Depressão no Idoso. Depressão Doença X Sentimento Depressão é uma palavra freqüentemente usada...
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Depressão no Idoso
Depressão Doença X Sentimento
Depressão é uma palavra freqüentemente usada de forma incorreta para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais.
A depressão, é doença como outra qualquer, que necessita tratamento
Exigir tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos nem sempre ajuda
Importante ouvir quem se sente deprimido e orientar procurar um profissional quando percebe que não trata-se apenas de tristeza
A depressão é uma doença que afeta o humor, a disposição e os sentimentos.
Prevalência alta. Várias formas clínicas. Predisposição genética. Intensidade variável. Exógena ou endógena?
O que é depressão?
Depressão no idoso
Sintomas atípicos Diagnóstico difícil Principais sinais: dor moral e
lentificação ideomotora As “máscaras” da depressão
Alterações do envelhecimento
Aspectos físicos – necessidade de aprender a conviver com as limitações
Aspectos socias Mudanças de papéis – família, trabalho e
sociedade Falta de papel social - crise de identidade Aposentadoria Perdas diversas - $, decisão, independência,
autonomia, parentes e amigos Diminuição de contatos sociais – distancia, $,
dependência, tempo, violência
Alterações do envelhecimento
Aspectos psicológicos Dificuldade a se adaptar a novos papéis Dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas,
que tem efeito dramático nos idosos Necessidade de trabalhar perdas orgânicas,
afetivas e sociais Baixa auto-imagem e baixa auto-estima Falta de motivação e dificuldade de planejar o
futuro Confrontação com a sua própria finitude Aposentadoria Alterações psíquicas que exigem tratamento
Depressão no Idoso Cerca de 30% da população idosa
apresenta algum tipo de transtorno mental
Depressão e demências são os problemas mentais mais prevalentes
Impacto no cuidador
Depressão no IdosoApenas 20% dos idosos que procuram o sistema
de atendimento primário são devidamente diagnosticados e tratados
Importante investigação ativa Cuidar com apresentação diferente – queixas
somáticas Elevada freqüência de sintomas somáticos pode
confundir ou sobrepor a doenças preexistentes Falta de reconhecimento dos sintomas depressivos
pelo próprio paciente, atribuindo apenas a doença clínicas
Preconceito “velho só reclama, coisa de fraco” Algumas substâncias podem desencadear sintomas
depressivos - polifarmácia
Quadro clínico Tristeza Angústia, ansiedade Irritabilidade Anedonia, diminuição da
capacidade de sentir alegria Astenia e falta de energia Diminuição da libido
Quadro clínico Alterações do sono e do apetite Dores pelo corpo e outras
somatizações Dificuldade de concentração,
memória e raciocínio Pensamentos de culpa, morte,
fracasso, medo e outros pensamentos negativos.
Critérios Pelo menos cinco dos sintomas
relacionados a seguir devem ocorrer concomitantemente.
Pelo menos um dos dois primeiros deve estar presente.
Os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas.
Tratamento não medicamentoso
Psicoterapia Suporte familiar Terapia ocupacional Atividades físicas Religião Nos casos graves, com risco de morte:
eletroconvulsoterapia
Tratamento medicamentoso Longa duração Efeitos colaterais precoces Efeito terapêutico tardio Resposta muito individual
Tratamento medicamentoso
ISRS -Inibidor seletivo de recaptação de serotonina Mianserina, Mirtazapina Trazodona Tricíclicos Tianeptina Bupropiona Venlafaxina
“O Tratamento farmacológico constitue-se em dos braços do
tratamento da depressão do idoso,devendo ser complementado
por um tratamento não farmacológico que se estenda não só ao paciente,
mas também à família e ao ambiente onde o idoso está inserido.”
Estimulação – maneira eficaz de melhorar a qualidade de vida, a aceitação, a inserção na família e na sociedade, promovendo autonomia (não a dependência)
Promoção de Saúde no Idoso se constrói na prática do exercício de direitos, objetivando a promoção da longevidade, com qualidade de vida
Tratamento
Prognóstico Geralmente bom Recidivas frequentes Necessidade de acompanhamento
clínico regular.
Suicídio 3 vezes mais comuns > 65 anos Incidência aumenta com a idade Cuidado com a desinibição no
início do tratamento.
Apatia “Ausência ou falta de sentimento,
emoções, interesse ou preocupações” Muitas vezes associada à disfunção
frontal, ou lesões vasculares na região posterior da cápsula interna.
Existe grande prevalência de depressão pós-AVC...
Conceito de “depressão vascular”
Transtorno Bipolar no idoso
Definição de episódio maníaco: Humor expansível ou irritável por mais
de uma semana, com 3 ou mais dos sintomas seguintes: sentimento de grandeza, diminuição do sono, logorréia, fuga de idéias, diminuição da fixação, hiperatividade, agitação ou realização de atividades de risco ou prazerosas.
Transtorno Bipolar no idoso
Baixa prevalência Formas clínicas: tipo I, tipo II, ciclotimia,
hipomania. Desorientação, idéias delirantes,
distúrbio cognitivo reversível Diagnóstico difícil Tratamento
No quadro agudo Profilaxia das recidivas
Mortalidade maior
Importante lembrar1. Depressão não faz parte do envelhecimento normal.2. Algumas situações podem aumentar a probabilidade de uma pessoa idosa ter depressão: incapacidade física e dependência, alguns remédios, trauma emocional, aposentadoria, perda de entes queridos, problemas financeiros e algumas doenças.3. Quando uma pessoa idosa apresenta alguns sintomas que fazem suspeitar de depressão, essa pessoa deve ser examinada por um médico, pois algumas causas podem ser tratadas.4. A pessoa idosa deprimida não deve ser discriminada e nem considerada preguiçosa ou que está querendo chamar a atenção dos outros.
5. O cuidador e os familiares precisam ter paciência com a pessoa idosa deprimida e devem lhe oferecer amparo, evitando que ela fique irritadae agressiva.6. O remédio contra a depressão leva cerca de três semanas para começar a ter efeitos. O tratamento é longo e pode ser por toda a vida.7. É importante prestar atenção nos sinais de alerta: quando a pessoa idosa perder o interesse por tudo, ficar falando na morte, que a vida não vale a pena e que ela prefere morrer. Não a deixar sozinha, retirar os objetos perigosos de perto dela e levar ao médico para uma reavaliação.
IntervençõesApoio
Rede Social: Centros de convivência, propiciando a reinserção social – grupos de artes, esporte, música, marcenaria, costura, etc
Terapia comunitáriaPsicossociais
Grupo de apoio psicológico Grupo psicoeducativo para familiares Atendimento individual
Medicamentosas
“ “ Nascer é uma Nascer é uma possibilidade,possibilidade,
Viver é um Viver é um Risco,Risco,
Envelhecer é Envelhecer é um Privilégio”.um Privilégio”.
Bibliografia Papaleo Neto, Matheus -Tratado de
Gerontologia Duthie Katz – Geriatria Prática Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria
de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica: Ministério da Saúde, 2006.