CORREIO DE CASCAIS ED47

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Jornal Quinzenal do Concelho de Cascais Diretora: Graça Tracana N.º 47 7 a 21 dezembro PUB Alcabideche OP Cascais 2011 Carcavelos Reportagem sobre o Moinho de armação, único no país em funcio- namento que acolhe várias visitas guiadas e workshops de pão. Conheça as ideias vencedoras do primeiro Orçamento Participativo que reuniu quase sete mil votos e vai realizar 12 projetos. O Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos realiza, todas as quartas feiras, a Feira do Vende Tudo, iniciativa inédita de sucesso. JF SÃO DOMINGOS DE RANA p. 6 p.13 PUB Estoril Entrevista ao pintor e escultor plástico Paulo Galrão de Almeida. Nome impar no movimento artísti- co contemporâneo. São Domingos de Rana PUB p.7-11 p. 5 p. 3

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Jornal Correio de Cascais ed 47

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Jornal Quinzenal do Concelhode Cascais

Diretora:Graça Tracana

N.º 477 a 21 dezembro

PUB

Alcabideche OP Cascais 2011 CarcavelosReportagem sobre o Moinho de armação, único no país em funcio-namento que acolhe várias visitas guiadas e workshops de pão.

Conheça as ideias vencedoras do primeiro Orçamento Participativo que reuniu quase sete mil votos e vai realizar 12 projetos.

O Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos realiza, todas as quartas feiras, a Feira do Vende Tudo, iniciativa inédita de sucesso.

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• p. 6 • p.13

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EstorilEntrevista ao pintor e escultor plástico Paulo Galrão de Almeida. Nome impar no movimento artísti-co contemporâneo.

São Domingos de Rana

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• p.7-11

• p. 5• p. 3

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2 • 7 a 21 dezembro 2011 Atualidade

editorial

O ano aproxima do fim. Os prognós-ticos para 2012 não são animado-res. As dificuldades que já se

fazem sentir em muitos lares cascalenses vão atenuar-se a cada mês do próximo ano. Há momentos em que pensamos deixar tudo e sair, fugir, refugiarmo-nos dos nossos problemas e receios. Mesmo nos dias mais difíceis é fundamental que não nos deixemos contagiar com o pessimismo e negativismo. Não podemos deixar de olhar para o nosso lado e ver o próximo. Uma das melhores formas de exorcizar os problemas que nos tiram o sono e a paz de espírito é, sem dúvida, ajudando o próximo. E porque ajudar é fácil e não custa, nesta quadra natalícia de austeridade e dificuldades, o jornal Correio de Cascais deixa um apelo a todos os seus queridos leitores, anunciantes e amigos: sejam solidários! Colabore com quem mais precisa e partilhe um pouco do que tem para que todos possamos ter um pouco mais. São inúmeras as instituições laicas e religiosas que aceitam a sua colaboração, são imensas as famílias que precisam de ajuda, comida, roupa, bens de primeira necessidade… mas guarde este conselho para 2012 porque não há fome só em dezembro… Boas festas! •

Seja solidárioSugestão Cultural 8 DE DEZEMBRO Espetáculo infantil -A árvore que não era de NatalCentro Cultural de Cascais, às 11h, 16h e 18h009 e 17 de dezembroNo Mundo da Lua, Centro de Artes, por marcaçãoTambém disponível para grupos e escolas, de 2ª a 6ª feira às 10h30 e às 14h30. Bilhetes: Adultos – cinco euros, 1 adulto + 1 criança – oito euros, Menor de 16 anos ou maior de 65 anos – quatro euros, Grupos de mais de 15 elementos – três euros.

8 DEZEMBRORogério Charraz “A Chave”Teatro Confluência, 22h00.

15 DEZEMBROOlga Prats “Fados & Tangos” ao piano Olga Prats Teatro Confluência, 22h00.

ATÉ 18 DEZEMBROAmor intemporalTeatro Confluência, Sextas, sábados e domingos às 21h30.

ATÉ 8 JANEIROExposição: Pablo Picasso – Le Carnet de “La Californie”Centro Cultural de Cascais, terça-feira a domingo das 10h às 18h00.

ATÉ 26 FEVEREIRO Exposição “Jogo da Glória - O século XX malvisto pelo desenho de humor”Museu da CidadelaEntrada: 2,5 euros (1,25 euros para estudantes e seniores), Exposição + Visita ao Palácio da Cidadela: 5 euros (3,5 euros para estudantes e seniores).

FICHA TÉCNICA

Diretora: Graça Tracana

E-mail: [email protected]

Redação: Sofia Filipe e Verónica Ferreira.

E-mail: [email protected]

Colaboradores: Luís Henrique.

Fotografia: Sofia Filipe, Verónica Ferreira.

Conceção Gráfica: Rita Fialho e Vera Tracana.

Diretor Comercial: Joaquim Santos.

Equipa Comercial: Carlos Ferreira, Luís Sabido, Paula Vidal e Ramiro Farrolas.

Serviços Administrativos: Alexandra Dias.

Morada: Avenida Dos Bombeiros Voluntários N.º19, Loja 1

2725-592 Mem Martins

Tlf: 21 920 55 25 / 21 920 53 29

E-mail: [email protected]

Blog: www.correiodecascais.blogspot.com

Periodicidade: quinzenal; Tiragem média: 35000

Propriedade: Lançar Ideias, Lda.; NIF: 507922093

Registo da ERC N.º: 125634

Depósito Legal: 277926/08

Impressão: Gráfica Funchalense

INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS, IMAGENS E ANÚNCIOS DE PUBLICIDADE SEM O DEVIDO CONSENTIMENTO DA DIREÇÃO DO JORNAL

AS NOTÍCIAS DESTE JORNAL FORAM REDIGIDAS AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.

10.º Aniversário dos lares de acolhimento

FUNdAçãO “O SéCUlO”

A “Casa do Mar” e a “Casa das Con-chas” celebraram dez anos de actividade com as crianças e jo-

vens da Fundação “O Século”. No decor-rer desta primeira, estes lares de acolhi-mento já receberam 85 utentes.

No dia 27 de Novembro, mais de uma cen-tena e meia de pessoas entre crianças e jovens residentes, ex-residentes, familiares e amigos celebraram a efeméride. O ambiente de conví-vio, alegria e muita cumplicidade não passou despercebido a nenhum dos presentes. O jantar, em regime de buffet, deu início à noite que reserva muitas surpresas e emoções. No final, e antes do bolo de aniversário, foi exibida uma compilação de imagens e vídeos que re-tratam os dez anos passados. O regozijo das crianças e jovens estavam estampado nos rostos e olhares emocionados.

