Desenvindividual

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BUSCAR O PRÓPRIO DESENVOLVIMENTO JEAN BARTOLI

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BUSCAR O PRÓPRIO DESENVOLVIMENTO

JEAN BARTOLI

TENSÕES DO SÉCULO XXI

• Entre o global e o local

• Entre o universal e o singular

• Entre tradição e modernidade

• Entre longo prazo e curto prazo

• Entre a indispensável competição e a igualdade das chances

• Entre extraordinário desenvolvimento dos conhecimentos e as capacidades de assimilação pelo ser humano

NOVAS CIRCUNSTÂNCIAS...

• Padrão do acampamento...

• Escravos do tempo...

• Poder pelo distanciamento...

• Complexo do Sinai...

• Indiferença moral...

• Crueldade sem ódio...

CONTRADIÇÃO

UnidadeCompetição Obediência

DiversidadeSolidariedade

Liberdade

ou

e

PARADOXO(do grego: contrário às expectativas, à opinião com um)

PARADOXOS DA LIDERANÇAAUTONOMIA

HETERONOMIA

Posse

Controle

Previsão

Pertença

Acompanhamento

Oportunidade

DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE PESSOAL

TERAPIA• regressão

• passado

• pequena infancia

• Pai, Mãe

• trabalho sobre as emoções

• cenários

• inconsciente

Não pode ser abordado na empresa.

DESENVOLVIMENTO PESSOAL

• aqui, agora• atitudes e crenças• comportamento• competências

– escuta– comunicação– mudança

Pode ser abordado na empresa

O CORAÇÃO... INTELIGENTE• O coração significa na Bíblia e na tradição cristã,

principalmente oriental, o que o espírito ou o “eu profundo” representa em outras tradições: o lugar não só da afetividade mas também da inteligência, do conhecimento, da escolha e da decisão.

• Seria, por assim dizer, o centro o mais central do ser humano, a interioridade mais interior onde o homem todo é chamado a se recolher e a superar-se.

• Poderia ser designado, também, como o “supra-consciente” onde domina não o princípio de prazer mas o desejo de significado, onde o homem se acha religado ao Absoluto pela sua irredutível liberdade.

TIPOS DE INTELIGÊNCIA

• Lógico - matemática

• Verbal – linguística

• Visual – estética

• Musical

• Corporal – cinestésica

• Naturalista

• Espiritual – religiosa

• Intrapsíquica

• Interpessoal

• Financeira (Midas)

QI

Inteligência emocional

O RELACIONAMENTO HUMANO

MEDIAÇÕES CORPO TRABALHO LINGUAGEM

AMEAÇAS MEDO INVEJA VIOLÊNCIA

SUPERAÇÃO DIGNIDADE JUSTIÇA RESPEITO

RACIONALIDADE DA AÇÃO

RACIONALIDADE MUNDO VALIDAÇÃO

Instrumental : em relação a um objetivo

Objetivo Resultado

Ética : em relação ao relacionamento com outros seres humanos

Social Justiça e Responsabilidade

Comunicativa : em relação à comunicação

Subjetivo Autenticidade

Habermas, Levinas

SENTIMENTOS HUMANOS BÁSICOS

“Quando falo de sentimentos humanos básicos, não estou pensando somente em alguma coisa efêmera e vaga. Refiro-me à incapacidade de suportar a visão do sofrimento do outro. É o que provoca o sobressalto quando ouvimos um grito de socorro, é o que nos faz recuar instintivamente ao ver alguém maltratado, o que nos faz sofrer ao presenciar o sofrimento dos outros. E o que nos faz fechar os olhos quando queremos ignorar a desgraça alheia.”

Dalai Lama, Uma ética para o novo milênio

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EMOÇÕES (Antonio Damásio:O mistério da consciência, Cia das Letras) 2

“Uma redução seletiva da emoção é no mínimo tão prejudicial para a racionalidade quanto a emoção excessiva. Certamente não é verdade que a razão opere vantajosamente sem a influência da emoção. Pelo contrário, é provável que a emoção auxilie o raciocínio, em especial quanto se trata de questões pessoais e sociais que envolvem risco e conflito.[...] É óbvio que comoções emocionais podem levar a decisões irracionais. As lesões neurológicas sugerem simplesmente que a ausência seletiva de emoção é um problema. Emoções bem direcionadas e bem situadas parecem constituir um sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode operar a contento.” p.63

POR QUE FUGIR DO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO?

