Dicas sobre auditoria em oncologia

28
Auditoria Auditoria em em oncologia oncologia Otávio Otávio Clark Clark Oncologista Oncologista Clínico Clínico [email protected] [email protected] www.evidencias.com www.evidencias.com www.radium.com.br www.radium.com.br Por Por que que a auditoria a auditoria em em oncologia oncologia é é tão tão difícil difícil ? ? Sopa Sopa de de letrinhas letrinhas MVAC , MVC, MVAC , MVC, Folfiri Folfiri , , Folfox Folfox , , CarboTax CarboTax , , FMaCHOP FMaCHOP, AC, FAC… , AC, FAC… Medicamentos Medicamentos normalmente normalmente não não usados usados por por outras outras especialidades especialidades Não Não usual usual durante durante o o curso curso médico médico

Transcript of Dicas sobre auditoria em oncologia

Page 1: Dicas sobre auditoria em oncologia

1

Auditoria Auditoria ememoncologiaoncologia

OtávioOtávio ClarkClarkOncologistaOncologista ClínicoClínico

[email protected]@evidencias.comwww.evidencias.comwww.evidencias.comwww.radium.com.brwww.radium.com.br

PorPor queque a auditoria a auditoria emem oncologiaoncologia é é tãotão difícildifícil??

SopaSopa de de letrinhasletrinhasMVAC , MVC, MVAC , MVC, FolfiriFolfiri, , FolfoxFolfox, , CarboTaxCarboTax, , FMaCHOPFMaCHOP, AC, FAC…, AC, FAC…

MedicamentosMedicamentos normalmentenormalmente nãonão usadosusadosporpor outrasoutras especialidadesespecialidadesNãoNão usual usual durantedurante o o cursocurso médicomédico

Page 2: Dicas sobre auditoria em oncologia

2

PorPor queque a auditoria a auditoria emem oncologiaoncologia é é tãotão difícildifícil??

DoençaDoença devastadoradevastadoraEmocionalEmocionalFísicoFísicoFinanceiroFinanceiro

FrequenteFrequente conflitoconflito de de interesseinteresse entreentre o o oncologistaoncologista e a e a fontefonte pagadorapagadora

LucrosLucros advindosadvindos dada medicaçãomedicação

Por que Por que a auditoriaa auditoria em oncologia é em oncologia é tão difícil?tão difícil?

FaltaFalta de de tratamentotratamento efetivoefetivo em em parteparte dos dos casoscasosUsoUso de de tratamentostratamentos experimentaisexperimentais

“Se é novo é “Se é novo é bombom””EfeitoEfeito FantásticoFantástico

Page 3: Dicas sobre auditoria em oncologia

3

EditorialEditorialFebruaryFebruary 6, 2003,6, 2003, Thursday Thursday Overpriced Cancer DrugsOverpriced Cancer DrugsEditorialEditorial on doctors who make profit on chemotherapy drugson doctors who make profit on chemotherapy drugs says best says best solution would besolution would be forfor MedicareMedicare toto pay thepay the realreal wholesale pricewholesale price forfor the drugsthe drugsandand adjust itsadjust its formula toformula to pay doctors full cost of administering them The pay doctors full cost of administering them The crazycrazy--quilt pattern of medical financing in this country often makes iquilt pattern of medical financing in this country often makes it t impossibleimpossible toto tell whattell what aa patient is really payingpatient is really paying for andfor and whether the price is whether the price is fairfair..ThatThat is especially true in theis especially true in the casecase of cancer doctors who provide of cancer doctors who provide chemotherapy treatments in officeschemotherapy treatments in offices andand clinics outside theclinics outside the hospitalhospital settingsetting. . AsAs Reed Abelson of TheReed Abelson of The TimesTimes reported recentlyreported recently,, cancer doctors buy these cancer doctors buy these drugs at discount prices but bill the patientsdrugs at discount prices but bill the patients andand their insurers at much their insurers at much higherhigher rates,rates, makingmaking aa substantial profit on the differentialsubstantial profit on the differential

QuantoQuanto custacusta ((preçopreço médiomédio em R$)?em R$)?

