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14 Revisão: (Bolsistas PGP/LIDERE) Denise Abigail Britto Freitas Rocha Mestre em Educação/UFBA. e-mail: [email protected] Mara Schwingel Vice-coordenadora do PGP/LIDERE Regina Maria de Sousa Fernandes Especialista em Pesquisas Educacionais/USP. e-mail: [email protected] Lindnoslen Guelnet e Costa Pinna Especialista em Ciências Biológicas/UFBA. e-mail: [email protected] Dra. Katia Siqueira de Freitas, Ph.D. Coordenadora PGP/LIDERE. Diagramação da página: Maria Lúcia Ganem Assmar Coordenação: Dra. Katia Siqueira de Freitas Ph.D. Professora e pesquisadora UFBA. Coordenadora PGP/LIDERE. e-mail: [email protected] Vice - coordenação: Mara Schwingel Especialista em Educação Inclusiva/UNIVATES. Vice-coordenadora do PGP/LIDERE. e-mail: [email protected] Equipe de elaboração: (Bolsistas do PGP/LIDERE) Eudes Rodrigues da Silva Geográfo, UCSAL,Pós-Graduando em Espaço, Sociedade e Meio Ambiente/IBPEX. e-mail:[email protected] Regiane Lima Nascimento Estudante de Filosofia/FBB. e-mail: [email protected] Estela Márcia Veloso Barreto Especialista em Administração Universitária/UFCE. e-mail: [email protected] Sara Almeida de Araújo Bastos Estudante de Ciências Naturais/UFBA. e-mail: [email protected] Carmem Luciana Cardoso Martins Santos Graduanda de Enfermagem, UCSal. e-mail: [email protected] GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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Revisão:(Bolsistas PGP/LIDERE)Denise Abigail Britto Freitas RochaMestre em Educação/UFBA.e-mail: [email protected]

Mara SchwingelVice-coordenadora do PGP/LIDERE

Regina Maria de Sousa FernandesEspecialista em Pesquisas Educacionais/USP.e-mail: [email protected]

Lindnoslen Guelnet e Costa PinnaEspecialista em Ciências Biológicas/UFBA.e-mail: [email protected]

Dra. Katia Siqueira de Freitas, Ph.D.Coordenadora PGP/LIDERE.

Diagramação da página: Maria Lúcia Ganem Assmar

Coordenação:Dra. Katia Siqueira de Freitas

Ph.D. Professora e pesquisadora UFBA. Coordenadora PGP/LIDERE.

e-mail: [email protected]

Vice - coordenação: Mara Schwingel

Especialista em Educação Inclusiva/UNIVATES. Vice-coordenadora do PGP/LIDERE. e-mail: [email protected]

Equipe de elaboração:(Bolsistas do PGP/LIDERE)

Eudes Rodrigues da SilvaGeográfo, UCSAL,Pós-Graduando em Espaço, Sociedade e Meio Ambiente/IBPEX.

e-mail:[email protected]

Regiane Lima NascimentoEstudante de Filosofia/FBB.

e-mail: [email protected]

Estela Márcia Veloso BarretoEspecialista em Administração Universitária/UFCE.

e-mail: [email protected]

Sara Almeida de Araújo BastosEstudante de Ciências Naturais/UFBA.

e-mail: [email protected]

Carmem Luciana Cardoso Martins SantosGraduanda de Enfermagem, UCSal.

e-mail: [email protected]

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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Apresentação

ObjetivoEstrutura

Vivência Pedagógica I: Água

ObjetivoDesenvolvimento da Vivência

Fundamentação TeóricaTextos de apoio

Exposição co-participada

Atividade Prática - Passa-passa

AvaliaçãoReferências

Sites consultados

Vivência Pedagógica II: Reciclagem e Reutilização de Materiais DescartáveisObjetivoDesenvolvimento da Vivência

Fundamentação TeóricaTextos de apoio

Exposição co-participada

Atividade Prática

Sites consultados

Avaliação

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Sumário

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Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduoe a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes ecompetências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comumdo povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Art. 1o da Leino 9.795 de abril de 1999).

Fonte: http://www.mma.gov.br

Por meio deste módulo, buscamos fornecer mais um subsídio para que as unidades escolares de-senvolvam e aperfeiçoem sua prática contínua em educação ambiental.

Uma das missões da educação ambiental na atualidade é mostrar a necessidade de nos desenvolver-mos de forma responsável para que possamos existir no futuro, de acordo com a carta de Belgrado:

A reforma dos processos e sistemas educacionaisé central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento ...Governantes e planejadores podem ordenar mudanças e novasabordagens de desenvolvimento e podem melhorar ascondições do mundo, mas tudo isso se constituirá em soluçõesde curto prazo se a juventude não receber um novo tipo deeducação.

Fonte: http://www.mma.gov.br

A Escola tem como papel principal formar cidadãos críticos e competentes, mas também é seu papelformar pessoas conscientes de que a natureza é um bem não só da humanidade, mas de todos osseres inseridos em seu próprio contexto. Isto é um desafio que só pode ser superado quando de-sempenhamos o nosso papel de cidadãos planetários.

Ainda há e é tempo de mudar, começar a raciocinar como nossas ações poderão refletir na vidafutura do planeta.

Equipe de elaboração

presentação

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Objetivo

Refletir sobre a importância da conservação dos recursos naturais renováveis e não-renováveis.

Estrutura

O Módulo está estruturado em três vivências que poderão, ou não, ser aplicadas em conjunto. Asoficinas têm suas raízes nas preocupações concernentes a preservação do meio ambiente saudável.

Na Vivência Pedagógica I (Água) reflete-se sobre a importância do uso racional daágua, esse recurso natural de importância mister para o Planeta e a preocupação crescente coma sua preservação.

A Vivência Pedagógica I I (Reciclagem e Reutilização de materiais descartáveis)trata da importância da reutilização de materiais, trabalhando o conceito de reciclagem.

A Vivência Pedagógica III (Terra) aborda aspectos conceituais, históricos e legais daeducação ambiental e da preservação da terra e do ar.

As fundamentações teóricas das vivências foram elaboradas de modo que o mediador possa encon-trar nelas subsídios necessários para a realização de um trabalho exitoso. As referências, bem comoos sites consultados, poderão converter-se em fontes de pesquisa valiosas.

Duração das Vivências

Vivência Pedagógica I (aproximadamente 2h15min)

Vivência Pedagógica II (aproximadamente 2h30min)

Vivência Pedagógica III (aproximadamente 2h30min)

Público-alvoComunidades escolar e local.

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VIVÊNCIA PEDAGÓGICA I ÁguaÁguaÁguaÁguaÁgua

Objetivo

Discutir a participação da escola na formação de cidadãos conscientes da finitude dos recursoshídricos.

Pauta

Apresentação - 5’

Música: “Sal da Terra” - 20’

Fundamentação teórica – (Exposição oral/co-participada) – 50’

Intervalo – 10’

Dinâmica do “Passa-passa” – 35’

Avaliação 15’

Público-alvo: comunidades escolar e local.

Número máximo de participantes: 40 pessoas.

Habilidades requeridas para os mediadores: compreensão teórica e prática da temáticaa ser desenvolvida.