Dez anos de histórias, sorrisos e futuro

A Casa do Mar e a Casa das Conchas re-cebem crianças e jovens dos 6 aos 21 anos, que, por viverem em situação de perigo, foram retiradas por ordem judicial do seu ambiente familiar. A vida nos lares dá-lhes a oportunida-de de delinear um projecto de vida que garan-ta os seus direitos e a possibilidade de partici-par em experiencias novas gratificantes. lúcia Teixeira, ex-residente de 20 anos, é um dos exemplos de sucesso educativo. A jovem viveu

cerca de sete anos na Casa do Mar. Hoje, adulta, tem uma vida independente da institui-ção. é administrativa no Exercito Português e garante que o seu presente foi consequência de tudo o que aprendeu na instituição. «Se não tivesse passado pela Casa do Mar não era o que sou hoje. Tenho a certeza que se tivesse com os meus pais, não tinha conseguido», afirmou acrescentando que não esquece os momentos divertidos e os amigos que fez na instituição. «Sempre que posso vou visitá-los. Tudo o que lá vivi, foi uma experiencia brutal e cresci bastante como pessoa», concluiu. Vitó-ria (nome fictício*) é outro caso de sucesso. Institucionalizada desde muito cedo, está na Casa do Mar já dez anos. «Como estou desde inicio, vejo que evolui bastante e com a insti-tuição. Hoje já estou na faculdade, em direito, e no futuro gostava de seguir algo ligado à comunicação social», revelou. Sobre o aniver-sário dos lares de acolhimento, a jovem consi-dera que «este foi o melhor porque juntámos os dois lares, foi uma grande ideia». Questio-nada sobre qual o melhor aspecto da Casa do Mar, Vitória destaca a educação. «Em termos de escola, é o melhor que existe, a relação com todo o pessoal é óptima. São mais que os nossos pais, são a nossa família», disse agra-decendo à instituição por todo o apoio e cari-nho que sempre lhe deram. * A identidade da jovem foi ocultada por questões de segurança, privacidade e integridade física e moral.

• VERÓNICA FERREIRA

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Jornal Quinzenal • 3Concelho

Manter viva a história

CIClO dO PãO

O único moinho de armação do país entra em funcionamento três vezes por semana e quem

o visita participa na confeção de pão. No dia 22 de dezembro vão ser confe-cionados biscoitos natalícios.

Na Praceta do Moinho, em Alcabideche, o aroma a lenha no forno não engana. é quarta-feira, um dos dias da semana em que o Moinho de Armação – Tipo Americano é posto a funcionar, graças à ação «O Ciclo do Pão», que se desenrola em três etapas. Primeiro, na área da exposição permanente, os visitantes ficam a conhecer a história da molinologia do concelho e, mais especifica-mente, deste moinho que é o único ativo no país. Prossegue com a visita ao moinho e culmina com o ateliê do pão. de acordo com António Paraíso Nunes, responsável pelo Pólo Museológico do Moinho de Armação, «é um legado histórico muito importante que não pode ser desperdiçado. Quando vêm grupos de crianças, ao darmos a conhecer, valorizamos o património. Já os mais velhos têm aqui a oportunidade de recordar o seu passado». Foi o que aconteceu durante a visita de um grupo de utentes do Clube Sénior e da Residência Sénior da delegação da Costa do Estoril da Cruz Vermelha Por-tuguesa.

As atenções eram redobradas enquanto António Paraíso Nunes narrava a história dos moinhos. E quando houve espaço para questões, surgiram afirmações e lembranças de como era antigamente. «Organizámos esta visita no sentido de responder a suges-tões indicadas pelos nossos utentes. Eles próprios sugeriram, após terem visto na agenda cultural que decorria esta iniciativa aqui», comentou leonor Martinho, fisiotera-

peuta da Cruz Vermelha. «Também é uma forma de os motivar. A maioria é da zona e é com alegria que se lembram de episódios da juventude», completou Thaiana Barbosa, educadora social da Cruz Vermelha. Para Joaquim Castela Esteves, que vive na Resi-dência Sénior, foi um regresso ao passado. «Estou a gostar imenso e faz-me lembrar as férias que passava no Sobral de Monte Agraço na meninice», contou. Também para Conceição Figueiredo, que frequenta o Clu-be Sénior, foi uma volta aos tempos antigos. «O meu avô tinha uma casa numa aldeia perto do Fundão e havia lá um moinho igual. As minhas tias faziam pão», disse ainda com as mãos com massa. Pois é, são os próprios visitantes que depois de verem o moinho por dentro amassam e dão forma ao pão, que depois lhes é oferecido. «Neste espaço re-

cebemos muitos grupos de escolas e de idosos, mas também famílias ou pessoas individualmente. Já temos muitas inscrições para o dia 22 de dezembro, em que vão ser confecionados biscoitos típicos de Natal», revelou António Paraíso Nunes.

• SOFIA FIlIPE

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4 • 7 a 21 dezembro 2011 Cultura

A primeira edição do Restau-rant Week em Cascais decor-reu entre os dias 3 e 13 de

novembro em 31 restaurantes de cinco das seis freguesias do conce-lho. O Correio de Cascais foi ouvir algumas opiniões sobre o evento.

No restaurante Inevitável Steak lounge, do Vila Galé Estoril, os dez dias do Restaurant Week foram um sucesso conforme nos des-creveu a diretora, Sara Palhota. «Os dias que antecederam o evento e durante o mesmo, a restaurante ganhou uma dinâmica e procu-ra invulgar nos tempos de crise que assolam a restauração», revelou a responsável. Apesar do aumento de movimento, passado o perí-odo do evento o Inevitável Steak lounge voltou ao seu ritmo normal. Este facto é curioso visto que os preços praticados pelo Restaurant Week não são muito diferentes dos mínimos do restaurante do Vila Galé Estoril. A ementa praticada neste espaço foi especialmente concebida para o efeito. Ago-ra, os clientes podem saborear sugestões

originais e de excelência como queijo de cabra grelhado com banana e mel Casa

Santa Vitória, bife (lombo ou vazia) grelhado com azeite Casa Santa Vitória e alho e, para terminar, fondant de chocolate com gelado de baunilha. desta primeira edição, a direto-ra do espaço do Estoril só tem a considerar que toda a organização e divulgação do evento foram realizadas com pouco tempo de antecedência e, talvez por isso, o Restau-rante Week não teve ainda mais participantes. O Inevitável Steak lounge serviu 80 refeições durante os dez dias do evento.

Há aspetos a melhorarFomos saber a opinião de alguns clientes

do Restaurant Week que procuraram o Mar do Guincho. Maria de Almeida considerou a ementa estava deliciosa mas frisou que o excesso de procura de pessoas e convidados da iniciativa da Fundação Cascais e da Câ-mara Municipal causou alguma desordem e má gestão. «Não foi fácil realizar a reserva e no final do jantar houve alguns mal entendi-dos entre convidados munidos de voucher e a gerência do restaurante. Acho que no fun-do tudo não passou de uma falha de comu-

nicação entre a organização e os restaurantes aderentes. Apesar desse incidente, esta foi uma iniciativa muito boa para a restauração de Cascais e espero que continue nos pró-ximos anos», disse. Também Sara Palhota referiu a questão dos vouchers. «A organiza-ção enviou-nos um email que alertava para algumas tentativas de fraude decorrente desses vouchers. Acho que essa situação devia ter sido prevista e encontrada uma solução preventiva. Felizmente no Vila Galé Estoril não tivemos nenhum problema des-ses, mas sei que aconteceu».

Verba angariada para duas instituições

A Crescer Ser e a Mulheres de Vermelho vão receber o montante solidário retirado da iniciativa. Até ao fecho desta edição ainda não tinha sido divulgado o valor em causa pelo que reportamos para o próximo número uma reportagem mais alargada sobre as entidades beneficiadoras e o rescaldo eco-nómico do Restaurant Week Cascais.

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CASCAIS RESTAURANT WEEk

Um sucesso a repetir

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Prato Queijo, mel e nozes é uma das sugestões de sobremesa do Inevitavél Steak Lounge, Estoril.