Per capitaPer capita1,5 a 7,5 1,5 a 7,5 porpor usuáriousuário

PorPor sessãosessão1100 a 3500 1100 a 3500

EntreEntre 2% e 5% do 2% e 5% do custocusto total do total do convênioconvênioCustoCusto porpor pacientepaciente emem tratamentotratamento

? ? ExtremamenteExtremamente variávelvariávelUmaUma sessãosessão de de quimioterapiaquimioterapia

EntreEntre 200 e 50.000 (200 e 50.000 (atéaté maismais))

Page 4: Dicas sobre auditoria em oncologia

4

QuantoQuanto custacusta (R$)?(R$)?

Em 10 Em 10 anosanos ososcustoscustos vãovãodobrardobrar devidodevidoaoaodesenvolvimentdesenvolvimentoo de novas de novas drogasdrogas, , maismaiscarascaras

(BMJ(BMJ 2002;325:2692002;325:269--271)271)

QuantoQuanto custacusta??

O O custocusto total total porpor usuáriousuário tem tem aumentadoaumentadouniversalmenteuniversalmenteMesmoMesmo em em paísespaíses desenvolvidosdesenvolvidos a a provisãoprovisão de de recursosrecursos é é aproximadamenteaproximadamentea a metadademetadade dada necessárianecessária

Page 5: Dicas sobre auditoria em oncologia

5

PorPor queque osos medicamentosmedicamentos custamcustamtãotão carocaro??

PesquisaPesquisa de de novosnovosmedicamentosmedicamentosfrequentementefrequentemente mal mal sucedidasucedida (100:1)(100:1)

CustosCustos absorvidosabsorvidos e e repassadosrepassados nasnas ““bembemsucedidassucedidas””

CustoCusto de de desenvolvimentodesenvolvimento

U$ 900.000.000,00U$ 900.000.000,00Novas Novas drogasdrogas““desenhadasdesenhadas” ” parapara usosusosespecíficosespecíficos

Erbitux: Estudo com resultado negativo

É É possívelpossível reduzirreduzircustoscustos de de tratamentotratamentoquimioterápicoquimioterápico semsem

afetarafetar a a qualidadequalidade do do serviçoserviço??

Page 6: Dicas sobre auditoria em oncologia

6

É É possívelpossível reduzirreduzir custoscustos de de tratamentotratamentoquimioterápicoquimioterápico semsem afetarafetar a a qualidadequalidade do do serviçoserviço??

NegociarNegociar preçospreços dasdas medicaçõesmedicaçõesEliminarEliminar tratamentostratamentos experimentaisexperimentaisNormalizarNormalizar osos tratamentostratamentosRegulamentarRegulamentar a a coberturacoberturaAtualizarAtualizar contratocontrato com com prestadoresprestadores

NegociarNegociar preçospreçosBrasíndiceBrasíndice

ReduçãoRedução de de atéaté 25% é 25% é possívelpossível““PacotesPacotes””

VantagensVantagensCustoCusto fixofixoMelhorMelhor previsãoprevisão

DesvantagensDesvantagensTamanhoTamanho dos dos pacientespacientesEngessamentoEngessamento dasdas condutascondutas

Page 7: Dicas sobre auditoria em oncologia

7

NegociarNegociar preçospreçosFornecimentoFornecimento do do fármacofármaco

VantagemVantagemEliminaElimina o o atravessadoratravessador

DesvantagemDesvantagemLogísticaLogísticaPerdasPerdas porpor faltafalta de de conservaçãoconservação adequadaadequadaAceitaçãoAceitação pelospelos prestadoresprestadores

RiscoRisco parapara o o operadoroperador ((exposiçãoexposição desnecessáriadesnecessária))QualquerQualquer problemaproblema com com certezacerteza seráserá atribuídoatribuído a a problemasproblemasde de logísticalogística