Duração: 2h15min.

Desenvolvimento da Vivência Pedagógica

Sensibilização

Música: “Sal da Terra” (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)

Objetivo: refletir acerca dos problemas ambientais.

Tempo aproximado: 20 min.

Material necessário: aparelho de som, CD-Player.

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Procedimentos

O mediador solicita que os participantes se levantem e o acompanhem na leitura da música; coloca a música e pede que os participantes também cantem; solicita que os participantes sentem-se e que alguns voluntários comentem o que sentiram

ao ler e cantar a música.

Culminância

O mediador poderá conduzir o momento de reflexão fomentando a importância da preser-vação dos recursos naturais, em especial, a água.

Letra da música: Sal da Terra

Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Anda, quero te dizer nenhum segredoFalo desse chão, da nossa casa,vem que tá na hora de arrumarTempo, quero viver mais duzentos anosQuero não ferir meu semelhante,nem por isso quero me ferirVamos precisar de todo mundo prá banir do mundo a opressãoPara construir a vida nova vamos precisar de muito amorA felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode verA paz na Terra, amor, o pé na terraA paz na Terra, amor, o sal da...Terra, és o mais bonito dos planetasTão te maltratando por dinheiro,tu que és a nave nossa irmãCanta, leva tua vida em harmoniaE nos alimenta com teus frutos,tu que és do homem a maçãVamos precisar de todo mundo,um mais um é sempre mais que doisPrá melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pãoRecriar o paraíso agora para merecer quem vem depoisDeixa nascer o amorDeixa fluir o amorDeixa crescer o amorDeixa viver o amorO sal da Terra.

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Fundamentação Teórica

A fundamentação teórica será feita com apoio de transparências que estão na página 29. Os textosde apoio são imprescindíveis ao desenvolvimento dessa etapa.

Exposição oral/co-participada

Objetivo: obter informações concernentes aos recursos hídricos.

Tempo aproximado: 50 min.

Material necessário: retroprojetor, multimídia ou data show, disquetes ou transparências.

ProcedimentosO mediador

1 utiliza transparências ou data show para discorrer acerca do tema abordado;2 solicita que os participantes intervenham sempre que julgarem necessário.

CulminânciaO mediador solicita aos participantes que façam um breve comentário sobre o que ouviram.

Textos de apoio

A água em nossa vida

A água é um elemento essencial para os seresvivos porque todos os processos metabólicosdo nosso corpo são realizados neste meio, comopor exemplo, ao digerirmos os alimentos ou re-alizarmos qualquer exercício. O sangue trans-porta nutrientes e substâncias tóxicas do nossoorganismo, sendo dissolvidas em meio aquosopara, posteriormente, serem absorvidas pelostecidos ou secretadas pelo suor e urina.Umapessoa adulta precisa em média 2,5 litros deágua por dia e quando esta reposição não é fei-ta de forma eficiente pela ingestão do líquido, oorganismo entra em um estado de desidratação.A necessidade de reposição pode variar de acor-

do com o clima e com a atividade física queestamos realizando. No verão, os dias são maisquentes e secos, desta forma, o organismo pre-cisa utilizar mais água para manter nossa tem-peratura em níveis aceitáveis, aumentando o me-tabolismo celular e eliminando mais água pormeio do suor e da urina.

Definimos água como um composto químicoformado por dois átomos de hidrogênio e umde oxigênio (H

2O).Todos os seres vivos preci-

sam dela para sobreviver. Os seres humanosapresentam em sua composição 70% de água.Sem a água, o metabolismo celular não seria pos-

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Ciclo da Água ou Ciclo Hidrológico

O ciclo da água é o movimento contínuo, daatmosfera para a superfície terrestre e da su-perfície terrestre para a atmosfera, passando ounão pelos seres vivos. De acordo com os cien-tistas, a quantidade total de água existente naTerra, nas suas três fases, sólida, líquida e ga-sosa, tem se mantido constante, desde o apare-cimento do homem. A água da Terra, que cons-titui a hidrosfera, distribui-se por três reserva-tórios principais: os oceanos, os continentes e aatmosfera, entre os quais existe uma circulaçãoperpétua - ciclo da água ou ciclo hidrológico.O movimento da água no ciclo hidrológico émantido pela energia radiante de origem solar epela atração da gravidade. Defini-se ciclohidrológico como a seqüência fechada de fenô-menos pelos quais a água passa do globo ter-restre para a atmosfera, na fase de vapor, e re-gressa ao planeta, nas fases líquida e sólida. Atransferência de água da superfície do globo paraa atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se porevaporação direta, por transpiração das plan-tas e dos animais e por sublimação (passagemdireta da água da fase sólida para a de vapor).A quantidade da água mobilizada pela sublima-ção no ciclo hidrológico é insignificante, peran-te a que é envolvida na evaporação e natranspiração, cujo processo conjunto chama-seevapotranspiração.

O vapor d’água é transportado pela circulaçãoatmosférica e condensa-se após percursos muitovariáveis, que podem ultrapassar 1000 km. Aágua condensada dá lugar à formação de nevo-eiros e nuvens, permitindo a precipitação a partir

de ambos. A precipitação pode ocorrer na faselíquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida(neve, granizo ou saraiva). A água precipitadana fase sólida apresenta-se com estrutura cris-talina no caso da neve e com estrutura granular,regular em camadas, no caso do granizo, e irre-gular, por vezes em agregados de nódulos, quepodem atingir a dimensão de uma bola de tênis,no caso da saraiva.

A precipitação inclui também a água que passada atmosfera para o globo terrestre porcondensação do vapor de água (orvalho) ou porcongelação daquele vapor (geada) e porintercepção das gotas de água dos nevoeiros(nuvens que tocam no solo ou no mar).

A água que precipita nos continentes pode to-mar vários destinos. Uma parte é devolvida di-retamente à atmosfera por evaporação; a outraorigina escoamento à superfície do terreno, es-coamento superficial, que se concentra em sul-cos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água.A parte restante infiltra-se, isto é, penetra nointerior do solo, subdividindo-se numa parcelaque se acumula na sua parte superior e podevoltar à atmosfera por evapotranspiração e nou-tra que caminha em profundidade até atingir oslençóis aqüíferos e vai constituir o escoamentosubterrâneo. Tanto o escoamento superficialcomo o escoamento subterrâneo vão alimentaros cursos de água que deságuam nos lagos enos oceanos, ou vão alimentar diretamente es-tes últimos.

sível. O sangue, por exemplo, é composto por85% de água, o cérebro de 80 %, a nossa pele70%, os ossos contêm 30% de água na suacomposição. Na superfície terrestre existem doistipos de água, a salgada e a doce.

Texto adaptado para fins educacionais. Fon-te: BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson R.Ciências: O Meio Ambiente. 5ª série. 64. ed.São Paulo: Ática, 2001.

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A água na História da humanidade

Desde a Antiguidade, a humanidade aprendeu a armazenar água para o próprio benefício. Porvolta de 9.000 a.C., surgiram os potes de barro. A cerâmica só surgiu no ano de 7.000 a.C. epassou a ter suma importância para o armazenamento de água.

