CRN Brasil - Ed. 353

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SETEMBRO DE 2012 NÚMERO 353 WWW.CRN.COM.BR VAR REPORT PESQUISA INTERNACIONAL MOSTRA O COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS NA ADOÇÃO DE OUTSOURCING UMA DISCUSSÃO EM TORNO DO QUE É O SOCIAL BUSINESS E COMO ELE VAI IMPACTAR O COTIDIANO DAS EMPRESAS CIOS APONTAM QUE ABORDAGEM DO FORNECEDOR AINDA É GARGALO PARA AS SOLUÇÕES DE TI AGORA, O NEGÓCIO É SOCIAL IT Mídia Debate Eu Acredito... Conheça um pouco a forma de pensar do novo presidente da SAP Brasil DIEGO DZODAN

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INFORMAÇÕES, SERVIÇOS E NEGÓCIOS PARA O SETOR DE TI E TELECOM - Setembro 2012

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SETEMBRO DE 2012 NÚMERO 353 WWW.CRN.COM.BR

Disponível, Rodrigo Kede aponta o estilo pro� ssional que vai predominar no comando da IBM Brasil VAR REPORT

PESQUISA INTERNACIONAL

MOSTRA O COMPORTAMENTO

DAS EMPRESAS NA ADOÇÃO DE OUTSOURCING

UMA DISCUSSÃO EM TORNO DO QUE É O SOCIAL BUSINESS E COMO ELE VAI IMPACTAR O COTIDIANO DAS EMPRESAS

CIOS APONTAMQUE ABORDAGEM DO FORNECEDOR AINDA É GARGALO PARA AS SOLUÇÕES DE TI

AGORA, O NEGÓCIO

É SOCIAL

IT Mídia Debate

Eu Acredito...

Conheça um pouco a forma de pensar

do novo presidente da SAP Brasil

DIEGO DZODAN

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índiceSetembro / Edição 353

E FOI ASSIM... página | 58A operação brasileira da Mitsubishi colhe os benefícios da evolução do trabalho apenas com o ERP para a adoção do BI no trato das informações corporativas e com o mercado

CRN PARTNER SUMMIT página | 68Carlos Schwager, da Sonda, mostrou um pouco do que viu na edição 2012 do SAP Partner Summit, que aconteceu na Riviera Maya, em Cancún, no México

66 I CRN Tech

70 I Daqui pra lá

74 I Papo Aberto

HPpágina | 14Cláudio Raupp abre o que está acontecendo internamente com a junção das unidades de computação e impressão, que estão sob seu comando

IT FORUM+página | 20Conheça alguns dos casos de implementação de conceitos e tecnologias nas palavras de CIOs de 4 empresas entre as 501 a 1000 maiores do Brasil

EU ACREDITO página | 32Durante o SAP Partner Summit, no México, Diego Dzodan falou um pouco sobre seu modo de pensar e suas visões em torno da subsidiária brasileira que acaba de assumir

IT MÍDIA DEBATE página | 48O segundo, da série de debates que a CRN vai organizar, refletiu sobre o conceito de Social Business, que impacta a indústria, as relações de negócios e as interações profissionais e pessoais

ANTES DA TIpágina | 54Desta vez, a abordagem do fornecedor foi a pauta para falar com os CIOs. Veja como esse approach é recebido pelos compradores de tecnologia da informação

NESTE MÊS... página | 62 A CRN Brasil esteve em Ribeirão Preto, no evento de cloud da LCS, e conversou longamente sobre o Interior Paulista com o presidente da integradora, Roberto Campos

NOvA CRN BRASIl 2012

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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR

CRN | PARTNER SUMMIT

CARTA AO LEITORSetembro / Edição 353

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Por

rino

Um jeito mais legal de trabalhar

É engraçado...mês passado lançamos a nova CRN Brasil e o link que eu fiz para traduzir o novo

espírito da revista foi comparar como as listas de

amigos do LinkedIn e do Facebook estão ficando

parecidas...E a nossa matéria de capa desta edição

traz o resumo, justamente, de uma discussão que organizamos

aqui na IT Mídia para ref letir sobre social business, onde falamos

bastante sobre as duas redes sociais, dentre outros aspectos que você

vai ver na reportagem.

Neste IT Mídia Debate* deu pra perceber que, apesar de o concei-to de social business não estar assim tão claro e defi nido na cabeça de quem transita no mundo corporativo, tem uma coisa comum a todos que começa a mostrar uma nova atmosfera de se fazer negócios. Veja, um dos componentes da mesa, o presidente da Totvs, Laercio Cosentino, falou bastante sobre a rede da empresa, o By You.

Num dado momento, ele comentou que todas as informações acerca do programa de participação nos lucros e resultados da empre-sa são lançadas na rede, de forma que o funcionário pode acessar a qualquer momento em que tiver dúvidas. Do mesmo modo, já é mui-to comum, hoje, os fabricantes e distribuidores criarem (ou desejarem criar) mecanismos de comunicação transparente com seus canais de revenda, também com o objetivo de facilitar e clarear o trânsito das informações importantes.

Essa coisa comum que eu mencionei tem a ver com a exclusão de fronteiras ou barreiras, que, no passado, pareciam fazer sentido e isolavam a empresa e o executivo dentro de uma função exclusivista e com pouca visão sistêmica. “Proteger” a informação de valor, ou “no-minar” a autoria de um projeto eram atitudes vistas como estratégicas do ponto de vista competitivo – tanto empresarial, quanto de carreira.

Pouco a pouco, esses termos entre aspas acima vêm sendo subs-tituídos por outros, como “cocriação”, “colaboração”, “compartilha-mento”, “desierarquização”...(caramba...duas, dessas quatro palavras ainda nem são reconhecidas pelo dicionário do Word!)

O mercado – não só o nosso, de TI – está ganhando uma cara nova, mais engajada, mais unifi cada e – que legal! – mais focada no resultado do projeto do que na autoria da ideia! Será que estamos saindo da era do “meu”, para a era do “nosso”? Da ideia do exclusivo, para a do inclusivo? Da estratégia do segredo, para a do compartilhamento?

Olhando para a criação dessas redes sociais gigantescas, vendo o desenvolvimento tecnológico em torno de facilitar a comunicação ao extremo, eu fi co com uma sensação de que a sisudez e a imponência típicas do mercado corporativo estão dando lugar à sinceridade e bom humor típicos das relações pessoais. E, melhor, sem perder de foco a única coisa que interessa: a execução de projetos que, em última instância, melhoram a vida das empresas e das pessoas.

*Mensalmente, a CRN Brasil reunirá executivos da cadeia de TI para o que chamamos de IT Mídia Debate. A cada mês, um tema pertinente ao nosso mercado será discutido na sede da IT Mídia e, depois, transformado em reportagem aqui na revista. Como sempre, fi que à vontade para mandar suas sugestões!

Entre e fi que à vontade!

HALINE MAYRA EditoraEmail: [email protected]

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CRN BRASIL ENTREVISTA | CLAUDIO RAUPP

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de setembro. Estamos em uma torre do World Trade Center e o relógio acaba de passar das 9h. Dia emblemático para um lugar de nome emblemático. Ocorre que estamos onze anos à frente daquela data e milhares de quilômetros distantes daquele episódio fatídico. Afi nal, esse escritório do WTC fi ca ao lado da Marginal Pinheiros, Zona Sul de São Paulo.

"Onde você estava naquele dia?" Essa foi uma das primeiras coisas que pensei em perguntar. “Trabalhava na IBM e lembro exatamente do que estava fazendo quan-do eu soube da notícia”, recorda Claudio Raupp, hoje vice-presidente de PPS na HP, contando que estava no escritório na

rua Tutóia em uma conference call com seu chefe norte-americano quando os avi-ões se chocaram com as torres em Nova York. A reunião por telefone foi encerrada. Não havia mais clima para prosseguir.

Aquelas cenas chocantes ainda per-manecem muito vivas. De certa forma, criam uma espécie de conexão mesmo entre aqueles que só vivenciaram a ex-periência de muito longe, pelas imagens na televisão. Mas o motivo da reunião de agora não era para falar sobre as in-sanidades geopolíticas da última déca-da. A razão de estarmos ali era outra, mais específi ca, como você já poderá perceber a seguir.

CLAUDIO RAUPP, DA HP: Existe, internamente,

um processo de aprimoramento

organizacional e desenvolvimento de competências. Com o desenvolvimento,

também, vem a questão de construir

ofertas conjuntas, englobando diversos pedaços do portfólio.

Esse é o tipo de progresso daqui para

frente também

Por Felipe Dreher, [email protected]

para o futuroOLHANDO

CLAUDIO RAUPP,

O MERCADO FOI PEGO DE SURPRESA QUANDO A HP AVENTOU VENDER SUA DIVISÃO DE PCS. A FABRICANTE, CONTUDO, DECIDIU UNIR AS ÁREAS DE

IPG E PSG. NO BRASIL, A FUSÃO ALÇOU CLAUDIO RAUPP A LIDERANÇA DA NOVA ÁREA QUE SURGIA, A DE PRINTING AND PERSONAL SYSTEMS (PPS). O

EXECUTIVO FALA SOBRE COMO AS COISAS TEM ANDADO POR AQUI

A DANÇA DOS CEOS Tornar pública a possibilidade de sair do negócio de computadores pessoais custou o emprego de Léo

Apotheker, ex-SAP e que ocupava o posto de CEO da HP há cerca de 11 meses naquele mês de agosto. A divisão de PCs era a que gerava mais receita para a companhia. Só que, na balança, a que trazia menos lucratividade em seu portfólio. A ideia era conduzir o futuro tendo como base três pilares: computação em

nuvem, conectividade e software.Depois de balançar no cargo por algumas semanas, ele foi substituído por Meg Whitman, que trazia no currículo

uma bem sucedida passagem pela presidência do eBay. Vale lembrar que a executiva tentou uma carreira

política, vencendo as primeiras corridas ao governo da Califórnia em 2010, pelo partido republicano, mas perdeu as eleições gerais para o democrata

Jerry Brown. Em sua campanha, gastou cerca de 140 milhões de dólares do próprio bolso.

CRN Brasil – Já faz um ano que o Léo Apotheker (ex-CEO da HP) lançou aquela bomba de vender a divisão de computação pessoal, não? Claudio Raupp – Foi em agosto [de 2011].

CRN – As coisas já se estabilizaram?Raupp – Totalmente. Isso foi feito no início

do nosso terceiro quartil, que terminou em

julho. Houve aquela hesitação sobre o que

seria feito com o business de PC. E aquilo

custou a carreira dele. Quando a Meg Whit-

man entrou, foi muito hábil e, logo no primei-

ro momento, tratou de def inir a importância

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Ben

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o

da divisão de computação pessoal

versus o resto do portfólio da HP.

Com isso, em menos de um mês,

tomou uma decisão.

O importante é que esse processo

fez com que houvesse muita análise

do ponto de vista de quão estratégi-

co era ter o negócio de PC. Se, por

um lado, a notícia do spin off trouxe

toda essa insegurança e ansiedade

para o mercado, para os clientes e

para os próprios funcionários, por

outro, quando a decisão foi toma-

da, foi tomada com fatos, com mui-

ta informação e análise. Isso é uma

decisão extremamente sólida e uma

página definitivamente virada. Faz

parte da atividade do CEO avaliar

a compra e venda de ativos.

Depois que o Léo levantou a

possibilidade de vender ou não, a

empresa botou os números em cima

da mesa e concluiu definitivamente

que é um grande ativo para a HP,

pelo business de PC, pela escala que

ele traz, pela complementaridade de

portfólio. Foi um assunto que foi ti-

rado de cima da mesa.

CRN – Mas isso não signifi-ca que foi tirado de cima da mesa e jogado para baixo do tapete... Raupp – Não. Não havia razão

para colocar debaixo do tapete por-

que o assunto foi analisado até o últi-

mo detalhe. A Meg tomou a decisão

que ela tinha que tomar naquele mo-

mento. Isso significava ir em frente

com o processo de separação ou não.

CRN – Olhando agora, você acha que a declaração do Apotheker foi infeliz na-quela ocasião? Raupp – Teve um lado ruim e um

lado bom naquilo tudo. O lado ruim foi

a insegurança que gerou para clientes,

para parceiros de negócios, para fun-

cionários e o lado bom foi que a empre-

sa tomou a decisão em cima de fatos,

não foi em cima de pouca informação.

CRN – E nesse um ano, o que mudou na sua rotina? Raupp – Bastante coisa. A gente fez

uma megafusão de duas divisões líde-

res de mercado em todas as áreas em

que atuam. Ou seja, houve um mer-

ge de duas áreas líderes, criando uma

empresa de 65 bilhões de dólares e que

na época tinha 36 mil funcionários.

Não é um movimento trivial e, desde

o primeiro momento em que houve o

anúncio de que a HP faria a fusão das

duas áreas, foi encarado como um fato

de alta relevância para os acionistas,

clientes, parceiros e funcionários.

Uma coisa que posso dizer é que

não teve nenhum stakeholder que

disse “puxa vida eu acho que isso não

está certo”. Todo mundo percebeu

que naquele momento, pela dinâmica

de mercado, de indústria, era o cor-

reto a se fazer. Foi um processo mui-

to bem conduzido. Em um primeiro

momento foram anunciados os líderes

globais, depois os regionais. Depois

foi feito o anúncio aqui no Brasil, e eu

tive a honra de ser convidado para to-

car a operação. A partir da definição

das estruturas locais, houve um pro-

cesso bem amplo de juntar as duas

áreas e sempre focando em dois ob-

jetivos principais: simplificar a inter-

face com o mercado e ganhar escala

nos processos de retaguarda.

CRN – Já dá para mensu-rar o quanto a fusão trou-xe de ganho?Raupp – O que posso dizer é o seguin-

te: dentro do projeto de buscar escala

existem benefícios que você consegue

alcançar no curto, no médio e no longo

prazo. Por exemplo, ter uma entrega

combinada de produtos das duas áreas

é uma vitória rápida que já traz uma

economia em transporte, maior rapi-

dez e mais facilidade. Outra, que não

chamaria de economia simples, é que

tínhamos duas forças de vendas: uma

para PCs e outra para Printer. Hoje a

gente tem uma força de vendas. Você

poderia pensar: então quer dizer que

você economizou cortando pela me-

tade o time comercial? Não! As coisas

são complementares e, ao mesmo tem-

po, aumentamos a cobertura de terri-

tório, reduzindo custo. Infelizmente eu

não posso dar números disso.

CRN – A empresa anunciou recentemente cortes de 29 mil funcionários.

Raupp – É parte de uma reestrutu-

ração de toda companhia até o fim de

2014. Ou seja, estamos falando de uma

redução de 8% da força de trabalho da

HP. Diria que, dada a magnitude do

nosso negócio, não é nada anormal

para uma empresa do nosso porte.

CRN – De que forma isso che-ga ao Brasil e à área de PPS? Raupp – O Brasil tem um pedaci-

nho disso aí, como não poderia dei-

xar de ser. PPS tem um pedacinho

também e, na realidade, quando

fizemos a fusão de PSG e IPG, an-

tecipamos um pouco o movimento.

Mas, mesmo assim, não perdemos

nenhum centímetro de qualidade e

de cobertura de atendimento.

CRN – Como avalia a fusão que cria uma unidade de 65 bilhões de dólares?Raupp – Se comparar com outros

processos que vivenciei, talvez tenha

sido o melhor, do ponto de vista de

gestão de mudança. Na realidade,

quando você faz um anúncio desse ta-

manho, gera um clima de ansiedade.