NegociarNegociar preçospreçosServiçoServiço própriopróprio

EliminaElimina o “o “atravessadoratravessador””NãoNão eliminaelimina abusosabusosProblemasProblemas de de logísticalogísticaEliminaElimina coco--responsabilidaderesponsabilidade do do prestadorprestadorQuemQuem atendeatende urgênciasurgências??PodePode reduzirreduzir custoscustos, , masmas podepode aumentaraumentar

Page 8: Dicas sobre auditoria em oncologia

8

NormalizaçãoNormalização de de tratamentostratamentos

DesenvolvimentoDesenvolvimento de de protocolosprotocolosBaseadosBaseados emem evidênciasevidênciasClarosClarosDefinirDefinir o o queque é é padrãopadrãoFluxogramaFluxograma de de tratamentotratamentoDrogasDrogas, dose, via de , dose, via de administraçãoadministração, tempo de , tempo de usouso e e critérioscritérios de de suspensãosuspensão do do tratamentotratamento

FichaFicha de de solicitaçãosolicitação de de tratamentotratamento

NormalizaçãoNormalização de de tratamentostratamentos

Tumor invasivo Rx tórax, Ct abdomem, cintilografia (se dor óssea)

Tumor localizado

Tumor metastático ou localmente avançado

T2N0M0 baixo grau

Cistectomia radical

T2N0M0 alto grauT3aN0M0 T3bN0M0

Cistectomiaradical

Preservação da bexiga QT/RT com cistectomia de salvamento ( esquema QT 1) Quimioterapia`/RT

paliativaDerivação urinária (esquema QT 2 e 3)

M1T4N0M0 N1-N3, M0

RT neoadjuvante àcistectomia para controle local Com ou sem QT (esquema QT1)

RT exclusiva se pcte sem condições

Diretrizes clínicas:Tumores invasivos de bexiga

Page 9: Dicas sobre auditoria em oncologia

9

NormalizaçãoNormalização de de tratamentostratamentos

Esquemas de quimioterapia• Preservação da bexiga com QT + RT (Esquema QT1)

– Cisplatina 70mg/m2 a 100mg/m2 cada 3 semanas, durante a RT (2 a 3 aplicações)

• QT paliativa (Esquema QT 2)– MVAC (metotrexate 30mg/m2 d1/d15/d22 + vimblastina 3mg/m2

d1/d15/d22 + doxorubicina 30mg/m2 d2 + cisplatina 70mg/m2 d2)

• QT paliativa (Esquema QT 3)– Gemcitabina + Cisplatina (gem 1000mg/m2 d1/d8/d15 + cis

70mg/m2 d2), até 6 ciclos. Prevê-se a subsitituição de Cisplatina por Carboplatina área sobre a curva 5 a 6 em casos de baixa performance ou insuficiência renal

NormalizaçãoNormalização do do atendimentoatendimentoFichaFicha de de solicitaçãosolicitação

CID CID diagnósticodiagnósticoEstágioEstágio

TNMTNMIndicaçãoIndicação de de tratamentotratamento

PaliativoPaliativo/ / controlecontroleCurativoCurativoNeoadjuvanteNeoadjuvanteAdjuvanteAdjuvante

DescriçãoDescrição dos dos tratamentostratamentos anterioresanterioresLinhaLinha de de quimioterapiaquimioterapia (1a, 2a, 3a,…)(1a, 2a, 3a,…)

Page 10: Dicas sobre auditoria em oncologia

10

NormalizaçãoNormalização do do atendimentoatendimento

EnvioEnvio de de examesexames comprobatórioscomprobatóriosAnátomoAnátomo--patológicopatológicoImunohistoquímicaImunohistoquímica parapara usouso de de anticorposanticorposmonoclonaismonoclonais ##LaudoLaudo de de imagenologiaimagenologiaHemogramaHemograma parapara usouso de de fatoresfatores de de crescimentocrescimento hematopoiéticohematopoiético

