DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE · PDF filesobre o que ele pensa de determinado ... O...

download DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE · PDF filesobre o que ele pensa de determinado ... O valor numérico da expressão 02) ... Esse aluno fez a substituição correta na expressão algébrica,

If you can't read please download the document

Transcript of DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE · PDF filesobre o que ele pensa de determinado ... O...

  • O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PBLICA PARANAENSE

    2009

    Verso Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

    VOLU

    ME I

  • SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    SUPERINTENDNCIA DA EDUCAO DEPARTAMENTO DE POLTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA ___________________________________________________________________

    SOLANGE FTIMA SCHEIFER

    PRTICA AVALIATIVA E RECUPERAO PARALELA:

    UMA EXPERINCIA

    __________________________________________________________

    LONDRINA

    2011

    http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/Image/Logos e Mapas/logogoverno.jpghttp://www.saude.pr.gov.br/arquivos/Image/Logos e Mapas/logogoverno.jpg

  • __________________________________________________

    SOLANGE FTIMA SCHEIFER

    PRTICA AVALIATIVA E RECUPERAO PARALELA:

    UMA EXPERINCIA

    Artigo cientfico apresentado Secretaria de Estado da Educao do Paran SEED, como requisito final de participao no Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, rea de Matemtica UEL.

    Orientador: Prof. Dr. Regina Luzia Corio de Buriasco Universidade Estadual de Londrina.

    __________________________________________________________________________

    LONDRINA

    2011

    http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/Image/Logos e Mapas/logogoverno.jpghttp://www.saude.pr.gov.br/arquivos/Image/Logos e Mapas/logogoverno.jpg

  • 3

    PRTICA AVALIATIVA E RECUPERAO PARALELA: uma experincia

    EVALUATION AND CONCOMITANT REMEDIAL WORK: an experience

    Solange Ftima Scheifer1

    Regina Luzia Corio de Buriasco2

    Resumo

    Com o intuito de tomar a avaliao como tarefa de aprendizagem, este trabalho apresenta uma experincia com a recuperao paralela por meio de um trabalho participativo e colaborativo, no qual se buscou, com os alunos participantes, oportunidades de identificar e superar suas dificuldades ao atuarem como construtores da sua aprendizagem. Na proposta aqui apresentada o aluno teve a oportunidade de reconhecer e corrigir seus prprios erros, analisar e identificar suas dificuldades procurando super-las na fase seguinte. Os alunos perceberam tambm, que a prova no foi punitiva, mas como uma oportunidade para verificar, refletir e procurar vencer suas dificuldades na construo do seu conhecimento.

    Palavras-chave: Educao Matemtica; Resoluo de Problemas; Avaliao Escolar; Recuperao Paralela.

    Abstract

    With the purpose to turn evaluation as a learning task, this paper presents an experience with concomitant remedial work through participative and collaborative work in which students were expected to experience opportunities to identify and overcome their difficulties while constructors of their own learning. This proposal enabled the students to recognize and to correct their own mistakes, to analyze and to identify their difficulties, and to overcome these difficulties in the following phase. Students were also able to perceive that the evaluation was not a punishment but a

    1 Professora PDE. rea curricular: Matemtica. Professora da Rede Estadual de Educao do Estado

    do Paran. 2 Docente lotada no Departamento de Matemtica da Universidade Estadual de Londrina.

  • 4

    chance to verify, reflect upon and attempt to overcome difficulties in constructing their knowledge.

    Keywords: Mathematics Education; Problem Solving; School Assessment; Concomitant Remedial Work.

    Introduo

    A avaliao parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e

    representa um tema desafiador na prtica pedaggica das escolas. Nos dias atuais,

    avaliar assume um papel mais amplo do que apenas aferir notas para o aluno, uma

    vez que ela deve estar a servio da aprendizagem. A avaliao no deve ser

    considerada nica e exclusivamente para constatao, aferio, reprovao ou

    aprovao, mas deve ser, segundo DAmbrosio

    [...] uma orientao para o professor na conduo de sua prtica docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construo de seus esquemas de conhecimento terico e prtico. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivduos para isto ou aquilo no so misso de educador. Outros setores da sociedade devem se encarregar disso (DAmbrosio, 1998, p. 78).

    A avaliao como reguladora do processo de aprendizagem fornece

    informaes ao aluno que podem ajud-lo perceber suas dificuldades e a super-las.

    A anlise dos erros, estes at ento tidos apenas para interpretar se o aluno

    aprendeu ou no aprendeu, ganha uma nova dimenso. Segundo Nagy Silva

    (2005, p. 34) as situaes de erro podem servir ao aluno como meio de reflexo

    sobre o que ele pensa de determinado assunto, para perceber que a partir delas

    tambm se aprende.

