Concentro Junho 2010

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com CENTRO inovação & desenvolvimento 29 JUNHO 2010 10-0480 NOvas TECNOlOgias iNOv -C Eixo Coimbra - Leiria contemplado com 23,5 milhões de euros da UE para novos projectos tecnológicos pág.8 Politécnico da Guarda desenvolve projecto pioneiro a nível mundial pág. 6 Projecto Magic Key está em curso na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, sob a orientação do professor Luís Figueiredo, visando o desenvolvimento de uma cadeira de rodas eléctrica conduzida apenas com o olhar . J. Norberto Pires e-Cities: caminhar para a União da Inovação pág. 2 Reflexões Parques de ciência e tecnologia pág. 3 “Move”vem aí para revolucionar conceito de mobilidade O Hospital Rovisco Pais, na Tocha, será a primeira instituição a receber este veículo autónomo, sem condutor, desenvolvido pelo Instituto Pedro Nunes e pela Faculdade de Ciências e Tecnolo- gia da Universidade de Coimbra. págs. 4 e 5 Mobipeople “ataca” mercados externos pág. 7 10/0481 O GOVERNADOR CIVIL DE COIMBRA APOIA O EMPREENDEDORISMO E A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS DO DISTRITO.

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Concentro Junho 2010

Transcript of Concentro Junho 2010

comCENTROinovação & desenvolvimento

29 JUNHO 2010

10-04

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NOvas TECNOlOgias

iNOv -C

Eixo Coimbra - Leiria contemplado com 23,5 milhões de euros da UE para novos projectos tecnológicos

pág.8

Politécnico da Guarda desenvolve

projecto pioneiro a nível

mundialpág. 6

Projecto Magic Key está em curso na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, sob a orientação do professor Luís Figueiredo, visando o desenvolvimento de uma cadeira de rodas eléctrica conduzida apenas com o olhar .

opiniãoJ. Norberto Pires

e-Cities: caminhar para a União da Inovação pág. 2

Reflexões

Parques de ciência e tecnologia pág. 3

“Move”vem aí pararevolucionar conceito de mobilidade

O Hospital Rovisco Pais, na Tocha, será a primeira instituição a receber este veículo autónomo, sem condutor, desenvolvido pelo Instituto Pedro Nunes e pela Faculdade de Ciências e Tecnolo-gia da Universidade de Coimbra. págs. 4 e 5

Mobipeople “ataca” mercados

externos pág. 7

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O GOVERNADOR CIVILDE COIMBRA APOIA OEMPREENDEDORISMOE A INOVAÇÃO NASEMPRESAS DO DISTRITO.

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Norberto PiresPresidente do CA do Coimbra iParque

Quando falamos em inovação, temos geralmente objec-

tivos económicos em men-te. Falamos no processo de gerar coisas novas, sejam elas, um novo produto, um novo mercado, um novo pro-cesso de fabrico, uma nova fonte de matérias- primas ou uma nova forma de organi-zação. Geralmente, associa-mos esse processo à investi-gação e desenvolvimento, o que de facto tem a sua razão de ser pois os ganhos de efi-ciência e valor acrescentado só podem ser obtidos com a adição de conhecimento e muito trabalho � inovação de mercado.

Pensar e actuar de forma inovadora é também impor-tante na resposta eficiente aos problemas relacionados com o ambiente e mudanças climáticas, com o aumento dos níveis educacionais da população, com as mudan-ças demográficas, com a sustentabilidade dos siste-mas de transporte, com a eficiência do sector público, com a melhoria da saúde das populações, etc. Estamos a falar de actividades relacio-nadas com o sector público (inovação pública) e com organizações sociais ou de solidariedade social (inova-ção social).

O papel das cidades tem sido desmerecido nas defi-nição das políticas europeias de inovação, as quais pre-t e n d e m t r a n s f o r m a r a União Europeia na �União da Inovação� no Outono de 2020. Na verdade, as cidades são locais onde se encontram geralmente todos estes acto-res de inovação. Os empre-endedores, as empresas, as universidades e as institui-ções de I&D, que se dedi-cam àquela inovação que tem como objectivo gerar

novos produtos, novas for-mas de fazer e gerir, tendo o resultado económico como meta. Mas também as orga-nizações públicas (adminis-tração, serviços de saúde e educação, serviços de segu-rança, serviços de apoio ao cidadão, etc.) e sociais que criam as condições de pro-moção e suporte da inova-ção. E as cidades podem fazê-lo de três formas dife-rentes: fornecendo serviços (flexibilizando e agilizando o acesso aos serviços), fun-cionando como facilitador (criando as infra-estrutu-ras) e definindo a política de inovação (a estratégia). Se o fizerem de forma integrada, colocando todos os actores a cooperar tendo como pano de fundo um objectivo defi-nido como estratégico para a cidade, está iniciado o cami-nho da transformação.

