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TEMA 1:

TEMA 2:

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CORTE

COSTURA

ACABAMENTO

LINHAS DE COSTURA

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OBJECTIVO

1. Conhecer os objectivos gerais da sala de corte.

2. Identificar as etapas da sala de corte.

3. Indicar as características, técnicas, processos e metodologias.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1.1 Introdução 04

1.2 Planeamento do corte 05

1.2.1 Introdução 05

1.2.2 Características do risco 05

1.2.3 Eficiência do risco 07

1.2.4 Métodos de planeamento do corte 08

1.2.5 Métodos de traçar e duplicar riscos 09

1.3 Estendida 10

1.3.1 Introdução 10

1.3.2 Características do colchão 11

1.3.3 Preparação para a estendida 12

1.3.4 Equipamentos na estendida 13

1.3.5 Tipos de estendida 15

1.3.6 Embalagens do tecido 18

1.4 Corte 19

1.4.1 Introdução 19

1.4.2 Equipamentos de corte 19

1.5 Preparação para a costura 29

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1.1 INTRODUÇÃO

A primeira fase na produção de vestuário é o corte dos materiais de acordo com asformas pré-definidas (moldes), que serão unidas posteriormente por meio de uma costura,criando uma peça tridimensional.

Quando uma peça de vestuário é cortada, o molde é colocado sobre uma ou duas folhasde tecido de forma a corresponder ao pretendido, sendo depois efectuado o corte (fig. 1).

Quando se trata de cortar partes para muitas peças, é criado um colchão, composto porfolhas sobrepostas de tecido.

No topo deste colchão é então colocado o risco, que consiste num papel com as mesmasdimensões do colchão, onde estão marcadas todas aspartes da peça, para todos os tamanhos que tenha sidoplaneado efectuar o corte.

O comprimento e a espessura do colchão sãodeterminados pela ordem de encomenda, peladisponibilidade dos materiais e pelas limitações físicas doequipamento.

O vestuário é geralmente composto por várias partes, poisé necessário dar forma, ultrapassar as limitações do tecidoe fechar o material em torno de um corpo.

Para que tal seja possível, é necessário um conjunto deoperações prévias às operações de fabricaçãopropriamente ditas, numa fase preliminar de concepção e

desenvolvimento do produto.

Antes de se iniciar a fabricação de um determinado produto é necessário proceder à suaconcepção.

Em artigos de vestuário, significa o desenho de modelos, a elaboração de colecções, odesenvolvimento de croquis e a escolha dos materiais.

Esta actividade pode ser executada de uma forma manual, usando papel e lápis, ouutilizando sistemas computadorizados, os chamados sistemas CAD.

Após a definição e aprovação da colecção e amostras, é necessário proceder aodesenvolvimento dos moldes.

Também esta operação pode ser executada manualmente ou recorrendo ao uso desistemas CAD.

É necessário nesta fase garantir o cumprimento de tabelas de medidas e proceder àgradação para os diferentes tamanhos.

Com a definição dos moldes, materiais e da nota de encomenda, estão reunidas ascondições para se passar à fase de fabricação.

Figura 1

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As etapas principais no processo produtivo do corte são:

a) O planeamento, desenho e reprodução do risco;

b) O estendimento do tecido para formar um colchão;

c) O corte do tecido.

1.2 PLANEAMENTO DO CORTE

1.2.1 INTRODUÇÃ0

Fazer o plano de corte, ou risco ou marcada é o processo de definir um plano que écolocado no topo dos tecidos como guia para o corte dessas folhas de tecido noscomponentes do produto a fabricar.

1.2.2 CARACTERÍSTICAS DO RISCO

O planeamento do risco deve ser considerado com muita atenção, pois sendo imputadoao material uma parte significativa do preço do vestuário, qualquer redução no consumoconduzirá a lucros aumentados.

Esta operação é um processo conceptual, intuitivo, aberto e criativo.

Para que esta operação seja efectuada eficientemente, o operador deverá visualizar orisco de uma só vez.

Deverá começar por colocar as peças maiores, da forma mais conveniente e depoispreencher os intervalos com peças mais pequenas.

Poderão ser efectuadas diversas tentativas, sendo seleccionada aquela que obtiver maioraproveitamento do tecido.

Ao efectuar o risco, devem ser considerados diversos factores, como a natureza dotecido e o resultado desejado na peça acabada, a qualidade no corte e as necessidadesdo planeamento da produção (fig. 2).

Os moldes apresentam desenhado o fio direitoque deverá ficar paralelo ou perpendicular àteia do tecido ou às colunas da malha, quandocolocados sobre o material.

Se o posicionamento for efectuado nadiagonal, então é normalmente num ângulode 45 graus.

Se o corte é efectuado fora dos parâmetrosdeterminados, então a peça de vestuário nãoassentará e não cairá como devido, quando

Figura 2

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vestida.

Existem tecidos que podem ser virados 180 graus e que mantêm a mesma aparência.São designados tecidos simétricos.

Os tecidos simétricos (sem sentido) não requerem qualquer atenção especial por partedo operador.

Outros tecidos não possuem esta característica, sendo designados por assimétricos.Neste caso, sendo o tecido virado, não apresentará o mesmo aspecto, sendo notório seos dois lados forem costurados juntos.

No entanto o que é importante neste tipo de tecido é que as partes sejam todas cortadasno mesmo sentido para que durante a junção das mesmas não seja detectada a diferençade aspecto. Estes tecidos são também designados de tecidos com sentido.

Como exemplo destes tecidos assimétricos, temos tecidos com pilosidade com orientaçãodeterminada, malhas cujas laçadas apontam sempre na mesma direcção e os tecidoscom padrões.

Mais restritivos são os tecidos assimétricos de um só sentido ou com pé. Trata-se detecidos com grande pilosidade (veludo ou bombazina) com orientação acentuada outecidos com desenho com orientação preferencial. O veludo deverá ser cortado com opêlo virado para baixo.

Quanto mais restritivo for o tipo de material em uso, menor será a eficiência ou rendimentodo corte.

Para que o corte se efectue com qualidade, os moldes devem ser colocados de forma apermitir que a lâmina se movimente livremente, não limitando o percurso da mesma, oque pode originar cortes imperfeitos.

A lâmina, devido à sua largura, não pode efectuar ângulos perfeitos, pelo que deve serdado espaço adicional.

A contagem dos moldes deve ser sempre efectuada no final do risco, para verificar ainclusão de todos.

Deverá ser efectuada uma correctaetiquetagem de todas as partes cortadas, paraserem posteriormente identificadas de formaadequada pelos operadores.

O objectivo do planeamento e controlo daprodução é alimentar a secção de costura coma quantidade adequada de peças cortadas emintervalos frequentes e convenientes (fig. 3),de acordo com a disponibilidade de matériaprima e a melhor utilização dos recursos dasala de corte.

Para uma dada quantidade de peças, o custoFigura 3

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de mão de obra de corte por peça é inversamente proporcional à altura do colchão.

No entanto por conveniência de planeamento das entregas ao cliente, o trabalho é cortadoatravés de riscos com um só tamanho, efectuando lotes de peças com o mesmo tamanhoe cor. Um colchão com um reduzido número de folhas de uma cor origina lotes pequenose maior custo no manuseamento destes lotes.

Uma alternativa à mistura de tamanhos descrita atrás, quando alimentar a secção decorte é prioridade máxima, é o uso de riscos de tamanho único numa estendida emescada.

Maior economia de tecido e muitas vezes custos reduzidos, apesar de mais tempodespendido, resultarão do corte deste colchão em escada em alternativa à mistura detamanhos.

O planeamento do risco deve ser considerado com muita atenção, pois sendoimputado ao material uma parte significativa do preço do vestuário, qualquer reduçãono consumo conduzirá a lucros aumentados.

Ao efectuar o risco, devem ser considerados diversos factores, como a natureza dotecido e o resultado desejado na peça acabada, a qualidade no corte e asnecessidades do planeamento da produção.

1.2.3 EFICIÊNCIA DO RISCO

A eficiência do risco é obtida considerando a área total dos moldes no risco e a área totaldo risco.

Se necessário, deverão ser estudadas alterações nos moldes e/ou tecido, para melhorara eficiência do risco.

Na definição do molde, deverá ser verificada a localização da costura, de forma aassegurar o melhor posicionamento dos moldes no risco.

Maior eficiência poderá surgir da redução de baínhas generosas, costuras, dobras, etc.Por vezes, poder-se-á dividir um molde grande em duas partes, para melhorposicionamento, desde que a redução no custo de material ultrapasse o custo da costuradas duas partes.

Outra oportunidade poderá ser a escolha da largura de tecido mais conveniente para umrisco, quando a opção é possível.

A melhor largura depende entre outros factores do custo das várias larguras por metroquadrado, do número típico de tamanhos por risco e potenciais melhoramentos dosmoldes nas várias larguras.

Uma consideração importante é o valor da matéria prima. O esforço desenvolvido noestudo e planeamento do risco deve corresponder ao custo do material envolvido.

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A eficiência do risco é obtida considerando a área total dos moldes do risco e aárea total do risco.

1.2.4 MÉTODOS DE PLANEAMENTO DO CORTE

RISCO MANUAL COM MOLDES EM TAMANHO REAL

Para riscos pequenos ou de um só tamanho, não é muitas vezes justificado o uso detécnicas sofisticadas, pois o operador consegue visualizar tudo simultaneamente.

O risco pode ser feito directamente no tecidoou no papel (fig. 4), podendo ser usada umamesa com vácuo para melhor segurar osmoldes.

Para riscos grandes, este método apresentao inconveniente de não possibilitar avisualização da totalidade do risco, criandodificuldades adicionais para obter o melhoraproveitamento do tecido.

Um inconveniente é a ocupação, em termosfísicos, que representa um estudo efectuadonuma mesa grande, que não pode serutilizada para outras tarefas.

O risco pode ser feito directamente no tecido ou no papel, podendo ser usada umamesa com vácuo para melhor segurar os moldes.

RISCO ASSISTIDO POR COMPUTADOR

Este método é normalmente parte de umsistema integrado que inclui digitalização ouscanning de moldes, bem como a introduçãode dados relevantes para o estudo, tais comoregras de graduação, etc (fig. 5).

O operador define quais as características dorisco: largura do tecido, moldes a usar,tamanhos a serem incluídos e todas asrestrições a serem consideradas, incluindo ocasar de padrões.

Figura 4

Figura 5

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O sistema pode produzir o risco de uma formaautomática ou interactivamente (fig. 6).

No risco automático, o sistema procura riscossemelhantes previamente definidos,adaptando-o depois ao requerido. Não hágarantia que seja obtida a máxima eficiência,mas é um método rápido de obter um riscorelativamente eficiente.

No método interactivo, todos os moldes sãoapresentados no topo do monitor sob formareduzida e a sua posição no risco éresponsabilidade do operador.

As restrições quanto ao posicionamento serãoautomaticamente consideradas pelocomputador. Depois do risco completo, ocomputador indica a eficiência atingida e ocomprimento do risco.

A qualidade do risco é mais consistente que aobtida por métodos manuais, porque as linhasdireitas são sempre acertadas com o correrdo tecido, o posicionamento é efectuado comprecisão e sem sobreposição e todas as peçassão contadas e consideradas.

É difícil comparar os custos desteequipamento com os sistemas manuais, pois este equipamento apresenta tambémfacilidades de graduação e permitem a reprodução de cópias (fig. 7).

1.2.5 MÉTODOS DE TRAÇAR E DUPLICAR RISCOS

Uma vez completado o risco, é necessário que este fique disponível para o uso no cortee para proceder à sua duplicação quando múltiplas cópias são necessárias.

O traçado da marcada ou risco pode ser feito sobre um papel ou directamente sobre otecido, onde são marcados todos os contornos dos moldes.

Quando é usado o papel, este é colocado no topo do colchão e fixado por agrafos ouopcionalmente, quando papel termocolante é usado, passando um ferro sobre este, paraque a superfície aderente do papel cole ligeiramente ao tecido.

Qualquer que seja o método usado é absolutamente necessário que a reprodução sejaprecisa e que os traços tenham boa definição.

Os métodos de traçar o risco podem ser os seguintes:

- Desenhar o perfil dos moldes no papel manualmente. A escolha do instrumento demarcação é ditada pelo método de duplicação das marcadas adicionais.

Figura 6

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- Desenhar o perfil dos moldes no papel, usando uma plotter ligada ao computador naqual foi efectuado o planeamento do corte.

- Gravar a posição dos moldes e os seus perfis, por métodos fotográficos.

- Marcar directamente no tecido, por contorno dos moldes ou usando um spray.

O traçado da marcada ou risco pode ser feito sobre um papel ou directamentesobre o tecido, onde são marcados todos os contornos dos moldes.

Qualquer que seja o método usado é absolutamente necessário que a reproduçãoseja precisa e que os traços tenham boa definição.

1.3 ESTENDIDA

1.3.1 INTRODUÇÃO

O objectivo da estendida é preparar os materiais para o corte, fazendo o colchão, que éconstituído pelo número de folhas de tecido necessárias para o corte de uma determinadaencomenda (fig. 8).

O colchão pode ter folhas com umcomprimento único (homogéneo) ou comcomprimento diferente (em escada),correctamente alinhados à largura ecomprimento e sem tensão.

Os principais equipamentos e ferramentas sãoas mesas de estender, os sistemas deestender, ferramentas de corte e ferramentasde controlo do tecido.

O corte em colchão permite economizartecido, devido à definição de riscos multi-tamanhos e economizar em tempo de cortepor peça, resultante do corte simultâneo de

folhas múltiplas.

A última etapa do processo de estendimento é a colocação do risco sobre o colchão,excepto se o corte for efectuado automaticamente.

O objectivo da estendida é preparar os materiais para o corte, fazendo o colchão,com as folhas correctamente alinhadas à largura e comprimento e sem tensão.

O corte em colchão permite economizar tecido e economizar em tempo de cortepor peça.

Figura 8

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1.3.2 CARACTERÍSTICAS DO COLCHÃO

O nível de qualidade da estendida deverá ser consistente, de acordo com o tipo deproduto, o custo e as especificações e níveis de qualidade do cliente.

A altura do colchão é limitada pela altura do sistema estendedor, pelo método de corte,pelas características do tecido e pelo número de folhas especificadas na ordem de corte.

O comprimento do colchão é determinado pelo comprimento do risco.

O alinhamento das folhas é uma das características mais importantes no colchão.

Cada folha deverá ter pelo menos a largura e comprimento do risco, sendo por essarazão o risco efectuado considerando a largura mínima dos rolos diponíveis para o corte.

Os defeitos no tecido podem vir identificadosdo fornecedor, assinalados na ourela dotecido, ou serem detectados pelo operário queefectua a revista (fig. 9) ou posteriormentedurante a estendida.

Quando o tecido tem um defeito e é cortado atoda a largura (fig. 10) na zona do defeito edepois estendido novamente, deve serconsiderada uma zona de sobreposição. Asobreposição deve ser sempresuficientemente grande, para garantir quecada molde afectado pelo cor te sejasubstituído na totalidade.

Na estendida as folhas devem ser colocadasde forma que a direcção do tecido sejacompatível com o risco.

A tensão de desenrolamento do tecido é umacaracterística de extrema importância. Se asfolhas forem estendidas com muito poucatensão, serão depositadas com ondulação. Seforem estendidas com muita tensão, mantê-la-ão enquanto permanecerem no colchão,

mas contrair-se-ão após o corte ou a costura.

Quanto maior a tensão aplicada ao colchão, maior será a contracção do molde cortado,o que causará problemas na montagem e encaixe dos moldes cortados.

Os desenroladores são mecanismos que rodam o rolo do tecido, directa ou indirectamente,de uma forma que desenrola o tecido à mesma velocidade com que o carro se desloca:

- Um sistema indirecto é aquele que puxa o tecido do rolo;

- Um sistema directo é aquele que movimenta o eixo do rolo do tecido, variando a suarotação de acordo com o perímetro do rolo, de forma a garantir uma velocidade linear

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igual à velocidade do carro estendedor.

Além da tensão que poderá ser produzida por um carro de estender convencional, existemtensões inerentes à peça do tecido, que surgem da torção, texturização ou elasticidadedo fio, ou estrutura das malhas.

A carga de electricidade estática nos tecidos poderá causar problemas ao estendertecidos contendo fibras artificiais.

Uma folha de papel é colocada no fundo do colchão, diminuindo a perturbação dasfolhas mais baixas da estendida quando a base da lâmina de corte passa por baixo. Estetipo de problema acontece com tecidos leves e finos ou com a superfície com pêlosorientada contra a superfície da mesa.

Dependendo da combinação de cores e tonalidades na estendida, poderá ser útil usarfolhas de papel separadoras de forma intercalada na formação do colchão.

Mesmo que não existam problemas de cor, poderão também ser inseridas a intervalospré-determinados, de forma a melhorar o manuseamento de lotes, através da sua divisãoem lotes menores.

O alinhamento das folhas é uma das características mais importantes no colchão.

Na estendida as folhas devem ser colocadas de forma que a direcção do tecidoseja compatível com o risco.

A tensão de desenrolamento do tecido é uma característica muito importante.

1.3.3 PREPARAÇÃO PARA A ESTENDIDA

Uma grande parte do tempo requerido para a operação de estendida é despendido napreparação da máquina e nos tempos de espera durante os recarregamentos.

Variáveis como o tipo de tecido, tamanho do rolo, características da máquina e grau deautomação podem afectar a eficiência deste processo.

Conforme o tamanho do colchão diminui, a percentagem de tempo dedicada à preparaçãoaumenta drasticamente, pelo que os custos aumentam quando se trabalha com lotespequenos e/ou com tecidos que devem ser estendidos em colchões separados.

A preparação para a estendida envolve os mesmos procedimentos para cada ordem decorte emitida:

1. Verificar a ordem de corte;

2. Posicionar materiais;

3. Preparar a mesa de corte;

4. Preparar a máquina de estender;

5. Carregar a máquina.

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Variáveis como o tipo de tecido, tamanho do rolo, características da máquina egrau de automação podem afectar a eficiência deste processo.

1.3.4 EQUIPAMENTOS NA ESTENDIDA

O objectivo fundamental do equipamento de estender é acumular folhas de tecido,formando o colchão, de uma forma suave e sem tensão, proporcionando um corte eficiente.

O equipamento básico necessário para a estendida consiste numa mesa para estender,sistemas de estender, ferramentas de controlo do tecido e ferramentas de corte.

O tipo de mesa a utilizar é determinado pelo tipo de tecido, tipo de equipamento deestender, método de corte e equipamento a ser usado e padrões de qualidade da empresa.

A estendida e o corte podem ser feitos na mesma área, mas aspectos de ordem económicae produtiva aconselham que sejam feitas em áreas adjacentes, mas separadas (fig. 11).

As mesas de estender podem serespecializadas para certos tipos de tecido ouequipamento de corte.

As mesas podem possuir agulhas parasegurar com precisão os tecidos, de forma alocalizar com rigor o padrão do tecido nasfolhas sucessivamente estendidas.

Pode ser utilizado um sistema de vácuo (fig.12), de forma a comprimir o colchão e evitar odeslocamento das folhas durante o corte.

Podem ser utilizados sistemas de ar forçadoou de deslocamento por tapete, para facilitaro deslocamento do colchão da área deestender para a área de corte.

Antes de se iniciar o processo de estender otecido, a mesa deve ser marcada com ospontos de sobreposição ou corte e o ponto defim de estendida.

Há basicamente dois tipos de equipamentopara estender o tecido: a estendida manual,fixa ou móvel, e a estendida com carro.

O método manual (fig. 13) é um método lento,que requer um operador de cada lado damesa.

Os tipos de tecido que deverão ser estendidosFigura 12

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manualmente são tecidos com xadrez, riscase outros padrões com repetição regular.

Os sistemas estendedores com rotação dorolo (manuais ou com carros) permitem que ooperador faça duas deslocações positivas (i.e.,estendendo tecido), alinhando duas folhasnum movimento, em colchões direito comdireito ou direito num só sentido. Se o colchãofor direito com direito e num só sentido, só épossível estender uma folha de cada vez.

Os elementos básicos do carro (fig. 14)consistem numa carruagem móvel que semovimenta em guias nas bordas da mesa,com um suporte para o tecido e rolos parafacilitar o desenrolamento do tecido.

Nas suas versões mais simples, o operárioalinha a extremidade livre do tecido com o fimda estendida, leva o carro até à outraextremidade, corta a folha alinhada com oinicio do colchão, alinha novamente a pontalivre do tecido, leva o carro até à outraextremidade e assim sucessivamente.

De acordo com os diferentes modelos, os carros poderão incluir:

- um motor para mover o carro,

- uma plataforma para transportar o operador,

- um sistema de corte para cortar a folha na extremidade da estendida eautomaticamente segurar a ponta solta da folha,

- uma luz para inspecção do tecido, um contador de folhas,

- barras tensoras,

- células foto eléctricas para alinhamento das folhas,

- sistema de alimentação positiva de tecido.

O aparecimento dos microprocessadores permitiu o desenvolvimento de mais funçõesautomáticas nos carros estendedores. Assim, o carro pode:

- estender um determinado número de folhas, emitindo um sinal sonoro quando atingeesse número ou detecta o fim do rolo de tecido,

- rodar o rolo, permite estendidas automáticas, mesmo com veludo que é normalmente

Figura 14

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estendido face com face.

- retornar a um carregador automático colocado na extremidade da mesa quando a peçade tecido acaba, repetindo o processo até que esteja completado o colchão (fig. 15),

- efectuar a detecção automática de defeitos previamente assinalados. Quando odefeito é detectado pelo sensor, o carro pára e a tesoura corta o tecido a toda alargura, após o que o carro recua até à marca de sobreposição mais próxima. Omesmo acontecerá quando ocorrer o fim da peça de tecido.

O objectivo fundamental do equipamento de estender é acumular folhas de tecido,formando o colchão, de uma forma suave e sem tensão, proporcionando um corteeficiente.

O equipamento básico necessário para a estendida consiste numa mesa paraestender, sistemas de estender, ferramentas de controlo do tecido e ferramentasde corte.

A estendida e o corte podem ser feitos na mesma área, mas aspectos de ordemeconómica e produtiva aconselham que sejam feitas em áreas adjacentes, masseparadas.

Há basicamente dois tipos de equipamento para estender o tecido: a estendidamanual, fixa ou móvel, e a estendida com carro.

1.3.5 TIPOS DE ESTENDIDA

A estendida (ou colchão) pode ser classificada de acordo com a direcção do materialrelativamente à mesa ou de acordo com a direcção do correr do tecido ou desenho emrelação a uma das extremidades do colchão.

Podem ser consideradas duas direcções relativamente à superfície do material: direitoorientado sempre para o mesmo lado ou direito com direito.

Figura 15

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CORTECORTECORTECORTECORTE

No primeiro modo (fig. 16i), o direito do tecidoestá sempre posicionado da mesma forma edesigna-se estendida num só sentido.

No outro modo (fig. 16ii), as folhas imparestem o direito virado para um lado e as folhaspares o direito voltado para o outro lado.

O colchão pode ainda ser formado com asfolhas orientadas numa só direcção, em queo correr do tecido ou desenho está sempreorientado para a mesma extremidade docolchão, ou duas direcções, estandoalternadamente orientado para asextremidades opostas.

Deve ser considerada a simetria da superfície do tecido, que pode ser simétrica emambas as direcções (à largura e ao comprimento), simétrica só numa direcção ouassimétrica em ambas as direcções.

A estendida numa só direcção aplica-se em tecidos que são assimétricos quer à larguraquer ao comprimento. A maior parte dos tecidos com correr definido é estendida destaforma.

As estendidas ou colchões podem ter extremidades cortadas ou dobradas. As estendidasdobradas são sempre direito com direito.

Dessa forma, pelo menos quatro tipos de estendidas podem ser efectuadasmecanicamente:

DIREITO COM DIREITO (SENTIDO EDIRECÇÃO OPOSTAS)

O carro estende nas duas direcções, semqualquer mudança na posição da peça.

Resulta uma estendida direito com direito,com as folhas apresentando alternativamentedirecções opostas.

Este método é adequado para tecidossimétricos para qualquer lado.

É um método rápido e consequentementemenos oneroso, uma vez que o carro estásempre a estender tecido (fig. 17).

Figura 16

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Figura 17

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DIREITO COM AVESSO (SENTIDO EDIRECÇÃO ÚNICA)

O carro estende numa só direcção,retornando sem estender ao início.

Resulta numa estendida direito com avesso,com as folhas sempre na mesma direcção.

É adequado para tecidos com uma direcçãodefinida.

Se o direito do tecido estiver orientado paracima, é possível efectuar a revista ao tecido,detectando os defeitos (fig. 18).

DIREITO COM AVESSO E DIRECÇÃOOPOSTA (SENTIDO ÚNICO, DIRECÇÃOOPOSTA)

O carro estende em ambas as direcções,rodando a peça no fim de cada folha.

Resulta numa estendida direito com avesso,com as folhas em direcções opostas.

É adequado para tecidos simétricos emambos os lados.

Permite uma maior capacidade produtiva,uma vez que o carro estende nas duasdirecções (fig. 19).

DIREITO COM DIREITO E SENTIDOSOPOSTOS (SENTIDO OPOSTO, DIRECÇÃOÚNICA)

O carro estende numa só direcção,retornando sem estender, roda a peça detecido, estende a segunda folha na mesmadirecção e assim sucessivamente.

Resulta numa estendida face com face comtodas as folhas na mesma direcção.

É adequado para tecidos de um só lado, comoos veludos, cujas características friccionaistenderiam a que este escorregasse, se fosseestendido com a face somente para cima (fig.20).

Figura 18

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Figura 19

Figura 20

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CORTECORTECORTECORTECORTE

A estendida (ou colchão) pode ser classificada de acordo com a direcção do materialrelativamente à mesa ou de acordo com a direcção do correr do tecido ou desenhoem relação a uma das extremidades do colchão.

Podem ser consideradas duas direcções relativamente à superfície do material:direito orientado sempre para o mesmo lado (direito com avesso) ou direito comdireito.

O colchão pode ainda ser formado com as folhas orientadas numa só direcção, emque o correr do tecido ou desenho está sempre orientado para a mesma extremidadedo colchão, ou duas direcções, estando alternadamente orientado para asextremidades opostas.

As estendidas ou colchões podem ter extremidades cortadas ou dobradas.

1.3.6 EMBALAGENS DO TECIDO

As embalagens do tecido variam em comprimento, largura e forma de apresentação.

A escolha segundo a qual o tecido deve chegar à sala de corte está relacionada com ascaracterísticas do tecido e do método de estendida empregado.

Geralmente os tecidos são fornecidos em aberto, enrolados directamente num rolo. É aembalagem apropriada para estender.

Quando são estendidos manualmente, requerem normalmente duas operárias, uma decada lado da mesa.

O rolo de tecido tubular é normalmente usado por produtores de vestuário como camisasdesportivas e T-shirts ou em casos especiais em que a largura do tecido corresponde àlargura do corpo.

A malha tubular pode ser estendida normalmente por um carro estendedor.

O tecido, dobrado e enrolado numa placa rectangular, é a forma tradicional com tecidosde lã ou misturas de lã, usados em alfaiataria.

Com tecido dobrado, o risco contém apenas metade do conjunto de moldes, uma vezque, estando dobrado, é estendido face com face.

O tecido dobrado e empacotado é normalmente usado com tecidos de xadrez e algumasmalhas tubulares e pretende evitar-se a distorção que um enrolamento apertado podeprovocar.

O tecido é colocado cuidadosamente para a frente e para trás, sendo o fim da peçaenrolado em torno do lote.

Quanto mais comprida a peça de tecido, mais baixos são os custos de produção eembalagem por metro quadrado.

