Conheça o Esperanto

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    Tambm possvel escrever em Esperanto. Eis alguns exemplos: Esperanto estas lingvo. (= Esperanto uma lngua.) Ni havas revon. (= Ns temos um sonho.) La suno brilas. (= O sol brilha.) u vi vidas min? (= Voc me v?) Jes, mi vidas vin. (= Sim, eu te ve o.) Mi amas vin! (= Eu te amo!)

    As lnguas nacionais ou tnicas pertencem a grupos humanos

    espec cos. Por exemplo, o hngaro pertence aos hngaros;o portugus, aos brasileiros e portugueses; o apons, aos aponeses e assim por diante.

    No assim com o Esperanto. Ele no pertence a umanao ou povo parte, ele pertence a todos que o aprenderam,independentemente de nacionalidade, regio etc. O Esperantono uma lngua nacional, mas uma lngua internacional com

    alantes em todas as partes do mundo.O principal ob etivo do Esperanto acilitar o contato e

    a comunicao entre pessoas que no tm em comum umalngua materna ou nacional. Segundo a nossa experincia, oEsperanto uma lngua e caz especialmente para comunicaointernacional entre "pessoas comuns" que se interessam por

    outros pases e povos.

    "Para mim o Esperanto umalngua tima para manter contatocom amigos de muitos pasese para trabalhar em projetosinternacionais."

    Peter Balcoordenador da E@I

    Uma pessoa, L. L. Zamenho , elaborou a base do Esperanto.Fez isso, com criatividade e cuidado, usando lnguas nacionaiscomo onte e inspirao, por cerca de dez anos. S quando elesentiu que a lngua adquiriu uma "essncia prpria" que eledecidiu apresent-la ao pblico geral. Isso ocorreu em 1887com a edio de um livreto com o nome Lingvo Internacia(Lngua Internacional).

    No livro, Zamenho usou o pseudnimo Doktoro Esperanto(Doutor Esperanto), mas posteriormente a palavra Esperanto

    tornou-se o nome da prpria lngua. Nos anos seguintes, o livrooi disseminado em vrios pases entre amantes das lnguas eidealistas, que aprenderam a lngua e comearam a us-la nacomunicao internacional. Foi assim que o Esperanto evoluiupouco a pouco de um pro eto lingustico de um s homem

    para uma lngua viva internacional.Ho e o Esperanto usado e amadopor centenas de milhares ou atmilhes de pessoas pelo mundo.

    Pode soar um tanto incrvel o atode um pro eto de um s homem terconseguido evoluir para uma lngua viva internacional usada e amadapor muitas pessoas, no ? Mas estelivro explica brevemente como epor que isso pde acontecer. O livro

    mostra tambm como o Esperanto usado ho e no mundo. Continuea ler e em breve voc saber mais sobre a Lingvo Internacia (onome original do Esperanto).

    Esferas de uso do EsperantoDiariamente muitas pessoas usam o Esperanto dediversas maneiras: em viagens, con erncias, nainternet, no trabalho e na amlia.

    "Uso o srvio commeus lhos, o ingls em

    meus estudos, o sueco na sociedade e o Esperanto

    no meu trabalho com meumarido. Todas as lnguas

    tm suas vantagense desvantagens. Das

    quatro lnguas que eu usodiariamente, o Esperanto a lngua em que eu me sinto mais con ortvel."

    Sonja Petrovi Lundberg,coordenadora do www.lernu.net

    Costuma-se usar o Esperanto com pessoas com as quaisno se tem uma lngua materna comum. Em tais contatos, oEsperanto unciona como uma "lngua-ponte" entre pessoascom heranas lingusticas di erentes. exatamente esse olado orte do Esperanto: ele unciona bem como uma "ponte"ou uma "cola" entre pessoas em contatos internacionais.

    Uma maneira de usar o Esperanto via ar a um eventoesperantista internacional onde se encontram pessoas

    de vrios pases. Participar de eventos com pessoas dediversos pases e discutir, trocar ideias, cantar, danar, azerexcurses e outras coisas com elas algo muito apreciadopor muitos esperant onos. (Exemplos de tais eventos viromais rente.)

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    L.L. Zamenhof (1859-1917),

    iniciador do Esperanto

    O Esperanto uma lngua como qualquer outra lngua humana. Todos podem expressar sentimentose pensamentos em Esperanto assim como se az noutras lnguas. possvel cantar em Esperanto, criarpoesias, brigar, amar, o ocar, brincar, discutir cincia, consolar, jogar e muito mais.

    In ormaes bsicas sobre o Esperanto

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    Eventos internacionaisde EsperantoEis alguns exemplos de eventosinternacionais de Esperanto no mundo:

    ENCONTRO DO HIMALAIA

    O Encontro do Himalaia tem um orte cunho turstico. Eleamiliariza os participantes com a vida e as maravilhas do

    Nepal, apresentadas por esperantistas locais. Geralmenteaz-se uma excurso mais longa ora de Katmandu, a

    capital do Nepal, durante a qual esperantistas nepaleses eestrangeiros tm a oportunidade de conviver, conhecer unsaos outros e vivenciar a lngua num ambiente extico.

    CONGRESSO JUVENILINTERNACIONAL (IJK)

    timo evento para todos os jovens interessados noEsperanto. Devido atmos era in ormal e animada, cil encontrar novos amigos de diversos pases econhecer o movimento jovem esperantista internacional.Frequentemente vm algumas centenas de participantesprovenientes de cerca de trinta pases. O congressoacontece cada ano num pas di erente.

    Outra maneira de usar o Esperanto via ar ao exterior ehospedar-se em lares de esperant onos gratuitamente. Quandoalgum se hospeda nas casas de pessoas comuns num pasestrangeiro, mais cil ter uma imagem melhor das condies ecostumes do pas do que se hospedando num hotel. Existe uma redede hospedagem solidria de esperant onos chamada PasportaServo (Servio de Passaporte). Nela h cerca de 1.200 endereosem mais de 90 pases.

    Talvez a coisa mais til do

    Pasporta Servo seja que comele ningum precisa planejar muito, mas possvel ir

    espontaneamente aonde quer que se queira seguindo seus

    impulsos.Amanda Higley, Estados Unidos, que via ou pela Europa por 16 meses

    e pagou por apenas trs pernoites.

    Uma terceira maneira de usar oEsperanto correspondendo-se comesperantistas por meio de cartas oupela internet, para assim obter umcontato com pessoas de outros pasescom rapidez e acilidade. A internet des az a distncia sica,e o Esperanto des az a distncia'lingustica'. Portanto, internet e Esperanto azem uma tima duplana comunicao internacional!

    Henning Sato von Rosen,um dos undadores da E@I

    Outras maneiras so participar do movimento esperantista,militar por um mundo melhor e mais pacfco, ler notciassobre atos de diversos pases escritas por pessoas que moraml mesmo, ou des rutar de livros escritos originalmente emlnguas minoritrias e que no oram traduzidos lnguamaterna do leitor, mas sim ao Esperanto. I n

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    (mas no s), da Europa. tarde e no incio da noite hapresentaes teatrais, palestras, discusses e concertosde bandas esperantistas. noite, dana, bar e o "ninho dacoruja" (local tranquilo para tomar um ch e conversar). O

    estival acontece normalmente no norte da Europa.

    CONGRESSO PANAMERICANODE ESPERANTO TAKE

    O TAKE tem como ob etivo ortalecer a solidariedadeentre os esperantistas das Amricas do Norte, Central e doSul, acelerar o movimento esperantista e estudar os seusproblemas. Alm desses trabalhos, conta tambm com eventoseducativos e recreativos para esclarecimento dos participantese para lhes apresentar o pas-sede do congresso.

    CONGRESSO UNIVERSAL UK

    O maior evento anual do Esperanto. OUniversala Kongreso um congresso com programao diversifcada,com muitas palestras e reunies, mas tambm concertos,peas teatrais, excurses, dana etc. Geralmente participamentre 2 mil e 4 mil pessoas de cerca de 50 pases. Todo anoo congresso acontece num pas ou local di erente.

    SEMANA ESPERANTISTADA JUVENTUDE JES

    Uma semana divertida e com muita esta na poca de AnoNovo em algum lugar da Europa. Contm programaoimportante durante o dia, mas as pessoas vo l principalmentepara azer amigos, danar e passar a noite.

    CURSOS DE VERO NA AMRICADO NORTE NASK

    O NASK acontece durante trs semanas de vero emalguma universidade dos Estados Unidos e consiste numintenso aprendizado do Esperanto em diversos nveis. Ospro essores e alunos do NASK so internacionais.

    SEMINRIO CONJUNTO KS

    Seminrio colaborativo que acontece sucessivamente naChina, no Japo e na Coreia do Sul, para ovens principalmentedesses pases. Acontece anualmente e unciona como umaglomerador de ovens esperant onos na sia.

    FESTIVAL CULTURAL DE ESPERANTO KEFFestival de alguns dias com um variado leque de

    programaes culturais em Esperanto e participantes dediversas idades. Os msicos e artistas vm, sobretudo

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    Como o Esperanto se tornouuma lngua viva?Pode parecer impossvel que um projeto de um nicohomem possa evoluir para uma lngua internacionalviva. Entretanto, oi o que aconteceu com o Esperanto,que hoje evolui tal como as outras lnguas. (Sabemos

    disso porque usamos a lngua diariamente.)Eis os principais atores que fzeram do Esperantouma lngua viva:

    Zamenho oi muito talentoso nacriao de uma base lingustica

    J na in ncia Zamenho comeou apensar numa lngua internacional e,na adolescncia, decidiu empreendera realizao das suas ideias. Quando

    tinha 17 anos, mostrou aos seus amigosde escola o primeiro resultado. Depoisele retrabalhou durante dez anos essabase lingustica, modi cando-a e melhorando-a, e em 1887apresentou-a sob o nome de Lingvo Internacia.

    O Esperanto conseguiu usurios rapidamenteem vrios pases

    Alguns anos aps o lanamento, o Esperanto tinha em vriospases uma comunidade de alantes que o usava, cuidava delee o apreciava. Muitos deles trocavam cartas e encontravam-secom esperant onos de outros pases. Graas a isso o Esperanto

    desde o comeo oi usado para a comunicao internacionalem diversas situaes.

    Zamenho deixou aos usurios as rdeasda evoluo do Esperanto Durante o primeiro grande congresso de esperant onos, em

    1905, Zamenho declarou que desde ento ele no mais guiariaa evoluo da lngua, mas que cada usurio poderia infuenciar aevoluo do Esperanto. Essa deciso se mostrou importantssima,pois dessa maneira muitos se sentiram parte do processoevolutivo da lngua e, consequentemente, mais enga ados.

    O Esperanto tem uma base estvel que previnere ormas sbitasPara evitar disputas sobre re ormas da lngua, Zamenho props que houvesse uma base imutvel da lngua, apresentadano documento Fundamento de Esperanto(Fundamento doEsperanto). A proposta oi aceita em 1905 e ainda ho e o Fundamentotem uma infuncia estabilizadora na evoluoda lngua.

    O Esperanto tanto uma lngua natural comouma lngua construdaA onte do Esperanto so radicais depalavras e princpios gramaticais delnguas nacionais ou tnicas. Logo,quando se ala Esperanto, ele sentidocomo uma lngua natural. Ao mesmotempo, o Esperanto de aprendizadorelativamente cil, por sua gramtica

    regular, e por ter um sbio sistemade ormao de palavras, que so oresultado de uma base concebida commuito cuidado.