Imagine que na sua cida-de, no que diz respeito aos serviços públicos, era pos-sível a um residente ace-der, solicitar, acompanhar e gerir todos os serviços de que necessita a partir de um portal electrónico úni-co (e-services). Solicitar uma licença camarária de qual-quer tipo, submeter um pro-jecto e dialogar com os ser-viços, fazer a candidatura de um descendente a uma escola, fazer uma marcação para um médico de família, obter todo tipo de informa-ção camarária, sobre a cida-de e respectivas actividades, a qual deveria também ser pesquisável, ter todos os seus processos organizados e consultáveis de forma elec-trónica a qualquer altura, mas também sugerir novos serviços, discutir e opinar sobre decisões, acompa-nhar o processo decisório e de debate. Sentir-se-ia mais envolvido?

Director

António Abrantes

Sub-Directora executiva

Eduarda Macário

coorDenaDor científico

J. Norberto Pires

Director comercial Luís Filipe Figueiredo

ProjectoS eSPeciaiS

Soares Rebelo

DePartamento Gráfico

Carla Fonseca

fotoGrafia

Luís Carregã, Gonçalo Manuel Martins e Hélder Sequeira

PaGinação Victor Rodrigues

ProDução

ProPrieDaDeSojormedia Beiras, SA Contribuinte n.º 508535115Sede, Redacção e AdministraçãoRua 25 de Abril, n.º 7 Apar ta do 44, 3046 – 652 Taveiro

Ponto de vista Reflexões

É com os objectivos definidos no artigo anterior que se deve

planear um acelerador de empresas, o qual consti-tui um equipamento fun-damental de um parque de ciência e tecnologia. No caso do iParque, o acelera-dor de empresas (TESLA) prevê-se que seja um edifí-cio com três andares, loca-lizado num lote com cerca de 6000 m2 de área bruta de construção (3000 m2 de área de implantação). Pre-tende-se que o edifício aco-mode entre 25 e 30 empre-sas, com áreas individuais a variar entre os 100 m2 e os 350 m2. Os espaços serão exclusivamente arrendados, definindo-se períodos máxi-mos de estadia das empre-sas, as quais, de acordo com os seus planos estratégicos, devem evoluir para espa-ços próprios em períodos de tempo devidamente pla-neados.

Definição dos espaçosAs instalações a arrendar

a empresas serão salas devi-damente infra-estruturadas, em espaço aberto, permitin-do que as empresas confi-gurem o seu espaço recor-rendo a divisórias de fácil instalação e fornecidas pela gestão do edifício. A defini-ção do espaço pode ser alte-rada a qualquer altura, sen-do efectuada de acordo com regras definidas e sempre em articulação com a gestão do edifício e respectivos ser-viços técnicos e de manu-tenção. A modularidade e a flexibilidade são factores críticos.

Regras básicasConstrução modular,

com divisórias bem defini-das e standard;

P o s s i b i l i d a d e d e personalização, nomeada-mente da entrada da sala e respectivo espaço;

U n i f o r m i z a ç ã o d e consumíveis e acessórios, para fácil reparação e manu-tenção: serviços efectuados pela gestão do edifício;

Partilha de meios infor-máticos, como impressoras, fotocopiadoras, etc., usan-

do uma sala por andar que inclui estes equipamentos e permite a utilização indi-vidual contabilizada no uti-lizador. Estes meios serão instalados de forma a mini-mizar custos e maximizar a comodidade de todas as empresas;

Serviço de cafetaria e espaços livres para lazer e intercâmbio;

Sinergias com os outros serviços do parque, nome-adamente os sediados no business center.

Selecção das empresasAs empresas deverão

preencher um formulário de candidatura e serão rigo-rosamente avaliadas ten-do em conta os objectivos do parque e do acelerador de empresas. As empresas admitidas serão convidadas a assinar um contrato de arrendamento, por perío-do definido, e renovável por no máximo de três períodos equivalentes (num máximo de 10 anos), ficando defi-nido a renda e os serviços incluídos.

Pa r a a s e l e c ç ã o d a empresa será usada a infor-mação:

Objecto social e actividade;Plano de negócios;Relatório e contas do ano

anterior;

Declaração de intenções da empresa em que se mos-tra a adequação aos objecti-vos do parque e do acelera-dor de empresas;

Disponibi l idade da empresa para a participação em actividades de promo-ção do parque e do acelera-dor de empresas

Número de trabalhado-res e relação entre a empre-sa e o tecido tecnológico nacional.

