CORONAVÍRUS DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE › wp-content › uploads › 2020 › 0… ·...

1
Transparência e rumo são fundamentais, diz o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre o atual cenário de crise da pandemia. Quantos crimes ele (Bolsonaro) precisará cometer para encararmos a verdade? Temos um fascista na presidência , afirma o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sobre falta de transparência do governo. Agora vai... pode acreditar , ironiza o deputado Daniel Silveira sobre a parceria inédita de veículos de imprensa por transparência. Conforme João 8;32: não basta citar, tem que praticar , aponta o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta sobre a credibilidade atual da pasta. Empresário pode ser bolsonarista até o dinheiro sair do bolso , afirma o vereador de Belo Horizonte-MG, Gabriel Azevedo, sobre Carlos Wizard. Ótima iniciativa , opina o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes sobre trabalho conjunto da imprensa. Duvido q o COVIDÃO não encontre supernotificação de mortes , afirma a deputada Carla Zambelli, lamentando que Carlos Wizard não tenha entrado oficialmente no governo. Ficou tempo o bastante para conhecermos quem é de verdade o bilionário tido como guru de tanta gente... , comenta o economista Eduardo Moreira sobre Carlos Wizard. O Ministério da Saúde virou uma esculhambação , diz o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, sobre a recontagem de mortos. CORONAVÍRUS DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, começou o mês de junho já colecionando mais polêmicas. A gestão vem trabalhando na redução do boletim diário de casos e mortes por Covid-19, apresentando-os apenas por volta das 22h, além de ter retirado os números dos acumulados no site oficial do ministério. Além disso, a gestão apresentou dados divergentes ontem e vem recebendo críticas pelo posicionamento de recontar o número de mortes pelo vírus. As ações do ministério também renderam um posicionamento contrário da Organização Mundial da Saúde, além de ter tirado o país da contagem mundial de mortes pelo vírus, realizada pela Universidade Johns Hopkins. Confira estes e outros destaques abaixo. Clique nas imagens para ir ao post. 08jun20 VP de BI e Digital Cláudia Fernandes [email protected] Diretor de BI Fernando Kadaoka [email protected] Tel.: +55 11 3147-7900 Monitoramento de Redes Sociais Leonardo Barbosa [email protected] AÇÕES DO MINISTÉRIO O Ministério da Saúde retirou do site oficial sobre a pandemia do novo coronavírus os dados acumulados sobre o número de infectados e mortos pela Covid-19. Desde a tarde do último sábado (6), o portal exibe apenas os resultados das últimas 24 horas. A página de web chegou a ficar fora do ar para que ocorresse a mudança, o que levou a ação aos Trends Topics Brasil do Twitter . A mudança segue o mesmo protocolo que foi adotado para o boletim diário de divulgação. O documento, que trazia a atualização das últimas 24 horas e os números consolidados, foi divulgado na sexta (5) com menos informações. A decisão foi apontada como uma forma para não houvesse destaque aos números negativos, principalmente no Jornal Nacional, da TV Globo. No entanto, Willian Bonner interrompeu a novela das nove e fez um plantão com os dados do ministério. O plantão também chegou aos Trends Topics Brasil do Twitter, na sexta, sendo o grande assunto de destaque na noite. As ações do governo brasileiro coloca o país ao lado da Venezuela e da Coreia do Norte, na gestão da transparência das estatísticas da pandemia. Nos comentários, diversas críticas com comparações de que o governo brasileiro age como países que vivem uma ditadura. Bolsonaristas demonstram apoio à nova forma de exibição. REDUÇÃO DO BOLETIM DIÁRIO E RETIRADA DOS ACUMULADOS Reações de internautas O Ministério da Saúde divulgou, ontem (7) e sem explicações, dados diferentes sobre a quantidade de mortos e infectados por Covid-19. O primeiro balanço do ministério apontava para 1.382 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 37.312. O segundo, no entanto, divulgado no painel oficial do ministério que acompanha a evolução da doença, informava 525 óbitos, somando 36.455 mortes desde o início da pandemia no Brasil. A diferença na apuração das mortes das últimas 24 horas entre os dois balanços é de 857 pessoas. DADOS DIVERGENTES Destacam-se falas de quem defende que os dados são realmente inflados e falsos, pois “ninguém morre de outra coisa no país”. Críticas também podem ser vistas. Reações de internautas O Ministério da Saúde relatou que irá recontar o número de mortos no Brasil vítimas da Covid-19 e revoltou os secretários de Saúde do país, no sábado (6). Segundo o então futuro secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Carlos Wizard, os dados atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”. Wizard afirmou que o número de mortos estaria inflado. Ele desconsiderou, no entanto, que o próprio Ministério da Saúde já admitiu que há um grande número de subnotificações. Após essa polêmica, Carlos Wizard informou ontem (7) que não vai mais colaborar com o Ministério da Saúde. Nas últimas semanas, Wizard vinha participando de reuniões na pasta sobre a pandemia do coronavírus, mas não chegou a ter o futuro cargo confirmado no Diário Oficial da União. RECONTAGEM DE MORTOS Nos comentários, usuários falam de tentativa de maquiar números e ironizam a saída de Carlos Wizard. Reações de internautas Por falta de transparência, a Universidade Johns Hopkins, que compila dados de todo o planeta para fazer a contabilidade do número de mortos por Covid-19, decidiu não mais colocar os valores do país. A universidade afirmou que a decisão se devia a “suspensão temporária do ministério da Saúde brasileiro de divulgar os dados sobre a Covid-19”. “Quando os dados se tornarem disponíveis novamente, vamos corrigir”, diz a nota. Brasil fora de contagem mundial CONSEQUÊNCIAS O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, destacou hoje (8) a necessidade de transparência sobre os dados da pandemia de Covid-19 no Brasil. Ryan respondeu a uma pergunta feita durante coletiva em Genebra sobre os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. O diretor de emergências disse esperar que o Brasil continue a relatar “números importantes”, como os casos e as mortes diárias, e divulgue essa informação de forma desagregada (por exemplo, por estado). Crítica da OMS Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. Em uma iniciativa inédita, equipes de todos os veículos vão dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pelo novo coronavírus, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para a Covid-19. O balanço diário será fechado às 20h. Imprensa se une por transparência Os secretários de saúde lançaram ontem (7) um painel de acompanhamento dos dados do novo coronavírus. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, prometeram atualizar diariamente o número de infectados e de mortos no Brasil. O Painel Conass traz, então, o número de casos e de mortes confirmadas pelas secretarias de saúde nas últimas 24 horas e o total de pacientes e óbitos acumulados desde o início da pandemia. Secretários de saúde lançam painel REAÇÕES DE INFLUENCIADORES