    La interna ideo uma idia-base comum,mas no obrigatriaLigada ao Esperanto, h uma ideia de paz e raternidade entreos povos, chamadala interna ideo(a ideia interna). Essa ideiainterna d grande inspirao s pessoas que sonham com ummundo melhor e mais pac co no uturo. Graas a ela, entreoutras coisas, muitas pessoas investem tempo e energia nomovimento esperantista.

    O Esperanto no uma lngua exclusivamenteeuropeiaAs palavras em Esperanto vm sobretudo de lnguas europeias,mas a gramtica e a maneira de combinar palavras tm muitassemelhanas com o chins, o turco e com outras lnguas noindo-europeias. A sintaxe e o estilo comum do Esperantoso em boa parte de infuncia eslava. Independentemente

    da lngua materna, pode-se aprender o Esperanto em algunsmeses ou em alguns anos e depois senti-lo como sua prprialngua.

    Uma prova de que o Esperanto conseguiu evoluir para umalngua internacional viva que ho e ele tem uma comunidade d

    alantes estvel em todos as partes do mundo. A maioria aprendea lngua quando so adolescentes ouadultos, mas tambm h pessoas que

    alam Esperanto desde o bero comouma das lnguas da amlia.

    Eu continuo opinando que o Esperanto a herana mais valiosaque meus caros pais me deixaram.

    Carlo Minnaja, da Itlia, quealava Esperanto em casa com seus

    pais e seu irmo.

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    Organizaesesperantistas internacionaisPara acilitar ao usurio do Esperanto organizar-se e atuar em nvel internacional, existem vriasorganizaes esperantistas internacionais. Seguemaqui breves apresentaes de algumas delas.

    Educao na Internet E@IA E@I um grupo de trabalho

    internacional que estimula acolaborao e a comunicao em nvelmundial. O Grupo realiza pro etos eeventos educativos para apoiar umaprendizado e uso intercultural delnguas e tcnicas na internet. Umexemplo de pro eto bem-sucedidoda E@I o www.lernu.net (portal multilngue para aprenderEsperanto). Pgina eletrnica (multilngue):www.ikso.net

    Liga Internacionalde Pro essores deEsperanto ILEI

    A ILEI rene pro essores eeducadores de Esperanto. Temsees em mais de 30 pases e membros em mais de 45. Aorganizao trabalha, entre outras coisas, com o ensino doEsperanto em escolas e universidades, alm de realizar examesque testam conhecimentos lingusticos e culturais do Esperanto.Pgina eletrnica (em Esperanto):www.ilei.in o

    Fundao deEstudos sobre oEsperanto ESF

    A ESF apoia a pesquisa e oensino do Esperanto e temasa ns no mbito da comunicao interlingustica, especialmenteem relao com a educao superior na Amrica do Norte. Apergunta de partida da ESF, pesquisada de diversas maneiras, a seguinte: " possvel um mundo em que muitas lnguas, com

    muitos ou poucos alantes, coexistam em relativa igualdade, e acomunicao em escala global se a acessvel tanto a ricos como apobres?" Pgina eletrnica (em ingls):www.esperantic.org

    Associao UniversalEsperantista UEA

    A UEA oi undada em 1908 comouma organizao de esperantistasindividuais. Atualmente, a maiororganizao internacional paraos alantes de Esperanto e possui

    membros em quase todos os pases.A UEA trabalha no somente para disseminar o Esperanto, mastambm para levantar discusses sobre os problemas lingusticosmundiais e atentar-nos sobre a necessidade da igualdade entreas lnguas. Pgina eletrnica (em vrios idiomas):www.uea.org

    Organizao Mundial daJuventude Esperantista TEJO

    A TEJO uma organizao internacional uvenil no governamental, undada em1938, que trabalha pela promoo da paze da compreenso intercultural entre ovens de todo o mundo atravsdo Esperanto. Trabalha ativamente sobre problemas e temas atuais de ovens, em especial em relao com assuntos culturais e lingusticos.Do seu escritrio central nos Pases Baixos, coordena o trabalho demais de 40 sees nacionais, com membros em mais de 80 pases.Pgina eletrnica (em vrios idiomas):www.tejo.org

    Unio EuropeiaEsperantista EEU

    A EEU luta e de ende a igualdade dosdireitos lingusticos e a diversidade naEuropa. A rma que a igualdade de direitos, sem dvida, necessria para uma verdadeira democracia, e a diversidadelingustica to importante quanto a diversidade da auna e dafora para a ecologia. Alm disso, a EEU avorece a evoluo daidentidade europeia, em harmonia com as identidades nacionais eregionais. Pgina eletrnica (em Esperanto):www.europo.eu

    Movimento CiclistaEsperantistaInternacional BEMIEis algo para quem gosta de pedalar

    e alar Esperanto ao mesmo tempo!O BEMI realiza regularmente vriascaravanas de bicicletas, quase sempre vinculadas a um evento uvenil. Pgina eletrnica (multilngue):www.bemi. ree. r

    EurokkaO campo de atuao da Eurokka

    global, ob etivando desenvolver edisseminar no movimento esperantista,mas tambm ora dele, a cultura musicalem Esperanto, as bandas e artistas que

    cantam em Esperanto. Pgina eletrnica(em Esperanto):http://artista.ikso.net/eurokka/

    Associao MundialAptrida SAT

    O principal ob etivo da SAT ain ormao principalmente da classetrabalhadora por meio do Esperanto. ASAT v o Esperanto como instrumento,no como ob etivo. A organizaotem uma tendncia geralmente socialista, mas acolhe todas as

    tendncias de esquerda, com a condio de que eles aceitem oprincpio de um debate livre e aberto. A palavra "sennacieca" indicaque a organizao, ao contrrio da maior parte do movimentooperrio internacional, tem apenas membros individuais. Pginaeletrnica (multilngue):www.satesperanto.org

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    til para comunicao mundial

    Talvez voc, em algum momento do comeo daleitura at agora, pensou em algo semelhante a isto:

    "Esperanto, lngua internacional... Mas, j temos uma lnguainternacional. O ingls a lngua internacional do mundo e quasetodos o alam".

    Certamente, o ingls a lngua mais usada em circunstnciasinternacionais. Por volta de 7% da populao mundial o tem comoprimeira lngua e cerca de 7% atingiu um nvel alto no inglsaprendendo-o quando ovem ou adulto. Mas aqueles que atingemum nvel alto no ingls geralmente so pessoas cu a primeira lngua muito semelhante ao ingls, por exemplo, alemes, holandeses, suecos.Para muitos outros, por exemplo, hngaros, chineses, aponeses,turcos, e coreanos, cu a primeira lngua muito di erente do ingls, requentemente muito di cil e muito demorado atingir um nvelalto no ingls.

    Tambm muitas outras lnguas so usadas para comunicaoem regies geogra icamente limitadas. Para uma comunicaointernacional existem muitas variantes e possibilidades. Ns pensamos

    que o plurilinguismo algo muito digno de apoio, e o movimentoesperantista tambm trabalha para apoiar o uso de lnguas pequenase minoritrias em vrios contextos. Deve-se, entretanto, lembrarque nem todos acilmente aprendem lnguas estrangeiras, e que nemtodos tm vontade de usar seu tempo para aprender muitas lnguas.Por exemplo, para pessoas que gostariam de poder alar uma lnguaestrangeira, mas no conseguiram alcanar este ob etivo na escola, oEsperanto pode ser uma alternativa interessante.

    De acordo com nossas experincias o Esperanto muito til para a comunicao internacional pelosseguintes motivos:1) Mais cil

    Para todos que aprenderam tanto o Esperanto quanto umalngua tnica ou nacional como lnguas estrangeiras, est claro queo Esperanto mais cil de aprender do que as lnguas tnicas ounacionais. O Esperanto relativamente cil, pois a lngua tem poucasregras, e elas no tm exceo. Alm disso, necessrio aprenderum menor nmero de palavras do que em outras lnguas, pois

    cil ormar palavras a partir de radicais, pre xos e su xos. No possvel dizer exatamente quantas vezes mais cil aprender o Esperanto, poisisso depende, entre outros aspectos, dalngua materna da pessoa e do nvel depro undidade a que ele quer chegar. Emgeral, se aprende o Esperanto entre umquinto e um tero do tempo que se usapara atingir um mesmo nvel em outraslnguas.

    2) Mais neutraComo o Esperanto no pertence a uma nao ou a um povo em

    especial, ele mais neutro do que as lnguas tnicas ou nacionais paraa comunicao internacional. O Esperanto no ligado a uma naoou cultura parte, e isso uma grande vantagem para uma lngua que

    unciona como ponte entre os diversos povos do mundo. (Entretantoo Esperanto no uma lngua sem cultura, mas uma lngua que temuma cultura prpria, internacional.)

    3) Mais justaTodos os que aprendem o Esperanto tm uma boa chance de atingir

    um alto nvel nele e posteriormente, do ponto de vista lingustico, de

    se comunicar em nvel semelhante com outros, independentementeda base lingustica de cada um. Isso vlido para todos os povos, napenas os ocidentais. Tambm aqueles que alam Esperanto desdecriana tm semelhante possibilidade de atingir um alto nvel nele(quem ala desde o bero no ala, em geral, um Esperanto melhodo que os demais que o aprenderam seriamente). Por causa disso, oEsperanto mais usto como lngua internacional do que as lnguanacionais, as quais alguns sem grandes di culdades dominam melhordo que outros que tiveram de penar muitssimo para atingir um nvelalto nelas.

    "Em minha opinio, os chineses aprendem

    o Esperanto muito mais acilmente do queas lnguas europeias. At mesmo os chinesesque j aprenderam o Esperanto gozam de

    grande vantagem em comparao com outras pessoas, quando estudam lnguas europeias.".

    XIAO Peiliang, China

    Para todos que sentem que a acilidade, neutralidade e ustia straos importantes de uma lngua internacional, o Esperanto podeser bastante interessante.

    O ingls ho e a lngua mais usada para a comunicaointernacional. Mas, quem sabe, pode ser que no uturo mais e mais

    pessoas descubram como o Esperanto adequado comunicaointernacional, e que o ingls e o Esperanto uncionem paralelamentecomo grandes lnguas internacionais? Isso signi caria muito paratodos os milhes de pessoas que muito di cilmente atingem umalto nvel no ingls.

    "Sou iraniano e ao doutorado em Paris. Em meus estudos, sempre usei oingls e depois, quando vim Frana,comecei a aprender rancs. Aprenditambm o Esperanto, e devo con essar que ele a nica lngua, alm da minha

    materna, em que eu me sinto bem; nome sinto con ortvel em nenhuma outralngua estrangeira. Em minha opinio,

    o Esperanto muito uncional para todas as pessoas, inclusiv para os asiticos.". Behrouz Soroushian, Ir

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    Cultura em EsperantoExistem canes, ilmes, poesia, romances,novelas, revistas, peas de teatro, concertos,baladas, rock, pop, rap etc. em Esperanto. Ento,existe cultura em Esperanto. (A palavra "cultura"pode signifcar muito mais do que as coisas acimamencionadas, mas aqui nos limitaremos a elas.)

    J no primeiro livro de Esperanto se encontravam poemas.Desde o comeo as pessoas notaram como possvel seexpressar em Esperanto de uma orma rica e bela. de ato umalngua na qual as pessoas se sentem livres, entre outros motivos,por causa da ordem de palavrasrelativamente livre e da possibilidadede ormar novas palavras por meiode prefxos e sufxos.

    "Eu descobri como a lngua admirvel para criar letras de

    msica, e quis continuar em unodo prazer de compor nela."

    Martin Wiese,cantor das bandas esperantistasPersone och Martin & la talpoj

    Todos os anos aparecem muitos livros escritos em Esperanto.