Mas o processo de desenvolvimento

organizacional, de anúncios, de co-

municação interna e externa foi mui-

to bem conduzido. Não pode esquecer

que isso foi feito durante o período em

que a empresa não para.

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crn brasil entrevista | Claudio Raupp

Não é só tropicalização

O centro de P&D mantido no Rio Grande do Sul desenvolveu

uma solução de e-print, que permite enviar um documento

para impressão a partir de um endereço IP. Atualmente a

tecnologia é comercializada pela HP mundo afora.

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A integração de IPG e PSG, aos poucos, chega às estra-tégias de canais. A reorgani-zação de estruturas fez Re-nato Barbieri, que respondia pela diretoria de vendas e marketing, absorver as rela-ções com os parceiros. Se-gundo a fabricante, a ideia para o futuro é simplificar programas e incentivar siner-gia entre as estratégias.

Unificação do comando

de canais

CRN – Como fica para as re-vendas?Raupp – Estávamos indo para um

caminho que cada uma das áreas

criava seus próprios programas, in-

centivos e contratos. Num primei-

ro momento, as coisas continuam

como estão. Mas, unificando a área

de canais dentro de um só líder, uni-

ficaremos os programas e traremos

parceiros que hoje, eventualmente,

são só de PCs, ou só de Printers. Ga-

nhamos facilidade de complementa-

ção de portfólio dada a estratégia,

objetivos e característica de cada

parceiro. Temos uma oportunida-

de de simplificação e unificação de

programas. Vamos privilegiar e in-

centivar o parceiro a ter o portfólio

mais completo de PPS.

CRN – A ideia é ter um pro-grama único?Raupp - Um guarda-chuva úni-

co, porém com algumas iniciati-

vas que são específ icas de deter-

minada área.

CRN – Em todo esse movi-mento de reestruturação, o que você enxerga no fu-turo de PPS?Raupp – Existe, internamente,

um processo de aprimoramento

organizacional e desenvolvimento

de competências. Com o desenvol-

vimento, também, vem a questão

de construir ofertas conjuntas, en-

globando diversos pedaços do por-

tfólio. Esse é o tipo de progresso

daqui para frente também.

CRN – Mas o que esperar em um viés mais estratégico?Raupp – A parte mais importante

está em poder fazer “savings” oriun-

dos da otimização no back end para

poder reinvestir em inovação, seja na

área de computação pessoal, seja na

de impressão.

CRN – Esses dias o comitê organizador da Copa do Mundo foi até o estádio do Corinthians, em Itaquera, e falou que a obra está 49% concluída. Quantos por cento concluída está essa integração entre IPG e PSG?Raupp – Passamos pelo processo de

finalização de reestruturação e agora

estamos fazendo o “ajuste fino” orga-

nizacional. Diria que estamos muito

mais adiantados do que as obras da

arena do Corinthians. Mas dentro da

nossa indústria, uma empresa nun-

ca estará 100% estabilizada porque

sempre se buscam novas oportunida-

des de mercado ou o preenchimento

de uma necessidade de cobertura.

Todos os anos se faz algum ajuste or-

ganizacional. É normal. Basta olhar

para o que acontece em volta da gen-

te, com a tecnologia, a computação

pessoal, os tablets...

CRN – Aí você citou um mer-cado em que não atuam fortemente, o de tablets, e acrescento também a par-te de mobilidade.Raupp – Por enquanto. Dentro da

nossa estratégia, lançaremos um tablet

junto com o Windows 8. Achamos que

o mercado corporativo, hoje, carece

de uma solução de ultramobilidade.

O que esse segmento exige? Gerencia-

mento, segurança e integração com o

mundo que você tem hoje. Quando se

leva um dispositivo que roda Android

ou iOS para a empresa, se introduz um

elemento que não consegue implemen-

tar dentro das políticas de segurança.

Na realidade, a indústria ainda não

ofereceu uma alternativa para o CIO.

CRN – Por isso você está usando um Apple (o iPho-ne do executivo descansa sobre a mesa)?Raupp – O que eu faço com isso

aqui? Uso para email e telefo-

ne. Não consigo fazer aprovação

dentro do sistema corporativo,

por exemplo. Agora, quando você

traz uma ferramenta corporativa,

um tablet com Windows 8, posso

garantir que a gente apresentará

uma solução muito boa, que alia

a necessidade de portabilidade e

toda a interface touch que o usuá-

rio precisa e gosta, com a deman-

da do CIO.

CRN – Você acha que a HP pode entrar nessa de con-sumerização pela porta dos fundos? Digo, da em-presa para o usuário do-méstico, meio como o dis-curso da Microsoft?Raupp – Acho que não tem uma

porta só ou uma resposta única para

a questão. O consumidor vai escolher

o que é mais adequado para ele. O

que não faz sentido é você começar a

ter excesso de device.

CRN – Mudando de assun-to, como ficam as coisas no Brasil com a compra da CCE pela Lenovo?Raupp – Não falo de concorrente, mas

na realidade é algo comum na nossa

indústria. A Lenovo compra a CCE,

a HP comprou a Compaq, a Palm, a

3Par . É um movimento que não dava

para dizer que era inesperado.

CRN – Afinal, faz bastante tempo que se fala que eles comprariam a Positivo... Raupp - Talvez essa compra possa

ser interpretada como uma demons-

tração clara da importância do mer-

cado brasileiro de computadores.

Hoje, o Brasil é o oitavo maior mer-

cado de TI do mundo; em 2015 será o

quarto. Já é o terceiro maior mercado

de PCs e todo mundo coloca o País

em suas estratégias de crescimento.

Faz um tempo que a Lenovo mirava a compra de uma empresa brasi-leira. Volta e meia dizia-se de um negócio já fechado com a Positi-vo. Mesmo que a curitibana tenha sido um alvo inicial, a chinesa aca-bou arrematando a CCE, no que marcou o início da globalização de sua estratégia de PC+.

Positivo e operante

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A HP ainda busca musculatura em uma área crítica para quase todos fornecedores de TI: mobilidade. É um ponto que falta em sua oferta. Além disso, a companhia derrapou algu-mas vezes, desembolsando um bom dinheiro pela Palm, pro-metendo um tablet – TouchPad – poderoso que foi descontinu-ado, jogando para escanteio o WebOS, entre outras medidas que não surtiram muito resultado efetivo.

“Nossa mobilidade hoje está restrita a notebook e ao Sla-te [tablet corporativo]”, reconhece Raupp. Contudo, há uma

expectativa grande com a chegada do Windows 8, programa-da para outubro. A ideia é lançar um aparelho com o sistema operacional e retomar o tempo perdido – inclusive, executivos da fabricante já foram à mídia dar declarações entusiasmadas sobre a nova versão do software da Microsoft.

Em agosto, a HP contratou o ex-Nokia Alberto Torres para comandar uma recém-criada divisão de mobilidade. O merca-do ainda espera uma resposta da fabricante sobre suas possi-bilidades no mundo móvel.

A falta da mobilidade e o efeito Windows 8

Para a HP não é diferente. A

quantidade de investimento que

fizemos aqui é imensa, temos fa-

bricação local de diversas linhas

de produtos e já investimos mais

de 250 milhões de dólares em

nosso centro de desenvolvimen-

to em Porto Alegre, onde temos

mais de 400 engenheiros entre

mestres e doutores.

CRN – Farei uma pergun-ta mais conceitual. Como é, para uma empresa com portfólio diversifi-cado, competir em diver-sas batalhas contra con-correntes específicos?Raupp – É preciso ser muito bom

em cada área que atua. Mais, tem

que escolher as batalhas que você

quer e as que não que entrar.

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reportagem | it forum + 2012

Fotos: Photogama

Em sua quarta Edição, o it Forum+ rEuniu cErca dE 150 cios das 500 a 1 mil maiorEs EmprEsas do país. nos quatro dias dE Encontro na praia do FortE (Ba), os lídErEs dE ti tivEram a oportunidadE dE trocar histórias dE sucEsso na implEmEntação dE tEcnologias Em suas organizaçõEs.a sEguir você conFErE os principais casos Expostos no Forum. a coBErtura complEta Está no sitE da inFormationWEEk Brasil.

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reportagem | it forum + 2012

inquietude é, sem dúvida, algo essencial para quem lida com desafios diários e, além de pensar o negócio, precisa mostrar que pode entregar algo diferente e gerar impacto positivo na execução das tarefas ou nos resultados da companhia. No Banco BBM, que carrega fortemente a cul-tura dos bancos de investimentos, onde a busca incessante por equipes de alto desempenho é algo normal, a visão da TI amplamente voltada

ao negócio-fim gerou uma nova cara ao departamento que, ao inovar processos e aplicar um modelo de desenvolvimento colaborativo, garantiu mais eficiência e redução de custos.

O CIO da instituição Alexandre Cabral compartilhou essa experiência durante o IT Forum+ 2012, na Praia do Forte (BA). Ao falar para mais de 20 gestores de TI, o executivo lembrou que a iniciativa de renovação surgiu da necessidade de tornar o departamento de tecnologia mais próximo do negócio. Ou seja, tornar a área mais relevante e atuante no sentido de entregar projetos que realmente façam diferença.

Mas como fazer isso? A saída, por lá, entre outras coisas, foi exportar funcio-nários da TI para as áreas de negócio e trabalhar um novo modelo mental onde muita coisa é resolvida pelo próprio departamento, além de envolver as áreas em projetos mais amplos que permeiam toda a corporação.

Foto: Photogama

Com inovação de processos, Banco BBM melhora relação com áreas de negócio

Inovação: Como inovar superando limitações de time e orçamento

Por Vitor Cavalcanti | [email protected]

A questão, como o próprio Cabral ressaltou, é que o modelo não se adap-ta a qualquer companhia. Por ser um banco com poucos funcionários (130 contratados e 30 estagiários), mas alta-mente especializados, é mais fácil para o BBM ter pessoas capazes de solucio-nar problemas nas áreas ou mesmo que possam ser parte integrante de um pro-jeto. “Mais da metade dos funcionários do banco é de engenheiros, eles estão espalhados pela instituição”, pontua o CIO, ressaltando o nível da equipe.

Entre os desafios enfrentados por Cabral está a própria mudança no modelo mental e não apenas das áreas como, também, do profissional de TI exportado, que passa a ser um multipli-cador de processo. “Ainda não sabemos

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reportagem | it forum + 2012

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alexandre cabral, cio do banco bbm:Para entregar projetos de real valor, uma das medidas foi exportar profissionais da TI para as unidades de negócios

como tudo vai evoluir, mas tem sido uma coisa boa. Aumentou a sinergia entre áreas. Eles entendem quando não é possível fazer na hora ou que algo é mais complexo do que parece e TI pas-sou a entender mais do negócio.”

Além da equipe especializada, vontade e apoio da direção, favoreceu o processo de intercâmbio de pessoas o fato de o BBM cultivar a necessidade de os funcionários conhecerem toda a atividade da empresa, assim, a TI não tem o gap de não entender o que a companhia faz.

Essa mudança vem em curso há dois anos e, atualmente, chegou a um ponto de maturidade interessante. En-tre os resultados desse desenvolvimen-to colaborativo, por exemplo, está uma iniciativa que consistiu na adoção de uma ferramenta de ETL voltada para tratar algo essencial para o BBM: a base de informações. “No processo de ETL se mapeia como o dado se trans-forma e se transporta pela empresa, mostra quem é o dono. Trata-se de tra-tamento da informação.”

Aumentar o foco na gestão de da-dos e criar soluções na camada ana-lítica estavam entre os objetivos do projeto e eles souberam fugir de mo-dismos de mercado. “O mais impor-tante é o dado e não siglas bonitas que o mercado cria. Lidar melhor com os dados era essencial para todas as áreas. Criamos uma solução para ter visão geral da informação”, comentou Cabral. “Além da ferramenta (adqui-rida da Informatica Corporation), não investimos nada, só recursos internos, isso pelo alto nível dos funcionários.”

Da implantação do ETL e dessa integração entre áreas, três produtos surgiram: datamart do private banking, da carteira de operações do banco e da análise de crédito. Para se ter ideia de como a colaboração pode ser boa para a TI, a base de dados da carteira de ope-rações foi criada 80% pela área de risco do banco e 20% pela TI.

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reportagem | it forum + 2012

com 50% das vendas pro-venientes do sistema porta a porta, a Yakult estuda utilizar dispositivos móveis para apoiar as mudanças em seu sistema de distribui-

ção. “Hoje, a revendedora retira o pro-duto na filial mais próxima da sua casa. Queremos inverter o fluxo, para que um transportador deixe os produtos na casa dela. Assim, conseguimos garantir a en-trega, independente do clima ou de algu-ma outra dificuldade que ela tenha para chegar ao centro de distribuição”, conta o CIO, Renato Cezar Pinto.

Hoje, no Brasil, a Yakult conta com três fábricas – uma em São Ber-nardo do Campo (SP), uma em Lo-rena (SP), e uma em Lages (SC), 288 filiais de vendas, 40 representações e 2,4 mil funcionários, sendo dois mil na força de vendas. Com a adoção de mobilidade e a mudança no sistema logístico, a expectativa é reduzir as fi-liais de vendas para apenas 80.

O executivo enumera como van-tagens esperadas com o uso de dis-positivos móveis: levar o posto de atendimento à casa da revendedora, controlar as atividades do assistente de vendas, acelerar processos e aumen-tar os negócios. “Entre as funções da

aplicação estão: fazer o pedido, fazer venda pronta-entrega, administrar a

situação de cobrança e registrar as in-formações da operação, como tempo

de atendimento, localização por GPS, controle de quilometragem, etc”.

A TI da Yakult estipulou um perí-odo de testes de seis meses para anali-sar qual dispositivo melhor se adapta à função (smartphones, tablets, cole-tores de dados, etc.), avaliar o pacote de dados a ser contratado junto às operadoras, se utilizará impressoras móveis para questões como registro de pedidos e nota fiscal eletrônica e como abordar questões relacionadas à segurança e problemas trabalhistas.

“Estes são dois grandes desafios. Nos preocupamos mais com a segu-rança do funcionário, que fica expos-to a assaltos por causa do tablet. Para isso, adotamos o rastreamento do dispositivo. Em relação à legislação trabalhista, como o vendedor vai ficar com o equipamento, precisaremos nos certificar que o tablet será utilizado somente para as aplicações corporati-vas – e, para isso, já contamos com o bloqueio da própria operadora, para que o dispositivo se comunique apenas com nosso IP, por meio de uma VPN fechada, e também criamos restrições de horários, para bloquear o acesso fora da jornada de trabalho.”

Mobilidade:Agilizando a tomada de decisão a qualquer hora e em qualquer lugar

Foto: Photogama

renato cezar Pinto, cio da

Yakult:Com a adoção de

mobilidade e a mudança no sistema

logístico, a expectativa é reduzir o número de

filiais de vendas

Yakult usa mobilidade para melhorar desempenho logístico e de vendas Por Cylene Souza | [email protected]

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reportagem | it forum + 2012

a aposta no modelo de computação em nu-vem tem sido mais frequente do que se imagina e os motivos pelos quais uma com-

panhia opta por esse caminho são os mais variados. No Grupo Cornélio Brennand, sediado em Recife (PE), o principal motivador foi uma reestru-turação causada pela venda de uma das maiores empresas da holding, uma unidade focada na fabricação de vidros ocos para embalagem e que detinha a maior parte dos ativos de tecnologia da informação.

Como lembra o gerente de TI do grupo, Sérgio Barreto, essa manobra reduziu muito a estrutura da holding que, mais uma vez, aproveitou seu DNA dinâmico para se reinventar. O executivo apresentou o caso no IT Forum+. Atualmente, o grupo tem atuação na geração de energia, em-preendimentos imobiliários e vidros planos e automotivos.

