DIDATICA
-
Upload
ruan-nunes -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
description
Transcript of DIDATICA
Didática Geral
PEDAGOGIA
E A
DIDÁTICA...
ALGUMAS PESSOAS AINDA CONFUNDEM O ASSUNTO, JULGANDO
QUE “PEDAGOGIA” E “ DIDÁTICA” SÃO PALAVRAS SINÔNIMAS.
DIDÁTICA É APENAS UMA PARTE DA PEDAGOGIA.
PEDAGOGIA É A CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO.
DIDÁTICA É A ARTE DE ENSINAR.
CONCEITO DE DIDÁTICA.
A PALAVRA “DIDÁTICA”VEM DO GREGO DIDAKTIKÊ, O ENSINO, QUE
POR SUA VEZ SE DERIVA DE DIDASKO, EU ENSINO. COSTUMAVA – SE DIZER
QUE “DIDÁTICA É A ARTE DE ENSINAR”. HOJE JULGAMOS MAIS CORRETO
DIZER QUE “DIDÁTICA É A DIREÇÃO DO PROCESSO ENSINO –
APRENDIZAGEM”.
CONCEITO.
Etimologicamente, DIDÁTICA vem do grego DIDAKTIKÉ, que quer dizer
"arte de ensinar", instruir", "fazer aprender". Portanto, o termo DIDÁTICA é
conhecido deste a Antiga Grécia. Entretanto, nessa época não havia regras
nem conceitos definidos a serem seguidos. A arte de ensinar era pessoal e
individual, de acordo com a individualidade de cada professor.
Além do mais, a DIDÁTICA designava o jeito de ensinar, a intuição do
professor ao ensinar, jeito este intimamente relacionado com a capacidade
empática do professor. 1
Todavia, o termo DIDÁTICA foi consagrado pelo educador tcheco João
Amós Comênio, pastor protestante, o qual em 1633 escreveu o livro "Didáctica
Magna". Nesse livro, Comênio definiu DIDÁTICA como "a arte de ensinar tudo a
todos". 2
Por outro lado, muitos educadores compreendem a DIDÁTICA como um
compêndio de técnicas ou um receituário para o bom ensino. Amélia
Domingos de Castro diz que no decorrer do tempo DIDÁTICA passou a reunir
os conhecimentos que cada época valoriza sobre o processo de ensinar. 3 Vera
Maria Ferrão Candau, educadora da PUC do Rio de Janeiro, diz que a DIDÁTICA
pode ser entendida como "reflexão sistemática e busca de alternativas para os
problemas da prática pedagógica". 4 Masetto amplia o conceito de Candau,
afirmando que DIDÁTICA é uma reflexão distemática sobre o processo de
ensino-aprendizagem que acontece na escola e na aula, buscando
alternativas para os problemas da prática pedagógica. 5
Nérici afirma que, em sentido amplo, a DIDÁTICA preocupa-se apenas
com os procedimentos que levem o educando a duas atitudes: mudar de
comportamento ou aprender algo, sem conotações sócio-morais. A DIDÁTICA,
neste sentido, não se preocupa com os valores mas somente com a maneira
de levar o educando a aprender algo. Isso pode produzir hábeis delinqüentes
ou autênticos cidadãos. 6
Por sua vez, o Novo Dicionário Aurélio define a DIDÁTICA como “a
técnica de dirigir e orientar a aprendizagem; técnica de ensino”.
1 OLIVEIRA, Jorge Mário de. Apostila de Didática do Ensino Religioso, SALT, Eng. Coelho, 1997, pág. 1.2 NÉRICI, Imídeo G. Didática Geral Dinâmica, São Paulo, Atlas, 1992, pág. 46 e Marcos MASETTO, Didática, a Aula
como Centro, FTD, São Paulo, 1997, pág. 12.3 CASTRO, Amélia Domingos de. A Trajetória Histórica da Didática, FDE, São Paulo, 1992, pág. 22.4 CANDAU, Vera Maria Ferrão, organizadora. A Didática em Questão, Vozes, Petrópolis, 1984, pág. 12.5 MASETTO, 13.6 NÉRICI, Didática Geral Dinâmica, 47
Em síntese, pode-se afirmar que Didática é um conjunto estruturado de
procedimentos e recursos para atingir os fins desejados do processo Ensino X
Aprendizagem.