    Examinar os erros possibilita ao aluno uma atitude mais crtica em relao

    ao que aprendeu e ao que ainda no aprendeu, e uma possibilidade de percorrer

    outros caminhos, rever procedimentos, pensar novamente. Segundo Buriasco

  • 5

    tarefa do professor fazer com que o erro, aos poucos se torne observvel pelo aluno para que este tome conscincia daquele. Essa uma das contribuies pessoais que o professor pode fazer na busca de diminuir o fracasso escolar (BURIASCO, 2004, p. 251).

    Este artigo apresenta uma proposta de encaminhamento de uma

    recuperao paralela, na qual os erros e acertos so tomados como ponto de partida

    para a busca da aprendizagem. Ao discutir com o grupo o resultado das questes

    quer estejam certas ou erradas o aluno pode reorganizar os dados em busca de

    uma soluo correta, o que favorece o desenvolvimento da autonomia e contribui

    para que ele possa refletir sobre suas produes.

    A proposta e as primeiras aulas

    No primeiro dia de aula apresentei-me aos alunos e conversei com eles a

    respeito do desenvolvimento do projeto na escola. Eles mostraram-se curiosos em

    saber de que forma ocorreriam os nossos trabalhos. Expliquei ento, que as provas

    feitas por eles seriam corrigidas e utilizadas de forma que poderiam ajud-los no

    processo de aprendizagem, proporcionando-lhes uma recuperao paralela, na qual

    aprenderiam com seus erros e acertos. Alguns alunos fizeram as seguintes

    colocaes:

    Professora isso loucura, se eu errei t errado, no tem jeito no!

    Isso t complicado, como vou aprender com o que errei na prova?

    Ser que isso vai dar certo professora?

    ... deve ser diferente aprender com o que errei e acertei.

    Hum... quero s ver no que vai dar isso da.

    Respondi ento, que no decorrer das nossas aulas eles iriam perceber que

    possvel sim, refletirmos sobre nossos erros e acertos utilizando-os de forma que

    permitam melhorar nossa aprendizagem.

    Comuniquei tambm a eles, que seus pais iriam assinar um termo de

    esclarecimento, para que ficassem cientes de que seus filhos participariam desse

    projeto.

  • 6

    Em seguida propus a eles que fizssemos um contrato de trabalho no qual

    as regras negociadas deveriam ser observadas e respeitadas por todos os alunos.

    Listamos os itens do contrato, salientando sua importncia para o bom

    desenvolvimento de nosso trabalho, e informei tambm que poderemos negociar

    itens em nosso contrato, sempre que necessrio. O contrato estabelecido ficou

    ento com os seguintes itens:

    respeitar os colegas e a professora;

    aguardar a vez para se manifestar quando o colega estiver expondo

    suas ideias;

    no ausentar-se da sala de aula, salvo em ocasies especiais;

    respeitar as opinies e sugestes dos colegas nos trabalhos em

    equipe;

    as formaes de alguns grupos sero da responsabilidade da

    professora, para evitar panelinhas;

    respeitar o horrio do intervalo no entrando atrasado na sala de aula;

    participar ativamente de todas as atividades propostas.

    Como no houve manifestao contrria por parte de nenhum dos alunos,

    considerei que o nosso contrato foi aprovado. Todos os alunos concordaram e se

    prontificaram em obedecer a essas regras para o sucesso de nosso trabalho.

    Propus algumas tarefas sobre contedos que j haviam estudado nos dois

    bimestres anteriores, apresentadas a seguir.

    01) O valor numrico da expresso

    02) Escreva a equao que representa cada frase abaixo:

    a) O triplo de um nmero adicionado a 5 igual a 7.

    b) O dobro de um nmero menos a quarta parte de outro nmero igual a 12.

    c) A soma de um nmero com seus trs stimos igual a 7.

    d) O dobro de um nmero 6.

    03) Escreva a equao que expressa os dados do problema e resolva-o.

    Luiza pagou R$ 1200,00 por uma geladeira. Ela deu R$ 200,00 de entrada e o

    restante em 5 prestaes iguais. Qual o valor de cada prestao?

  • 7

    04) O triplo da idade de Paulo adicionado a 9 igual a 45. Qual a idade de

    Paulo?

    Na aula seguinte, propus a eles que formassem grupos de dois alunos para

    a correo das tarefas. Percorrendo os grupos, pude observar que alguns alunos

    no conseguiram resolver todas as questes corretamente. Por exemplo, o Aluno 03

    resolveu o Exerccio 01 assim:

    2. (- 3) + 8

    - 2 x 6 + 8

    - 12 + 8 = 4

    Esse aluno fez a substituio correta na expresso algbrica, mas no fez

    corretamente o jogo de sinais e a potenciao. Perguntei ento, como ele resolveu

    para chegar a esse resultado e obtive a seguinte resposta:

    Eu troquei o b por 3 menos. Da eu fiz mais vezes menos menos, e trs

    vezes dois seis. Da eu fi