Transcript of CORONAVÍRUS DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE › wp-content › uploads › 2020 › 0… ·...

Page 1: CORONAVÍRUS DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE › wp-content › uploads › 2020 › 0… · Monitoramento de Redes Sociais Leonardo Barbosa leonardo.barbosa@maquinacohnwolfe.com AÇÕES

“ ”Transparência e rumo são fundamentais, diz o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre o atual cenário de crise da pandemia.

Quantos crimes ele (Bolsonaro) precisará cometer para encararmos a verdade? Temos um fascista na presidência , afirma o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sobre falta de transparência do governo.

“ ”Agora vai... pode acreditar , ironiza o deputado Daniel Silveira sobre a parceria inédita de veículos de imprensa por transparência.

“ ”Conforme João 8;32: não basta citar, tem que praticar , aponta o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta sobre a credibilidade atual da pasta.

“ ”Empresário pode ser bolsonarista até o dinheiro sair do bolso , afirma o vereador de Belo Horizonte-MG, Gabriel Azevedo, sobre Carlos Wizard.

“ ”Ótima iniciativa , opina o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes sobre trabalho conjunto da imprensa.

“ ”Duvido q o COVIDÃO não encontre supernotificação de mortes , afirma a deputada Carla Zambelli, lamentando que Carlos Wizard não tenha entrado oficialmente no governo.

“”

Ficou tempo o bastante para conhecermos quem é de verdade o bilionário tido como guru de tanta gente... , comenta o economista Eduardo Moreira sobre Carlos Wizard.

“ ”O Ministério da Saúde virou uma esculhambação , diz o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, sobre a recontagem de mortos.

CORONAVÍRUS DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, começou o mês de junho já colecionando mais polêmicas. A gestão vem trabalhando na redução do boletim diário de casos e mortes por Covid-19, apresentando-os apenas por volta das 22h, além de ter retirado os números dos acumulados no site

oficial do ministério. Além disso, a gestão apresentou dados divergentes ontem e vem recebendo críticas pelo posicionamento de recontar o número de mortes pelo vírus. As ações do ministério

também renderam um posicionamento contrário da Organização Mundial da Saúde, além de ter tirado o país da contagem mundial de mortes pelo vírus, realizada pela Universidade Johns Hopkins. Confira

estes e outros destaques abaixo. Clique nas imagens para ir ao post.