Em 5.000 a.C., a irrigação começa a ser utilizada na Mesopotâmia e no Egito.

O faraó Menes, em 2.900 a.C., constrói no Egito a primeira represa para armazenar água.

Ezequiel, rei de Judá, constrói o primeiro aqueduto no ano de 700 a.C., que tinha por finalida-de abastecer Jerusalém.

A água recobre ¾ da superfície do nosso planeta e constitui também ¾ do nosso organismo.

A água é um elemento tão essencial à vida humana que no século VII a.C., Tales de Mileto, opai da Filosofia, já havia notado a sua importância: “Tudo é água”, afirmou ele, inspirando-seem observações da vida animal e vegetal.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/m (autor desconhecido).

A água no Brasil e no mundo

A água recobre 72% do nosso Planeta, e de acordo com dados da UNESCO, encontra-seassim distribuída:

• 97% formando os oceanos;• 2% em geleiras;• 1% outros;

O ciclo hidrológico é uma realidade essencialdo ambiente. É também um agente modeladorda crosta terrestre devido à erosão e ao trans-porte e deposição de sedimentos por via hidráu-lica. Condiciona a cobertura vegetal e, de modomais genérico, a vida na Terra. O ciclohidrológico da escala planetária pode ser enca-rado como um sistema de destilação gigantes-co, estendido a todo o globo. O aquecimentodas regiões tropicais devido à radiação solarprovoca a evaporação contínua da água dos

oceanos, que é transportada sob a forma devapor pela circulação geral da atmosfera paraoutras regiões. Durante a transferência, parte dovapor d’água condensa-se devido aoesfriamento (diminuição de temperatura) e for-ma nuvens que originam a precipitação. O re-torno às regiões de origem resulta da ação com-binada do escoamento proveniente dos rios edas correntes marítimas.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponívelem: http://www.geocities.com. (autor desconhecido)

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Somente 0,297% da água corre nos riosou em lençóis subterrâneos. Cerca de354.200 km2 da Terra estão cobrindooceanos, rios, lagos, pântanos, alagadose calotas polares, um total de 1.386 mi-lhões de km3, mas apenas 2,5% dessereservatório consiste em água doce e68,9% dessa água doce está na formasólida. As águas subterrâneas e de outrosreservatórios perfazem um total de 30,8%e a água acessível ao consumo humano,encontrada em rios, lagos e alguns reserva-tórios subterrâneos, somam apenas 0,3%.

De acordo com os dados apresentados,pode-se observar que dispomos de umaquantidade mínima de água doce para so-breviver.

Observemos alguns dados sobre a água:

No mundo:• 25% da humanidade não têm aces-so à água potável.• 5 milhões de pessoas morrem porfalta dela.

No Brasil:

• Em certos bairros das grandes capi-tais, a água demora até 4 meses parachegar nas casas.

• 8% dos brasileiros não têm águaencanada.

• 47% dos brasileiros não têm redede esgoto.

• 80 a 90% das internações hospitala-res são causadas por falta de esgoto esaneamento básico.

• A cada 1 real gasto em saneamentosão gastos de 4 a 5 reais em saúde.

O Brasil possui entre 12% e 15% da con-centração mundial de água doce.

O ciclo hidrológico mantém um flu-xo permanente com o volumeinalterado desde o nascimento daterra. Durante muitos anos divul-gou-se que este recurso natural erainesgotável, no entanto, o cresci-mento da população mundial, acomplexidade da cadeia produtiva,mudanças ambientais bruscasacrescidas de uma cultura de des-perdício têm contribuído para adiminuição no fluxo do volume dechuvas.

As organizações mundiais de pes-quisas sinalizam que nos próximosanos haverá conflitos no mundosobre o controle da água que ain-da existe na terra.

O Brasil é um país rico em recur-sos naturais, privilegiado pela suaabundância em recursos hídricos.No entanto, estas riquezas não sãoinesgotáveis; o crescimentopopulacional, a urbanização e o usoirracional podem ser elencadoscomo fatores que contribuem paraa devastação do nosso território(água, em especial, como recursoindispensável já que 12% das re-servas do mundo estão em nossoterritório).

Desta forma, pensar em estratégi-as para a educação ambiental,priorizando o desenvolvimento sus-tentável, é primordial nos dias atu-ais. De acordo com os cientistas, amaior reserva de água potável estáem subsolo brasileiro. Água farta,mas mal distribuída. O Brasil temmuita água onde mora pouca gen-te, como na Amazônia, e poucaágua para tanta gente que vive nasoutras regiões do país.

Na Bacia Amazônica, estão 73 %da água onde moram apenas 5%

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dos brasileiros. De cada três bra-sileiros que moram no Nordeste,um não tem água encanada. Parasolucionar esta aparente escassezo racionamento é visto como umaestratégia. A exemplo do que ocor-re em Recife, passa-se um diacom água e dois sem o líquido.

A grande São Paulo, hoje, produzmenos da metade da água que con-some. E o problema não é a faltade rios, e sim a poluição que afetaestas reservas. Na região metro-politana de São Paulo, metade daágua disponível está afetada peloslixões, não tendo qualquer trata-mento sanitário. Mais da metadeda água que abastece a RegiãoMetropolitana está sendo capta-da fora, na bacia do RioPiracicaba, que abrange São Pauloe Minas Gerais. Ainda assim, dos 37municípios, 5 enfrentam racionamen-to. Em Cotia, há quatro meses, 300mil pessoas têm que economizar oproduto. São 40 horas com águae 30 sem. A água que falta em SãoPaulo sobra em Águas de SantaBárbara. A cidade, que fica a 300quilômetros da capital paulista,está sobre o maior reservatórioaquierosubterrâneo do mundo. Pordeterminação da lei, a água - queé mineral - recebe cloro e flúor.Mas os 6 mil moradores não con-somem toda a água que é tratada.

Este volume, mais ou menos doislitros por segundo, acaba sobran-do e é jogado no rio. A água que éusada no banho, também serve pralavar a louça, o quintal e para re-gar as plantas.

A Região Norte, que tem a maiorreserva de água doce do Brasil, étambém a mais contaminada por

despejo de agrotóxicos, mercúrio dos ga-rimpos e lixo bruto nos rios.

A floresta Amazônica é um dos grandestrunfos na conservação dos recursoshídricos brasileiros. A vegetação de flo-resta do tipo latifoliada, encontrada nestaregião, contribui para a manutenção daschuvas, rios e similares. Todos os anos,cerca de 6 a 7 milhões de toneladas deágua doce são renovadas por causa destefenômeno. Sendo assim, o desmatamentoda Amazônia e da Mata Atlântica é umfator que está diretamente relacionadocom ações que visem a conservação dosrecursos hídricos brasileiros.

Outro aspecto que contribui para agra-var a escassez hídrica é a poluição. Emnosso país cerca de 63% dos depósitosde lixo estão em rios e lagos. No Rio deJaneiro, a cada ano, está diminuindo aoferta de água para fins domésticos e in-dustriais, devido a poluição crescente poresgoto urbano.