“Perceber o sofrimento alheio provoca uma experiência sensível e uma emoção a partir das quais se associam pensamentos cujo conteúdo depende da história particular do sujeito que percebe: culpa, agressividade, prazer etc. A estabilização mnésica da percepção necessária ao exercício do julgamento [...] depende da reação defensiva do sujeito diante de sua emoção: rejeição, negação ou recalque. No caso de negação ou rejeição, o sujeito não memoriza a percepção do sofrimento alheio – perde a consciência dele. [...] Afetivamente, ele pode então assumir uma postura de indisponibilidade e de intolerânciapara com a emoção que nele provoca a percepção do sofrimento alheio. Assim, a intolerância afetiva para com a própria emoção relacional acaba levando o sujeito a abstrair-se do sofrimento alheio por uma atitude de indiferença – logo, de intolerância para com o que provoca seu sofrimento.Em outras palavras, a consciência do – ou a insensibilidade ao – sofrimento dos desempregadosdepende inevitavelmente da relação do sujeito para com seu próprio sofrimento.”

Christophe Dejours,A banalização da injustiça social,ed. FGV p. 45-46

VALOR HUMANO BÁSICO...

Apesar das dúvidas e das limitações...

“No reino das finalidades, tudo tem um preço ou uma dignidade. O que tem preço pode ser substituído por outra coisa, como equivalente. Pelo contrário, o que é superior a qualquer preço e, portanto, não tem equivalente, é o que possuí uma dignidade.”

Immanuel Kant

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO

INDIVIDUAL

OS TRÊS PILARES DE UMA PEDAGOGIA

• Buscar icansavelmente do que pode sustentar e desenvolver a autonomia das pessoas.

• Explorar os meios suscetíveis de desenvolver as capacidades relacionais dos indivíduos.

• Fazer com que as finalidades humanas presentes nos projetos e nas tarefas sejam perceptíveis e reconhecidas.

MATRIZ DO CONHECIMENTO

• Real:dado bruto que passa pela consciência humana e o raciocínio e se torna

• Verdadeiro: O conjunto de propostas verdadeiras vira

• Conhecimentoseguro e confiável se as propostas são verdadeiras.

• Ilusório: tem também um sentido positivo: ensaio, erro. Pode ter um caráter pedagógico.

• Falso sempre presente nas afirmações humanas: precisamos escapar das suas armadilhas.

• Opinião que permite uma interface com o real e pode ser o primeiro passo (hipótese) para o conhecimento.

Fonte: Eduardo Cruz

4 PILARES DA APRENDIZAGEM SEGUNDO

A UNESCO

�Aprender a conhecer

�Aprender a fazer

�Aprender a viver juntos

�Aprender a ser

APRENDER A CONHECER:

�conciliar cultura geral com a possibilidade de trabalhar em profundidade algumas áreas.

�visar menos a aquisição de conhecimentos do que o domínio dos instrumentos do conhecimento, considerado como meio e finalidade da vida humana.

�exercitar o pensamento, isto é a ida e a volta entre o concreto e o abstrato.

A EDUCAÇÃODeve fornecer os mapasde um mundo complexo

e a bússolaque permite navegar nele.

MAPAS PARA A FESTA“Se a vida humana é - entre outras coisas - uma busca

constante de motivos para a festa, e se os obstáculosdolorosos à vida estão entre os principais estímulos doesforço humano para pensar, conhecer, compreender etransformar a realidade circundante, então poderiamosimaginar o conhecimento humano como uma tentativade elaborar/esboçar “mapas para a festa”, uma espéciede roteiro para tentar achar e abrir caminhos que noslevem de volta à vida feliz, a uma vida que mereça efacilite ser freqüentemente festejada com alegria,prazer e gosto.”