Breves cultura

Mais de meio século encerrado, o público pode visitar a edifício, a Capela de Nossa Senhora da Vitória e dos espaços exterio-res. O projeto de reabilitação, da autoria do arquiteto Pedro Vaz, procurou o ponto de equilíbrio entre o respeito pela arquitetura e materiais da época e as necessidades de conforto. Até dia 26 de fevereiro está patente a mostra Jogo da Glória – o Século XX Malvisto pelo

Palácio da Cidadela de Cascais já pode ser visitado

Os munícipes podem, pelo quarto ano consecutivo, estacionar gratuitamente junto do comércio tradicional do Estoril,

Dezembro: Estacionamento gratui-to aos fins de semana e feriados

Estão abertas as inscrições para a 4.ª edição do ArteMar Estoril, promovido pela CMC em conjunto com a Fundação D. Luís I e a Cascais Atlântico. Os interessados em participar devem entregar as candidaturas por via eletrónica para o email [email protected], até às 24 horas do dia 1 de março de 2012. A ficha de inscrição está disponível em www.cascaisatlantico.org bem como as regras de candidatura.

Artemar Estoril 2012: candidatu-ras abertas

desenho de Humor. A visita ao palácio e à exposição tem um custo de quatro euros. E a partir de 10 de dezembro vão estar disponíveis roteiros temáticos organizados conjuntamente pela CMC e pela Presidência da República.

Parede, Carcavelos, Cascais e São Domingos de Rana. Esta medida abrange os parques tutelados pela Gisparques no concelho de Cascais. O comércio (exceto restauração e bebi-das) está, ainda, autorizado a alargar horários entre os dias 28 de novembro a 31 de dezembro até às 22h durante todos os dias da semana incluindo sábados, domingos e feriados. Esta iniciativa visa promover o comércio tradicional, favorecendo a aproximação do público durante a quadra festiva do Natal.

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Jornal Quinzenal • 5

Cidadão do mundo, nascido em África, cresceu e viveu na Europa, dividido entre

Portugal e a Bélgica onde foi pro-fessor na Escola Europeia até o ano passado e artista da Academia de Geel.

Agora em Portugal, Paulo Galrão de Al-meida garante que veio para ficar e revolu-cionar o pensamento artístico dos jovens e cidadãos. «Sempre tive a certeza de que a minha ida para a Bélgica não era o meu fim. Há aspetos na cultura portuguesa e em Por-tugal que sempre valorizei, apesar de não ser nacionalista, mas tenho em grande conside-ração aquilo que nos identifica, caracteriza e diferencia», disse. As obras do pintor surgem espontaneamente e muitas vezes em sobres-salto durante o sono, que é interrompido pelo impulso artístico. «Acordo muitas vezes e tenho de ir pintar ou esculpir. Fico acordado noites a fio até que a obra fique completa. São impulsos que não sei explicar nem con-trolar», salientou.

Pinta a raiz do serAs pedras típicas da calçada portuguesa

são figuras presentes em todas as suas obras. «Todos nós em criança, agarramos numa pedra para atirarmos, guardarmos, vermos brincarmos. Mesmo em adulto, mui-tos guarda pedras com os mais diversos significados. Para mim, as pedras são a fundação do mundo e do ser humano. São intemporais. São raízes do ser numa perspe-tiva metafísica e, de certa forma, poética»,

explicou. Pintura abstrata, desconcertante e intrigante. Os trabalhos de Paulo Galrão de Almeida inserem-se na contemporaneidade do movimento artístico CoBrA – movimento artístico da vanguarda europeia, influenciado pela arte popular nórdica, expressionismo e surrealismo, entre 1949 e 1952 no qual se inserem artistas que cultivam a pintura, a música e a poesia. Atualmente, o artista está a desenvolver um trabalho com os alunos da escola secundária da Cidadela, em Cascais. Mais do que ensinar os jovens a pintar, Pau-lo Galrão de Almeida quer agitar consciências e despertar o animal artístico que existe dentro de cada aluno. «Há quem pinte bem e não sabia desenhar e quem seja ótimo a desenhar mas não tenha técnica de pintura. O que quero é ajudá-los na procura da sua capacidade artística individual e dar um sal-to qualitativo na oferta artística de Cascais», disse. Pintura abstrata que, segundos os peritos da academia de Geel, usa a técnica primitiva dos flamengos na sobreposição de camadas de óleo e tons. «Sempre vivi rode-ado de muitas pessoas, nacionalidades e culturas. Quando pinto, represento essa rede através das pedras cuja figura projeta a ima-ginação para além da imagem.

Falta visão culturalPaulo Galrão de Almeida é uma pessoa

dinâmica, com iniciativa e vontade de criar, inovar. O trabalho artístico que tem vindo a desenvolver em Portugal já ultrapassa as oito dezenas de telas mais as esculturas e as obras gigantes que tem em casa. Mas não é o seu trabalho que quer ver exposto. Tem

como ambição e objetivo a abertura de um espaço/galeria que permita a difusão de os bons e jovens artistas em paralelo com mos-tras de grandes nomes da atualidade artísti-ca europeia e mundial. O projeto já foi apre-sentado às entidades competentes do con-celho mas, até à data, ainda não deu frutos. «Cascais tem travado todas as minhas ini-ciativas. Não quero entrar em confronto com a Câmara Municipal mas quando um cidadão tem uma iniciativa e leva a ideia à autarquia, vê imensos entraves que condicionam a sua realização», desabafou o artista salientado que reconhece que o concelho tem potencial e valor mas a iniciativa é «muito dirigida» o que limita a divulgação dos artistas.

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A Quinta da Magnólia lançou o FINS Concept, um conceito diferen-te e arrojado que pretende desafiar o publico português a (re)descobrir a comida através da experiência direta da autoria de Steven Snow, conceituado chef australiano.

Paulo Côrte-Real, chef cascalense e res-ponsável pela FINS Club em Portugal, vê agora realizado um sonho antigo. FINS é um restaurante australiano cujo conceito procura retirar do mar a excelência das melhores es-pécies. Steve Snow encontrou características singulares na nossa costa e em Côrte-Real um aliado. «Esta é a concretização de um sonho. Queria muito desenvolver este tipo de oferta que não se encontra em Portugal», disse. À base de peixe e mariscos, as suges-tões prometem surpreender os mais céticos pelo paladar requintado e saudável cuja con-ceção parece simples mas envolve muita técnica, conhecimento, texturas e sabores.

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ENTREVISTA A PAUlO GAlRãO dE AlMEIdA FINS ClUB NA MAlVEIRA dA SERRA

Um artista singular: espontaneidade dá forma à arte

Inovar na cozinha

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Cultura

O padrão das pedras da calçada portuguesa são a imagem de marca dos trabalhos de Paulo Galrão de Almeida. Paulo Côrte-Real e Steven Snow na cozinha do FINS Club by Quinta Magnólia.

PERFIL

Nome: Paulo Galrão de Almeida.

Data nascimento: 4 agosto 1955.

Naturalidade: Congo Belga.

Vive: São João do Estoril desde 2010.

Licenciatura: terapia da fala.

Profissão: pintor, escultor e terapeuta.

Cidade preferida: Lisboa e Paris.

Cultura favorita: portuguesa e fran-cesa.

Local de férias: África.

Bebida: vinho tinto de conceção tradi-cional.

Comida: gastronomia portuguesa.

Hobbies: andar e ouvir musica.

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IVO

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Concelho

ORçAMENTO PARTICIPATIVO

2,1 ME para 12 projetos

Este foi a primeira vez que a Câmara Municipal de Cascais

realizou um orçamento participati-

vo. A iniciativa foi aplaudida por todos e vai concretizar 12 dos 30 projetos que foram a votação.

durante cerca de um mês, os munícipes das seis freguesias cascalenses votaram nos projetos resultantes das sessões de discus-são do orçamento participativo (OP). Inicial-mente, estava prevista a concretização de seis projetos num valor total de 1,5 milhões de euros. A forte adesão da população, levou a autarquia a alargar a fasquia atribuída ao OP para 30 por cento do orçamento autárqui-co. Assim, são 12 os projetos a concretizar até 2013 no total de 2,1 milhões de euros. Na sessão de encerramento do OP, Carlos Car-reiras deixou a garantia que existem projetos que, por questões burocráticas, não podia ser considerados e outros que, no desenrolar da execução orçamental, poderão ser concreti-zados ainda que não sejam já admitidos.