A água é fundamental para a nossa so-brevivência, influenciando também nodesenvolvimento da economia e na gera-ção de empregos, atingindo de forma maisdireta a indústria, agricultura e os setoresde energia e navegação. A boa qualidadeda água está diretamente relacionada auma vida saudável e à produção de ri-quezas de um país em desenvolvimento.O nosso país passou por uma experiên-cia recente: no ano de 2001, enfrentamoso racionamento nacional de energia devi-do ao pequeno volume de chuvas daqueleano.

De acordo com o quadro a seguir, nota-mos que à medida que a economia vai setornando mais complexa e diversificada, oconsumo de recursos hídricos é ampliado.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponívelem http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ (au-tor desconhecido)

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Consumo Total de Água (Km3/ano)

Água potável

A água também desempenha uma função importante nas atividades realizadas no nosso dia-a-dia, tanto para a preparação de alimentos, como para cuidados higiênicos diários. Para tanto,esta água precisa ser potável, e possuir qualidades especiais: ser límpida e incolor, ser inodorae insípida não contendo impurezas nem substâncias tóxicas. Além da água potável, encontra-mos na natureza a água mineral, composta por uma quantidade considerável de sais minerais ea água termal que também pode possuir sais minerais, brotando do solo com uma temperaturaelevada.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponível em BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson R. Ciências: O MeioAmbiente. 5ª série. 64. ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 121.

Tratamento da água

No processo de tratamento de água, o cuidado geralmente é iniciado nas barragens mediantea proteção dos mananciais para evitar a poluição por detritos, impurezas e lançamentos deorigem doméstica, agrícola ou industrial, que prejudiquem a qualidade da água a ser captadapara o abastecimento. Estudos de hidrobiologia controlam o crescimento excessivo de algas eoutros microorganismos através de análises de rotina que possibilitam alertar quando a con-centração ultrapassa 1000 microorganismos/cm3. Após chegar à estação de tratamento, aágua passa basicamente pelas seguintes etapas em um modelo convencional:

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Uso Total 1970 1975 2000

Suprimento doméstico 120 150 500

Indústria 510 630 1.300

Agricultura 1.900 2.100 3.400

Fonte: Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ano 55, nº. 4,Out/Dez. 2003. p. 32.

http://www.uniagua.org.br - Acessado em 29/11/2004,17h39

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Adição de coagulantes: Consiste em se misturar à água substâncias químicas (sulfa-to de alumínio, sulfato ferroso etc.) e auxiliares de coagulação (cal, barrilha etc.) quepermitem a remoção das impurezas.

Coágulo-sedimentação: A água já com coagulantes é conduzida aos misturadores(rápidos e lentos) que promovem a formação de flocos entre o íon alumínio ou ferrotrivalente e os colóides da cor. Depois dos misturadores, a água passa aos tanques dedecantação (processo no qual, por gravidade, impurezas sólidas contidas em um líqui-do são separadas), chamados de decantadores, permanecendo por um período médiode três horas. No fundo dos mesmos, depositam-se flocos que arrastam grande partedas impurezas.

Filtração: Após a decantação, a água segue para os filtros, unidades de areia degranulometria variada que retêm impurezas restantes e mais uma parte das bactérias.

Desinfecção: A água, depois de filtrada, apesar de esteticamente bonita, pode serperigosa. As bactérias que a povoam podem provocar doenças: febre tifóide, desinteriabacilar, cólera. Torna-se necessário a aplicação de um elemento que a destrua. Esseelemento é o cloro, aplicado em forma de gás ou em soluções de hipoclorito, numaproporção que varia de acordo com a qualidade da água e de acordo com o clororesidual que se deseja manter na rede de abastecimento.

Fluoretação: Para prevenir a cárie dentária, o flúor e seus sais têm se revelado notá-veis como fortalecedores da dentina. A ingestão diária de flúor numa proporção de 0,7g/m3 pode provocar um decréscimo de até 60% no índice de dentes estragados.

Após estes tratamentos, a água poderá então ser bombeada e distribuída para o consu-mo. No estado da Bahia a Embasa –Empresa Baiana de Saneamento Básico - é res-ponsável por esta distribuição, controle e pela qualidade da água que chega em nossascasas. Em nosso estado também é desenvolvido o Bahia Azul: o Programa de Sanea-mento Ambiental do Governo da Bahia, com o objetivo de melhorar a qualidade devida da população que vive na cidade de Salvador e nas cidades de Simões Filho,Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Cachoeira, SãoFélix, Muritiba, Maragogipe, Itaparica e Vera Cruz que ficam em torno da Baía deTodos os Santos. Atualmente, o Bahia Azul está promovendo obras de esgotamentosanitário, abastecimento de água, resíduos sólidos (lixo), controle de poluição industri-al, fortalecimento institucional e projetos de educação ambiental.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponível em http://www.embasa.ba.gov.br(autor desconhecido)

Poluição

A poluição é caracterizada pela presença de substâncias tóxicas em excesso, noambiente. Algumas substâncias tóxicas podem poluir a água potável, conter resíduosde metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo e de solventes químicos, quesão os mais comuns.

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Estes resíduos são despejados em rios ou aterrados, poluindo assim as nascentes e lençóisfreáticos. Água contaminada é diferente de água poluída. A contaminação é caracterizada pelapresença de seres vivos como micróbios e vermes nocivos ao consumo humano e animal.Cerca de 40 000 crianças morrem diariamente em todo o mundo, vítimas de doenças adquiri-das através de água contaminada e poluída.

Além do consumo humano, a indústria, a agricultura e a produção de papel utilizam 250 tone-ladas de água para produzir uma tonelada de papel. Nos Estados Unidos, 5% da água consumidaprovêm dos esgotos. Existem estudos que indicam que no ano de 1990, 335 milhões de pes-soas sofreram com a falta de água e que no ano de 2015, a quantidade de água potável serámínima em todo o planeta.

Texto adaptado para fins educacionais. Disponível em BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson R. Ciências: O MeioAmbiente. 5ª série. 64. ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 153.

A água e os PCNs

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª à 4ª série) contemplam, no volume nove, a questãodo Meio Ambiente como tema transversal. O livro constitui-se em excelente recurso parafundamentação teórica da prática pedagógica de todo educador. Na primeira parte, especifi-camente na página 29, o texto “Educação Ambiental e Cidadania” enfatiza a importância de setrabalhar com a formação de valores, com atitudes, em detrimento da realização de atividadesde cunho puramente teórico, descontextualizado.

É importante que a escola desenvolva efetivamente seu papel social e contribua para a trans-formação de uma sociedade mais preocupada com seus recursos naturais. A água e a questãoda sua escassez devem ser vistas como desafios que envolvem as comunidades escolar e localnum eixo problematizante do processo de educação, por meio de procedimentos diários esensibilizações, levando em consideração o contexto em que vivemos.

Texto adaptado para fins educacionais. Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde / Secretaria

de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 29

Façamos a nossa parte!

A gestão das águas vem sendo discutida de forma crescente pelos mais diversos segmentossociais. No ano de 2004, a Campanha da Fraternidade, liderada pela Igreja Católica, apre-senta a água como tema; o Fórum Mundial de Águas, também no ano de 2004, discute atemática “Água e desastres”. Em todo o mundo o dia 22 de março foi eleito como o diainternacional das águas.