Relevância para as empresasAs empresas precisam

de estar visíveis no contex-to correcto. O iParque e o Edifício Nicola Tesla (TES-LA) são a plataforma certa para empresas que vivem do conhecimento. Estar no iParque ou no TESLA aumenta a credibilidade das empresas e define com clareza o seu perfil: inova-doras, com base em conhe-cimento, empreendedoras, de sucesso e altamente foca-lizadas no seu negócio. Isso facilita a sua vida, aumenta a sua visibilidade e é uma marca de distinção, o que é relevante no relacionamen-to com entidades financei-ras, com parceiros, compe-tidores e fornecedores.

Norberto Pires

e-Cities: caminhar para a União da Inovação

Parques de ciência e tecnologia (4)

Portugal tem a sexta maior taxa de infec-ção nos computado-

res pessoais, de acordo com o último Relatório de Segu-rança da Microsoft, que reve-la ainda que os criminosos informáticos estão cada vez “mais profissionais e orga-nizados”. O estudo, realiza-do em mais de 500 milhões de computadores individu-

ais em todo o mundo, indi-ca que 13,6 computadores pessoais em cada mil estão infectados com “software malicioso” em Portugal e que “as redes empresariais continuam a ser mais sus-ceptíveis a ataques, enquan-to os utilizadores domésti-cos estão mais expostos a software malicioso e amea-ças nas redes sociais”.

Sofware “malicioso”

Panorama

Investigadores portugue-ses e austríacos demons-traram como a escolha de alimentos é modulado nas moscas do vinagre. Os estu-dos científicos desenvolvi-dos, entre outros cientistas, por Carlos Ribeiro, Investi-gador Principal no Progra-ma de Neurociências da Fundação Champalimaud, no Instituto Gulbenkian de Ciência, surgiram na sequência de outros que usa-

ram também como mode-lo a mosca do vinagre e que já ajudaram a elucidar vários mecanismos que tam-bém são relevantes para o homem. Este novo trabalho, financiado pela European Molecular Biology Orga-nisation (EMBO), Natio-nal Science Foundation, Fundação Champalimaud e Boehringer Ingelheim GmbH, parece seguir os mesmos passos.

Nós e... as moscas

O regime jurídico da mobilidade eléctrica, recen-temente publicado em Diá-rio da República, estipula que a actividade de gestão de operações da rede seja exercida por uma entidade constituída sob a forma de sociedade anónima, com capital social maioritaria-mente detido pela entida-de concessionária da rede nacional de distribuição de electricidade – a EDP Dis-tribuição, do Grupo EDP. O mesmo regime estipula tam-bém que as entidades públi-cas e privadas que desenvol-vam actividades relacionadas com a mobilidade eléctrica

podem adquirir ou subs-crever, em condições de mercado, uma participação individual não superior, res-pectivamente, a dez por cen-to e a cinco por cento desta entidade. Isto significa que outras eléctricas, como os espanhóis da Iberdrola ou da Endesa, e outras divi-sões não reguladas do Gru-po EDP, como por exemplo a EDP Comercial, podem adquirir participações na sociedade gestora da rede elétrica. Ainda assim, escla-rece o documento, esta par-ticipação não pode, no seu conjunto, ser superior a 49 por cento do capital.

Mobilidade eléctrica

Cartoon por Hannes Tkadletz

Os ObjectivosApoiar o empreendedorismo e a criação de empresas de pequena dimensão que originem a criação de emprego.Os DestinatáriosInscritos nos Centros de Emprego numa das seguintes situações:• Desempregados inscritos há 9 meses ou menos, em situação de desemprego involuntário ou inscritos há mais de 9 meses, independentemente do motivo da inscrição;• Jovens à procura do 1.º emprego com idade entre os 18 e os 35 anos, inclusive, com o mínimo do ensino secundário completo ou nível 3 de quali� cação ou a frequentar um processo de quali� cação conducente à obtenção desse nível de ensino ou quali� cação, e que não tenham tido contrato de trabalho sem termo;• Quem nunca tenha exercido actividade pro� ssional por conta de outrem ou por conta própria;• Trabalhador independente cujo rendimento médio mensal, no último ano de actividade, seja inferior à retribuição mínima mensal garantida.O Projecto - TipoProjectos de criação de empresas de pequena dimensão, com � ns lucrativos, independentemente da respectiva forma jurídica, incluindo entidades que revistam a forma cooperativa, devendo reunir os seguintes requisitos:• Metade dos promotores têm de, cumulativamente, ser destinatários do programa, criar o respectivo posto de trabalho a tempo inteiro e possuir conjuntamente mais de 50% do capital social e dos direitos de voto;• O projecto não pode exceder a criação de 10 postos de trabalho e um investimento superior a 200.0000€.ApoiosLinhas de acesso ao crédito com garantia e boni� cação da taxa de juroNota: Os créditos a conceder, no âmbito do INVEST+, têm como limites 95% do investimento total e 50.000 € por posto de trabalho criado, a tempo completo.