Na estendida, as peças mais pesadas e longas reduzem os tempos de carga e preparação

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do carro estendedor e aumenta o número de folhas disponíveis por peça, reduzindotambém os desperdícios resultantes do início e fim de peça.

As embalagens do tecido variam em comprimento, largura e forma de apresentação.

A escolha segundo a qual o tecido deve chegar à sala de corte está relacionadacom as características do tecido e do método de estendida empregue.

1.4 CORTE

1.4.1 INTRODUÇÃO

O objectivo do corte é separar e produzir réplicas dos moldes colocados no risco.

O vestuário não poderá ser montado satisfatoriamente e assentar correctamente nocorpo se não tiver sido cortado com precisão, de acordo com o formato dos moldes.

A precisão obtida depende do método de corte empregue e em alguns casos também doplaneamento e do risco.

No corte manual com lâmina, a precisão do corte depende da definição do risco, condiçãoda lâmina e da perícia e motivação do operador.

No corte na prensa e no corte controlado por computador, depende somente da condiçãodo equipamento.

Os lados dos moldes não devem apresentar fios puxados ou outros defeitos que resultamnormalmente de uma lâmina mal afiada.

O aumento de temperatura na lâmina resulta da fricção desta com o tecido, podendoprovocar a fusão das fibras termoplásticas nos lados do tecido.

A solução para este problema reside na utilização de lâminas bem afiadas, no uso delubrificantes na lâmina ou no papel, na redução da velocidade de corte ou na redução daaltura do colchão.

O sistema de corte deve suportar o tecido e garantir que a lâmina corta até à última folhade tecido.

O objectivo do corte é separar e produzir partes em tecido como réplica dos moldescolocados no risco.

1.4.2 EQUIPAMENTOS DE CORTE

Na maioria das salas de corte actuais, o processo de corte é efectuado usando tesourasmanuais, eléctricas ou prensas cortantes.

A lâmina deve apresentar um lado muito fino às fibras para exercer uma pressão

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CORTECORTECORTECORTECORTE

suficientemente alta para cortar as fibras sem deformar ou distender o tecido.

Durante o corte, a lâmina perde as suas qualidades, pelo que periodicamente deve serafiada e eventualmente substituída.

Diversos sistemas de corte podem ser usados, separadamente ou em combinação.

TESOURA MANUAL

As tesouras manuais (fig. 21) são normalmenteusadas para cortar uma ou duas folhas detecido.

Este método é suficientemente flexível paratrabalhar em qualquer tecido ou molde, mas tema desvantagem do tempo despendido econsequente custo em mão de obra por peçade vestuário.

TESOURA ELÉCTRICA DE LÂMINAVERTICAL

A tesoura eléctrica de lâmina vertical (fig. 22) éconstituída por uma base, uma lâmina, um corpodelgado ou contra lâmina para acomodar alâmina e no topo um motor eléctrico.

Duas espécies de força são requeridas paraoperar uma lâmina vertical: a força do motor quemovimenta a lâmina no seu movimentorecíproco e a força do operador que conduz alâmina durante o corte.

A força requerida ao motor é determinada pelaaltura do colchão, pelas características do

tecido, pela curvatura da linha a cortar e pela amplitude do movimento da lâmina.

Quanto mais potente o motor, mais pesada a máquina.

Quanto mais alto o corpo, mais larga será a sua secção e maior a sua largura, aumentandoa resistência ao corte em curva.

Quanto maior o movimento, mais rápido será o corte e mais facilmente a máquina serámanobrada, embora também maior potência do motor seja necessária.

O mais importante factor para seleccionar uma tesoura eléctrica é a força requerida aooperador para mover a lâmina através do tecido.

O esforço do operador é função do peso do motor, do formato da base, da altura domanípulo, da amplitude do movimento da lâmina, da condição da lâmina e do atrito dabase na mesa.

A lâmina poderá ser lisa, ligeiramente afiada para tecidos pesados ou muito afiada para

Figura 21

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tecidos macios, ondulada para o corte de plásticos ou serrada para os algodões maisfortes.

A velocidade variável é uma característica vulgar, permitindo que o mesmo equipamentocorte fibras naturais e termoplásticas.

A tesoura eléctrica com lâmina vertical é o mais comum método de corte, pois é versátil,portátil, mais barato que a serra de fita, mais preciso para cortar em curva que umatesoura de lâmina circular e bastante fiável e de fácil manutenção.

Existe um sistema mecânico de apoio ao corte com este equipamento (fig. 23). Estesistema suporta a tesoura por cima, sendo a base e os rolamentos substituídos por umabase pequena e chata, reduzindo a possibilidade de distorção durante o corte.

Também a largura do corpo e da lâmina é mais reduzida, facilitando a execução decortes curvilíneos.

Este braço articulado é desenhado de forma a permitir o movimento da tesoura emqualquer parte do colchão, em qualquer direcção e sentido.

TESOURA ELÉCTRICA DE LÂMINA CIRCULAR

A tesoura eléctrica com lâmina circular é constituída por uma base, na qual está montadoum motor eléctrico, um manípulo para o operador orientar a lâmina e uma lâmina circularrotativa (fig. 24).

As tesouras circulares não são adequadas para efectuarem cortes segundo linhas curvasem colchões altos, pois a lâmina não atinge todas as folhas simultaneamente no mesmoponto e tem dificuldade em cortes curvos.

A tesoura circular é usada somente para cortes rectilíneos ou para colchões baixos compoucas folhas.

Figura 23

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SERRA DE FITA

Uma serra de fita é constituída por três ou mais polias, movidas por um motor eléctrico,com uma lâmina de aço contínua e flexível, rodando montada nas polias, sendo um dosseus lados afiados (fig. 25).

O princípio de operação é diferente da serra vertical ou circular, pois a lâmina passaatravés de um orifício numa posição fixa, sendo a secção do colchão a cortar movida deencontro à lâmina.

A lâmina é normalmente mais estreita que a usada numa tesoura vertical e não temqualquer suporte por trás, permitindo por isso o corte de curvas e ângulos apertados.

O local de trabalho deve ser organizado de forma que o operador possa puxar ou empurraro colchão através da lâmina.

A serra de fita é usada quando é necessária uma precisão de corte maior que a obtidacom uma tesoura vertical. Mesmo que a serra de fita seja usada para cortar todas aspeças, a tesoura eléctrica de lâmina vertical será usada para separar o colchão em

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secções, para um melhor manuseamento do colchão.

Deve ser reservado espaço à volta dos moldes no planeamento do corte, para que ocolchão possa ser seccionado usando uma tesoura eléctrica e depois cortado comprecisão com a serra de fita.

Quando peças pequenas como colarinhos, punhos e bolsos são cortados, uma chapade metal ou uma placa de fibra com o formato do molde poderá ser fixado no topo docolchão, sendo depois efectuado o corte na serra de fita, cortando exactamente ao longodo contorno rígido do molde.

A serra de fita é mais usada em vestuário de homem do que em vestuário feminino,sendo muitas vezes usado para cortar peças grandes, como painéis de casacos ousobretudos.

Muitos componentes de vestuário necessitam que sejam efectuadas marcas (picas) nasbordas dos mesmos, de forma a permitir o alinhamento com outras peças, durante acostura.

Os métodos de corte previamente referidos podem ser usados para efectuar os picas,mas a precisão do corte depende do operador.

O equipamento especializado para efectuar os picas permite maior precisão, pois umguia alinha o picador com a borda do molde, dando consistência na profundidade eângulo do pica (fig. 26).

Uma outra máquina, o picador a quente, incorpora um elemento de aquecimento deforma a que a lâmina queime ligeiramente as fibras adjacentes aos picas, para prevenirque este desfie.

Quando são necessários pontos de referência no interior das peças de vestuário, taiscomo a posição dos bolsos ou pregas, um orifício é muitas vezes efectuado através detodas as folhas de tecido constituintes do colchão.

O furador é constituído por uma base com um orifício pelo qual o furador penetra e umnivelador, para assegurar que o furador está horizontal e assim perfura na vertical (fig.27).

Figura 26

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CORTECORTECORTECORTECORTE

Em muitos tecidos, o orifício é efectuado a frio, permanecendo visível até que a operadorautilize o tecido.

Em tecidos nos quais o orifício possa fechar, pode-se usar um furador a quente, o qualqueimará ou fundirá ligeiramente as bordas do orifício.

Alternativamente, poderá ser usado um furador hipodérmico, que deixará um pouco detinta em cada uma das folhas.

Se for importante que não fiquem quaisquer marcas permanentes no tecido, poderá serpassada uma linha comprida, que será cortada em pequenas secções aquando daseparação do colchão.

PRENSA CORTANTE

No corte com prensa é usada uma lâmina com a forma da periferia do molde, incluindoos picas (fig. 28).

A profundidade de corte depende do tipo de lâmina.

Esta tecnologia é usada para cortar partes pequenas de peças de vestuário grandes,como colarinhos, golas, punhos e bolsos ou as partes de peças pequenas, como soutiens.

Permite uma grande precisão de corte, mas devido ao custo das lâminas, só é apropriadapara cortar uma grande quantidade de peças com o mesmo formato.

O corte é muito mais rápido do que usando a tesoura eléctrica, para a mesma altura docolchão.

É proporcionalmente mais económico para pequenas partes, pois tem uma maior periferiaem relação à sua área do que as partes maiores.

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A precisão do corte obtido é maior nas partes pequenas, sendo mais difícil de obter coma tesoura eléctrica.

As prensas de corte normalmente são constituídas por um braço de corte suportado porum único pilar situado na parte de trás da máquina.

Este braço desloca-se para o lado para permitir a colocação das matrizes em cima dotecido.

O movimento descendente da prensa deve ser controlado de forma que a lâmina penetreligeiramente na base, de forma a separar completamente a última folha.

As prensas podem ser de dois tipos: de impacto, fazendo o corte com um único movimentoou hidráulica e electrónica, que exerce pressão contínua na matriz até esta estabelecercontacto com a base.

Devido ao contacto da matriz com a base, esta última deve também ser substituídaperiodicamente. Para efectuar o corte, o carro estende o número requerido de folhas,podendo ser posicionado um risco no topo do colchão, de forma a ajudar noposicionamento da matriz de corte.

O colchão é cortado em secções, para permitir o seu deslocamento para a prensa.

Em alguns casos, não é usado o risco, sendo o operador que posiciona a matriz damelhor forma possível.

Uma desvantagem importante da prensa de corte é o menor aproveitamento de tecido.

Devido ao custo elevado de prensas com grandes áreas e ao custo proibitivo do númerode matrizes necessárias, esta solução não é rentável na maior parte dos casos.

CORTE AUTOMÁTICO

A informação gerada e armazenada no computador, no sistema de planeamento docorte assistido por computador, poderá ser usada para controlar o movimento de umalâmina (fig. 29) durante o corte automático.

Este método permite o corte mais rigoroso possível, a alta velocidade.

Um sistema típico de corte controlado por computador é constituído por uma mesa comuma superfície de corte especial que suporta o tecido mas permite a penetração e omovimento da lâmina, que é suportada pelo topo.

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Permite também a passagem de ar através da mesa para criar vácuo, reduzindo-sedessa forma a altura do colchão e segurando este em posição. A cabeça de corte éconstituída por uma lâmina, um afiador automático, controlos pneumáticos e umservomotor que roda a lâmina até uma posição tangente à linha de corte (fig. 30).

Uma folha de plástico é colocada normalmente no topo do colchão de forma a auxiliar naformação de vácuo e assim comprimir o colchão.

Numa estrutura separada, estão alojados o computador, as fontes de alimentação e oscomponentes eléctricos necessários para movimentar a cabeça de corte, o seutransportador e o motor de vácuo.

O carro estendedor forma o colchão numa mesa de corte convencional equipada com arforçado.

É colocada uma folha de papel sob o colchão, de forma a que o colchão possa sertransportado para a mesa de corte sem distorção.

Este papel é perfurado, de forma a permitir a formação de vácuo, para comprimir ocolchão.

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Após ter sido introduzida no computador a informação gerada anteriormente, o operadorposiciona a cabeça de corte no canto do colchão, funcionando como ponto de referência.

Um furador motorizado colocado atrás da cabeça de corte pode efectuar os furos conformenecessário.

Conforme o corte é efectuado, é desenrolada outra folha de plástico sobre as peçascortadas até que o corte esteja completo, de forma a não ser eliminado o efeito devácuo.

São possíveis diferentes combinações de sala de corte, devendo ser considerado ofacto de que nesta situação, a fase de corte é bastante mais rápida que a fase deestendimento e um pouco mais que a fase de formação dos lotes (fig. 31).

Uma combinação típica usa quatro mesas de estendimento para cada mesa de corte.

A mesa de corte, com o transportador e a cabeça de corte, pode ser deslocada entre asmesas de estendimento e mesas de formação de lotes.

A mesa de corte não necessita de ser tão comprida como o colchão.

Uma combinação alternativa é usar uma mesa com ar forçado, funcionando como umamesa de transferencia para a mesa de corte que se encontra fixa.

Na prática, embora não seja estritamente necessária, é colocada uma marcada em papelno topo do colchão, de forma a ser possível identificar as peças cortadas e tambémcontrolar possíveis problemas.

Em alternativa, poderá ser usado equipamento adicional, que irá colocar etiquetas nosdiferentes moldes, antes do corte.

Outra forma alternativa de corte automático é o corte com laser, isto é, a lâmina ésubstituída por um feixe de laser.

Um laser produz um raio de luz que pode ser focado num reduzidíssimo alvo, provocandouma densidade de energia muito elevada, degradando o material a cortar.

Um raio laser tem uma profundidade de focalização limitada, pelo que a profundidade de

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CORTECORTECORTECORTECORTE

tecido que pode cortar é limitada.

Quando são cortadas várias folhas de tecido, a precisão não é perfeita, resultando umcorte em "V", existindo também o risco das bordas das peças fundirem juntas.

O sistema automático de corte com laser tem uma velocidade quase dupla da do sistemaautomático de corte com lâmina mas para cortar grandes quantidades, devido àpossibilidade de se formar um colchão com muitas folhas com o último sistema, estepode ser cerca de doze vezes mais produtivo.

Para empresas que efectuem cortes em pequenas quantidades, para ordens e/outamanhos, o sistema de corte com laser tem um bom potencial.

As vantagens do corte em folha única estão relacionadas com a informação armazenadano computador, o que pode permitir ajustamentos pontuais de acordo com a largura dotecido e/ou padrões, defeitos no tecido e imediato corte para reposição de partesdefeituosas.

Outro método utiliza um jacto de água a alta velocidade, com um diâmetro muito pequeno.

O jacto a alta pressão funciona como um instrumento de corte sólido quando entra emcontacto com o tecido, rebentando as fibras no impacto.

O corte com jacto de água é mais eficiente em folhas de material rígido, mosaicos parapavimentos, peles e plásticos.

Nestes materiais é possível efectuar cortes circulares com um raio reduzido, enquantoque com os tecidos o corte resulta mais imperfeito.

Tal como no corte com laser, é necessário obter um compromisso entre as várias variáveis.

Para uma dada aplicação, existe um compromisso óptimo de velocidade de corte, diâmetrodo jacto e pressão hidráulica para se obter o melhor resultado de corte.

As tesouras manuais são normalmente usadas para cortar uma ou duas folhas detecido.

A tesoura eléctrica com lâmina vertical é o mais comum método de corte, pois éversátil, portátil, mais barata que a serra de fita, mais precisa para cortar em curvaque uma tesoura de lâmina circular e bastante fiável e de fácil manutenção.

A tesoura circular é usada somente para cortes rectilíneos ou para colchões baixoscom poucas folhas.

A serra de fita é usada quando é necessária uma precisão de corte maior que aobtida com uma tesoura vertical.

O picador marca o tecido com maior precisão, pois um guia alinha o picador com aborda do molde, dando consistência na profundidade e angulo do pica.

A prensa é usada para cortar partes pequenas de peças de vestuário grandes,como colarinhos, golas, punhos e bolsos e permite uma grande precisão de corte.

O sistema de corte assistido por computador, usa a informação do planeamento

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de corte para controlar o movimento de uma ferramenta de corte, permitindo umcorte rigoroso e a alta velocidade.

1.5 PREPARAÇÃO PARA A COSTURA

Após o corte de todos os componentes há que proceder ao que se designa por preparaçãoà costura.

Entre as actividades mais relevantes, pode-se destacar o loteamento, a termocolagem eos bordados.

LOTEAMENTO

O loteamento destina-se a preparar os lotes para a costura. As peças cortadas nocolchão são separadas em lotes menores ou são juntas aos outros componentes damesma peça de vestuário e da mesma folha de tecido quando há o perigo de semisturarem folhas da mesma cor mas tonalidade diferente.

A divisão dos componentes em lotes menores prende-se com a organização da produção,nomeadamente com a quantidade de peças e tempo em curso de fabrico.

TERMOCOLAGEM

Algum vestuário, atendendo às suas características futuras, incorpora também entretelasou termocolantes. Como o nome indica, são materiais que são colados normalmente noavesso do tecido, por meio de temperatura e pressão, com o objectivo de melhorar oaspecto da peça de vestuário.

Para a aplicação da entretela, podem ser usadas prensas de termocolar, de tapete ou deprato.

As entretelas, que podem ter diferentes composições, devem ser seleccionadas de acordocom o tecido onde vão ser aplicadas (encolhimento, cor,...), sendo importante o correctoajustamento da prensa de termocolar, em termos de tempo, pressão e temperatura, parauma eficaz operação de termocolagem.

BORDADOS

A aplicação de bordados pode também ser feita nesta fase, mesmo quando o bordado ésubcontratado.

Entre as actividades mais relevantes, pode-se destacar o loteamento, atermocolagem e os bordados.

O loteamento destina-se a preparar os lotes para a costura.

As entretelas ou termocolantes são materiais que são colados normalmente noavesso do tecido, por meio de temperatura e pressão.

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CORTECORTECORTECORTECORTE

AUTO-TESTE DO TEMA

Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituídopor 16 itens, distribuídos por 4 secções identificadas pelas letras do alfabeto que vão deA a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/as respostas que considerar mais adequadas para responder correctamente a cadauma das questões.

A conjugação de vários tamanhos num risco poderá:

A1

A2

A3

A4

Satisfazer vários produtos com tecidos diferentes.

Aumentar a eficiência do risco.

Diminuir a eficiência do risco.Incluir diferentes encomendas no mesmo plano.

TOTAL

Um sistema de desenrolamento indirecto é aquele que:

B1

B2

B3

B4

Movimenta o eixo do rolo do tecido.

Puxa o tecido do rolo.

Desenrola o tecido a velocidade constante.Está ligado por um sistema de transmissão à mesa.

TOTAL

Durante o corte:

C1

C2

C3

C4

O aumento de temperatura na lâmina pode provocar defeitos.

Devem ser tomadas medidas de segurança.

Os lados dos moldes podem apresentar fios puxados. É essencial uma lâmina em bom estado para se obter qualidade.

TOTAL

Em que circunstâncias se deve utilizar a prensa?

D1

D2D3

D4

Quando a profundidade de corte é grande.

Para cortar peças pequenas com precisão.

Quando é necessário um corte preciso e em pouca quantidade. Para cortar peças em grande quantidade.

TOTAL

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SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

A conjugação de vários tamanhos num risco poderá:

A1

A2

A3

A4

Satisfazer vários produtos com tecidos diferentes.

Aumentar a eficiência do risco.

Diminuir a eficiência do risco.Incluir diferentes encomendas no mesmo plano.

TOTAL

Um sistema de desenrolamento indirecto é aquele que:

B1

B2

B3

B4

Movimenta o eixo do rolo do tecido.

Puxa o tecido do rolo.

Desenrola o tecido a velocidade constante.Está ligado por um sistema de transmissão à mesa.

TOTAL

Em que circunstâncias se deve utilizar a prensa?

D1

D2D3

D4

Quando a profundidade de corte é grande.

Para cortar peças pequenas com precisão.

Quando é necessário um corte preciso e em pouca quantidade. Para cortar peças em grande quantidade.

TOTAL

Durante o corte:

C1

C2

C3

C4

O aumento de temperatura na lâmina pode provocar defeitos.

Devem ser tomadas medidas de segurança.

Os lados dos moldes podem apresentar fios puxados. É essencial uma lâmina em bom estado para se obter qualidade.

TOTAL

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CORTECORTECORTECORTECORTE

BIBLIOGRAFIA

[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do Vestuário”. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,1996. 455 p. ISBN 972-31-0706-6.

[2] CARR, Harold; LATHAM, Barbara - “The technology of clothing manufacture”. Oxford,UK: Blackwell Science Ltd., 1994. 274 p. ISBN 0-632-02193-4.

[3] COOKLIN, Gerry - “Introduction to clothing manufacture”. Oxford, UK: Blackwell ScienceLtd., 1996, 178 p. ISBN 0-632-02661-8.

[4] GLOCK, Ruth; KUNZ, Grace - “Apparel manufacturing: sewn products analysis”. NewJersey, USA: Prentice-Hall, Inc, 1995. 611 p. ISBN 0-02-344142-9.

[5] MENDONÇA, Artur - “Organização da produção em confecção têxtil”. Porto:Publindústria – Edições Técnicas, 2000. 235 p. ISBN 972-95794-6-6.

[6] TYLER, David, “Materials management in clothing production”. Oxford, UK: BlackwellScience Ltd., 1991. 168 p. ISBN 0-632-02896-4.

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OBJECTIVO

1. Conhecer os diversos tipos e pontos de costura.

2. Indicar as suas principais características e aplicações.

3. Conhecer os objectivos e as etapas do processo, equipamentos utilizados emetodologias.

4. Conhecer os aspectos mais importantes a considerar, de forma a maximizar a eficiênciado processo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

2.1 Introdução 34

2.2 Tipos de costura 35

2.3 Pontos de costura 41

2.4 Comparação entre ponto preso e ponto cadeia 62

2.5 Máquinas de costura 64

2.5.1 Classificação de máquinas de costura 64

2.5.1.1 Classificação segundo a sua forma 64

2.5.1.2 Classificação segundo o nível de automatização 67

2.5.1.3 Classificação segundo o tipo de ponto 68

2.5.2 Construção geral das máquinas 68

2.5.3 Afinações principais 83

2.5.3.1 Máquina de ponto preso 83

2.5.3.2 Máquina de ponto cadeia 85

2.5.4 Problemas de costura em máquinas de ponto preso 87

2.5.5 Problemas de costura em máquinas de ponto de cadeia 88

2.5.6 Problemas de costura em máquinas de corte e cose 90

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

2.1 INTRODUÇÃO

Em linguagem corrente, costura é a união entre duas peças de tecido.

Na norma NP 3800: Classificação e Terminologia de Tipos de Costura, a costura é definidacom "a aplicação de uma série de pontos ou tipo de pontos numa ou várias folhas dematerial".

O objectivo da costura é a junção das peças constituintes do vestuário, combinando ascaracterísticas de aspecto, desempenho e economia na produção. É ainda a melhorforma de obter resistência e flexibilidade no vestuário e no método de produção.

Bom aspecto na costura normalmente significa a união suave do tecido, sem pontosimperfeitos e danos no material costurado.

Devido à grande variedade de fibras e contexturas de tecidos utilizados, para se obteruma boa costura durante a produção, poderá ser necessário utilizar técnicas diferentes.

Por desempenho da costura entende-se a sua resistência, elasticidade, durabilidade,segurança e conforto, bem como a manutenção de qualquer característica especial dovestuário, como por exemplo à prova de água ou fogo.

A costura deve ser efectuada considerando a utilização pretendida para o vestuário.

Pelo que deve ser tão resistente quanto o tecido, deve ter o mesmo comportamento queo tecido, isto é alongar e recuperar como o tecido.

A costura deve ser resistente à abrasão resultante da utilização do vestuário e da lavagem,bom como apresentar segurança contra o desmanchamento do ponto.

A obtenção de costuras de qualidade é o resultado da correcta combinação dos seguintesfactores:

a) O tipo de costura, que é uma configuração particular do tecido.

b) O tipo de ponto, que é uma configuração particular da linha no tecido.

c) O mecanismo de alimentação da máquina de costura, que move o tecido sob aagulha e permite que os pontos sejam formados em sucessão e regularmente.

d) A agulha, que insere a linha no tecido.

e) A linha de costura, que forma o ponto que une, acaba ou decora o tecido.

A obtenção de costuras de qualidade é o resultado da correcta combinação dosseguintes factores:

a) O tipo de costura, que é uma configuração particular do tecido.

b) O tipo de ponto, que é uma configuração particular da linha no tecido.

c) O mecanismo de alimentação da máquina de costura, que move o tecido soba agulha e permite que os pontos sejam formados em sucessão e regularmente.

d) A agulha, que insere a linha no tecido.

e) A linha de costura, que forma o ponto que une, acaba ou decora o tecido.

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2.2 TIPOS DE COSTURA

A escolha do tipo de costura é determinado por factores estéticos, resistência,durabilidade, conforto no uso, compatibilidade com o equipamento disponível e o custo.

As costuras são divididas em classes de acordo com o tipo e número mínimo decomponentes na costura.

Para indicar como as várias costuras são formadas, diferentes estilos de diagramaspodem ser usados (fig. 1).

Uma costura usualmente efectuada nos lados dos tecidos é ilustrada de três formasdiferentes. Mostra uma costura consistindo em duas peças de tecido com os ladosacabados, unidas com uma fileira adicional de pontos.

As costuras são divididas em classes de acordo com o tipo e número mínimo decomponentes na costura.

As seis classes originais estão contidas na norma NP 3800, tendo sido adicionadasduas novas classes.

CLASSE 1 (COSTURAS SOBREPOSTAS)

É a classe mais comum para construção da costura.

A costura é produzida com um mínimo de dois componentes, ambos limitados no mesmo

lado.

O tipo de costura mais simples nesta classe é formado pela sobreposição do lado deuma peça de tecido noutra peça de tecido.

Diferentes tipos de pontos podem ser utilizados neste tipo de costura, seja para unir doiscomponentes, para acabar os lados ou para efectuar as duas funções simultâneamente.

As costuras ilustradas na fig. 2, (i) e (ii), podem ser acabadas em aberto, o que não épossível na representada em (iii).

Figura 1

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Outro exemplo é a costura sobreposta conhecida como a costura francesa, que éefectuada em dois passos (fig. 3 (i)).

Como exemplo de uma costura sobreposta com um componente adicional, temos ainserção de um enfeite, podendo ser efectuada de diferentes formas (fig. 4)

O tipo de costura mais simples nesta classe é formado pela sobreposição do ladode uma peça de tecido noutra peça de tecido.

Figura 2

Figura 3

Figura 4

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CLASSE 2 (COSTURAS SOBREPOSTAS PARCIALMENTE)

As costuras nesta classe são também produzidas com um mínimo de dois componentes,sendo no entanto limitados em lados diferentes.

Os dois componentes são opostos e a diferentes níveis, sobrepondo-se um ao outro.

A costura mais simples deste tipo é formada sobrepondo parcialmente duas peças dematerial (fig. 5).

Muito comum em costuras longas em vestuário como os jeans e camisas, é a costurasobreposta parcialmente e embainhada (fig. 6), efectuada com duas fileiras numamáquina de duas agulhas. Isto proporciona uma costura com muita resistência, emboraseja possível que a linha de costura na superfície sofra abrasão em áreas como entreas pernas.

A costura mais simples deste tipo é formada sobrepondo parcialmente duas peçasde material.

CLASSE 3 (COSTURAS DE SEGURANÇA)

Nesta classe, as costuras são produzidas com um mínimo de dois componentes, um

Figura 5

Figura 6

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

dos quais é limitado num dos lados com o segundo, limitado nos dois lados, montadono lado do primeiro.

A costura consiste num lado do tecido que é encapado por outro, com a possibilidadede outro componente ser inserido na capa fig. 7 (i).