O processo de educação ambiental inicia-se pela percepção da realidade local, estabelecendoum processo de amadurecimento na formação do indivíduo.

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É necessário uma sensibilização, um processo de tomada de consciência, que deve começarna sala de aula. A partir da compreensão da realidade, o educador pode, por meio de exem-plos do cotidiano, desenvolver no aluno a criticidade diante da capacidade de indignação comda situação atual do nosso planeta. Desenvolvendo o que poderíamos chamar de liderançasambientais, com a finalidade de despertar em outros indivíduos um compromisso que um diapoderá nortear as ações coletivas. Isto significa que não adianta estarmos preocupados com ofenômeno el niño ou com a escassez das chuvas ou ainda falarmos da poluição do rio Tietê.Para priorizarmos a gestão de recursos hídricos sustentável é necessário começarmos pornossas casas, por meio de mudanças de hábitos do nosso cotidiano, objetivando o uso racio-nal do nosso próprio consumo.

Podemos economizar água:

Demorando somente o tempo necessário no banho;

Mantendo a válvula de descarga regulada. Uma válvula desregulada pode gastar atétrês vezes mais água!

Utilizando o balde ao invés da mangueira para lavar o carro e a casa. A mangueirachega a gastar até 14 vezes mais!

Varrendo pisos com a vassoura. A limpeza com a mangueira pode gastar, em 15minutos, cerca de 280 litros de água!

Escovando os dentes e/ou fazendo a barba com a torneira fechada: a torneira abertapor 10 minutos ininterruptos para escovar os dentes ou fazer a barba consome 24 litrosde água. Realizar essas mesmas atividades abrindo a torneira o mínimo necessário, paraenxaguar o rosto ou a boca, por exemplo, gasta apenas 2 litros;

Consertando vazamentos: um buraco de 2 mm (o tamanho da cabeça de um prego)no encanamento da nossa residência desperdiça cerca de 3.200 litros de água por dia (oconsumo diário de uma pessoa varia entre 150 e 400 litros). Para descobrir se há vaza-mento, feche todas as torneiras e os registros da casa e verifique se o hidrômetro, apa-relho que mede o consumo de água, sofre alguma alteração, o que é sinal de vazamento.

Outro meio para economizar água é fechar o registro do cavalete (onde fica o hidrômetro) de entra-da de água. Depois abra uma torneira alimentada pela água da rua, a do tanque, por exemplo, espereescoar completamente e coloque um copo cheio de água na boca da torneira. Se houver sucção, éporque há vazamento.

Em caso de problemas com a qualidade, distribuição ou vazamento de água,se você está na Bahialigue gratuitamente para a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa): 0800 555 195. Sevocê não se encontra no Estado da Bahia, entre em contato com a empresa responsável peladistribuição da água em seu Estado.

Texto adaptado para fins educacionais. Fonte: Como você ajuda o planeta no dia-a-dia. Folha de São Paulo, SãoPaulo, 8 fev .1999. Folhateen, Caderno, 5 p.

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Exposição co-participada

Transparência 01

Transparência 02

Oficina Água

Objetivo:

Discutir a participação da Escola na formação de cidadãos consciente da finitudedos recursos hídricos.

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

Ciclo da água

• A água no mundo e no Brasil• A água em nossa vida• Água potável• Poluição• A água e os PCNs• Façamos a nossa parte!

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

Transparência 03

Transparências

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

97%

2% 1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Seqüência1 97% 2% 1%

Formação dos oceanos

Geleiras Outros (rios e lençois f reáticos)

Fonte: BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Ciências: o meio ambiente. 64. ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 123.

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Transparência 04

Transparência 05

Transparência 06

Transparência 07

.

Água potável

O que é?

Como a água chega à nossa casa?

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

Água no Brasil

O Brasil possui aproximadamente 12% da água doce superficialdo mundo.

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

Água em nossa vida:

• Higiene diária• Alimentação• Tarefas domésticas• Lazer• Importância nos organismos.

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

http://www.uniagua.org.br - Acessado em 29/11/2004,17h39

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Transparência 08

Transparência 09

Transparência 10

Atividade Prática

Passa-passa

Objetivo: Sintetizar as informações abordadas na oficina.

Tempo aproximado: 35 min.

Material Necessário: Folhas de papel ofício dobradas em tiras de 4cm. Canetas ou lápis.

Poluição

• Água poluída• Água contaminada

Material produzido pela equipe PGP/LIDERE- 2004

Água como tema transversal

“.. é necessário que a escola (...) se proponha a trabalhar com atitudes, comformação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedi-mentos. E esse é um grande desafio para a educação”.

Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais(1ª a 4ª série) vol. 9, p. 29, 1997

Façamos a nossa parte!

• Verificar se há vazamentos em sua casa.• Fechar a torneira enquanto estiver escovando os dentes.• Sempre que possível, reutilizar a água em sua casa.• Não deixar o chuveiro aberto enquanto se ensaboa.• Não desperdice água!

Material elaborado pela equipe PGP/LIDERE

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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ProcedimentosO mediador

pede aos participantes para se dividirem em subgrupos de seis pessoas; distribui uma folha de papel ofício para cada grupo e pede que cada partici-

pante escreva duas frases sobre o tema abordado.

CulminânciaO mediador solicita aos grupos que socializem as suas “cartas” (produção dogrupo) e que um voluntário do grupo comente o que julgar pertinente. Logoapós, todos os grupos elaborarão uma única carta com os principais tópicoslevantados.

Avaliação

Atividade:Local:Data:Precisamos receber seus comentários para melhoria contínua do nosso trabalho.

Referências

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. Ciências: O Meio Ambiente. 5ª série. 64.ed. São Paulo:Ática, 2001.

Como você ajuda o planeta no dia-a-dia. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 fev.1999. Folhateen,Caderno. p.26.

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

ITENS Excelente Bom Ruim Não se aplica Abertura da Vivência Pedagógica Dinâmica-Sensibilização Trabalho em equipe Condições físicas local Condições dos recursos técnicos Mediador (es) Material didático Objetivo proposto Carga horária Tema Conteúdo

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GONÇALVES, Alfredo. Água, fonte de vida: Revista de Educação CEAP, Salvador, ano 12,mar-maio, 2004.

Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde. Ministério da Educação. Secretariade Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 29

TUNDISI, José Galizia.Ciclo Hidrológico e Gerenciamento Integrado. Revista da Sociedade Bra-sileira para o Progresso da Ciência. Ano 55, nº 4, out/nov/dez. 2003. p. 32.

Sites Consultados

http://www.embasa.ba.gov.br/index.aspNo site, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento disponibiliza, dentre outras coisas, informaçõesacerca da distribuição e consumo de água.

http://www.mma.gov.br/ Além de ter acesso ao acervo da biblioteca virtual, no site do Ministério do Meio Ambiente encontra-mos os principais documentos internacionais referentes às questões ambientais.

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/agua-bemlimitado/index.htmVale a pena conferir os recursos educativos oferecidos pelo site.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/Excelente fonte de pesquisa recomendada para educadores e educandos em busca do duo informação eboa qualidade.

http://www.geocities.com/~esabio/agua/agua.htmNo site encontramos uma excelente ilustração do ciclo da água, além de gráficos e dicas para evitar odesperdício dos recursos hídricos.