Modelo inédito foi um sucessoCascais apresenta, imediatamente a lisboa,

o OP com maior verba atribuída cujo valor per capita é maior a nível nacional. Também de

revelo são os dados que dizem respeito à ade-são da população. Cascais foi o concelho cuja experiencia teve mais participações na primei-ra edição do OP. Outro aspeto de distinção está na metodologia aplicada. O OP foi discutido, avaliado, decido e votado exclusivamente por cidadãos cascalenses. A autarquia não interveio em nenhuma das etapas. Na cerimónia de encerramento do OP, decorrida a dia 26, o concelho fez-se representar pelos vários inter-venientes dos projetos apresentados. No final, quando já eram conhecidos os projetos vence-dores, todos aplaudiram a atitude da Câmara Municipal e salvaguardaram a importância deste tipo de iniciativas para incrementar o envolvimento da população nos projetos e nas finanças públicas da autarquia. Cada projeto recebeu um presente simbólico para a inaugu-ração da obra: uma garrafa de espumante, uma fita vermelha e uma tesoura. Os projetos serão realizados no correr do próximo ano e 2013.

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O OP Cascais contou com a votação de 6903 pessoas.

1. Projeto 14 (Requalificação do largo de

São Brás e passeios - Rua da Areia) locali-

dade: Areia; Freguesia: Cascais; Proponen-

tes: luís Miguel Oliveira; Mariana lemos;

Monitor do Projeto: luís Miguel Oliveira

2. Projeto 19 (Parque das Gerações - São

João do Estoril) localidade: São João do

Estoril; Freguesia: Estoril; Proponente: Pe-

dro Coriel; Monitor do Projeto: Pedro Coriel

3. Projeto 8 (Construção de espaço poliva-

lente na Escola Básica 1º ciclo Parede 2

(EB1-P2) localidade: Parede; Freguesia:

Parede; Proponentes: Sofia Caetano; Mário

Barata; Monitor do Projeto: Sofia Caetano

4. Projeto 20 (Praça da Carreira) localidade:

São João do Estoril; Freguesia: São João

do Estoril; Proponentes: Carlos Guimarães;

Manuel Coelho de Paula; Marguerita Harris de

Pina; Manuel José Pinto Ayres; Monitor do

Projeto: Carlos Guimarães

5. Projeto 16 (Preservação do espaço natu-

ral da Areia, área adjacente do PN e arranjo

caminhos rurais) localidade: Areia; Fregue-

sia: Cascais; Proponentes: Maya Mor; Antó-

nio Muñoz; João Pedro Cardoso; Monitor do

Projeto: Maya Mor

6. Projeto 15 (Crianças à Sombra) localida-

de: Cascais; Freguesia: Cascais; Proponen-

tes: Vanessa Pereira; João Pedro Pereira;

Monitor do Projeto: Vanessa Pereira

7. Projeto 5 (Centro Cultural aberto à noite)

localidade: Parede; Freguesia: Parede;

Proponente: Sara Ruas; Monitor do Projeto:

Sara Ruas

8. Projeto 28 (Parque Infantil Inclusivo - Bair-

ro do Navegador) localidade: Fontainhas;

Freguesia: Cascais; Proponentes: Gonçalo

Andrade; Júlio Marques; Monitor do Projeto:

Gonçalo Andrade

9. Projeto 26 (Criação de zona coberta mul-

tiusos na Associação Jerónimo Usera) loca-

lidade: Abuxarda; Freguesia: Alcabideche;

Proponentes: Rita Carvalho; António Cristó-

vão; david Pinto; Monitor do Projeto: Rita

Carvalho

10. Projeto 29 (Requalificação dos terrenos

abandonados Av. F. da Silva - Quinta da Ala-

goa) localidade: Quinta da Alagoa; Fregue-

sia: Carcavelos; Proponentes: Sara Chaveiro;

Manuel louro; António Santos; Norberto

Tomé; Maria Antónia Quinta; Jorge Bastos;

Zenilde Pereira; Monitor do Projeto: Sara

Chaveiro

11. Projeto 9 (Requalificação Nossa Sr.ª da

Assunção + Criação dos passeios na estrada

Janes / Malveira) localidade: Malveira da

Serra; Freguesia: Alcabideche; Proponente:

Matilde Fonseca; Monitor do Projeto: Matilde

Fonseca

12. Projeto 1 (Acesso pedonal ao CascaiSho-

pping) localidade: Alcabideche; Freguesia:

Alcabideche; Proponente: Adelaide Palet;

Monitor do Projeto: Adelaide Palet

Lista dos projetos vencedores:

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ESPECIAl FREGUESIA dE SãO dOMINGOS dE RANA

Uma freguesia em desenvolvimento

Poderia fazer um breve resu-mo do desenvolvimento da fre-guesia dos últimos anos?

Em 1994 era uma freguesia abandonada, em que os problemas das populações no território eram de grandes dimensões. Por exemplo, um terço do território não tinha esgotos nem água canalizada, havia proble-mas de propriedade e os acessos eram difí-ceis. Tratava-se de uma freguesia muito pobre ao nível do desenvolvimento, situada num conselho rico. Isto porque as adminis-trações não estavam preocupadas com o território, em ter um concelho desenvolvido, cujo território tivesse uma certa coerência. Apenas havia preocupações com o território junto ao mar. A partir de 1994 houve mudan-ças e, até aos dias de hoje, a freguesia tem tido uma evolução muito positiva e a quali-dade de vida dos munícipes aumentou bastante.

Praticamente não existem bairros clandestinos, mas ainda existem problemas ao nível das infraestruturas…

Sim, existem problemas no que diz res-peito às infraestruturas e requalificação dos próprios bairros. Na zona norte da freguesia existem algumas situações em termos de legalização, mas poucas. A Câmara também tem resolvido em termos de alvarás.

E ao nível de equipamentos, existem lacunas ou problemas?

A oferta de equipamentos para a infância é um dos problemas graves. Embora tenha havido uma melhoria substancial, ainda não é suficiente para satisfazer as necessidades. Verificamos haver listas de espera, mas, por outro lado, a lotação das creches foi aumen-tada, o que ajudou a melhorar este problema. A rede de transportes é outro problema. é gerida por uma empresa privada, em que o objetivo é o lucro e nem sempre vai ao encontro das necessidades da popu-

Tem 55 mil habitantes, cuja qualidade de vida tem vindo a aumentar, a par com o melhoramento das infraestruturas. Contudo, há ainda muito a fazer, na opinião de Manuel do Carmo Mendes. O presiden-te da junta de Freguesia de São Domingos de Rana está quase na

reta final do quinto e último mandato, que termina em 2013. Leia a entrevis-ta que o autarca concedeu ao jornal Correio de Cascais.

Suplemento: São Domingos de Rana

Manuel do Carmo Mendes, presidente da junta de Fregue-sia de S. Domingos de Rana.

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Suplemento

lação. Mas está relacionado com outro problema complicado da freguesia, nomea-damente a rede viária que não é coerente, porque a A5 cortou a freguesia ao meio, o que faz com que a rede viária não seja fluen-te. Porém, vamos melhorando aos poucos e minimizando este tipo de problemas. Ao nível de equipamentos existe um problema complicado relacionado com o Aeródromo de Tires. Recebemos muitas queixas da população residente junto ao aeródromo, nomeadamente acerca do ruído e de situa-ções menos atenciosas por parte da admi-nistração.