A chegada de operações como setor imobiliário e mesmo a retoma-da do negócio de vidros, mas com ou-tro foco, desafiou a TI que, naquele momento, estava com uma operação menor por todo o redimensionamen-to. “O projeto era de grande com-plexidade. Mas queríamos acelerar o processo e dar mais eficiência com

Por Vitor Cavalcanti | [email protected]

Cornélio Brennand

aposta em cloud para acelerar processos

Cloud Computing: Quais são seus medos?: Por que as empresas resistem em adotar o conceito e o que pode ser feito para contornar eventuais problemas para quem usa a nuvem

Foto

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toga

ma

colaboração, indo para a nuvem do Google, que trouxe acesso móvel, ferramenta de busca”, lembra o executivo.

Convencer a família controladora do grupo sobre esse passo não foi tão simples, especialmente, no quesito seguran-ça e por haver, anteriormente, a cultura de ter tudo interna-mente. Mas diversos argumentos, como deixar de promover um investimento pesado em um momento de incerteza, e as garantias de segurança do Google ajudaram na aprovação da iniciativa. “Esse foi o escopo. Mas tendo em conta que o Google oferecia condições que o negócio demandava e nos deixava com nível de preocupação baixo em relação à se-gurança”, comenta. “Mudança de custo de capital para des-pesa, ganho de escala, capacidade do fornecedor”, frisa, ao ressaltar o que foi levado em consideração.

No início do projeto, 250 contas foram migradas para o Google Apps, hoje são 750. Como alternativa ao gigante

das buscas, a companhia chegou a avaliar o BPOS – hoje Office 365 –, da Microsoft, mas na ocasião os cases no Brasil não eram tão maduros. No escopo do projeto, o principal desafio foi e segue sendo a integração que, de acordo com Barreto, não é tão simples com as ferramentas do Google. “Tudo parece favorável, porque não tem preocupação com equipe, servidores, mas perde muito em integração. E isso nos leva a ter no radar a possibilidade de ter outro tipo de plataforma no futuro.”

Até por conta de a arquitetura Microsoft estar perme-ada na organização, incluindo um bom uso de SharePoint como ferramenta de colaboração, Barreto não descartou a possibilidade de, num futuro próximo, deixar a plataforma Google, podendo, inclusive, sair do modelo de nuvem para um tradicional, mas tudo isso está em análise e a companhia ainda não se decidiu sobre o futuro.

Sérgio barreto, gerente de ti da cornélio brennand:maior desafio da implementação de colaboração em nuvem está na integração

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reportagem | it forum + 2012

há muito tempo a TI corporativa deixou de ser a propaga-dora de tecnologias emergentes. É fácil encontrar usuários

que possuem em suas casas equipa-mentos mais sofisticados que os ofe-recidos pelas empresas para as ativi-dades do dia a dia. O barateamento dos dispositivos favoreceu muito essa curva e, mais recentemente, contri-buiu muito para a onda de consume-rização. Mais interessante é o fato de o movimento não ser liderado apenas por funcionários das novas gerações ou diretores e gerentes que querem usar seus equipamentos para tomada de decisões. Assim, cabe ao

CIO do SBT opta por soluções simples para lidar com consumerização

Segurança na era da consumerização:Novos dispositivos, como tablets e smartphones, são cada vez mais trazidos para o ambiente de trabalho pelo usuário. Como fica a questão da segurança?

Por Vitor Cavalcanti | [email protected]

nelson carpinelli, cio

do sbT:“em nossa visão de

empresa, trata-se de um movimento sem volta. Quem

falar que vai contra, dificilmente

continuará vivo, e não falo só do CIo, a empresa que não se modernizar, não

continuará viva”

CIO fazer algo para se adequar, tendo em vista disponibilização de sistemas e segurança da informação.

No SBT, o CIO Nelson Carpinelli brinca dizendo que foi pego de sur-presa. “Não estávamos prontos para isso. Não tínhamos nem a rede sem fio”, lembra. O movimento dentro do SBT teve um estopim com mudanças na diretoria e, com novas pessoas, demandas diferentes surgem e uma delas foi justamente para o acesso sem fio.

Mais que isso, Carpinelli assistiu à chegada de diversos tablets na empre-sa, trazidos, sobretudo, pelos executivos que viajavam ao exterior. Quando chegavam à emissora, o desejo era acessar tudo pelo dispositivo. E o que fazer? O padrão para email e telefonia móvel estava em BlackBerry e a mobi-lidade estava atrelada, também, aos laptops. O primeiro passo foi trabalhar numa solução para levar o email para o iPad. Sim, o dispositivo escolhido pelos executivos foi o da Apple e esse “padrão” se estabeleceu.

“Em nossa visão de empresa, trata-se de um movimento sem volta. Quem falar que vai contra, dif icilmente continuará vivo, e não falo só do CIO, a empresa que não se modernizar, não continuará viva”, avalia. “Minha suges-tão é ir para guerra, pensar, fazer e colocar nas agendas. A gente permite o uso, talvez não assuma, mas permite.”

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reportagem | it forum + 2012

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Foto: Photogama

E o CIO foi realmente para a guerra. Para os executivos (diretoria e uma par-te da gerência), além do email, ele liberou acesso ao ERP – eles utilizam Oracle – via virtualização. Foi um movimento bastante acertado já que, criar uma aplicação nativa demandaria tempo e investimento e eles es-tão perto de atualizar a versão do sistema. Com a manobra, basta o executivo baixar o Receiver, da Citrix, para ter o f luxo de aprovação no tablet. “Em sistemas antigos o acesso será a partir do Receiver. Não dá para converter ou criar versões. Para novos sistemas, colocamos como pré-requisito ro-dar em dispositivo móvel.”

Quem também se beneficiou desse mo-vimento foi a equipe de jornalismo da emis-sora. A última versão da plataforma já veio pronta para iPad e muitos profissionais, especialmente os correspondentes interna-cionais, conseguem enviar conteúdo para a emissora a partir de um tablet a qualquer

hora e de qualquer lugar. E isso vale não apenas para textos, mas também vídeos em alta definição.

Como os executivos já não querem mais o laptop para diversas tarefas, Car-pinelli reuniu TI, RH, Jurídico e Finan-ceiro para debater o assunto e chegar a um conjunto de regras. Hoje, ele até tem uma política, mas foram linhas gerais para não estar num ambiente de consumerização sem qualquer tipo de regra. “Não achei que deveria fazer sozinho. Se houver ‘não’, será o ‘não’ da empresa e não do Nelson.”

Na questão da segurança, o CIO sabe que muito do trabalho está ligado à edu-cação do usuário e ele confidenciou que já promove algumas ações de conscientiza-ção. Embora não estejam focadas apenas na questão dos dispositivos móveis, elas abrangem o tema segurança de maneira geral, com orientações sobre acessos, se-nhas, spam, entre outros.

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Aos 15 anos, IT Mídia é uma marca forte, com reputação consolidada no mercado editorial brasileiro. Para a Central Nacional Unimed, operadora nacional do Sistema Unimed, tem sido importante acompanhar a evolução dos mercados e das inovações tecnológicas por meio das publicações da editora. Suas revistas, informes digitais, estudos, fóruns e catálogos são vitais para os negócios das companhias que atuam no Brasil, devido ao inteligente casamento da tecnologia da informação com a saúde. Que os próximos 15 anos tragam ainda mais crescimento para a empresa, sempre com o foco no desenvolvimento tecnológico e nos cuidados com a qualidade de vida. Parabéns!

Mohamad AklPresidente

Central Nacional Unimed

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São poucas as iniciativas que conseguem combinar visão, inovação e empreendedorismo com seriedade, profissionalismo e excelência. Os 15 anos da IT Mídia mostram que essa combinação pode sim ser alcançada

com sucesso a partir da dedicação de um grande grupo de profissionais e por que não dizer amigos. Por tudo

isso, não é surpresa hoje ver a IT Mídia como referência, ajudando a fazer

com que nossas empresas, setores e País sigam avançando em direção a

um futuro melhor. Para nós da Cisco é uma felicidade poder compartilhar

desses objetivos, e deixamos nossos parabéns pelas conquistas passadas e

também futuras!

Rodrigo AbreuPresidente

Cisco

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setembro 2012 www.crn.com.br32

eu acredito...

O nOvO líder da SaP nO BraSil

é argentinO. Já cOmandOu OutraS

SuBSidiáriaS da gigante alemã, 

na cOlômBia e nO méxicO. neSte últimO

PaíS, cOnSeguiu reSultadOS

exPreSSivOS. nO PrimeirO SemeStre

dO anO atingiu 80% de creScimentO,

Se cOmParadO aO anO meSmO

PeríOdO de 2011, e elevOu O eScritóriO mexicanO aO títulO de unidade de maiOr

creScimentO dentrO da cOrPOraçãO

Por Patricia Joaquim | [email protected]

Desafios do mercado mundial significam....manter um crescimento de produtividade que garanta boas margens ainda com volatividade na receita. Este é o nome do jogo. 

O mercado brasileiro é....similar à situação da América Latina, mas, alavancando as oportunidades de produtividade, a área de inovação terá um papel enorme no País.   

Cloud, mobilidade e big data são.... três áreas que vão transformar totalmente a forma que a TI é consumida pelas empresas e pelas pessoas. 

Estar em 60% de todas as transações no mundo significa....

ter uma responsabilidade muito grande e o potencial de ajudar o mundo a operar melhor.

Inovar com mais de 40 anos no mercado demanda.... muita flexibilidade organizacional e investimentos em treinamento para parceiros e internamente e não ter medo de errar.

Estar na mente das pessoas como uma empresa que vende

mais que aplicações é...vender uma plataforma para o aumento da produtividade e vida dos negócios.  

A plataforma Hana deve colocar a SAP...como um dos líderes indiscutíveis de processamento de grandes volumes de dados.

Assumir a presidência da unidade brasileira é.... um desafio,

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ção

porque ela tem impacto nos clientes. O board está de olho.  

Gerir um time de outra nacionalidade

exige.... flexibilidade para se adaptar a valores e comportamento de cada time. 

O Brasil precisa melhorar em...

alavancar plataformas de processos existentes. O País tem feito projetos enormes de infra em TI, agora tem que alavancar os mais sofisticados.

Sob minha gestão, a SAP Brasil será...

extremamente focada em entregar valor aos nossos clientes e alavancar os nossos ecossistemas e rede de parceiros para atingir os objetivos. 

Mudar para o Brasil foi....voltar para casa. Eu já tinha morado aqui. Foi estar de volta em casa!

A maior invenção da humanidade é... a tecnologia da informação porque a evolução da nossa raça se acelerou quando a gente começou a processar a informação, mesmo no papel. Hoje é possível, por exemplo, um amplo aprofundamento nas análises genéticas.

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SETEMBRO 2012 www.crn.com.br34

Conexão CRn BRasil

Por Renato Galisteu | [email protected]

As lições de infrAestruturA e comportAmento que o pAís orientAl pode nos ensinAr

O negócio da Chinaque falta no Brasil

Quando o assunto são mer-cados emergentes, quase podemos adivinhar quais são as falas de muitas em-presas e fabricantes sobre

mercados como Brasil, China, México, Índia...É um fato: as projeções e expecta-tivas são tão similares, que, por vezes, as notícias soam como déjà vu.

Eis que fui convidado a almoçar com David LaRose, vice-presidente de merca-dos em crescimento (Growth Market Unit) da IBM, que tem uma vivência de mer-cado muito peculiar: australiano, mora na Ásia há quase dez anos e, nos últimos cinco, está instalado, com toda sua famí-lia, em Xangai, a cidade mais populosa da China, com quase 14 milhões de pessoas.

O bate papo foi na sede da Big Blue, em São Paulo, e o que era para ser ape-nas uma pauta sobre expectativas da IBM para os mercados em crescimento, tor-nou-se uma conversa com traços relacio-nais entre Brasil e China. Para pontuar, a fabricante divide o globo em duas esferas: os mercados emergentes e os maduros.

Tendo em vista a grande peculiarida-de de ter disponível um australiano, que mora na China, e lidera uma das maiores empresas americanas na divisão de eco-nomias em crescimento, para estabele-cer parâmetros entre nosso País e a terra do mandarim, a primeira, e mais óbvia pergunta, foi se a maturidade da China é muito maior que no Brasil?

“Vou te dar um exemplo que não tem, de forma pro-priamente dita, a Ver com ti: quando fui pela primei-ra Vez para xangai, haVia poucas linhas de trem, quatro ou cinco. apenas cinco anos depois, eram 25 linhas. eles construíram o trem mais rápido do mun-do entre xangai e pequim, numa Viagem de trem-bala que leVa cinco horas, em alta Velocidade, sendo que este trem sai a cada 15 minutos”

Com 1,318 mil km de extensão e custo de 33 bilhões de dólares, a linha de trem mencio-nada por LaRose foi construída em 39 meses, viaja a 300 km/h, e, dependendo da classe e do trem, a passagem custa de 410 yuans (101,20 reais) a 1,750 mil yuans (431,90 reais).

De 2011 a 2015, chamado de Plano Quinquenal chinês para o setor ferroviário, a China prevê investimento de 432 bilhões de dólares, com a construção de 30 mil quilôme-tros de novas linhas, extensão 87,5% superior à que foi concluída entre 2006 e 2010. No Brasil, a planejada – quase sonhada – ligação entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro teria 518 km e ainda não saiu do papel.

A grande China – território que comporta o país como um todo, Hong Kong e Taiwan – têm 45% de participação na área de mercados emergentes. “A região é muito grande e cresce muito rapidamente”, complementa o executivo.

Mal começamos a conversa e já temos esse monte de números. Mas são os números e as dúvidas que movem as “coisas de ne-gócios”, não é mesmo? Com esse panorama inicial, quis saber o que o Brasil precisaria fazer para se tornar uma potência emergen-te dentro da IBM, assim como é a China e seus 45% de representatividade.

“o brasil já é um mercado gran-de entre os emergentes, mas é, hoje, muito difícil comparar a china com o país. são pontos de Vista diferentes quanto a ne-cessidades de crescer, eVoluir e dimensionar o dinheiro para que tudo seja entregue. é cul-tural do chinês, do oriental como um todo. para ser uma china, o brasil precisa, primei-ro, ser extremamente hones-to na relação goVerno/setor priVado/ inVestimento/ popula-ção. a história também tornou o poVo chinês mais suscetíVel a acatar ordens do goVerno, o que facilita a criação e desen-VolVimento, mesmo que, por Vezes, fiquemos chocados em entender essa Visão.”

Receita em mercados em crescimento

avançou

no ano passado e representa

da receita global

16%

22%

Em

growth markets

representavam

da receita da IBM .

representou

2005,

15%

201122%

Nos países do

BRIC,

19%,o incremento na receita foi de

em 2011.

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DaviD La Rose

É vice-presidente da Busi-ness Partner Organization da IBM para mercados em crescimento. Esta unidade é chave para a fa-bricante no roadmap até 2015, com foco na transformação dos modelos de negócios nessas re-giões, que abrigam, segundo a IBM, 87% da população mundial.

Mas LaRose afirmou que este tipo de comparação é complicado quando se fala de mercados em crescimento. “Também é muito complicado compa-rar a Índia com o Brasil”, acrescenta.

Novamente, o australiano da IBM volta a falar de alguns números que, a seu ver, são norteadores para compreender o quão necessário foi in-vestir em infraestrutura na China.

