Conto Viajante 4

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CONTO VIAJANTE ÁREA DE PROJETO – Departamento do 2.º ano Ano letivo 2013/2014

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Conto colaborativo das turmas de 2.º ano do Agrupamento de Escolas de São Bruno - 2013/2014

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O desejo sagrado

Em tempos muito antigos nasceu de um ovinho, um dinossauro. Esse

dinossauro era verde, da cor das ervinhas. O dinossauro cresceu e

ficou com um pescoço muito comprido. Por isso, em vez de comer

ervinhas, ele ia comendo as folhas mais tenras das árvores.

O dinossauro verde sentia-se muito sozinho.

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Um dia, quando ia caminhando pela floresta, encontrou

outro dinossauro a sobrevoar um rio. Andava à procura de

comida.

Resolveu meter conversa dizendo-lhe:

— Olá! Como te chamas? Queres ser meu amigo?

Respondeu o dinossauro voador:

— Chamo-me Asa de Fogo e quero ser teu amigo. E tu

como te chamas?

— Eu sou o Pescoçudo.

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O Asa de Fogo era parente próximo da Fénix, com três garras afiadas em cada pata, cauda comprida e

dentes salientes.

Os dois amigos resolveram dar um passeio ao longo do rio. Caminharam, caminharam até que chegaram

a uma cascata.

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Mesmo ao lado estava uma gruta sombria, húmida e descomunal. Curiosos entraram e começaram a ouvir uns

ruídos estranhos. Olharam um para o outro, assustados, mas seguiram em frente. Queriam saber quem

estava a fazer aqueles sons assustadores.

No final da gruta avistaram um outro dinossauro. Era muito grande e gordo. Tinha espinhos, em forma

de seta, desde a cabeça até à ponta da cauda. Do seu focinho saliente saíam duas grandes narinas e uns

dentes compridos e afiados.

Era mesmo aterrador!

Os dois amigos verificaram que os ruídos eram

gemidos de dor, pois ele estava ferido. Tinha um

espinho espetado no joelho.

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Aproximaram-se, a medo, e perguntaram:

— Podemos ajudar?

— Sim, por favor! Tenho tanta dor!

O Asa de Fogo e o Pescoçudo tiraram-lhe o espinho do joelho e perguntaram:

— Como te chamas? Queres ser nosso amigo?

— Eu chamo-me Godofredo-Rex. E claro que

quero ser vosso amigo. Nunca mais esquecerei que

me ajudaram!

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Os três amigos saíram da gruta e foram tomar um banho nas águas

da linda cascata. Nadaram, saltaram, deram cambalhotas… Divertiram-

se a valer!

Quando estavam a descansar e a secar ao sol, ouviu-se um barulho

estranho nas folhas dos fetos. Eles fizeram silêncio e ficaram imóveis, para perceber o que passava.

Godofredo-Rex resolveu levantar-se muito devagarinho e com as patas abrir os fetos. Admirado

exclamou:

— Ah! Que lindo! É um ovo a rachar.

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Eis que surge um bebé dinossauro com dois espinhos na cabeça, umas orelhas estranhas, que mais

pareciam um leque, uma pele muito rugosa, quatro patas e uma cauda. Mal abriu os olhos deparou-se com os

três amigos e assustou-se:

— Aiii!!! Ui!! Quem são vocês?

— Somos três amigos e chamamo-nos: Asa de Fogo, Pescoçudo e Godofredo-Rex. E tu?

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— Eu sou o Trigongas e já estou com fome, preciso de umas ervinhas. Não viram por aí a minha mãe? –

perguntou.

— Não! – responderam em coro. - Não vimos ninguém parecido contigo.

O Trigongas ficou triste e fez um pedido.

— Podem-me adotar?

— Sim, com muito gosto, junta-te ao grupo. –

responderam todos ao mesmo tempo.

O grupo decidiu subir à montanha Sagrada. Começaram

a sua subida, mas começou a nevar e o Trigongas ficou com

medo porque para ele ainda era tudo novidade.

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O grupo acarinhou-o e como encontraram uma gruta, entraram. Mal entraram sentiram o chão a

tremer e descobriram que aquela gruta já era

habitada, por um Tiranossauro-Rex, o mais feroz

e carnívoro de todos os dinossauros.

Os quatro amigos ficaram assustados, mas

olhando para o Godofredo-Rex, perceberam

algumas parecenças.

O Tiranossauro-Rex estava furioso, pois

estes pequenos dinossauros tinham interrompido

a sua sesta:

— Estou FURIOSAAAAAAA!!! Quem pensam que são para me virem incomodar?

Godofredo-Rex, o mais corajoso, respondeu-lhe:

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— Pedimos desculpa por te estarmos a incomodar, mas o nosso amigo mais pequeno está com medo da

neve e tivemos de nos proteger aqui.

— NÃO QUERO SABER DISSO, PARA NADA! Eu também tive um filho e desapareceu na neve. Estou

a sofrer, saiam daqui.

— Mãe?! – perguntou o Godofredo-Rex.

— Poderás ser tu? O meu filho desaparecido? – respondeu espantada a Tiranossauro-Rex.

— Sim, és mesmo tu! Reconheço o teu olhar. – continuou.

Os dois dinossauros abraçaram-se durante muito tempo, depois todos descansaram no aconchego da

gruta.

De manhã a neve já tinha parado de cair e a Dona Mafalda-Rex, acordou os quatro amigos e

perguntou-lhes porque é que queriam ir à Montanha Sagrada.

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Todos queriam pedir um desejo muito especial: encontrar a sua família. A Dona Mafalda-Rex

ajudou-os a chegar ao cimo da Montanha Sagrada, onde

todos formularam os seus desejos.

Quando se preparavam para começar a descer, o

Trigongas começou a chorar.

— Porque é que estás a chorar? – perguntaram-lhe os

amigos.

— Estou a chorar porque a minha mãe não apareceu,

continuo sem ter uma família. – respondeu o Trigongas.

Então a Dona Mafalda-Rex disse-lhe:

— Tu tens uma família, uma família que vocês

escolheram, uns para os outros. A família é quem nos ajuda,

nos protege e nos acarinha. Tu já tens isso tudo aqui connosco.

E viveram felizes para sempre numa família muito original, onde o amor, a compreensão e o respeito

pela diferença nunca foram esquecidos.

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Conto imaginado a partir de um

tema desencadeador.

Escrito durante o ano letivo de

2013/2014 pelas turmas de 2.º

ano do A.E. São Bruno – Caxias.

Professores responsáveis:

- Ana Filipa

-Carla Domingues

- Fátima Baptista

- Isabel Garcia