Para quando as novas instala-ções da PSP de Trajouce?

Neste momento existe uma esquadra da PSP em Trajouce. Mas, há um terreno na Abóboda destinado às futuras instalações.

Estaríamos melhor se a Polícia tivesse ins-talações condignas. Aguardamos que se resolva.

Relativamente aos munícipes e iniciativas a eles dirigidas, é notório o carinho pela população mais idosa. O que tem sido feito para estas pessoas?

de facto, a freguesia tem tido uma aten-ção muito especial pelos seus idosos. Criá-mos projetos para ocupação dos tempos livres, que englobam passeios, festas ou celebração de efemérides como o S. Marti-nho ou o Natal. Sempre que há necessidade de fazer novos programas, a junta está dis-ponível.

Os mais jovens também não são esquecidos. Exemplo disso é a atribuição de bolsas a estu-

dantes. Poderia falar acerca desta ação?

Como estamos preocupados com a ju-ventude, criamos bolsas de estudo para os jovens que ingressam pela primeira vez na universidade. é o segundo ano em que atri-buímos bolsas de estudo aos alunos do ensino superior que residam na freguesia. Também criámos, em colaboração com um dos nossos residentes, o programa Afonso Batista Carvalho, que tem como objetivo premiar os melhores alunos do 9.º ano, com o intuito de os incentivar a prosseguir os estudos. Assim, todos os anos, distribuímos um prémio no valor de 500 euros para o primeiro classificado, 300 euros para o se-gundo e 200 euros para o terceiro.

Também há participação em ações destinadas a crianças. Poderia falar de uma específi-ca?

A Escola Fixa de Trânsito, na Abóboda, é frequentada por dezenas de jovens, tem um passado brilhante e desenvolve uma ativi-dade única no país. é muito reconhecida em todo o território nacional, mas pouco apoia-da pela câmara. Temos programas específi-cos não só para as crianças, mas também para pais e avós, no campo da prevenção rodoviária. Penso que é de sublinhar que a Escola Fixa de Trânsito também é procurada por escolas fora do concelho. Funciona com técnicos e tem uma área de psicologia no trânsito, que é da responsabilidade do psi-cólogo da junta de freguesia.

Para finalizar, poderia mencio-nar duas ações previstas para o futuro?

Estamos em vista de criar um museu, no Outeiro de Polima, para acolher as embar-cações miniatura do artesão Ilídio Carapeto, que manifestou vontade de ceder o acervo à freguesia. Também existe o espólio do Caracol da Abóboda, que levou a vida intei-ra a juntar utensílios. Pretendemos classificar esse material e criar um espaço para ficar exposto à população.

• SOFIA FIlIPE

A Escola Fixa de Trânsito, na Abóboda, é frequentada por dezenas de jovens.

O dinamismo é a imagem de marca da Biblioteca de S. Domingos de Rana, situa-da numa zona estratégica da freguesia.

«Para que servem as imagens?». Este foi o título de um atelier de ilustração infantil, dirigido a adultos, que decorreu no final de novembro na Biblioteca de São domingos de Rana. é, no entanto, um dos inúmeros eventos lá organizados. durante todo o ano é possível assistir e participar em debates, conferências, exposições e muito mais. Para além destas iniciativas, oferece a todos os leitores agradá-veis espaços que convidam ao estudo e re-flexão, mas também ao lazer. O edifício foi construído de raiz, é térreo com vários pátios espaçosos e tem uma cafetaria. Integrada na Rede de Bibliotecas Municipais de Cascais, situa-se perto da Escola Secundária Frei Gonçalo de Azevedo e ao lado do Complexo Polidesportivo de Tires. Por isso, tem sempre imensos estudantes. é o caso do Rui e da Anabela que com frequência se deslocam a esta biblioteca para estudar e pesquisar para trabalhos escolares. «Comprar livros fica muito caro e vimos cá muitas vezes para consultarmos livros para fazermos trabalhos», referiu Anabela. «Eu requisito muitas vezes Cd para ouvir em casa e romances. Sai mais barato», completou Rui. Os leitores têm aces-so a informação e material de todas as áreas com a mais-valia de estar em rede com as restantes bibliotecas do concelho.

Horário: 2ª feira das 14h00 às 18h00 | 3ª a 6ª das 10h00 às 18h00 | Sábados das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00

Morada: Rua das Travessas. Bairro do Moi-nho. Massapés. Tires

2785-285 S. domingos de Rana

Tel.: 214815400

Email.: [email protected]

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BIBlIOTECA

Ler, ouvir e ver

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São Domingos de Rana

S. MARTINHO

Animação, dança e muitas castanhas

O baile esteve muito animado e, para além da animação, não faltaram as castanhas.

Cerca de 500 seniores estiveram presentes na festa que habitual-mente a junta promove.

Como habitual há vários anos, no dia 11 de novembro, o Complexo desportivo São domingos de Rana acolheu a festa de S. Martinho promovida pela Junta de Freguesia e destinada a seniores pensionistas da fre-guesia. «é um evento aberto a todos aqueles que queiram participar, mas está mais voca-cionado para os Centros de Convívio, Cen-tros de dia e comunidade em geral», referiu Ivete Tubal, vogal da Junta e responsável pelo pelouro dos sócios culturais. «A festa já se realiza há vários anos, as pessoas estão habituadas, gostam e não perdem a oportu-nidade de vir», acrescentou. O evento de-morou cerca de um mês a organizar, tendo

sido preciosa a ajuda da assistente social Manuela Primo e outros colaboradores. O sucesso era visível, quer pela vontade que os participantes se dirigiam para o local, quer pelo próprio número de participantes. Que o diga Mário Rocha, de 76 anos. «Venho a esta festa todos os anos. Estou reformado e gos-to muito do ambiente», referiu Mário Rocha, que estava acompanhado da esposa e outros familiares. Estiveram a comemorar o S. Mar-tinho aproximadamente 500 pessoas. A animação, o baile e o convívio estiveram sempre presentes e houve também espaço para muitas castanhas, água-pé e caldo verde. Maria dias tem 68 anos e também não perdeu a oportunidade deste convívio. «Cos-tumamos marcar mesa, mas este ano não marcámos. Tivemos muita sorte de conseguir arranjar mesa», comentou enquanto fazia uma pausa na dança.

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BIBlIOTECA

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10 • 7 a 21 dezembro 2011

PSP

TRAJ

OUCE

Furtos diversos e violência doméstica são dois dos crimes mais comuns nesta es-quadra da PSP, que funciona em Trajouce desde 2007.

«A esquadra encontra-se numas instala-ções que não são completamente adequadas à função policial, no entanto a câmara, que é proprietária do imóvel, vai proceder breve-mente a uma remodelação e aumento de área operacional», avançou Vítor Antunes, coman-dante da esquadra de Trajouce da Polícia de Segurança Pública. «desta forma», comple-tou, «vai ficar dotada de um bom serviço ao cidadão e população em geral». Foi após a reestruturação nas forças de segurança, le-vada a cabo pelo Governo em 2007, que a segurança da totalidade da freguesia de S. domingos de Rana passou a ser da respon-sabilidade da PSP. O comandante Vítor An-tunes revelou que atualmente a esquadra tem o triplo dos elementos que tinha a GNR, a

anterior força de segurança desta área. No que diz respeito a criminalidade, a esta es-quadra, que presta serviço ao cidadão 24 horas por dia, chegam sobretudo queixas relacionadas com furtos a viaturas e em viaturas, violência doméstica e furtos de materiais em obras e empresas. Todavia, não se ocupa apenas de crimes. «A Esquadra tem em pleno funcionamento o Programa Escola Segura, tendo sob vigilância todas as esco-las de freguesia, realiza formações/palestras e atividades no âmbito de prevenção rodo-viária, prevenção de consumo de estupefa-cientes, cidadania e em todas as áreas da segurança», informou Vítor Antunes, que não deixou de referir uma das últimas ações, que aliás o Correio de Cascais noticiou, nomea-damente a iniciativa «Agente por um dia», que se traduziu numa semana de formações e culminou com uma Operação STOP feita pelos próprios alunos do ensino básico.

