Corrupção

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SOCIOLOGIA Célia Fonseca

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SOCIOLOGIA

Célia Fonseca

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CORRUPÇÃO, UMA DOENÇA CRÔNICA?

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Mesmo com o crescimento no número de prisões

nos últimos anos, os detentos por desvio de

dinheiro no Brasil ainda representam apenas

0,1% da população carcerária

.

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/04/20/interna_politica,520816/corruptos-sao-apenas-0-

1-dos-detentos-no-brasil.shtml. Acessado em 25/04/14.

Anões do Orçamento, mensalão, lava a jato,

sanguessuga, máfia dos cartéis, entre tantos

outros escândalos de desvio do dinheiro público

para bolsos privados, fazem parte da história

política recente do Brasil.

Mas não só na recente...

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SIGNIFICADO DE CORRUPÇÃO

Ação ou efeito de corromper, de fazer degenerar;

depravação.

Ação de seduzir por dinheiro, presentes etc.,

levando alguém a afastar-se da retidão; suborno.

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SINÔNIMO DE CORRUPÇÃO:

Depravação

Devassidão

Prevaricação

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A palavra corrupção vem do latim corruptus, que

significa "quebrado em pedaços", "apodrecido",

"pútrido".

A corrupção acaba impedindo o destino desses

recursos para áreas essenciais na sociedade, como

saúde, educação, segurança e transporte público.

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BREVE HISTÓRIA DA CORRUPÇÃO NO BRASIL

Os registros de práticas de ilegalidade no Brasil, que

temos registro, datam do século XVI no período da

colonização portuguesa.

O caso mais frequente era de funcionários públicos,

encarregados de fiscalizar o contrabando e outras

transgressões contra a coroa portuguesa .

Ao invés de cumprirem suas funções, acabavam

praticando o comércio ilegal de produtos brasileiros como

pau-brasil, especiarias, tabaco, ouro e diamante

PRIMEIRO MOMENTO

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Tais produtos somente poderiam ser comercializados

com autorização especial do rei, mas acabavam nas

mãos dos contrabandistas.

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SEGUNDO MOMENTO

Com a proibição do tráfico (Lei

Eusébio de Queiróz) o governo

brasileiro mantinha-se

tolerante e conivente com os

traficantes que burlavam a lei.

Políticos, como o Marquês de Olinda e o então

Ministro da Justiça Paulino José de Souza,

estimulavam o tráfico ao comprarem escravos

recém-chegados da África, usando-os em suas

propriedades

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Apesar das denúncias de autoridades

internacionais ao governo brasileiro, de 1850 até a

abolição da escravatura em 1888, pouco foi feito

para coibir o tráfico.

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Os lucros, o suborno e a propina, que o tráfico

negreiro gerava a todos os participantes, fazia com

que o governo brasileiro procurasse se ausentar

de um controle eficaz.

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TERCEIRO MOMENTO

A proclamação da independência em 1822 e a

instauração da República trouxe outras formas de

corrupção, como a eleitoral e a de concessão de

obras públicas.

A última estava ligada à

obtenção de contratos junto

ao governo para execução

de obras públicas ou de

concessões.

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O Visconde de Mauá, por exemplo, recebeu licença para a

exploração de cabo submarino e a transferiu a uma

companhia inglesa da qual se tornou diretor.

Prática semelhante foi realizada por outro empresário

brasileiro na concessão para a iluminação a gás da cidade do

Rio de Janeiro, também transferida para uma companhia

inglesa em troca de 120 mil libras

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O fim do tráfico negreiro deslocou, na República, o

interesse dos grupos oligárquicos para projetos de

grande porte que permitiriam manter a estrutura de

ganho fácil.

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CORRUPÇÃO ELEITORAL

É um capítulo singular na história brasileira.

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NO BRASIL IMPÉRIO, 1822-1889

O alistamento de eleitores era feito a partir de

critérios diversificados.

Somente quem possuísse uma determinada renda

mínima poderia participar do processo.

A aceitação dos futuros eleitores dava-se a partir

de uma listagem elaborada e examinada por uma

comissão que também julgava os casos

declarados suspeitos.

Havia liberdade para se considerar eleitor quem

fosse de interesse da própria comissão

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NA REPÚBLICA A PARTIR DE 1889

O voto de “cabresto” foi a marca registrada no

período, imposto coercitivamente pelo Coronel:

latifundiário.

Outra forma constante de

eleger o candidato era o voto

comprado, ou seja, uma

transação comercial onde o

eleitor “vendia” o voto ao

empregador

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A maior parte das cidades não possuía número de

empregos suficiente que pudessem atender a oferta

de trabalhadores.

Portanto, a sobrevivência

econômica do

eleitor/empregado, estava

atrelada a sujeição das

vontades do coronel.

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O “SISTEMA DE DEGOLAS”

Os governadores manipulavam as eleições para

deputado federal a fim de garantir o apoio ao

presidente, no caso Campos Sales (presidente do

Brasil de 1898 a 1902).

Os deputados eleitos contra a vontade do governo

eram simplesmente excluídos das listas ou

“degolados” pelas comissões responsáveis pelo

reconhecimento das atas de apuração eleitoral.