    Todos os anos aparecem tambm novas canes em Esperantoe so editados CDs de artistas de diversos estilos. Na internetse encontram rdios e podcasts em Esperanto. De tempo emtempo ocorrem estivais culturais, nos quais possvel apreciar vrios aspectos da cultura criada em Esperanto.Se voc deseja escutar msicas em Esperanto, voc pode visitar a pgina:www.vinilkosmo.com

    "Cantar em Esperanto como cantar em portugus, e mais divertido do que cantar

    em ingls."

    Rogener Pavinski, do Brasil,cantor da banda de rock

    SupernovaO Esperanto tambm unciona como ponte entre culturas

    nacionais ou tnicas. Um exemplo disso so os milhares de livros

    traduzidos para o Esperanto a partir de lnguas nacionais ou tnicas.Entre eles esto tanto grandes obras clssicas quanto "prolasliterrias" originalmente criadas em lnguas pouco conhecidas.

    So muitas as revistas em Esperanto, com diversos temas e ocosde trabalho. Duas delas so " Monato" e " Beletra Almanako":

    Monato(Ms) uma revista mensal sobre pequenos e grandesacontecimentos no mundo. Sua particularidade que os artigos,ao invs de serem eitos por estrangeiros que raramente podemtomar conhecimento verdadeiramente pro undo e compreendera sociedade local, so criados diretamente por pessoas que vivemnos pases e vivenciam os acontecimentos descritos por elas.

    Beletra Almanako(Almanaque Literrio) uma revista literriacom sees sobre poesia, prosa ccional ou no, ensaios, crticas,teatro etc., de obras originais ou traduzidas.

    Existem tambm alguns lmes e peas de teatro em Esperanto, porexemplo, vrias das grandes obrasde Shakespeare. Outro exemplo o autor Harold Brown, que crioupeas teatrais em Esperanto, dasquais umas oram traduzidas aalgumas lnguas nacionais -http:// harold-brown-author-verkisto.webs.com. Na pginawww. lmoj.net h vrios lmes legendados ou

    alados em Esperanto.

    Observaes importantesA comunidade do Esperanto apoia ortemente as ideiasde diversidade lingustica, direitos lingusticos etc.

    Todas as lnguas so de ato valiosas e importante quelnguas com muitos alantes no inibam as lnguas locaise minoritrias. Em www.lingvaj-rajtoj.org possvel lermais sobre esse assunto em vrias lnguas.

    O aprendizado do Esperanto prepara bem no apenas crianas mastambm adultos para um aprendizado mais cil e rpido de outraslnguas. Alm disso, quem aprende Esperanto geralmente adquireuma inclinao ao aprendizado de outras lnguas tambm.

    O Esperanto no per eito. Ele no nem per eitamenteneutro nem per eitamente usto. Entretanto, ele , pelas nossasexperincias, mais neutro e usto que as lnguas nacionais nacomunicao internacional.

    "O Esperanto no uma lngua nacional, no tem o mesmoobjetivo ou uno, portanto seu critrio de qualidade no em quemedida ele pode azer o que azem as lnguas nacionais, mas em qumedida ele cumpre sua uno: ser um mediador entre os povos."

    Do livro La Bona Lingvo (A Boa Lngua), de Claude Piron

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    Letras e pronnciaO Esperanto possui 28 letras, das quais 5 so vogais:a b c d e f g h i j k l m n o p r s t u v z

    Uma grande vantagem que toda letra pronunciada da mesmamaneira em todas as palavras, e que as palavras so escritas damesma maneira que so pronunciadas. Logo, se algum sabepronunciar uma palavra, sabe tambm escrev-la. A slaba tnica sempre a penltima, por exemplo:hundo, internacia, f oro.

    PalavrasOs radicais das palavras em Esperanto vm dediversas lnguas: aproximadamente 75% das lnguasdescendentes do latim, 20% das germnicas e 5% dasoutras lnguas. Zamenho tentou escolher os radicaisque j eram conhecidos nas grandes lnguas europeias.Eis alguns exemplos: do latim: sed (mas),tamen (entretanto),okulo(olho),akvo (gua) do rancs: dimano(domingo), ermi( echar),evalo(cavalo),

    butiko(lo a) do italiano: ielo(cu), ari( azer),voo(voz)

    de vrias lnguas neolatinas: acila( cil), ero( erro),tra(atravs),verda(verde) do alemo: balda(em breve),bedari(lamentar), jaro(ano),

    nur (apenas) do ingls: birdo(ave), suno(sol), arko(tubaro),teamo

    (time) de vrias germnicas: bildo( gura), remda(estrangeiro),

    halti(parar),o ta( requente)Em Esperanto, muitas palavras no existem como radicais, mas

    como palavras construdas. Por exemplo, no existe radical para apalavra " aca", mas se usa o radicaltran (cortar) com o su xo-il-,que indica instrumento, e a terminao-o, que indica substantivo,para ormar a palavratranilo. Outros exemplos com o su xo-il-so:tondilo(tesoura), rabilo(chave de para uso), skribilo (caneta),retumilo(navegador de internet),ludilo(brinquedo).

    Terminaes interessante em Esperanto o ato que existem deter minadas terminaes que se aplicam a todos os radicais.

    Por exemplo, se pegarmos o radical somer-(radical a respeito daestao vero) e a ele adicionarmos a terminao-o(que indica umsubstantivo), temos somero(vero), mas se adicionar adicionarmosmos-a, que indica um adjetivo, a palavra se torna somera(de vero),e a adio de-e, que indica uma advrbio, orma a palavra somere(no vero). A terminao-j usada para mostrar plural: someroj (veres). En Italio estas varmaj someroj . (Na Itlia h veres quentes.)

    Somere mi atas bicikli. (No vero eu gosto de andar de biciclet Kia bela somera robo. (Que lindo vestido de vero.)-o para substantivos: Substantivo o nome dado a coisas ouob etos. Um substantivo responde pergunta "O que isto?" Exhomo(homem, pessoa),ideo(ideia),nomo(nome),domo(casa).-a para adjetivos:Ad etivos descrevem substantivos. Ad etivosrespondem pergunta "Como isto/algum ?" Ex:bela(belo/a),bona(bom/boa),longa(longo/a),varma(quente).-e para advrbios: Advrbios descrevem verbos, ad etivos,outros advrbios ou uma rase inteira. Ex.:bele(belamente),longe (longamente),bone(bem),interese(interessantemente). (Existemtambm alguns advrbios que no terminam com a letra -e, so oschamados advrbios primitivos. Ex:nun[agora],hodia[ho e]).-j para o plural:Plural indica que se trata de mais de umacoisa. Ex.:homoj (homens, pessoas),ideoj (ideias), grandaj homoj (grandes pessoas),varmaj someroj (veres quentes).-n para o objetivo direto:Ob eto direto o que diretamenteatingido pela ao na rase. Por exemplo na rase: "i amas lin" (Elao ama) "lin" o ob eto direto.-i, -is, -as, -os, -us, -u para verbos:As terminaes relacionadas aos verbos so: -i para o infnitivo

    ex:vidi(ver),kanti(cantar),ridi(rir) -is para o tempo pretrito ex:vidis(vi, viram...),kantis(cantei, cantaram...),ridis (ri, riram....)

    -as para o tempo presente ex:vidas(ve o, veem...),kantas(canto, cantam...),ridas (rio, riem...)

    -os para o tempo uturo ex:vidos(verei, vero...) , kantos(cantarei, cantaro...) , ridos(rirei, riro...)

    -us para a orma condicional ex:vidus(visse, vissem...) , kantus(cantasse, cantassem...) ,ridus(risse, rissem...)

    -u para o imperativo ex:vidu(ve a, ve am...) , kantu(cante, cantem...) , ridu(ria, riam...)

    Essas terminaes verbais so vlidas para todos os verbos e, em conseqdisso, no existem verbos irregulares em Esperanto. Muito cil, no

    P e q u e n a a p r e s e n t a o l i n g u s t i c a d o E s p e r a n t o

    Aqui, de orma rpida, apresentamos a lngua Esperanto. Como seria necessrio muito espao para descrever todaa lngua, nos limitaremos a apresentar as letras, as palavras e a ormao de palavras. (Para uma apresentaode toda gramtica, cursos, exerccios e dicionrios, ns recomendamos o site multilnguewww.lernu.net )

    Pequena apresentao lingustica do Esperanto

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    UMA LNGUA FASCINANTE 11

    Formao de palavrasUm mesmo radical pode em Esperanto gerar vriaspalavras em combinao com os vrios prefxos,sufxos e com as terminaes. Isso signifca que no preciso aprender o mesmo nmero de palavrascomo em outras lnguas, pois cil constru-lasusando esses recursos.Uma possibilidade usar diversas terminaes:interes' =>intereso interesseinteresoj interessesinteresa interessanteinterese interessantementeinteresi interessar

    Atravs de vrios pre xos e su xos podem-se criar mais palavrasa partir do mesmo radical. Existem 10 pre xos e 32 su xos emEsperanto. Eis alguns exemplos: mal- indica o antnimo: bona malbona(bom/boa -

    ruim) , juna maljuna( ovem - velho/a) , ermi mal ermi( echar abrir)

    -ej- indica local: lerni lernejo(aprender escola) , loi loejo(morar moradia) , vendi vendejo(vender lo a)

    -in- indica a orma eminina:knabo knabino(garoto garota) , rato ratino(irmo irm) , viro virino(homem- mulher)

    -ul- indica pessoa: juna junulo( ovem (ad .) ovem(subst.) , grava gravulo(importante - pessoa importante) , stulta stultulo(tolo/a), imbecil pessoa tola, pessoaimbecil)"O sistema de a xos do Esperanto uma das ideias mais geniais

    de Zamenho ."

    John Wells , , pro essor de onticaNo seu livro Lingvistikaj aspektoj de Esperanto(Aspectos

    Lingusticos do Esperanto), o pro essor Wells az uma comparaocrtica entre o aprendizado do ingls e o do Esperanto. Na

    comparao, ele supe que dois estudantes que saibam a base,respectivamente, do ingls e do Esperanto, devam aprender apalavra "mani" (comer) e palavras relacionadas a ela. Por causados pre xos e su xos do Esperanto (os quais o estudante deEsperanto conhece), uma tare a relativamente cil aprenderas novas palavras nessa lngua. Mas, para o estudante de ingls,isso um pouco mais di cil... Ve a:Em Esperanto Em ingls Emportugusmani to eat comer manas eats como - come - comemmanis ate comi - comeu - comerammanos will eat comerei - comer - comeromano a meal re eiomanao ood comidamanado eating ao contnua de comer manejo dining hall/room re eitriomanujo container or ood recipiente para comer maniloj silverware talheresmanebla edible comestvel maninda worth eating digno/a de ser comido/amaneti to snack beliscar, comer pouco, petiscar manegi to east devorar manai to eat badly comer de modo vulgar

    manema interested in eating comilo, gulosomananto eater, diner aquele/a que comeO aprendiz de Esperanto aprende depressa as palavras no

    exemplo acima, pois elas so a soma do radicalman-comterminaes e vrios pre xos e su xos, os quais o aluno conhece.Mas o aluno de ingls deve suar muito antes de lembrar todasessas palavras e de aprender bem como pronunci-las e soletr-las. Podemos azer um exemplo similar com quase toda palavrabsica necessria para poder se compreender mutuamente emcomunicao internacional. Ento, talvez voc agora imaginemelhor porque muitas vezes mais cil aprender o Esperanto doque, por exemplo, o ingls como lngua estrangeira...