A CandidaturaOs promotores que sejam destinatários devem solicitar no Centro de Emprego da área de residência a certi� cação da qualidade de destinatário, a efectuar mediante declaração.O projecto e as declarações de certi� cação da qualidade de destinatário são apresentados directamente pelo promotor às instituições bancárias aderentes – CGD, Millenium-BCP, BES, BPI, SANTANDER-Totta, Barclays, BPN, BANCO POPULAR, CRÉDITO AGRÍCOLA, MONTEPIO e BANIF.O Enquadramento LegalPortaria n.º 985/2009, de 4 de Setembro

Apoios à Criação de Empresas

Para obter informação mais detalhada, consulte a descrição da linha de crédito e dirija-se ao Centro de Emprego da sua área.

   Montantes máximos    Prazos  Taxa de Juro  Investimento  Financiamento

MICROINVEST  15.000€   15.000€   7 anos, com 2 anos de carência de capital e 1 ano de boni� cação

integral de juros.Reembolso: 5 anos, com

prestações mensais constantes de capital 

 Euribor a 30 dias, acrescida de 0,25%, com taxa

mínima de 1,5% e máxima de 3,5%

INVEST+   15.000€<x≤200.000€

100.000€(95% do investimento e 50.000€ por posto

trabalho criado a tempo completo)

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O “Move”, ve ículo que surgiu no âmbito de um projecto de investi-gação e desenvolvimento na área da

mobilidade, é um veículo autónomo, sem condutor, filo-guiado, que não polui e uti-liza tecnologia wi-fi ou GPRS. Vai ser, por isso, posto ao serviço, dentro em breve, dos utentes do Centro de Medicina de Reabilita-ção da Região Centro – Rovisco Pais.

O projecto envolveu, em Portugal, o Ins-tituto Pedro Nunes (IPN) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Após pequenas demons-trações em vários locais do país, o Move foi sendo constantemente aperfeiçoado, estan-do prestes a instalar-se, para já, no hospital da Tocha.

Até chegar-se a este ponto, foi indispen-sável percorrer um longo caminho de sis-temáticas melhorias na respectiva perfor-mance e de estudos destinados a avaliar da sua viabilidade económica.

Em 2008, e percorrendo a cronologia de desenvolvimento do Move, a tecnologia estava já – poderá assim designar-se - num estado de maturidade, tornando-se neces-sário, portanto, dar o passo seguinte, numa perspectiva, agora, comercial e industrial. Com isso surgiu também a Critical Move, empresa que, em conjunto com Instituto Pedro Nunes, a Mobipeople e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, passaram a trabalhar a pro-va de conceito.

Luísa Goulão, administradora da Critical Move, refere ao DIÁRIO AS BEIRAS que o Move é um veículo que não tem condutor e que se adapta a pessoas “com mobilidade reduzida”. É aqui que entra o CMRRC – Rovisco Pais. Será neste hospital, localiza-do na Tocha (Cantanhede) e agora dedicado à reabilitação, que o projecto conhecerá a sua primeira aplicação. O desafio passa por melhorar a condição de vida das pessoas com mobilidade reduzida lá internadas,

transportando-as por todo o interior da uni-dade de saúde, instalada numa área com cerca de uma centena de hectares. De fácil utilização, o veículo é, simultaneamente, amigo do ambiente.

O “ “Move”” é filo-guiado, isto é, segue uma guia que é colocada no solo. Luísa Gou-lão reconhece haver tecnologias mais avan-çadas do que esta, mas ainda não comer-cializáveis. “Esta que o Move utiliza tem baixos custos de infra-estruturas”, explica a administradora da Critical Move.

Com um sistema de sensores que loca-liza obstáculo, o veículo possui ainda um sistema de definição da rota, permitindo a optimização do percurso e, quando não está a ser utilizado, pára. No fundo, verifica-se a lógica que é utilizada no funcionamento de um elevador, só que este veículo deve ser visto como um elevador horizontal.

Coimbra iParquetambém à espera

A entrada do Move no Centro de Medici-na de Reabilitação da Região Centro – Rovis-co Pais deverá acontecer em breve. Trata-se um caso in extremis de utilidade pública. O veículo desenvolvido está preparado para levar quatro cadeiras de rodas e para que os utentes, com um simples carregar no botão, o chamem e coloquem em andamento. O processo é, formalmente, liderado pelo IPN e pela Mobipeople, a que a Critical Move se associou.

O Coimbra iParque é outro dos locais onde poderá vir a instalar-se.