NormalizaçãoNormalização do do atendimentoatendimento

NormalizarNormalizar o o usouso de “de “adjuvantesadjuvantes””AntieméticosAntieméticosFatoresFatores hematopoiéticoshematopoiéticos

RequisitarRequisitar hemogramashemogramasBisfosfonatosBisfosfonatosAmifostinaAmifostina

Page 11: Dicas sobre auditoria em oncologia

11

NormalizaçãoNormalização do do atendimentoatendimento

O O oncologistaoncologista é obrigado a é obrigado a prestarprestarinformaçõesinformações??

DecretoDecreto lei 1621 (28/09/95) “… é lei 1621 (28/09/95) “… é lícitolícito a a solicitaçãosolicitação de de informaçõesinformações parapara exameexameanalíticoanalítico e e pericialpericial””

NormalizaçãoNormalização do do atendimentoatendimento

NÃO NÃO padronizarpadronizar novas novas medicaçõesmedicaçõesPadronizarPadronizar a INDICAÇÃOa INDICAÇÃO

Ex. Ex. PadronizaçãoPadronizaçãoTemozolomidaTemozolomida parapara códigocódigo 30. (AMB)30. (AMB)TemozolomidaTemozolomida parapara o o tratamentotratamento do do glioblastomaglioblastomamultiformemultiforme ouou do do astrocitomaastrocitoma anaplásicoanaplásico

EvitaEvita outrosoutros usosusos

Page 12: Dicas sobre auditoria em oncologia

12

RegulamentarRegulamentar a a coberturacobertura

ReformulaçãoReformulação dos dos contratoscontratos de de coberturacoberturaTratamentoTratamento domiciliardomiciliarQuimioterápicosQuimioterápicos VOVOAdjuvantesAdjuvantes

AtualizarAtualizar contratocontrato com com prestadoresprestadores

Meta de “performance”Meta de “performance”UsoUso dos dos protocolosprotocolos

““MonitorizaçãoMonitorização dada farmáciafarmácia””BlitzBlitz

EvitarEvitar usouso de de similaressimilares e e cobrançacobrança de de referênciareferênciaNotasNotas fiscaisfiscais??

PagamentoPagamento de de honorárioshonorários compatíveiscompatíveis

Page 13: Dicas sobre auditoria em oncologia

13

LimitaçõesLimitações tratamentotratamento experimentalexperimental

LimitesLimites parapara tatamentotatamento experimentalexperimentalDentroDentro dos dos contratoscontratosLegal (lei 9656/98 Legal (lei 9656/98 –– nãonão háhá coberturacobertura paraparatratamentotratamento experimental)experimental)

NãoNão se se neganega o o tratamentotratamentoNegaNega--se a se a coberturacobertura a a tratamentotratamentoexperimentalexperimental

LimitaçõesLimitações tratamentotratamento experimentalexperimental

ArgumentoArgumento::ProjetoProjeto de de pesquisapesquisa aprovadoaprovado porpor comitêcomitê de de éticaética, , informeinforme consentidoconsentido assinadoassinado, , aprovaçãoaprovação central central pelapela CONEPCONEP

A A entidadeentidade pagadorapagadora ((convênioconvênio, , cooperativacooperativa, etc) é , etc) é solidáriosolidário emem casocaso de de processoprocesso

PrecisaPrecisa se se resguardarresguardar de de eventuaiseventuaisprocessosprocessos

Page 14: Dicas sobre auditoria em oncologia

14

LimitaçõesLimitações de de tratamentotratamento experimentalexperimental

CódigoCódigo de de éticaética médicamédicaInfrigemInfrigem a a éticaética médicamédica osos médicosmédicos queque

“ “ exageramexageram nana gravidadegravidade do do diagnósticodiagnóstico ououprognósticoprognóstico ouou complicamcomplicam a a terapêuticaterapêutica de de seuseupacientepaciente””