    Algumas frases em EsperantoSaluton! Ol! Bonan tagon! Bom dia! Kiel vi nomias? Como voc se chama? Mia nomo estas ... Meu nome ... Kiel vi artas? Como voc est? Mi artas bone. Eu estou bem. Kie vi loas? Onde voc mora? Mi loas en ... Eu moro em... Mi ojas renkonti vin. Eu estou eliz em te encontrar. Anka mi! Eu tambm.

    Bonege! timo!Se voc deseja ouvir o Esperanto alado, recomendamos a voc a pgina Radio Verda(Rdio Verde) www.radioverda.com ou a pgina das ediesda Pola Radio(Rdio Polnia) em Esperanto:www.polskieradio.pl/eo/.

    P e q u en

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    g u s t i c a

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    O livro didtico ricamente ilustrado de Stano Marek,Esperanto per rekta metodo (Esperanto em mtodo ilustrado),apareceu em vrias lnguas. Maiores in ormaes em:www.ikso.net/stano.marcek; [email protected].

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    12 DESCUBRA O ESPERANTO

    EU ME SINTO PARTE DE UMA COMUNIDADE MUNDIAL

    Nome: Erin PiateskiPas: EUAProfsso: EngenheiramecnicaNo movimentoesperantista, entreoutras coisas Membro da equipe doportal lernu.net

    Comecei a aprender o Esperanto no ginsio porqueouvi que uma lngua cil e imaginei que, em unodisso, o Esperanto era a minha nica chance de alarfuentemente uma lngua estrangeira. Percebi que meus amigose amiliares que estudaram alguma lngua em algum cursoquase nunca podiam alar aquela lngua, at mesmo num nvelbsico. Ento estudei o Esperanto na esperana de que ossemeu passaporte para o mundo das lnguas estrangeiras. Naqueletempo no imaginei o que poderia azer utilizando a lngua;simplesmente quis aprender uma lngua estrangeira para poderdizer que alo mais de uma lngua.

    Apesar desse plano simples, o Esperanto se tornou parteimportante da minha vida. Ho e tenho um namorado italiano,com quem alo apenas em Esperanto. Nesse sentido, alarEsperanto tornou-se algo muito comum para mim; eu o uso noapenas para alar com pessoas em outros pases, mas tambmpara alar sobre o tempo, debater a poltica atual, e perguntarse na geladeira tem ovos su cientes para azer panquecas.Mas, o Esperanto no deu a mim apenas uma relao amorosa;ele tambm mudou minha maneira de ver o mundo. Muitosdizem que se pode alar com pessoas de todos os pases domundo pelo ingls, e isso verdade. Mas poucos sabem que issotambm verdade para o Esperanto. Descobri que h grandesdi erenas entre o uso do ingls e o do Esperanto na comunicaointernacional. Sinto que o uso do Esperanto pe os interlocutoresnum mesmo patamar, no apenas do ponto de vista lingustico,mas tambm do ponto de vista social.

    Atravs do Esperanto, sinto que tenho "amigos desconhecidos"em quase todo o mundo. Quando viajo, seja a trabalho, seja alazer,quase sempre posso contatar um esperantista local comquem poderei me encontrar. Num pas que nunca visitei antes,isso signi ca que ao m de uma tarde no mais me sentireiestrangeira no novo pas. Posso alar acilmente com os outros

    usando uma lngua comum; no preciso me preocupar se possoler o cardpiode um restaurante ou se vou entender os costumesnativos, pois os esperantistas locais me ajudaro com isso. Portanto,eu me sinto parte de uma comunidade mundial; no como umaoriginria dos Estados Unidos, mas como esperantista.

    J H 7 ANOS O ESPERANTO MINHA PRINCIPAOCUPAO

    Nome:Katalin KovtsPas:Holanda/HungriaProfsso: Pro essora eredatora de pginas da internetNo movimento esperantista: Iniciadora e redatora do

    www.edukado.net Pro essora e pedagoga muito

    querida

    Nas ltimas semanas de gravidez do meu primeiro beb,quando estava internada no hospital durante longosmeses, subitamente comecei a pensar no Esperanto,sobre o qual tinha ouvido vrias vezes na minha vida, e pedao meu marido que comprasse para mim um livro didtico e umdicionrio. "30 nap alatt eszperantul" (30 dias com o Esperantoera o ttulo em hngaro do livro, o qual estudei intensamenteantes do nascimento do meu primeiro lho. Foi um grandeprazer, levando em considerao a minha "incapacidade"naquele momento, tomar posse de uma lngua a ponto de sercapaz de me comunicar dentro de poucas semanas!

    Aprendi mais tambm aps a gravidez e logo depoiseu mesma comecei a ensinar o Esperanto na escola ondeensinei Matemtica e russo. Depois procurei contatos comesperantistas. Isso na Hungria no era uma tare a di cil, de aeram e so abundantes tambm ho e os pro essores diplomadode Esperanto. Tambm me tornei uma, e a "lngua verde" (ouse a, o Esperanto) comeou a se entrelaar na nossa vida. Nminha e de toda a minha amlia. Por meio dele comeamos ater a possibilidade de via ar, estagiei em um centro de Esperantna Sua e ensinei na Frana. Posteriormente, ministrei vrioscursos em dezenas de pases da Europa. Algumas vezes, tive aoportunidade de ensinar tambm nos EUA, na Austrlia e na rica. Meus lhos ao contrrio dos seus colegas de classe puderam ter amigos de muitos pases, o que signi cativamenteaumentou neles o conceito de mundo e a abertura a diversaslnguas e culturas.

    D e p o i m e n t o s p e s s o a i s s o b r e o E s p e r a n t o

    Eis a seguir algumas histrias de pessoas que usam muito o Esperanto.

    Depoimentos pessoais sobre o Esperanto

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    UMA LNGUA FASCINANTE 13

    MEU PRINCIPAL INTERESSE NO ESPERANTO O SEU LADO CULTURAL

    Nome: Rogener PavinskiPas: BrasilProfsso: Produtor de lmes emsicoNo movimento esperantista: Msico do grupo de rockSupernova Principal criadordo lme "Esperanto estas..."Membro da direo da TEJO

    Em 2005 participei de um concurso da TEJO(Organizao Mundial da Juventude Esperantista)e recebi um patrocnio para via ar ao Congresso daJuventude Esperantista, na Polnia. Aproveitei essa chance

    e passei, em um ms, em quatro eventos de Esperanto emquatro pases di erentes. Isso oi uma aventura inesquecvelpara mim que pela primeira vez via ei para o exterior!

    Meu principal interesse no Esperanto o seu lado cultural eeu sempre quis criar msicas em Esperanto; ento eu e algunsamigos comeamos a trabalhar nas msicas e o resultado

    oi o surgimento do grupo de rock e um disco chamadoSupernova, lanado em 2006 com a distribuidora Vinilkosmona Frana. Eu tambm utilizo o Esperanto pro ssionalmente.Um dos mais importantes pro etos que eu participei atagora oi a cooperao internacional no lme "Esperanto ...",montado por mim. Tambm criei e crio vdeos musicais paraSupernova e outros pequenos lmes de vrias espcies.

    O ESPERANTO FEZ DE MIM UM CIDADODO MUNDO

    Nome:Jean Cod oPas:Canad / BeninProfsso: Pro essorNo movimento

    esperantista : Membro da comisso

    a ricana Redator do boletim

    "Esperanto na rica"

    Comecei a aprender o Esperanto totalmente poracaso, durante uma poca de crise poltica no Benin(1988). Ento eu pretendia aprender o espanhol eme con undi considerando o Esperanto como sendo oespanhol. Comecei a duvidar quando notei que a lngua era

    cil demais para ser o espanhol. Apenas aps essa dvidatomei conscincia que de ato se tratava de uma lnguainternacional. Primeiramente, aprendi sozinho o Esperantodurante algumas semanas e depois, por correspondncia,continuei com a a uda de uma esperantista da Holanda.

    Para mim o Esperanto se tornou uma lngua a mais coma qual posso me comunicar com novos amigos em vriospases, e tambm com espanhis. Assim me enturmeicom pessoas de todas as partes do mundo, at mesmocom pessoas sobre cu a lngua materna nada sabia atento. Alm disso, o Esperanto infuenciou na minha vidaprivada e pro ssional, na minha atitude, na minha maneirade pensar e na minha relao com outras pessoas, semdistino das etnias ou culturas s quais elas pertenam.

    Mais tarde, aprendi o alemo graas ao Esperanto.Minha primeira correspondente era alem. Embora nsnos correspondssemos em Esperanto, minha vontadede saber a lngua aumentava. Tambm soube que algunsitens relativos gramtica, principalmente o acusativo,so similares na lngua alem. A unio de palavras paracriar uma outra tambm se assemelha criao depalavras em alemo. Por im, decidi aprender alemoat obter um diploma universitrio. Ho e ensino lnguaspro ssionalmente, inclusive o alemo. Tornei-me maistolerante e aberto a outras culturas. Por causa do Esperanto,sinto-me um verdadeiro cidado do mundo.

    GRAAS AOESPERANTO EU

    SEMPRE DESFRUTEI DEUM NTIMO CONTATO

    COM O EXTERIOR

    Nome: Satoo ReikoPas: Japo

    Aps o m da Segunda Guerra, meu irmo mais velhocomeou a aprender as letras latinas. Conduzindoo aprendizado, minha me alouao meu irmo e amim sobre o Esperanto, que ela aprendera na juventude.Suas palavras, por algum motivo, permaneceram no meucorao por um longo tempo e com grande ora. Depoisde 42 anos, li um artigo sobre o Esperanto num jornal. Eleme despertou ortemente o interesse, junto com a saudadeda minha me, e me incentivou a participar do curso queento acontecia na pre eitura. Cheia de coragem, ui salade aula e comecei a aprender o Esperanto toda quarta-

    eira entre maio e outubro, exceto em agosto. Logo apso fm do curso, comecei a me corresponder com umamulher blgara e apreciei a correspondncia com grandealegria. Aps pouco tempo, inesperadamente, recebi umacarta de uma mulher tcheca que desejava trocar cartas.Em 1995, quando viajei para a Europa Oriental com meu

    marido, encontrei-me com ela e seu marido em Praga.Isso oi uma emoo muito grande e inexprimvel empalavras. Graas ao Esperanto e aos esperantistas, sempredes rutei de uma viagem agradvel e de contatos muito

    elizes no exterior.

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    14 DESCUBRA O ESPERANTO

    A APRENDIZAGEM DO ESPERANTO ME LEVOUA UMA NOVA PARTE DO MUNDO

    Nome:Russ WilliamsPas:Polnia/EUAProfsso: Tradutor epro essor

    No movimentoesperantista : Ativista em lernu.net

    e em outros pro etos Diversos pro etos

    de traduo

    Em abril de 2003, alguns colegas e eu decidimos porimpulso aprender uma lngua plane ada para nosdivertirmos. Aps alguns dias interessantes com alngua plane ada Lo ban, dois de ns pensamos: "Pois bem,o Lo ban parece uma lngua muito di cil e aparentementerarssimas pessoas a alam de ato. Talvez ns devamosolhar para o Esperanto. Parece que mais cil e tem mais

    alantes." Um pouco de procura no Google provou isso eme incentivou a ler sobre as interessantes histria, cultura eliteratura do Esperanto. Constatei que o Esperanto comeoua me atrair no apenas como uma diverso gramaticalmenteelegante. Eventos polticos em 2003 me izeram pensarna paz, tolerncia, melhor intercompreenso, relaesinternacionais etc. Tive a intuio de que aprender Esperantoseria uma importante deciso na minha vida, mas nuncaimaginei que iria morar em outra parte do mundo por causado Esperanto.