Na fig. 7 (ii) é mostrada uma versão comum onde o tecido do vestuário ou mesmo numacor contrastante, é cortado em pequenas fitas. Usando um dispositivo embaínhador, oslados da fita são dobrados e esta é colocada sobre o bordo do painel principal.

A costura de segurança é muitas vezes usada como decorativa, podendo a fita aplicadacontinuar para além do bordo, de forma a proporcionar um acabamento com nó.

A costura consiste num lado do tecido que é encapado por outro, com apossibilidade de outro componente ser inserido na capa.

CLASSE 4 (COSTURAS PLANAS)

Nesta classe, as costuras são produzidas com um mínimo de dois componentes, sendolimitados em lados opostos. Estes dois componentes estão opostos e ao mesmo nível.

Os lados do tecido dos dois componentes nunca se sobrepõem (fig. 8).

Figura 7

(i) (ii)

Figura 8

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Podem ser colocados sem intervalo e juntos por um ponto que tem duas agulhas emcada tecido e linhas de cobertura passando de um lado para o outro entre as agulhasdos dois lados do tecido.

São normalmente usadas nas malhas, pois a vantagem desta costura é proporcionaruma união não saliente em vestuário que é usado em contacto com a pele, como roupainterior.

Os lados do tecido dos dois componentes nunca se sobrepõem.

CLASSE 5 (COSTURAS DECORATIVAS)

As costuras desta classe são produzidas com um mínimo de um componente ilimitadonos dois lados.

O uso principal desta costura é para efeitos decorativos, quando colunas simples oumúltiplas são efectuadas sobre uma ou mais camadas de tecido.

As camadas múltiplas de tecido podem resultar do mesmo tecido dobrado várias vezes.

Em (i) da fig. 9 é ilustrada uma costura com duas agulhas com aplicação de uma fitaenquanto em (ii) há somente quatro colunas de pontos.

Outras possibilidades, usando o dispositivo embainhador adequado, são as pregas,muitas vezes múltiplas e as costuras com canal.

O uso principal desta costura é para efeitos decorativos, quando colunas simplesou múltiplas são efectuadas sobre uma ou mais camadas de tecido.

CLASSE 6 (COSTURA DE ACABAMENTO)

São produzidas só com um componente limitado num dos lados.

As costuras desta classe são aquelas que acabam as baínhas ou o lado do tecido por

Figura 9

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

meio de um ponto, em vez de o mesmo ser efectuado com uma fita de tecido.

A costura mais simples é a aplicada no lado do tecido que fica no interior da peça, comum ponto orlado (fig. 10).

Quando se considera baínhas nas mangas ou a parte inferior do vestuário, há umagrande variedade de tipos de pontos que podem ser usados.

Em (i) é mostrada uma bainha típica num vestido ou calças em tecido, sendo feito oacabamento do lado e depois efectuada uma costura invisível (ponto invisível). Numamalha, o acabamento do bordo pode ser omitido.

Em (ii), é usado um embainhador para a construção da bainha de uma camisa ou deuma saia e (iii) e (iv) mostram um método de dobrar o lado do tecido que é algumasvezes usado na carcela da camisa.

As restantes duas classes são uma adição à norma antiga, incluindo tipos de costurasnormalmente usadas na construção de peças de vestuário mais recentes. Não lhesfoi atribuído qualquer título descritivo.

As costuras desta classe são aquelas que acabam as baínhas ou o lado do tecidopor meio de um ponto, em vez de o mesmo ser efectuado com uma fita de tecido.

CLASSE 7 (COSTURA PARA APLICAÇÕES)

Nesta classe, a costura é produzida com um mínimo de dois componentes, dos quaisum é limitado num só lado e todos os outros são limitados nos dois lados.

Em certa medida são similares às da classe 2, excepto que os componentes adicionaissão limitados nos dois lados.

Pretende-se nestas costuras adicionar componentes separados ao lado da peça devestuário.

Como exemplo, podemos ter a aplicação de uma fita de renda ao lado inferior de uma

Figura 10

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cueca (fig. 11 (i)), de uma fita de elástico no lado de um soutien (ii) ou um elásticoinserido na perna de um fato de banho (iii).

Um exemplo onde o item adicional é o próprio tecido com entretela é uma outra versãoda carcela da camisa. É um outro caso onde usando dois embainhadores e uma máquinade duas agulhas, uma construção complicada pode ser feita numa só fase.

Pretende-se nestas costuras adicionar componentes separados ao lado da peçade vestuário.

CLASSE 8 (COSTURA PARA APLICAÇÕES)

Trata-se de outra classe onde só um componente é envolvido na construção da costura.

São costuras produzidas com um mínimo de um componente limitado em ambos oslados.

O exemplo mais comum neste tipo é a aplicação de presilhas em jeans, gabardinas,etc, como mostrado na fig. 12 (i). Os cintos são também incluídos nesta classe, sendomostradas duas possíveis construções em (ii) e (iii).

O uso na aplicação de presilhas do ponto referido anteriormente usando duas agulhase uma linha de cobertura inferior, assegura que os lados inacabados são cobertos naparte inferior, mostrando somente duas linhas de ponto simples no topo.

O cinto mostrado em (iii) é de construção mais rápida e económica que o ilustrado em(ii), mas é necessário um dispositivo para dobrar o tecido.

Trata-se de outra classe onde só um componente é envolvido na construção dacostura.

2.3 PONTOS DE COSTURA

Nas diversas costuras já referidas é evidente a necessidade de diferentes pontos decostura, uns para juntar, outros para acabar tecidos e outros para formar uma cobertura

Figura 12

(ii) 301 (iii) 301(i) 406

Figura 11

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

sobre o tecido.

Certos tipos de pontos podem também ajudar na construção mais económica devestuário, efectuando várias funções simultaneamente, como juntar e acabar ou decorar.

As propriedades dos pontos de costura que influenciam o aspecto e o desempenho sãoo tamanho, a tensão nas linhas de costura e a consistência.

Relativamente ao tamanho devem ser consideradas três dimensões: o comprimento, alargura e a profundidade.

Os diferentes tipos de pontos estão classificados na norma 3801, sendo referenciadospor um número com três algarismos.

A norma define o ponto como “uma unidade de formação resultando de uma ou maislinhas ou laçadas intralaçando, interlaçando ou passando dentro ou através do material”.

Os vários tipos de pontos estão divididos em seis classes, as quais cobrem asnecessidades de juntar tecidos, acabar lados ou decorar ou possibilitar a execução devárias funções simultaneamente.

Dos cerca de setenta tipos mencionados na norma, somente cerca de vinte são usadosnormalmente.

Mesmo esta variedade é usada somente em produções em grande quantidade onde anecessidade de velocidade, economia e alta qualidade das costuras prevalecem sobre aflexibilidade do método de produção.

Nas produções de pequeno volume, o vestuário é construído somente com dois ou trêstipos de pontos.

As seis classes definidas na norma são as seguintes:

- Classe 100 - Pontos de cadeia simples

- Classe 200 - Pontos manuais

- Classe 300 - Pontos presos

- Classe 400 - Pontos de cadeia múltiplos

- Classe 500 - Pontos de orlar

- Classe 600 - Pontos de recobrimento

As propriedades dos pontos de costura que influenciam o aspecto e o desempenhosão o tamanho, a tensão nas linhas de costura e a consistência.

CLASSE 100 - PONTOS DE CADEIA SIMPLES

Os tipos de ponto desta classe são formados por uma ou mais linhas, sendocaracterizados pelo intralaçamento.

Uma ou mais laçadas de linhas são passadas através do material e seguras pelo

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intralaçamento com a laçada ou laçadas seguintes, depois destas terem passado atravésdo material.

Uma vez que cada laçada está dependente da seguinte, o ponto nesta classe não émuito seguro, pelo que, quando a ponta da linha não é passada pela última laçada, ouatravés do material ou a linha rebenta, o ponto desfaz-se facilmente.

Um dos mais simples de todos os tipos de ponto é o tipo 101, o qual é formado com umaúnica linha (fig. 13).

Precisamente devido à sua pouca segurança, pode ser facilmente removido, sendousado para operações de alinhavo na produção de vestuário por medida.

É um ponto muito inseguro para ser usado na união de dois tecidos, mas é largamenteusado em máquinas de agulhas múltiplas.

Uma grande variedade de efeitos decorativos pode ser obtida, usando parte ou o todode um conjunto de agulhas muito juntas.

Se for utilizada uma linha elástica nas agulhas, e o tecido costurado sob tensão, a linhairá depois relaxar e enfolar o tecido, permitindo resultados como cintos ou punhoselásticos.

Este ponto só é possível de efectuar com tecido, não podendo ser interrompido e asagulhas removidas no meio de uma costura.

Outro uso normal dos pontos da classe 100 é em processos especiais de costura, comopregar botões, abrir casas e efectuar baínhas invisíveis.

Para os dois primeiros casos é utilizada uma versão zig-zag, sendo as máquinas rápidas,mas a sua utilização não é satisfatória para o consumidor, pois muitas vezes,especialmente com os botões, estes não aguentam o período de vida da peça de vestuário.

É necessário um ajustamento cuidadoso da máquina, deixando uma pequena ponta delinha no final, para uma segurança melhorada.

Para efectuar costuras com baínhas invisíveis, ponto tipo 103, é utilizada uma agulha

Figura 13

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

curva, mostrando o mínimo ou nenhuma linha no exterior da peça do vestuário (fig. 14).

Se necessário, a máquina pode ser ajustada para saltar pontos, ou seja, para apanharo tecido apenas em pontos alternados, tornando assim o ponto ainda menos visível.

De uma forma geral, o nível de segurança é bastante reduzido, mas pode ser melhoradopelo uso de linhas com mais atrito.

Existem máquinas que condensam o ponto no inicio e no fim da costura.

É necessário um ajustamento cuidadoso das máquinas com os pontos de cadeia simples,para que as peças onde são aplicados sobrevivam ao uso e tratamento normais.

Esta classe de pontos tem como principais características:

- Boa elasticidade da costura;

- Pouca solicitação do fio (25 a 30 passagens pela agulha e pouco esforço dealongamento);

- Costura a alta velocidade e/ou com fios de menor qualidade;

- O aspecto da costura não é igual dos dois lados;

- A costura abre facilmente, pelo que o remate ou a condensação de ponto éindispensável caso este efeito não seja desejado (ambos os dispositivos sãotecnicamente complexos e caros);

- A costura nunca deve ser interrompida. Deve começar no início do tecido e acabarpara além do final deste, possivelmente num pedaço de tecido auxiliar, para depoisse fazer um nó no final na costura e assim trancá-la;

- O fecho de camadas de tecido não é muito eficiente;

- Pouco resistente a esforços laterais (a costura tende a abrir-se).

Tem como aplicações principais:

- Fecho de sacos

- Alinhavo de costuras (costura temporária) onde necessário e possível com fecho

Figura 14

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dos buracos abertos na passagem a ferro

- Costuras elásticas (em detrimento de inserção de elástico) por utilização de fioselásticos, feitas com estes no seu estado esticado. Mais apropriado que outros pontospara produzir elásticos, pois já de si é uma costura elástica.

- Costuras decorativas

De salientar que é importante que a costura abra facilmente nas primeiras duas aplicações,pelo que não se faz o remate nem condensação de ponto.O consumo de linha de costura (em metros), por metro de costura, pode ser obtido daseguinte forma:

Ponto tipo 101

Ctl = (3 x cp + 2 x esp) x dp / 10 [3.1]

em que: cp - comprimento do ponto (mm)

esp - espessura do tecido (mm)

dp – pontos por cm

Exemplo: Com um comprimento de ponto de 2.5 mm e um tecido de 1,0 mm de espessura,o consumo de linha de costura será:

(3 x 2.5 mm + 2 x 1 mm) x (10 mm/2.5 mm/ponto) = 3.8 m

O cálculo de consumos de linha de costura é sempre aproximado, pois estes dependemde inúmeros factores além dos considerados na fórmula apresentada, como por exemplo,as tensões nos fios, a grossura dos fios, o tipo de arraste, etc.

Para comprimento de ponto muito pequeno (>4 pontos/cm), há um aumento de cerca10% no consumo total, quando comparado com o valor obtido com a fórmula [3.1].

No ponto tipo 102, o consumo de linha de costura é aproximadamente o dobro do pontotipo 101.

O consumo de linha de costura do ponto tipo 107 pode ser calculado relacionando-ocom o da costura correspondente rectilínea (ponto tipo 101), substituindo a variável cp(comprimento do ponto (mm)) por ((cp2+lzz2)½/cp, onde lzz é a largura do zig-zag (mm),ou seja,

Ctl = (3 x ((cp2+lzz2)½/cp + 2 x esp) x dp / 10 [3.2]

Uma vez que cada laçada está dependente da seguinte, o ponto nesta classe nãoé muito seguro, pelo que, quando a ponta da linha não é passada pela últimalaçada, ou através do material ou a linha rebenta, o ponto desfaz-se facilmente.

Precisamente devido à sua pouca segurança, pode ser facilmente removido, sendousado para operações de alinhavo na produção de vestuário por medida.

É um ponto muito inseguro para ser usado na união de dois tecidos, mas élargamente usado em máquinas de agulhas múltiplas.

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Uma grande variedade de efeitos decorativos pode ser obtida, usando parte ou otodo de um conjunto de agulhas muito juntas.

Este ponto só é possível de efectuar com tecido, não podendo ser interrompido eas agulhas removidas no meio de uma costura.

Outro uso normal dos pontos da classe 100 é em processos especiais de costura,como pregar botões, abrir casas e efectuar baínhas invisíveis.

CLASSE 200 - PONTOS MANUAIS

Os tipos de ponto desta classe são formados manualmente e são caracterizados porusar uma ou várias linhas na agulha.

Cada linha é passada através do material como uma linha simples, sendo o ponto seguropela passagem da linha dentro e fora do material.

Quando é usada mais do que uma linha, as linhas passam nos mesmos orifícios domaterial.

Os pontos manuais são usados para a produção de vestuário de alta qualidade, pois oconsumidor espera que pelo seu custo, o produto apresente uma montagem eacabamento que só dessa forma poderão muitas vezes ser obtidos.

Muitas vezes é a única forma de obter um determinado efeito, que a ser produzido emgrandes quantidades, poderá eventualmente ser obtido de uma outra forma.

Em alguns casos, foram desenvolvidas máquinas para simular o ponto manual, comopor exemplo, o tipo 209, que é usado em torno dos bordos exteriores de casacos (fig.15).

Como exemplos, podem referir-se os pontos tipo 201, que é um ponto formado por duaslinhas, o ponto tipo 202, o ponto tipo 205 (fig. 16), o ponto tipo 209, que se utiliza paraalinhavos, o ponto tipo 210, para rebordar o tecido e o ponto tipo 220, que é utilizado

Figura 15

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para fazer casas, i.e., rematar e rebordar os bordos cortados.

Os tipos de ponto desta classe são formados manualmente e são caracterizadospor usar uma ou várias linhas na agulha.

Quando é usada mais do que uma linha, as linhas passam nos mesmos orifíciosdo material.

CLASSE 300 - PONTOS PRESOS

Os tipos de ponto nesta classe são formados por dois ou mais grupos de linhas e têmcomo característica geral o interlaçamento dos vários grupos.

As laçadas de um grupo são passadas através do material sendo seguras pela linha oulinhas do segundo grupo.

Um dos grupos é normalmente referido como das linhas da agulha e o outro como daslinhas da bobine.

O interlaçamento das linhas nos pontos desta classe torna esta costura muito segura edifícil de desfazer.

O ponto mais simples desta classe, tipo 301, usa uma linha da agulha e uma linha dabobine e é o ponto mais comum, especialmente na produção de pequenos volumes deuma grande variedade de produtos (fig. 17).

Na figura são mostrados a aparência do ponto e o mecanismo de formação.

Quando o ponto é formado correctamente, são consumidas as mesmas quantidades delinha, quer da agulha quer da bobine, e o interlaçamento é efectuado no centro do tecido.

O ponto preso tem resistência suficiente para a maioria dos casos.

Tem a mesma aparência em ambos os lados.

É também, na sua forma mais simples, o único tipo que produz o ponto de uma formaconsistente, quando é necessário costurar um canto, parando e rodando em torno daagulha. Isto é importante no pesponto, bem como na junção de colarinhos, bolsos, etc.

O ponto é seguro, pois a quebra de um ponto não alargará a fileira completa, podendoa ponta da linha ser segura fazendo uma pequena costura no sentido inverso.

Figura 16

ponto 201 ponto 202 ponto 205

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

A linha de costura no ponto preso acomoda-se bastante bem no tecido, o que aumentaa resistência à abrasão.

Na sua forma mais simples, mas em zig-zag, tipo 304, é usado para juntar acessórios,como renda ou elástico, onde é necessária uma costura, não importando o acabamento(fig. 18).

Na sua versão zig-zag em três passos é usado normalmente para produzir um pontoseguro, mas com elasticidade, por exemplo, para os bordos de um soutien.

Este ponto em zig-zag é adequado para este tipo de costuras, mas não têm uma boaaparência em costuras sobrepostas.

O ponto tipo 306 efectua um ponto preso invisível (fig. 19).

É mais seguro que o tradicional 103, mas um estudo cuidadoso da construção do pontomostra uma linha da bobine rectilínea, que rebentando, destruirá alguns pontos.

Tem também tendência para provocar franzido em tecidos finos.

Para formar um ponto invisível, podem também ser usados os pontos tipo 313 e 314.

Figura 17

Figura 18

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A maior desvantagem do ponto preso é a utilização da bobine para fornecer a linhainferior, podendo somente armazenar um comprimento de linha limitado.

A mudança de bobine consome tempo, bem como desfazer a costura quando a linhaacaba, num local onde tal é inaceitável.

Quando se trabalha com máquinas de duas ou mais agulhas, especialmente quando seprocede a dobras complicadas do tecido, o fim da linha poderá ser um problema grave.

Poderão ser usados detectores ópticos de fim de linha da bobine ou contadoresautomáticos que param a máquina após um número determinado de ciclos, que deixarãoa bobine quase vazia.

Nas máquinas de casear, onde repontar é possível desde que o buraco não tenha sidocortado, as máquinas normalmente param sem cortar a casa se a linha da bobine acabaou a linha da agulha quebra.

Outra desvantagem do ponto preso é a sua limitada elasticidade e a sua inaptidão parao acabamento de bordos.

Como características principais desta classe de pontos, podem apontar-se:

- Alta resistência da costura (resistência lateral e durabilidade);

- Bom fecho de camadas de tecido;

- Costura pouco volumosa;

- Aspecto da costura é igual dos dois lados, podendo a cor ser adaptada às duasfaces: grande vantagem para todo o tipo de pespontos;

- Para abrir uma costura em ponto preso tem que se romper ponto a ponto;

- A linha de costura da bobine não é ilimitada, o que obriga à sua constante substituição;

- A solicitação do fio é maior que no ponto em cadeia (40 a 45 passagens pela agulha);

- Baixa elasticidade relativamente a outros pontos (com tensão de fio baixa consegue-se 30% de alongamento);

- Normalmente máquinas para um máximo de duas agulhas. Distância entre agulhasnão pode ser muito pequena devido ao espaço ocupado pela laçadeira;

- O ponto preso é utilizado em todas as aplicações que exijam uma costura segura epouca elasticidade.

Figura 19

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Consumo de linha de costura (em metros), por metro de costura: Ponto tipo 301

Ctl = (2 x cp + 2 x esp) x dp / 10 [3.3]

em que: cp - comprimento do ponto (mm)

esp - espessura do tecido (mm)

dp – pontos por cm

Este é o consumo total de fio inferior e superior. Como é fácil de verificar, a relação deconsumo de fio superior e inferior é de 50%-50%.

O consumo de linha de costura do ponto tipo 304 pode ser calculado relacionando-ocom o da costura correspondente rectilínea (ponto tipo 301), substituindo a variável cp(comprimento do ponto (mm)) por ((cp2+lzz2)½/cp, onde lzz é a largura do zig-zag (mm),ou seja,

Ctl = (3 x ((cp2+lzz2)½/cp + 2 x esp) x dp / 10 [3.4]

Os tipos de ponto nesta classe são formados por dois ou mais grupos de linhas etêm como característica geral o interlaçamento dos vários grupos.Um dos grupos é normalmente referido como das linhas da agulha e o outro comodas linhas da bobine.O interlaçamento das linhas nos pontos desta classe torna esta costura muito segurae difícil de desfazer.O ponto mais simples desta classe, tipo 301, usa uma linha da agulha e uma linhada bobine e é o ponto mais comum, especialmente na produção de pequenosvolumes de uma grande variedade de produtos.Quando o ponto é formado correctamente, são consumidas as mesmas quantidadesde linha, quer da agulha quer da bobine, e o interlaçamento é efectuado no centrodo tecido. Tem a mesma aparência em ambos os lados.

É também, na sua forma mais simples, o único tipo que produz o ponto de umaforma consistente, quando é necessário costurar um canto, parando e rodando emtorno da agulha. Isto é importante no pesponto, bem como na junção de colarinhos,bolsos, etc.

A mudança de bobine consome tempo, bem como desfazer a costura quando alinha acaba, num local onde tal é inaceitável.

CLASSE 400 - PONTOS DE CADEIA MÚLTIPLOS

Os tipos de ponto desta classe são formados por dois ou mais grupos de linhas e temcomo característica geral o interlaçamento dos dois grupos.

As laçadas de um dos grupos são passadas através do material e são seguras pelointerlaçamento com as laçadas de outro grupo.

Um dos grupos é normalmente referido como das linhas da agulha e o outro grupo como

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das linhas da laçada.

A versão mais simples desta classe, tipo 401, tem o aspecto do ponto preso no topo,mas tem um efeito de cadeia dupla no lado de baixo, formada pela linha da laçada (fig.20).

A cadeia formada permanece normalmente no lado de baixo, sendo a linha da agulhaque atravessa o tecido, controlada pelo equilíbrio da costura.

Devido à geometria do ponto, um ponto de cadeia de duas linhas é mais resistente queo ponto preso similar e não sendo o cruzamento das linhas efectuado dentro do tecido,é menos provável que apareça frisado provocado pela estrutura do tecido.

A sua grande vantagem é que ambas as linhas usadas na formação do ponto provêm decones colocados no topo da máquina, pelo que não é necessário mudar qualquer bobine.

É frequentemente usado em vestuário tipo calças, com costuras longas.

Em costuras sobrepostas a duas agulhas, como as usadas em jeans, é sem dúvida oponto mais adequado (o fim da linha da bobine nesta situação seria desastroso).

Este ponto desfaz-se pelo fim, se rebentado, mas menos facilmente que o ponto 101,mas se a máquina for correctamente ajustada, não deverá provocar problemas.

Se nenhuma costura atravessar o fim do ponto, deverá ser deixada uma ponta comalguma linha da laçada.

A elasticidade deste ponto pode ser aproximadamente igual à do ponto preso, mas sefor aceitável um pouco de abertura lateral da costura, a tensão nas linhas poderá serreduzida aumentando a elasticidade obtida.

A tensão aplicada nas linhas é normalmente mais baixa do que as usadas no pontopreso, permitindo maiores velocidades de costura, com menos probabilidade derebentarem as linhas.

O ponto 401 é muitas vezes usado em combinação com um ponto orlado, por razões deeconomia na junção e acabamento de costuras, quando são necessárias grandesproduções (fig. 21).

Figura 20

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Outro tipo muito usado nesta classe é o tipo 406, o qual usa duas agulhas e tem umalinha de laçada cobrindo o tecido entre as linhas das agulhas.

É usado para colocar fitas e rendas em vestuário onde o bordo do tecido deva ser acabadoe também para efectuar baínhas em que seja admissível que o ponto seja visível do ladodireito. Em ambos os casos, o bordo do tecido poderá ficar contido sob o ponto decobertura (fig. 22).

Quer o ponto tipo 406, quer a versão de três agulhas, tipo 407, são usados para cobrircosturas ou bordos inacabados no interior do vestuário e para os manter planos oupara colocar elástico em artigos onde, para se obter um bordo confortável no vestuário,é necessária uma banda alargada de ponto de costura.

Alternativamente, poderá ser obtido um efeito decorativo dobrando um dos bordos dovestuário e colocando-lhe um elástico com um ponto zig-zag tipo 411, efectuado com alinha da cadeia visível no lado direito do vestuário e com uma linha contrastante na linhada laçada.

Quando se coloca elástico no vestuário, o elástico é esticado de uma forma controlada e

Figura 21

Figura 22

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pré-determinada enquanto é colocado no tecido e quando relaxa leva o tecido para adimensão adequada.

A versão linear ou em zig-zag do ponto 401 poderá ser feita ligeiramente fora do bordodo tecido, criando um efeito decorativo adicional.

Se o ponto 411 for aplicado no vestuário ao longo de um bordo previamente acabadoou embainhado de alguma forma e com o efeito de cadeia do lado direito, será obtidoum ponto similar a um ponto de crochet.

Com a versão duas agulhas do mesmo ponto, efectuada com as duas agulhas movendo-se em oposição, será obtida uma união aberta entre dois bordos dobrados de tecido (fig.24).

Consumo de linha de costura (em metros), por metro de costura: Ponto tipo 401Ctl = (4 x cp + 2 x esp) x dp / 10 [3.5]

em que: cp - comprimento do ponto (mm)

esp - espessura do tecido (mm)

dp – pontos por cm

Este é o consumo total de fio inferior e superior.

A relação de consumo de fio superior e inferior é de 35%-65%.

Figura 23

Figura 24

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Pontos tipo 402 e 406 – aproximadamente o dobro do ponto tipo 401.

A relação de consumo de fio superior e inferior no ponto tipo 402 é de 40%-60%.

A relação de consumo de fio superior e inferior no ponto tipo 406 é de 36%-64%.

Ponto tipo 407– aproximadamente o triplo do ponto tipo 401.

A relação de consumo de fio superior e inferior no ponto tipo 407 é de 36%-64%.

Os tipos de ponto desta classe são formados por dois ou mais grupos de linhas etem como característica geral o interlaçamento dos dois grupos.

Um dos grupos é normalmente referido como das linhas da agulha e o outro grupocomo das linhas da laçada.

A versão mais simples desta classe, tipo 401, tem o aspecto do ponto preso notopo, mas tem um efeito de cadeia dupla no lado de baixo, formada pela linha dalaçada.

Devido à geometria do ponto, um ponto de cadeia de duas linhas é mais resistenteque o ponto preso similar e não sendo o cruzamento das linhas efectuado dentrodo tecido, é menos provável que apareça frisado provocado pela estrutura do tecido.

É frequentemente usado em vestuário tipo calças, com costuras longas.

A tensão aplicada nas linhas é normalmente mais baixa do que as usadas noponto preso, permitindo maiores velocidades de costura, com menos probabilidadede rebentarem as linhas.

O ponto 401 é muitas vezes usado em combinação com um ponto orlado, porrazões de economia na junção e acabamento de costuras, quando são necessáriasgrandes produções.

CLASSE 500 - PONTOS DE ORLAR

Os tipos de ponto desta classe são formados por um ou mais grupos de linhas e temcomo característica geral o facto de que as laçadas de pelo menos um dos grupos delinhas passam à volta do lado do material.

Os tipos de ponto mais usados nesta classe têm uma ou duas linhas da agulha e umaou duas linhas da laçada e formam uma banda estreita ao longo do bordo do tecido, comas linhas intersectando-se no bordo, evitando que o tecido se desmanche.

Todos apresentam alta elasticidade, não se desfazem facilmente e a utilização de umafaca antes da agulha permite acertar o bordo do tecido antes de se costurar.

O ponto tipo 501 forma-se só com uma linha. Duas lançadeiras (cegas) ajudam a formara costura de rebordo (fig. 25).