Todos os governos, até 1930, praticavam

“degolas”

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A “CAIXINHA DO ADEMAR”

Adhemar de Barros, político paulista, era

conhecido como “um fazedor de obras”.

Seu lema era “Rouba, mas faz!”

A caixinha era uma forma de arrecadação de

dinheiro e de troca de favores.

A transação era feita entre os bicheiros,

fornecedores, empresários e empreiteiros que

desejavam algum benefício do político e permitiu o

enriquecimento pessoal.

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PERÍODO MILITAR INICIADO EM 1964

Caso Capemi e Coroa-

Brastel uma amostra do

que ocultamente ocorria

nas empresas estatais.

Além do comprometimento de altos escalões do

governo militar o caso revelou: a estreita parceria

entre os grupos privados interessados em desfrutar

da administração pública, o tráfico de influência, e a ausência de ordenamento jurídico.

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A REDEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRA

NA DÉCADA DE 80

O Impeachment do presidente Collor constitui um marco

divisor nos escândalos de corrupção.

Durante as eleições para presidente em 1989 foi elaborado

um esquema para captação de recursos à eleição de

Fernando Collor.

Posteriormente, foi revelado que os gastos foram

financiados pelos usineiros de Alagoas em troca de

decretos governamentais que os beneficiariam.

O esquema PC Farias, denunciado pelo irmão de Collor.

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E a história continua...

Outros personagens. .. Outras estratégias... Outros alvos...

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Essa breve história da corrupção pode induzir à

compreensão que as práticas ilícitas reaparecem

como em um ciclo, dando-nos a impressão que o

problema é cultural quando na verdade é a falta de:

Controle

Prestação de contas

Punição

Cumprimento das leis.

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O 'BÊ A Á' DA CORRUPÇÃO

E O SEU SIGNIFICADO

Folha de São Paulo http://www1.folha.uol.com.br/poder/969698-veja-o-be-a-ba-da-corrupcao-e-o-seu-

significado.shtml). 03/09/2011. Acessado em 23 de abril de 2014

SUBORNO – Promessa ou pagamento em dinheiro ou com

qualquer outro bem a autoridades, governantes ou a

funcionários públicos ou da iniciativa privada para obter

vantagem ilegalmente.

A cobrança e a aceitação de dinheiro são crimes.

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NEPOTISMO – Favorecimento de parentes na

concessão de cargos públicos ou de privilégios

(promoções) no funcionalismo público.

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CLIENTELISMO – Consiste na compra de votos em

troca de dinheiro e outros benefícios.

Considerado crime eleitoral é punido com até quatro

anos de prisão e multas.

P

Políticos eleitos perdem o cargo

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PECULATO – Apropriação ou desvio por parte de

servidores de dinheiros ou outros bens públicos em

benefício próprio ou alheio.

.

A lei prevê pena de 2 a 12 anos de prisão

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CAIXA DOIS – Recursos financeiros não

contabilizados e não declarados por empresas ou

políticos aos órgãos de fiscalização.

.

Prática usada ilegalmente em campanhas

eleitorais e na oferta de propina

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TRÁFICO DE INFLUÊNCIA – Pedir ou obter, para

si ou para outra pessoa, vantagem a pretexto de

influir em decisões tomadas no governo.

.

A pena prevista é 2 a 5 anos de prisão e multa

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LARANJA – Empresa ou pessoa cujo nome,

documento e até conta bancária são usados para

dar fachada legal a atividades ilícitas de terceiros.

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VENDA DE SENTENÇAS – Negociação de

decisões judiciais de magistrados em favor de réus

cujo julgamento está sob sua responsabilidade.

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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Quando um

agente público usa seu cargo para se beneficiar,

direta ou indiretamente, em detrimento das finanças

públicas.

Pode levar a multa e a perda dos direitos

políticos.

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ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – Incremento

significativo do patrimônio de um funcionário público

que não pode ser justificado pela sua renda.

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É uma rede de organizações engajadas com a

missão de “contribuir para a construção de uma

cultura de não corrupção e impunidade no Brasil

por meio do estímulo e da articulação de ações de

instituições e iniciativas com vistas a uma

sociedade justa, democrática e solidária.”

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A ABRACCI foi criada em janeiro de 2009 durante as

atividades do Fórum Social Mundial com o apoio da

Transparência Internacional.

Hoje são dezenas de entidades integradas na luta

contra a corrupção e a impunidade no Brasil, e na

promoção de uma cultura de transparência e

integridade. (http://www.abracci.org.br/)

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(http://www.votoconsciente.org.br/site/index.php?page=breve-historia-da-corrupcao-no-brasil).

Folha de São Paulo http://www1.folha.uol.com.br/poder/969698-veja-o-be-a-ba-da-corrupcao-e-o-seu-significado.shtml). 03/09/2011. Acessado em 23 de abril de 2014Transparência Internacional

FONTES:

http://www.naoaceitocorrupcao.com.br/http://www.abracci.org.brhttp://www.transparencia.org.br/http://www.excelencias.org.br/http://www.meritissimos.org.brhttp://www.deunojornal.org.br/http://www.servidor.gov.br/http://www.mcce.org.br/site/http://www.cgu.gov.br

IMAGENS: Google