    Para resumir uma longa histria, entre 2003 e 2005participei de vrios encontros de Esperanto ao redor domundo, conheci uma polonesa muito charmosa, mudei-me para Wroclaw, Polnia, e agora Anna e eu moramos untos como noivos, usando o Esperanto diariamente comonossa lngua principal do lar. Estou aprendendo o polons,que muitssimo mais di cil que o Esperanto, mas meuconhecimento de Esperanto, como segunda lngua, me a udaa aprender outras lnguas e d con ana no aprendizado. Sou

    um elizardo por termos, alguns colegas e eu, comeado abrincar de alar sobre lnguas plane adas num dia de 2003.

    O ESPERANTO ME TRAZUMA AMIZADE

    INTERNACIONAL

    Nome:LI JIANHUAPas:ChinaProfsso: Jornalista

    No movimentoesperantista : Trabalha para a revista

    " El Popola inio"(Da China Popular)

    Comecei a aprender o Esperanto na UniversidadeChinesa de Comunicao no outono de 2003. Umano depois, trabalhei como voluntrio e cicerone no89 Congresso Mundial de Esperanto, em Pequim. Aps mediplomar na universidade, comecei a trabalhar na redao da" El Popola inio" em ulho de 2005. Durante o trabalho, sempreme comuniquei com estrangeiros alantes de Esperanto. Esscomunicao me traz uma amizade internacional. Um dosamigos Povilas Jegorovas, da Litunia, e ele me convidou papalestrar no Congresso Mundial de Jornalistas Esperantistasem Vilnius, capital da Litunia. Alegrei-me muito, pois dess

    orma tive a experincia da minha primeira viagem ao exterioe z minha primeira palestra nesse congresso. Graas aopatrocnio da redao da " El Popola inio", pude estar presenteno congresso. Isso criou tambm duas primeiras vezes naminha vida: l, pela primeira vez, alei com autoridades doutro pas (o presidente do parlamento lituano e o pre eito deVilnius estiveram presentes ao banquete, e conversei com elecom a a uda do senhor Jegorovas), e, pela primeira vez, estivpresente na elaborao de um programa de TV. Fiz muitosamigos naquele congresso, e isso amais esquecerei.

    FIQUEI ENCANTADA COM A LGICA INTERNADO ESPERANTONome:Zs a Krdy Pas:Alemanha / HungriaProfsso: Pro essoraginasial de EsperantoNo movimentoesperantista:

    Membro da direo da LigaInternacional de Pro essoresde Esperanto Che e da Associao dePro essores EsperantistasAlemes

    E studei Lingustica em uma universidade de Budapestee comecei a aprender o Esperanto apenas porque tinhade ver o contedo e o uncionamento de uma lnguaplane ada, criada. Fiquei encantada com a estrutura, com a lgicinterna do Esperanto. Mas uma simples anlise da lngua no mecontentou, e procurei os alantes, a usabilidade dessa lnguaUm novo mundo se abriu: comecei a conhecer muitas pessoas,amigos no mundo inteiro, e, atravs deles, tive conhecimentode pases, cidades, culturas e costumes estrangeiros. Depoisdecidi me tornar uma pro essora de Esperanto e dedicar minha vida para que, atravs do meu trabalho, mais e mais pessoastomassem conhecimento dessa maravilhosa erramenta decomunicao entre pessoas.

    Ensino diversas lnguas e tambm o Esperanto por mais de 30anos, tanto em escolas como em diversos cursos. interessantecomparar os resultados dos meus alunos e ver a rapidez comque eles comeam a usar o Esperanto e, aps um curto tempo,podem conversar nesse idioma e acilmente encontram amigosem diversos pases.

    Desde 2003 vivo e trabalho na cidade de Herzberg am Harz,onde tambm meu trabalho de pro essora contribuiu para que o

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    Esperanto se tornasse uma matria optativa nas escolas e que oEsperanto osse uma lngua de comunicao para contatos entrecidades-irms. Por causa da presena e do uso do Esperantona vida da cidade, em 2006 o conselho municipal adicionou oapelido: "Herzberg am Harz a cidade do Esperanto".

    O ESPERANTO PARTEDO MEU COTIDIANO

    Nome:Renato CorsettiPas:ItliaProfsso: Pro essoraposentado de psicolingusticaNo movimento esperantista: Ex-presidente da TEJO

    e da UEA Membro da Academia deEsperanto

    Aprendi o Esperanto quando era relativamente ovem,com cerca de 20 anos, por causa do meu interesse porlnguas. Naquele perodo, aprendia sozinho o kiswahili

    ou o urdu simplesmente pelo prazer de aprender outras lnguas.O Esperanto aprendi a undo, por conta prpria, a partirde um livro didtico que achei ao acaso. As demais lnguasaprendi apenas um pouco e principalmente entendi como elas

    uncionam. Mas no me tornei esperantista por causa da lnguae das suas qualidades lingusticas maravilhosas. Tornei-meesperantista por causa do signi cado poltico do Esperanto.Todas as pessoas e povos so iguais, todas as culturas tm emsi algo valioso, e se voc procurar uma lngua verdadeiramenteinternacional, eis o Esperanto.

    Depois se untaram outros elementos minha vidaesperantista, pois me casei com uma esperantista inglesa econtinuamos alando Esperanto em casa. Ns temos dois lhos, adultos, que alam o Esperanto, alm do italiano e do ingls.Ento, o Esperanto parte do meu cotidiano, quando vamoss compras no supermercado local ou quando cozinhamosou nos divertimos. Quero apenas dizer ainda o porqu de eu

    alar Esperanto sempre com minha esposa, apesar de ela teraprendido muito bem o italiano durante 30 anos e apesar de eusempre ter usado durante esse mesmo perodo tambm o ingls

    para ns espec cos. Falamos Esperanto entre ns simplesmenteporque isso melhor e mais natural para ns.

    O ESPERANTO FORTALECEU MUITO O MEUINTERESSE SOBRE OUTROS PASES E CULTURAS

    Nome:Marcos CramerPas:AlemanhaProfsso: Doutorando emlgicaNo movimento esperantista: Redator de uma gazeta sobreo movimento esperantista

    ovem Colaborador da Wikipedia

    esperantista

    Quando eu tinha dezesseis anos, comecei a aprender oEsperanto por interesse na gramtica de uma lnguaplane ada cil. Logo aps comear a aprender, eume interessei tambm pelos ideais do Esperanto, como ainternacionalidade e a igualdade, que so atores importantespara o aprendizado contnuo. No comeo eu aprendi o Esperantoa partir de um livrinho didtico, depois eu o usei na prtica nainternet, e aps nove meses eu participei pela primeira vez deum encontro de Esperanto uvenil internacional durante umasemana inteira, onde eu pude praticar bem a conversao.

    Ho e uso o Esperanto quase todos os dias na internet, ondetenho contato com pessoas de todos os continentes. Alm disso,

    requentemente participo de eventos uvenis internacionais emEsperanto, e s vezes uso o servio de hospedagem "PasportaServo" para via ar de orma barata e com um contato maisdireto com os moradores locais. O Esperanto ortaleceu muitoo meu interesse sobre outros pases e culturas, e tambm omeu interesse por outras lnguas. Atravs dele eu conheci aminha esposa "metade russa" e muitos outros bons amigos dediversos pases.

    O ESPERANTO ABRIU UMANOVA VISO PARA MIM

    Nome:Trinh Hong HanhPas:VietnProfsso: ComerciriaNo movimento esperantista : Membro da direo da

    Organizao JuvenilEsperantista Vietnamita

    Um dia, na casa de uma amiga, encontrei sua vizinha,que me in ormou pela primeira vez sobre o Esperanto,e logo na minha cabea comearam a aparecer muitasperguntas: "Como ser essa lngua Esperanto?", "De quem essa lngua?", "Ela semelhante ao ingls?", "Ela de ato cilde aprender?" etc. Para que eu mesma achasse as respostas aessas perguntas, decidi aprender o Esperanto no curso parainiciantes em Hani. O curso oi coordenado e ministradopor um pedagogo competente. Alm do estudo da lngua,ele passou a mim tambm a ideia interna do Esperanto e asexperincias ricamente prticas em organizao das aes domovimento. Ele mesmo me conduziu e instigou a trabalharpelo segundo Congresso Asitico de Esperanto, em agosto de1999, em Hani.

    Que surpresa! Em apenas 6 meses, 3 vezes por semana, nsaprendemos e zemos tudo o que era necessrio e possvelpara tornar o segundo Congresso Asitico de Esperanto umsucesso. E quo belssimo ele oi! Todos os estudantes do cursopara iniciantes se tornaram o cerne do nosso ovem movimentoesperantista. Muitos no apenas contriburam mas tambmassumiram uma responsabilidade central para as organizaes

    esperantistas recm- undadas. O Esperanto abriu e trouxe amim um novo olhar e reconhecimento. Meu amor ao Esperantoe ao movimento cresce sem parar. Eu sou muito eliz commeu progresso, ainda mais com o progresso do nosso ovemmovimento esperantista no Vietn.

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    O ESPERANTO ENCONTRA-SE TAMBM EM VILAS SEMELETRICIDADE

    Nome:Vlaka ChvtalovPas:Repblica Tcheca (desde2004 trabalha na Blgica)Profsso: tradutoraNo movimento esperantista: ex-secretria geral da TEJO

    Comecei a aprender o Esperanto quando era uma garotade 13 anos em um livro didtico que achei na casa deminha av. Na poca a Tchecoslovquia era um pasbem echado, do qual no era possvel simplesmente via ar, e euquis ao menos corresponder com estrangeiros, de pre ernciade pases exticos, claro. Aps um curso por correspondncia,

    quei sabendo que existia um movimento organizado dedicado lngua e logo me tornei membro da Juventude EsperantistaTcheca. Assim comeou a minha "viagem" de muitos anosao longo da "Esperantolndia", durante a qual encontreirepresentantes de diversas culturas, ideologias e opinies queboa escola da vida!

    Graas con erncia da ILEI que ocorreu em 2008 em Benin, rica, abriu-se para mim um mundo totalmente novo, o qualagora tento melhor entender, e onde gostaria, por meio de novospro etos, de me enga ar para a udar ao menos aqueles que tantoprecisam disso. incrvel que se possam achar tantos timos eentusiasmados alantes de Esperanto em vilas sem eletricidade,como em Klv, no sul do Togo!

    Ns, alantes de Esperanto somos uma rede de pessoasrelativamente bem organizada, pela qual poderamos mudar a vida de (alguns) outros, por exemplo pelo apoio educao e boa sade de crianas em pases pobres. Isso desde 2008 eutento azer colaborando com um or anato do Benin, na cidadede Lokossa, na qual tambm moram muitos esperantistas. Noh maior recompensa do que o sorriso de uma criana quepde ser rapidamente curada ou receber uma educao escolargraas nossa a uda.

    O ESPERANTO FACILITAMUITO OS INTERCMBIOSINTERNACIONAIS

    Nome:Kong Kil-yoonPas:Coreia do Sul

    Houve por acaso um contato meu com o Esperanto. Noinverno estava vendo um programa na TV no qual umidoso estava aprendendo o Esperanto em um curso.As palavras "Esperanto, lngua internacional" me interessaram.

    Entretanto, logo esqueci essas palavras. No primeiro diade estudos na universidade, novamente encontrei a palavraEsperanto em um cartaz que os membros do clube de Esperantoda universidade penduraram para atrair novos universitrios.Ento, participei do curso deles.