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VIVÊNCIA PEDAGÓGICA II Reciclagem e ReutilizaçãoReciclagem e ReutilizaçãoReciclagem e ReutilizaçãoReciclagem e ReutilizaçãoReciclagem e Reutilização de de de de de Materiais DescartáveisMateriais DescartáveisMateriais DescartáveisMateriais DescartáveisMateriais Descartáveis

Objetivo

Refletir sobre a importância da preservação do meio ambiente, confeccionando objetos úteis commateriais descartáveis.

Pauta Apresentação 5’ Sensibilização: Música Instrumental 15’ Fundamentação Teórica: (Exposição oral/co-participada) 35’ Atividade prática: confecção de objetos com papel reciclado 85’ Avaliação 10’

Público-alvo: Comunidades escolar e local.

Número médio de participantes: 30 pessoas.

Habilidades requeridas para os mediadores: compreensão teórica e prática da temática aser desenvolvida.

Duração: 2h 30 min.

“Ao invés de falar de meio ambiente vamos falar do ambienteinteiro, e sentir que o mesmo destino da natureza é o nossodestino. A partir daí nasce uma consciência de responsabilidade,uma ética do cuidado para que todas as coisas que estão doentesse regenerem e as que estão sadias possam evoluir junto conosco”.

Leonardo Boff

Desenvolvimento da Vivência Pedagógica

Sensibilização

Música Instrumental.

Objetivo: Criar um estado de harmonia entre os participantes através do meditar, do pensarna natureza.

Tempo aproximado: 15 min.

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Material necessário: folhas de papel; CD com a música instrumental; canetas.

Procedimentos

O mediador1 Distribui uma folha de papel para cada participante.2 Coloca a música e pede para que cada participante imagine-se vivendo como um pássaro,

como se sente e o que faz; depois, sendo um tronco, uma montanha e a água.3 Solicita que os participantes socializem a experiência em dupla e em seguida coletivamente.

Fundamentação Teórica

Objetivo: compreender o surgimento e evolução do papel, sua utilização e reutilização com respon-sabilidade, promovendo ações educativas que reduzam o lixo.

Tempo aproximado: 25 min.

Material necessário: slides; retroprojetor ou data show.

Textos de apoio

Preservação do Meio Ambiente: um exercício de cidadania.

A participação e o exercício da cidadania sãofundamentais na construção de uma sociedademais justa e em harmonia com o meio ambiente.Para isto, é urgente descobrir novas formas deorganizar as relações entre sociedade e nature-za e adquirir um novo estilo de vida que contri-buam para melhorar a qualidade de vida atra-vés da construção de um ambiente saudável, quepossa ser desfrutado por nossa geração e tam-bém pelas futuras.

Apesar do quadro ecológico ser extremamenteinquietante, cada vez mais pessoas e entidadestêm a consciência de que uma mudança é ne-cessária e possível, para isso, algumas atitudessão indispensáveis como: utilização mais racio-nal e responsável dos recursos da natureza, quenão são inesgotáveis; respeito à vida em todasas suas formas; reconstrução daquilo que foidestruído.

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Comprometidos com a proteção da vida na ter-ra, reconhecemos o papel central da EducaçãoAmbiental, do processo educativo permanentee transformador, baseado no respeito a todasas formas de vida.

A crise ecológica revela a falta de ética em nos-sos dias, uma crise de valores das relações hu-manas, e de convivência com os demais seresvivos. Daí a importância da Educação Ambientalpara a responsabilidade e o respeito à vida. Taleducação afirma valores e ações que contribu-em para a transformação humana e social e paraa preservação ecológica. Ela estimula a forma-ção de sociedades justas e ecologicamente equi-libradas, que conservam relações deinterdependência e diversidade.

A Educação Ambiental deve gerar, com urgên-cia, mudanças na qualidade de vida e maiorconsciência de conduta pessoal, bem como har-monia entre os seres humanos.

Durante uma palestra no Fórum Mundial deEducação o professor e físico ecologista, FrijofCapra comentou que o futuro da humanidadedepende da alfabetização ecológica dos sereshumanos e da nossa capacidade de conviver-mos com os princípios da ecologia.

Capra apresentou o trabalho desenvolvido noCentro de Ecoalfabetização (Califórnia – EUA),onde as crianças aprendem na prática sobre ainterdependência de todas as coisas. O métodobusca integrar os diferentes tipos de aprendiza-do, envolvendo os alunos em projetos do mun-do real, onde o todo não é compreendido atra-vés da soma das partes, mas num entendimentode que cada parte contém um todo e com ele serelaciona.

Para Capra, a adoção desse novo tipo de ensi-no, integrando os indivíduos com o meio ambi-ente, pode levá-los ao desenvolvimento de umanova geração que, consciente do seu papel ede sua integração com o meio ambiente estaráligada a uma rede sustentável.

Hoje, o ideal de sustentabilidade depende dosnossos valores e da mudança de hábitos incons-cientes para hábitos conscientes, só assim se al-cançará uma nova compreensão nas relaçõescom o meio ambiente. Novas posturas poderãosurgir através de processos educacionais queincentivem a participação dos alunos em ativi-dades práticas contínuas de conservação e re-novação do meio ambiente.

A História do Papel

O homem utilizava diversas formas para se expressar através da escrita: os esquimós utilizavamossos de baleia e dente de foca, na China escreviam-se em conchas e cascos de tartaruga. Osmateriais mais parecidos com o papel foram o papiro e o pergaminho.

O papel, como é conhecido atualmente, foi criado pelos Chineses no ano 105 a.C. O fabricodo papel daquela época era feito a partir de fibras vegetais e seda. Segundo registros existen-tes, o oficial Tsai Lun criou o processo de fabricação do papel, a partir de desperdícios detêxteis, ou seja, de trapos.

O papel é tão importante na vida do homem moderno, que fica difícil imaginar um mundo semlivros, jornais, revistas, embalagens e uma infinidade de outras coisas que são feitas com esseproduto.

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Processo de Fabricação do Papel Industrializado

O papel é produzido através do processo industrial em que se utiliza o eucalipto como matéria-prima. Para tal processo, são plantadas várias árvores de eucalipto. Após sete anos de idade, elassão derrubadas para a extração da celulose, que é elemento básico da fabricação do papel.

Todo o papel já utilizado pode ser reciclado o que é altamente favorável na questão ambiental,reduzindo consideravelmente o desmatamento nas florestas.

O Papel no Brasil

A fabricação de papel, em nosso país, surgiu na segunda metade do século XX, com tentativaspioneiras de utilização de fibras de madeiras nativas como matéria-prima para produção de celulose,mas continuou a depender basicamente da celulose importada até o início deste século. Com odesenvolvimento de empresas nacionais de grande porte, a situação mudou.

O Lixo e sua Reciclagem

A grande produção de lixo tem origem urbana,desde os primeiros núcleos organizados naMesopotâmia, quando o homem deixou de sernômade e começou a viver sedentário, produ-zindo o lixo que começou a se transformar emum problema ambiental para os centros urba-nos.