Otto Maduro

ALGUMAS FALÁCIAS...

• Nosso modo de viver molda nossa maneira de ver a realidade, levando-nos a acreditar que “as coisas são, sem dúvida, como as vemos”.

• Nossa maneira de perceber a realidade nos leva a executar certos comportamentos e atos como normais e a rechaçar outros como anormais.

RESISTÊNCIAS AO CONHECIMENTO

• Não gostamos de criticar e modificar nossa maneira de captar a realidade (conhecimento espontâneo)assim como nosso comportamento diante dela.

• Se queremos transformar a realidade, é preciso exercitar e desenvolver nossa capacidade de criticar (conhecimento crítico)e modificar nossos pontos de vista assim como nossa capacidade de escuta e aprendizagem diante de outras maneiras de ver e viver.

CONTRASTAR O FAMILIAR COM O DIFERENTE.

• Questionar nossa própria perspectiva espontânea.

• Imaginar criativamente outras possíveis maneiras de ver as coisas.

• Discernir até que ponto e através de que caminhos podemos alcançar o máximo do que queremos.

• Projetar as ações que levam ao que buscamos.

DIANTE DE OPINIÕES OU PESPECTIVAS DIFERENTES...

• “Quem é que tem razão ?” : a pior pergunta possível diante de opiniões diferentes !

• Quais açõese resultadosacompanham cada um desses pontos de vista ?

• Quais interesses conflitantesse acham por trás dessas visões da realidade ?

• Quais relações de podercaracterizam as relações entre essas idéias em conflito ?

COLOCAR-SE NA PELE DO OUTRO.

• Não basta tomar partido.

• É preciso tentar compreender a lógica daqueles que vêem a coisa de maneira diferente.

• Procurar captar o que se vê de outras posições que não vêmos da nossa.

• Tentar entender aqueles, como e por que são atraídos a uma maneira de ver diferente daquela que nos parece correta.

REVER CALMAMENTE NOSSAS CONVICÇÕES E

POSIÇÕES.• Não é possível separar valores, interesses e

emoções da análise objetiva da realidade.

• Estes permitem captaraspectos da realidade.

• Também podem cegare impedir de ver coisas reais que incomodariam.

• Podem induzir a ver como reais ilusões e fantasias que surgem de desejos e temores.

2 FORMAS DE PENSAMENTOPENSAMENTO

CLÁSSICO/LINEAR

• Universo lógico e matemático

• Idéias claras e distintas, princípio da verdade

• Objeto separado do seu ambiente e as partes do todo.

• Não existe visão histórica

2 FORMAS DE PENSAMENTOPENSAMENTO

COMPLEXO

• Mundo universalmente complexo

• Existem acaso e desordem

• Da complexidade brota uma auto-organização

• A visão histórica é reintroduzida.

ConhecimentoCientífico

Símbolo

Símbolo

CONHECIMENTO

Fonte: Eduardo Cruz

PAPEL DA EDUCAÇÃO

A educação deve• Transmitir saber e saber-fazer adaptados à

civilização do conhecimento porque são fundamentos das competências de amanhã.

• Achar e marcar referenciais que permitirão que as pessoas não se afoguem nos fluxos de informações e possam manter o rumo em projetos de desenvolvimento individuais ou coletivos.

APRENDER A FAZER:� além de uma qualificação profissional, é preciso

adquirir uma competência que permita enfrentar situações imprevisíveis e que facilita o trabalho em equipe.

�A competência se apresenta como um tipo de coquetel próprio de cada indivíduo combinando qualificação profissional com comportamento social, aptidão para o trabalho em equipe, a capacidade de iniciativa e o gosto para o risco.

APRENDER A SER:�Adquirir uma maior capacidade de

autonomia e de julgamento junto com o reforço da responsabilidade pessoal na realização de um destino coletivo.

�Um lugar especial deve ser deixado para a imaginação e a criatividade: manifestações mais nítidas da liberdade humana, podem ser ameaçadas por uma certa padronização das condutas individuais.

