Desvio de Qualidade de Medicamentos

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Oficina Regional de Vigilância Pós-Comercialização de Produtos de Interesse à Saúde - VIGIPÓS- Módulo I Farmacovigilância e QT Medicamentos

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Oficina Regional de Vigilância Pós-Comercialização de Produtos de

Interesse à Saúde - VIGIPÓS-

Módulo I – Farmacovigilância e QT Medicamentos

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Desvio de Qualidade de Medicamentos – Queixa Técnica

Botucatu – 14 de maio de 2013

Emiko Fukuda GT Medicamentos

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• Conjunto de ações de caráter principalmente preventivo e com capacidade de regulação e intervenção nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva que se utiliza (ou deve utilizar) de dados epidemiológicos.

• Vigilância Sanitária

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“As competências da vigilância sanitária nas ações relacionadas ao meio ambiente, trabalho, alimentos, medicamentos, bens e produtos relacionados à saúde, estão ligadas ao atendimento da promoção, proteção e prevenção da saúde. As políticas relacionadas ao seu cumprimento dizem respeito à valorização da vida e da saúde, e portanto na escolha ética por uma ação de vigilância sanitária comprometida com o cidadão e a sociedade.”

•*Vigilância Sanitária no Brasil – Gonçalo Vecina, Mª Cristina da Costa Marques e Ana Maria Figueiredo

• Vigilância Sanitária

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Inspeção Sanitária • Procedimento que consiste em inspecionar “in loco” os serviços, locais e estabelecimentos alvos de atuação da vigilância sanitária, objetivando mapear, analisar, e avaliar os riscos à saúde da população presentes nos seus diversos campos de abrangência, assim como cadastrar, emitir licença e/ou autorização de funcionamento, para os referidos “alvos”, além de avaliar processos de registro de produto.

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Inspeção Sanitária

O sucesso da tarefa depende do comprometimento.

•SENSIBILIZAR

•FUNDAMENTAR

•INSTRUMENTALIZAR

EXECUÇÃO

TAREFA

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Conceito – Desvio da Qualidade

É o afastamento dos parâmetros

de qualidade estabelecidos para

um produto ou processo.

(RDC 17/2010/ANVISA/MS)

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ALCANÇAR E ASSEGURAR A QUALIDADE

Objetivo

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MINIMIZAR E ELIMINAR

RISCOS

Manutenção da Qualidade

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Investigação

Identificar a(s) causa(s)

Medidas corretivas

Medidas preventivas

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Cadeia dos Produtos Farmacêuticos

Compreende:

Fabricação

Distribuição

Transporte

Dispensação (Portaria nº 802/98)

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Investigação – Planejamento de ação

Pesquisa de dados cadastrais

Histórico da empresa e do produto Direcionar o raciocínio da investigação

Registro das notificações recebidas - PERIWEB

Número de notificações Linha de fabricação Produto Lote Motivos da queixas Ações investigativas adotadas Conclusões dos casos

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Investigação – Planejamento de ação

Parâmetros físico-químicos ou microbiológicos

Desvio da Qualidade

Coleta para análise fiscal?

Inspeção investigativa?

Histórico da empresa

Gravidade do assunto

Freqüência de queixas técnicas e laudos insatisfatórios

Relatório conclusivo enviado pela empresa

Planejamento da Investigação

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Boas Práticas de Fabricação

Definição

BPF – É uma “norma que estabelece os

procedimentos mínimos para métodos, instalações

e controles a serem utilizados na fabricação,

processamento, embalagem, estocagem e

distribuição de produtos para uso humano, a fim

de assegurar que tais produtos, quando prontos

para aplicação ou administração, sejam seguros,

eficazes, estáveis e com boa apresentação”.

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Boas Práticas Operacionais - BPO

Elementos essenciais

Organização Pessoal

Áreas / Instalações

Equipamentos / Mobiliários

Materiais

Garantia (Sistema) da Qualidade

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Garantia da Qualidade

Esforço integrado de toda empresa para planejar, produzir,

manter e garantir a qualidade de produtos e serviços.

Manter os padrões de qualidade estabelecidos

Promover a satisfação do cliente e usuários do serviço

Reduzir os custos através da prevenção de defeitos

Eliminar os pontos fracos em empresa

Criar uma organização e padronização de documentos

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Princípios

Definir especificações de materiais e métodos de todo

processo;

Garantir informações necessárias para tomada de

decisões;

Possibilitar o rastreamento e a investigação de

qualquer suspeita de desvio.