Mas há outras possibilidades: poderá ter também futuro em parques industriais, aeroportos, golfe e resorts, hospitais, par-ques naturais, centro das cidades. A Critical Move focaliza-se nestes nichos de mercado, já que são os que poderão receber o veícu-lo. As cidades só daqui a algumas décadas. “Não estão ainda preparadas para este tipo

de tecnologia. Não há normas que permi-tam utilizar estes veículos na via pública”, reconhece Luísa Goulão. “E 2016, talvez já possamos, então, ver o Move a circular nas eco-towns, como a que está prevista para a zona de Paredes”, acrescenta.

Sem falar de um valor específico, a admi-nistradora da Critical Move garante que o investimento num veículo destes não será de milhões “Apenas de umas centenas de milhares de euros”, conclui, sem esconder o optimismo quanto ao futuro do projecto.

HOSPITAL ROVISCO PAI S - Veículo filo-guiado melhora qualidade de vida de deficiente em recuperação

“Move” revoluciona conceito de mobilidade Não polui, é silencioso, não exige grandes custos de manutenção. O Move, que ajudará, em breve, à melhoria da qualidade de vida dos utentes do hospital Rovisco Pais (Tocha), poderá, seguidamente, ”conquistar” outros palcos - parques industriais, aeroportos, golfe e resorts, hospitais, parques naturais, centro das cidades.

DIMENSõES Comprimento - 4.656m Largura - 1.851m Altura - 2.274m Altura do veículo ao solo - 0.2m

PERfORMANCE Velocidade recomendada - 10 km / h Autonomia - Cerca de 60 km Lugares – 8 e 4 cadeiras de rodas

DIMENSõES DE RODA Largura mínima da faixa - 3m Raio de viragem - 8m

Artigos - Portugal publica por ano cerca de 7.000 artigos cientí-ficos com significado internacio-nalmente reconhecido. Tal facto levou o titular da pasta da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, a sublinhar que, embora os nossos cientistas não sejam “publicamen-te” heróis nacionais, “de facto são mesmo heróis nacionais”.

Visão - Os cientistas norte- -americanos Anthony Movshon e William Newsome venceram a edição deste ano do Prémio Antó-nio Champallimaud de Visão, no montante de um milhão de euros. O galardão foi-lhes atribuído pelos estudos que desenvolveram sobre o papel do cérebro na reconstru-ção das imagens.

Ensino – Segundo o relatório Horizon Ibero-América 2010, os telemóveis são a tecnologia emer-gente com mais possibilidades de revolucionar o ensino universitá-rio. Seguem-se os vídeos, foto-grafias e sons que os cibernautas publicam diariamente nas redes sociais e os conteúdos enciclopédi-cos online de acesso livre.

Astronomia - A produção cien-tífica portuguesa na área da astro-nomia é a mais competitiva que se faz no nosso país. O número de citações inseridas em publicações estrangeiras é superior à média mundial, segundo dados do Gabi-nete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacio-nais do Ministério da Ciência.

CIÊNCIA

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HOSPITAL ROVISCO PAI S - Veículo filo-guiado melhora qualidade de vida de deficiente em recuperação

“Move” revoluciona conceito de mobilidade Não polui, é silencioso, não exige grandes custos de manutenção. O Move, que ajudará, em breve, à melhoria da qualidade de vida dos utentes do hospital Rovisco Pais (Tocha), poderá, seguidamente, ”conquistar” outros palcos - parques industriais, aeroportos, golfe e resorts, hospitais, parques naturais, centro das cidades.

TECNOLOGIA

Banda larga - Portugal é o oitavo país da União Europeia com mais ligações de Internet por banda larga e o 13.º da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um estudo divulgado por esta organiza-ção. Portugal posiciona-se à frente de países como a Alemanha, Fran-ça, Espanha e Reino Unido.

iPhone 4 - O novo iPhone 4, cujo lançamento nos Estados Unidos estava inicialmente pre-visto para 24 de Junho, apenas começará a ser comercializado a 2 de Julho, devido à grande procura do aparelho. Os preços previstos são 166 euros para os de 16 GB e 250 euros para os 32 GB.

Facebook – A perda e 23% de adeptos pelos jogos mais populares do Facebook levou ao lançamento do FrontierVille, com acção no faro-este norte-americano. Sobem, por outro lado, as críticas ao botão “Gos-to” desta rede social, por permitir o armazenamento de informações sem consentimento dos cibernau-tas.

iPad - As vendas do iPad atingi-ram os três milhões de unidades, 80 dias depois da sua apresentação nos Estados Unidos. Segundo a Apple, os técnicos da empresa tecnológica norte-americana já desenvolveram mais de 11 mil novas aplicações para o iPad, que tiram partido do ecrã multi-touch e gráficos de alta qualidade.