IdentificaçãoIdentificação de de prioridadesprioridades

““8080--20”20”80% dos 80% dos gastosgastos correspondemcorrespondem a 20% dos a 20% dos casoscasos

De De acordoacordo com com custoscustos unitáriosunitáriosDisciplinarDisciplinar usouso de de anticorposanticorpos monoclonaismonoclonais

De De acordoacordo com com custoscustos totaistotaisPatologiasPatologias maismais comunscomuns

Page 15: Dicas sobre auditoria em oncologia

15

IdentificaçãoIdentificação de de prioridadesprioridadesA PREVENÇÃO É A MAIOR A PREVENÇÃO É A MAIOR

PRIORIDADEPRIORIDADEMamaMamaCólonCólonPróstataPróstataColoColo de de úteroúteroPelePele

MonitoramentoMonitoramento

ConstruirConstruir e e definirdefinir um um índiceíndice ((custocusto))PorPor tratamentotratamentoPorPor pacientepacientePorPor usuáriousuário….….

Page 16: Dicas sobre auditoria em oncologia

16

MonitoramentoMonitoramento

EstudoEstudo de de impactoimpacto financeirofinanceiro ANTES de ANTES de se se adotaradotar nova nova tecnologiatecnologia

É É possívelpossível??

Interior de Interior de SãoSão PauloPaulo4 4 ClínicasClínicasDiferençaDiferença absolutaabsoluta de 40% de 40% porpor pacientepaciente entreentrea de a de maiormaior custocusto e a de e a de menormenor custocusto

Page 17: Dicas sobre auditoria em oncologia

17

É É possívelpossível??UnimedsUnimeds MercosulMercosul

ReduçãoRedução de 20% no de 20% no custocusto totaltotalReduçãoRedução nana diferençadiferença dos dos preçospreços porpor procedimentosprocedimentosentreentre as as clínicasclínicas

2000 (92%) 2000 (92%) MaisMais caracara 27002700MaisMais baratabarata 14001400

2002(46%)2002(46%)MaisMais caracara 22002200MaisMais baratabarata 1500 1500

EconomiaEconomia total total estimadaestimada emem Porto Porto AlegreAlegre de 1,5 de 1,5 milhãomilhão de de reaisreais porpor anoano apenasapenas com com quimioterápicosquimioterápicos

AuditandoAuditando operadoresoperadores

Page 18: Dicas sobre auditoria em oncologia

18

AuditandoAuditando um um operadoroperador……

DiagnósticoDiagnósticoExplicitaçãoExplicitação dos dos problemasproblemasDeterminaçãoDeterminação de de prioridadesprioridadesFichaFicha de de liberaçãoliberação de de tratamentotratamentoElaboraçãoElaboração de de protocolosprotocolosMonitorizaçãoMonitorização

FluxogramaFluxograma de trabalhode trabalhoDiagnóstico

Apresentação dos resultados

Definição de prioridades

Elaboração das diretrizes

Feed back dos prestadores de serviços

Determinar prioridades

Classificar os tratamentos realizados de acordo com as evidências científicas

Avaliar a qualidade das informações prestadas ao convênio

Implementação Monitoramento do uso das diretrizes

Auditoria do processo de liberação de tratamentoAtualização

Page 19: Dicas sobre auditoria em oncologia

19

AuditandoAuditando um um operadoroperadorLevantamento dos tratamentosLevantamento dos tratamentosquimioterápicosquimioterápicos (últimos 3 (últimos 3 –– 6 meses)6 meses)Objetivo Objetivo

Detectar as principais patologiasDetectar as principais patologiasAvaliarAvaliar a qualidade das informações a qualidade das informações prestadas pelos médicos ao solicitarem prestadas pelos médicos ao solicitarem liberação do tratamentoliberação do tratamentoAvaliação da indicação dos tratamentos Avaliação da indicação dos tratamentos realizados conforme as evidências científicas realizados conforme as evidências científicas disponíveisdisponíveis