Este ponto segue exactamente o princípio do ponto em cadeia simples (101), com adiferença de que o laço é levado pelo rebordo do tecido.

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É pouco resistente a esforços transversais, mantém a elasticidade que caracterizam ospontos em cadeia e desmancha-se facilmente.

É pouco utilizado, sendo a sua aplicação principal o alinhavo de costuras ou a junçãotemporária de peças, por exemplo, em lavandarias ou tinturarias.

Os pontos tipo 502 e 503 têm o mesmo princípio de formação do ponto 501, com adiferença de que o crochet superior leva agora também um fio.

Em vez de puxar o fio da agulha do rebordo até à agulha, insere o fio inferior no laço dofio da agulha (fig. 26).

O ponto tipo 503 é usado para acabamento dos bordos, muitas vezes referido comocerzido, em vestuário de homem.

É particularmente aconselhado para calças, pois sendo a construção com duas linhas,tem menos probabilidade de ser notada após a passagem a ferro da costura.

Não é normalmente usada para a união convencional de duas peças de tecido, uma vezque a costura abre quando tensionada.

Existem algumas situações onde isso pode ser utilizado como uma vantagem, como, porexemplo, na baínha de uma t-shirt, onde dobrando cuidadosamente o tecido, se obtémo acabamento do bordo e a costura da baínha, mostrando o mínimo de pontos no lado

Figura 25

ponto 502

ponto 503

Figura 26

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

direito.

O ponto 503 mantém as características apontadas para o 501, mas é mais resistente,não abre facilmente e a costura é menos volumosa que nos pontos que serãoapresentados a seguir.

Este tipo de ponto utiliza-se para operações de chuleio, em que se pretende melhorar oaspecto e a durabilidade de rebordos cortados.

Pode também ser utilizado para união em malhas, geralmente quando se pretende umacostura pouco volumosa.

Não é muito utilizado em costuras de união em geral, pois a sua resistência lateral,embora melhor se comparada com o ponto 501, não é ainda suficiente.

O ponto tipo 504 é formado com uma linha da agulha e duas linhas da laçada, sendousado para acabar bordos e em tecidos de malha, para unir costuras (fig. 27).

Tem propriedades de elasticidade e recuperação excelentes quando efectuado com aslinhas adequadas apesar da distância entre a agulha e o bordo do tecido ser estreita,não proporcionando resistência suficiente em tecidos com tendência para desfiar.

A distância pode ser ajustada dentro destes limites, de forma a proporcionar umaaparência satisfatória e uma espessura aceitável, de acordo com a natureza da malha acosturar.

Quando os tecidos são unidos com este ponto, deve ser deixada uma ponta de linha,sendo depois a costura segura de alguma forma.

Poderá ser uma outra costura cruzada ou uma pequena costura com ponto preso.

É possível utilizar um dispositivo especial o qual pode trancar o ponto no inicio do fim dacostura.

Este ponto pode também ser usado para proporcionar um acabamento decorativo dobordo se for efectuado com uma grande densidade de ponto e uma distância reduzidaentre a agulha e o bordo, o qual após o corte, foi enrolado para a largura do ponto,

Figura 27

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normalmente dois mm.

É usada muitas vezes uma linha com cor contrastante.

Conforme o ajuste de tensões de fio, poderá obter-se o ponto tipo 505, em que o fio daagulha é puxado até ao rebordo, e as junções de fios acontecem ambas nas partesinferior e superior do rebordo (fig. 28).

Algumas das máquinas utilizam agulhas curvas para levarem o fio mais facilmente atéao rebordo.

Face ao ponto tipo 503, este é um ponto mais seguro, não abre facilmente, é maisvolumoso e tem maior resistência lateral e melhor protecção de rebordos, especialmenteno 505.

Este ponto poderá utilizar-se para costuras de união numa grande variedade deaplicações (calças, jeans, t-shirts) e operações de chuleio (especialmente 505, poisoferece maior protecção ao rebordo)

Também nesta classe temos os pontos 512 e 514, que usam duas agulhas e um total dequatro linhas (fig. 29).

Figura 28

Figura 29

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Proporcionam uma distância entre a agulha e o bordo maior que a obtida no ponto 504o que combinado com uma segunda agulha conduz a uma costura com maior segurança.

São usados em tecidos leves e médios, especialmente lingerie e camisas.

Proporcionam também boa elasticidade e recuperação, quando usados em malhas.

Como mencionado no tipo 401, uma combinação do tipo 401 e 503 ou 504, formadosimultaneamente numa máquina, é muito comum quando é necessária a junção eacabamento da costura e não há necessidade de prensagem dos bordos abertos.

É referida como costura de segurança e proporciona uma costura económica em tecidose malhas com pouca extensibilidade.

Pode ser usada no mesmo género de tecidos leves tal como o tipo 512 e 514, bem comoem tecidos pesados tais como o denim para jeans.

É descrita como (401.503) ou (401.504) (fig. 30), o ponto indicando a combinação depontos de costura e os parêntesis a sua simultaneidade.

Tem o nível de extensibilidade do ponto 401, uma vez que é este ponto que segura acostura.

Devido à sua semelhança num dos lados com o ponto de segurança, o ponto 512 émuitas vezes referido com ponto de segurança falso.

A junção de costuras com qualquer dos pontos desta classe, como seja o 504, 512 ou514 ou um ponto combinado, dá uma costura fechada onde a bainha deve ser prensadapara um lado em vez de ser aberta.

O aspecto resultante não é muitas vezes aceitável; por exemplo, é comum em calçaspara jovens, mas não normalmente em calças de homem.

No ponto tipo 503, o consumo de fio aproximado é o seguinte:

Ctl = (3*cp+2*lc+4*esp+2((cp2+lc2)½)*dp/10 [3.6]

em que: cp - comprimento do ponto (mm)

lc – largura da costura (mm)

esp - espessura do tecido (mm)

dp – pontos por cm

Figura 30

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A relação fio superior/inferior é de 55/45 para o ponto 503.

No ponto tipo 501, o consumo é cerca de 95% do calculado para o ponto tipo 503.

O consumo de fios para os pontos tipo 504 pode calcular-se aumentando 25% aocálculo para o ponto 503.

A repartição dos consumos entre fio superior, crochet superior e crochet inferior é deaproximadamente 20/38/42.

O consumo de fios para os pontos tipo 505 pode calcular-se aumentando 3% ao cálculopara o ponto 503.

A repartição dos consumos entre fio superior, crochet superior e crochet inferior é deaproximadamente 48/41/11.

O consumo de linhas no ponto tipo 512 é cerca de 142% do valor calculado para ocorrespondente ponto 503.

A repartição do consumo é: fio de agulha principal, 13; fio de agulha lateral, 13; fio decrochet superior, 30 e fio de crochet inferior, 44.

Os tipos de ponto desta classe são formados por um ou mais grupos de linhas etem como característica geral o facto de que as laçadas de pelo menos um dosgrupos de linhas passam à volta do lado do material.

Todos apresentam alta elasticidade, não se desfazem facilmente e a utilização deuma faca antes da agulha permite acertar o bordo do tecido antes de se costurar.

Não é normalmente usada para a união convencional de duas peças de tecido,uma vez que a costura abre quando tensionada.

Este tipo de ponto utiliza-se para operações de chuleio, em que se pretende melhoraro aspecto e a durabilidade de rebordos cortados.

Pode também ser utilizado para união em malhas, geralmente quando se pretendeuma costura pouco volumosa.

Uma combinação do tipo 401 e 503 ou 504, formado simultaneamente numamáquina, é muito comum quando é necessária a junção e acabamento da costurae não há necessidade de prensagem dos bordos abertos.

É referida como costura de segurança e proporciona uma costura económica emtecidos e malhas com pouca extensibilidade.

CLASSE 600 - PONTO DE RECOBRIMENTO

Com a excepção do primeiro tipo, os tipos de ponto desta classe são formados com trêsgrupos de linhas e tem como característica geral que dois dos grupos cobrem ambas assuperfícies do material.

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

As laçadas do primeiro grupo de linhas (linhas da agulha) são passadas através daslaçadas do terceiro grupo, já integrado na superfície do material e depois através domaterial onde são interlaçadas com laçadas do segundo grupo de linhas no lado inferiordo material.

O segundo e terceiro grupo de linhas são normalmente referidas como linhas de coberturasuperior e linhas de cobertura inferior ou linhas de laçada.

Os pontos desta classe são os mais complexos de todos e podem ter até nove linhas nototal, incluindo quatro linhas de agulha.

Pode dizer-se que os pontos de recobrimento são muito semelhantes aos pontos decadeia multi-agulha, em que se recobre a parte inferior da costura entre agulhas. Nospontos classe 600 acrescentou-se somente um fio de recobrimento superior.

São usados em situações semelhantes aos pontos 406 e 407, formando uma costuraplana e confortável de elástico, renda ou fitas nos bordos do vestuário com a função deum ponto decorativo na parte superior e uma cobertura funcional inferior dos bordos dotecido.

Uma análise cuidada do ponto 602 mostra que é o ponto 406 com a adição de uma linhade cobertura superior (fig. 31).

Assim, as aplicações e características deste ponto são muito semelhantes ao ponto406: costura de elásticos, recobrimento funcional e decorativo de bordos, costuras deunião planas pouco volumosas.

O fio de recobrimento superior dá à costura com ponto tipo 602 um visual diferente, quepode ser utilizado para ornamentação e em casos em que convém um aspecto idênticoda costura nos dois lados.

A maior parte dos pontos une tecidos que se encontram posicionados no topo um dooutro e quando as faces do tecido são abertas, a costura está totalmente dentro dovestuário.

Na classe 600 pode ir-se aumentando a complexidade dos esquemas de ponto com

Figura 31

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vista ao alargamento da largura de recobrimento e à obtenção de um efeito visualdiferente. O ponto 606, o mais complicado desta classe, conhecido como “flatlock”,pode ser usado para unir tecidos que são juntos, naquilo que é designado como umacostura plana (fig. 32).

Duas lâminas asseguram que os bordos acabados do tecido são colocados juntos equatro agulhas e nove linhas proporcionam uma união suave com boa extensibilidade.

Este tipo de costuras apropria-se para efeitos decorativos, para inserir elásticos ou paracosturas de união planas (fig. 33).

Figura 32

Figura 33

Ponto

tipo 602

Ponto

tipo 605

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

As costuras planas utilizam-se em malhas, especialmente em roupas interiores, emque se conseguem costuras elásticas, seguras, confortáveis pouco volumosas eesteticamente agradáveis (meia-calça para senhora).

Com a linha de cobertura superior de uma cor contrastante, pode ser usadadecorativamente em vestuário de malha de lazer.

Nesta classe, é deixada uma cadeia na ponta final, que deverá ser segura, se não foratravessada por outra costura.

Com a excepção do primeiro tipo, os tipos de ponto desta classe são formadoscom três grupos de linhas e tem como característica geral que dois dos gruposcobrem ambas as superfícies do material.

Assim, as aplicações e características deste ponto são muito semelhantes ao ponto406: costura de elásticos, recobrimento funcional e decorativo de bordos, costurasde união planas pouco volumosas.

As costuras planas utilizam-se em malhas, especialmente em roupas interiores,em que se conseguem costuras elásticas, seguras, confortáveis pouco volumosase esteticamente agradáveis (meia-calça para senhora).

2.4 COMPARAÇÃO ENTRE PONTO PRESO E PONTO EM CADEIA

Depois de analisados os principais pontos de costura, é conveniente de uma formaresumida apresentar as principais diferenças entre pontos em cadeia e ponto presosegundo diversos aspectos:

A) CONSUMO DE LINHA

Ponto preso 100%

Ponto em cadeia simples: 150%

Ponto em cadeia duplo: 200%

Pontos de recobrimento e de rebordo: >200%

B) ASPECTO

O ponto preso pode sempre ser ajustado à cor do tecido, pois de cada lado da costuraaparece só um fio e a costura é igual dos dois lados.

O ponto em cadeia tem um aspecto diferente nos dois lados da costura, e um fio podeaparecer dos dois lados da costura, pelo que a adaptação à cor é difícil se as camadasa juntar tiverem cores diferentes.

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Em certos casos os pontos de recobrimento proporcionam uma estética desejável.

Pontos em cadeia simples e duplos “não recobridores” produzem problemas em tecidosfinos, pois são volumosos e deixam marcas ao ser feita a passagem a ferro.

C) REMATE E CONDENSAÇÃO DE PONTO

As costuras em ponto de cadeia necessitam de um remate, condensação de ponto oude serem seguras por nova costura, em sentido transversal, no final para se tornaremabsolutamente seguras.

O remate é tecnicamente complexo, a condensação de ponto mais simples.

Para esta última solução reduz-se o comprimento de ponto a um mínimo de 1.5 mm nosúltimos 10 mm.

Utiliza-se normalmente a trancagem por uma costura transversal, pois normalmente estairá aparecer no decorrer natural da montagem da peça.

O uso do remate é caro, reduz a performance e fiabilidade da máquina e na zona deremate a costura é bastante grossa.

No ponto preso, o remate é tecnicamente simples (inversão de marcha) e nem semprenecessário.

D) FECHO DE CAMADAS E ELASTICIDADE

O ponto preso proporciona um excelente fecho e uma costura segura com baixaelasticidade.

A utilização do ponto em cadeia traz grande elasticidade, mas um fecho e resistênciamais limitados.

E) LIMITAÇÕES NA APLICAÇÃO

O ponto preso não pode ser utilizado onde se exija uma costura com muita elasticidadee ao mesmo tempo com bom aspecto ou quando a costura não pode ser interrompida ameio.

O ponto em cadeia não se pode utilizar onde se exijam costuras seguras e resistentes àtracção e desgaste, ou que se tenham que adaptar à cor do tecido ou devam ter omesmo aspecto de ambos os lados.

Devido ao maior volume das costuras em ponto em cadeia, este pode também terconsequências no conforto da peça costurada.

F) RAPIDEZ

As máquinas de ponto em cadeia são normalmente mais rápidas e podem trabalhar comfios de costura mais baratos, pois a linha é menos solicitada.

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

A vantagem da rapidez só aparece em unidades automáticas, pois a operadora nãoconsegue trabalhar no limite de velocidade das máquinas.

O ponto preso pode sempre ser ajustado à cor do tecido, pois de cada lado dacostura aparece só um fio e a costura é igual dos dois lados.

As costuras em ponto de cadeia necessitam de um remate, condensação deponto ou de serem seguras por nova costura, em sentido transversal, no final parase tornarem absolutamente seguras.

O ponto preso não pode ser utilizado onde se exija uma costura com muitaelasticidade e ao mesmo tempo com bom aspecto ou quando a costura não podeser interrompida a meio.

O ponto em cadeia não se pode utilizar onde se exijam costuras seguras eresistentes à tracção e desgaste, ou que se tenham que adaptar à cor do tecido oudevam ter o mesmo aspecto de ambos os lados.

2.5 MÁQUINAS DE COSTURA

2.5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE COSTURA

Os diversos tipos de costuras e pontos de costura desenvolvidos de forma a responderaos requisitos de utilização dos produtos de confecção levaram à construção de diferentestipos de máquinas.

A norma NP 3937 classifica as máquinas de costura de acordo com alguns parâmetros,sendo apresentados de seguida alguns exemplos.

2.5.1.1 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A SUA FORMA

De uma maneira simplificada podemos classificar as formas das máquinas de costuracomo se segue:

MÁQUINAS DE BASE PLANA

É o tipo de máquina mais comum, normalmente montada sobre a bancada de tal formaque a superfície da máquina coincida com a mesa (fig. 34).

MÁQUINAS DE BASE ELEVADA

As máquinas de base plana são de construção simples, rápidas e pouco dispendiosas.No entanto, só podem coser materiais planos ou dobrados ligeiramente.

Uma variante constitui a montagem da mesma máquina de forma a que a sua baseesteja levantada relativamente à superfície da mesa, designando-se nesse caso pormáquina de base elevada (fig. 35).

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MÁQUINAS DE BRAÇO (BASE EM BRAÇO)

As máquinas de braço destinam-se à costura de peças que devido à sua forma sãomais facilmente processadas no braço, ou seja, todo o tipo de peças com forma tubular(fig. 36).

Existem variantes dentro desta classe, que surgem pelos diferentes tipos de braços,podendo estar deslocados, inclinados ou achatados; alguns são apropriados paracosturas de perímetro em peças tubulares, outros para costuras em comprimento (fig.37).

Figura 34 Figura 35

Figura 36 Figura 37

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

MÁQUINAS DE SUPORTE VERTICAL OU DE COLUNA

As máquinas de suporte vertical apropriam-se para a costura de peças côncavas ouconvexas, sendo muito utilizadas na indústria de calçado, onde esse tipo de peças écomum (fig. 38).

MÁQUINAS MONOBLOCO

Este tipo de máquinas é constituído por um bloco onde o processo de costura sedesenrola do lado esquerdo. São normalmente máquinas corta-e-cose (ponto classe500) (fig. 39).

A montagem do bloco pode acontecer de tal forma que a superfície de costura esteja aomesmo nível ou levantada em relação à superfície da mesa.

Podemos classificar as formas das máquinas de costura como:

Máquinas de base plana

Máquinas de braço (base em braço)

Figura 38

Fon

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Figura 39

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Máquinas de base elevada (levantada)

Máquinas de suporte vertical ou de coluna

Máquinas monobloco

2.5.1.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O NÍVEL DE AUTOMATIZAÇÃO

Os tipos de máquinas de costura usados na produção de vestuário podem também serclassificados conforme os níveis de automatização, com o número de máquinas usadasdiminuindo do primeiro nível para o último.

Um maior nível de automação nesta classificação implica um aumento acentuado emcusto de capital, pelo que um grande aumento de produção é necessário para compensaresse aumento de custo.

Corresponde também a uma diminuição em flexibilidade, pois as máquinas produzemuma forma básica de ponto, com poucas variações. Quanto mais variações, maior ocusto.

MÁQUINAS DE COSTURA BÁSICAS

São constituídas por vários elementos: um suporte, uma mesa, um motor eléctrico, umacabeça normalmente oferecendo um tipo de ponto, uma base de diversos formatos e osmeios para a operária controlar a velocidade da costura, a densidade de ponto e aposição do calcador.

Existe um número elevado de acessórios para estas máquinas, que auxiliam o trabalhodo operador e dispensam este de algum manuseamento associado com a operação decostura.

Estão sendo cada vez mais aplicados a estas máquinas sistemas commicroprocessadores, permitindo, entre outras funções, que o levantamento do calcador,o corte de linha e densidade de pontos sejam ajustados e controlados automaticamente.

MÁQUINAS DE COSTURA AUTOMÁTICAS SIMPLES

Nesta classe, as máquinas são normalmente controladas por cames, produzindo um sótipo de costura.

Exemplos são as máquinas de casear, de pregar botões e de pregar etiquetas.

O formato da costura é determinado pela máquina, de uma forma consistente, mas ooperador efectua todo o manuseamento necessário antes e depois da costura.

POSTOS DE TRABALHO MECANIZADOS

Estas máquinas desempenham funções mais complexas, controladas electronicamente,usando ar comprimido e incorporando tecnologia sofisticada de posicionamento.

Exemplos são a colocação e costura de bolsos em jeans e camisas, costura de golas,

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

fechar costuras longas, cerzir calças e casear sequencialmente.

O operador ainda carrega a máquina e poderá descarregar, mas executa estas funçõesdurante o ciclo de produção da máquina, podendo trabalhar com várias simultaneamente.

Assim, a utilização da máquina pode ser aumentada de 20% (máquina de costura básica)para cerca de 80%.

As máquinas efectuam um determinado tipo de costura, mas o tamanho e forma podemser variados, usando diferentes posicionadores.

LINHAS TRANSFERIDORAS

Neste caso, são carregados vários componentes da peça de vestuário e uma série demáquinas efectuam uma série de operações numa secção do vestuário.

Como exemplo temos a montagem de um bolso de jeans constituído por três partes.

Este nível de mecanização, aparte de dispositivos de manuseamento sofisticados, requeruma consistência extrema das características e formato do material e extremo rigor deoperação das máquinas na linha.

Um maior nível de automação nesta classificação implica um aumento acentuadoem custo de capital, pelo que um grande aumento de produção é necessário paracompensar esse aumento de custo.

Corresponde também a uma diminuição em flexibilidade, pois as máquinasproduzem uma forma básica de ponto, com poucas variações. Quanto maisvariações, maior o custo.

2.5.1.3 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O TIPO DE PONTO

Máquinas de ponto preso

Máquinas de ponto de cadeia simples e múltiplos

Máquinas de ponto de recobrimento

Máquinas de ponto de orlar

As máquinas de costura podem ser classificadas de acordo com o tipo de pontoque produzem.

2.5.2. CONSTRUÇÃO GERAL DAS MÁQUINAS

Para responder a diferentes necessidades de costura foram desenvolvidas muitasvariações da conhecida e básica máquina plana de ponto preso, da qual serão referidosos seus componentes principais, bem como das máquinas de ponto de cadeia e de orlar

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(fig. 40).

A MÁQUINA OU CABEÇA

No bloco que constitui a máquina de costura propriamente dita, podemos identificar ocorpo, o braço e a cabeça da máquina.

Com excepção das máquinas monobloco, esta estrutura é encontrada em todas os tiposde máquinas.

Nas máquinas de braço, encontramos uma base em braço e o mesmo braço aqui definido.

Na cabeça da máquina de costura estão todos os elementos mecânicos necessáriospara a formação de ponto e outros dispositivos auxiliares à costura (p.e. corte de linha)e necessários ao funcionamento da mecânica da máquina (p.e. sistema de lubrificação).

BANCADA

É a estrutura sobre a qual os elementos de uma máquina de costura completa sãomontados: o bloco da máquina, o porta-cones, o motor, os pedais, os dispositivoselectrónicos de programação e os dispositivos mecânicos auxiliares (dobradores, guias,etc.).

É constituída por um tampo ou mesa e as pernas, podendo existir uma ou várias mesasauxiliares para diversos fins.

MOTOR

O motor de uma máquina de costura pode não ter como função única o accionamento damáquina, pois no caso dos motores electrónicos, também controla o posicionamento daagulha no fim e a meio das costuras, produz remates e costuras programadas, etc.

Existem basicamente três tipos de motores:

- Motores sem embraiagem que rodam ininterruptamente a velocidade constante,sendo a sua ligação à máquina feita por um dispositivo mecânico accionado pelaoperadora, que liga a máquina ao motor durante a duração de um ciclo de costura.

Figura 40

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Este tipo de motor é utilizado em máquinas de casear e semelhantes, em que há umciclo de costura sempre igual que é feito a velocidade constante.

- Motores com embraiagem mecânica, onde a operadora tem um controlo sobre avelocidade da máquina através do accionamento do pedal, que faz com que aembraiagem encoste mais ou menos, produzindo velocidades diferentes.

A regulação de velocidade é, no entanto, muito imprecisa, e estes motores não têmnormalmente funções como o posicionamento e remate automático, não dispondode electrónica de comando.

Ainda se aplicam a máquinas que não têm necessidade de funcionalidadeselectrónicas, como máquinas corta-e-cose destinadas a longas costuras de uniãoou rebordo (chuleio), mas a sua utilização é cada vez mais rara;

- Os motores electrónicos são motores comandados electronicamente, muitas vezescom comando digital.

A regulação da velocidade é feita electronicamente com grande precisão mediantea posição do pedal escolhida pela operadora.

Ao nível do comando, possuem inúmeras funções, pois além das funções de costura(posicionamento da agulha, remates, costuras programadas, accionamento do cortede linha, etc.) existem outras, como o controlo de corrente consumida no arranque,destinadas a economizar energia e a proteger os motores.

FREIO

O freio é um dispositivo mecânico da máquina de ponto preso através do qual passa alinha e que tem um ciclo de funcionamento que acompanha o da barra de agulha, mascujo movimento está desfasado em relação a esta.

A sua função na formação do ponto é muito importante: fornece linha à agulha para estaformar a laçada que irá ser apanhada pela laçadeira e imediatamente após a laçadeirater sido envolvida pela laçada da agulha puxa o excesso de fio para cima, apertando oponto.

ARRASTADOR

O objectivo do arrastador é mover o tecido de uma forma regular e bem determinadaentre pontos sucessivos.

A amplitude de deslocamento do tecido e consequentemente o comprimento do ponto écontrolado por um regulador de comprimento do ponto.

O arrastador consiste numa superfície dentada que sobe através das ranhuras existentesno espelho, agarra a superfície inferior do tecido, move o tecido para a parte de trás damáquina e desce posteriormente abaixo do espelho, recuando para começar um novociclo.

Quando o arrastador desce abaixo do espelho, este suporta o tecido para que o arrastadorperca o contacto com o tecido e não o transporte quando recua.

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O movimento vertical da agulha deve ser perfeitamente sincronizado com o movimentoelíptico do arrastador, para que o tecido somente se mova quando a agulha não está emcontacto com o tecido.

Apesar de durante a costura o movimento do tecido pareça contínuo, este efectua-se empassos discretos. Se assim não fosse, ocorreria distorção do tecido e da agulha, podendoo ponto não ser correctamente formado.

O movimento do tecido após a execução de cada ponto ajuda no ajustamento deste e naalimentação da quantidade correcta de linha, bem como no posicionamento para o próximoponto.

Mesmo no sistema de alimentação intermitente, o sistema mais simples, o arrastadorpode variar no número e posição das secções que o constituem e na natureza da superfíciedentada.

Uma fileira simples no arrastador tem somente uma pequena área agarrando o tecido,existindo uma tendência para o tecido escorregar para a esquerda ou direita, em vez depassar a direito através da máquina.

É normal na máquina de ponto preso que o arrastador seja constituído por duas secções,uma de cada lado do buraco da agulha, de forma a que o tecido seja alimentado numalinha recta (fig. 41).

Nas máquinas de orlar, o arrastador é normalmente só à esquerda do ponto de descidada agulha, pois esta máquina corta e costura o tecido à direita da agulha e tambémporque existe um protector no espelho sobre o qual o ponto é formado e o tecido tendea ser guiado para a esquerda. O problema pode ser ultrapassado se o arrastador tivertrês fileiras, com uma em frente da agulha (fig. 42).

Os dentes na superfície do arrastador podem ser de diversos tipos e tamanhos, sendoem geral ligeiramente inclinados na direcção da alimentação (fig. 43).

Para costurar tecidos leves e médios, a distância entre dentes de 1.3 a 1.6 mm é normal,com os dentes ligeiramente arredondados para evitar danos nos tecidos mais finos.

Figura 41

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

Em tecidos muito leves, pode ocorrer cedência entre os dentes, provocando frisadoapós a costura. Para evitar isto, poderão ser usados arrastadores com a distância entredentes de 1.0 a 1.2 mm.

Por contraste, em tecidos pesados, é necessária uma certa cedência para umaalimentação satisfatória, de forma a manter ambas as folhas juntas. Neste caso, a distânciaentre dentes poderá ser de 2.5 mm.

Em tecidos muito delicados, podem ocorrer marcas ou danos no tecido, apesar de searredondar a ponta dos dentes.

Neste caso pode ser usado um arrastador com superfície lisa em borracha, emboratendam a desgastar-se rapidamente.

Para evitar danos durante a alimentação, é necessário assegurar um desfasamentoentre a distância entre os dentes do arrastador e o comprimento do ponto.

Se por exemplo uma costura é feita com 6 pontos/cm sendo usado um arrastador com6 dentes/cm, então um dente irá atingir repetidamente a mesma secção do tecidoconforme este é alimentado, marcando ou mesmo danificando o tecido.

Figura 42

Figura 43

Dentes grossos

Dentes finos

Passo curto

Passo largo

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CALCADOR

O calcador é necessário para segurar o tecido firmemente contra o espelho, evitandoque o tecido suba e desça com a agulha. Ao mesmo tempo, segura o tecido contra osdentes do arrastador quando este sobe para transportar o tecido.