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SEGURANçA

Esquadra vai ser remodelada

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Suplemento

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Jornal Quinzenal • 11

Movidos pelo mote «Porque é bom brincar em qualquer etapa da nossa vida», os utentes do Centro de Convívio de Matos Cheirinhos dispo-nibilizaram brinquedos antigos para uma exposição. Conheça melhor esta ação e outras iniciativas da Santa Casa da Misericórdia de Cascais na freguesia.

Os brinquedos já há muito arrumados no sótão dos utentes do Centro de Convívio de Matos Cheirinhos serviram para fazer uma exposição no próprio centro. Foi também feita uma exposição sobre o botão. Os piões, algu-mas bonecas, casinhas de madeira, berlindes e as fisgas servem para exemplificar o género de brinquedos que estiveram expostos duran-te uma semana. «decidimos incluir também na exposição versões atuais de alguns brinquedos antigos», comentou Áurea lopes, coordenado-ra dos centros de convívio da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, durante a abertura da exposição, no dia 8 de novembro. As casinhas de madeira, verdadeiras réplicas de moradias, foram trazidas por João Rodrigues, que as constrói para venda há anos. «Agora demoro muito mais tempo a construir uma casa destas,

porque a vista já não é o que era», disse. «Gos-tamos imenso do convívio e já vimos ao Centro desde que abriu», acrescentou a sua esposa Maria Bucho. Já Maria Cândida Castanha fre-quenta este centro apenas há três dias. «Moro aqui perto e trouxe brinquedos de madeira», referiu, não deixando de sublinhar a satisfação com que todas as tardes se dirige ao Centro de Convívio. Manuel do Carmo Mendes, presiden-te da Junta de Freguesia, também esteve

presente nesta ação e na sua opinião tem a qualidade de «introduzir nestes cidadãos virtu-des saudáveis de convivência, que permitem prolongar a vida. é um trabalho de parceria com

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SENIORES

Convivência que prolonga a vida

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Exposição de brinquedos antigos no Centro de Convívio de Matos Cheirinhos.

As mudanças na área da saúde trouxeram benefícios para a população da freguesia. As duas Unidades de Saúde Familiares funcionam num edifício novo.

As Unidades de Saúde Familiar Emergir e S. domingos Gusmão nasceram com as mu-danças verificadas na área da saúde a nível nacional. Funcionam no mesmo edifício, situ-ado em S. domingos de Rana, inaugurado no dia 28 de abril de 2008 e construído de raiz, para gáudio dos utentes. «Estou muito conten-te. Não tem nada a ver com o que era antiga-mente», disse Ana Santos, que se dirigia para uma consulta de rotina com o seu médico de família. Para além de uma equipa de médicos de Medicina Geral e Familiar, as duas USF contam com enfermeiros e administrativos.

Todos empenhados em prestar cuidados de saúde de forma personalizada a toda a popu-lação da freguesia. Para Rui Antunes o atendi-mento «é cinco estrelas». Este utente comentou inclusive que «parece que o tempo de espera diminuiu e que a burocracia está agora mais facilitada». Porém, Paula Pereira referiu que «não se justifica estar tanto tempo à espera por uma consulta de rotina. Por vezes venho à consulta de urgência só para não esperar tan-to tempo». São oferecidos cuidados nas se-guintes áreas: Saúde da Mulher (planeamento familiar, saúde materna, rastreio do colo do útero), Saúde Infantil e Juvenil e Saúde do Adulto. São também prestados diversos servi-ços de enfermagem e de vacinação.

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UNIdAdES dE SAúdE FAMIlIARES

Saúde em dia na freguesia

São Domingos de Rana

muitos anos que se manteve e que dá frutos». Para o autarca, se não fossem feitas iniciativas deste género «as pessoas estariam isoladas nas suas casas».

Projetos da Santa Casa da Misericórdia na freguesia

O Centro de Convívio de Mato Cheirinhos funciona desde 1997 e é um dos três centros de convívio da freguesia da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia. O primeiro foi criado em 1996 e chama-se Os Vinhais; neste ano o Centro de Convívio Natael Riança foi também aberto na Abóboda. Existem ainda três centros de dia, localizados na freguesia de Cascais. «A Junta de Freguesia de São domin-gos de Rana preocupa-se imenso com a ter-ceira idade e promove diversas iniciativas, muitas das quais com a presença de todos os centros de convívio, como é o caso da festa de S. Martinho», referiu Áurea lopes.

As atividades nestes centros começam logo

após o almoço e, para além de exposições como esta de brinquedos e do convívio, englo-bam passeios, ginástica, hidroginástica, almo-ços em datas especiais, dança, entre muitas outras. Maria Isabel Ferreira tem 81 anos e desde que o Centro de Matos Cheirinhos abriu portas raramente faltou um dia. «dá-nos muita vida. Já nem sei estar em casa», relatou.

Este centro tem 42 utentes, o da Abóboda 71 e Os Vinhais 99. A provedora da Santa Casa da Misericórdia, Isabel Miguens, esteve pre-sente na abertura da exposição de brinquedos e quando questionada sobre o trabalho desen-volvido pela Santa Casa nesta freguesia men-cionou os projetos na área infantil. «A creche da Abóboda tem capacidade para 100 crianças e a do Arneiro para 80. A lotação está esgota-da e as listas de espera continuam a ser bru-tais», disse a provedora. «Os pais pagam a mensalidade de acordo com os rendimentos familiares», acrescentou.

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12 • 7 a 21 dezembro 2011

BREVES

Porque o natal está à porta, Cascais organiza pelo primeiro ano uma feira inteiramente dedicada a esta época festival – Cascais Christmas Wonderland 11 – entre os dias 7 de dezembro e 6 de janeiro. O evento é organizado pela myEvents e conta com o apoio da CM Cascais. A feira tem entrada livre e está situada nos jardins do Casino do Estoril, podendo ser visitada de segunda a quinta-feira das 14h00 às 22h00 e sexta, sábado e domingo das 10h00 às 24h00. Entre as diversas atrações destaca-se o ringue de patinagem e a pista de neve. Haverá ainda lugar para concertos diários com artistas convidados, espetáculos interativos com o público, workshops de culinária e decoração para crianças e adultos.

Depois dos melhores praticantes do surf nacional que disputaram o OceanLook Mini Cascais Pro, as águas cascalenses preparam-se para receber mais duas grandes provas do circuito nacional. Nos dias 10 e 11 irá acontecer a terceira etapa de Longboard, em São Pedro do Estoril e entre os dias 16 e 18 deste mês decorrerá a quarta etapa do circuito nacional de bodyboard Open e Feminino na praia de Carcavelos.