“Uma coisa qUe poUco se fala é qUe nos últimos 15 anos, 400 milhões de pes-soas saíram da zona rUral para viver e trabalhar nas áreas Urbanas da chi-na. é mais qUe a popUlação do brasil! então, como comportar todas essas pessoas nUm regime ‘co-mUnista’ em qUestões de entregar igUaldade exis-tencial, mas também ‘capi-

talista’ qUanto a ganhar mais poder de mão de obra? eles estão no meio de Um colapso na qUestão de necessidade de fazer as coisas e isso está dirigin-do Um crescimento gigan-tesco ao país, qUe investe para crescer”.

Acho que para não me deixar chateado em determinado ponto da conversa, mas também para ponde-rar expectativas do mercado brasi-leiro, LaRose afirmou que a opor-tunidade de crescer em tecnologia e infraestrutura no Brasil é clara, pois, ao que tudo indica, “os olhares do mundo e a chegada de grandes eventos esportivos estão forçando um crescimento tão acelerado quanto o da China, que por um momento pode parecer travado, estagnado, mas em dois anos estará a todo vapor.”

Com isso, o executivo, que se ajei-tou na cadeira e pareceu ter se lembra-do de informações relacionais entre os países, mencionou mais algumas simi-laridades com o Brasil, mas dessa vez já contornando o mundo da tecnologia e o mercado de distribuição. “São pa-íses geograficamente enormes, que só podem ser bem atendidos com canais, pois é necessário ter capilaridade e par-ceiros”, disse, complementando com uma cereja no bolo: “mas, na questão maturidade do canal, o parceiro bra-sileiro se mostra muito mais pronto e entendido das oportunidades e tecnolo-gias. Quando a chave dos investimen-tos, de fato, for virada, eles já estarão preparados.” Enfim, ponto para nós!

O mercado chinês também é nubla-do quando se fala de cloud computing. Assim como no Brasil, apenas as grandes empresas e multinacionais já entendem a necessidade de migrar alguns ambientes para a nuvem, ou desenvolver novas so-

luções e aplicações através de ofertas de plataformas como serviços.

“nós, nossos concorrentes e os canais, ainda estamos tentando entender qUal é a melhor forma para ofer-tar compUtação em nUvem nos mercados emergentes. os parceiros, por exemplo, sabem qUe podem fazer di-nheiro com cloUd compU-ting e por mais qUe já haja negócios, ainda falta Uma compreensão de aplicabili-dade no mercado”

Para ele, os números não men-tem: hoje, mercados emergentes ain-da são ditados por hardwares, com maiores inclinações de absorverem propostas de serviços. “Nesse ponto eu vejo muitos negócios para o Pu-resystems”, disse o VP.

Foto: Divulgação

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR36

CONEXÃO CRN BRASIL

XXXXXXXXXXXXXXXFONTE: DE POPULAÇÃO: SIXTH NATIONAL POPULATION CENSUS OF THE PEOPLE'S REPUBLIC OF CHINA, CONDUZIDO PELA NATIONAL BUREAU OF STATISTICS DE VALORES É O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI)

BRASIL CHINA

XXXXXXXXXXXAlfabetização

90,4% da população

População

+ de 192 milhões

Área Total8.514.876,599

Km²

PIB

US$ 2,367 trilhões

PIB

US$ 7,46 trilhões

Área Total9.596.960

Km²

População

+ de 1,3 bilhão

Alfabetização

93,3% da população

Até

se tudo caminhar

bem, a receita em GMU

representará

do total

2015,

30%

“QUANDO SE ESTÁ NO ORIENTE, APRENDE-SE UMA SÉRIE DE DITA-DOS. O PRIMEIRO QUE APRENDI, E LOGO ENTENDI QUE ERA ASSIM QUE TUDO DEVERIA FUNCIONAR, É QUE TEMOS DUAS ORELHAS E UMA BOCA, ENTÃO TENHO QUE SABER USAR DE FORMA PRO-PORCIONAL. É ASSIM QUE SE FAZEM NEGÓCIOS DE VERDADE, PRINCIPALMENTE NA UNIDADE DE MERCADOS EM CRESCIMEN-TO: OUVIR E OUVIR NOVAMENTE ME TORNOU APTO A ENTENDER E FALAR CLARAMENTE. NESTA TOADA, SEI QUE A IBM É MUITO BUROCRÁTICA, ENTÃO TENHO A MISSÃO DE TORNAR O RELACIO-NAMENTO MAIS SIMPLES”

Mais similaridades: o australiano La-Rose afirmou que “essa coisa de mais ou-vir do que falar” mostrou que, de fato, os mercados emergentes estão mais ligados no “engajamento olho no olho”. “É o que faz a diferença em países como Índia, Brasil, China, Coreia do Sul, México, entre outros. Essa questão da proximidade é muito mais

sensível em economias em crescimento.”Essa visão contextualiza a expansão da

IBM Brasil, que, em maio deste ano, chegou a 38 escritórios em todo o País. “Alguns dos nossos maiores investimentos em mercados emergentes são destinados à contratação de pessoas e à abertura de escritórios”, contou.

Mas já que estávamos falando de ne-gócio, não pude deixar de perguntar so-bre o que é mais fácil de vender nos mer-cados emergentes: valor ou volume?

“ACREDITAMOS QUE AMBOS. EU POSSO TE DAR UM EXEMPLO: SE VOCÊ OLHAR PARA O MERCADO DE SOFTWARE COMO SERVIÇO, ELE ESTÁ CRESCENDO TANTO EM VALOR QUANTO EM VOLUME. SE VOCÊ OLHAR PARA SOFTWA-RE E SERVIÇOS, VERÁ O MESMO CRESCIMENTO, MAS HARDWARE CONTINUA SENDO A MAIOR RE-PRESENTATIVIDADE.”

Extremamente popular na Austrá-lia, o críquete é um dos hobbies do VP de mercados emergentes da IBM. Um único jogo, quando o esporte foi criado no Sul

da Inglaterra, podia levar – pasmem –até dez dias, sendo que o resultado final poderia ser um empate.

Hoje as regras mudaram e a par-tida leva apenas dois tempos. Mesmo estando na China, LaRose continua a praticar seu esporte favorito e também acompanha jogos de times australianos.

O link dessa história perdida no meio do caminho é: como é adaptar a visão pro-fissional de alguém que veio de um país maduro para lidar com as diversidades e dificuldades de mercados emergentes?

“UMA VEZ, CONVERSANDO COM UM AMIGO MEU, ELE FEZ ESSA MESMA PERGUNTA. CONHECER O MERCADO E ENTENDER AS RE-GRAS DO JOGO DE UM PAÍS COMO A CHINA É TÃO COMPLEXO COMO PARA UM CHINÊS ENTENDER O CRÍQUETE. O DESAFIO É ADAPTA-ÇÃO. AS PESSOAS SE ADAPTAM, AS OFERTAS SE ADAPTAM E O CONHECIMENTO CHEGA. NÃO É DIFÍCIL LIDAR COM ESSE MANE-JO, A QUESTÃO É TER DISPONIBI-LIDADE PARA APRENDER”

Receita da IBM

em 2011

106,9 BILHÕES

DE DÓLARES

=

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR38

INTERNACIONAL | OUTSOURCING

MAIS EM PRESASTERCEIRIZAM

Por Scott Campbell, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

MAIS FUNÇÕES DE TI

VAR REPORT:MAIS EM PRESAS

TERCEIRIZAM

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Cada vez mais os usuários finais estão buscando aprimorar um modelo de sourcing variado para atender a suas necessidades de TI, por conta da falta de pessoas qualificadas e da necessidade de adquirir mais serviços de forma mais ágil, quando as necessidades mudam, analisa um novo estudo de outsourcing de TI conduzido pela Bluewolf, uma revenda de Nova York. O que vamos mostrar a seguir são algumas descobertas que devem ajudar os usuários finais a tomarem decisões de TI mais conscientes, acredita Corinne Sklar, vice-presidente de marketing da Bluewolf.

Um trabalho flexível “Em resumo, estamos vendo um novo modelo de outsourcing que está amadurecendo. Vemos isto no tipo de trabalho flexível,” Sklar disse. Neste contexto, a Bluewolf define trabalho flexível como “uma comunidade dinâmica de especialistas altamente qualificados, independentes e provedores de serviços externos, que se adapta constantemente de acordo com as necessidades de recursos provenientes das céleres mudanças de iniciativa das empresas.” Em outras palavras, mais empresas buscam alterar o número de pessoas que trabalham em TI em épocas diferentes, mas não querem depender apenas dos recursos internos ou terceirizados, segundo a pesquisa.

O status do outsourcing de TI

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INTERNACIONAL | outsourcing

40 setembro 2012 www.crn.com.br

PRESTADORES

CONSULTORIAEMPRESAS DEFORÇA DE TRABALHO VIRTUAL

EXTERNOSCONRATANTES

FUNCIONÁRIOSINTERNOS

PROVEDOR DE SERVIÇOS GERENCIADOS

DE SERVIÇOS EXTERNOS

FORNECEDORS

Há três direcionamentos principais para a busca de um modelo variado de outsourcing de tI, disse sklar. Primeiro, há uma falta de profissionais qualificados sentida por muitas empresas atualmente. “Não encaramos isto como um problema de emprego. em vez disto, os tipos de recursos e tecnologias que estão aparecendo hoje estão em ritmo tão rápido que esta falta de talentos já é passado”, acrescentou. “As empresas precisam acessar os especialistas que são difíceis de encontrar. Isto é o que direciona para o outsourcing.”

O que direciona para o Outsourcing?

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Mais do que uMa redução de custos O segundo direcionamento para o outsourcing é a flexibilidade necessária para utilizar ou não os recursos de TI de acordo com a necessidade. O terceiro direcionamento é uma necessidade pronunciada de mais produtividade e lucratividade, disse Sklar. “O outsourcing não trata mais de redução de custos. Trata-se de criar um diferenciador competitivo com capacidade para fazer mudanças em seus negócios”, explica a empresária. As empresas que ainda veem o outsourcing como uma medida para redução de custos estão perdendo tempo, disse. “As pessoas buscam acessar esses recursos para fornecer inovação e uma maneira de crescer. Acreditamos que esta é a nova tendência no outsourcing”, comenta.

Direcionadores do outsourcing de TI em 2012

Principais descobertas

Produtividade & lucratividade

Flexibilidade para ligar e desligar processos

Acesso a experts & escassez de mão de obra

Cerca de $0.48 de cada dólar do outsourcing são gastos emApplication Services

Nos próximos 12-18 meses...

SERVIÇOS GERENCIADOS são a

1a. estratégia de outsourcing para

Disaster Recovery, Segurança e

serviços web/eCommerce

32% vão aumentar os investmentos em outsourcing

das operações de data center são gerenciadas na nuvem

SalesforceEloquaAmazon Web Services

clouD TechnologIeshoT

esTÁ cRescenDoMeRcADo De ouTsouRcIng

32% vão contratar maisterceiros doque funcionários fixosPRESTADORES

CONSULTORIAEMPRESAS DEFORÇA DE TRABALHO VIRTUAL

EXTERNOSCONRATANTES

FUNCIONÁRIOSINTERNOS

PROVEDOR DE SERVIÇOS GERENCIADOS

DE SERVIÇOS EXTERNOS

FORNECEDORS

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setembro 2012 www.crn.com.br42

INTERNACIONAL | outsourcing

OutsOurcing nãO é OffshOringA bluewolf acredita que outsourcing é um nome ruim, principalmente neste ano eleitoral, pois as pessoas acham que estão lhes roubando trabalho. o outsourcing de tI não é a mesma coisa que offshoring, explica sklar. enquanto os provedores de offshore podem fornecer às empresas uma força de trabalho com redução de custos, a bluewolf explica aos clientes que outsourcing significa transferir operações de tI específicas para um especialista na área para ajudar a aprimorar a produtividade e lucratividade, disse a empresária. Duas das maiores áreas de outsourcing são os serviços de aplicação e serviços de infraestrutura, que juntas respondem por 83 centavos de cada dólar em outsourcing, mensura o estudo.

Budgets de outsourcingGastos atuais e futuros ao longo de 2013

Serviços de Aplicação Serviços de infraestrutura

Orçamentos para terceirização de infraestrutura e aplicação estão em alta. Curioso para ver como as empresas estão gastando seus dólares de outsourcing. Rapidamente, a taxa com que as empresas têm terceirizado serviços de aplicação está relacionada ao tamanho do negócio. Entretanto, para serviços de infraestrutura, as PMEs terceirizam com mais frequência, de modo a tirar vantagem das economias de escala que o modelo provê. Como está a sua estratégia?

Cerca de $0.48 de cada dólar gerado pelo outsourcing são gastos em Serviços de Aplicação

Cerca de $0.35 de cada dólar gerado pelo outsourcing são gastos em Serviços de Infrastrutura.

O OrçamentO para O OutsOurcingmetade do orçamento de outsourcing em tI das pequenas empresas, que possuem menos de 300 funcionários, vai para serviços de infraestrutura, enquanto 51% das empresas de médio porte gastam seus recursos em serviços de aplicação, segundo o estudo. entretanto, quase metade dos CIos pesquisados disseram que o outsourcing engloba de 10 a 25% de seu orçamento anual de tI. “Uma das coisas mais importantes também é que 32% das empresas aumentarão seus investimentos em outsourcing de tI nos próximos 12 a 18 meses”, disse sklar.

Quanto do seu budget de outsourcingestá alocado em serviços de aplicaçãoe infraestrutura?

Quanto do seu budget annual de TI éalocado ao outsourcing?

Como isso deve ficar nos próximos 12-18 meses?

auMEntaR auMEntaR

CaiR CaiR

nãO Muda nãO Muda

nãO sEi nãO sEi

Como o uso de terceiros deve se comportar nos próximos 12-18 meses?

sMB: menos de 300 funcionários

Midmarket: menos de 5 mil funcionários

Enterprise: mais de 5 mil funcionários

serviços d

e ap

licaçãoserviço

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fraestrutu

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Budget de outsourcing

quase metade dos cios disseram...do budgetanual

por tamanho de empresa

329

527

481337

2

50%

26%

28%

44%

51%

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15%

23%

16%

12%

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Manutenção de Aplicações

Hospedagem de Aplicações

Desenvolvimento de Aplicações

Operações deData Center

Segurança

Administração de banco de dados

Help Desk

Recuperaçãode Desastres

Operações de rede

DesenvolvimentoWeb

Fontes: 1. 2012-2013 Bluewolf IT Outsourcing Benchmark Survey, May 2012 2. 2011-2012 Bluewolf Technology Outlook 3. 2012 Bluewolf IT Salary Guide

As funções do outsourcingDentre os serviços de aplicação, o desenvolvimento é o mais popular para fazer outsourcing, enquanto análise dentro dos serviços de infraestrutura e operações de data center estão juntos com 23%, segundo a Bluewolf. “Também vemos que muitas empresas estão movendo as operações de data center para a nuvem”, disse Sklar. “O desenvolvimento de aplicações é a maior vertente porque há muitas plataformas para serem aprimoradas atualmente,” acrescenta Sklar. “Estas plataformas aparecem e as pessoas precisam de acesso e recursos qualificados difíceis de encontrar. Devem procurar fora do escritório. Também não querem manter internamente.”