08ju

n20

VP de BI e DigitalCláudia [email protected]

Diretor de BIFernando [email protected]

Tel.: +55 11 3147-7900Monitoramento de Redes SociaisLeonardo [email protected]

AÇÕES DO MINISTÉRIO

O Ministério da Saúde retirou do site oficial sobre a pandemia do novo coronavírus os dados acumulados sobre o número de infectados e mortos pela Covid-19. Desde a tarde do último sábado (6), o portal exibe apenas os resultados das últimas 24 horas. A página de web chegou a ficar fora do ar para que ocorresse a mudança, o que levou a ação aos Trends Topics Brasil do Twitter.

A mudança segue o mesmo protocolo que foi adotado para o boletim diário de divulgação. O documento, que trazia a atualização das últimas 24 horas e os números consolidados, foi divulgado na sexta (5) com menos informações. A decisão foi apontada como uma forma para não houvesse destaque aos números negativos, principalmente no Jornal Nacional, da TV Globo. No entanto, Willian Bonner interrompeu a novela das nove e fez um plantão com os dados do ministério. O plantão também chegou aos Trends Topics Brasil do Twitter, na sexta, sendo o grande assunto de destaque na noite.

As ações do governo brasileiro coloca o país ao lado da Venezuela e da Coreia do Norte, na gestão da transparência das estatísticas da pandemia.

Nos comentários, diversas críticas com comparações de que o governo brasileiro age como países que vivem uma ditadura. Bolsonaristas demonstram apoio à nova forma de exibição.

REDUÇÃO DO BOLETIM DIÁRIO E RETIRADA DOS ACUMULADOS

Reações de internautas

O Ministério da Saúde divulgou, ontem (7) e sem explicações, dados diferentes sobre a quantidade de mortos e infectados por Covid-19. O primeiro balanço do ministério apontava para 1.382 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 37.312. O segundo, no entanto, divulgado no painel oficial do ministério que acompanha a evolução da doença, informava 525 óbitos, somando 36.455 mortes desde o início da pandemia no Brasil. A diferença na apuração das mortes das últimas 24 horas entre os dois balanços é de 857 pessoas.

DADOS DIVERGENTES

Destacam-se falas de quem defende que os dados são realmente inflados e falsos, pois “ninguém morre de outra coisa no país”. Críticas também podem ser vistas.

Reações de internautas

O Ministério da Saúde relatou que irá recontar o número de mortos no Brasil vítimas da Covid-19 e revoltou os secretários de Saúde do país, no sábado (6). Segundo o então futuro secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Carlos Wizard, os dados atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”. Wizard afirmou que o número de mortos estaria inflado. Ele desconsiderou, no entanto, que o próprio Ministério da Saúde já admitiu que há um grande número de subnotificações.

Após essa polêmica, Carlos Wizard informou ontem (7) que não vai mais colaborar com o Ministério da Saúde. Nas últimas semanas, Wizard vinha participando de reuniões na pasta sobre a pandemia do coronavírus, mas não chegou a ter o futuro cargo confirmado no Diário Oficial da União.

RECONTAGEM DE MORTOS

Nos comentários, usuários falam de tentativa de maquiar números e ironizam a saída de Carlos Wizard.

Reações de internautas

Por falta de transparência, a Universidade Johns Hopkins, que compila dados de todo o planeta para fazer a contabilidade do número de mortos por Covid-19, decidiu não mais colocar os valores do país. A universidade afirmou que a decisão se devia a “suspensão temporária do ministério da Saúde brasileiro de divulgar os dados sobre a Covid-19”. “Quando os dados se tornarem disponíveis novamente, vamos corrigir”, diz a nota.

Brasil fora de contagem mundial

CONSEQUÊNCIAS

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, destacou hoje (8) a necessidade de transparência sobre os dados da pandemia de Covid-19 no Brasil. Ryan respondeu a uma pergunta feita durante coletiva em Genebra sobre os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. O diretor de emergências disse esperar que o Brasil continue a relatar “números importantes”, como os casos e as mortes diárias, e divulgue essa informação de forma desagregada (por exemplo, por estado).

Crítica da OMS

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

Em uma iniciativa inédita, equipes de todos os veículos vão dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pelo novo coronavírus, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para a Covid-19. O balanço diário será fechado às 20h.

Imprensa se une por transparência

Os secretários de saúde lançaram ontem (7) um painel de acompanhamento dos dados do novo coronavírus. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, prometeram atualizar diariamente o número de infectados e de mortos no Brasil. O Painel Conass traz, então, o número de casos e de mortes confirmadas pelas secretarias de saúde nas últimas 24 horas e o total de pacientes e óbitos acumulados desde o início da pandemia.

Secretários de saúde lançam painel

REAÇÕES DE INFLUENCIADORES