O Campeonato Nacional de Tiro com Arco está a terminar e o Clube Nacional de Ginástica (CNG), da Parede, saiu vitorioso nas seis provas disputadas. No próximo dia 11 decorrerá a final do campeonato nacional de sala. Em seniores masculinos, Tiago Marques garantiu presença na Final Four com a conquista de dois segundos lugares em duas das seis provas disputadas. Os atletas Eduardo Dias e Tiago Marques do clube cascalense conseguiram

A Escola 31 de janeiro, na Parede, lançou um livro, da autoria de Rui Pinto, professor de História na instituição, que oferece em 160 páginas de história da vida da Associação e cuja edição conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. A Associação-Escola 31 de janeiro é uma das muitas instituições de ensino fundadas no início da República. Recorde-se que, também no âmbito das comemorações do centenário da implantação da República, a autarquia promoveu, em 2010, a edição da obra Cem anos a ensinar, Colégio da Bafureira 1910-2010. Esta publicação resultou de uma investigação desenvolvida pela equipa do Arquivo Histórico Municipal de Cascais, na sequência do depósito do arquivo do Colégio da Bafureira no Arquivo Histórico Municipal.

Desporto

Cascais Christmas Wonderland 11 no Estoril

Tiro com Arco: CNG consegue lu-gar de destaque e vai à final four

Mais surf no Estoril e em Carcavelos

100 Anos de instrução, educação e progresso

Equipas de setas: 31 Bar e Insólito Bar.

Equipas de Cascais em destaque

2.ª dIVISãO dO CAMPEONATO dE SISAl

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RF São 20 as equipas do concelho que dispu-tam a 2.ª divisão do campeonato nacional de sisal. Quando falta uma jornada para fechar o ano, a classificação é liderada pela equipa Beladona III, da Amoreira.

Jogar às setas é, ainda, um dos passatem-pos que conquista mais adeptos por todo o país. Muitos dos aficionados, organizam-se em equipas e disputam as competições da Asso-ciação de Setas de lisboa. Estas dividem-se em duas categorias, sisal e máquinas, sendo que a primeira tem três divisões e a segunda só 1.ª e 2.ª. Em Cascais existem duas dezenas de equipas inscritas e em competição. No próximo dia 12 disputa-se a nona jornada em vários espaços do concelho de Cascais: Bela-dona III (Amoreira), C.C. darts Team (São do-mingos de Rana), Crazy Bulls/U.R.d.T. (S. domingos de Rana), Tasquinha do luís (Cas-cais) e 31 Bar (Cascais). Mais se informa que a equipa Insólito Bar foi transferida para a Tas-quinha do luís desde o dia 5 deste mês.

• REdAçãO

Os encontros mensais de carochas, os clássicos da Volkwagen que marcaram uma geração, realizam-se mensalmente na baía de cascais, em frente ao hotel Baía. No mês de momento à iniciativa juntaram-se algu-mas carinhas “pão de forma”.

A primeira vez que ocorreu já foi há mais de quatro anos. Na concentração, que reúne entre 25 a 35 exemplares, podem participar todos os

proprietários de carochas anteriores a 1985 e refrigerados a ar. A iniciativa é promovida pelo grupo “Amigos de Clássicos VW de Cascais e acontece no primeiro domingo de cada mês a partir das 11h. Conforme explicou Joaquim Banha, em declarações ao Correio de Cascais, a iniciativa visa a promoção dos carros antigos e o convívio entre aficionados deste modelo.

• REdAçãO

Carochas e “pão de forma” na baía

AMIGOS dE ClÁSSICOS VW dE CASCAIS

A concentração destes clássicos acontece todos os meses na baía de Cascais.

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ainda três e dois terceiros lugares, respetivamente Destaque ainda para Hugo Oliveira, que competiu na categoria júnior e conseguiu duas vitórias, um segundo e um terceiro lugares ao longo da época. Com esta prestação, o CNG soma e segue no panorama desportivo nacional de tiro com arco competindo a par de equipas fortes do Sporting Clube de Portugal, do Real Sport Clube, de Massamá, e da Associação Social e Cultural Paradense, de Caldas da Rainha.

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Jornal Quinzenal • 13

depois, porque estava sem ocupação, per-guntei se havia alguma coisa que pudesse fazer para ocupar o tempo e sentir-me útil. Estou na Feira há cerca de um ano e meio e depois da inauguração do novo edifício fiquei a saber que ganhei o concurso para a explo-ração do bar», disse acrescentando que «nunca tinha feito mas agora acho que toda

a gente devia fazer voluntariado pelo menos uma vez na vida».

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A Feira do Vende Tudo promovida pelo Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos é exemplo de sucesso

na região. As verbas serviram para cons-truir o novo edifício com creche, berçário, refeitório e salas de convívio e ateliês.

Natércia Martins, coordenadora do proje-to “reutilização”, explicou ao jornal Correio de Cascais que a feira do Vende Tudo surgiu porque havia excedente de material doado. «Há muito tempo que as pessoas já se habi-tuaram a entregar o que já não precisam no CCPC porque sabem que esses bens serão reutilizados por outras pessoas e/ou institui-ções», disse. O Centro Comunitário da Paró-quia de Carcavelos (CCPC) existe há 30 anos e desde então tem-se conseguido implemen-tar na comunidade. «Sentimos necessidade de escoar as coisas que tínhamos porque já não conseguíamos receber e armazenar mais», salientou a responsável. A Feira do Vende Tudo existe de forma regular, todas as quartas-feiras, desde há cinco anos mas a primeira vez que se realizou já foi há cerca de

sete. «Nessa altura, a Feira acontecia sempre que tínhamos excesso de material. depois começamos a ver que a aceitação das pes-soas era boa e que já tínhamos clientes fide-lizados, foi aí que começámos a realizar a Feira com mais regularidade», acrescentou.

Doar e ajudar O CCPC aceita roupa, brinquedos, livros,

utensílios, eletrodomésticos, equipamento, mobiliário. Posteriormente, após uma tira-gem, os produtos que têm condições de serem reutilizados são oferecidos às famílias ou indivíduos apoiados pelo centro, utilizados no próprio CCPC, partilhados com outras instituições e vendidas nas Feiras do Vende tudo. Em 2010, só a Feira do Vende Tudo arrecadou 19.217,36 euros. é de salientar

que no lugar onde tudo se vende, os valores pedidos aos clientes oscilam entre os 10 e os 50 cêntimos, sendo que em casos exce-cionais também há artigos a um ou dois euros. Só os móveis e eletrodomésticos é que os valores podem chegar aos três dígi-tos. Este ano, até novembro, a iniciativa já gerou mais de 26 mil euros. As verbas foram aplicadas na construção do novo edifício, orçado em cerca de 2,1 milhões de euros, de três pisos com refeitório, berçário, creche, sala de convívio e salas de ateliês. A nova estrutura ira aumentar a capacidade de res-posta anual em dois mil utentes, cerca de 400 refeições por dia, sendo que o serviço poderá ser alargado também ao domicílio.

«Toda a gente devia fazer voluntariado»

O Projeto Reutilização funciona, essencial-mente, à base de voluntários, alguns dos quadros do CCPC outros externos à institui-ção mas associados à causa há muito tempo. é o caso de Pureza e Isabel Nicolau, sogra e

nora, que há mais de cinco anos foram rece-bidas pelo CCPC quando uma familiar toxi-codependente encontrou no CCPC um porto de abrigo e apoio para toda a família. «Quan-do a minha sobrinha faleceu, senti necessi-dade de vir para aqui e ajudar as pessoas como forma de demonstrar a minha gratidão por todo o bem que nos causaram enquanto ela viveu», explicou Isabel Nicolau. «O que faço aqui no Centro e na Feira não é caridade mas sim fazer bem ao próximo», disse enal-tecendo o trabalho levado a cabo pelo centro. «é um projeto muito bom e esta é a minha forma de ajudar o CCPC», concluiu. luís Constantino, voluntario, tem hoje no CCPC uma oportunidade de recomeçar. «Quando fiquei desempregado, vinha aqui quinzenal-mente para as apresentações obrigatórias.