HISTÓRIA

. O Centro de Medicina de Reabil-itação da Região Centro – Rovisco Pais garante cuidados diferen-ciados de reabilitação e promove a readaptação e reintegração socioprofissional das pessoas com deficiência.

. As instalações, implantadas na Tocha, concelho de Cantanhede, ocupam uma área com cerca de 140 hectares e foram inauguradas na década de 1940, com vista ao tratamento, estudo e profilaxia da lepra, de acordo com modelo de internamento compulsivo.

. O projecto arquitectónico foi da responsabilidade de Carlos Ramos (1897-1969), um dos mais destaca-dos arquitectos portugueses da época no domínio hospitalar e a sua concretização fez-se mercê de fundos oriundos da herança legada por José de Rovisco Pais aos hospitais civis de Lisboa.

. O principal ideólogo da con-strução deste hospital-colónia, que na década de 1990 foi trans-formado em centro e medicina de reabilitação, foi Bissaya Barreto, médico cirurgião e professor da Faculdade de Medicina da Uni-versidade de Coimbra.

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“Magic Wheelchair”

Cadeira de rodaspioneira a nível mundial

A cadeira de rodas eléctrica desenvolvida no IPG constitui uma inovação a nível mun-dial. O projecto, de que é mentor o profes-

sor Luís Figueiredo, surge na sequência de outras aplicações anteriores �já amplamente utilizados por pessoas com graves limitações físicas�.

�Mais do que uma ideia ou um mero protótipo, esta cadeira já foi inicialmente testada, com suces-so, no Pólo Tecnológico de Lisboa, por um utiliza-dor real�, adiantou o investigador, responsável pela “Magic Wheelchair”, denominação dada à nova apli-cação apresentada na Guarda.

Em Lisboa, o teste efectuado foi protagonizado pelo presidente da Associação Portuguesa de Escle-rose Lateral Amiotrófica, Pedro Monteiro, �cuja doença o impede de utilizar qualquer movimento voluntário do seu corpo, sendo a única excepção a capacidade de movimentar os seus olhos�.

Um olhar que nos guia

A “Magic Wheelchair” utiliza 10 sonares para aumentar as condições de segurança do seu utilizador e constitui uma inovadora solução para pessoas que não têm a possibilidade de usar o tradicional “joystick” de controlo, nomeadamente as pessoas tetraplégicas com boa capacidade de dicção.

Nesta aplicação, as palavras de comando podem ser transmitidas em português ou inglês; assim, após o utilizador desencadear o comando inicial “liga cadei-ra”, pode controlá-la pronunciando as palavras “anda”, “pára”, “recua”, “acelera”, “desacelera”, “esquerda”, “direita”.

No caso de utilizador ordenar “desliga cadeira”, esta deixará, de imediato, de aceitar as palavras de comando anteriormente indicadas e só activará essas instruções quando for dada a ordem “liga cadeira”; isto permite que o utente possa desenvolver uma conversação nor-mal com outras pessoas sem ter qualquer preocupação em dizer as palavras de controlo deste equipamento.

“Para quem não tem qualquer tipo de mobilida-de isto é extremamente importante”, sublinha Luís

Figueiredo, que admite a introdução de alguns aper-feiçoamentos. “Contudo, a cadeira está pronta para ser utilizada por qualquer pessoa”, garante o inves-tigador.

De salientar, como foi referido ao Diário AS BEI-RAS, que a tecnologia desenvolvida na “Magic Whe-elchair” permite a sua adaptação a qualquer tipo de cadeira eléctrica já existente no mercado, inclusive os modelos que não têm uma interface digital para ligação ao computador. A mesma interface de voz pode ser usada para interagir com outros sistemas: controlo de luzes, abertura de portas e janelas ou activação/desactivação de qualquer dispositivo que funcione com infravermelhos.

O Magic key é uma aplicação nacional que come-çou a ser desenvolvida, há cinco anos atrás, pelo pro-fessor Luís Figueiredo, docente da Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico da Guarda; actualmente, engloba os módulos Magi-ckey, Magicjoystick, Magiceye, MagicPhone, Magi-ckeyboard, Magichome, Magickeyboard e Magi-cwheelchair.

As solicitações têm crescido e, hoje, os utilizadores das soluções concebidas no âmbito do

Projecto Magic Key estão distribuídos por todo o território nacional. “Muitas vezes lutamos contra o tempo”, afirmou-nos aquele investigador guarden-se, que aludiu a um episódio ocorrido com uma pes-soa acometida por um AVC. “Estávamos a desen-volver a configuração da aplicação, que iria utilizar, dadas as especificidades exigidas pela sua situação e quando estávamos a ultimar o trabalho recebemos a notícia do seu falecimento”.