    Aps entender sua gramtica, comecei a me correspondercom esperantistas estrangeiros. Para aumentar minhacapacidade em Esperanto, pedi a uma esperantista aponesaque corrigisse os meus erros nas minhas cartas. Ela me a udouno apenas a me elevar na lngua mas tambm a compreender oesperantismo. At agora pude me tornar amigo de centenas deesperantistas no mundo por meio do Esperanto. Continuamenteme correspondendo e conversando com eles, comeo a entendero ob etivo do Esperanto. Contatos internacionais e intercmbiosso de ato interessantes, e o Esperanto torna isso muito cil

    PARA MIM O ESPERANTO UMA GRANDE INSPIRAONome:Hokan LundbergPas:SuciaProfsso: Pro essor ginasialNo movimento esperantista: Um dos undadores da E@I elernu.net Organizador desta brochura

    Na escola tive problemas em aprender idiomas estrangeiLutei com o ingls e com o alemo durante muitos anmas in elizmente nunca consegui bons resultadQuando tinha 20 anos, comecei a ter interesse em aprenEsperanto por infuncia do escritor dinamarqus MartinTambm no Esperanto eu deveria lutar durante vrios anos, mdi erena era que eu sentia que um dia poderia dominar essa le aos poucos atingi um nvel alto. Ento, possvel dizer quuma prova de que uma pessoa sem talento para aprender idio

    estrangeiros pode aprender Esperanto bem. Essas experininspiraram-me a trabalhar pelo idioma de vrias maneiras.Durante alguns anos, ocupei-me exclusivamente com pro eto

    sobre o Esperanto, mas atualmente apenas em meu tempo livreeu o ao. Tambm a minha esposa, Son a, adora o EsperantoNs nos encontramos durante um seminrio da TEJO noMar Negro, na Bulgria, e desde ento usamos o Esperantoentre ns. Son a da Srvia e eu da Sucia, ento o Esperant

    unciona como uma lngua-ponte entre nossas distintasbases lingusticas. Ela ala o srvio com nossas crianas e eEsperanto. No ardim-de-in ncia e na vizinhana, eles usamo sueco. Isso unciona muito bem. maravilhoso ver comouma criana pode rapidamente mudar entre lnguas di erentesdependendo da pessoa com a qual ela ala.

    Decidimos que devo usar o Esperanto com nossas crianasprincipalmente por dois motivos: 1) Para evitar que seu suecotorne-se dominante em comparao ao seu srvio, de modo queeles no somente compreendam o srvio mas tambm o utilizemativamente quando visitarmos os avs e amigos na Srvia. 2)Porque eu e minha mulher queremos usar continuamente oEsperanto entre ns e ento t-lo como uma de nossas lnguasdo lar. Um outro motivo, ainda, que gosto muito de usar oEsperanto, especialmente com a minha amada amlia.

    jjjComo voc notou nos pequenos depoimentos acima, vriaspessoas encontram companheiros para a vida atravs doEsperanto. No um bom sinal de que o Esperanto capazde expressar tambm sentimentos e amor?

    D e p o i m e n t o s p e s s o a i s s o b r e o E s p e r a n t o

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    UMA LNGUA FASCINANTE 17

    Uma criana com um grande sonhoNo ano de 1859 nasceu um garoto

    judeu que recebeu o nome de LudwikLejzer Zamenho . Cresceu na pequenacidade de Byalistok, onde moravampoloneses, russos, judeus, alemese um pouco de lituanos, todos comsuas respectivas lnguas. Zamenho logo percebeu que aquelas pessoas

    nem sempre concordavam, e que osdesentendimentos e brigas entre elesgeralmente tinham como onte a alta de uma lngua comum. Essasexperincias infuenciaram ortemente o jovem Ludoviko ( orma emEsperanto de Ludwik) e, desde criana, ele comeou a ter o grandesonho de uma lngua comum (em adio a todas as lnguas tnicas)entre os diversos grupos humanos. Com uma lngua comum, lugarescomo Byalistok se tornariam mais tranquilos e as pessoas teriam achance de conversar diretamente para tentar resolver um eventualconfito antes que ele se tornasse uma briga verdadeira.

    "Se eu no fosse um hebreu do gueto, a ideia sobre a unidade da

    humanidade ou nunca viria at a minha cabea ou ela nunca me seguraria com tanta teimosia no decorrer de minha vida inteira." (Zamenho escreveu isso em uma carta no ano de 1905)

    Por meio de uma lngua clssica?Zamenho estava convencido que no seria bom se a lngua

    comum entre as diversas etnias pertencesse a uma delas. Issopoderia criar cimes nas outras etnias e dar grandes vantagens spessoas para as quais essa lngua osse a lngua ptria. No ginsioZamenho comeou a aprender o latim e o grego, e ele ps-se a

    pensar na possibilidade de usar uma dessas lnguas clssicas comolngua comum internacional. Entretanto, depois de algum estudo,concluiu que elas no so ceis de aprender, mesmo para ele que j alava vrias lnguas: russo, polons, hebraico, idiche, alemo e

    rancs. Ento, como seria para as pessoas que no tivessem umgrande interesse em aprender lnguas nem uma grande experincianisso? No, a lngua comum internacional deveria ser mais cil deaprender do que as lnguas clssicas, mas to neutra quanto elas.Mas qual lngua tem essas caractersticas?

    "Lngua artifcial"Uma lngua neutra e, ao mesmo tempo, cil de aprender. Isso de ato possvel? Aprender uma lngua nunca algo muito cil, eexistir no mundo algo que seja totalmente neutro? Aparentementeno, mas isso no signi ca que uma lngua no possa ser mais cil

    de aprender e mais neutra que as lnguas tnicas. Zamenho pensomuito nisso e concluiu que uma "lngua arti cial" seria a melhorsoluo. Por essa expresso, "lngua arti cial", ele entendia umlngua com base criada por uma ou mais pessoas. J como estudantde ginsio, Zamenho comeou a azer experimentos sobre comcriar uma lngua nova, mas ele geralmente tinha dvidas se seriapossvel azer isso e ter um bom resultado. Mesmo com todas advidas, ele constantemente voltava ao seu sonho de uma lnguacomum internacional e continuou a azer experincias com sua"lngua arti cial", que pouco a pouco comeou a dar resultados...

    Gramtica cil, mas o queazer com todas as palavras?

    Aprendendo o ingls no m do ginsio, Zamenho se inspirouna gramtica relativamente simples daquela lngua em comparaocom o latim e o grego, e comeou a sentir que seria possvel teruma lngua com gramtica simples e clara. Comeou a simpli caa gramtica da sua lngua e, aps um cuidadoso trabalho, ele estavasu cientemente contente com ela, mas os dicionrios se tornavam

    cada vez maiores! Como solucionar isso, se uma lngua deve terde ato, uma palavra para (quase) toda coisa? Duas placas russapuseram-no a pensar sobre uma possvel soluo. As palavras naplacas eram "shveitsarskaia (portaria) e konditorskaia (doceriaAmbas as palavras contm o su xo skaia e Zamenho comeounotar que grande signi cado os su xos poderiam ter. "O problemaest solucionado!", ele pensou, ao ver as duas placas em russoDepois, comeou a comparar detalhadamente as palavras e buscarrelaes entre elas para decidir quais pre xos e su xos seriam teina sua lngua. Esse trabalho se mostrou extremamente importante,pois, desse modo, Zamenho conseguiu reduzir drasticamente o

    nmero de radicais a serem aprendidos.

    Primeira tentativaNo comeo Zamenho planejou usar combinaes curtas de letra

    como palavras, por exemplo: a, ab, ac, ad, ... ba, ca, da, ... e, eb, e... be, ce, ... aba, aca, ... Mas logo rejeitou esse pensamento, pois mostrou impossvel lembrar essas palavrinhas inventadas. Ele entse convenceu de que a base das palavras deveriam ser radicais dalnguas latinas e germnicas. Assim, a nova lngua naturalmentese tornaria semelhante s lnguas europeias. No m do ginsio,

    Zamenho conseguiu apresentar aos amigos de escola a base dlngua que ele chamou "lingwe uniwersala" (lngua universal). Vridos seus amigos se interessaram e aprenderam a lngua. Em 5 dedezembro de 1878 eles se encontraram para estejar o trmino dsua primeira base lingustica. E at cantaram um hino na lngua.

    Quando criana, Zamenho teve diversos sonhos sobre como unifcar e pacifcar a humanidade.Iniciar uma lngua internacional oi um deles, e esse sonho ele nunca abandonou. Nesta parte vocsaber de onde veio a ideia dele sobre uma nova lngua internacional e como ele a realizou.

    Z a m e n

    h o

    f , i n i c i a

    d o r

    d o

    E s p e r a n

    t o

    Zamenho , iniciador do Esperanto

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    18 DESCUBRA O ESPERANTO

    Testes e melhoriasZamenho no quis apresentar logo sua lngua em maiores

    grupos, em parte porque ele era muito ovem para isso, masprincipalmente porque ele quis primeiro testar cuidadosamentea lngua e azer muitas melhorias. Alguns dos colegas deginsio que aprenderam a "lingwe uniwersala" tentaram

    alar com adultos sobre ela, mas rapidamente pararam comisso quando se depararam principalmente com zombarias.Zamenho decidiu continuar secretamente a trabalhar no seupro eto lingustico, exatamente para evitar zombarias e outrosproblemas ( udeus eram naquele tempo perseguidos pelos mais variados motivos). Usando a lngua na prtica, por exemplo natraduo de grandes obras, ele notou que muitas coisas, queantes pareciam uncionar bem do ponto de vista terico, tinhamde ser mudadas, e ele ez constantes melhorias na lngua. Poucoa pouco ele constatou que era necessrio evitar a traduo diretapalavra por palavra; ao invs disso, deve-se pensar diretamentena nova lngua. Fazendo isso, Zamenho sentiu que a sua lnguacomeava a ter uma essncia prpria e se tornava cada vez mais viva. Dessa maneira nasceu a base do atual Esperanto.

    Lngua InternacionalFazendo sua p r t i c a

    em medicina em Varsvia,Zamenho comeou a procuraruma editora para apresentar anova base lingustica atravsde um livreto pblico. Preparouum manuscrito com o ttulo"Lingvo Internacia" (LnguaInternacional), mas, em vez decolocar o seu nome verdadeirono livro, usou o pseudnimo"Doktor Esperanto". A palavra"esperanto" signi ica umapessoa que tem esperana e,

    assim, o pseudnimo de ato descrevia bem o o talmologistade Byalistok: doutor que tem esperana em um mundo melhor,com unio e paz entre os povos. Mas ele no pde imprimirlogo o livreto, havia problema em encontrar uma gr ca quequisesse edit-lo, e tambm altava dinheiro.

    A sorte de Zamenho , em vrios pontos de vista, que eletinha h pouco se casado com Klara Silbernik, a qual apoiousua ideia de "lngua neutra". No vero de 1887, receberam apoio

    nanceiro do pai de Klara e usaram grande parte desse dinheiropara editar o assim chamadoUnua Libro(Primeiro Livro).O livro, que primeiro apareceu em russo e depois em outraslnguas, continha, entre outras coisas, um pre cio com algunspoemas em Esperanto, descrio da gramtica e um pequenodicionrio. O livro pouco a pouco oi di undido aos amantesde lnguas e idealistas, primeiramente na Europa e depois em

    outras partes do mundo.Seguiram-se anos agitados para o novo casal Zamenho , comcrianas, trabalho e correspondncia em Esperanto noite. Noeram ricos, mas conseguiram organizar uma vida relativamenteboa, e em 1905 tinham dinheiro su ciente para via ar Frana

    e participar do primeiro congresso de Esperanto, na cidade deBoulogne-sur-Mer. L reinava um bom ambiente entre os cercade 700 participantes vindos de 20 pases. Durante a inauguraoZamenho alou emocionadamente do seu trabalho e da crenna uni icao da humanidade. Eis uma pequena parte dodiscurso dele:

    "Tenhamos conscincia ntida de toda a importncia destdia, porque hoje, dentro dos hospitaleiros muros de Boulog sur-Mer, se renem no ranceses com ingleses, no russos poloneses, mas sim pessoas com pessoas."