Tudo se vende em prol da solidariedadeCENTRO COMUNITÁRIO dA PARÓQUIA dE CARCAVElOS

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A feira do Vende Tudo teve como objetivo inicial escoar o excedente de produtos doados ao Centro Comunitário.

Isabel Nicolau (ao centro) é voluntária na Feira do Vende Tudo há mais de cinco anos.

Dois computadores portáteis •Dois computadores de secretaria•

Nota: os materiais podem ser em segunda-mão desde que estejam em bom estado e a funcionar.

O CCPC precisa:

Concelho

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14 • 7 a 21 dezembro 2011

O restaurante e discoteca Iate Ben assumem um lugar privilegiado na noite cascalense. Com 17 anos de atividade ininterrupta o “barco” de Carcavelos garante uma viagem personalizada e inesquecível.

Tudo começou com a ideia de Benjamin Barral que se baseava em ter um bar e restau-rante decorado conforme um barco. E assim aconteceu. O Iate Ben está equipado de janelas, leme, entre outros artefactos provenientes de antigos barcos inativos António Bento Filho, responsável pelo Iate Ben, considera que o espaço prima pelo ambiente familiar adequado a público de todas as idades. «Conhecemos muitos dos nossos clientes e não há quem nos visite que não saia daqui satisfeito e com von-tade de voltar», comentou. O restaurante tem uma ampla sala, adaptável para grupos, e as refeições são servidas ao som de piano. Com capacidade máxima de 60 pessoas, o restau-rante do Iate Ben abre às 19h30 e encerra às 23h, momento que antecipa a abertura do bar e da discoteca. Em ambas as salas há música ao vivo. de um lado, ouvem-se sonoridades mais calmas, próprias para a dança a dois,

como músicas latinas (salsa) e africanas (kizom-ba). do outro, na discoteca, o dJ residente, Pil, anima as noites até às 4h00 com o melhor do discosound e dance comercial. Há quarta-feira celebra-se a noite da mulheres – lady’s Night – com oferta de quatro bebidas (duas alcoólicas e duas sem álcool) para elas. Para completar a oferta, a ementa do restaurante também é es-pecial nessa noite. Às sextas-feiras vão reco-meçar as festas temáticas, à semelhança do que já aconteceu num passado recente. E no sábado, os clientes do restaurante podem usufruir da discoteca sem consumo mínimo.

A nova gerência do Iate Ben tem vindo a desenvolver um amplo trabalho na seleção de clientes que assegurem a construção de uma casa sólida, com bom ambiente e convívio amigável longe dos anos em que o espaço era associado a um local de encontros ocasionais. «Hoje não é assim. desde há quatro anos que o Iate Ben é um lugar para as pessoas estarem, divertirem-se e voltarem. Para os que duvidam, venham visitar-nos e poderão constatar isso mesmo!», concluiu em desafio o gerente.

• REdAçãO

O Centro Comercial (CC) da Parede cele-brou o 19.º aniversário com muita festa e casa cheia no dia 21 de novembro.

Emblemático e repleto de carisma, o es-paço comercial está situado no centro da localidade e afirma-se como um local de referência onde o comércio tradicional se une ao conceito de centro comercial em sintonia e perfeição com vista a responder às expec-tativas dos clientes. Para quem visita o CC Parede salta à vista o ambiente familiar e a cumplicidade entre amigos, clientes e lojis-tas. A 21 de novembro o CC Parede come-morou mais um ano de vida. A ocasião foi assinalada com espetáculo de música ao vivo e bolo gigante para os trabalhadores, lojistas, clientes e amigos que diariamente propor-cionam o melhor ambiente no CC. A admi-nistração, a cargo de Rosalina Ribeiro, tem procurado criar dinâmica no espaço comum do CC Parede com vista a alargar a utilização e fruição pelos clientes. Este ano, foi coloca-do uma televisão ldC de 42 polegadas e rede sem fios para acesso à internet por wirless, ambos os serviços são gratuitos para todos os utentes. A acrescentar a esta são

frequentes as campanhas e os eventos. No próximo dia 1 de dezembro a animação está garantida com a chegada do pai natal ao CC Parede pelas 16h00.

• REdAçãO

Espaço de culto da Linha

19 Anos de atividadeIATE BEN CENTRO COMERCIAl dA PAREdE

A sala de jantar tem capacidade para 60 pessoas.

O aniversário reuniu vários clientes e amigos daquele espaço comercial da Parede.

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Empresas & Negócios

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Jornal Quinzenal • 15Saúde e Bem-Estar

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O Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conse-lho, de 29 de Abril de 2004, veio

impor novas regras relativas à Higiene dos Alimentos, sendo de aplicação directa aos estados membros sem necessitar de transposição para a legislação nacional.

Na elaboração do Regulamento, foram considerados os seguintes princípios:• Os operadores do sector alimentar são os principais responsáveis pela segurança dos géneros alimentícios;• A necessidade de garantir a segurança dos géneros alimentícios ao longo da cadeia alimentar, essencialmente na fase inicial - produção primária;• A importância na manutenção da cadeia de frio, especialmente aos alimentos conge-lados;• A aplicação geral dos procedimentos ba-seados nos princípios HACCP, associados à observância de boas práticas de higiene, deve reforçar a responsabilidade dos opera-dores das empresas do sector alimentar;

• Os códigos de boas práticas constituem um instrumento valioso para auxiliar os ope-radores do sector alimentar, a todos os níveis da cadeia alimentar, na observância das re-gras de higiene e de princípios HACCP;• A necessidade de serem estabelecidos critérios microbiológicos e requisitos de controlo da temperatura, baseados numa avaliação cientifica do risco;• A necessidade de assegurar que os géne-ros alimentícios importados respeitem, de igual forma, aos padrões de higiene, aos produzidos na comunidade ou de padrões equivalentes.

O Regulamento aplica-se a todas as fases de produção, transformação e distribuição de alimentos, sem prejuízo de requisitos mais específicos em matéria de higiene dos géne-ros alimentícios. Não se aplica: à produção primária destinada ao uso doméstico priva-do; à preparação, manipulação e armazena-gem doméstica de alimentos para consumo doméstico privado; ao fornecimento directo, pelo produtor, de pequenas quantidades de produto de produção primária ao consumidor

Qualidade, higiene e segurança alimentar

SAúdE

final ou ao comércio a retalho local que for-nece directamente o consumidor final.

Atenta às exigências sobre a matéria, desde Janeiro de 2006, a Associação Em-presarial do Concelho de Cascais (AECC) disponibiliza aos seus associados um Gabi-nete de Apoio à Segurança Alimentar que presta consultoria especializada nas ques-tões relacionadas com qualidade e higiene dos alimentos e sobre a implementação de

Sistemas de Segurança Alimentar (HACCP). O Gabinete efectua igualmente auditorias higio-sanitárias que permitem aos empresá-rios tomar conhecimento do nível de cum-primento do seu estabelecimento, face à legislação e do nível da conformidade rela-tivamente ao tipo de licença existente. Co-nheça os serviços da AECC em www.aec-cascais.org.

• JOANA MAIA, ASSOCIAçãO EMPRESAIRAl dO CONCElHO dE CASCAIS

Imagens: direitos reservados.

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