É normalmente mantido sob pressão por uma mola, de forma a poder ceder ligeiramentequando o tecido é alimentado. Deve ser aplicada a pressão mínima necessária para umaalimentação correcta do tecido em uso.

Nas máquinas de costura de alta velocidade, há uma tendência para que o calcadorvibre conforme o arrastador estabelece contacto com o tecido, reduzindo o contactoefectivo do calcador com o tecido e consequentemente o controlo do tecido.

Em alguns sistemas de alimentação, o calcador permanece estacionário, deslizando otecido sob a sua base, pelo que esta deve ter baixa fricção.

O uso de calcadores revestidos reduz a fricção, mas deve ser tomado cuidado para quea máquina não funcione sem tecido, ou esta superfície será danificada.

Existe uma grande variedade de calcadores, quer para efectuar funções adicionais oupara corresponder ao arrastador em uso.

O calcador mais simples é pressionado por uma mola, de forma a compensar pequenasvariações na espessura do tecido e é constituído por dois dedos de forma a que apressão seja exercida em ambos o lado da agulha.

Existem diversos tipos de calcadores, sendo utilizados de acordo com a especificidadeda costura (fig. 44).

O calcador poderá ser de pé rígido, de pé articulado ou compensador.

O calcador compensador, cuja articulação permite ao calcador deslizar suavementesobre diferentes espessuras de material, ao levantar-se a sua parte inferior para subira uma camada mais espessa.

Serve para coser peças de espessuras muito diferentes, pois o lado equipado com amola pode subir, e o calcador irá segurar correctamente ambas as peças.

Figura 44

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

O calcador estreito é constituído de apenas uma parte, servindo para trabalhos em quese tem que trabalhar rente ao rebordo, como na costura de fechos de correr, em que ocalcador não deve tocar no fecho.

O calcador embaínhador é utilizado para produzir uma baínha de tamanho uniforme.

Os calcadores com guia permitem produzir costuras a uma distância uniforme do rebordo.

O calcador fixador é utilizado em máquinas de pregar botões para, simultaneamente,segurar o tecido e o botão.

Para tecidos que tenham tendência a agarrar utilizam-se materiais especiais, com umasuperfície muita lisa, tal como o teflon, ou então calcadores com rolos na parte inferior.

Mesmo o mais simples calcador, arrastador ou espelho têm que ser adaptados à máquinaseja porque esta tem uma ou duas agulhas, seja porque faz um ponto a direito ou emzig-zag.

No bloco que constitui a máquina de costura propriamente dita, podemos identificaro corpo, o braço e a cabeça da máquina.

A bancada é a estrutura sobre a qual os elementos de uma máquina de costuracompleta são montados: o bloco da máquina, o porta-cones, o motor, os pedais, osdispositivos electrónicos de programação e os dispositivos mecânicos auxiliares.

O motor de uma máquina de costura pode não ter como função única oaccionamento da máquina, pois no caso dos motores electrónicos, também controlao posicionamento da agulha no fim e a meio das costuras, produz remates e costurasprogramadas, etc.

O freio é um dispositivo mecânico da máquina de ponto preso através do qualpassa a linha e que tem um ciclo de funcionamento que acompanha o da barra deagulha, mas cujo movimento está desfasado em relação a esta.

O objectivo do arrastador é mover o tecido de uma forma regular e bem determinadaentre pontos sucessivos.

O calcador é necessário para segurar o tecido firmemente contra o espelho, evitandoque o tecido suba e desça com a agulha. Ao mesmo tempo, segura o tecido contraos dentes do arrastador quando este sobe para transportar o tecido.

MECANISMOS DE ALIMENTAÇÃO DA MÁQUINA DE COSTURA

A construção das costuras e a formação dos pontos são obtidas através de mecanismosque colocam o tecido sob a acção da agulha.

As três partes constituintes do mecanismo de alimentação são o calcador, o espelho ouplaca da agulha e o arrastador.

O sistema de alimentação mais simples e mais comum é conhecido como sistema dealimentação intermitente (fig. 45).

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Embora este sistema seja ainda muito comum na produção de vestuário, tem poucacapacidade para produzir costuras com aparência perfeita em todos os tipos de materiais.

Quando duas ou mais espessuras de material estão sendo costuradas, a fricção entre afolha inferior e o arrastador é maior do que entre as outras folhas.

A tendência é para a folha inferior ser transportada satisfatoriamente pelo arrastador,enquanto a folha superior é retardada pelo calcador, provocando um desfasamentointerfolhas ou frisado de alimentação.

Irá causar frisado na folha inferior e material excedente na folha superior.

Ao costurar uma baínha, poderá ocorrer alguma torção entre as folhas, surgindo umproblema conhecido por enfolar.

Uma operadora experiente e bem treinada poderá minimizar o problema com omanuseamento cuidadoso de todas as folhas, na frente e atrás da agulha, trabalhandoeventualmente mais devagar.

Para que a produção se faça com velocidade e qualidade, são necessários sistemas dealimentação que possam ser ajustados para efectuar costuras adequadas, qualquer queseja o tecido, perícia do operador ou tipo de costura.

Foram desenvolvidos alguns destes sistemas, que além de serem ajustáveis para evitarfrisado ou enfolamento, podem ser ajustados para que duma forma deliberada, mascontrolada, seja produzido algum enfolamento na costura.

No sistema de alimentação intermitente, atrás descrito, somente o arrastador participana deslocação do tecido, pelo que a alimentação homogénea de mais de uma folha édependente da fricção entre elas.

Alimentação diferencial inferior é o nome dado a um arrastador que consiste em duassecções, uma atrás da outra.

O movimento de cada secção é similar àquele descrito para o sistema anterior, mascada uma das partes pode ser ajustada separada e diferentemente.

A folha inferior pode ser franzida ou esticada ajustando o movimento do arrastador emfrente da agulha, de forma a ser mais longo ou mais curto que o movimento do arrastadoratrás da agulha.

Na situação em que ocorre franzido por alimentação diferencial, o ajustamento adequadodeste sistema para esticar ligeiramente a folha inferior anulará a tendência de uma maioralimentação da folha inferior (fig. 46).

Figura 45

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

A alimentação diferencial está disponível em máquinas de ponto preso, ponto de cadeia,ponto orlado e ponto de segurança.

Quando se junta com ponto orlado malha interior macia, onde existe uma grande fricçãoentre as folhas, há uma tendência para o calcador esticar ambas as folhas e assimaplicar alguma tensão ao longo da costura.

O sistema de alimentação diferencial pode ser ajustado para evitar isto, uma vez que africção entre as folhas é suficiente para que o movimento do arrastador seja transmitidoa ambas as folhas.

O sistema de alimentação ajustável superior pode ter mais de uma forma, mas todosproporcionam controlo positivo da folha superior.

O calcador pode ser dividido em duas secções, uma segurando o tecido em posiçãoenquanto a agulha forma o ponto e a outra tendo uma superfície inferior dentada, que semove de forma a alimentar positivamente a folha superior enquanto a agulha não estáem contacto com o tecido.

Um sistema de alimentação total será normalmente formado por uma combinação destesistema com um sistema de alimentação inferior intermitente ou diferencial.

Estão disponíveis no mercado máquinas nas quais o calcador actua na frente, atrás ouà volta da agulha.

Quando um sistema de alimentação ajustável superior é combinado com um sistemade alimentação diferencial inferior, é possível costurar com voluminosidade, obtercosturas sem alimentação diferenciada, retardar ou esticar a folha superior ou inferior.

As máquinas de orlar estão também disponíveis com alimentação diferencial inferior ealimentação ajustável superior com a alimentação superior actuando em frente ou atrásda agulha, de forma a obter-se o melhor efeito com um determinado tecido (fig. 47).

Figura 46

Figura 47

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O sistema de alimentação com a agulha é um sistema no qual a própria agulha se movepara a frente e para trás.

Usando somente a agulha, há uma tendência para produzir buracos de agulhaalongados no tecido, sendo por isso normalmente combinada com o sistema dealimentação intermitente e designado por sistema composto de alimentação.

Estando a agulha no tecido, as diferentes folhas são mantidas juntas.

O sistema de alimentação Unison é uma outra combinação de mecanismos dealimentação que proporcionam alimentação com a agulha em adição à alimentaçãopositiva superior e inferior.

O calcador é constituído por duas partes movendo-se a parte central com a agulha.

A alimentação com rolos é um meio de obter o controlo positivo de todas as folhas,assim que estas deixam um outro mecanismo de alimentação.

Dois rolos exercem um movimento de tracção no tecido, imediatamente atrás do calcadorou a pouca distância deste (fig. 48).

O rolo superior é normalmente accionado pela máquina sendo o rolo inferior um roloseguidor.

Este sistema é particularmente útil em pontos com agulhas múltiplas de partes taiscomo cintos e poderá ser ajustado ligeiramente mais rápido que o sistema de alimentaçãoprincipal para evitar qualquer tendência da costura para torcer.

LAÇADEIRA

Nas máquinas de costura de ponto preso encontramos uma laçadeira, elemento quecontém a linha inferior, que irá interagir com a linha da agulha (fig. 49).

A laçadeira pode ser de diversos tipos, nomeadamente laçadeira rotativa horizontal (eixohorizontal) com lubrificação central, essencial para máquinas rápidas, laçadeira oscilantee laçadeira vertical.

Em todas as laçadeiras pode-se observar a existência de um bico que apanha o laçoformado pela linha da agulha, passando junto da depressão da agulha.

Existe também um pequeno parafuso no porta-bobines a apertar uma mola que permitea afinação da tensão da linha inferior.

Figura 48

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SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO CENTRAL E LUBRIFICAÇÃO POR ESPONJA

Podem coexistir nestas máquinas três sistemas de lubrificação distintos.

A lubrificação de carretos através de uma esponja, a lubrificação central do eixo dalaçadeira e de outros componentes e a lubrificação por corda embebida.

O sistema de lubrificação central serve-se de uma válvula accionada por força centrífugapara levar mais ou menos óleo à laçadeira, conforme a rotação atingida.

Alguns veios são lubrificados por uma ponta esfiapada de uma corda mergulhada emóleo.

ALAVANCA DE RETROCESSO DE COSTURA

Ao accionar esta alavanca, o sentido do arrastamento inverte-se, cosendo a máquinaem direcção contrária à normal.

Este sistema serve para fazer remates manuais no final e início da costura.

Algumas máquinas possuem sistemas electromecânicos para inverter a costura sendoa alavanca mecânica substituída por um interruptor eléctrico.

TENSOR

A aplicação de tensão nas linhas permite controlar o movimento de linha por parte dofreio, estabilizar o movimento das linhas e apertar os pontos correctamente.

Existem no caminho da linha vários dispositivos de tensão, sendo o tensor o maisimportante deles.

O tensor consiste em duas placas de chapa redondas, apertadas por uma mola, entre asquais passa a linha, sendo a pressão da mola ajustável através duma fêmea.

Existe ainda outra mola que acaba num gancho pelo qual a linha passa, e que funcionacomo uma interface entre o tensor e o freio: quando o freio puxa a linha bruscamente,como acontece nalguns pontos do seu ciclo de funcionamento, esta mola segura alinha, amortecendo o impacto causado pelo movimento brusco e estabilizando o correrda linha.

Numa situação em que a linha corre uniformemente a mola não tem acção relevante, ea tensão imposta pelas placas do tensor prevalece.

Se a mola não existisse, a costura teria que ser feita com maior tensão nas placas dotensor, pois os movimentos bruscos do freio teriam que ser compensadas por elas.

Figura 49

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VOLANTE

É através do volante que a máquina é accionada pelo motor. Nele encaixa uma correia,normalmente trapezoidal, que transmite o movimento do motor à máquina.

O volante serve também para a operadora posicionar a agulha se necessário.

As máquinas novas, quase todas a serem fornecidas com funcionalidades electrónicascomo o posicionamento da agulha, têm acoplado ao volante o posicionador ousincronizador, que permite detectar certas posições de agulha de tal modo que o motorpare nelas.

CHAPA DE AGULHA OU ESPELHO

O espelho é uma parte estática e a sua função é proporcionar uma superfície plana emacia, na qual o tecido desliza ao serem formados os sucessivos pontos.

Tem uma ou mais ranhuras de acordo com as secções do arrastador e um buraco atravésdo qual passa a agulha no seu movimento ascendente e descendente.

O buraco para a agulha deve ser cerca de 30% mais largo que o tamanho da agulha,pois se for muito largo, o tecido pode ser puxado através do buraco em cada penetraçãoda agulha.

Nas máquinas monobloco, todo o plano de costura é preenchido pela chapa de agulha(fig. 50).

A chapa da agulha roda para trás para permitir o enfiamento dos crochets.

ALIMENTADOR

Este componente da máquina de ponto de cadeia é o equivalente ao freio da máquinade ponto preso.

Embora a sua forma e modo de funcionamento seja diferente do freio, a sua função é amesma, ou seja, deverá fornecer fio aquando da formação da laçada e depois puxar ofio, retirando o fio em excesso e fechando o ponto.

Figura 50

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REGULADOR DO FIO SUPERIOR E GUIAS DE LINHA AJUSTÁVEIS

O regulador e também um dos guias de linha são reguláveis em altura.

A altura do guia de linha controla a quantidade de linha da agulha que é fornecida paraa formação da laçada (para adaptação ao comprimento de ponto e ao tipo de materialcosido), enquanto que o regulador controla o tamanho do laço da linha de agulha.

LAÇADEIRA OU CROCHET

A formação do ponto em cadeia ou orlado exige um crochet, que pode transportar ounão uma linha. Uma máquina para ponto em cadeia simples utilizaria um crochet cego(fig. 51).

O crochet oscilante transversal é o tipo que se encontra mais frequentemente. Tem estenome porque o seu movimento oscilatório efectua-se numa direcção transversal àdirecção de costura.

Uma máquina que produz o ponto orlado ou de rebordo, ou seja, em que os laços sãopassados pelo rebordo do tecido, tem sempre dois crochets: o primeiro puxa uma linhado ponto de penetração da agulha até ao rebordo do tecido (crochet de agulha); o segundoagarra nessa linha e puxa-a pela parte superior do tecido até à penetração da agulha,onde a agulha entra no laço e completa assim o ponto (crochet auxiliar).

Dependendo do tipo de ponto, os crochets podem ser cegos ou levar linha.

No caso do ponto orlado simples (501) temos dois crochets cegos, nos pontos 502 e503 temos um crochet cego, que é o crochet de agulha, e outro que leva linha.

No caso dos pontos 504 e 505 ambos os crochets levam linha.

REGULADOR DO FIO DE CROCHET

Existe no caminho do fio do crochet um dispositivo cuja função é a mesma que o doalimentador do fio superior, fazendo um movimento muito semelhante a este.

Figura 51

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ALAVANCA PARA A CONDENSAÇÃO DE PONTOS

Para assegurar que uma costura de ponto em cadeia não se desmanche, é necessárioproceder ao remate ou à condensação dos pontos no final da costura.

Ao actuar a alavanca, a operadora produz uma redução momentânea do comprimentode ponto, e assim a condensação de pontos confere maior segurança à costura.

TRAVÃO DO CALCADOR

Este mecanismo permite baixar ou levantar o calcador nas máquinas de orlar.

De notar que o calcador levantado pode rodar para trás para permitir uma inserçãomais fácil do tecido, o enfiamento ou alguma reparação.

REGULADOR DO DIFERENCIAL

Também neste tipo de máquinas (máquina de orlar) aparecem os arrastes diferenciais,que assumem uma particular importância aqui, pois esta máquina é muito utilizadapara costuras de união, em que muitas vezes se pretende fazer franzidos ou esticarmateriais.

O arraste diferencial permite também uma adaptação a materiais extensíveis, sendopor isso normal formarem franzidos ou esticarem involuntariamente.

Além do arraste inferior diferencial existe ainda a combinação deste com o superiorvariável, não sendo comum o arraste de agulha.

FACA

Esta faca faz parte do sistema de recorte de material, que permite uma costura perfeitano rebordo por corte deste.

Os desperdícios são canalizados através de um tubo para o chão, onde poderão serrecolhidos num caixote ou, em sistemas mais completos, são aspirados para um contentor,evitando-se a libertação de cotão de corte.

DISPOSITIVOS AUXILIARES E FUNÇÕES DOS MOTORES ELECTRÓNICOS

Quando avançamos no grau de especialização e automatização das máquinas,encontramos uma diversidade enorme de dispositivos auxiliares tais como:

- Dispositivos mecânicos para guiar tecidos ou para obter uma certa costura pordobragem dos materiais;

- Sistemas de alimentação combinados e diferenciais;

- Sensores de fim de tecido (fotocélulas);

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- Alimentadores;

- Aspiradores;

- Mecanismos de zig-zag;

Aparelhos mecânicos diversos para a produção de um certo tipo de costuras:

- Embaínhadores, dobradores, guias, aparelhos para inserir componentes (elásticos,fitas, colaretes, etc.).

- Alimentadores (de etiquetas, botões);

- Dispositivos de recorte de tecido;

- Costuras com número de pontos programado;

- Detectores de quebra de fio;

- Reconhecimento de final da peça por fotocélulas;

- Ajuste electrónico de arrastes diferenciais;

- Corte de linha;

- Comutação instantânea zig-zag/costura normal, através de accionamento de uminterruptor;

- Posicionamento automático da agulha: dentro do tecido em paragens (para permitirvirar o material), fora do tecido no final da costura, depois do accionamento do cortede linha (retirada da peça);

- Levantamento automático do calcador no final da costura;

- Remates iniciais e finais controlados automaticamente pelo motor: número de pontosdo remate, remates simples, remates duplos programáveis.

A utilização destes dispositivos e funcionalidades dos motores electrónicos podeconservar o carácter de utilização geral de uma máquina nalguns casos (cortes de linha,posicionamentos, remates, etc., são dispositivos de uso geral).

Outros, porém, tais como embaínhadores e guias de material, tornam as máquinas cadavez mais especializadas, fazendo-as caminhar para postos integrados altamenteespecializados numa ou num número limitado de operações, mas extremamente eficientesnelas.

As três partes constituintes do mecanismo de alimentação são o calcador, o espelhoou placa da agulha e o arrastador.

O sistema de alimentação mais simples e mais comum é conhecido como sistemade alimentação intermitente.

Para que a produção se faça com velocidade e qualidade, são necessários sistemasde alimentação que possam ser ajustados para efectuar costuras adequadas,qualquer que seja o tecido, perícia do operador ou tipo de costura.

Nas máquinas de costura de ponto preso encontramos uma laçadeira, elemento

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que contém a linha inferior, que irá interagir com a linha da agulha.

A aplicação de tensão nas linhas permite controlar o movimento de linha por partedo freio, estabilizar o movimento das linhas e apertar os pontos correctamente.

É através do volante que a máquina é accionada pelo motor.

O espelho é uma parte estática e a sua função é proporcionar uma superfícieplana e macia, na qual o tecido desliza ao serem formados os sucessivos pontos.

O alimentador da máquina de ponto de cadeia é o equivalente ao freio da máquinade ponto preso.

A formação do ponto em cadeia ou orlado exige um crochet, que pode transportarou não uma linha.

2.5.3 AFINAÇÕES PRINCIPAIS

2.5.3.1 MÁQUINA DE PONTO PRESO

Há vários ajustes básicos à responsabilidade do utilizador da máquina, que dispensama ajuda de um mecânico.

Os valores de afinação normal de uma máquina encontram-se documentadas no seumanual de utilização.

Para trabalhos especiais, o mecânico poderá ter que alterar a afinação da máquina,desviando-se da afinação normal, para a adaptar a outro tipo de material, espessurasdiferentes, etc.

Os pontos de ajuste do ciclo de funcionamento dos vários mecanismos referem-se semprea posições de referência da máquina, sendo as seguintes as principais:

- Ponto morto inferior da agulha;

- Ponto morto superior da agulha;

- Ponto morto inferior do freio;

- Ponto morto superior do freio.

AJUSTAMENTO DE TENSÕES

Em máquinas de ponto preso as tensões a ajustar são a(s) da(s) linha(s) de laçadeira(s)e a(s) da(s) linha(s) da(s) agulha(s).

O ajustamento de tensão das linhas das laçadeiras é efectuado num parafuso existenteno porta-bobines e deverá ser o mais pequena possível, mas de tal forma que sejafacilmente detectável.

Embora este ajustamento dependa de muitos factores, na prática usa-se a seguinteregra para o acerto da tensão inferior: esta deverá ser tal que o porta-bobines cheio,suspenso pelo fio, não se desenrole sob acção do seu próprio peso, mas estando

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mesmo no limite desta situação.

A tensão da linha superior é depois afinadade forma a que o ponto se formecorrectamente.

Para que tal aconteça, as linhas deverãoentrelaçar-se exactamente no meio domaterial que está a ser unido, devendo atensão aplicada não ser demasiado baixa (oponto ficaria solto) ou demasiado alta (acostura ficaria franzida ou a linha afundariano material) (fig. 52).

A elasticidade ou fecho da costura dependeda tensão aplicada.

Estas situações ocorrem normalmente por afinação errada de tensões ou mau acertoda mola do tensor, pressupondo que a máquina está bem enfiada, a agulha bemescolhida e que o tipo de linha é adequado.

Na primeira situação há uma tensão de linha superior demasiado grande, ou tensão delinha inferior baixa, enquanto que na segunda situação acontece o contrário.

Quando as linhas estão correctamente entrelaçadas, mas a costura está muito frouxaou, pelo contrário, enrugada, significa que as tensões de linha estão muito baixas oumuito altas, respectivamente.

O reajustamento de tensões deverá ser feito sempre que se mude a grossura de linhaou o tipo de material a ser cosido.

PRESSÃO DO CALCADOR

A pressão do calcador deverá ser ajustada de acordo com as propriedades do materiala processar.

Deve ser suficiente para garantir a estabilidade do material durante a costura, e assimpermitir ao operador guiar facilmente o material.

Se a pressão for demasiado baixa, o arraste é irregular, pois os dentes do arrastador nãoconseguem apanhar o material e a costura fica defeituosa.

Uma pressão demasiado grande provoca dificuldades ao arrastador em movimentar omaterial, o que resulta também em costuras irregulares e poderá marcar os tecidos.

CICLO E ALTURA DO ARRASTADOR

O arrastador deverá surgir acima da chapa de agulha o mais tarde possível, parapermitir que o freio aperte o ponto ao máximo até o material ser transportado.

No entanto, o deslocamento deverá estar completo quando a agulha voltar a penetrarno material, pois ele processa-se sempre com a agulha fora do material (com excepção

Figura 52

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nas máquinas com arraste de agulha).

A altura do arrastador ajusta-se de tal forma que no seu ponto mais alto apareçamsomente os dentes acima da superfície da chapa de agulha.

PONTO DE LAÇADA E DISTÂNCIA À AGULHA

O ponto em que a laçadeira encontra a agulha para penetrar na sua laçada ajusta-secomo sendo a altura depois da agulha ter passado no seu ponto morto inferior (cerca dedois mm após, dependendo da máquina).

Nesse ponto, o bico da laçadeira deverá estar exactamente no meio da agulha e o maispróximo possível.

LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO

Cada máquina tem o seu plano de lubrificação próprio, que depende dos sistemas delubrificação e de tecnologias utilizadas, e que estão devidamente documentados nosmanuais de utilização.

Os pontos de lubrificação manuais estão normalmente destacados visualmente namáquina por marcação com uma cor específica.

O operador deverá lubrificar esses pontos com a periodicidade indicada no manual deutilização.

Nos sistemas de lubrificação automática é necessário manter um nível de óleo adequado.

A lubrificação por esponja tem também normalmente um período de renovação, em quea esponja deverá ser substituída ou limpa e embebida em óleo novo.

Para garantir um bom funcionamento da máquina, deverá haver o cuidado de se fazerregularmente uma limpeza da máquina com um pincel para a libertar do cotão libertadopelos materiais têxteis, que é altamente prejudicial para os sistemas mecânicos damáquina.

A periodicidade desta limpeza depende muito das condições de trabalho existentes.

A primeira utilização de uma máquina poderá necessitar de um período de rodagem. Omanual da máquina e o fornecedor podem dar indicações acerca desse procedimento.

Outro ponto importante é a primeira utilização diária de uma máquina. A máquina estáfria e é conveniente funcionar durante um ou dois minutos a uma velocidade baixa,aumentando depois progressivamente até à velocidade máxima.

2.5.3.2 MÁQUINA DE PONTO CADEIA

Nas máquinas de ponto cadeia, as afinações que podemos apontar como as principaissão as seguintes:

AJUSTE DE TENSÕES

As linhas inferiores e de recobrimento deverão ser travadas só muito ligeiramente.

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

As linhas de agulha deverão ter uma tensão tal que os seus laços sejam pequenos epermitam a entrada do laço de linha inferior sem problemas.

No caso do ponto de cadeia duplo, o laço da agulha entrelaça-se com o do crochet forado tecido, e o seu tamanho é tal que ele chega ao próximo ponto, mas não é demasiadogrande de forma a produzir uma costura frouxa.

A afinação do regulador superior e guias de linha é um processo algo delicado, quecarece de alguma experimentação por parte do afinador.

O aumento da altura dos referidos componentes provoca uma maior tensão na linha, oque por sua vez faz com que uma maior quantidade de linha seja puxada do cone (guiamais alto) e o laço seja maior (regulador mais alto).

O ajuste deve ser feito quando se altera o comprimento de ponto, se o ponto não temaspecto satisfatório ou ocorrem pontos falsos. Geralmente a alteração necessária daaltura das duas peças é muito pequena.

A afinação do regulador inferior é ajustável, podendo ser atrasado ou adiantado.

A regra geral de afinação deste componente é a seguinte: O regulador deverá libertarlinha no momento em que a agulha "picar" o plano representado pelo triângulo da linhado crochet.

Em comprimentos de pontos maiores, este movimento pode acontecer mais cedo, oumais tarde para comprimentos menores.

Há vários ajustes básicos à responsabilidade do utilizador da máquina, quedispensam a ajuda de um mecânico.

Os valores de afinação normal de uma máquina encontram-se documentadas noseu manual de utilização.

Em máquinas de ponto preso as tensões a ajustar são a(s) da(s) linha(s) delaçadeira(s) e a(s) da(s) linha(s) da(s) agulha(s).

A elasticidade ou fecho da costura depende da tensão aplicada.

O reajustamento de tensões deverá ser feito sempre que se mude a grossura delinha ou o tipo de material a ser cosido.

A pressão do calcador deverá ser ajustada de acordo com as propriedades domaterial a processar.

Deve ser suficiente para garantir a estabilidade do material durante a costura, eassim permitir ao operador guiar facilmente o material.

Cada máquina tem o seu plano de lubrificação próprio, que depende dos sistemasde lubrificação e de tecnologias utilizadas, e que estão devidamente documentadosnos manuais de utilização.

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2.5.4 PROBLEMAS DE COSTURA EM MÁQUINAS DE PONTO PRESO

PONTOS FALSOS

Quando a laçadeira falha uma laçada, acontece um ponto falso, que não é mais que afalta de um ponto na costura.

Os pontos falsos têm muitas origens possíveis:

- Má afinação da distância do bico da laçadeira à agulha;

- Má afinação do ponto de laçada ou distância à agulha;

- Mau enfiamento da máquina;

- Agulha defeituosa, mal colocada ou fina demais para o material a coser (o quecausa a sua flexão);

- Orifício da chapa de agulha é demasiado largo (tecido desce);

- Tensão demasiada na linha;

- O fio está torcido demais, o que faz com que o laço encarrapite (o laço “dá voltas”).