AuditandoAuditando um um operadoroperador

Dados Extraídos de cada solicitação:Dados Extraídos de cada solicitação:Patologias (CID)Patologias (CID)Estágio da doençaEstágio da doençaIntenção do tratamento (Intenção do tratamento (neoadjuvanteneoadjuvante, , adjuvante, curativo ou paliativo)adjuvante, curativo ou paliativo)Medicamentos utilizados e doseMedicamentos utilizados e doseLinha de tratamento (em caso de doençaLinha de tratamento (em caso de doençametastáticametastática) ) –– 1ª, 2ª, 3ª ou maior1ª, 2ª, 3ª ou maior

Page 20: Dicas sobre auditoria em oncologia

20

AuditandoAuditando um um operadoroperadorAvaliação da indicação de tratamento Avaliação da indicação de tratamento conforme:conforme:

indicaçãoindicação oficial (bula)oficial (bula)aprovaçãoaprovação do esquema terapêutico por agênciasdo esquema terapêutico por agênciasregulatóriasregulatórias (FDA,(FDA, AnvisaAnvisa, , EMEA)EMEA)DiretrizesDiretrizes clínicasclínicas de de associaçõesassociações de de classeclasseexistência de estudosexistência de estudos clínicos clínicos adequados (níveisadequados (níveis de de evidência e graus de evidência e graus de recomendação)recomendação)

AuditandoAuditando um um operadoroperador

Liberação em bula para a indicação proposta

Cada solicitação de tratamento

Agências regulatóriasfda.govemea.organvisa.gov.br

Entidades e associações de classeSBC/AMBASCONCCNESMONCI

Bases de dados (estudos que mostrem benefício)Meta-análiseFase IIIFase II (casos selecionados)

TratamentoadequadoSimN

ãoN

ãoN

ão

TratamentoadequadoSim

TratamentoadequadoSim

TratamentoadequadoSim

TratamentoexperimentalNão

Page 21: Dicas sobre auditoria em oncologia

21

AuditandoAuditando umauma operadoraoperadoraO O queque temostemos achadoachado? (CASO 1)? (CASO 1)

A grande maioria das guias não continha A grande maioria das guias não continha informações mínimas que permitissem serem informações mínimas que permitissem serem avaliadas quanto a indicação do tratamentoavaliadas quanto a indicação do tratamentoRaras foram as guias que continham Raras foram as guias que continham informações básicas, comoinformações básicas, como estadiamentoestadiamento, , indicação de tratamento (adjuvante,indicação de tratamento (adjuvante,neoadjuvanteneoadjuvante, paliativo ou curativo), paliativo ou curativo)Várias guias eram absolutamente ilegíveisVárias guias eram absolutamente ilegíveis

AuditandoAuditando umauma operadoraoperadora(caso 1 (caso 1 contcont.).)

Pelo que se pôde observar, o processo de Pelo que se pôde observar, o processo de solicitação de tratamento e liberação das guias solicitação de tratamento e liberação das guias é caóticoé caóticoNão há normas e diretrizes para os tratamentos Não há normas e diretrizes para os tratamentos HáHá muitas indicações de tratamento que não muitas indicações de tratamento que não encontram nenhum suporte na literatura, nem encontram nenhum suporte na literatura, nem mesmo em estudos de séries de casosmesmo em estudos de séries de casos

Page 22: Dicas sobre auditoria em oncologia

22

Auditando Auditando uma operadorauma operadora(Caso 1 (Caso 1 ContCont.).)