    Um idealista ingnuo?Zamenho era ingnuo a respeito de muitas das suas ideias

    e sonhos; por exemplo, ele tentou criar um modelo de religioneutra na qual todos os crentes e livre-pensadores pudessemse encontrar e se paci car, mas esse pro eto nunca se di undiunem entre os alantes de Esperanto. ato que o Esperantono se di undiu em massa pelo mundo, mas ele tem centenasde milhares ou mesmo milhes de usurios que gostam muitoda lngua e usam-na nos mais diversos contextos. No existeoutro pro eto lingustico que amadureceu depois e se tornouuma lngua viva de ato, com alantes em todas as partes dmundo, diariamente usada na comunicao internacional e em" amlias internacionais" (com pais de pases e bases lingusticdi erentes). Por esse ponto de vista, Zamenho teve um sucessmuito bom e ns, alantes de Esperanto, sentimos o maiorrespeito por ele e pelo seu trabalho criativo. Graas a essetrabalho ns experimentamos muito nimo, prazer e relaesamigveis com pessoas de vrios pases.

    Z a m

    e n h o f , i n i c i a d o r d o E s p

    e r a n t o

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    UMA LNGUA FASCINANTE 19

    E s p er an

    t o d o

    p on

    t o

    d evi s t a

    p s i c ol

    gi c o

    Os esperantistas geralmente reclamamque o mundo no compreende oponto de vista deles, no se interessa

    por ele, ou que o Esperanto no progridesu cientemente rpido. A ideia di undida nomeio esperantista, que a lngua no progridesu cientemente rpido, vem de uma das partesmais importantes da psique humana, chamadadesejo. Eles desejam que o Esperanto progridae reagem a esse desejo como uma crianapequena: no querem ver a amplitude dosobstculos que esto erguidos qual barreirasentre esse desejo e o seu cumprimento.

    Sentem, ento, uma rustrao. E, quandoa sentem, ao invs de en rentar o ato de que lhes altou desdeo comeo o realismo e, por consequncia, que o erro est neles,ento procuram culpados externamente: esses sero o resto domundo, que no presta ateno neles. Isso in antil, mas ao dizerisso eu no critico, apenas expresso algo sobre o uncionamentonormal da psique humana: quando aparece um desejo orte, nstendemos a reagir de modo in antil.

    Relaes lingusticas somuito complexas

    Tambm quando disse que o mundo no compreende osesperantistas, toquei no aspecto psicolgico da situao. Por queo mundo no compreende os esperantistas? Porque a sociedadeno compreende bem a situao lingustica em geral. Por qu? Pormuitos motivos. Por exemplo, porque a relao lingustica algomuito complexo, e no cil compreender algo complexo. Quandoalgo muito complexo, a maneira natural de ver o problema simpli cando-o. Consequentemente, a sociedade geralmente temuma viso muito simples sobre a situao lingustica no mundo.Uma viso apenas esquemtica.

    Outra causa psicolgica pela qual a sociedade no entende bemos problemas lingusticos o medo. Isso talvez o deixe boquiaberto.E e etivamente, se voc disser a um poltico ou linguista ou mesmoa qualquer um que voc encontre na rua que uma das causas pelasquais o mundo no resolve o problema lingustico o medo, eleou ela o olhar como se voc osse louco. Primeiramente, porque,para esse interlocutor, os problemas lingusticos simplesmente noexistem. "O ingls resolve tudo, ou os tradutores". E, em segundo

    lugar, se de ato existisse um problema, claro que ele de ormanenhuma seria relacionado com o medo. "Ningum sente medo delnguas. Que loucura essa?" ele ou ela dir a voc. Porm, muitosmedos so inconscientes. Ns no os sentimos, o que uma boacoisa, pois sem isso seria impossvel viver agradavelmente. Porm,

    permanece o ato de que esses medos causammuitas distores e ms interpretaes nanossa maneira de entender a realidade.

    Por que uma lngua traz tona o medo?Novamente, por muitas causas. Por exemplo,uma lngua est ligada nossa identidade.Um dia na in ncia ns tomamos conscinciaque o nosso meio ala essa ou aquela lngua,e que isso nos de ne em relao ao restantedo mundo. Eu perteno a um grupo humanode nido pela lngua que ele ala. Ento, no

    undo da psique, minha lngua sou eu. O vasto uso de dialetos suo-germnicos umamaneira de dizer: eis quem somos ns, no

    somos alemes. Ou veja como reagem os habitantes de Flandresou da Catalunha: "Se algum persegue ou critica a minha lnguaest perseguindo ou criticando a mim."

    Muitas pessoas tm uma atitude de repulsa ao Esperanto porquesentem nele uma lngua sem etnia de nida, portanto uma lnguasem identidade humana, portanto ou no uma lngua ou umalngua que mais "coisa" do que lngua humana, uma lngua que em relao s lnguas verdadeiras, algo que um rob em relao

    a pessoas verdadeiras. E isso amedronta. um medo que esserob, do qual se diz ter ambio de ser universal, esmagar todasas outras lnguas, todos os demais povos, tudo o que individual vivente, destruindo tudo ao passar. Isso talvez parea uma antasiMas a verdade dessa maneira de pensar.

    No mtodo psicolgico chamado conversa clnica, no qualse pesquisam quais ideias ou guras se associam umas com asoutras, caso se pea a uma pessoa que diga o que se passa pelasua mente, tomando como base uma palavra de nida - nesse caso"Esperanto" , revela-se a existncia desse medo inconsciente emmuitssimas pessoas.

    TabuDe ato, existe um mtodo totalmente cient co sobre a arte

    de decidir escolhendo a melhor maneira para atingir um objetivode nido. A esse mtodo cient co se d o nome de "pesquisaoperacional" ("operations research", "recherche oprationnelle")Caso se apliquem as regras da pesquisa operacional ao problemalingustico, constata-se que, de todos as solues atualmenteobservveis na prtica, a soluo tima para atingir o objetivo o Esperanto.

    Mas, para encontrar isso, necessrio comparar os diversossistemas uns com os outros, portanto ver objetivamente, na prtica(ou na realidade, como se diz), como o Esperanto se apresentaem comparao aos gestos, ao gaguejamento em uma lnguamal dominada, ao uso do ingls, traduo de documentos e

    Pode-se chegar no problema lingustico mundial por diversos caminhos, como o poltico,o lingustico, o fnanceiro-econmico etc. Aqui ele tratado do ponto de vista psicolgicopelo psiclogo Claude Piron, que por muitos anos tambm trabalhou como tradutor na ONU.

    Claude Piron

    Esperanto do ponto de vista psicolgico

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    20 DESCUBRA O ESPERANTO

    interpretao de conversas simultnea ou posteriormente , aouso do latim etc. Apenas tal comparao possibilita concluir qual o melhor sistema.

    Mas, ainda que milhares e milhares de pginas estejam em umdocumento sobre a situao lingustica, tanto na ONU, quanto naUnio Europeia, nas matrias lingusticas das universidades etc.,os documentos que tratam o problema com base na comparaoincluindo o Esperanto so menos numerosos que os dedos deuma pessoa. J que a comparao de vrias solues possveis dosproblemas algo to requente em outros campos, sua ausnciano campo da comunicao lingustica internacional mostra queum tabu est em ao.

    Qual a raiz do tabu?Por que os problemas lingusticos so vistos como tabu?

    Novamente as causas so muitas. Existem causas polticas. A ideiade que "pessoas comuns" possam se comunicar sem barreiras entreos povos desagrada a muitos governos. Existem causas sociais. Essa

    mesma possibilidade desagrada aos grupos sociais privilegiados.Pessoas que sabem su cientemente bem o ingls ou outra lnguaimportante tm muitas vantagens sobre as que sabem apenasalgumas lnguas locais, e no querem perder essas vantagens. Isso particularmente visvel no assim chamado Terceiro Mundo.

    Mas, sou da opinio que as causas principais do tabu sopsicolgicas. O cerne do problema est no peso, na carga, naatmos era emocional do conceito de "lngua", no seu poder de

    azer vibrar as mais pro undas bras do nosso ser. E as palavras ouconceitos no so apenas assuntos do intelecto, eles tm tambmum tipo de atmos era emocional, sentimental. Nem todas, masmuitas. Se eu digo "guerra" ou "dinheiro" ou "me" ou "sexo" ou"energia atmica", algo vibra pro undamente em voc, ainda que voc geralmente no tenha conscincia disso. Em outras palavras,no somos indi erentes rente a grande parte de nossos conceitos,principalmente queles que esto de algum modo ligados aosnossos desejos, necessidades, aspiraes, prazeres, so rimentos,poder etc.

    Entre esses conceitos com uma orte atmos era emocional,encontra-se o conceito de "lngua". Por qu? Porque a lngua traz tona o ato de capacitar a se azer entendido, e a possibilidade de serentendido um dos desejos mais bsicos de cada pessoa. Quandotenho alguma preocupao ou so rimento que me atormenta,se posso alar sobre ele a algum que me escutar e reagir comcompreenso, ento me sinto ajudado, ocorrer algum tipo departilha da preocupao ou do so rimento, de modo que no maisme sentirei sozinho, estarei melhor com ele.

    Quando um beb so re e chora, muito requentemente, porcausa da incompreenso, a reao do adulto mais prximo algoerrada, ou no vem nenhum tipo de reao exceto, no semblante, aexpresso de no poder ajudar. Mas quando a criancinha comea asaber uma lngua e pode dizer: "Estou com dor na orelha", a reaodo adulto completamente di erente. Ocorre uma comunicao verdadeira que muda a vida. Pelo ato de que essa comunicao se

    desenvolve com mais requncia e em maior segurana com a me,a atmos era emocional do conceito "lngua" inclui os sentimentospor ela. Por causa disso a maioria das lnguas diz "lngua materna",quando de ato se trata de lngua dos pais ou do ambiente.

    Veja com qual emoo as pessoas reagem quando aparece

    uma proposta de mudar a ortogra a. Observe com atenoargumentos e voc ver que nada que seja de ato racional inteneles. Trata-se simplesmente de emoes, as emoes que sem

    azem vibrar o conceito de "lngua".

    Um "pai" e uma "me"O Esperanto aparece como um monstro, pois se diz que

    oi criado por um homem. Em outras palavras, ele tem "mas no tem "me". Ele o produto monstruoso de um solipervertido. A essa ideia contribuem muitas de nies que poser encontradas em dicionrios, enciclopdias, livros sobre lnou boletins esperantistas, segundo os quais "o Esperanto oi cpor Zamenho em 1887". Na verdade, o Esperanto no oi em 1887. Em 1887 apareceu uma semente da lngua que durmuitos anos antes cresceu e se trans ormou dentro da mentZamenho e nos cadernos dele.

    Aps esse longo processo, que comparvel ao processo qual gradualmente uma semente se torna planta, o projeto

    publicado, ou seja, a semente oi lanada. Mas essa semente pse tornar algo vivente apenas se a terra a acolhesse. E essa a "me" do Esperanto, a comunidade dos primeiros ideaque acolheram a semente e deram a ela o ambiente no qualpoderia crescer, se trans ormar e se tornar algo su cientemcapaz de viver e de se sustentar independentemente de qualqindivduo que seja.