MÁ FORMAÇÃO DE PONTO

Pontos mal formados têm também muitas origens:

- Tensões mal afinadas;

- Torção do fio a causar encarrapitamento do laço;

- Agulha defeituosa;

- Máquina mal afinada (arraste, laçadeira, etc).

ROTURA DE LINHA

As roturas de linha podem ter as mesmas origens que pontos falsos ou mal formados.Outras razões poderão ser:

- Linha de costura mal escolhida para o trabalho;

- Peças com arestas no caminho da linha (como uma agulha defeituosa);

- Tensões demasiado elevadas.

DANOS NA AGULHA

- Ajuste errado da laçadeira;

- Ajuste errado do arraste;

- Arraste é insuficiente e a operadora empurra o material, causando flexão da agulhae subsequente choque da agulha com outros componentes da máquina (espelho,laçadeira).

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

ARRASTE IRREGULAR

O arraste irregular pode ter como origem:

- Operadora impede o arraste;

- Arraste está mal afinado;

- Calcador tem pouca pressão ou pressão demasiada;

- Sistema de arraste impróprio para o material a coser.

DESLIZAMENTO DE CAMADAS DE TECIDO

- Pressão do calcador demasiado alta;

- Calcador impróprio para aplicação;

- Superfície inferior do calcador agarra ao material, por estar danificado ou pelaspropriedades do próprio material;

- Utilizar arraste duplo ou triplo.

DANOS NO MATERIAL

Danos causados pela agulha:

- Ponta mal escolhida ou demasiado grossa;

- Ponta danificada;

- Agulha aquece em excesso: utilizar fios com menos atrito ou lubrificados, arrefeceragulha com ar.

- Danos causados pelo arrastador;

- Má afinação do arraste;

- Arrastador impróprio para material (dentes demasiado afiados);

- Desrespeito pelas instruções de lubrificação (óleo demasiado fino, utilização deóleo em excesso na lubrificação da máquina);

- Tubos de lubrificação central danificado.

2.5.5 PROBLEMAS DE COSTURA EM MÁQUINAS DE PONTO DE CADEIA

PONTOS FALSOS NO PONTO 401

A figura 53 mostra duas situações de pontos falsos no ponto 401.

Na situação A, encontramo-nos perante um ponto falso na laçada da agulha, isto é, ocrochet falha a entrada na laçada da agulha.

Este problema caracteriza-se pela falta de um ponto na parte superior e também inferiordo tecido.

A situação B representa um ponto falso na laçada do crochet (laçadeira), em que aagulha falhou a penetração no triângulo da linha inferior.

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Como a laçada da agulha foi agarrada pelo crochet, a agulha no seu movimentoascendente não leva o fio consigo, pelo que o aspecto da costura na parte superior énormal, isto é, não “falta nenhum ponto” (embora esteja frouxa no ponto falso), mas naparte inferior nota-se a falta do nó correspondente ao ponto falso.

Ambas as situações podem ser causadas por variadas razões. Algumas das verificaçõesa fazer são as seguintes:

- verificar se a linha é adequada;

- verificar o enfiamento das linhas;

- verificar a ponta da agulha, bem como a sua adequação para o material cosido e fioutilizado;

- verificar se as tensões de linha não são demasiadas;

- verificar se a pressão do calcador é suficiente de tal modo a não deixar o tecidoacompanhar a agulha na sua descida, impedindo a correcta formação da laçada;

- verificar se o buraco da agulha na chapa de agulha está demasiado largo, de modoa que o tecido acompanhe a agulha na descida;

- verificar o arraste;

- verificar a sincronização da agulha e do crochet e a distância entre estas;

- verificar a afinação dos alimentadores superior e inferior (regulador);

- verificar a altura do regulador e guias de linha superiores;

- verificar se a trajectória do crochet é adequada, principalmente depois de alteraçõesdo tamanho da agulha.

PROBLEMAS NO PONTO EM CADEIA DE VÁRIAS AGULHAS E COMRECOBRIMENTO

Na situação da figura 54, a agulha esquerda falha a penetração na laçada derecobrimento, enquanto que na figura 55 são a esquerda e a do meio que não penetramcorrectamente no recobrimento.

Figura 53

sentido da alimentaçãoA = na laçada da agulhaB = na laçada da laçadeira

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

A situação representada mostra problemas ao nível da penetração do crochet inferiornas laçadas das agulhas.

Na figura 54, o crochet não penetra na laçada da agulha esquerda, na figura 55, ocrochet falha a laçada da agulha esquerda e do meio.

Encontramos agora uma situação em que é a agulha a falhar a penetração nos triângulosformados pelo crochet (fig. 56).

De notar a diferença entre o ponto falso na laçada da agulha e o ponto falso no triângulo.

No primeiro caso o ponto falta na parte superior da costura, pois o crochet não penetrouna laçada da agulha e esta levou o fio novamente para cima.

No segundo caso a costura mantém o seu aspecto normal na parte superior, pois ocrochet segurou a linha da agulha em baixo, pelo que o seu laço fica bem mergulhadono material.

2.5.6 PROBLEMAS DE COSTURA EM MÁQUINAS CORTA-E-COSE

PONTO MAL FORMADO

A figura 57 ilustra a parte inferior da costura, onde se nota que a linha da agulha estádemasiado aberta e frouxa. As origens deste problema poderão ser, entre outras:

Figura 54 Figura 55

Figura 56

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- Tensão demasiada na linha do crochet que penetra na laçada da agulha;

- Tensão demasiado baixa na linha da agulha;

- Guia-linhas da agulha demasiado alto;

- Guia-linhas da laçadeira demasiado à frente.

Nesta figura 58 encontramos um problema que exige as seguintes verificações:

- Tensão da linha do crochet inferior pode ser demasiada;

- Guia-linhas do crochet inferior pode estar muito à frente;

- Guia-linhas do crochet superior pode estar muito atrás;

- Tensão da linha do crochet superior pode estar demasiado baixa.

Esta situação é aproximadamente a inversa, pelo que as suas origens também o serão(fig. 59):

- Tensão de linha do crochet superior demasiada;

- Guia-linhas do crochet superior demasiado à frente;

Figura 57

Figura 58

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- Guia-linhas do crochet inferior demasiado a trás;

- Tensão da linha do crochet inferior demasiado baixa.

PONTOS FALSOS

Quando o crochet inferior não penetra na laçada da agulha, acontece um ponto falso nalaçada da agulha (fig. 60). Este poderá ser originado por:

- uma máquina mal enfiada;

- agulha torta, em mau estado ou mal colocada;

- má afinação da altura da agulha;

- o crochet estar muito afastado da agulha, deficiente ou mal afinado no seu ponto deencontro com a agulha.

O ponto falso no triângulo inferior acontece quando o crochet superior não penetra nalaçada do crochet inferior (fig. 61).

Figura 59

Figura 60

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Figura 61

Figura 62

As causas poderão ser:

- máquina mal enfiada;

- linha do crochet mal controlada (guia-linhas e tensões mal ajustadas);

- afinação incorrecta do ponto de encontro dos crochets;

- crochet superior defeituoso.

Se a agulha não apanhar a linha do crochet superior forma-se um ponto falso notriângulo superior, com um aspecto semelhante ao que se representa na figura 62.

As possíveis causas para o aparecimento deste problema são:

- máquina mal enfiada;

- agulha em mau estado, mal encaixada ou com a altura mal regulada;

- mecanismo da laçadeira superior mal afinado;

- espessura do material demasiado grande para a capacidade da máquina;- tensão demasiado baixa ou guia-linhas mal ajustado no crochet superior.

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AUTO-TESTE DO TEMA

Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituídopor 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vãode A a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionara/as respostas que considerar mais adequadas.

Que factores determinam a escolha do tipo de costura?

A1

A2

A3

A4

Factores estéticos.

Resistência.

O equipamento disponível.Os operários disponíveis.

TOTAL

Quais as principais características do ponto preso?

B1B2

B3

B4

Alta resistência da costura (resistência lateral e durabilidade).

Costura pouco volumosa.

Para se abrir uma costura em ponto preso basta romper um ponto.O ponto preso não deve ser utilizado em aplicações que exijam uma costura segura e com pouca elasticidade.

TOTAL

C4

Indique as afirmações verdadeiras:

C1A pressão do calcador deverá ser ajustada de acordo com aspropriedades do material a processar.

C2 A elasticidade ou fecho da costura depende da tensão aplicada.

C3O reajustamento de tensões deverá ser feito sempre que se mudea grossura de linha ou o tipo de material a ser cosido.

A agulha deve ser substituída todos os dias.

TOTAL

Que causas conduzem à má formação de ponto?

D1

D2D3

D4

Tensões mal afinadas.

Torção do fio a causar encarrapitamento do laço.

Agulha defeituosa. Tecido irregular.

TOTAL

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SOLUÇÃO DOS EXERCICIOS

Que factores determinam a escolha do tipo de costura?

A1

A2

A3

A4

Factores estéticos.

Resistência.

O equipamento disponível.Os operários disponíveis.

TOTAL

Quais as principais características do ponto preso?

B1B2

B3

B4

Alta resistência da costura (resistência lateral e durabilidade).

Costura pouco volumosa.

Para se abrir uma costura em ponto preso basta romper um ponto.O ponto preso não deve ser utilizado em aplicações que exijam uma costura segura e com pouca elasticidade.

TOTAL

C4

Indique as afirmações verdadeiras:

C1A pressão do calcador deverá ser ajustada de acordo com aspropriedades do material a processar.

C2 A elasticidade ou fecho da costura depende da tensão aplicada.

C3O reajustamento de tensões deverá ser feito sempre que se mudea grossura de linha ou o tipo de material a ser cosido.

A agulha deve ser substituída todos os dias.

TOTAL

Que causas conduzem à má formação de ponto?

D1

D2D3

D4

Tensões mal afinadas.

Torção do fio a causar encarrapitamento do laço.

Agulha defeituosa. Tecido irregular.

TOTAL

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COSTURACOSTURACOSTURACOSTURACOSTURA

BIBLIOGRAFIA

[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do Vestuário”. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1996. 455 p. ISBN 972-31-0706-6.

[2] CARR, Harold; LATHAM, Barbara - “The technology of clothing manufacture”. Oxford,UK: Blackwell Science Ltd., 1994. 274 p. ISBN 0-632-02193-4.

[3] COATS - “The technology of threads and seams”. Glasgow, Scotland: J & P CoatsLimited, 1995.

[4] COOKLIN, Gerry - “Introduction to clothing manufacture”. Oxford, UK: Blackwell ScienceLtd., 1996, 178 p. ISBN 0-632-02661-8.

[5] DORKIN, M. C.; CHAMBERLAIN, N. H. - “Seam pucker: Its cause and prevention”.Technological Report. Clothing Institute. n.º 10 (1961).

[6] FRIEND, R. - “Sewing room technical handbook: Lockstitch and overlock seams”.Nottingham, UK: Hatra, 1977. 112 p. ISBN 0-901056-02-2.

[7] GLOCK, Ruth; KUNZ, Grace - “Apparel manufacturing: sewn products analysis”. NewJersey, USA: Prentice-Hall, Inc, 1995. 611 p. ISBN 0-02-344142-9.

[8] HANNAN, W. M. - “The mechanics of sewing”. New York, USA: KOGOS InternationalCorp., 1963.

[9] LAING, Raechel; WEBSTER, Janet - “Stitches and seams”. Manchester, UK: TheTextile Institute, 1998. 141 p. ISBN 1-870812-73-5.

[10] MENDONÇA, Artur - “Organização da produção em confecção têxtil”. Porto:Publindústria - Edições Técnicas, 2000. 235 p. ISBN 972-95794-6-6.

[11] NP 3800. 1991, “Têxteis - Tipos de Costuras: classificação e terminologia”. IPQ

[12] NP 3801. 1991, “Têxteis - Tipos de pontos de costura: classificação e terminologia”.IPQ.

[13] NP 3937. 1991, “Máquinas de Costura - classificação e terminologia dos tipos demáquinas”. IPQ.

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OBJECTIVO

1. Conhecer os objectivos e as etapas do processo, equipamentos utilizados emetodologias.

2. Conhecer os aspectos mais importantes a considerar, de forma a maximizar a eficiênciado processo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

3.1 Introdução 98

3.2 Objectivos da prensagem 99

3.3 Elementos de prensagem 100

3.4 Tipos de equipamento 101

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3.1 INTRODUÇÃO

Após a montagem da peça de vestuário ou outro produto de confecção, a fase seguintedo processo de fabricação é preparar a sua entrega ao consumidor final.

Diversas operações serão por isso executadas nesta fase que se designa por acabamento,nomeadamente as operações de rematar, revistar, passar a ferro ou prensar, dobrar,etiquetar e embalar.

REMATAR

O objectivo da operação de rematar é retirar, com uma tesoura manual, as pontas delinha que eventualmente possam existir nas peças costuradas. A generalização do cortede linha nas máquinas de costura diminuiu consideravelmente a necessidade destaoperação.

REVISTAR

A operação de revistar destina-se a examinar a peça com o objectivo de verificar aexistência de algum defeito em termos de costura e materiais, e também se a peça estáconforme as especificações técnicas pretendidas. Se necessário e possível, poder-se-ánesta fase proceder à limpeza de manchas ou nódoas existentes nas peças em revista.

PASSAGEM A FERRO

A passagem a ferro ou prensagem destina-se a melhorar a apresentação do produto,removendo ou introduzindo vincos e dando forma ao produto.

DOBRAGEM

A dobragem deve ser feita para preparar o material para a embalagem e deverá ser feitade acordo com as especificações técnicas, de uma forma manual ou automática.

ETIQUETAGEM E EMBALAGEM

Após a etiquetagem, onde poderá constar a marca, tamanho, composição e preço, éembalado o produto, de acordo também com as especificações do cliente, descriminandopor exemplo tamanhos e cores por caixa. O produto poderá ser embalado dobrado,ensacado, pendurado ou expedido de outra forma, conforme as especificações do cliente.

Após a montagem da peça de vestuário ou outro produto de confecção, é precisopreparar a sua entrega ao consumidor final.

Diversas operações serão por isso executadas nesta fase que se designa deacabamento, nomeadamente as operações de rematar, revistar, passar a ferro ouprensar, dobrar, etiquetar e embalar.

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3.2 OBJECTIVOS DA PRENSAGEM

Prensagem é a aplicação de calor, vapor e pressão durante certo tempo para enformarou vincar tecidos, roupas ou componentes nas formas geométricas pretendidas peloestilista ou eliminar vincos e rugas não desejadas.

O equipamento de prensagem pode ser usado para preparar os componentes para acostura ou para fixar a forma do vestuário acabado.

A prensagem durante o processo de costura é utilizada para vincar, dobrar, enformar e/ou alisar os componentes para uma costura mais rigorosa.

A prensagem final fixa as formas das costuras e do vestuário.

O tempo, temperatura, pressão, vapor e tipos de equipamento mecânico que são usadospara a prensagem dependem do tipo de material em processo, da forma ou do formatoque é desejado para o vestuário acabado e do grau de permanência desejado.

Na produção de vestuário, podem ser produzidos vincos resultantes de erros em acçõesde prensagem anteriores e rugas resultantes do manuseamento por um número elevadode operários, por empilhamento ou por armazenamento.

O aumento do uso de materiais com grande capacidade de recuperação ao enrugamentoe de sistemas de transporte suspenso na sala de costura reduziram o problema emmuitos tipos de vestuário.

Os vincos podem ser características de desenho do vestuário, nomeadamente em calças,saias (onde uma série de vincos são referidos como pregas) e alguns tipos de colarinhos,sendo necessária a prensagem para fixar essas características.

Existem vincos que são menos evidentes, mas que também requerem prensagem, comosejam os lados de punhos e colarinhos, bolsos, lados das frentes, bem como uma costuraaberta e prensada, que de um ponto de vista de prensagem são dois vincos unidos.

Ao moldar o vestuário ao contorno do corpo pretende realçar-se a forma já largamentedeterminada pelas costuras e pregas.

É muito efectivo em tecidos de lã ou com uma grande percentagem, em tipos de vestuáriode alfaiate.

Este tipo de moldagem envolve dois tipos de deformação (juntas ou separadas): encolhere esticar.

Depois de moldagem, não é possível desfazer a costura e obter novamente os moldesna sua forma plana.

As áreas principais onde esta operação se realiza são no final das pinças, colarinhos,ombros, buraco das mangas e topo das mangas e algumas vezes as pernas das calças.

O peito e ancas do casaco podem ser acentuados pela prensagem em prensas comformas definidas.

Outra função da prensagem será preparar o vestuário para costuras adicionais.

Os estágios onde o vestuário é parcialmente prensado dependem de muitos factores,

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tendo normalmente lugar quando foram completadas já várias operações de costura,mas ainda está acessível ao equipamento de prensagem.

Um exemplo óbvio é um casaco e o seu forro antes de montado, onde após a montagemnão é possível prensar as partes em separado.

Esta prensagem intermediária torna as operações de costura seguintes mais fáceis paraexecutar ou para executar com mais qualidade.

Por exemplo, é possível efectuar um alinhavo num colarinho que não tenha sido prensado,mas a costura será concerteza mais rápida e precisa se o vinco tiver sido feito.

Outro objectivo poderá ser reacabar o tecido depois da produção do vestuário.

Especialmente durante a prensagem intercalar, a superfície do tecido pode mudartemporariamente, sendo um sintoma comum o lustro ou brilho, induzido pela pressãoextrema da prensa ou ferro, de forma a obter um lado ou costura bem definido.

A superfície das fibras é fortemente alisada, de tal forma que produz um espelhar parcial.

Um sintoma relacionado é um alisar generalizado do pêlo do tecido, o qual deixa demostrar a riqueza pretendida pelo designer. Tal é mais acentuado em tecidos comobombazina ou veludo.

Prensagem é a aplicação de calor, vapor e pressão para enformar ou vincar tecidos,roupas ou componentes nas formas geométricas pretendidas pelo estilista oueliminar vincos e rugas não desejadas.

Os vincos podem ser características de desenho do vestuário, nomeadamente emcalças, saias (onde uma série de vincos são referidos como pregas) e alguns tiposde colarinhos, sendo necessária a prensagem para fixar essas características.

Ao moldar o vestuário ao contorno do corpo pretende realçar-se a forma jálargamente determinada pelas costuras e pregas.

Outra função da prensagem será preparar o vestuário para costuras adicionais.

Outro objectivo poderá ser reacabar o tecido depois da produção do vestuário.

3.3 ELEMENTOS DE PRENSAGEM

O calor é necessário na maioria dos processos de prensagem para amaciar as fibras,estabilizar e fixar a forma desejada.

A temperatura deve ser escolhida de acordo com as fibras, fios e tecidos.

O vapor é uma das formas mais rápidas de transferir calor para o tecido, é criado peloaquecimento de água numa caldeira e quanto maior a pressão, mais quente e seco seráo vapor.

O uso de vapor reduz o tempo de prensagem e o valor da pressão necessário paramoldar o vestuário.

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Tecidos diferentes requerem quantidades diferentes de vapor e calor.

A pressão é aplicada para alterar a forma e aumentar a permanência da forma ou vinco.

A quantidade e o tipo de pressão deve ser apropriado às características do tecido.

Pressão excessiva pode distorcer o tecido, aplainar texturas e criar danos permanentesno tecido ou vestuário.

Para se obter uma prensagem de qualidade, é necessário controlar a temperatura, ovapor, a pressão e o tempo para se adaptarem aos materiais e estilo de vestuário.

A pressão aplicada e o tempo necessário podem ser minimizados pela secagem e rápidoarrefecimento do tecido após a prensagem.

O calor é necessário na maioria dos processos de prensagem para amaciar asfibras, estabilizar e fixar a forma desejada.

A temperatura deve ser escolhida de acordo com as fibras, fios e tecidos.

O vapor é uma das formas mais rápidas de transferir calor para o tecido.

Para se obter uma prensagem de qualidade é necessário controlar a temperatura,o vapor, a pressão, e o tempo para se adaptarem aos materiais e estilo de vestuário.

3.4. TIPOS DE EQUIPAMENTO

O ferro de passar é o equipamento mais frequentementeutilizado para eliminar rugas e vincos.

O tipo de ferro mais comum é eléctrico e com vapor.

O vapor é fornecido pela central de vapor da empresa oupor uma pequena caldeira junto da unidade, sendo o vaporlibertado pelo toque de um botão.

Se o produto a processar for muito variado, pode ser usadauma simples mesa de passar, semelhante à mesadoméstica, podendo, no entanto dispor de sistemas devácuo, para segurar e secar o vestuário, fixando assimmais rapidamente as formas.

Existem sistemas autónomos, com uma mesa, ferro e umapequena central de vapor que podem funcionar comounidades por táteis e por isso ser aplicadas comflexibilidade, nomeadamente durante o processo decostura.

A principal diferença entre o ferro e a prensa é que o ferronão está ligado fisicamente à base, pelo que o seuposicionamento é flexível.Figura 1

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O uso do ferro e da mesa pode exigir uma considerável perícia por parte do operador,especialmente quando se trata de acabar vestidos ou blusas, por causa do manuseamentoenvolvido. Alem disso, a quantidade de vapor ou vácuo a ser usado é da responsabilidadedo operador.

Diversos tipos de base do ferro estão disponíveis, nomeadamente quanto ao peso,dimensões, formas e outras características, devendo ser escolhidas de acordo com omaterial a ser processado e a qualidade pretendida (fig. 1).

As prensas são usadas normalmente por fabricantes de calças, saias e casacos (fig. 2).

As prensas são constituídas por uma base inferior almofadada ligada a uma cabeçamóvel e sistemas de vapor e de vácuo, com sistemas manuais ou automáticos de controloda pressão, temperatura, vácuo e vapor (fig. 3).

A base inferior pode ter formatos diversos, de acordo com o produto a processar e estágeralmente na horizontal e fixa.

A cabeça pressiona o material contra a base,podendo o seu movimento ser na vertical ouna diagonal.

O revestimento almofadado dos elementos daprensa ajuda à distribuição uniforme do vapore reduz o impacto deste no tecido. Contribuitambém para a prevenção do brilho no tecido,fruto da pressão elevada e superfícies rígidas.

Ao efectuar a prensagem de um produto, umasaia, por exemplo, o ciclo de trabalho poderáser: é aplicado vapor a partir da base, a cabeçadesce e pressiona o vestuário, é aplicado maisvapor a partir da base e da cabeça, a cabeçasobe e é efectuada a aspiração para arrefecere secar o vestuário, sendo finalmente feita a

Figura 2

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sua remoção.

Para produzir grandes quantidades do mesmo produto, é possível utilizar prensas comcabeças moldadas ao formato da parte do vestuário que se pretende prensar.

É o que acontece, por exemplo, na produção de casacos, em que a prensagem doproduto é dividida em muitas etapas, quer durante a produção quer para a prensagemfinal e onde são usadas prensas com formatos especialmente desenvolvidos para cadaetapa (figs. 4 e 5).

Por exemplo para prensar um casaco pode-se utilizar prensas para ombros, mangas,cavas, costas, frentes, bandas, gola, virados, etc.

Equipamentos usando pressão, temperatura e vapor podem ser usados para moldarprodutos a um determinado formato, sendo o tecido ou material colocado numa formaantes de ser aplicada pressão, calor e vapor. Um exemplo é a fabricação de chapéus eluvas podendo também ser usado para moldar palas de bolsos, etc.

Outros equipamentos são desenvolvidos com o formato aproximado dos produtos (tipomanequim), muitas vezes com a capacidade de expandir e contrair, para ajustar ao formatomais aproximado do vestuário (camisas, calças,...).

O vapor é forçado do interior da forma para o exterior do vestuário, dando-lhe o seuformato final.

Este tipo de prensagem melhora o aspecto do tecido, mas não elimina vincos (fig. 6).

Com este tipo de equipamento pretende reduzir-se o tempo de posicionamento dovestuário para a prensagem.

Os vaporizadores são máquinas que usam somente vapor para moldar e alisar o vestuário.Os tipos principais de vaporizadores são jactos de vapor, pistolas de vapor e túneis devapor.

Figura 4 Figura 5

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Os túneis de vapor são usados na prensagem final, sendo o vestuário acabado dentrodo túnel, através de vapor circulante.

Os túneis de vapor podem operar intermitentemente enquanto lotes de vestuário sãocarregados e descarregados ou operar continuamente com roupa carregada em rails outransportadores.

Alguns túneis de vapor têm câmaras de secagem que usam calor seco para extraírem ahumidade do vestuário antes da embalagem.

Os túneis de vapor são usados para acabar vestuário que não necessita vincar ou moldar(fig. 7).

Figura 6

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Figura 7

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O ferro de passar é o equipamento mais frequentemente utilizado para eliminarrugas e vincos.

O tipo de ferro mais comum é eléctrico e com vapor.

Existem sistemas autónomos, com uma mesa, ferro e uma pequena central devapor que podem funcionar como unidades portáteis e por isso ser aplicadas comflexibilidade, nomeadamente durante o processo de costura.

As prensas são constituídas por uma base inferior almofadada ligada a uma cabeçamóvel e sistemas de vapor e de vácuo, com sistemas manuais ou automáticos decontrolo da pressão, temperatura, vácuo e vapor.

Equipamentos usando pressão, temperatura e vapor podem ser usados para moldarprodutos a um determinado formato, sendo o tecido ou material colocado numaforma antes de ser aplicada pressão, calor e vapor.

Outros equipamentos são desenvolvidos com o formato aproximado dos produtos(tipo manequim), muitas vezes com a capacidade de expandir e contrair, para ajustarao formato mais aproximado do vestuário (camisas, calças,...).

Os vaporizadores são máquinas que usam somente vapor para moldar e alisar ovestuário. Os tipos principais de vaporizadores são jactos de vapor, pistolas devapor e túneis de vapor.

Os túneis de vapor são usados na prensagem final, sendo o vestuário acabadodentro do túnel, através de vapor circulante.

Os túneis de vapor são usados para acabar vestuário que não necessita vincar oumoldar.

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AUTO-TESTE DO TEMA

Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituídopor 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão deA a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/as respostas que considerar mais adequadas.Qual o objectivo da operação de revistar?

A2 Reparar os defeitos de costura.

A1 Verificar a existência de algum defeito em termos de costura.

A3 Verificar as medidas.

TOTAL

A4 Verificar a existência de algum defeito em termos de materiais.

Indique as afirmações verdadeiras:

B1O uso de vapor reduz o tempo de prensagem e o valor da pressão necessário para moldar o vestuário.

B3 A pressão não pode ser aplicada para alterar a forma.

TOTAL

B2 Tecidos diferentes requerem quantidades diferentes de vapor e calor.

B4A pressão pode ser aplicada para aumentar a permanência da forma ou vinco.

Que operações são executadas na fase de acabamento?

C1 Rematar.

C2 Revistar.

C3 Bordar.

TOTAL

C4 Passar a ferro ou prensar.

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 O vapor não é uma das formas mais rápidas de transferir calor para o tecido.

D4O vapor é criado pelo aquecimento de água numa caldeira e quanto maior a pressão, mais quente e húmido será o vapor.

TOTAL

D1O calor é necessário na maioria dos processos de prensagem para amaciar as fibras, estabilizar e fixar a forma desejada.

D3 A temperatura deve ser escolhida de acordo com as fibras, fios e tecidos.

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SOLUÇÃO DOS EXERCICIOS

Qual o objectivo da operação de revistar?

A2 Reparar os defeitos de costura.

A1 Verificar a existência de algum defeito em termos de costura.

A3 Verificar as medidas.

TOTAL

A4 Verificar a existência de algum defeito em termos de materiais.

Indique as afirmações verdadeiras:

B1O uso de vapor reduz o tempo de prensagem e o valor da pressão necessário para moldar o vestuário.

B3 A pressão não pode ser aplicada para alterar a forma.