Embora não haja uma definição específica do que seria a Didática do
Ensino Religioso, podemos afirmar que ela é a arte de ensinar, a qual se vale
de técnicas e conhecimentos pedagógicos coerentes com a Filosofia da
Educação Cristã, com o propósito final de levar o educando a uma experiência
pessoal de relacionamento com Cristo, e, conseqüentemente, obter a
salvação.
HISTÓRIA DA DIDÁTICA.
De acordo com Libâneo, a história da Didática está ligada ao
aparecimento do ensino. 7 Libâneo ainda lembra que:
Desde os primeiros tempos existe indício de formas elementares de
instrução e aprendizagem. Sabemos, por exemplo, que nas comunidades
primitivas os jovens passam por um ritual de iniciação para ingressarem
nas atividades do mundo adulto. Pode-se considerar esta uma forma de
ação pedagógica, embora aí não esteja presente a didática como forma
estruturada de ensino. 8
Na Antigüidade Clássica (período dos gregos e romanos) e na época
Medieval, também houve ações pedagógicas, nas escolas, mosteiros, Igrejas e
Universidades.
João Amós Comênio
O surgimento da teoria didática para pesquisar as ligações entre o
ensino e aprendizagem ocorre no século XVII, quando Comênio (1592-1670)
escreve o primeiro tratado clássico sobre DIDÁTICA, a "Didáctica Magna".
Comênio foi o primeiro educador a formular a idéia da difusão dos
conhecimentos a todos e criar princípios e regras do ensino. 9
A didática de Comênio baseava-se nos seguintes princípios:
7 LIBÂNEO, José Carlos. Didática, Cortez, São Paulo, 1994, pág. 57.8 Ibídem.9 Ibid., 58.
1. A finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus,
pois é uma força poderosa de regeneração da vida humana.
2. A educação é um direito natural de todos, pois todos os homens
merecem a sabedoria, a moralidade e a religião.
3. O homem deve ser educado de acordo com as características de sua
idade e capacidade para o conhecimento. Estudar essas características e os
métodos adequados é tarefa da DIDÁTICA.
4. A percepção sensorial das coisas tem um papel decisivo no ensino. Os
conhecimentos devem ser adquiridos a partir da observação das coisas e dos
fenômenos (aulas bem práticas).
5. Ao ensinar, deve-se partir do conhecido para o desconhecido: o
educando (criança) primeiro observa as coisas, depois aprende as palavras,
tudo de forma absolutamente natural, sem pressa.
Diante das propostas de Comênio, cabem algumas observações. Uma
delas é que na época dele e posteriormente, ainda se praticava um ensino
intelectualista, verbalista e dogmático, com ênfase na memorização e
repetição mecânica dos ensinamentos dos mestres. Não havia lugar para
idéias próprias dos alunos; o ensino não acompanhava a realidade do dia-a-dia
do educando. Além do mais, a religião praticamente dominava a vida social.
Jean Jacques Rousseau
A vida continua. Há grande desenvolvimento da ciência e da cultura. O
Clero vai perdendo poder. A burguesia disputa o poder econômico e político
com a nobreza. Faz-se necessário, portanto, um ensino ligado às exigências do
momento, que contemplasse o livre desenvolvimento das capacidades e
interesses individuais.
Rousseau (1712-1778) procurou interpretar essas aspirações propondo
uma nova concepção do ensino, baseada nas necessidades e interesses
imediatos da criança. Suas idéias podem-se resumir assim:
1. São os interesses e necessidades imediatos do aluno que determinam
a organização do estudo e seu desenvolvimento . Antes de as crianças serem
ensinadas, é necessário despertar nelas o gosto pelo estudo.
2. A educação se baseia no desenvolvimento interno do aluno. As
crianças são boas por natureza; elas têm uma tendência natural para se
desenvolverem.
Henrique Pestalozzi.
Como Rousseau foi apenas um teórico e não praticou suas idéias, coube
a Pestalozzi (1746-1827), pedagogo suíço, colocá-las em prática. Pestalozzi
dedicou a vida às crianças pobres, em instituições que ele mesmo dirigia. Suas
idéias podem ser resumidas nos seguintes pontos:
1. O ensino é muito importante para o desenvolvimento das
capacidades humanas.
2. A educação intelectual consiste, principalmente, no método
intuitivo: observação, análise dos objetos e fenômenos da natureza e
desenvolvimento da capacidade da linguagem. O resultado das observações
expressa-se em palavras. Assim a criança cresce intelectualmente.