Share por funcionalidadeServiços de Aplicação Serviços de Infraestrutura

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setembro 2012 www.crn.com.br44

INTERNACIONAL | outsourcing

Força de trabalho elástica

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Partial Outsourcing

Ações de Desenvolvimento de Aplicativos

Desenvolvimento de web e mobilidadeA explosão da web e da mobilidade refez indústrias inteiras. As organizações continuam a integrar estratégias de web e mobilidade em seus esforços de marketing e e-commerce, CEOs e CIOs estão reavaliando os melhores meios para gerenci-ar a demanda. Alguns escolhem manter o desenvolvimento web e de mobilidade dentro de casa e enrijecer o mix da força de trabalho; outros organizam essas funções dentro das áreas de marketing ou vendas por conta do potencial de receita.

vão terceirizarmais nos próximos12-18 meses

Desenvolvedor Front End

UI/UX Designer

Suave no aplicativo?enquanto 26% das empresas vão para o offshore para o desenvolvimento de aplicações, apenas 4% buscam o offshore para desenvolvimento de aplicativos web e de dispositivos móveis. Neste caso, a explosão das tecnologias web e de aplicativos móveis refizeram indústrias inteiras, segundo bluewolf. “enquanto as empresas continuam a integrar as estratégias de web e de mobilidade em suas atividades de marketing e e-commerce, os Ceos e CIos estão reavaliando as melhores maneiras de gerenciar a demanda. Alguns escolheram manter o desenvolvimento web e mobilidade dentro de tI e aprimorar a variedade de trabalho flexível; outras reorganizaram estas funções no marketing ou em vendas por conta do potencial de renda”, segundo a empresa.

Desenvolvedor em mobilidade (Android, iPhone)

27% 16%

18%

22%

16%

4%

4%

39%

offshore4%

Previsão da Bluewolf

offshore

crescimento

Principais contratações

46%

40%

36%

16%

16%

26%

11%offshore

30%

a nova geração de trabalhadoreS quer liberdade segundo a bluewolf, o desenvolvimento de aplicações é a função de tI que é mais terceirizada tanto em oportunidades como em variedade de estratégias de recursos utilizados. enquanto isto, as revendas também identificaram uma classe emergente de funcionários que não querem um trabalho em tempo integral, mas querem trabalhar em uma sucessão de projetos curtos, segundo sklar. “esta é uma tendência forte que continua. Antigamente, você trabalhava na mesma empresa por 10 anos. temos um pouco de uma sociedade com déficit de atenção. os trabalhadores da nova geração querem variedade. Querem manifestar seu próprio destino e gerenciar sua própria carreira,” explica.

Desenvolvimento de Aplicações

Previsão da Bluewolf

offshore

crescimentoForça de trabalho elástica

Principais contratações

Desenvolvimento de aplicações é a função mais terceirizada, tanto em escopo, quanto em variedade. Alguns projetos são melhor

executados por um time de terceiros, enquanto outros requerem uma empresa especializada em consultoria, ou um parceiro de

serviços gerenciados. À medida que as aplicações se tornam mais centradas no processo, a comunidade de desenvolvimento precisa

ter um conjunto de habilidades em torno de processos de negócios específicos, além de expertise na indústria.

vão terceirizarmais nos próximos 12 a 18 meses

Desenvolvimento de Software (Todas as linguagens)

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Outsourcing Parcial

Desenvolvimento Salesforce

Analista QA

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45

Força de trabalho elástica

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Partial Outsourcing

vão terceirizarmais nos próximos12-18 meses

Consultores Eloqua

Desenvolvedores de software(Todas as linguagens)

Consultores de força de venda

Hosting de aplicaçõesTradicionalmente, as empresas têm construído e rodado suas infraestruturas para suportar aplicações on-premise. Muito dos custos de propriedade e operação dessa infraestrutura estão, agora, mudando para provedores de serviço gerenciado e cloud. Prevemos que a terceirização do hosting de aplicação só vai crescer, à medida que mais organizações confiam nos prove-dores de cloud e mais provedores de serviços integram a nuvem em suas ofertas.

Hospedagem de aplicaçãoMais de um terço dos CIOs entrevistados esperam terceirizar mais a hospedagem de aplicação, nos próximos 12 a 18 meses, segundo a pesquisa. Muitas empresas também estão gastando mais tempo tentando encontrar o modelo de recurso correto para funções diferentes. “Não é apenas encontrar um recurso correto para o momento correto, mas também para o mix correto. Às vezes você quer fazer um contrato; às vezes um provedor de serviços gerenciado faz mais sentido, principalmente se é de alguém que conhece seu negócio, mas não está sob o mesmo teto”, disse.

28%

7%

7%

26%

26%

9%

4%

10%offshore

35%

Previsão da Bluewolf

offshore

crescimento

Principais contratações

Desenvolvimento de web e mobilidade

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INTERNACIONAL | outsourcing

7%

7%

22%

16%

11%

4%

Demonstre o valorsegundo a bluewolf, as empresas de pequeno, médio e grande porte buscam o outsourcing, embora procurem diferentes funções (como operações de data center, descrito aqui). entretanto, as empresas iniciantes tipicamente terceirizam mais do que as empresas que já estão há algum tempo no mercado porque elas não querem investir em infraestrutura, explica sklar. As revendas é que devem decidir mostrar aos clientes o valor que podem fornecer ao assumir certas funções de tI para seus clientes, disse. “o outsourcing é seu amigo. Parece bobo e muitas empresas entendem isto, mas acho que voltamos à história do ano eleitoral, não é isto que está se falando no momento. está sendo definido um novo outsourcing realmente. A educação ajudou os CIos a entenderem o novo outsourcing e o sourcing variado, por conta das questões de offshoring dos últimos 15 a 20 anos. mostre o valor, que não se trata de redução de custos.”

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Partial Outsourcing

Operações de Data CenterA demanda por armazenar e analisar dados combinada à grande quantidade de dados não estruturados captados no cor-porativo está fazendo com que haja um crescimento nas operações de data center em tamanho, complexidade e escopo. Soluções terceirizadas como colocation e ambientes virtualizados podem gerar custo-benefício e um approach escalável para um maior crescimento do data center, ao mesmo tempo em que crescem a resiliência e a capacidade de recuperação

vão terceirizarmais nos próximos12-18 meses

Desenvolvedor Data Warehouse

Data Warehouse QA

Arquiteto de Data Warehouse

27%22%

23%

offshore11%

Força de trabalho elásticaPrevisão da Bluewolf

offshore

crescimento

Principais contratações

Força de trabalho elástica

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Outsourcing Parcial

Manutenção de Aplicações Manutenção de aplicações—especialmente com aplicações nativas e legadas – pode pegar uma fatia significativa do seu budget. Com a ubiquidade das aplicações de cloud e o TCO para software diminuindo, esperamos que a terceirização de manutenção de aplicações decresça com o tempo. Com isso, os líderes de TI serão ameaçados a focarem em inovações, com suas aplicações existentes e novos projetos de desenvolvimento

vão terceirizarmais nso próximos12-18 meses

Salesforce Admin

Analista de Sistemas %26

Desenvolvimento de Software (Todas as linguagens)

27%

a velociDaDe para se entrar no mercaDoA agilidade em colocar produtos no mercado pode ser um diferenciador competitivo para explicar porque os CIos procuram terceirizar, principalmente quando as aplicações tornam-se mais complexas, disse sklar. então, a manutenção da aplicação torna-se mais importante na medida em que o tempo passa, adiciona. se um consumidor final terceiriza o desenvolvimento de uma aplicação, eles devem terceirizar sua manutenção também. “Você não desenvolve um aplicativo, vira as costas e vai embora. trata-se realmente de um modelo de sourcing flexível. os CIos precisam prestar atenção em como eles estão variando o seu sourcing,” comenta.

26%

26% 13%

19%

15%

11%

15%

9%

15%offshore

Previsão da Bluewolf

offshore

crescimento

Principais contratações

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Vencendo as preocupaçõesPode ser uma tarefa desafiadora para fazer os CIOs mudarem sua maneira de pensar sobre o outsourcing como redução de custos, mas as revendas também precisam trabalhar para superar os bloqueios dos clientes em compartilhar seus dados e segurança para expandir seus negócios de serviços e de outsourcing, segundo a Bluewolf. “Enquanto as empresas vão para a nuvem e quanto mais você constrói a confiança em novos modelos para o acesso de dados, isto não é mais uma preocupação. Depende da estratégia de outsourcing e da variedade de sourcing que você escolher. Há níveis diferentes de custo, de impacto nos negócios e de controle”, disse Sklar.

Aumento da equipe

Empresas de consultoria

Provedores de Serviços Gerenciados

Provedores de nuvem

Provedores Offshore

Partial Outsourcing

vão terceirizarmais nos próximos12-18 meses

QA Segurança

Analista de Segurança

Administração de segurança de rede

SegurançaA Segurança —tão crítica ao negócio—é, geralmente, uma das últimas funcionalidades em que se considera a terceirização. A combinação da complexidade da segurança de TI (envolvendo firewalls, patches e analytics) e o aumento do número de parceiros se especializando em segurança de rede e dados 24/7 tem levado os CIOs a considerar o outsourcing para expandir suas equipes atuais.

15%

offshore7%

15% 7%

11%

11%

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Força de trabalho elásticaPrevisão da Bluewolf

offshore

crescimento

Principais contratações

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR48

REPORTAGEM | IT MÍDIA DEBATE

SOCIAL BUSINESS

Por Patricia Joaquim | [email protected]

O QUE PARECIA UMA DISTRAÇÃO NA INTERNET VIROU DE FATO UMA POSSIBILIDADE DE NEGÓCIOS. COMO

ISTO ACONTECEU? A DEMANDA DAS NOVAS GERAÇÕES E A EXPLOSÃO DE DADOS ORGANIZADOS DETERMINOU

A CRIAÇÃO DO CONCEITO DE SOCIAL BUSINESS

UMA QUESTÃO DE

NEGÓCIO@RICARDO

GRANDINETTI, PRODUCT

MANAGER DA LIKESTORE.

Jovem, descolado, o executivo faz

parte da startup que nasceu para

gerar negócios nas mídias

sociais

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49

Foto

s: D

anilo

San

ches

@MARIO COSTA, IBM COLLABORATION

SOLUTIONS BRAND MANAGER. Trabalha

na empresa que investe pesado no

termo social business. Inovadores por origem,

atuam com a cautela e a ousadia que seu

tamanho permite

@LAÉRCIO COSENTINO, CEO DA TOTVS. A companhia lançou o By You, uma rede social colaborativa, em maio do ano passado. O presidente da empresa é o maior entusiasta do produto e carrega a bandeira da rede com afinco dentro e fora de sua empresa

@RICARDO GRANDINETTI,

PRODUCT MANAGER DA

LIKESTORE. Jovem,

descolado, o executivo faz

parte da startup que nasceu para

gerar negócios nas mídias

sociais

@FERNANDO TEIXEIRA, HEAD PRE-SALES LATIN AMERICA DA GOOGLE. Trabalha na companhia que carrega o conceito de colaboração desde sua concepção. A ideia parece estar intrínseca a todos os atos da empresa e até dos colaboradores

@GILBERTO MAUTNER, CEO DA LOCAWEB.

Lidera a empresa que adotou a estratégia de social business como

canal de relacionamento com cliente e parceiros.

Coleciona histórias sobre o tema e não tem dúvidas de que

o caminho da relação transparente é a energia

que move as redes

@OSVALDO BARBOSA DE OLIVEIRA, DIRETOR-GERAL DO LINKEDIN BRASIL. Está à frente da rede social que agrega profissionais das mais variadas formações acadêmicas e empresas de todos os tipos de segmento e porte

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REPORTAGEM | IT MÍDIA DEBATE

SOCIAL BUSINESS

retweet, @, fan page, marcar foto, atualização de perfil, me recomende, followers e afins.... O que sua empresa tem a ver com estes termos tão usados atu-almente?

#Seisexecutivos vieram ao IT Mídia Debate: Social Business pela mesma meta: desvendar os mis-térios que envolvem o tema para o mercado. A pre-sença de cada um mostra em si toda a experiência que carregam. Há os que preservam o traje social, sapato, calça, camisa e gravata. Há os que já dispen-saram este último artefato. E há os que adotaram o sapatênis e a camisa xadrez como assinatura. Estilos diferentes. Em comum, a vontade de compartilhar o que pensam, suas ideias e, ao mesmo tempo, ouvir para agregar. E, ao abandonar conceitos particula-res, desfrutar de um relacionamento que é bom para todos. Se você está pronto para embarcar nesta ideia, considere-se pronto para entrar no fantástico mundo do social business.

Aí você aproveita, neste momento, e joga fora o que você pensa sobre segurança da informação e le-gislação trabalhista, na época dos neg cios sociais – a CRN Brasil se compromete a ir atrás deste tema mais para frente. Mas agora não. Porque caso você resista, você não se permitirá entender.

Na visão da mesa debatedora, a nova geração não se sente usurpada por receber um email do chefe depois do expediente. Este é o novo modo de vida deles. E os ganhos com a aplicabilidade de

# “A MÍDIA SOCIAL E A COLABORAÇÃO SOCIAL PROPORCIONARAM UM NÍVEL APURADO DE COMO ENCONTRAR INFORMAÇÃO IMPORTANTE E PESSOAS RELEVANTES”, @FERNANDOTEIXEIRA, HEAD PRE-SALES LATIN AMERICA DA GOOGLE

“HÁ UMA NOVA GERAÇÃO E COMO PREPARAR

AS NOSSAS EMPRESAS PARA RECEBER ESTAS

PESSOAS PRONTAS PARA COLABORAR?

TEREMOS, NO FUTURO, NO COMANDO DAS

EMPRESAS, PESSOAS MUITO COLABORATIVAS”

@LAÉRCIOCOSENTINO, CEO DA TOTVS

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social business são inúmeros, segundo os executivos.

Por outro lado, as empresas tam-bém adotam posturas bastante inédi-tas para o meio corporativo. Laercio explicou que, certa vez, soltou um comunicado na rede social interna e um funcionário de outro estado res-pondeu, de forma aberta, criticando o texto, dizendo que estava incoerente com o que o presidente da companhia havia prometido em outra ocasião. “Na hora, algumas pessoas próximas a mim acharam que o comentário de-

veria ser excluído e o profissional ser penalizado. Mas não! A rede é para isto mesmo! Parei para analisar e meu texto não estava claro no quesito apontado pelo funcionário. Respondi me desculpando pelo erro”, afirma.

Esta mentalidade aberta não foi relatada apenas pela Totvs. Mario, da IBM, coleciona histórias moderninhas na rede social da Big Blue. Um dos cau-sos curiosos diz respeito ao lançamento do iPad. Quando a novidade da Ap-ple chegou, um grupo de funcionários abriu uma comunidade na rede da em-

“A MÍDIA SOCIAL E A COLABORAÇÃO SOCIAL PROPORCIONARAM UM NÍVEL APURADO DE COMO ENCONTRAR INFORMAÇÃO IMPORTANTE E PESSOAS RELEVANTES”, @FERNANDOTEIXEIRA, HEAD PRE-SALES LATIN AMERICA DA GOOGLE

presa para falar sobre o tablet. Lá, postaram até como burlar a rede corporativa para conectar o aparelho. Nada foi reprimido. Quando a IBM foi trabalhar em torno do dispositivo, coletou diversas informa-ções da comunidade. Bingo! Sem repressão, a criatividade rolou solta e o conteúdo trocado na comunidade foi usado a favor do negócio.

O grande desafio está em entender como se aproveitar das redes em seu negócio. “Não é fazer redes sociais por redes sociais. A con-sumerização demanda e empurra o conceito. O melhor PC que você usava era no trabalho, agora isto é invertido. As pessoas querem ter produtividade dentro da empresa com seus aparelhos”, lembra Costa, ao apontar que não se pode reduzir a questão de social business à tecnologia que se usa. A questão é: como você usa tudo isso a favor do seu negócio? “O impacto para todas as empresas será muito grande. Quem não se tornar um social business terá problemas no mercado. A tecnologia não é o ponto central da discussão”, pontua.