Todo material que o ser humano utiliza é depo-sitado em lixões a céu aberto, lançando assimsubstâncias tóxicas no ar, na terra e na água.Com a chuva, o lixo decomposto se infiltra nosolo e pode contaminar as reservas de água quese encontram no subsolo. Os rios subterrâneosdeságuam em rios que abastecem as cidades,poluindo suas águas.

O excesso de impurezas na água vai exigir acolocação exagerada de cloro, o que prejudicaa saúde dos habitantes. Além disso, a fumaçaprovocada pela queima do lixo gera gases tóxi-cos que misturados à atmosfera transformam-se em chuva ácida. Atualmente, as grandes ci-dades já dispõem de usinas de reciclagem dolixo reaproveitado como matéria-prima para afabricação de diversos produtos.

Nos locais onde não há processo de reciclageme reutilização de materiais descartáveis, ocorre adestruição da vegetação ao redor, do depósitode lixo, causando a proliferação de insetos eanimais nocivos à saúde humana.

Todo lixo que é produzido por nós deve sercolocado em postos de coleta no caso de se-rem recicláveis. Os que não são recicláveis de-vem ser colocados em sacos apropriados emcoletores de lixo à disposição do caminhão decoleta, nos dias e horários pré-determinados,evitando que animais destruam os sacos e su-jem as ruas e calçadas da cidade.

Todo papel que utilizamos em nosso dia-a-diapode ser reciclado, transformando-se novamen-te em papel. Há aproximadamente 20 anos éque, no Brasil, artistas plásticos vêm resgatan-do e difundindo as técnicas de produção dopapel artesanal.

Textos adaptados para fins educativos – Sites:www.soporcel.pt/html/história do papel ewww.canson.com.br/historia/historia_papel.asp. (autor des-conhecido).

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Redução, reutilização e reciclagem do lixo

Coleta Seletiva em Escolas Brasileiras

A corrida desenfreada na produção de bens deconsumo pelo ser humano, associado à escas-sez de recursos não-renováveis e contamina-ção do meio ambiente, leva-o a ser o maior pre-dador do universo.

Este problema tem proporcionado ao ser hu-mano pensar mais profundamente sobre areciclagem e reutilização de produtos que, sim-plesmente, seriam considerados lixo.

A reciclagem e a reutilização estão sendo vistascomo duas importantes alternativas para a re-dução de quantidade de lixo no presente, cri-ando com isso bons hábitos de preservação domeio ambiente. Estas práticas nos levam a eco-nomizar matéria-prima e energia.

Em países desenvolvidos, como o Japão, areciclagem e reutilização já vêm sendo incenti-vadas e realizadas há vários anos, com resulta-dos positivos.

No Brasil, já temos grupos que estão atentosaos problemas mencionados e buscando alter-nativas para resolvê-los. Indústrias nacionais esubsidiárias estrangeiras já iniciaram programasde substituição de embalagens descartáveis,dando lugar a materiais recicláveis. As prefei-turas das cidades de São Paulo, Curitiba e Sal-vador já iniciaram programas de coleta seleti-va do lixo, contando para isso, com o apoio dapopulação que já está sensível a estas ques-tões.

Os 5 REs para controle do lixo são: reduzir,reutilizar, recuperar, reciclar, repensar. Re-duzindo, reutilizando e recuperando se evitaráque maior quantidade de produtos se trans-formem em lixo. Reciclando prolonga-se a uti-lidade dos recursos naturais, além de reduziro volume de lixo. Repensando os hábitos deconsumo, as pessoas poderão controlar atoscompulsivos e muitas vezes poluentes.

1 REduzir a geração de lixo é o primeiro passo e a medida mais racional que traduz a essência daluta contra o desperdício. São inúmeros os exemplos domésticos e industriais para a minimizaçãodos resíduos, as indústrias produzindo refis e embalagens em materiais que levam menos tempo paraser decompostos (papel e plástico) e os consumidores dando preferência a produtos com este tipode embalagem.

2 REutilizar os bens de consumo significa dar uma vida mais longa aos objetos, seja aumentando asua durabilidade e reparabilidade, seja dando-lhes uma nova utilidade ou uso, muito comum entreembalagens retornáveis e refis, rascunhos, roupas, e nas oficinas educativas de Arte com Sucatas.

3 REcuperar os materiais consiste na separação de matérias primas secundárias (sucatas) para aindústria recicladora. É uma atividade geradora de inúmeros empregos, desde o catador até o indus-trial; exige tecnologias simples para o pré-processamento das sucatas. As usinas de compostagemsão unidades recuperadoras de sucatas e de matéria orgânica, presentes no lixo, muito utilizadas porprefeituras.

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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4 REciclar é devolver o material usado ao ciclo da produção, com enormes vantagens econômicase ambientais. Tanto a agricultura quanto a indústria absorvem grandes quantidades de resíduos,aliviando a “lata de lixo” das cidades.

5 REpensar os hábitos de consumo e de descarte, pois para a maior parte das pessoas estes atossão compulsivos e muitas vezes poluentes. É preciso também desmistificar a ação de jogar fora,porque na maioria dos casos o “fora” não existe; o lixo não desaparece depois da coleta e acabasendo destinado a aterros, incineradores ou usinas localizados, às vezes, próximos à nossa residên-cia. A educação ambiental é básica para que os esforços em prol de quaisquer um dos 4 REs ante-riores sejam vistos com seriedade pela população.

Três setas compõem o símbolo da Reciclagem, cada uma representa um grupo de pessoas que sãoindispensáveis para garantir que a reciclagem ocorra. A primeira seta representa os produtores, asempresas que fazem o produto. Eles vendem o produto para o consumidor, que representa a se-gunda seta. Após o produto ser usado ele pode ser reciclado. A terceira seta representa as compa-nhias de reciclagem que coletam os produtos recicláveis e, através do mercado, vendem devolta o material usado para o produtor transformá-lo em novo produto.

Texto adaptado para fins educativos – Sites: www.cempre.org.br

Transparência 1

Transparência 2

Objetivo da Vivência Pedagógica:

Refletir sobre a importância da preservação do meio ambiente, confeccionandoobjetos úteis com materiais descartáveis.

Material elaborado pela equipe PGP/LIDERE

• Preservação do meio ambiente: um exercício de cidadania.• A história do papel.• Processo de fabricação do papel.• O papel no Brasil.

Material elaborado pela equipe PGP/LIDERE

Transparências

Exposição co-participada

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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Transparência 3

Transparência 4

Transparência 5

2- Trituragem

Fonte:www.conam.gob.pe/reciclaje/aprerec2.htm

Papel Reciclado

1. Coleta seletiva

Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9268.shtml

3- Banho

Fonte:www.conam.gob.pe/reciclaje/aprerec2.htm

GERIR, Salvador, v. 10, n. 36, p. 14-45, mar./abr. 2004.