Documentação

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Pessoal

“O estabelecimento e a manutenção de

um sistema satisfatório de Garantia de

Qualidade e a correta fabricação e controle

de produtos dependem das PESSOAS que

os realizam”

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Pessoal - Atribuições

Número suficiente

Nível de qualidade satisfatório

Atribuição de responsabilidades

Pessoal-chave: Produção, Controle de

Qualidade, Vendas e Responsável Técnico

Treinamento

Higiene pessoal

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Reclamações

S.A.C. (serviço de atendimento ao consumidor)

Equipe de profissionais capacitados

P.O.P.

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Desvio da qualidade de medicamentos

• Alterações organolépticas

–Mudanças de coloração

–Mudanças de odor

–Mudanças de sabor

–Turbidez

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Desvio da qualidade de medicamentos

• Alterações físico-químicas

– Precipitação

– Dificuldades de solubilização (pós para suspensão)

– Dificuldades de homogeneização (suspensões, emulsões)

– Problemas de desintegração e dissolução

– Formação de gases

– Fotosensibilidade

– Termosensibilidade

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Desvio da qualidade de medicamentos

• Alterações gerais:

– Partículas estranhas

– Falta de informações no rótulo

– Rótulo com pouca adesividade ao material de embalagem

– Problemas de registro

– Troca de rótulo

– Troca do conteúdo

– Rachaduras e bolhas no material de acondicionamento

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Inefetividade Terapêutica (DQ como causa)

– Concentração do fármaco abaixo do rotulado

– Dificuldades de dissolução para sólidos orais

– Medicamento genérico não bioequivalente

– Problemas na síntese do fármaco

– Problemas com matérias-primas

– Alterações na formulação original

– Alterações no processo de produção

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Desvio da qualidade de medicamentos

– Casos exemplos:

• Falta identificação do fabricante

• Falta identificação do lote

• Identificação de suspeitas de desvios em produtos vencidos

• Rotulagem

• Embalagem (blister vazio, blister faltando comprimido)

• Vazamento (SPGV)

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Desvio da qualidade de medicamentos

– Casos exemplos:

1. Frasco de Omeprazol com pó na cor amarela enquanto nos demais

a cor é branca.

Avaliação do caso: possível reação de degradação.

2. Cliente costuma comprar sempre mesmo xarope, mas o gosto do

último adquirido está diferente do usual.

Avaliação do caso: possível reação de degradação.

3. Conteúdo da ampola de solução do Medicamento (sulfametoxazol

+ trimetoprima) apresentando partículas aparentemente oleosas,

que após agitação se desfazem e turvam a solução.

Avaliação do caso: possível contaminação

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Desvio da qualidade de medicamentos

– Casos exemplos:

1. Formação de cristais na solução de xarope. A temperatura de

armazenamento foi de +/- 25 ºC.

Avaliação do caso: possível problema na formulação ou no

transporte.

2. Paciente verificou que os comprimidos estavam saindo nas

fezes.

Avaliação do caso: comprimido com possíveis problemas na

desintegração e dissolução.

3. Comprimidos soltando pó ou quebrando dentro do blíster.

Avaliação do caso: possíveis problemas de dureza.

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Desvio da qualidade de medicamentos

– Casos exemplos:

1. A impressão do lote e validade apagam com facilidade.

Avaliação do caso: possível utilização de tinta inadequada.

2. Blíster inviolado vazios (sem comprimidos)

Avaliação do caso: possível problema de BPF

3. Mesmo obedecendo o empilhamento máximo as caixas de embarque

amassam e tombam.

Avaliação do caso: possível problema de BPF (não qualificação do

fornecedor das caixas).

4. DOU está especificado ampola âmbar e farmácia recebe ampola transparente

Avaliação do caso: possível problema de registro

5. Ausência do número de registro ou apenas número de protocolo.

Avaliação do caso: possível produto sem registro

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Partícula Estranha (parafuso)

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Partícula Estranha (fio)

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Pouca adesividade do rótulo a embalagem primária (rótulo descolando)

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Problemas de dispensação, preparo e administração de

medicamentos injetáveis

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Notificação: Aspectos Importantes

Todos os dados são importantes, destaca-se:

Nome do medicamento:

Comercial,

Genérico;

Número do Lote;

Nome do Fabricante;

Endereço Completo:

Fabricado por: (local de fabricação)

Registrado por: (endereço da sede)

Descrição Detalhada: Informar inclusive se o fabricante foi

notificado, houve troca de endereço, entrega do medicamento

ao fabricante.

