvolvimentista para América do Sul. Derrotado na Se-gunda Guerra Mundial, o governo japonês retoma o programa de envio de seu povo ao Brasil, com intuito de realocar os japo-neses que retornaram de antigas colônias. Esses imigrantes têm se mostrado bastante organizadas e interligadas entre si atra-vés de atividades lúdicas como engueikai, karaokê e undokai e através dessas atividades rememora o seu passado japonês.

Essas atividades são organizadas por regiões e por uma associação maior, a Associação de Assistência Nipo e Brasileira do Sul, de forma regular e contínua ao longo dos anos, sempre visando a unificação de pessoas que possui origem japonesa. Mais do que atividades que contribuem para formação de uma das etnias formadora do povo gaúcho, elas também contribuem para a formação de sentimento de pertencimento a país de ori-gem de seus antepassados como integrante do povo japonês.

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