Novas aplicações garantem autonomia

As outras duas mais recentes aplicações inscre-vem-se na linha de apoio às pessoas portadoras de deficiências, área em que este projecto tem inovado.

Muito mais que um teclado virtual, o Magickey-board viabiliza uma escrita inteligente com recurso a um dicionário, em português, de cerca de 700.000 palavras, assim como a sua respectiva probabilida-de de ocorrência. Esta aplicação, desenvolvida na ESTG/IPG, assegura mais de três milhões de liga-ções entres as diferentes palavras e permite uma aprendizagem em tempo real com a inserção de novos termos.

Hélder Sequeira

Uma cadeira de rodas eléctrica que pode ser conduzida apenas com o olhar é a mais recente novidade no âmbito do Projecto Magic Key, desenvolvido na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.

ISA apresenta Living Lab

A ISA, a comemorar o seu 20.º aniversário, vai apresentar, amanhã, dia 1 de Julho, no Museu Monográfi-co de Conímbriga, a partir de 09H30, o ISaLL (Intelligent Sensing and Smart Services Living Lab), no âmbi-to de um workshop subordinado aos temas Energia e Saúde. A metodo-logia Living Lab (Laboratório Vivo),

um dos pilares da Política de Inova-ção Europeia do século XXI, merece-rá amplo destaque neste workshop, de acordo com a crescente relevân-cia que lhe é atribuída pelas sucessi-vas Presidências da União Europeia. Neste contexto, o ISaLL assume-se como Laboratório Vivo direccionado para a implementação de projectos de eficiência energética e de saúde em Portugal.

Oportunidades para PME

O CEC – Conselho Empresa-rial do Centro/CCIC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro, parceiro da rede Enterprise Euro-pe Network, e o Gabinete de Pro-moção do 7.º Programa-Quadro de I&DT (GPPQ) vão realizar, no próximo dia 15 de Julho, na sede do CEC / CCIC, na Rua Coronel

Júlio Veiga Simão, em Coimbra, uma sessão de apresentação das oportunidades para as Pequenas e Médias Empresas (PME), no âmbito do 7.º Programa-Quadro de I&DT. A entrada para o encontro é livre, embora esteja sujeita a ins-crição prévia para o fax n.º 239 494 066 ou para o e-mail: [email protected], até ao próximo dia 12 de Julho.

AGENDA

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A Mobipeople, criada há dois anos, especializou-se na transformação de veícu-

los, garantindo actualmente uma capacidade de produção de duas a três unidades por mês. “Trabalha-mos directamente com as marcas de furgões ou com o cliente final”, explica Paula Matos, sócia-gerente da empresa sediada em Adémia (Coimbra), destacando a entrega em Março passado de uma destas viaturas, especialmente prepara-da para pessoas com mobilidade reduzida, à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.

A Mobipeople não se confina, todavia, ao mercado interno. “A nossa carroçaria Tropic, pensada para o mercado africano, continua também a ser produzida, tendo-se inclusivamente registado um aumento do número de carroçarias já entregues este ano em compara-ção com as vendidas lá para fora em 2009”, referiu a empresária ao DIÁ-

RIO AS BEIRAS. Para completar a sua gama de produtos, a Mobipe-ople está a desenvolver um mode-lo urbano, cuja primeira unidade já tem destino: a empresa Maia Transportes. Este modelo estará presente na Feira de Hanover (Ale-manha), em meados de Setembro próximo. “Apostamos no mercado nacional, mas também já temos bons contactos no mercado exter-

no”, adianta Paula Matos. Naquele certame, será igualmente apresen-tada outra carroçaria Mobipeople, que a empresa está a desenvolver e apresentará proximamente.

A Mobipeople entregou a sema-na passada um júnior para o Cen-tro Social de Alfarelos e vendeu, em parceria com a Iveco Portugal, um outro veículo à NATO. Para o mercado externo está programada,

de resto, segunda a sócia-gerente da empresa, mais de uma deze-na de vendas, designadamente para países como França, Alema-nha, Holanda e Bélgica. Em Maio, foram apresentados ao mercado nacional, no Hotel D. Luís, dois modelos da Tata Hispano. Com o volume de trabalho a crescer, a empresa aumentou o número de colaboradores para 35.

Tecnologia e Inovação

Carroçarias para o mundoA Mobipeople, com sede na Adémia (Coimbra), não quer confinar-se ao mercado interno. A rede de contactos no estrangeiro está a expandir-se a bom ritmo.

Cláudia Trindade

Instituto Politécnico da Guarda

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271 220 100 * 271 220 162

10/15

17

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CiênciaO investimento em ciência registado em Portugal foi de 1,15% do PIB em 2008, contra apenas 0,7% em 2005.

