Cultura e Funcionamento Da Lingua Latina i

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Prof. Thiago Felício CULTURA E FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA LATINA I

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CULTURA E FUNCIONAMENTO DA LNGUA LATINA I

Prof. Thiago FelcioCULTURA E FUNCIONAMENTO DA LNGUA LATINA IO latim sobressai como a lngua oficial da civilizao romana.

Indo-europeu > Proto-indo-europeu > LATIM

O ADVENTO DO LATIMPara entendermos o porqu de, dentre as lnguas faladas na Pennsula Itlica, apenas o latim deflagrar-se como lngua de domnio no mundo antigo [...] a propagao da lngua latina deu-se por fora dos fatores de ordem externa ao sistema lingustico, sobretudo, a natureza poltica e belicosa desse povo austero acrescida da privilegiada localizao geogrfica de Roma que efetiva toda a conquista territorial. (LIMA, 2015, p. 11)

LATIM GREGO

As duas principais lnguas do mundo antigo

Fatores marcantes de Roma: arquitetura, arte, literatura e a religio.

Na proporo que se consolidava a importncia poltica do imprio romano, o latim se tornava a lngua dos povos conquistados por esse imprio.Manios med fhefhaked Numasiosi.

INTERPRETAO: Manius me fecit Nemerio.

TRADUO: Mnio me fez para Nemrio.1. Perodo Arcaico entre o sc. III e o sc. I a. C.

2. Perodo Clssico entre o sc. I a. C. e o incio do Imprio.

3. Perodo Ps-clssico a partir do incio de nossa era.

4. Perodo Cristo a partir do sc. III de nossa era.PERODOS DA HISTRIA DO LATIMO latim comeou como uma lngua de camponeses.

Urbanizou-se.

Lngua que exprimia o direito, a poltica e a organizao da vida pblica dos cidados romanos.Latim Clssico, Literrio ou Sermo Urbano era escrito, imutvel e rigoroso que chegou a esta gerao por meio dos textos escritos dos grandes autores.

Latim Vulgar ou Sermo Vulgaris usado na forma falada pelo povo em geral, classes semiletradas ou iletradas. Ao contrrio do Latim Classico, transformava-se rapidamente e deu origem s lnguas romnicas.

MODALIDADES DE USO DO LATIMAps a queda do Imprio Romano, termina a histria da lngua latina e um sculo mais tarde a histria da literatura.

Continua por quase mil anos como a lngua da civilizao do Ocidente.

Hoje, o latim a lngua oficial da Igreja e continua viva viva nas lnguas romnicas ou neolatinas: portugus, italiano, espanhol , francs, romeno, rtico, galego, provenal, catalo, sardo e dalmtico.Saber falar latim hoje em dia dar prova de que se tem educao filolgica, pois esta lngua permeia os saberes de muitas outras cincias para alm da Lingustica, como a Botnica, a Qumica e a Medicina em que o Latim possui um lugar preponderante. (LIMA, 2015, p. 21)Como o s fillogos tomaram conhecimento das caractersticas do latim, se a forma vulgar s existia na modalidade falada?Em que sculo a lngua latina teve seu maior esplendor e que nome teve esta poca?

QuestionamentoDe origem fenciaFormado atravs do gregoNa poca de Ccero, compunha-se de 21 letras a b c d e f g h i k l m n o p q r s t u xO j e v foram introduzidas somente no sculo XVI pelo humanista francs Pierre de la RameO y e o z foram includos no sculo I a.C. para facilitar a transcrio de palavras

Os textos latinos hoje so escritos usando-se 25 letras:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v x y zO alfabeto latinoA vogal breve indicada pelo sinal , chamado de braquia e a longa, pelo sinal -, chamado de mcron, colocados acima da vogal.EXEMPLOS: caro Icrus; amar amre; destruo delo; segredo secrtum; histria historam; ouvir audre; caracol cochelam; sabor saprem; olho oclus e seguro secrum

O sistema fonolgico da lngua latinaa) Em latim, o acento tnico nunca recai sobre a ltima slaba e pode-se afirmar que nesta lngua no h palavras oxtonas.b) As palavras de duas slabas, em princpio, so paroxtonas: Rosa rosa; jogo ludus.c) As palavras de trs ou mais slabas podem ser paroxtonas ou proparoxtonas.