Sugestões:Sugestões:Implementação de ficha específica de solicitação de Implementação de ficha específica de solicitação de tratamentotratamentoDesenvolvimento de diretrizes para o tratamento Desenvolvimento de diretrizes para o tratamento quimioterápico quimioterápico (medicamentos, dose, duração...)(medicamentos, dose, duração...)Implementação de auditoria oncológica intensa e Implementação de auditoria oncológica intensa e independenteindependenteRequisição do envio de exames complementaresRequisição do envio de exames complementares

Receptores para uso de anticorpos Receptores para uso de anticorpos monoclonaismonoclonaisHemograma Hemograma para fatores de crescimento para fatores de crescimento hematologicohematologico

Revisão dos contratos de prestação de serviçoRevisão dos contratos de prestação de serviço

Page 23: Dicas sobre auditoria em oncologia

23

AuditandoAuditando umauma operadoraoperadoraO O queque temostemos achadoachado (CASO 2)(CASO 2)

NenhumaNenhuma problemaproblema maiormaior foifoi encontradoencontrado nana fasefase de de diagnósticodiagnóstico, , referentereferente aosaos tratamentostratamentos realizadosrealizadosA A absolutaabsoluta maioriamaioria dos dos tratamentostratamentos realizadosrealizados encontraencontrasuportesuporte científicocientífico adequadoadequado, , excetoexceto osos quatroquatro queque se se seguemseguem, , queque, , porpor faltafalta de de maioresmaiores informaçõesinformações nãonãopudemospudemos avaliaravaliar

AuditandoAuditando umauma operadoraoperadoraCasoCaso 2 (cont.)2 (cont.)

AlgumasAlgumas sugestõessugestões emem anexoanexo queque podempodem gerargerareconomiaeconomia de de recursosrecursos semsem comprometercomprometer o o atendimentoatendimento

CobrançaCobrança de de frascosfrascos inteirosinteiros de de medicamentosmedicamentos com com estabilidadeestabilidadedevemdevem ser ser cobradoscobrados porpor miligramagemmiligramagem de de usousoNormalizarNormalizar usouso de de fatoresfatores de de crescimentocrescimento hematopoiéticohematopoiéticoImplementarImplementar fichaficha de de solicitaçãosolicitação de de tratamentotratamentoImplementarImplementar diretrizesdiretrizes de de tratamentotratamento queque permitampermitam a um auditor a um auditor semsem formaçãoformação específicaespecífica em em oncologiaoncologia avaliaravaliar a a indicaçãoindicação do do tratamentotratamento

Page 24: Dicas sobre auditoria em oncologia

24

CasosCasos reaisreais

CasoCaso 11QT QT adjuvanteadjuvante parapara neoplasianeoplasia de de cóloncólon dukes “c”dukes “c”

5FU 425mg/m2 + 5FU 425mg/m2 + LeucovorinLeucovorin 300mg/m2 + 300mg/m2 + IrinotecanIrinotecan125mg/m2 125mg/m2 semanalsemanal X 6 X 6 mesesmeses

CustoCusto ~ R$ 12.000,00/mês~ R$ 12.000,00/mêsNãoNão háhá NENHUM NENHUM trabalhotrabalho queque suportesuporte esteeste esquemaesquemade de tratamentotratamentoO O tratamentotratamento padrãopadrão é 5FU 425mg/m2 + é 5FU 425mg/m2 + LeucovorinLeucovorin20mg/m2 20mg/m2 semanalsemanal X 6 X 6 mesesmeses

CustoCusto ~ R$ 500,00/mês~ R$ 500,00/mêsDiferençaDiferença total (R$) 72.000,00 total (R$) 72.000,00 –– 3.000,00 = 69.000,003.000,00 = 69.000,00

Page 25: Dicas sobre auditoria em oncologia

25

CasoCaso 22

PacientePaciente com com neoplasianeoplasia de de próstatapróstata com com receptoresreceptores HER2 +HER2 +

SolicitadoSolicitado: : HerceptinHerceptin 320mg 320mg semanasemana 1 + 1 + HerceptinHerceptin 160mg 160mg semanaissemanaisTempo Tempo estimadoestimado de de usouso: 12 : 12 mesesmesesCustoCusto estimadoestimado R$ 96.000,00R$ 96.000,00