O fim das fronteiras entre pessoal e profissional foi o que levou o Google a lançar, este mês, funcionalidades no Google+ voltadas às empresas. “Queremos que nossa rede seja a veia principal de comu-nicação entre as pessoas”, afirma Fernando Teixeira, head pre-sales Latin America da Google. Do mesmo modo, a Totvs espera que as-sim como os funcionários, seus clientes usem o By You para qualquer aspecto de sua vida. “Hoje ficou mais fácil buscar a informação, mas ficou mais difícil porque todo mundo está fazendo a mesma coisa. E agora vamos ter de lidar com o monstro que criamos. Neste momen-to, o desafio é fazer com que o próprio sistema seja um indivíduo na rede, podendo interagir automaticamente”, afirma Cosentino, CEO da Totvs.

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR52

REPORTAGEM | IT MÍDIA DEBATE

SOCIAL BUSINESS

A sacada de que indivíduos agrupados pelo mesmo in-teresse profissional interagindo na rede renderia negócios foi o que manteve o sucesso do LinkedIn. “Você consegue recrutar o profissional que você deseja por meio do busca-dor. Hoje, são 175 milhões de profissionais no mundo e 9 milhões no Brasil”, conta Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral da rede no Brasil.

A velocidade do acesso à informação, o agrupamento de pessoas por interesses em comum e a troca de ideias na web, atestam uma opinião unânime entre os seis executi-vos no que tange a produtividade. Ao contrário do que se imaginava sobre a internet ocupar parte do tempo para a distração dos funcionários, as companhias presentes rela-tam aumento de produtividade, por conta do uso do social

business. Claro que é preciso definir uma estratégia com políticas claras para isto. Segundo Costa, da IBM, há estu-dos que indicam que o uso dos conceitos das redes sociais internamente nas empresas, onde os funcionários intera-gem entre si, pode gerar um ganho para a força de trabalho de cerca de 20%.

Na Totvs, o help desk social interno - feito pela rede social By You - reduziu em 30% o custo com o atendimento aos 12 mil funcionários. Na IBM, que conta com cerca de 450 mil empregados no mundo todo, o uso da busca social - além da tecnologia tradicional de buscar por palavra-chave - econo-mizou cerca de 4,5 milhões de dólares por ano. “As pessoas acham as informações que precisam muito mais rápido, isto se traduz em ganhos de produtividade”, explica Costa.

Claro que tudo isso leva ao famoso jargão: explosão de dados, pela quantidade de informação, que leva ao big data, que leva à computação em nuvem, que leva a inúmeras possibilidades de negócios em torno do social business. Desde o desenvolvimento das plataformas de relacionamento até o uso das informações no que diz res-peito à evolução do conceito de CRM.

A LikeStore é um caso de empresa que nasceu olhan-do para este entorno. A companhia cria lojas no Facebook e já possui nove mil clientes. Mas @Ricardo Grandinetti, product manager, avisa: “O negócio tem que ser perti-nente. É preciso analisar o quanto meu produto é social e quanto ele faz sentido ser vendido na rede”.

Por outra lado, fora do comércio propriamen-te dito, a Locaweb também encarou a rede de frente

“NO COMEÇO, OS RELATÓRIOS SOBRE

IMPACTO NEGATIVO ERAM MAIORES. HOJE

NÃO! O POSITIVO É MAIOR! NÃO CHEGAMOS

AO PONTO DE GERAR NEGÓCIO, DE FECHAR CONTRATO,

MAS A PERCEPÇÃO E REPUTAÇÃO DA

EMPRESA SUBIU MUITO”, @GILBERTOMAUTNER,

CEO DA LOCAWEB

“SEGURANÇA É ALGO IMPORTANTE PARA ENTRAR NAS

REDES SOCIAIS, E ISTO SE CONQUISTA

COM EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO”,

@LAERCIOCOSENTINO, CEO DA TOTVS

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e relatou como uma comunicação transparente com o cliente agrega benefícios intangíveis ao negócio. Com histórico neste quesito, inclusi-ve quando teve de fazer uma gestão de crise, Gilberto Mautner, CEO da Locaweb, explica que a adoção das redes sociais na estratégia da em-presa está acontecendo por estágios:

O INEVITÁVEL - “As pessoas estão falando de você, antes que você per-mita. A primeira ação foi estabelecer um diálogo e interagir. O cliente diz: ‘tem algo que não funciona bem’ e, de forma humilde, você se disponibiliza para ajudá-lo”.

CONHECENDO O TERRENO - “Começamos a estudar por meio de fer-ramentas de reports quais são os princi-pais tópicos, impacto e reputação”.

AÇÃO SEM FIRULAS – “Inicia-mos o diálogo, produzindo conteú-do com informações úteis aos nossos clientes e desenvolvedores. Não faze-mos propaganda ou autopromoção”.

PRÓXIMOS PASSOS – “A aborda-gem é unificar o conceito de CRM com redes sociais. No nosso CRM vemos os dados internos dos clientes, nada mais natural que plugar isso aos interesses que eles manifestaram na rede”.

“NESSA NOVA SOCIEDADE DIGITAL NÃO CABE MAIS A PROIBIÇÃO E SIM O USO CONSCIENTE POR MEIO DE UMA POLÍTICA. NÃO SE PODE TIRAR A POSSIBILIDADE DO FUNCIONÁRIO DE FAZER NOVOS NEGÓCIOS PARA SUA EMPRESA”, @FERNANDOTEIXEIRA, HEAD PRE-SALES LATIN AMERICA DA GOOGLE

“É IMPORTANTE QUE OS FUNCIONÁRIOS SE SINTAM PARTE DA EMPRESA NESSE

PROCESSO DE USO CONSCIENTE DAS FERRAMENTAS. TEM DE HAVER POLÍTICAS

CLARAS E MUITA TRANSPARÊNCIA NAS RELAÇÕES. É IMPORTANTE QUE, EM VEZ

DE MEDO, ELE SE SINTA ENGAJADO A USÁ-LA” @OSVALDOBARBOSADEOLIVEIRA,

DIRETOR-GERAL DO LINKEDIN BRASIL

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ANTES DA TI

Os CIOs das empresas usuárias de TI estão pouco satisfeitos com o trabalho desen-volvido por fornece-

dores de tecnologia e desejam uma proximidade maior por parte desses parceiros. A situação está exposta no estudo Antes da TI, a Estratégia, re-alizado pela IT Mídia para mapear o atual cenário e descobrir as moti-vações que determinam a compra de produtos e serviços de TI no Brasil.

Segundo os executivos de tec-nologia ouvidos, o mercado não as-similou por completo a necessidade dos clientes que, hoje, vão além do controle do orçamento para a aqui-sição de ofertas prontas e procuram inovações. Os números do estudo

mostram isso quando 53% dos CIOs afirmam que os fornecedores têm o discurso extremamente focado nas funcionalidades dos próprios produ-tos e não conseguem pensar em solu-ções mais amplas.

O quadro aparenta ser melhor do que no ano passado, quando esse índice f icou em 70%. No entanto, ainda é insuficiente para evitar críti-cas por parte dos gestores de tecnolo-gia de empresas. O maior problema apresentado é que a realidade atual exige mais dos fornecedores e isso vem sendo detectado há anos. Por esse motivo, esperava-se que não apenas uma maioria irrisória se des-tacasse compreendendo o cenário e fornecendo soluções.

“Não é de hoje que isso vem

mudando, mas a maioria dos forne-cedores parece viver em um merca-do no qual nós comprávamos somen-te produtos e serviços básicos. Hoje estamos sendo cobrados por soluções que não existem prontas e inovações que só podem ser criadas por quem conhece os processos internos e mer-cados onde atuamos e é aí que falta uma ajuda maior”, explica o CIO da Carbocloro, José Carlos Padilha.

Os CIOs sentem falta de parcei-ros que possam contribuir com o fu-turo dos negócios. O problema não é técnico. “Eles conhecem muito bem o próprio produto, mas quando pre-cisam entender além da commodity que vendem e ajudar na estratégia, a relação complica”, explica Padilha.

Para o executivo, uma das expli-

cações pode estar na alta rotativida-de de profissionais dentro dos forne-cedores. “É preciso mais de um ano tendo contato com nossa realidade para entender o negócio da Carbo-cloro, só que esses profissionais saem das empresas, às vezes, em menos tempo. E é uma situação comum”, diz. Com isso, as conversas sobre so-luções que ajudam a definir o futuro das corporações precisam sempre reiniciar do zero, causando desgaste no relacionamento e perda de tempo.

O estudo aponta essa situação. Segundo a análise dos resultados, “os fornecedores de tecnologia que não estiverem pensando somente no curto prazo – em auferir os bônus e lucros promissores deste ano – devem investir na formação de suas equipes,

Fornecedores tornam-se gargalos

para soluções

em TIESTUDO DA IT MÍDIA MOSTRA QUE 53% DOS PARCEIROS AINDA POSSUEM O

DISCURSO MUITO FOCADO NAS FUNCIONALIDADES DOS PRÓPRIOS PRODUTOS E AJUDAM POUCO OS CIOS A CRIAREM SOLUÇÕES

Por Gilberto Pavoni Junior | especial para a CRN Brasil

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setembro 2012 www.crn.com.br56

Antes dA TI

Qual afirmação melhor retrata a abordagem dos fornecedores de ti Quanto aos benefícios da adoção das tecnologia s

2011/2012Grande parte dos fabricantes ainda não conseGuiu evoluiro discurso centrado em funcionalidades de produto, para

focar em soluções de neGócios

satisfatória para atender às demandas mais urGentes deti, mas pouco efetiva nas questões estratéGicas

adequada para ajudar a ti a demonstrar que atecnoloGia é tema estratéGico nos planos de

crescimento da empresa

proativa, eficaz e esclarecedora para colocar a ti comopropulsora do crescimento do neGócio

os fornecedores não entendem as particularidades doseGmento em que a minha companhia está inserida

69,57%53,15%

63,77%37,06%

34,78%25,87%

23,19%20,28%

21,74%17,48%

20112012

20112012

20112012

20112012

20112012

porque os clientes esperam muito mais em termos de entendimento do seu negócio e das suas necessidades”.

buscando soluções

Os números da pesquisa mos-tram que dentro das empresas usu-árias, o investimento em TI é perce-bido como algo ligado à inovação e aplicação de novas tecnologias que tornem os negócios mais competiti-vos e inovadores por 49,66% delas. Em 2011, esse índice era de 45,16%.

O acréscimo mostra como a cul-tura de TI vem se modificando e está deixando de ser operacional e reati-va aos problemas que se apresentam. Em outra questão do estudo, o per-centual de CIOs que afirmaram que TI é percebida como estratégica para o negócio ou como ferramenta de competitividade subiu para mais

de 85%, contra pouco mais de 80% no ano passado.

Diante desse descolamento entre necessidade e oferta, os CIOs estão assumindo posturas mais duras em relação aos fornecedores. As exi-gências de contato constante e mais próximo vêm aumentando e soluções simples e criativas começam a surgir para driblar a rotatividade de bons profissionais nos fornecedores.

“Fomos obrigados a criar um banco de talentos que acompanha o desempenho de quem nos atende e esses índices nos ajudam a definir as compras de TI”, diz Cláudio Antonio Fontes, CIO da Spaipa, indústria de bebidas que detém marcas importan-tes como Coca-Cola, Kapo, Dell Vale, Crystal e Kaiser.

Uma planilha simples contém os nomes dos principais fornecedores e dos profissionais que atendem a em-

presa. São acompanhados alguns itens de desempenho e isso serve de argumento para definir quem a em-presa deseja que faça o atendimento. Se o profissional muda e vai para ou-tro fornecedor, ele é acompanhado e o novo parceiro passa a contar com um ponto a mais na hora das negociações. Segundo Fontes, não é algo que define a aquisição de TI, mas ajuda na hora de diferenciar os parceiros e mostrar quem está apto a contribuir mais com o negócio da empresa.

“Os CIOs sabem que o mercado de mão de obra em TI tem particu-laridades e as mudanças fazem parte da procura de novas oportunidades dos profissionais ou corte de custos dos fornecedores, mas esse acom-panhamento nos ajuda a valorizar o bom relacionamento e o conheci-mento que necessitamos para criar soluções e inovar”, comenta Fontes.

espaço para crescer

Apesar do atrito exposto nas rela-ções entre empresas usuárias e fornece-doras de TI, os CIOs estão otimistas em relação ao mercado. “É uma situação incômoda, mas isso não determina can-celamento de contratos ou rompimento de relações”, aponta Fontes. Para ele, há muito espaço para ambos os lados crescerem e o mercado busca melhorias nesse sentido já que há um aquecimento que não pode ser desperdiçado.

O estudo da IT Mídia mostra que em 64,93% das empresas, o orçamento de TI foi cumprido conforme o planeja-do e outras 11% até aceleraram os pla-nos originais. Mesmo nas 23,78% nas quais os planos ficaram aquém do pre-visto, é esperada uma aceleração para que a companhia não perca espaço no mercado e resolva demandas para as quais a TI não estava preparada.

Fonte: IT Mídia Estudos

Antes dA tI, A estrAtégIA é um estudo AnuAl reAlIzAdo pelA It mídIA com líderes de tI dAs 1 mIl mAIores empresAs do pAís

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setembro 2012 www.crn.com.br58

E foi assim que aconteceu

negócio novo

Por Tatiana Negrão | especial para a CRN Brasil

Relacionamento antigo,

Além de umA boA ofertA, um relAcionAmento embAsAdo em credibilidAde sempre Abrirá portAs pArA o seu negócio

Com uma história bas-tante peculiar no País (1), a Mitsubishi Motors do Brasil completou 23 anos, este ano. A infra-

estrutura de tecnologia sempre esteve presente com sistemas legados. Só em 2000, com a aquisição do ERP da Pe-opleSoft (companhia comprada pela Oracle, em 2003), aconteceria a pri-meira mudança radical no que tange à TI como ajuda aos negócios. Nesta época, o consultor de tecnologia Ger-son Gildin auxiliou na implementação do novo sistema de gestão e trabalhou diretamente com o então diretor ad-ministrativo Geraldo Oppenheim.

Quando Gildin foi trabalhar na Nórdica Software, fornecedora brasi-leira da QlikTech – desenvolvedora do aplicativo de BI QlikView –, ele lem-

brou que a Mitsubishi possuía um ERP, mas não tinha um BI. “Fui ao Geraldo Oppenheim, que ficava baseado em Catalão (GO), na fábrica da empresa, e mostrei a nossa solução”, conta Gil-din. Embora tenha gostado da solução, a aprovação da ferramenta só poderia acontecer pelas mãos de Eduardo Zala-mena, gerente de TI da empresa.

Um processo técnico de avaliação por teste foi o bastante para a compa-nhia perceber que o BI iria atendê-los. A negociação aconteceu de forma rá-pida e 40 licenças foram compradas. “Não tínhamos análise crítica do nosso sistema orçamentário. Relatórios de despesas e investimentos demoravam 30 dias para ficarem prontos. Com a nova ferramenta e a reestruturação dos nossos processos internos, os dados passaram a vir em um dia”, conta Za-

lamena ao explicar: “O investimento é baixo pelo que proporciona, a grande questão é que não adianta você ter a ferramenta, se você não tem uma base de dados pronta para recebê-lo”

A implementação aconteceu em cinco dias e contou com um funcio-nário da Nórdica e com a equipe de TI da Mitsubishi. Gildin explica que para o usuário final não foi preciso treinamento por conta da facilidade de interação com a ferramenta.