__________________________________Sero paroxtonas se a penltima slaba for longa, pois nelafica o acento: Alegrar-se gaudre; amado amtus. Sero proparoxtonas se a penltima slaba for breve, pois oacento tnico recua para a slaba anterior: Senhora domna, criada famlaPadres Acentuais da Lngua LatinaRomana: Usada em Roma nos dias atuais e mantem a pronncia corrente entre os sculos V e VI da era crist.Reconstituda ou restaurada: Tem bases cientficas. Seus seguidores esforam-se para reproduzir a pronncia usada pelas camadas mais cultas de Roma, poca de Cicero. Tradicional: aportuguesamento das palavras

Os 3 tipos de pronnciaa) Os ditongos ae e oe soam e: O cu caelum; de Roma Romae; castigo poena.b) O c dobrado, seguido de e ou i soa ks: Ir para accedo; recebo accipo.c) Ch, ph e th soam, respectivamente, : Brao brachum; filsofo philosphus; tesouro thesaurus.d) LL, NN e TT devem ter som reforado: Serva ancilla; ciranda vannus; atento attentus.A pronncia Tradicionale) M e N podem dar som nasal s vogais: Campo, campus; monte mons.f) S impuro (s inicial seguido de consoante que no seja c) deve ser pronunciado de tal forma que no se oua a vogal e: Esperana spes; base statumen.g) O grupo ti, em slaba interior, seguido de vogal e no precedido de s, t, x, tem valor de ci: Ao, actio; mensageiro nuntus; porm Hstia hosta; mistura mixto; cio, poeta romano Attius.h) U soa sempre: Cobra anguis; Quinto Quintus.i) X soa ks: Rei rex; noite nox.j) Consoantes finais so sempre bem pronunciadas: Em frente de coram; rio flumen.a) No existem artigos.b) Os pronomes pessoais do caso reto so pouco empregados.c) As preposies so menos empregadas que em portugus, como se ver ao longo deste curso.d) As palavras, como no portugus, dividem-se em variveis e invariveis.e) As variveis so: substantivo, adjetivo, pronome e verbo.f) As invariveis: advrbio, preposio, conjuno e interjeio.Caractersticas da Lngua LatinaExistem trs gneros: masculino, feminino e neutro3 pessoas gramaticais3 tempos verbais3 modos finitosVoz ativa e passivaAspecto: para a ao inacabada o INFECTUM; para a ao ACABADA o PERFECTUM e, ainda o SUPINO base de formao para os tempos de ao acabada na voz passiva.

Em Latim posio das palavras na frase no ditada por sua funo. Isso porque em latim a terminao que indica, de acordo com a espcie de palavra, o gnero, o nmero, a pessoa e a funo sinttica que ela exerce.

Pur amicam amat. Amicam amat pur. Amat pur amicam. Amicam pur amat.SINTAXE (livre)A lngua latina diferentemente da lngua portuguesa, vale-se de um sistema de flexes denominado MORFEMAS DE CASO (FURLAN; BUSSARELA, 1977).Em Latim, os substantivos, os adjetivos, os pronomes e alguns numerais apresentam uma terminao ou forma varivel conforme a funo sinttica que exercem na frase em que aparecem, levando em considerao ainda algumas categorias gramaticais, como as de gnero e nmero.a) Sujeito: Ana boa aluna Anna discipla bona est.b) Predicativo: Aquela menina Ana - Illa pulla, Anna est.c) Vocativo: Ana, por que no louvas tua amiga? Anna, cur amicamtuam non laudas?d) Adjunto adnominal restritivo: O livro de Ana novo. Annae libernovus est.e) Objeto indireto: Pedro obedece a Ana. Petrus Annae obtemprat.f) Complemento nominal: A amizade agradvel a Ana. Amicita Annae grata est.g) Adjunto adverbial: Pedro passeia com Ana. Petrus cum Annamblat.h) Agente da passiva: Pedro amado por Ana. Petrus ad Ann amatur.i) Objeto direto: Pedro ama a Ana. Petrus Annam amat.01: Os casos latinosCASOS FUNO SINTTICA EXERCIDANominativo caso do sujeito e do predicativo do sujeitoVocativo caso do vocativoGenitivo caso do adjunto adnominal restritivo, que d idia de posse,ainda que uma posse virtual.Dativo caso do objeto indireto e do complemento nominalAblativo caso do adjunto adverbial e do agente da passivaAcusativo caso do objeto diretoCada CASO portador de uma desinncia paraCASOS FUNO SINTTICA EXERCIDANOMINATIVOcaso do sujeito e do predicativo do sujeitoVOCATIVOCaso do vocativoGENITIVOcaso do adjunto adnominal restritivo, que d ideia de posse,ainda que uma posse virtual.DATIVOcaso do objeto indireto e do complemento nominalABLATIVOcaso do adjunto adverbial e do agente da passivaACUSATIVOcaso do objeto diretoA declinao dAs declinaesLIMA, Telde Soares Leal Melo. Cultura e Funcionamento da Lngua Latina. Teresina: FUESPI, 2015.REFERNCIA