HARMONIA PRIMITIVAPassado

RECONCILIAÇÃOFuturo

REALSER

ESSÊNCIA

Fonte: Eduardo Cruz

APARÊNCIASESTAR

EXISTÊNCIA

PROCESSO DE AMADURECIMENTO

Será queeste

sou eu?Quem sou

eu?

PROJEÇÃO INTROJEÇÃO

Fonte: Eduardo Cruz

APRENDER A VIVER JUNTOS:�Desenvolver o conhecimento dos

outros, da sua história, das suas tradições e da sua espiritualidade para poder sair do ciclo perigoso alimentado pelo cinismo e a resignação.

�Ensinar simultaneamente a diversidade da espécie humana e a consciência das similitudes e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta.

TRÊS DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO

•Ética e cultural

•Científica e tecnológica

•Econômica e social

EDUCAÇÃO PERMANENTE

Além das necessárias adaptações ligadas às mutações da vida profissional, deve ser a construção contínua

• da pessoa humana,

• do seu saber,

• das suas aptidões,

• de sua faculdade de julgamento e de ação.

DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano é um processo visando alargar as possibilidades oferecidas aos indivíduos. As três principais possibilidades, do ponto de vista das pessoas são:

• Ter uma vida longa e sadia• Adquirir conhecimentos• Ter acesso aos recursos necessários para dispor de

um padrão de vida decente.A educação representaria um “PASSAPORTE

PARA A VIDA”.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO

INDIVIDUAL:EXERCÍCIOS PRÁTICOS

NOSSO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL...

Nesta altura da nossa vida :

• Quem sou eu ?

• Quem quero ser ?

• Quais as minhas responsabilidades ?

• Para que, o que e como aprender ?

CHECK-LIST 1 QUEM SOU EU ? QUEM

QUERO SER ?

TER

�Posses�Status�Intangíveis�Poder�Profissão�Patrimônio relacional

FAZER�Realizações :

•Pessoais•Profissionais•Comunitárias

�Auto-realização•Pessoal •Profissional•Comunitária

SER�Sentido�Dignidade �Certezas�Lutas�Felicidade�Frustrações�Contradições

DEVER• Obrigação que aparece como um

imperativo de consciência baseado numa reflexão racional.

• Pode vir de normas externas aceitas ou de valores humanos como justiça, solidariedade ou outros.

QUATRO ETAPAS DA RESPONSABILIDADE

PODER E DEVER

Sou responsável : tenho o poder e o dever de engajar-me, comprometer-me !

QUALIDADE DO SUJEITO

Sou responsável ! Podem confiar em mim. Tenho a competência humana e profissional para agir.

QUALIDADE DA AÇÃO

Ajo como responsável ! Faço valer todas as minhas qualidades humanas e profissionais necessárias.

RESULTADO E CONSEQÜÊNCIAS DO

PROCESSO

Devo responder pelas conseqüências das minhas ações e omissões.

CHECK-LIST 2 :

RESPONSABILIDADES

PODER� Competências pessoais

•Que seu sei ter•Que gostaria de ter•Que os outros dizem que tenho.

�Competências relacionais�Virtudes

•Perseverança •Humildade •Prudência •Coragem etc…

DEVERES / COMPROMISSOS

�Saúde / Bem Estar pessoal�Intelectuais�Profissionais�Comunitários

CONSEQÜÊNCIAS DAS MINHAS AÇÕES / OMISSÕES

�Para mim�Para meu círculo de relações�Para minha equipe�Para minha empresa.

CHECK-LIST 3

APRENDER

PARA QUE ?

�Conhecimento como poder�Conhecimento como compreensão

do ambiente, de si-mesmo�Conhecimento como agente de

transformação�Conhecimento como busca de

sentido�Conhecimento como sabedoria.

O QUE ?

�Discernimento � Informação �Contextualização / macroambiente�Conhecimentos técnicos�Cultura geral�Lazer / cultura inútil.

COMO ?�Observação pessoal, Intuição �Busca de informação

�Mídia eletrônica ou escrita�Literatura especializada e técnica�Cultura Geral

�Avaliação das fontes�Busca de ajuda externa

�Cursos�Coaching

�Troca de opiniões�Interiorização, reflexão