A aceitação foi tão grande, que o número de licenças compradas do-brou, e o que estava restrito à unidade orçamentária foi expandido para as áreas de marketing e vendas, atendi-mento ao cliente e controle de estoque. “Além de auxiliar nosso CRM, o BI ajuda na parte de produção com aná-lises qualitativas e quantitativas.”

Hoje, 100 funcionários utilizam a ferramenta e a ideia é colocá-la ainda em outros processos.

eu uso...João Carlos Barrozo Ferreira tra-

balha na área de compras corporati-vas, no departamento de suprimen-tos. Em depoimento à CRN Brasil ele relata: “Hoje é possível gerar os relatórios gerenciais com informações do sistema. Antes, a gente não conse-guia mesclar as informações que tra-balhávamos no Excel. Com o BI, é possível gerar gráficos e cálculos em que podem ser aplicados filtros em de-terminadas informações. Isto facilitou muito o meu dia a dia. Deixei de per-der meio dia de trabalho, instantane-amente, com a velocidade com que os relatórios são emitidos.”

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NEGÓCIO NOVO

Fotos: Divulgação

Era meado de 1998 quando Eduardo de Souza Ramos e Paulo Ferraz decidiram largar o trabalho que faziam para entrar na área de im-portação e venda. Fizeram um book capricha-do do que seriam capazes e o enviaram a três grandes marcas. A japonesa Mitsubishi Motors respondeu interessada. Souza reuniu números, fotos, dados do Brasil e foi para o Japão. Voltou nomeado importador. Depois de um tempo, ou-tra conquista: produzir no País as peças e os car-ros da fabricante. Até hoje, é a única operação industrial de veículos Mitsubishi no mundo que não pertence à marca japonesa.

As cabines duplas Mitsubishi L200 fabrica-das no Brasil não eram as mesmas que rodavam pelo Japão. Estavam mais longe do solo, equipa-das com largas rodas cromadas, a imponência ressaltada pela adição de faixas laterais e pelo in-terior bem cuidado onde se incluía, além da so-norização, um distinto revestimento em couro.

Os convidados para a inauguração também não eram os mesmos que costu-mavam consumir picapes por aqui. Re-presentantes da elite econômica e cultural paulistana se mostraram encantados com os luxos e novas possibilidades que a Mitsu-bishi lhes oferecia. Até os nipônicos se sur-preenderam ao ver, pela primeira vez, suas valentes e trabalhadoras Mitsubishi L200 transformadas em desejo de consumo no mercado de alto luxo.

Os conceitos de qualidade superiores aplicados à cabine dupla da Mitsubishi L200 diferenciavam-na das demais. Essa imagem passou a se refletir também nos utilitários es-portivos Pajero. Esse pensamento, aliado às boas vendas, transformaram a versão Full, topo-de-linha, em refinado objeto do desejo e permitiram a produção do modelo Sport em Catalão, Goiás, alguns anos depois.

Ciclo de conversação:

Você sabia que....

era diretor administrativo da Mitsubishi Motors Brasil

Gerson Gildin é consultor da Nórdica Software,

antes trabalhava com a PeopleSoft, por isto sabia que a Mitsubishi não tinha um BI

Eduardo Zalamena, gerente de TI da

Mitsubishi

usuário da ferramenta

Geraldo Oppenheim

João Carlos Barrozo Ferreira,

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR60

NESTE MÊS...

Depois de ser adqui-rida pela Intermec por 190 milhões de dólares e se trans-formar em uma uni-

dade de negócios da empresa, a Vocollect, provedora de soluções

de captura de dados por meio de voz para operadores móveis, tem o desafi o de disseminar seus pro-dutos no Brasil. “Falta às empresas brasileiras conhecerem nossa so-lução para entenderem o ganho na produtividade que ela oferece. Sem

contar o bem-estar do próprio fun-cionário”, conta Paula Saldanha.

As soluções da companhia são voltadas, sobretudo, para opera-dores logísticos, permitindo que o colaborador receba e responda aos comandos por meio da voz. “Isto é fantástico, porque deixa as mãos da pessoa livre. Isto cansa menos e as chances de erro são bem menores. O brasileiro tem um trauma com a tecnologia de voz que foi usada por muitos call centers e não deu certo. O nosso produto possui uma tec-nologia que não dá para comparar, é muito superior”, comenta Paula que, além de comandar a operação brasileira, é também apaixonada pela tecnologia da empresa. “Sem-pre trabalhei em grandes compa-nhias de TI. Chegou um momento que decidi buscar uma empresa. Ela deveria ter três características: ter tecnologia inovadora, ser norte--americana e estar começando no Brasil”, revela.

Entre as vantagens do produto, a executiva ressalta que em duas horas de treinamento o operador está apto a utilizar a solução; o re-torno do investimento se dá entre 12 a 15 meses; e é de fácil inte-gração com outros sistemas de TI. “Nos Estados Unidos, nove entre os dez maiores varejistas utilizam Vocollect. No Brasil, não podemos divulgar nome de clientes, mas já estamos nos maiores”, diz.

A companhia que atuava no País desde 2005, apenas por meio de parceiros, resolveu, em 2010 contratar Paula para tocar os negó-cios por aqui. A atuação continua 100% via canal.  De casa, a execu-tiva comanda os negócios e para reuniões com clientes e parceiros utiliza as instalações da Intermec. Sem revelar números, deixa esca-par que no primeiro semestre de 2011, já havia batido todas as me-tas estipuladas para o ano. Em tro-ca, ganhou a responsabilidade de cuidar da operação da empresa na Argentina, Chile e Uruguai.

...A VOCOLLECT GANHOU ESCRITÓRIO NO BRASIL

DEPOIS DE TRABALHAR EM GRANDES COMPANHIAS PAULA SALDANHA REALIZOU O SONHO DE ATUAR EM UMA EMPRESA COMEÇANDO OS NEGÓCIOS NO BRASIL.  ELA É GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS DA VOCOLLECT PARA A AMÉRICA DO SUL E TAMBÉM A PRINCIPAL EXECUTIVA DA COMPANHIA NA REGIÃO

FUTURO

Paula Saldanha

Graduada em engenharia de produção mecânica pela Universidade de São Paulo (USP), possui especialização em marketing pela ESPM, além de MBA pela Fundação Instituto de Administração (FIA)

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BUSCAR UMA EMPRESA:

A executiva achou a vaga na Vocollect no

LinkedIn. As primeiras entrevistas foram

feitas por telefone, até a ela ir à sede

da companhia, nos Estados Unidos, para

ser entrevistada pelos seus superiores e

subordinados.

TECNOLOGIA INOVADORA:

Fundada em 1987, por Roger Byford,

Larry Sweeney e Bob Salicce. Um dos

fundadores trabalhava em laboratório

de pesquisa e percebeu que ao

fazer observações no telescópio e

anotar o que via, quando retornava a lente, o material

observado já estava modificado. Percebeu

que precisava que seus registros acontecessem de

forma a ficar com os olhos fixos e

as mãos livres.

INTEGRAÇÃO COM OUTROS

SISTEMAS: Vocollect VoiceWorld Suite integra-se com

todos os grandes sistemas de WMS e

ERP, SAP, e suporte a soluções móveis

100% VIA CANAL:

Os parceiros atuais, no Brasil, são Seal

Tecnologia, Boreal Technologies,

Prologbr, TWx, Quebeck e ScanLaser.

Por Patricia Joaquim | [email protected]

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR62

NESTE MÊS...

Oportunidades envolvem os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. A Synchro, empresa especializada em software fiscal, tem cerca de 40 vagas em aberto para profissionais da área de TI. As informações são do blog Vagas em TI, do IT Web. ...A CRN FOI AO INTERIOR

O interior paulista é um dos destinos mais cobi-çados pelos fabricantes de todo o mundo. Quente durante a maior parte do

ano, é reduto de 15% do produto inter-no bruto (PIB) do estado de São Paulo, que, por sua vez, representa mais de 35% da receita de todo o Brasil, se-gundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Seade.

Composto por cidades como Campinas, Jundiaí, São José dos Cam-pos, São Carlos, São José do Rio Pre-to, Ribeirão Preto – e tantas outras –, o PIB da região, em 2009, foi de 542 bilhões de reais, o que configura cerca de metade de tudo o que é arrecadado no estado de São Paulo, e é maior que a arrecadação em países como Chile, Peru e Nova Zelândia.

O consumo dos domicílios das cidades do interior paulista em 2012 deve somar 382,3 bilhões de reais, ou 50,2% do total do estado, revelou um estudo da IPC Marketing.

Outras coisas que chamam a aten-ção no interior paulista são universida-des como a de Campinas e São Carlos, que estão entre as melhores do Brasil.

Agora que você já não se aguenta e quer mudar com toda a família para essa região riquíssima de São Paulo, e pensa em seguir alguns fabricantes que, de fato, estão se alojando por lá, para desenvolver essa grande oportu-nidade para o mercado de tecnologia, é sempre bom ouvir alguém com so-taque interiorano para ver em que pé está a região.

O personagem que arrasta vários “erres” e pode nos ajudar a compreen-der todo esse cenário é Roberto Cam-pos, fundador e Chief Commercial Offi-cer (CCO) da integradora LCS, maior parceiro Citrix na América Latina e um dos mais premiados pela Microsoft no que tange a negócios com o Office 365, que fica sediada em Ribeirão Preto.

Para começar, vamos fazer um balanço de todos esses números: “São indicadores econômicos que se apre-sentam ao mercado, mas que criam certa confusão para as empresas de tecnologia. É um fato que nossa região tem crescido, percebemos um merca-do mais robusto em investimentos de TI, mas o ponto principal da tomada de decisão ainda está concentrado nas grandes capitais. O interior paulista

está repleto de extensões das metró-poles”, avalia Campos.

Campos certifica que o interior segue a evolução natural do mercado, ampliando aos poucos a maturidade em vários segmentos econômicos, principalmente na tecnologia – que permite uma evolução de vários outras verticais -, porém, as decisões ainda são tomadas nos grandes centros e, por vezes, a região gera a receita, mas o dinheiro é direcionado para as sedes das empresas.

A confusão sobre “onde está o dinheiro?” também gerou um cenário curioso, como conta Campos: “Muitos canais vieram para o interior de São Paulo para atender a necessidades de fabricantes, mas apenas baseados nos números, sem conhecimento regional. O resultado é que muitas delas, quase todas, voltaram, pois é primordial ter o jeito interiorano de trabalhar, saber como a banda toca”.

É uma troca: da mesma forma que as empresas da capital devem ter sotaque para fazer negócios contínu-os no interior, as empresas da região também são obrigadas a entender a velocidade e imediatismo das capitais.

Até ponderando a afirmação an-terior, a verdade é que, se em grandes centros como São Paulo os investimen-tos em cloud computing são comple-xos, a nuvem no interior também está passando por uma zona de conforto e conflito, pois apesar de as coisas esta-rem funcionando, a necessidade evolu-tiva é latente. “A adoção não está ace-lerada, mas está acontecendo.”

O que falta, aos olhos do executi-vo, são ofertas realmente agressivas, que instiguem as empresas a migra-rem, a procurar entender e avançar mais rápido para tecnologias em geral, não só a nuvem, pois esperar casos de sucesso pode ser prejudicial para o fu-turo de todo o País.

Para ele, existe muita pressão para que o mercado de tecnologia se desenvolva no interior paulista, como um escoamento natural das oportunidades de São Paulo, mas há vários problemas que represen-tam ameaças para a maturidade de toda a nação. “Nós não conseguimos atualmente ter um serviço básico de telefonia, para falar, imagine chegar com propostas de big data, que ro-dam principalmente em dispositivos

SÃO PAULO

Por Renato Galisteu | [email protected]

A visão caipira do interior paulista

Por Roberto Campos, da LCS

Apesar de reconhecido como extensão das grandes capitais, as empresas ainda não levam decisões estratégicas core para o interior

Canais das capitais se interessam pelo interior pelos números interessantes que mostram, mas acabam voltando às metrópoles por não dominarem o contexto de negócio da região

Empresas do interior também precisam entender e seguir a dinâmica imediatista dos grandes centros urbanos Questões de infraestrutura, como a telefonia, ameaçam o potencial de avanço do interior em maturidade de negócios

As grandes universidades do interior formam talentos que, dificilmente, têm interesse em se estabelecer oficialmente na região; desejam as capitais

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Consumo do interior de São Paulo em 2012

= R$ 382,3 bilhões = 50% do estado

Piracicaba

Campinas

13 aeroportos, sendo Campinas o maior, e Piracicaba o menor

O LADO DE DENTRO DE SÃO PAULO $ $$

População das 20 cidades que formam o interior: + 8 milhões (2011)

PIB: 542 bilhõesde reais (2009) = 15% do total Brasil

móveis? O problema do merca-do é a sede ao pote, sem uma evolução contínua, estruturada. Cobrar resultados é simples, en-tender de onde vêm esses resul-tados é complexo, e é necessário maior esforço neste ponto.”

Outro grande direcionador de negócios para o interior paulista são as universidades. Reter ta-lentos na região é “um desafio à parte”, pois os cérebros formados no interior raramente ficam por lá. “É difícil concorrer com multi-nacionais”, diz. “Temos uma coi-sa peculiar na região: formamos um grande número de gente boa que migra para as metrópoles, e as pessoas que não se encaixam dentro da nova perspectiva de ne-gócios das capitais se realocam no interior. Esse é um cenário pouco abordado pelas pesquisas, mas que influencia muito no desenvol-vimento real da região.”

Quem retém esses recém-for-mados por lá, em suma, são gran-des empresas – a maioria delas de tecnologia e do setor automoti-vo – que se instalaram no interior,

com fábricas e centros de distri-buição. “Profissionais nativos são os ideais para desenvolver negó-cios e tecnologias na região, mas, dos que ficam, poucos visam se estabelecer no interior, a não ser que seja para dar continuidade nos estudos.”

Isso significa que só pesso-as ruins ou medianas ficaram na região? “De forma alguma. O pro-blema é que os jovens estudam no interior visando um melhor emprego na capital, então fica-mos órfãos de pessoas capazes de acelerar a inovação.”

Resumindo, vá para o interior paulista, mas mude a mentalidade: o pote de ouro existe e não está no final do arco-íris, mas sim na rela-ção compreensão, conhecimento e continuidade. “Quem não está no interior, sofre pressão para migrar. Quem está, sofre pressão para deslanchar nos resultados. O in-terior paulista é um bom negócio, mas pode melhorar. É um esforço mútuo entre quem quer vender e o motivo pelo qual as pessoas deve-riam comprar”, analisa.

Fonte: IBGE

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setembro 2012 www.crn.com.br64

Neste mês...

A entrevista co-meçou com atra-so considerável. O trânsito paulistano, claro, não decepcio-

nou e deu sua parcela de con-tribuição, mas a causa foi bem menos prosaica e a explicação chegou com os pedidos de des-culpas sinceras e um sorrisinho discreto ao fundo: uma reunião alongada por uma inesperada oportunidade de negócios. “A inicial meta envolvia 100 access points. Acabamos incluídos em uma concorrência por 25 mil”, comemorou justificadamente o diretor-geral da Aerohive para a América Latina, Fernando Lobo.

O executivo brasileiro feste-ja cada uma das etapas vencidas rumo ao plano de estabelecer a marca no continente e, particu-larmente, no Brasil. A estratégia tem por trás seu conhecimento do mercado, acumulado na ges-tão de empresas como Nortel, Radware e, mais recentemente, a concorrente Aruba, da qual se desligou seduzido pela inovação tecnológica que diferencia a Ae-rohive – a eliminação da contro-ladora em redes wifi, substituída por uma arquitetura distribuída sustentada por protocolos com sistema operacional colaborati-vo e gerência na nuvem pública ou privada, com pontos de aces-so turbinados para suportarem todos os recursos disponíveis.