    O Esperanto, tal como usado agora, no a obra de Zamen uma lngua que se desenvolveu com base no projetoZamenho , por meio de um sculo de uso constante, entre peextremamente di erentes. uma lngua que se desenvolvemodo totalmente natural, atravs do uso, da criao de obrasalternncia de propostas e contrapropostas, muito requenteminconscientes. No um monstro que uma pessoa sozinha geele tem um "pai", isso ato, um "pai" maravilhoso, um "pconseguiu colocar nele um potencial de viver inacreditavelmtil. Mas ele tem tambm uma "me" que dele cuidou com amque pde, muito mais do que o "pai" sozinho, dar a ele a vid

    A longo prazoVoc pode ver que os aspectos psicolgicos do Esperanto

    problemas lingusticos mundiais so muito mais complexoque se imaginaria primeira vista. Na psique da maior parteindivduos se encontra uma grande resistncia prpria idde uma lngua internacional (que no seja tambm uma lnnacional). Por causa dessa resistncia, quase ningum na poltica, social ou intelectual aceita serenamente pesquisar so assunto.

    A resistncia continuar e ser aguda, certamente, mesporque s possvel perceber algo quando se est prontorelao a isso, de maneira que atualmente muitas pessosimplesmente no ouvem o que se diz sobre o Esperanto: a m

    delas no est pronta, ento as rases passam longe sem peneSim, a resistncia continuar a ser orte. Mas ela aparentemno poder superar os atos em uma perspectiva a longo pra

    (Verso resumida de um discurso feito por Claude Piron em 1998.)

    E s p e r a n t o d o p o n t o d e v i s t a p

    s i c o l g i c o

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    UMA LNGUA FASCINANTE 21

    P er g

    un

    t a s f r e

    q u en

    t e s s o b r e

    oE

    s p

    er an

    t o

    Por que chamamos a lngua deEsperanto?

    No comeo a lngua se chamava apenas Lingvointernacia lngua internacional. Quando Zamenho aapresentou, usou o pseudnimo Doktoro Esperanto(quesigni ca "doutor que tem esperana"). Por isso, as pessoas

    alavam sobre "a lngua do Dr. Esperanto" e, pouco tempodepois, diziam apenas " a lngua do Esperanto", a lnguaEsperanto, e esse se tornou o nome comum da lngua.

    Quantas pessoas alam Esperanto?No simples calcular o nmero de alantes de Esperanto,

    pois nem todos os alantes so membros de alguma organizao.Alm do mais, isso depende da de nio de " alar Esperanto":deve-se numerar apenas os alantes regulares em alto nvel oudeve-se somar todos que tm um conhecimento bsico, mesmoque eles raramente usem o Esperanto? Os nmeros de alantesdo Esperanto no mundo, por isso, variam muito, desde algumasdezenas de milhares at alguns milhes. De qualquer modo,existem su cientemente muitos alantes de Esperanto em escalamundial para ter uma comunidade vigorosa e internacional.

    A quais lnguas o Esperantomais se assemelha?

    A maior parte dos radicais vem de lnguaseuropeias, principalmente as descendentes dolatim, mas a gramtica do Esperanto possuimuitas outras caractersticas, que no socomuns s lnguas europeias, mas a tornam

    mais semelhante, por exemplo, ao turco, aosuali e at ao chins.

    cil aprender Esperanto?Em comparao com as lnguas nacionais, sim. Mas, como

    sempre, depende muito do prprio indivduo e de quantaslnguas este aprendeu. Aprender uma nova lngua sempre um desa o e nunca "muito cil", de acordo com nossasexperincias. Isto vlido tambm para o Esperanto, embora elese a claramente menos di cil do que geralmente so as lnguasnacionais ou tnicas. Tambm para aquelas pessoas que nuncaconseguiram aprender de verdade um idioma estrangeiro a

    undo, o Esperanto cil de aprender! Mas claro que precisomuito estudo e prtica, caso se queira usar o idioma correta efuentemente.

    Por que aprender Esperanto?Existem diversos motivos pelos quais as pessoas comeam a

    aprender o Esperanto. Pessoas que gostam de lnguas geralmenteso curiosas sobre a gramtica do Esperanto e assimcomeam a estudar a lngua. Outros se interessam peloEsperanto porque no conseguem aprender uma lnguaestrangeira e ento querem tentar uma lngua mais cil.Alguns ouviram sobre a "ideia interna" e por causa delaeles aprendem o Esperanto para desse modo apoiar ummundo mais pac co e interligado. Jovens geralmente seinteressam por viagens a outros pases para l encontrar

    novos amigos e o Esperanto uma alternativa muito boa para isso.

    Como aprender o Esperanto?Se voc tem um bom acesso internet, recomendamos que

    voc comece em www.lernu.net, onde se encontram vrios cursointerativos para iniciantes, em muitas lnguas. Se voc pre erium curso em orma de livro, esse pode ser encomendado em umaassociao esperantista nacional (veja mais in ormaes na seo 7Se voc quiser comear a aprender Esperanto em um curso presenciatente entrar em contato com o clube ou associao esperantista localEm vrios pases e cidades so realizados regularmente cursos bsicode Esperanto. Quando voc souber algo em Esperanto, bom comealogo a usar a lngua com outras pessoas, seja pela internet, seja emencontros esperantistas.

    O Esperanto possuismbolos?

    Sim, existem alguns. A estrela verde a maisantiga e a mais vastamente usada, principalmentecomo a bandeira do Esperanto. A cor verde

    simboliza a "esperana", e a estrela de cinco pontas simboliza os cincontinentes. Outro, mais novo, o "smbolo do jubileu" que surgiucomo resultado de um concurso para a comemorao do centenriodo Esperanto.

    Por que alguns linguistas azemcomentrios negativos sobre oEsperanto?

    Aqueles que melhor entendem a complexidade de uma lngua so olinguistas. Talvez justamente por isso que tantos deles, embora muitcompetentes, no creiam que o Esperanto possa uncionar como umlngua plena, totalmente viva, e ento ser digna de ateno e pesquisUma lngua algo to complexo e delicado que o aparecimento d

    Nesta seo voc encontrar respostas para algumas perguntas requentes sobre o Esperanto.

    Perguntas requentes sobre o Esperanto

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    22 DESCUBRA O ESPERANTO

    uma lngua verdadeira, rica, viva, baseada no projeto de um jovem(Zamenho tinha 27 anos quando ele apresentou o Esperanto, apstrabalhar por uma dcada nele) algo extremamente improvvel.Naturalmente, portanto, as pessoas cam cticas. Mas se veri carema realidade, logo notaro que o Esperanto unciona maravilhosamentebem para a comunicao internacional. Seria muito bom se maislinguistas e pesquisadores quisessem azer estudos e pesquisas sobreo Esperanto no uturo.

    possvel aprender Esperanto emuniversidades ou escolas?

    Em alguns pases, sim. Muitos esperantistas argumentam que oaprendizado do Esperanto nas escolas ajudaria os alunos no uturoa aprender com mais acilidade outras lnguas estrangeiras, porquereceberiam uma dose boa de autocon ana em aprendizado de lnguasao aprender o Esperanto, que relativamente cil, e porque elestambm teriam uma melhor compreenso sobre estruturas gramaticaisgraas clareza da gramtica do Esperanto. Existem vrias provasdisso, e seria interessante se os pesquisadores zessem estudos sobreo valor propedutico ( acilitador do aprendizado) do Esperanto.

    Pode-se saber de qual pas oalante de Esperanto atravs do

    seu sotaque?Geralmente se pode adivinhar a partir do sotaque a nao da qual

    vem a pessoa que ala em Esperanto, mas nem sempre, pois tambmexistem aqueles que tm uma pronncia "neutra".

    Quantas pessoas no mundo alamo Esperanto desde o nascimento?

    Aparentemente existem cerca de mil pessoas que alam Esperantocomo uma de suas lnguas maternas. Geralmente assim no casode os pais terem se encontrado durante um evento esperantista eserem de pases di erentes. Eles usam o Esperanto entre si em casae, quando mais tarde ganham um beb, querem continuar usando o

    Esperanto entre si. O modelo talvez mais comum quando um doscnjuges sempre usa o Esperanto com a criana e o outro, sendoimigrante, usa sua lngua materna com a criana, e na sociedade acriana usa a lngua local ou nacional. Dessa maneira a criana setorna trilngue desde o nascimento.

    No seria melhor criar uma lnguanova e at mais justa para umacomunicao internacional?

    Juntar uma boa base lingustica no uma coisa cil. Os lingque melhor sabem sobre lnguas, no tm necessariamentetalento para criar lnguas, a especialidade deles de ato anlnguas. Criar e analisar so assuntos su cientemente di ereVrias pessoas juntaram uma base lingustica, tambm um gruplinguistas tentou, mas os resultados at agora no se tornaram vitoriosos que o Esperanto. Pense em Mozart e criao musica sempre que aparecem pessoas com um talento to extraordinquanto o dele! Algo semelhante ocorreu com Zamenho . Ele tintalento extraordinrio na criao de lnguas e conseguiu por cprpria juntar uma base lingustica que se mostrou muito melhoque outras tentativas. Alm disso, tornar essa nova base viva eum tempo longo de prtica por todos os lados e por todo mundosua publicao. E sem uma base ideolgica comparvel quel

    Zamenho ez o Esperanto ter, essa nova base ter poucas chde se tornar verdadeiramente uma lngua viva e de tomar parabase social necessria. Com o Esperanto o processo j ocorrelngua est agora pronta. Embora no seja per eita, muito bouma comunicao internacional, e em p de igualdade.

    O ingls no sufciente para acomunicao internacional?

    O ingls muito til para a comunicao internacional em m

    situaes. Mas o ato que nem todos conseguem atingir umalto nessa lngua, mesmo aps estud-la durante anos. Principalmpara aqueles cuja(s) lngua(s) ptria(s) no se assemelha(m) ao i di cil chegar a um nvel alto. (Se voc um dia esteve, por exna Coreia ou na Turquia, ento voc sabe do que estamos alanEsperanto mais cil de aprender do que as lnguas tnicas qse trata de aprendizado de uma lngua estrangeira na juventou na idade adulta. Alm disso, o Esperanto no est ligado acultura nacional em particular, o que uma grande vantagem uma lngua que unciona como ponte entre os povos, os quais

    orma se comunicam numa base igual.

    O Esperanto j no teve sua chance? ato que o Esperanto, no comeo dos anos 20, oi quase

    pela Liga das Naes (antecessora da ONU) como uma das lngutrabalho daquela organizao, e que muitos polticos se interesspelo Esperanto durante os anos 30 e 40. Hoje so pouqussimpolticos que se interessam pelo Esperanto. Pode ser que o Espenunca mais tenha novamente a chance de se tornar uma lnguatrabalho de alguma organizao internacional grande. Pode ser tamque a situao mude um dia no uturo e que o Esperanto se torne

    vez mais popular entre as pessoas que se interessam na criao dnova comunidade mundial, com relaes mais amigveis e prxentre os povos. Sobre o uturo di cil saber com certeza. Mas, ter esperanas... Ns, esperantistas, somos bons exatamente nispalavra "esperanto" signi ca algum que tem esperana.)

    P e r g u n t a s f r e q u e n t e s s o b r e o E s p e r a n t o

  • 8/8/2019 Conhea o Esperanto

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    UMA LNGUA FASCINANTE 23

    I nf or m

    a e s l o c ai s

    s o b r e

    oE s p er an

    t oE s p

    er an

    t o

    Organizaes e clubesExistem muitos clubes, associaes e organizaesesperantistas espalhados pelo Brasil inteiro,seja de nvel municipal ou estadual. J em nvelnacional temos:

    Liga Brasileira de Esperanto - Fundada em 1907 e liada UEA desde 1