TOTAL

B2 Tecidos diferentes requerem quantidades diferentes de vapor e calor.

B4A pressão pode ser aplicada para aumentar a permanência da forma ou vinco.

Que operações são executadas na fase de acabamento?

C1 Rematar.

C2 Revistar.

C3 Bordar.

TOTAL

C4 Passar a ferro ou prensar.

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 O vapor não é uma das formas mais rápidas de transferir calor para o tecido.

D4O vapor é criado pelo aquecimento de água numa caldeira e quanto maior a pressão, mais quente e húmido será o vapor.

TOTAL

D1O calor é necessário na maioria dos processos de prensagem para amaciar as fibras, estabilizar e fixar a forma desejada.

D3 A temperatura deve ser escolhida de acordo com as fibras, fios e tecidos.

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BIBLIOGRAFIA

[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do Vestuário”. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,1996. 455 p. ISBN 972-31-0706-6.

[2] CARR, Harold; LATHAM, Barbara - “The technology of clothing manufacture”. Oxford,UK: Blackwell Science Ltd., 1994. 274 p. ISBN 0-632-02193-4.

[3] COOKLIN, Gerry - “Fusing technology”. Manchester, UK: The Textile Institute, 1990.94 p. ISBN 1-870812-22-0.

[4] COOKLIN, Gerry - “Introduction to clothing manufacture”. Oxford, UK: Blackwell ScienceLtd., 1996, 178 p. ISBN 0-632-02661-8.

[5] GLOCK, Ruth; KUNZ, Grace - “Apparel manufacturing: sewn products analysis”. NewJersey, USA: Prentice-Hall, Inc, 1995. 611 p. ISBN 0-02-344142-9.

[6] MENDONÇA, Artur - “Organização da produção em confecção têxtil”. Porto:Publindústria - Edições Técnicas, 2000. 235 p. ISBN 972-95794-6-6.

[7] TYLER, David - “Materials management in clothing production”. Oxford, UK: BlackwellScience Ltd., 1991. 168 p. ISBN 0-632-02896-4.

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OBJECTIVO

1. Conhecer os diferentes tipos de linhas de costura.

2. Identificar as suas principais características.

3. Conhecer a sua relevância na produção e na qualidade do produto final.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

4.1 Introdução 110

4.2 Tipos de linhas 111

4.3 Métodos de construção das linhas 114

4.4 Requisitos das linhas de costura 117

4.5 Propriedades das linhas 118

4.6 Acabamento e lubrificação das linhas 121

4.7 Embalagem 121

4.8 Quebras de linhas 123

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

4.1 INTRODUÇÃO

As linhas de costura são um elemento fundamental para se obter uma costura de boaqualidade e um bom rendimento do processo.

As linhas de costura convencionais são produzidas com um fio singelo resultante datorção de fibras relativamente curtas, ou filamentos contínuos muito finos, possibilitandoa produção de estruturas filiformes flexíveis e resistentes, características necessáriasao processo de costura.

A resistência da linha pode determinar a resistência da própria costura, sendo obtidapela torção do fio simples.

A maior parte das linhas de costura é a 2, 3 ou 4 cabos, ou seja, são linhas provenientesda retorção de 2, 3 ou 4 cabos.

Para que as linhas estejam estabilizadas deve-se, em cada operação de torção, invertero sentido da torção (fig. 1).

A torção, que pode ser definida como o número de voltas por centímetro de fio, éextremamente importante nas características das linhas de costura, uma vez quedetermina não só a resistência da linha, mas também a aparência e resistência da própriacostura.

Quando a torção é muito baixa o fio pode desfazer-se e quebrar, mas, se for muito alta ofio torna-se instável, causando a auto-retorção do mesmo, podendo levar à formação deargolas, nós, etc.

Um aspecto importante é o sentido de torção. Esta pode ser inserida no sentido derotação dos ponteiros do relógio - torção em Z - ou no sentido contrário à rotação dosponteiros do relógio - torção em S (fig. 2).

As forças de atrito que actuam na linha aquando a sua passagem pela máquina decostura, inserem uma certa torção. Por exemplo, numa máquina de ponto preso a agulhae o retentor da lançadeira tendem a inserir algumas voltas de torção em Z.

Uma linha com a torção adequada em Z atinge o equilíbrio quando resiste à inserção

Figura 1

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adicional de voltas.

Uma linha com torção em S apresenta o inconveniente de se destorcer pela acção damáquina de costura, desfazendo-se e quebrando.

Grande parte das máquinas de costura utiliza, assim, linhas com torção em Z,especialmente as máquinas de ponto preso, já que são as que mais solicitam as linhas.

No entanto, existem máquinas, nomeadamente as máquinas de recobrir e de casear,que utilizam linhas especiais com torção em S.

O acabamento e a lubrificação das linhas são extremamente importantes para a obtençãode algumas propriedades nas linhas de costura.

As linhas de costura são um elemento fundamental para se obter uma costura deboa qualidade e um bom rendimento do processo.

As linhas de costura convencionais são produzidas com um fio singelo resultanteda torção de fibras relativamente curtas, ou filamentos contínuos muito finos,possibilitando a produção de estruturas filiformes flexíveis e resistentes,características necessárias ao processo de costura.

A torção, que pode ser definida como o número de voltas por centímetro de fio, éextremamente importante nas características das linhas de costura, uma vez quedetermina não só a resistência da linha, mas também a aparência e resistência daprópria costura.

O acabamento e a lubrificação das linhas são extremamente importantes para aobtenção de algumas propriedades nas linhas de costura.

4.2 TIPOS DE LINHAS

As linhas podem ser caracterizadas pelo:

- tipo de fibra (matéria-prima);

Figura 2

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

- método de construção;

- tratamento (acabamentos);

- espessura (diâmetro) – sistema de numeração.

SEDA

Quando a seda é a fibra natural utilizada, as linhas são fiadas a partir de filamentoscortados ou retorcidas com filamentos contínuos.

Apresentam elevada resistência e alongamento, bem como aparência brilhante.

Originam bons rendimentos como linhas de costura manual ou sendo utilizado commáquina industrial.

O custo elevado restringe a aplicação a alta costura e em bordados especiais.

LINHO

O linho pode ser também utilizado como matéria prima.

As linhas de costura são mais resistentes e mais rígidas que o algodão, apresentandouma fraca flexibilidade.

Estas linhas de costura são utilizadas em costuras para calçado, artigos em pele, tendas,toldos de lona e costura de botões, sendo substituídas actualmente pelas fibras sintéticas,torcidos a 2 ou a 8 cabos, dependendo da espessura e do uso final.

ALGODÃO

As linhas de costura de algodão, são as únicas produzidas para aplicações gerais.

Podem ser de três tipos: suave, mercerizado ou polido.

As linhas de algodão suave não recebem nenhum tratamento especial, para além dobranqueamento ou tingimento e a aplicação de um lubrificante de baixa fricção.

As linhas de algodão mercerizado são tratadas a baixa tensão numa solução de sodacaustica (hidróxido de sódio), conferindo-lhe um aumento do brilho e da resistência dasfibras e também uma maior afinidade ao tinto.

Depois de retorcidas, as linhas podem ser gaseadas (a gasagem é uma operação queconsiste na passagem rápida e controlada das linhas por uma chama de gás, de modoa eliminar fibras estranhas da superfície do fio, antes de este ser mercerizado.)

As linhas de algodão polido (tratamento glacé) são produzidas a partir de linhas suaves,endurecidas e protegidas pela aplicação de um acabamento especial na superfície (gomaproduzida por compostos químicos), conferindo-lhe um aumento da sua impermeabilidade,resistência à abrasão e da coesão dos cabos que a compõem, evitando o desfiamento.

Como principais características das linhas de algodão, podem destacar-se a reduzidatenacidade e alongamento, estabilidade à temperatura e bom comportamento edesempenho na costura.

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De referir ainda a possibilidade de existirem problemas de encolhimento, originandocosturas enrugadas, pelo facto de possuir uma tensão superior, comparativamente àsoutras linhas e o preço elevado.

As fibras de algodão são muito usadas em operações de casear e em acabamentosdecorativos.

Em tecidos de jeans, devem ser previamente submetidas a um acabamento (polido ouglacé) para possível utilização em condições de costura mais adversas.

A gama de linhas de costura de fios sintéticos é produzida a partir de fibras e filamentosde poliester ou poliamida, ou de uma combinação destes filamentos com algodão, rayonou fibras de algodão.

POLIAMIDA

Nas linhas de poliamida, o Nylon 6.6 é a matéria prima principal para este tipo de linhade costura.

Como principais características das linhas de poliamida, de destacar a alta tenacidade ealongamento, a excelente resistência à abrasão, boa resistência química e maiorelasticidade que o poliester.

É uma linha de costura só disponível em filamento contínuo, que apresenta boa resistênciaà tracção e à abrasão, sensibilidade a altas temperaturas e elevada elasticidade (prejudicialna costura de tecidos não elásticos).

As principais aplicações das linhas de poliamida são em material técnico, materialhospitalar, calçado, malas e artigos em pele em geral e mobiliário.

POLIÉSTER

As linhas de poliester são produzidas a partir do polímero polietileno tereftalato.

Como principais características das linhas de poliester, de referir a alta tenacidade ealongamento, a excelente resistência química e à abrasão.

As linhas de poliester são utilizadas na maioria das aplicações de costura em confecção(têxtil e calçado), estando disponíveis em filamento contínuo ou fibras cortadas.

VISCOSE

As linhas de viscose apresentam um aspecto semelhante ao da seda.

Como principais características das linhas de viscose de referir a fraca resistência quandocomparado com o algodão, o baixo alongamento, a perda de resistência em molhado eo brilho elevado.

As linhas de viscose são muito utilizadas em bordados, estando disponíveis só emfilamento contínuo.

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

As linhas podem ser caracterizadas pelo tipo de fibra (matéria-prima), pelo métodode construção, pelo tratamento (acabamentos) e pela espessura (diâmetro) –sistema de numeração.

4.3 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DAS LINHAS

De acordo com o método de construção, as linhas são classificadas de forma diferente.

LINHAS FIADAS

As linhas fiadas são produzidas a partir daretorção de 2 ou mais fios simples de fibrasdescontínuas (cortadas ou rebentadas),normalmente de algodão ou poliester a 2 ou 3cabos e com torção contrária à do processode fiação (fig. 3).

Dentro deste tipo, as linhas mais usadas sãoas 100 % poliester fiado e as 100 % algodãofiado.

As linhas 100 % poliester fiado apresentamum bom desempenho a baixas e médias velocidades de costura.

As linhas 100 % algodão são formadas por fibras longas de algodão.

Devido às características próprias do algodão, possuem uma grande capacidade deabsorção de corantes quando são submetidas a processos de tingimento com tecidosde fibras naturais.

Assim como as linhas de poliester, também as linhas de algodão apresentam um bomcomportamento em baixas e médias velocidades de costura.

A linha pode ser tratada com um polímero sintético, que liga os filamentos individuais eos fios componentes, aumentando significativamente o seu desempenho e resistência àabrasão.

LINHAS COM ALMA

As linhas com alma (fig. 4)são obtidas a partirde fios produzidos por envolvimento de umfilamento de poliester – corpo central (alma) –com fibras descontínuas (algodão oupoliester).

Posteriormente, estes fios são torcidos paraformar a linha.

Figura 3

Figura 4

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As linhas poliester - algodão apresentam uma resistência à ruptura bastante elevada,devido ao seu núcleo de filamentos contínuos de alta tenacidade e oferecem umaexcelente costurabilidade e produtividade, resultante da cobertura de algodão.Nas linhas poliester - poliester, cada cabo é composto pelo núcleo de filamentos contínuosde poliester, revestidos por fibras de poliester.A resistência dos filamentos, combinada com uma cobertura de poliester fiado, garanteum óptimo desempenho em qualquer operação de costura.As linhas com alma reúnem, desta forma, a resistência das linhas de filamento contínuocom as propriedades de superfície e desempenho das linhas de fio fiado.

LINHAS TEXTURIZADAS

As linhas texturizadas são produzidas a partir de filamentos de poliester ou poliamidatexturizados por falsa-torção, sendo termofixadas durante o processo para reter avoluminosidade (fig. 5).

Estes fios, individualmente ou provenientes da junção de vários cabos, são torcidosdando origem a linhas de costura muito úteis quando usadas na parte inferior na produçãode costuras macias.

Nas linhas texturizadas por jacto de ar, o emaranhamento dos filamentos de poliester éconseguido pela sua passagem num jacto de ar e posterior torção (fig. 6).

Estes fios são posteriormente torcidos, tingidos e bobinados em cones com lubrificante.

LINHAS DE MULTIFILAMENTOS TORCIDOS

As linhas de multifilamentos torcidos são fabricadas com filamentos de poliester oupoliamida que depois de torcidos para formar um feixe coeso, são retorcidos para formara linha (fig. 7).

As linhas de poliamida (nylon) de filamento contínuo são formadas por cabos construídoscom poliamida de multifilamentos contínuos.

O nylon é muito resistente, mas apresenta características muito próprias de alongamento,

Figura 5 Figura 6

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

sendo adequado para costuras em matériasde baixo ou nenhum encolhimento como ocouro, lonas etc.

As linhas de poliester de filamento contínuosão compostas por cabos de multifilamentoscontínuos de poliester e apresentamcaracterísticas muito semelhantes às linhasde poliamida.

Nas linhas de poliester de filamento contínuotrilobal, os filamentos contínuos de poliesterapresentam um formato tr iangular,contrariamente aos filamentos contínuos

comuns que são arredondados.

O filamento contínuo trilobal oferece uma maior reflexão à luz sendo, portanto, maisbrilhante.

Estas linhas são muito usadas em bordados.

LINHAS MONOCABO

As linhas monocabo são produzidas a partir de filamentos de poliamida ligadosquimicamente (fig. 8).

As linhas de monofilamento (fig. 9) são normalmente produzidas por um monofilamentode poliamida semelhante a fio de pesca (translúcido).

Estas linhas são produzidas pela extrusão numa fieira com apenas um buraco largo.

Existem diferentes métodos de construção de linhas de costura.

As linhas de costura podem ser fiadas, com alma, texturizadas, de multifilamentostorcidos, monocabos ou monofilamentos.

Figura 7

Figura 8 Figura 9

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4.4 REQUISITOS DAS LINHAS DE COSTURA

As linhas devem apresentar características apropriadas à sua função na costura.

As linhas de costura devem suportar as velocidades a que são submetidas durante acostura, sendo para isso determinante a regularidade da espessura (uniformidade dediâmetro), a resistência à abrasão (atrito superficial) e a resistência térmica (aoaquecimento da agulha).

Devem também ser compatíveis com as propriedades mecânicas (resistência,elasticidade, etc.) dos materiais, nomeadamente a regularidade à tracção, a elasticidade,a rigidez e a massa/unidade de área.

As linhas de costura devem apresentar uma estrutura geométrica estável, sendo paraisso necessário uma torção equilibrada e estabilizada e um sentido da torção adequadoà máquina.

Devem ainda suportar os efeitos dos processos posteriores (prensagem, limpeza a seco,etc.), sendo importante a resistência e deslizamento das costuras, a resistência à abrasão,a solidez da cor e a estabilidade dimensional (encolhimento/contracção).

Combinando os factores que conduzem a uma boa durabilidade das costuras e os queconduzem a uma boa costurabilidade, as linhas a seleccionar serão aquelas queapresentem características e propriedades mais adequadas à costura em questão,adoptando uma solução que traduza o melhor compromisso entre os dois.

Não havendo linhas perfeitas para todas as aplicações, há contudo sempre a melhorlinha para uma aplicação específica.

As linhas devem ser seleccionadas de acordo com o tipo e finalidade do produto (artigo)que pretendemos unir através de uma costura.

Entre os diversos aspectos a considerar na escolha do tipo de linha, de destacar:

- a resistência necessária da costura;

- o tipo de costura;

- o tipo de ponto e número de pontos/cm;

- o tipo de material que vai ser costurado;

- o tipo de máquina e equipamento complementar;

- as condições de uso do artigo;

- o tempo de vida do produto.

O custo da operação deve também ser considerado, nomeadamente o custo de costura(rendimento da máquina e do operário/número de rupturas), o custo de rejeitados (factoresde costurabilidade), o custo de devoluções (factores de durabilidade) e o custo da linha,de que resultará o preço de venda.

Em resumo, os principais factores envolvidos na selecção das linhas de costura são:

- A costurabilidade (aptidão para o processo de costura);

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

- O desempenho da costura (resistência da costura, durabilidade);

- O aspecto da costura (solidez da cor, aparência do ponto);

- A disponibilidade (existência do produto);

- O custo (preço+custos envolvidos).

As linhas devem apresentar características apropriadas à sua função na costura.

Combinando os factores que conduzem a uma boa durabilidade das costuras e osque conduzem a uma boa costurabilidade, as linhas a seleccionar serão aquelasque apresentem características e propriedades mais adequadas à costura emquestão, adoptando uma solução que traduza o melhor compromisso entre os dois.

Entre os diversos aspectos a considerar na escolha do tipo de linha, de destacar aresistência necessária da costura, o tipo de costura, o tipo de ponto e número depontos/cm, o tipo de material que vai ser costurado, o tipo de máquina e equipamentocomplementar, as condições de uso do artigo e o tempo de vida do produto.

4.5 PROPRIEDADES DAS LINHAS

As linhas devem ser escolhidas de acordo com a sua função, o tipo de costura que se vaiefectuar e o material a coser.

Conforme referido, as propriedades das linhas de costura que se devem ter em conta,são:

- a resistência:

- o alongamento à rotura;

- a elasticidade;

- a resistência à abrasão;

- a estabilidade dimensional à lavagem;

- a solidez da cor;

- a capacidade de formar laçadas.

A resistência à tracção é normalmente caracterizada pela sua tenacidade (razão entre aresistência e a massa linear (cN/tex ou g/tex)) e a extensão à rotura (% alongamentorelativo médio de rotura).

Além da extensão ou alongamento à ruptura, a capacidade da linha retornar à suadimensão inicial (recuperação elástica) após ter sido esticada, é também muito importante.

A recuperação elástica influência a costura, pois ao retornar ao seu comprimento inicial,a linha tende a arrastar o material que está a ser costurado, se a rigidez do material nãofor suficiente para se opor a esta contracção, causando o enrugamento das costuras.

O coeficiente de variação da resistência e a resistência da argola, permitem prever odesempenho na costura.

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Uma linha irregular pode originar pontos fracos na costura.Uma linha resistente à tracção não é necessariamente resistente à flexão e abrasão.

Com a resistência da linha pode ser estimada a resistência da costura (força de tracçãoperpendicular a uma costura), utilizando a equação:

Rcostura

= Rlinha

* L * D * k (N),

onde: R

linha = resistência média da argola (N) à tracção, a velocidade constante (100 mm/

min ou com uma duração de ensaio de 20 ± 3 s) de um provete constituído por 2 argolasde linha, presas a uma distância de 500 mm entre si,

L = Comprimento da costura a ser submetido à tracção. (L=2,5 cm),D = Densidade de pontos na costura (Número de pontos/cm),K = Coeficiente próprio de cada junção material/linha/costura (entre 0,8 e 1,1).

Esta fórmula indica a resistência da costura, mas não tem em consideração a influênciado material que está a ser costurado (atrito superficial, deslizamento, rigidez, rebentamentoda estrutura, etc.) nem o tipo de costura (costura simples, dupla, etc.).

Tabela 1

Tabela 2

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

Relação entre número da linha e a massa por unidade de área do tecido

O conhecimento da espessura da linha permite, para uma mesma categoria e tipo delinha, escolher a que melhor se adapta às condições de uso do artigo.

Com efeito, a espessura da linha influencia a resistência da linha e consequente resistênciada costura, a espessura da agulha a utilizar, a quantidade de linha enrolada na canela(ex. máquina de ponto preso), a afinação das tensões das linhas e o risco de defeitos deenrugamento de costuras.

Durante o processo de costura as tensões que se desenvolvem nas linhas sãoinfluenciadas essencialmente pela espessura e regularidade da linha, atrito superficial erigidez.

No que se refere à afinação das tensões da máquina de costura, esta deve ser executadasempre que se procede a uma mudança de linha na máquina de costura.

Quando, por exemplo, se substitui um fio fino por um fio grosso, este originará um aumentodas tensões do fio. Apesar do fio grosso, por ser mais resistente, conseguir suportar oaumento da tensão, podem surgir defeitos causados por este excesso de tensão.

Por outro lado, se um fio grosso for substituído por um fio fino, a tensão na máquina irádiminuir o que pode dar origem a uma costura solta e mal equilibrada.

A resistência à tracção é normalmente caracterizada pela sua tenacidade (razãoentre a resistência e a massa linear (cN/tex ou g/tex)) e a extensão à rotura (%alongamento relativo médio de rotura).

Além da extensão ou alongamento à ruptura, a capacidade da linha retornar à suadimensão inicial (recuperação elástica) após ter sido esticada, é também muitoimportante.

Uma linha irregular pode originar pontos fracos na costura.

Uma linha resistente à tracção não é necessariamente resistente à flexão e abrasão.

O conhecimento da espessura da linha permite, para uma mesma categoria e tipode linha, escolher a que melhor se adapta às condições de uso do artigo.

Tabela 3

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4.6 ACABAMENTO E LUBRIFICAÇÃO DAS LINHAS

As propriedades e características das linhas de costura resultam, em grande parte, daqualidade da produção das mesmas.

O acabamento e a lubrificação da linha de costura são dois aspectos da produção quedevem merecer uma atenção especial, uma vez que determinam algumas propriedadesdas linhas.

Com o acabamento pretende-se a obtenção de linhas com atrito baixo e uniforme, aprotecção da linha ao calor gerado pela agulha, principalmente quando se trata de fibrassintéticas, evitar a perda de resistência através do deslizamento de fibras em linhas defio fiado, permitir o desenrolamento uniforme das bobinas e nalguns casos evitar odeslizamento e obter linhas resistentes a nódoas e sujidade sem afectar a sua cor.

A qualidade de um acabamento reflecte-se no número de quebras que ocorrem, poisquanto pior for o acabamento, maior será o número de quebras.

Na lubrificação, que se pretende que seja adequada e regular, são utilizados lubrificantesque, de acordo com a sua utilidade e aplicação, evitam o aquecimento excessivo daagulha e problemas de desenrolamento, entre outros.

O acabamento e a lubrificação da linha de costura são dois aspectos da produçãoque devem merecer uma atenção especial, uma vez que determinam algumaspropriedades das linhas.

A qualidade de um acabamento reflecte-se no número de quebras que ocorrem,pois quanto pior for o acabamento, maior será o número de quebras.

4.7 EMBALAGEM

A escolha do suporte mais adequado à máquina e ao método de produção a utilizar, éum aspecto importante a ter em conta no processo da costura.

O cone é uma embalagem com a forma geométrica de um cone onde são bobinadas, emcruzado, quantidades de 5000 metros ou mais de linha de vários tipos, mas geralmentede fibra cortada (fig. 10).

Nos carrinhos de linhas, que são geralmente usados em máquinas domésticas,encontram-se bobinadas em paralelo pequenas porções de qualquer tipo de linha (fig.11).

Apresentam forma cilíndrica e possuem rebordos nas extremidades.

O tubo de linhas é uma embalagem cilíndrica sem rebordos onde a linha é bobinada emcruzado para uma maior estabilidade (fig. 12).

O comprimento da linha pode variar entre os 1000 e os 2500 metros.

Pode ser utilizado em máquinas de ponto preso, mas o seu pequeno diâmetro não o

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

torna apropriado para máquinas de corte e cose.

O vicone apresenta uma configuração cilíndrica ou de cone com um ângulo muito pequeno(fig. 13).

Apresenta uma base adicional na forma de um rebordo saliente e pode conter grandesquantidades de linhas de filamento contínuo.

A bobina é uma embalagem de linha bobinada com precisão, que substitui a bobina emmetal de muitas máquinas de ponto preso.

A campânula é construída de forma a conter linhas de monofilamento que seriam difíceisde controlar em bobinas normais.

No interior da campânula encontra-se um carrinho de grandes dimensões que, por vezes,inclui um lubrificador localizado na área de saída da linha.

A escolha do suporte mais adequado à máquina e ao método de produção a utilizar,é um aspecto importante a ter em conta no processo da costura.

As linhas de costura podem ser fornecidas em cones, carrinhos, tubos, vicones ebobinas, entre outros.

Figura 11Figura 10

Figura 12 Figura 13

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4.8 QUEBRAS DE LINHAS

Durante um turno de trabalho na costura, as máquinas nunca estão a trabalhar a 100%do tempo.

Dependendo do tipo de peça, as máquinas vão estar efectivamente a costurar entre15% a 85% do tempo.

O tempo de costura é por isso decisivo em termos de produtividade e de competitividadeem custos e preços.

Existem determinados tipos de linhas que chegam a provocar 30 ou mais quebras ouparagens de produção por turno/máquina/dia, enquanto outras linhas podem trabalhar,mesmo a altas velocidades, com médias de 8 a 10 quebras.

Se cada quebra parar a produção durante 40 segundos (em certos casos podem ser 2minutos ou mais) e se por exemplo uma linha quebrar 12 vezes mais do que outra demelhor qualidade, significa que poderá haver uma paragem total de 8 minutos por máquina/turno/dia por causa de quebras de linhas.

Se a eficiência de costura for de cerca de 70%, então a perda de 8 minutos por causa dequebras adicionais de linhas, significa em termos de produtividade uma diminuição decerca de 2,4%. Ou seja, para uma confecção que produza 20000 peças/mês, significaestar a perder cerca de 500 peças/mês somente pelos motivos de quebras adicionais delinhas de costura!

Além disso, uma linha que provoca muitas quebras, para além de limites toleráveis,determina outros impactos nos custos das confecções tais como o aumento da fadiga dooperador, o aumento do custo de manutenção do equipamento e o aumento de custo desubstituições de agulhas e laçadeiras.

As linhas quebram por alguns motivos, nomeadamente alta temperatura da agulha,derretendo a linha no momento da paragem normal de uma operação (dependendo daconstrução e de matéria-prima empregada na linha), imperfeições como nós, emendas,defeitos de fiação, etc., falta de lubrificação adequada ou rebarbas no olho da agulha ousulcos nas laçadeiras.

Assim, uma linha mal construída pode levar a muitas quebras de agulhas.

Uma linha muito abrasiva pode criar sulcos nas laçadeiras, rebarbas no buraco da agulhae aumentar muito o número de quebras de linhas.

Os custos de trocas de agulhas e laçadeiras são altos, além dos tempos de paragem demáquina para as substituições.

Durante um turno de trabalho na costura, as máquinas nunca estão a trabalhar a100% do tempo.

O tempo de costura é por isso decisivo em termos de produtividade e decompetitividade em custos e preços.

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

AUTO-TESTE DO TEMA

Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituídopor 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão deA a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/as respostas que considerar mais adequadas.

Como são produzidas as linhas com alma?

A1 Só com filamentos contínuos.

A2 A partir de filamentos contínuos.

A4 A partir de fibras descontínuas.

TOTAL

A3 A partir de fios produzidos por envolvimento de um filamento de poliester com fibras descontínuas.

A torção, que pode ser definida como o número de voltas por centímetro de fio, é extremamente importante nas características das linhas de costura, uma vez que determina:

B2 A resistência da costura.

B3 A resistência da linha.

B4 A aparência e a resistência da costura.

TOTAL

B1 A resistência da linha, a aparência e a resistência da costura.

Quais as principais características das linhas de poliamida?

C1 Fraca resistência química.

C3 Reduzida resistência à abrasão.

TOTAL

C2 Boa resistência química.

C4 Alta tenacidade e alongamento.

D4 A campânula é construída de forma a conter linhas de monofilamento.