Tal conhecimento definiu os passos estratégicos para a implantação da marca. O pri-meiro deles, contar com o apoio de uma distribuidora muscu-losa o suficiente para suportar as necessidades de revendas e clientes. A eleita foi a Westcon, hoje responsável pela distribui-ção na América Latina. No Bra-sil, a função é dividida com a

Axyon. Os canais vieram atrás. Hoje, por aqui, são cinco mais parrudos, com alguns menores distribuídos pelas diferentes regiões. Menores, mas não me-nos importantes.

A base da conquista de es-paços da Aerohive pode ser defi-nida na expressão “comer pelas beiradas”, buscando espaços menos valiosos para os concor-rentes, mas nem por isso menos rentáveis. No continente, isso significou começar com presen-ça mais acentuada em merca-dos como a Colômbia, ao invés de duelar com as líderes pelo México. No Brasil, estão em foco o interior de São Paulo, o Norte e o Nordeste. Ironicamente, a glo-balização deu seu pitaco final e negociações em mercados qua-se periféricos estão rendendo cases de uso e uma porta de en-trada em clientes globais como DHL, já atendida na Colômbia, e Devry, instituição de ensino nor-te-americana que comprou a Fa-culdade Vale do Ipojuca (Favip), que atua no agreste pernambu-cano no município de Caruaru.

“O investimento de 1,5 mi-lhão de dólares está mostrando resultados”, diz Fernando Lobo. Os recursos foram direciona-dos para, por exemplo, a con-tratação do engenheiro Kleber Freitas, que ficará sediado no Brasil e responderá pelo supor-te técnico e pelo treinamento de canais. Também sustentam os deslocamentos continentais do executivo globetrotter, que “mora no avião e há 15 anos paga imposto em Miami”. Uma habilidade adquirida ao longo dos anos essencial para turbinar a inovação e a empresa, que já contabiliza mais de 3 mil clientes e cujo crescimento médio anual bate em 40%.

...A Aerohive se Abriu Ao mercAdo brAsileiro

brasil

Por Martha Funke | especial para a CrN brasil

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Os pontos de acesso wireless corporativo 802.11n da Aerohive são baseados em infraestrutura wireless com tecnologia de controle cooperativo para fornecer solução LAN wireless baseada em controladora – mas sem a necessidade da controladora. Os pontos de acesso da marca são organizados em grupos que compartilham o controle da informação entre si e possibilitam funções como roaming L2/L3 seguro e rápido, gerenciamento de RF coordenado, segurança, QoS e rede mesh. Esta capacidade de compartilhamento possibilita uma nova geração de arquitetura LAN wireless mais fácil de implementar e expandir, confiável, escalável (não é necessária uma nova controladora a cada filial, por exemplo), de alta performance e otimizada para voz sobre WLAN – tudo sem a necessidade de uma controladora.

Tecniquês

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SETEMBRO 2012 WWW.CRN.COM.BR66

CRN TECH

Por Edward J. Correia, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

REFORÇANDO SUA LINHA DE STORAGE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, A BUFFALO TECHNOLOGY, DE AUSTIN, TEXAS, LANÇOU A SÉRIE TERASTATION 7000: DOIS SERVIDORES DE

ARMAZENAMENTO MONTADOS EM RACK COM VALORES A PARTIR DE 5 MIL DÓLARES PARA STORAGE DE 8 TB, COM CARACTERÍSTICAS DE REDUNDÂNCIA.

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NOVA INTERFACE DE PROGRAMAÇÃO

REVIEW:

O BUFFALO

TERASTATION 7120R

Baseado nos processadores Intel Xeon quadcore, estes servidores 2U podem ser configurados para NAS e

iSCSI simultaneamente. A série Te-raStation 7000 possui quatro portas Gbit Ethernet e fornecimento de ener-gia redundante, e pode oferecer até 24 TB de capacidade de storage online. As portas Ethernet podem ser combi-nadas ou redundantes.

Tanto o TeraStation 7120r quan-to o 7120r Enterprise possuem drive bays 3.5 polegadas e 12 hot-swap e são certificados pela VMware para NFS. Ambos também rodam no sis-

tema NAS no TeraStation da Buffalo, que apresenta uma configuração alta-mente intuitiva baseada em browser.

O TeraStation 7120r possui 4 GB de memória DDR3 e um proces-sador Xeon quad-core E3-1225 de 3.1 GHz e está disponível nos mo-delos de 8 GB ou 12 GB. O TeraS-tation 7120r Enterprise foi feito com um processador Xeon quad-core E3-1275 de 3.4 GHz com 9 GB de me-mória DDR3 e pode gerenciar até 24 TB ou storage. Ambos podem geren-ciar drive SATA de 6 Gb/s e podem ser configurados como RAID 0, 1, 5, 66, 10. 51, 61 ou só um pacote de

discos ( JBOD).A Buffalo enviou ao Centro de

Testes da CRN EUA um TeraSta-tion 7210r equipado com 12 drives. Utilizando o browser de software, pudemos conf igurar o array como iSCSI e acessá-lo do nosso sistema de teste, um Dell T1600 worksta-tion. Utilizando um Iometer e nosso procedimento padrão de teste para maximizar o processo de transação e throughput de dados, os testes al-cançaram um pico de taxa de trans-ferência de 96.6 MB/s utilizando blocos de 32K. Com blocos de 512-byte, a taxa de transferência do Te-

raStation alcançou pico de 83,796 IOps.

Para as revendas que procuram soluções de storage eficazes em ter-mos de redução de custo para peque-nas e médias empresas que podem crescer junto com cliente, a série TeraStation da Buffalo deve ser con-siderada. Eles suportam Active Di-rectory, replicação compartilhada, cotas de disco, expansão de memória e PCI-e add-ons. Também possuem garantia de três anos com suporte te-lefônico 24 horas por dia e 7 dias por semana, nos Estados Unidos.

REFORÇANDO SUA LINHA DE STORAGE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, A BUFFALO TECHNOLOGY, DE AUSTIN, TEXAS, LANÇOU A SÉRIE TERASTATION 7000: DOIS SERVIDORES DE

REFORÇANDO SUA LINHA DE STORAGE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, A BUFFALO TECHNOLOGY, DE AUSTIN, TEXAS, LANÇOU A SÉRIE TERASTATION 7000: DOIS SERVIDORES DE

REFORÇANDO SUA LINHA DE STORAGE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, A BUFFALO

ARMAZENAMENTO MONTADOS EM RACK COM VALORES A PARTIR DE 5 MIL DÓLARES PARA TECHNOLOGY, DE AUSTIN, TEXAS, LANÇOU A SÉRIE TERASTATION 7000: DOIS SERVIDORES DE

ARMAZENAMENTO MONTADOS EM RACK COM VALORES A PARTIR DE 5 MIL DÓLARES PARA TECHNOLOGY, DE AUSTIN, TEXAS, LANÇOU A SÉRIE TERASTATION 7000: DOIS SERVIDORES DE

STORAGE DE 8 TB, COM CARACTERÍSTICAS DE REDUNDÂNCIA.

NOVA INTERFACE DE PROGRAMAÇÃOTERASTATION 7120R

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crn | Partner Summit

Um encontro entre latinoamericanos

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all inclusive:o Gran Velas conta com acomodações exemplares e um serviço “all inclusive” que prima pela qualidade da alimentação e instalações muito bem preparadas

premiação:time da sonda recebeu a premiação

“Top channel partner 2012”

Trabalho:Festa de encerramento

que ocorre na praia, com a palavra dos patrocinadores e

entrega de premiações

obrigaTório:A viagem até Cancún também reserva

algumas surpresas adicionais.A maioria dos voos com esse destino

faz escala em miami, a “meca” de compras dos brasileiros.

os inúmeros shopping centers são atrativos por conta dos preços

baixos ofertados para produtos de qualidade e marcas famosas.sawgrass mills e Dolphin são

os shoppings preferidos pelos brasileiros e, nesta viagem, fiz

uma “escala” por lá para algumas compras pessoais

o Summit...Este é o terceiro Partner Summit que tenho o privilégio de participar. Como nos anteriores, a SAP consolidou sua capacidade de gerar eventos de qualidade, sempre levando uma mensagem direta e com forte conteúdo estratégico. Comparando aos anos anteriores, neste evento pude notar uma significativa mudança de orientação de marketing da SAP na condução do evento, cujo principal objetivo sempre foi a integração com parceiros da América Latina e Caribe (LAC).Primeiramente no formato, mais orientado a produto, dado que o portfólio da SAP aumentou nos dois últimos anos e o ecossistema ainda está se preparando para absorver o conhecimento.Mais importante, ficou clara a mensagem da SAP no que toca a estratégia orientada à inovação, com o posicionamento dos produtos de analytics e tecnologia, com ênfase em mobilidade, Hana e soluções pré-configuradas. Além destes, chamou a atenção a forte orientação para as soluções “na nuvem”, um dos cinco pilares de inovação da fabricante.Torna-se um desafio difundir o portfólio, orientando o ecossistema. Também houve a participação de parceiros da Europa e Oceania, abrilhantando o evento com experiências regionais com os produtos da SAP.Neste aspecto, os países da LAC mostraram-se alinhados com a estratégia global da SAP, uma vez que nesta região alguns dos produtos de inovação já estão bastante difundidos.

carlos alberTo schwager, da sonda: entre os pontos altos do evento, intercâmbio com canais da oceania e europa evidenciou que parceiros latinos não ficam para trás no trabalho com novas tecnologias

Realizado em uma das mais belas Regiões da améRica

latina – cancún, no méxico – o evento concentRado no Hotel gRand velas, contou

com uma infRaestRutuRa de pRimeiRa linHa e

atendimento cinco estRelas

mande você também as suas dicas para esta seção: [email protected]

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agosto 2012 www.crn.com.br86

DAQUI PRA Lá, DE LA PRA Cá

Marcelo Pizzotti Maldi assuMe extreMe no BrasilCom oito anos de casa, o executivo já respondia há um ano por parte das atividades comerciais e técnicas. Agora, oficialmente no comando das operações, Maldi se reporta ao dire-tor-geral da empresa para a América Latina, Carlos Perea. citrix noMeia líder de canais e vendas Para alJavier Cuellar assume a diretoria para reforçar o compromisso de gerar táti-cas, recursos e soluções a fim de tornar o negócio dos canais mais rentável.Javier atuava como diretor de canais da Avaya para América Latina e Caribe. Anteriormente, ocupou diferentes car-gos em companhias como Microsoft (EUA e Colômbia) e NCR Colômbia.

nova diretoria de serviços gerenciados e cloud na ciscoLeonardo da Cunha Pinheiro foi pro-movido a diretor da área na estrutura de canais da Cisco do Brasil, respon-dendo pelo desenvolvimento de ofer-tas para operadoras e parceiros. Com 20 anos de experiência em vendas, marketing e desenvolvimento de ne-gócios, o executivo ocupava o cargo de gerente de vendas para operado-ras, empresas de mídia e TV a cabo.

senior quer Mais Parceiros coM novo gerente de canaisMarcos Roberto Guenther foi pro-movido a gerente nacional de canais na desenvolvedora. Interinamente na função desde junho, agora, ele coor-denará canais e quer captar novos.

d-link noMeia gerentes eM duas regiõesCom foco em vendas, Patricia Chaves Todero subiu à posição de gerente de canais em São Paulo e região; e Paulo de Camargo Scano foi à gerência de governo, com foco em empresas esta-tais, em Brasília.Com passagens por Westcom e Ne-twork1, Patricia assume o desafio de de-senvolver e ampliar uma base de canais da empresa focada equipamentos de rede. Scano, que passou por companhias como Huawei, Juniper, Avaya e IBM, tem a missão de desenvolver um canal direto com o mercado de companhias do governo na capital federal.

infor teM novo vP de vendas Para alO brasileiro Roberto Regente Jr. será responsável pelas metas de novos ne-gócios estabelecidas pela empresa na região e por conduzir iniciativas de crescimento. Com 28 anos de merca-do, Regente Jr. já foi vice-presidente para a América Latina e o Caribe na RSA, a divisão de segurança do EMC, onde foi responsável pelo pla-nejamento estratégico, ações de ma-rketing, e liderança das equipes de vendas, canais e técnica.

Beto santos cuida da norton no BrasilO executivo é o novo country mana-ger da marca de varejo da Symantec no País. Sua contratação parece ter o objetivo de criar estratégias para os diferentes públicos do produto de segurança, com vistas também a aumentar o alcance que as solu-ções têm no mercado. Santos tam-bém vai ser responsável pelo canal de vendas, incluindo varejo, OEM, online e provedores, entre outros. Ele tem mais de 15 anos de vivência em TI, em empresas como SanDisk Corporation, Apple, Epson e Macro-media (atual Adobe).

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Stela LachtermacherDiretora Editorial IT Mídia

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Este negócio do viral, motivado pelas redes sociais é uma coisa incrível. O que antes estava ligado à doença, hoje tem uma nova conotação, de algo que se mul-

tiplica “como uma virose”. E fico assombrada com a velocidade com que isso acontece. Ainda sou daquelas que se assusta com este tipo de coisa por mais que atue na cobertura jornalística da área de Tecnologia da Informação e interaja em meu dia a dia com uma equipe extremamente jovem, com idade variando de 25 a 30 e poucos anos, e com meus filhos, todos os três recém-chegados ao mercado de trabalho.

Um viés interessante de toda esta história é a colaboração, que corre na velocidade da internet. Antes restrita às paredes da empresa e acontecendo tradicionalmente dentro do departamento para, num segundo estágio, extrapolar e incluir áreas afins, a colaboração, conceito e ato que muitas vezes não faz parte do dicionário corporativo, hoje não tem mais limites, literalmente.

Exemplo prático foi o da Fiat, que lançou no Brasil o projeto Fia Mio, que resultou em um carro concebido em cima do desejo dos consumidores, a partir de ideias enviadas pelos próprios para o site da companhia. O projeto contou com mais de 2 milhões de visitantes únicos e 17, 8 mil cadastrados que enviaram mais de 10 mil sugestões.

A construtora Tecnisa lançou o portal colaborativo Tecnisa Ideias, que reúne suges-tões para melhorar a vida das pessoas, unindo o nome da construtora ao conceito de inovação.

As melhores sugestões concorreram a um prêmio de 5 mil dólares.

Recentemente, tive contato com alguns sites que buscam colaboradores que queiram contribuir com projetos com os quais se identificam. Pode ser um projeto cultural, social ou em qualquer outra esfera. O site tem o papel de aglutinador de apoia-dores e, em vez de fundos de investimento, quem banca os projetos são estes apoiadores.

Um exemplo é um projeto que contempla uma ação social que necessita de verba. O projeto é apresentado no site juntamente com as opções de valores para contribuição e há um objetivo comum de atingir uma meta dentro de determinado prazo para que ele se realize. Se o objetivo é atingido, o valor é entregue ao organizador para que, então, se viabilize e este retribui como achar mais adequado, com um presente, brinde etc... Este tipo de ativida-de já patrocinou diversos projetos, como a realiza-ção de filmes e mesmo de iniciativas sociais. Caso o valor mínimo não seja atingido, cada contribuinte recebe seu dinheiro de volta.

Se você tiver histórias do gênero e queira compartilhá-las envie para mim no e-mail [email protected] e desta forma estaremos um grau mais unidos. Até a próxima!

Colaboraçãoem sua essência

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