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Transparência 6

Transparência 7

Transparência 8

4- Prensagem / Secagem

Fonte:www.conam.gob.pe/reciclaje/aprerec2.htm

Os 5 REs para controle do lixo

• Reduzir• Reutilizar• Recuperar• Reciclar• Repensar

www.cempre.org.br

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Papel Machê

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Transparência 9

Atividade Prática

Objetivo: Transformar papéis usados e materiais descartáveis em papel reciclado e brinque-dos educativos.

Tempo aproximado: 85 min.

Material necessário

01 mesa; tesouras; cola branca; papéis usados; papelão não utilizado do rolo de papel higiênico; tinta guache (várias cores); pincéis; liquidificador; armações de madeira de 20 x 15 cm; 1 bacia tamanho grande; tecidos; água; balde.

Papel reciclado

Material: liquidificador doméstico; água; cola branca; papel usado; 11 pedaços de pano ab-sorvente no formato 30 x 25 cm; 2 armações de 20 x 15 cm; 2 pedaços de madeira resistentes30 x 50 cm; 1 balde tamanho médio; 1 bacia tamanho grande; água sanitária.

Reciclagem

Fonte: Clipart Microsoft Windows

Prod

utor

Coleta Seletiva

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Método

1 Coleta Seletiva Faça a coleta seletiva do papel. A cor, a textura e o estilo de papel que se quer produzir dependem do tipo de papel utilizado.

Os papéis que apresentam um melhor resultado são aqueles usados em computador, emxerox e cartolina; papel de presente e papel de caderno.

2 Trituragem Coloque os papéis selecionados no balde, cubra-os com água e deixe-os de molho por um dia. Rasgue o papel amolecido em pequenos pedaços, coloque no liqüidificador, complete com

água, 1 colher (sopa) de cola e triture até ficar pastoso. Repita este processo 5 vezes.

Observações: A trituragem consiste em quebrar as fibras, transformando o papel em polpa. A quantidade de papel e água devem ser de acordo com a capacidade do liqüidificador. Após utilizar o liqüidificador, encha o copo de água, acrescente três gotas de água sanitária,

deixe por 15 min. e enxágüe-o em água corrente. Agindo assim, o liquidificador ficará aptopara o uso doméstico.

3 O Banho Despeje o papel triturado na bacia, acrescente três vezes a mesma quantidade de água e

misture tudo. Com a tela gradeada embaixo do molde, mergulhe as armações no banho e suba-as

devagarzinho com a polpa do papel. Retire as armações do banho, coloque na posição horizontal, aguarde 5 minutos para escoar

a água e retire o molde. Despeje o conteúdo da tela no pano molhado. Coloque outro pano por cima e proceda desta

forma até completar 10 folhas de papel.

Observações1: As armações são parecidas com aquelas usadas em serigrafia. Uma das armações é coberta

com tela de nylon bem esticada e fixada com pregos, que pode ser chamada de tela grade-ada; a outra é só a armação de madeira e pode ser chamada de molde.

O nylon utilizado nas armações pode ser encontrado em lojas de caça e pesca ou de materialde construção.

4 Prensagem /Secagem Transfira o papel reciclado para cima de uma das madeiras, coloque a outra madeira e

esprema com as mãos retirando o maior volume de água possível.

Retire com cuidado as folhas de papel, uma por uma, coloque-as num varal ou num localplano e deixe-as secar ao sol ou ao vento.

1O pano mais indicado é o DRA, mas você pode usar também algum pano de fácil absorção como toalha.

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Papel Machê

Material: liquidificador doméstico, água, cola branca, rolo de papel higiênico, papel usado, reta-lhos, de tecidos, tinta guache várias cores, pincéis.

Passos para confecção do Dedoche de Papel Machê:

1 Trituragem: coloque os papéis selecionados no balde, cubra com água e deixe de molhopor um dia.

2 Rasgue o papel amolecido em pequenos pedaços e coloque-os no liquidificador, com-plete com água, 1 colher (sopa) de cola e triture até ficar pastoso. Repita este processo 5vezes.

3 Derrame a polpa num pano e esprema bem para retirar a água excedente. Misture apolpa equivalente a três copos do liquidificador e coloque farinha de trigo e mais cola branca,amassando tudo com as mãos, dosando todos os ingredientes até formar uma massa pastosaque esteja no ponto de modelagem. A farinha de trigo pode ser substituída por maisena.

4 Dobre o rolo de papelão do papel higiênico, recorte-o deixando-o com a altura de 7cm,em seguida recorte nas laterais, obtendo dois retângulos, cole cada um, separadamente, for-mando dois rolos pequenos.

5 Modele em uma das extremidades de cada rolo pequeno figuras de bichinhos, carinhasde bonecos ou personagens de histórias infantis de sua preferência e os deixe secar ao sol ouao vento.

6 Assim que os dedoches estiverem secos, pinte-os usando a sua criatividade e coloqueuma saia franzida de tecido ou kami abaixo da cabeça dos mesmos.

Sites Consultados

http://www.comofazerpapel.com.br/O site foi idealizado pela artista plástica e professora de artes Divas Buss, com o objetivo de divulgartécnicas do papel artesanal em nosso país. Ao acessa-lo, o usuário poderá conhecer a história do papel,inscrever-se em cursos, além de apreciar imagens de belíssimas obras.

http://www.papelarialuccas.com.br/Historia.htmlA Papelaria Luccas, sediada em São Paulo, disponibiliza curiosidades sobre a história do papel, serviços elinks para pesquisas mais apuradas.

http://www.ripasa.com.br/meio_ambiente.cfm?cg=EBXReciclagemReciclagem, coleta seletiva e educação ambiental são algumas das temáticas abordadas no site da empresapaulista.

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http://www.portucelsoporcel.com/pt/group/socialissues.htmlO site do Grupo europeu traz informações sobre a espécie de eucalipto e o processo industrial empregadosna produção do papel Portucel Soporcel.

http://www.canson.com.br/historia/default.aspAlém de conhecer a história da Canson, que tem suas raízes na França do século XVI, o usuário encontrarádicas sobre a utilização de papéis em trabalhos artísticos.

http://geocities.yahoo.com.br/neusacunha/papelmache.htmAlém de expor imagens de trabalhos confeccionados a partir do papel machê, a artista mineira NeusaCunha fala sobre reciclagem e indica sites de artistas nacionais e internacionais.

http://www.cempre.org.br O CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) é uma associação, que busca difundir a reciclagembaseada no gerenciamento integrado do lixo. No site, o internauta poderá encontrar biblioteca, com vastoacervo, vídeos educativos e dados sobre a reciclagem de diversos materiais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9268.shtmlO internauta encontrará no site, dentre outras coisas, notícias sobre reciclagem e orientações para reduzira produção de lixo.

http://www.conam.gob.pe/reciclaje/aprerec2.htmO site espanhol apresenta, de forma clara, como se confecciona papel reciclado. Vale a pena conhecer aproposta do Consejo Nacional del Ambiente – CONAM.

Avaliação

Atividade:Local:Data:Precisamos receber seus comentários para melhoria contínua do nosso trabalho.

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ITENS Excelente Bom Ruim Não se aplica Abertura da Vivência Pedagógica Dinâmica-Sensibilização Trabalho em equipe Condições físicas local Condições dos recursos técnicos Mediador (es) Material didático Objetivo proposto Carga horária Tema Conteúdo