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Análise da QT

Investigação:

Ação Imediata

Agrupamento:

Ação considerando demanda e

planejamento da VISA local

Coleta de Amostra:

Avaliação pelo CVS ou pela equipe,

quando da inspeção investigativa.

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49 7% 81

12%

46 7%

19 3%

218 32%

265 39%

Tipos de DQ

Alterações das características organolépticas/Aspecto

Rotulagem e registro

Desintegração e Solubilidade

Contaminação e/ou Presença de material estranho

Ineficácia terapêutica

Embalagens e blister Notificações CVS/2007

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Evolução do Programa de Inspeção 1995 - 2010

Inspeção para BPF em Indústrias Farmacêuticas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1995 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Pe

rce

ntu

al

Insatisfatório Satisfatório

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Registro de Produtos de Interesse para

Saúde (Anvisa)

• 1 – Medicamentos (Reg. MS - 1 XXXX YYYY ZZZ- D)

• 2 – Cosméticos

• 3 – Saneantes

• 4,5 ou 6 – Alimentos

• 8 e 9 – Correlatos

X = EMPRESA Y = PRODUTO Z = APRESENTAÇÃO D = DÍGITO VERIFICADOR

Nº Protocolo = 25004 – 012345/ano

identifica estado de origem protocolo

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Legislação

Regulamentos / Normas sobre Boas Práticas

Resolução RDC nº 17/2010 - Regulamento Técnico das

Boas Práticas para a Fabricação de Medicamentos.

Resolução RDC nº 249/2005 – DOU 26/09/2005

Regulamento Técnico das Boas Práticas de Fabricação para

Produtos Intermediários e Insumos Farmacêuticos ativos.

Resolução RDC nº 204/2006 – DOU 14/11/2006

Regulamento Técnico das Boas Práticas de Distribuição e

Fracionamento de Insumos Farmacêuticos.

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Resolução RDC nº 67/2007 – DOU 09/10/2007 - Regulamento Técnico das

Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.

Resolução - RDC nº 10, de 21 de março de 2011 - Dispõe sobre a

garantia da qualidade de medicamentos importados e dá outras providências.

Resolução - RDC nº 44 de 17 de agosto de 2009 - Dispõe sobre Boas

Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da

dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços

farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.

Resolução RDC Nº 69, DE 1º DE OUTUBRO DE 2008 - Dispõe sobre as

Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais.

Legislação

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Legislação

Resolução RDC Nº 63, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2009 - Dispõe sobre as

Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos.

Resolução RDC nº 14 de 14 de março de 2013 – Dispõe sobre as Boas

práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos de Origem Vegetal.

Resolução RDC nº 25 DE 29 DE MARÇO DE 2007 - Dispõe sobre a terceirização de etapas de produção, de análises de controle de qualidade e de armazenamento de medicamentos.

Portaria nº 1.052/MS/SVS, de 29 de dezembro de 1998 Estabelece normas para a concessão de Autorização de Funcionamento para empresas que exerçam a atividade de transporte de produtos farmacêuticos e farmoquímicos.

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Resolução nº 329 de 22 de julho de 1999 - Institui roteiro de inspeção para transportadoras de produtos farmacêuticos e farmoquímicos com finalidade garantir maior controle sanitário de produtos farmacêuticos.

Portaria nº 802 de 08 de outubro de 1998 - Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda cadeia dos produtos farmacêuticos.

Resolução RDC nº 55/2005 – Notificação de desvio de qualidade de medicamentos.

Legislação

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Dispõe sobre o Sistema Estadual de Vigilância Sanitária

(SEVISA), define o Cadastro Estadual de Vigilância Sanitária

(CEVS) e os procedimentos

administrativos a serem adotados pelas equipes estaduais e

municipais de vigilância sanitária no estado de São Paulo e

dá outras providências.

• PORTARIA CVS Nº 04 , 21de março de 2011.

Legislação

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INFRAÇÕES

Lei 6437 de 20/08/1977

Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras

providências.

Lei 10083 de 23/09/98

Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado de São Paulo.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

ANVISA

SECRETARIA

ESTADUAL DE SAÚDE

GVSs

CVS

SECRETARIA

MUNICIPAL DE

SAÚDE

VISA MUNICIPAL

SNVS

SEVISA

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Contatos Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo

www.cvs.saude.sp.gov.br - site

Avenida Doutor Arnaldo, 351, Edifício anexo 3

Cerqueira César, São Paulo, SP.

Telefone: PABX (11) 3065 – 4600

Grupo Técnico de Medicamentos - DITEP

Telefone: 3065-4620/4622

E-mail: [email protected]