CasoCaso 22AvaliaçãoAvaliação do do casocaso::

LevantamentoLevantamento bibliográficobibliográfico mostroumostrouExistemExistem doisdois estudosestudos de de fasefase II II nana literaturaliteratura quequeavaliaramavaliaram o o usouso de de HerceptinHerceptin em em câncercâncer de de próstatapróstata, , um com 10 um com 10 pacientespacientes e e outrooutro com 6com 6NãoNão houvehouve respostasrespostas terapêuticasterapêuticas expressivasexpressivasNãoNão háhá mençãomenção a a esteeste tratamentotratamento em em nenhumanenhuma dasdasdiretrizesdiretrizes pesquisadaspesquisadas (SBC/AMB, NCCN, NCI, (SBC/AMB, NCCN, NCI, ESMO...)ESMO...)O O tratamentotratamento nãonão podepode ser ser consideradoconsiderado padrãopadrão

Page 26: Dicas sobre auditoria em oncologia

26

Caso 3Caso 3Tumor Tumor neuroendócrino neuroendócrino de fígado, já fez 7 de fígado, já fez 7 (SETE) linhas de tratamento anteriores(SETE) linhas de tratamento anterioresSolicitado Solicitado Hycantim Hycantim semanalsemanalCusto estimado R$ 4.000,00/ mêsCusto estimado R$ 4.000,00/ mêsLevantamento na literatura mostra que não Levantamento na literatura mostra que não existe tratamento existe tratamento quimioterápico quimioterápico padrão sequer padrão sequer para primeira linha em tumores para primeira linha em tumores neuroendócrinosneuroendócrinosPosteriormente, descobriuPosteriormente, descobriu--se que a paciente se que a paciente não tinha condições clínicas para realizar a QTnão tinha condições clínicas para realizar a QT

EstratégiaEstratégia parapara mudançamudançaDiagnósticoDiagnóstico

MapeieMapeie o o conhecimentoconhecimentoQuantosQuantos e e quemquem sãosão osos oncologistasoncologistasOndeOnde trabalhamtrabalhamServiçoServiço própriopróprio X X oncologistasoncologistas

LucroLucro

CustoCusto realrealProcedimentoProcedimentoPacientePaciente“per capita”“per capita”

Page 27: Dicas sobre auditoria em oncologia

27

EstratégiaEstratégia parapara mudançamudança

Plano de Plano de açãoaçãoDiretrizesDiretrizes

BaseadasBaseadas emem evidênciasevidênciasEnvolverEnvolver osos oncologistasoncologistas locaislocais

ImplementarImplementar fichaficha de de solicitaçãosolicitaçãoAuditoria Auditoria efetivaefetiva

EspecializadaEspecializadaGeralGeral

EmEm conclusãoconclusão

É É possívelpossível reduzirreduzir osos custoscustos do do tratamentotratamentoquimioterápicoquimioterápico semsem prejuízoprejuízo nana qualidadequalidadeEnvolveEnvolve medidasmedidas antipáticasantipáticas ((conflituosasconflituosas))RequerRequer envolvimentoenvolvimento de de especialistasespecialistas

OncologistaOncologistaÉ É necessárionecessário conhecerconhecer o o terrenoterreno ANTESANTESRequerRequer auditoria auditoria intensivaintensiva ((especializadaespecializadaouou nãonão))

Page 28: Dicas sobre auditoria em oncologia

28

Auditoria Auditoria emem oncologiaoncologiaOtávioOtávio ClarkClark

OncologistaOncologista ClínicoClínico

VisiteVisite osos sítiossítios::www.evidencias.comwww.evidencias.com

Portal Portal brasileirobrasileiro de de medicinamedicina baseadabaseada emem evidênciasevidênciaswww.evidencias.com.brwww.evidencias.com.br

NúcleoNúcleo brasileirobrasileiro de de oncologiaoncologia baseadabaseada emem evidênciasevidências