TOTAL

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 O tubo de linhas é apropriado para as máquinas de corte e cose.

D3 A torção, é definida como o número de voltas por centímetro de fio.

D1 Uma linha irregular pode originar pontos fracos na costura.

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SOLUÇÃO DOS EXERCICIOS

Como são produzidas as linhas com alma?

A1 Só com filamentos contínuos.

A2 A partir de filamentos contínuos.

A4 A partir de fibras descontínuas.

TOTAL

A3 A partir de fios produzidos por envolvimento de um filamento de poliester com fibras descontínuas.

A torção, que pode ser definida como o número de voltas por centímetro de fio, é extremamente importante nas características das linhas de costura, uma vez que determina:

B2 A resistência da costura.

B3 A resistência da linha.

B4 A aparência e a resistência da costura.

TOTAL

B1 A resistência da linha, a aparência e a resistência da costura.

Quais as principais características das linhas de poliamida?

C1 Fraca resistência química.

C3 Reduzida resistência à abrasão.

TOTAL

C2 Boa resistência química.

C4 Alta tenacidade e alongamento.

D4 A campânula é construída de forma a conter linhas de monofilamento.

TOTAL

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 O tubo de linhas é apropriado para as máquinas de corte e cose.

D3 A torção, é definida como o número de voltas por centímetro de fio.

D1 Uma linha irregular pode originar pontos fracos na costura.

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LINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURALINHAS DE COSTURA

BIBLIOGRAFIA

[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do Vestuário”. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,1996. 455 p. ISBN 972-31-0706-6.

[2] CARR, Harold; LATHAM, Barbara - “The technology of clothing manufacture”. Oxford,UK: Blackwell Science Ltd., 1994. 274 p. ISBN 0-632-02193-4.

[3] COOKLIN, Gerry - “Fusing technology”. Manchester, UK: The Textile Institute, 1990.94 p. ISBN 1-870812-22-0.

[4] COOKLIN, Gerry - “Introduction to clothing manufacture”. Oxford, UK: Blackwell ScienceLtd., 1996, 178 p. ISBN 0-632-02661-8.

[5] GLOCK, Ruth; KUNZ, Grace - “Apparel manufacturing: sewn products analysis”. NewJersey, USA: Prentice-Hall, Inc, 1995. 611 p. ISBN 0-02-344142-9.

[6] MENDONÇA, Artur - “Organização da produção em confecção têxtil”. Porto:Publindústria - Edições Técnicas, 2000. 235 p. ISBN 972-95794-6-6.

[7] TYLER, David - “Materials management in clothing production”. Oxford, UK: BlackwellScience Ltd., 1991. 168 p. ISBN 0-632-02896-4.

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OBJECTIVO

1. Conhecer as agulhas, sua constituição e diferentes tipos.

2. Indicar os aspectos mais importantes a considerar na selecção das agulhas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

5.1 Introdução 128

5.2 Constituição das agulhas 128

5.3 Numeração das agulhas 132

5.4 Condições de uso 132

5.5 Escolha da agulha 133

5.6 Tipos de agulhas 134

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AAAAAGULHASGULHASGULHASGULHASGULHAS

5.1 INTRODUÇÃO

A confecção de uma peça de vestuário requer, muitas vezes, a utilização de vários tiposde costuras e de várias máquinas.

Num sistema de costura consideram-se os materiais, as máquinas de costura, osoperadores, os sistemas de transporte, os métodos de produção e as técnicas deplaneamento e controlo de produção.

A agulha é parte essencial de qualquer sistema de costura.

As funções das agulhas das máquinas de costura são:

- produzir um orifício no material para a passagem da linha sem danificar o material;

- transportar a linha através do material e formar uma laçada que será apanhada pelogancho do porta-bobine, na máquina de ponto preso ou pela laçadeira ou noutromecanismo nas outras máquinas;

- passar a linha através da laçada formada pela laçadeira, excepto nas máquinas deponto preso.

Dado que a concepção de cada máquina requer a utilização de agulhas com dimensõesespecíficas, existem mais de dois mil tipos de agulhas.

Estas dependem do tipo de costura, do tipo de linha utilizada, da velocidade, do tecido edo seu acabamento.

A agulha é parte essencial de qualquer sistema de costura.

As funções das agulhas das máquinas de costura são:

- produzir um orifício no material para a passagem da linha sem danificar o material;

- transportar a linha através do material e formar uma laçada que será apanhadapelo gancho do porta-bobine, na máquina de ponto preso ou pela laçadeira ounoutro mecanismo nas outras máquinas;

- passar a linha através da laçada formada pela laçadeira, excepto nas máquinasde ponto preso.

5.2 CONSTITUIÇÃO DAS AGULHAS

As agulhas das máquinas de costura encontram-se normalizadas de acordo com o tipode máquina em que são utilizadas, por classe, variedade e número.

A agulha apresenta vários detalhes estruturais, que foram desenvolvidos com objectivosbem definidos e de modo a possibilitar a selecção da agulha mais apropriada paradeterminada aplicação.

Na figura 1 encontram-se ilustradas as várias partes componentes de uma agulha decoser.

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O suporte (fig. 2) é a parte superior da agulha que se encontra presa na barra da agulhapor meio de um dispositivo de aperto ou por um parafuso.

Dado que é o suporte de toda a agulha e temque ser resistente, possui normalmente umdiâmetro maior do que o resto da agulha.

Os suportes cilíndricos são apropriados parautilização com parafuso de aperto, enquanto queno caso de dispositivos de aperto se utilizamsuportes cilíndricos com um lado achatado.

O cone liga o suporte ao corpo da agulha, sempenetrar no tecido.

O corpo liga o cone ao buraco da agulha e é aparte da agulha que se encontra sujeita a um atritomais elevado, por se encontrar a trabalhar emcontacto com o tecido.

Em máquinas de alta velocidade, a secção superior do corpo é mais larga para lhe darmaior resistência e reduzir o atrito durante a saída da agulha por alargamento do buracoproduzido no tecido.

A parte mais fina do corpo tem por objectivo aredução da área de contacto com o tecido, a fimde reduzir o atrito.

A ranhura grande (fig. 3) é um canal que percorretodo o corpo da agulha e que protege a linhaquando a agulha penetra no tecido.

A agulha é enfiada do lado dessa ranhura.

A profundidade do canal deve estar de acordocom o diâmetro da linha, de modo a penetrar semrestrições.

Nas agulhas para ponto de cadeia e ponto derecobrimento, existe uma segunda ranhuragrande no outro lado da agulha, com o fim defacilitar o movimento da linha dos dois lados,

Figura 1

1 Suporte2 Cone3 Corpo4 Ranhura grande5 Depressão6 Ranhura pequena7 Olho8 Ponta

1 2 3 4

5 6

7 8

Figura 2

1 Cilíndrico2 Um lado achatado3 Dois lados achatados4 Com encaixe

1

2

3

4

Figura 3

1 Ranhura simples2 Ranhura em espiral3 Ranhura torcida

1

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enquanto esta se encontra no interior do tecido.

As acelerações, desacelerações e velocidade dalinha através do canal e relativas à agulha sãoextremamente elevadas e a protecção oferecidapela ranhura é um aspecto vital na costura dealta velocidade.

A depressão encontra-se do lado oposto àranhura grande e acima do buraco da agulha, etem por objectivo permitir a afinação da laçadeirapara trabalhar mais perto da agulha, de modo aassegurar que a laçadeira entre com maiorfacilidade na laçada da agulha (fig. 4).

Por vezes, em vez da depressão existe umasaliência, mas o objectivo é o mesmo. A saliência

é mais forte mas tem tendência em pegar nas linhas.

Noutros casos, a depressão é maior, a fim de permitir um melhor ajustamento emmáquinas com várias agulhas nas quais a laçadeira tem que passar pelas laçadas devárias agulhas para formar o ponto.

O mesmo acontece em máquinas de ziguezague, nas quais a laçadeira deve pegar alaçada em pelo menos duas posições ao longo do comprimento da depressão.

A ranhura pequena é um canal que se encontra do lado oposto em relação à ranhuragrande e que também serve para proteger a linha.

Ajuda a passagem inicial da linha no tecido e também a formação da laçada. Esta ranhuranão existe geralmente nas máquinas de ponto preso.

No caso de materiais densos ou resistentes é por vezes aconselhável utilizar uma agulhacom ranhura mais comprida que o normal, que se desenvolve em espiral até à ponta,para que a linha da agulha não seja aquecida por fricção, ao ser puxada através do olhalquando este ainda está a passar pelo material durante a subida da agulha.

O olho ou buraco da agulha é a parte da agulha onde a linha é enfiada, devendo passarlivremente mas sem folga a mais, uma vez que isso interferiria com a formação apropriadada laçada da agulha.

O olho atravessa o corpo da agulha da parte inferior da ranhura grande até à ranhurapequena (no caso de esta existir) da qual emerge.

A ponta é a extremidade inferior da agulha e a sua concepção e selecção são de extremaimportância (fig. 5).

O desenvolvimento desta parte da agulha tem sido tal que existem hoje tipos de pontasapropriadas para todos os materiais a coser.

Estas vão desde pontas cortantes, das mais variadas formas, para o cabedal e outrosmateriais não têxteis, até às pontas redondas que são concebidas para penetrar tecidos

Figura 4

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4

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e malhas sem os cortar.

Algumas pontas são concebidas para produzir determinado efeito ou aparência.

Para a maior parte dos tecidos e malhas, a ponta redonda ou cónica é a utilização maiscomum.

Este tipo de ponta tem a tendência para apartar as fibras do material sem as partir.

Quanto mais grosso for o tecido, mais arredondado deverá ser o tipo de ponta escolhido.

As agulhas de ponta redonda são fabricadas com o extremo, ou bico, um pouco achatadoa fim de o reforçar e evitar a sua distorção ou quebra.

Existem agulhas com pontas redondas muito agudas que são utilizadas em casos muitoespeciais, como o ponto invisível, contactando o tecido quase de forma tangencial.

Estas agulhas podem também ser utilizadas quando são essenciais costurasabsolutamente a direito, como no caso dos colarinhos e punhos de camisas. As agulhascom ponta de bola são produzidas com bolas que são classificadas de leve a pesada,em relação ao tamanho da agulha.

Em materiais que requeiram laçadas muito pequenas, produzidas com fios sintéticos, apossibilidade da ocorrência de problemas, tais como cortes de agulha e laçadasrebentadas, é maior.

Argumenta-se que em tais tecidos as pontas de bola escorregam dos fios para penetrarnos espaços entre eles.

Figura 5

1 Ponta redonda aguda para costuras invisíveis, para costuras precisas de ponto cadeia2 Aplicada em todos os tipos de ponto preso, particularmente em tecidos3 Recomendada para ponto cadeia, para malhas ou pregar botões4 Para todos os tipos de malhas e tecidos sintécticos5 Para tecidos com elásticos ou elastómeros6 Para tecidos muito elásticos com estruturas muito abertas7 Para malhas e tecidos com elevado conteúdo de elastómeros

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O efeito varia com diferentes tipos de malhas, mas, em geral, a agulha com pontaarredondada causa menos danos do que a agulha de bola de tamanho idêntico.

A maior parte dos materiais elásticos, com fios de borracha ou de outros elastómeros,necessita de agulhas com ponta de bola média ou pesada que desliza nos fios elásticosem vez de penetrar neles.

Deve notar-se que se uma agulha demasiado fina for utilizada para coser um tecidopesado, a agulha pode ser deflectida de tal forma que entre em colisão com outroselementos formadores do ponto e, mesmo, danificá-los.

Essa deflecção tende também a provocar pontos falsos.

Pelas razões indicadas, a utilização de pontas de bola pesadas em agulhas finas érestrita.

As agulhas das máquinas de costura encontram-se normalizadas de acordo com otipo de máquina em que são utilizadas, por classe, variedade e número.

A agulha apresenta vários detalhes estruturais, que foram desenvolvidos comobjectivos bem definidos e de modo a possibilitar a selecção da agulha maisapropriada para determinada aplicação.

5.3 NUMERAÇÃO DAS AGULHAS

Existem vários sistemas para indicar a grossura das agulhas, utilizando números ouletras.

O sistema mais comum é o sistema métrico, onde o diâmetro do corpo da agulha expressoem milímetros é multiplicado por 100.

No sistema Pfaff, o diâmetro do corpo da agulha expresso em milímetros é multiplicadopor 10 e no sistema da Union Special esse diâmetro, expresso em polegada inglesa, émultiplicado por 1000.

A norma ISO 8239 (1987) e a correspondente NP 4122 (1991) têm por objectivoharmonizar as dimensões, combinações e tolerância das agulhas.

Existem vários sistemas para indicar a grossura das agulhas, utilizando númerosou letras.

5.4 CONDIÇÕES DE USO

As agulhas mais comuns são banhadas em cromo ou níquel.

Na maioria dos casos, as agulhas banhadas em níquel satisfazem as necessidades.

Se a forma de trabalhar aquecer a agulha a ponto de torná-la azulada ou de derreter os

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fios sintéticos, é recomendável o uso de agulhas banhadas em cromo, que é um metalde maior resistência ao calor.

A quebra da agulha pode ser diminuída por meio dos seguintes cuidados:

- a agulha deve ter a ponta bem formada;

- a agulha deve ser recta, bem como a barra da máquina;

- a agulha deve passar bem no meio do furo da chapa, sem roçar;

- nas máquinas de agulha transportadora, a agulha deve penetrar a chapa no primeiroterço do furo;

- a agulha deve resvalar na borda do material;

- não se deve empurrar, nem puxar o material durante a costura.

As agulhas mais comuns são banhadas em cromo ou níquel.

5.5 ESCOLHA DA AGULHA

É o material que determina o tipo de ponta de agulha mais adequado para umadeterminada operação de costura.

Por exemplo, agulhas de ponta cortante, tal como o próprio nome indica, cortam o material,sendo geralmente recomendadas para costuras em pele e para outros materiais comestruturas fechadas como é o caso de películas ou cartão.

Contudo, as costuras de têxteis requerem o uso de agulhas com ponta redonda.

No caso destas agulhas o corte já não se verifica.

O tipo de agulha deve ser seleccionado, de modo a garantir que não haja quaisquerdanos no material usado.

O tipo e condições do material, bem como o seu número de camadas, determina qual aforma da ponta e tamanho da agulha mais adequado para cada caso.

É também necessário que o buraco da agulha esteja em correspondência com o fio.

Quanto mais grosso for o fio mais largo deve ser o buraco.

O número da agulha está relacionado com o título do fio pela fórmula:

É o material que determina o tipo de ponta de agulha mais adequado para umadeterminada operação de costura.

Número da agulha (N.º) = K tex 11,5 K 16

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AAAAAGULHASGULHASGULHASGULHASGULHAS

O tipo e condições do material, bem como o seu número de camadas, determinaqual a forma da ponta e o tamanho da agulha mais adequado para cada caso.

O buraco da agulha deve estar em correspondência com o fio.

O número da agulha está relacionado com o título do fio

5.6 TIPOS DE AGULHAS

Agulhas para a costura de têxteis - Ponta redonda normal (fig. 6).

AGULHA DE PONTA REDONDA NORMAL

Apresenta uma ponta delgada, com forma cónica.

É a forma de ponta padrão.

As suas principais aplicações são em tecidos ligeiros, materiais laminados com plásticoflexível ou cartão fino, combinação de pele/têxteis, confecção de vestuário de pêlo epeles.

AGULHA DE PONTA REDONDA AGUDA

É muito delgada, com ponta aguda.

Provoca a perfuração exacta de tecidos densos e materiais revestidos e tem comoresultado uma costura de aparência perfeita, evitando costuras franzidas ou enrugadas.

As suas principais aplicações são em materiais tecidos muito densamente, materiaisrevestidos, como os usados em tendas, materiais finos, macios, costuras normais emcosturas de camisas (colarinhos e punhos de camisas).

Figura 6

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AGULHA DE PONTA DE BOLA FINA

Afasta os fios de tecido, perfurando directamente nos espaços de tecido, evitando assimo dano do material.

É particularmente apropriado para camisolas de lã de uso exterior, vestuário desportivo.

Figura 7

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AGULHA DE PONTA DE BOLA MÉDIA

Tem a ponta mais arredondada que a ponta de bola fina (fig. 9).

É uma agulha particularmente apropriada para a perfuração livre de danos, aquando dacostura de materiais têxteis grosseiros.

A sua principal aplicação é em jeans.

AGULHA DE PONTA DE BOLA PESADA

É usada em malhas grosseiras e largas.

Esta ponta de bola extremamente redonda permite o deslocamento dos fios do tecidosem os danificar (fig. 10).

As suas principais aplicações são em roupa de malha grosseira, materiais elásticosbons.

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Figura 9

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AGULHA DE PONTA DE BOLA ESPECIAL

Tem uma ponta muito larga, altamente arredondada (fig. 11).

Esta combinação favorece a penetração em tecidos e malhas, devido a possibilitar ummaior deslocamento de cada fio.

É a agulha mais apropriada para coser lycra.

As suas principais aplicações são em materiais grossos e médios com linhas deelastómeros cobertas.

AGULHA PARA A COSTURA DE COURO

As agulhas têm pontas cortantes, como por exemplo, com ponta pá, que apresenta umaponta cortante lenticular (fig. 12).

A perfuração é paralela à direcção da costura e tem como resultado uma linha de costuramuito recta.

É apropriada para todos os tipos de couro.

Figura 11

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Figura 12

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AAAAAGULHASGULHASGULHASGULHASGULHAS

As suas principais aplicações são na confecção de sapatos, na confecção de bolsas,malas com costura grossa de efeito, na confecção de cintos e suspensórios.

AGULHA DE PONTA PEROLADA

Apresenta uma ponta cortante lenticular (fig. 13).

A perfuração é perpendicular à direcção da costura e tem como resultado uma costuraaltamente resistente.

A sua ponta helicoidal permite que o fio se deite na ranhura lateral da ponta enquanto aagulha está a elevar-se do material a ser costurado.

Desta forma o fio não é danificado, já que não entra em contacto com as arestas daranhura da ponta, do ilhó ou da lâmina.

É apropriada para todos os tipos de couro e as suas principais aplicações são naconfecção de sapatos, na confecção de bolsas, malas e acessórios.

AGULHA DE PONTA DIREITA

Para couro apresenta uma ponta cortante lenticular e a perfuração forma um ângulo de45º com a direcção da costura (fig. 14).

Tem como resultado uma costura decorativa levemente inclinada para a esquerda.

É apropriada para todos os tipos de couro e as suas principais aplicações são naconfecção de roupas, na confecção de sapatos, na confecção de bolsas, malas.

A agulha de ponta direita para couro muito larga apresenta uma ponta cortante lenticular(fig. 15).

A perfuração forma um ângulo de 45º com a direcção da costura e ultrapassa o diâmetrodo tronco da agulha.

Tem como resultado uma costura decorativa e saliente, levemente inclinada para aesquerda.

Figura 13

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As suas principais aplicações são na confecção de roupa, na confecção de bolsas, malas,na confecção de estofos.

AGULHA DE PONTA ESQUERDA

Para couro apresenta uma ponta cortante lenticular (fig. 16).

A perfuração forma um ângulo de 135º com a direcção da costura.

Tem como resultado uma costura recta e levemente retraída.

As suas principais aplicações são na confecção de sapatos, na confecção de bolsas,malas, e apropriada principalmente para o conserto de sapatos.

AGULHA DE PONTA DIAMANTE

Apresenta uma ponta cortante com perfuração em forma de losango, sendo a perfuraçãocentralizada paralela à costura (fig. 17).

Figura 14

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Figura 15

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O esquema de costura corresponde ao esquema da ponta pá; as quatro arestas de corteda ponta possibilitam no entanto uma penetração mais fácil em materiais pesados erígidos.

Tem como resultado uma linha de costura muito recta e retraída e é apropriada paracouro pesado, seco, duro.

As suas principais aplicações são na confecção de sapatos, na confecção de bolsas,malas, fazendo perfurações bem alinhadas, não se verificando desvio da agulha.

AGULHA DE PONTA TRIANGULAR

Apresenta uma ponta cortante com perfuração triangular e tem como resultado umacostura recta (fig. 18).

As suas principais aplicações são na confecção de sapatos, sobretudo para calçadospesados (botas de equitação), na confecção de estofos, na costura de sintéticos, papelão,cartão prensado pesado, papel.

Figura 18

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Figura 17

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AGULHA COM MEIA – PONTA TRIANGULAR

Apresenta uma ponta cortante com perfuração triangular e tem como resultado umacostura recta (fig. 19).

É apropriada para materiais compostos, como por exemplo material forrado e perfissintéticos, para papelão altamente prensado, para tecidos de lona e para tecidos detenda.

As suas principais aplicações são na confecção de estofos, na confecção de interioresde veículos e confecção de lonas, tendas e toldos.

AGULHA DE PONTA DE QUATRO GUMES DE CORTE À DIREITA

Apresenta uma ponta cortante com perfuração em forma de losango (fig. 20).

A perfuração forma um ângulo de 45º com a direcção da costura e tem como resultadouma costura levemente inclinada para a esquerda.

Figura 19

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Figura 20

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Tem maior poder de corte do que a da ponta direita para couro e é apropriada paracouro duro e seco.

Graças aos quatro gumes, esta agulha garante bom alinhamento das perfurações eausência do desvio da agulha.

As suas principais aplicações são na confecção de sapatos, na confecção de bolsas emalas.

AGULHA COM PONTA REDONDA COM LÂMINA TRIANGULAR PEQUENA

Apresenta uma ponta redonda com perfuração triangular muito pequena (fig. 21).

A pequena lâmina triangular corta aproximadamente 10% do diâmetro da agulha, os90% restantes são empurrados pela ponta redonda.

Apresenta um esquema de costura impecável, com bom alinhamento das perfurações eum desvio menor da agulha do que o obtido pela ponta redonda.

O corte é menor do que o feito com uma ponta cortante e é apropriado para couros finos,para roupas de couro e couro sintético e para materiais sintéticos finos para a partesuperior de calçados.

É também adequado para materiais com revestimento de PVC/PUR, como por exemplo,lonas, tendas, toalhas de mesa de plástico.

Proporciona uma costura multidireccional (máquinas de costura automáticas), isto é, aaparência da costura permanece igual em todas as direcções.

AGULHA PARA CASEAR DE PONTA REDONDA NORMAL

Apresentam uma ponta delgada, com forma cónica (fig. 22).

Figura 21

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AGULHA PARA PREGAR BOTÕES

São componentes com características especiais, pois a função automática ou semi-automática das máquinas de pregar botões coloca à agulha de costura requisitos extremos(fig. 23).

A agulha tem de guiar o fio através dos buracos do botão e através do ponto de penetraçãoque, com cada perfuração, se torna mais apertado.

Sempre que a agulha bate na borda do buraco do botão e não for guiada directamentepara dentro do buraco, podem resultar problemas (fig. 24).

As agulhas convencionais para pregar botões estão equipadas com pontas agudas comângulos extremamente largos.

Quando uma agulha destas bate na borda do botão, este tipo de ponta origina umacentralização na qual a agulha se apoia.

Como consequência a borda do buraco do botão pode partir ou o botão quebrar.

Figura 22

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Figura 23

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Figura 25

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Alternativamente, a agulha arqueia por fazer força sobre o botão e partirá de imediato oudurante o movimento seguinte (fig. 25).

De forma a evitar tais problemas, foram concebidas agulhas para máquinas de pregarbotões com uma ponta especial (fig. 26).

Figura 24

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Figura 26

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Devido à sua geometria especial, esta ponta evita marcas superficiais quando atinge obotão.

A agulha desvia-se e desliza facilmente para o buraco do botão, sendo a ocorrência deestragos no botão praticamente eliminada.

A agulha está protegida contra sobrecarga e o problema de quebra está grandementereduzido (fig. 27).

Obtém-se desta forma um funcionamento garantido e seguro da agulha e da máquina,uma redução significativa da ocorrência de paragens da máquina e também omelhoramento da qualidade da costura do botão (fig. 28).

Existem diferentes tipos de agulhas adequados a diferentes aplicações.

Figura 27

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Figura 28

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AUTO-TESTE DO TEMA

Instruções de utilização: O questionário, a que a seguir vai responder, é constituídopor 16 itens, distribuídos por 4 secções, identificadas pelas letras do alfabeto que vão deA a D. Dentro de cada secção os itens estão numerados de 1 a 4, deverá seleccionar a/as respostas que considerar mais adequadas, para responder correctamente a cadauma das questões

Indique as afirmações verdadeiras:

A1 O buraco da agulha deve estar em correspondência com o fio.

A2 A ponta redonda normal é a forma de ponta padrão.

A4 As agulhas de ponta cortante, cortam o material.

TOTAL

A3 Na máquina de pregar botões pode-se usar qualquer tipo de agulhas.

A quebra da agulha pode ser diminuída por meio dos seguintes cuidados:

B2 A agulha não deve ser recta, bem como a barra da máquina.

B3 A agulha deve passar ao lado do furo da chapa.

B4 A agulha deve resalvar na borda do material.

TOTAL

B1 A agulha deve ter a ponta bem formada.

As agulhas são constituídas por:

C1 Suporte.

C3 Corpo.

TOTAL

C2 Cilindro.

C4 Freio.

D4 A ponta pode ser redonda, de bola, aguda ou rectangular.

TOTAL

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 A ponta é a parte da agulha que se encontra sujeita a um atrito mais elevado.

D3 O cone é a parte mais grossa da agulha.

D1O suporte é a parte superior da agulha que se encontra presa na barra da agulha.

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SOLUÇÃO DOS EXERCICIOS

Indique as afirmações verdadeiras:

A1 O buraco da agulha deve estar em correspondência com o fio.

A2 A ponta redonda normal é a forma de ponta padrão.

A4 As agulhas de ponta cortante, cortam o material.

TOTAL

A3 Na máquina de pregar botões pode-se usar qualquer tipo de agulhas.

A quebra da agulha pode ser diminuída por meio dos seguintes cuidados:

B2 A agulha não deve ser recta, bem como a barra da máquina.

B3 A agulha deve passar ao lado do furo da chapa.

B4 A agulha deve resalvar na borda do material.

TOTAL

B1 A agulha deve ter a ponta bem formada.

As agulhas são constituídas por:

C1 Suporte.

C3 Corpo.

TOTAL

C2 Cilindro.

C4 Freio.

D4 A ponta pode ser redonda, de bola, aguda ou rectangular.

TOTAL

Indique as afirmações verdadeiras:

D2 A ponta é a parte da agulha que se encontra sujeita a um atrito mais elevado.

D3 O cone é a parte mais grossa da agulha.

D1O suporte é a parte superior da agulha que se encontra presa na barra da agulha.

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AAAAAGULHASGULHASGULHASGULHASGULHAS

BIBLIOGRAFIA

[1] ARAÚJO, Mário de - “Tecnologia do Vestuário”. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,1996. 455 p. ISBN 972-31-0706-6.

[2] CARR, Harold; LATHAM, Barbara - “The technology of clothing manufacture”. Oxford,UK: Blackwell Science Ltd., 1994. 274 p. ISBN 0-632-02193-4.

[3] COATS - “The technology of threads and seams”. Glasgow, Scotland: J & P CoatsLimited, 1995.

[4] COOKLIN, Gerry - “Introduction to clothing manufacture”. Oxford, UK: Blackwell ScienceLtd., 1996, 178 p. ISBN 0-632-02661-8.

[5] GLOCK, Ruth; KUNZ, Grace - “Apparel manufacturing: sewn products analysis”. NewJersey, USA: Prentice-Hall, Inc, 1995. 611 p. ISBN 0-02-344142-9.

[6] LAING, Raechel; WEBSTER, Janet - “Stitches and seams”. Manchester, UK: The TextileInstitute, 1998. 141 p. ISBN 1-870812-73-5.

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