InvestigaçãoAs mulheres já são cerca de 44 por cento do número total de portugueses a trabalhar em projectos no campo cien-tífico.

SoftwareMais de 40 por cento do software utilizado em Portu-gal é ilegal, taxa superior à média europeia, que ronda os 35%.

Notas

EmpresasNo ano passado, mais de 50 por cento das empre-sas foram constituídas no nosso país em menos de uma hora.

S. P. de Moel REN exploraenergia das ondas

O Governo definiu uma zona piloto, pró-xima de São Pedro de Moel, com uma extensão de cerca de 20 quilóme-tros, para ali se proceder à exploração da energia das ondas, tendo como meta a produção, pela REN, de 250 megawatts até 2020.

GUARDACriação de empresasem tempo de crise

O fomento da criação de empresas num pe-ríodo de crise é um dos principais objectivos da Ideias.Guarda - Associa-ção de Jovens Empre-endedores da Guarda, numa aposta para que os jovens naturais da região se fixem e invis-tam na terra de onde são naturais.

C. BRANCONovabase apoiaescolas da cidade

A Novabase, empre-sa portuguesa líder em soluções de negócio baseadas em tecnolo-gias de informação, está a analisar com a Câmara Municipal a instalação na cidade de um centro de apoio ao Plano Tecno-lógico do Ministério da Educação.

A rede tecnológica Inov-C quer tornar-se uma “re-ferência internacional na criação de conhecimento, inovação e empreendedoris-mo”.

A região Centro irá dispor de condições para uma aposta forte em quatro áre-as científicas bem identifica-das: ciências da vida (saúde e tecnologia), tecnologias da informação, comunica-ção e electrónica, energia e indústrias criativas.

A transferênc ia de conhecimento que for possível promo-

ver entre investigadores da Universidade de Coimbra e dos institutos politécnicos de Coimbra e Leiria e o apoio que as pequenas empresas tecnológicas venham a obter através das incubadoras ins-taladas nos dois distritos são condições consideradas fun-damentais para o sucesso do designado Inov-C, progra-ma estratégico contemplado com 23,5 milhões de euros de fundos comunitários para um total de investimen-to a rondar os 73 milhões de euros.

São 11 as entidades envol-vidas nos dois distritos. Para além das instituições de ensino superior já referidas, também participam as incu-badoras do Instituto Pedro Nunes (Coimbra), D. Dinis (Leiria), Biocant (Cantanhe-de), Coimbra Inovação (iPar-que), Mor-Energy - Asso-ciação de Investigação em Energia, Obitec - Associação Óbidos Ciência e Tecnologia e Óbidos Requalifica – E. E. M.

No caso do Coimbra iPar-que, a candidatura contem-plou as suas duas fases de construção, incluindo, entre outros, o business center, o edifício Nicola Tesla (acelera-dor de empresas), o sistema

de mobilidade do parque e as infra-estruturas de comuni-cação. O investimento total, neste caso concreto é de 24,3 milhões de euros, financia-do em quase metade pelo FEDER.

O presidente do conselho de administração do iParque,

Norberto Pires, não tem dúvi-das em dizer que o “processo foi mais longo e mais difícil do que julgamos que poderia ter sido, mas estamos mui-to contentes com este desfe-cho que viabiliza o projecto do iParque”.

O Instituto Pedro Nunes,

com sede em Coimbra, tam-bém terá um papel funda-mental neste ecossistema de inovação, com a construção de uma “aceleradora de empre-sas” orçada em seis milhões de euros, vocacionada para apoiar estruturas empresa-riais viradas para a interna-cionalização.

O Biocant, incubadora de Cantanhede, assumirá outra das posições de liderança, principalmente após ter inau-gurado, em Fevereiro, o ter-ceiro edifício do seu parque tecnológico.

A rede tecnológica Inov-C quer tornar-se uma “referên-cia internacional na criação de conhecimento, inovação e empreendedoris mo”. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) mostra-se, todavia, um pouco mais moderada nos objectivos, apontando como meta con-solidar, tão-só, a região Cen-tro “entre as 100 mais inova-doras da Europa”. Ou seja, a região não será dos “clus-ters” de ciência mais exclusi-vos do velho continente, mas possibilitará, isso sim, uma aposta forte em quatro áreas científicas bem identificadas: ciências da vida (saúde e tec-nologia), tecnologias da infor-mação, comunicação e elec-trónica, energia e indústrias criativas.

Milhões para eixo tecnológico Coimbra/LeiriaO plano de desenvolvimento está traçado até 2013 e até já há financiamen-to, mas tudo depende da dinâmica que instituições de investigação e em-presas conseguirem imprimir ao projecto.

António Rosado

Ao Centro

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