Johann Friedrich Herbart.
A história da DIDÁTICA não estaria completa, pelo menos em seus
primórdios, se não mencionarmos o pedagogo alemão Herbart (1766-1841).
Ele ainda é o inspirador da pedagogia conservadora, e suas idéias estão
presente nas salas de aula brasileiras.
Na DIDÁTICA de Herbart, o professor é a peça chave no processos
psicológico-didático da aquisição de conhecimentos. Sendo que a finalidade da
educação é a moralidade, o homem deve ser instruído de tal maneira que
aprenda a comandar a si próprio. Aqui entra em cena o professor: ele é o
arquiteto da mente, introduzindo idéias corretas na mente dos alunos. O
professor controla os interesses dos alunos; transmite as idéias que deseja que
dominem suas mentes.
É claro que a DIDÁTICA de Herbart foi válida pois, entre outras coisas,
tornou necessárias a estruturação do processo de ensino e obrigava os alunos
a compreender a matéria, e não apenas decorá-la. Todavia, numa análise
detalhada, percebe-se que o aluno apenas compreendia o que o professor
ensinava com a finalidade de repetir a matéria. Isso é mero decoreba, que não
leva a uma associação de conteúdos ou reflexão e criatividade.
As idéias desses quatro pedagogos formaram a base do pensamento
pedagógico europeu. E claro, essas idéias acabaram difundindo-se por todo o
mundo, chegando posteriormente ao Brasil.
OBJETIVOS DA DIDÁTICA.
Todo professor competente, quando se depara com uma sala de aula
repleta de alunos — alguns interessados em aprender, outros desmotivados,
outros indiferentes e outros do contra — necessariamente deve se fazer
algumas perguntas tais como: 10
O que fazer para que os alunos se interessem pela matéria? Como lidar com alunos indisciplinados e apáticos? Como despertar e manter a atenção do aluno? Como motivar o aluno? Como avaliar o aluno? Qual é a melhor maneira de se comunicar com os alunos, para
tornar-se compreensível a eles? Como preparar bem uma aula? Como preparar um bom planejamento? Qual deve ser a postura do professor em sala de aula? Como ter um bom relacionamento com os alunos e pais?
Se o professor tentar resolver todos esses "problemas" usando apenas o
bom senso, sua tarefa de educador será um fardo e um castigo. Entretanto, se
recorrer à DIDÁTICA, terá maior possibilidade de fazer um trabalho
competente. Além de propor respostas aos questionamentos acima, a
DIDÁTICA tem por objetivo:
1. COLOCAR AO ALCANCE DO PROFESSOR AS PESQUISAS E CONHECIMENTOS PRODUZIDOS NA ARTE DE ENSINAR. 11
2. TORNAR O ENSINO E A APRENDIZAGEM MAIS EFICIENTE.
10 Esses questionamentos foram adaptados de MASETTO, 13 e 15.11 Ibid., 16.
3. APLICAR NOVOS CONHECIMENTOS ADVINDOS DA BIOLOGIA, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA E FILOSOFIA, QUE POSSAM TORNAR O ENSINO MAIS CONSEQÜENTE E COERENTE.
4. ORIENTAR O ENSINO DE ACORDO COM A IDADE DO EDUCANDO.
5. ADAPTAR O ENSINO ÀS POSSIBILIDADES, REALIDADES E NECESSIDADES DO EDUCANDO.
6. INSPIRAR AS ATIVIDADES ESCOLARES NA REALIDADE DO EDUCANDO.
7. ORIENTAR O PLANEJAMENTO, A FIM DE QUE HAJA PROGRESSIVIDADE E CONTINUIDADE NO ENSINO E NAS ATIVIDADES, PARA QUE OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO SEJAM PLENAMENTE ATINGIDOS.
8. ORGANIZAR OS TRABALHOS ESCOLARES, PARA QUE ESTES NÃO SEJAM APENAS PERDA DE TEMPO E ENERGIA.
9. ACOMPANHAR E OTIMIZAR A APRENDIZAGEM, A FIM DE PERCEBER QUANDO CORRIGIR OU RECUPERAR O ENSINO. 12
DIVISÃO DA DIDÁTICA.
A DIDÁTICA pode ser considerada sob duas categorias: 13
Didática Geral.Estuda os aspectos do ensino que se aplicam igualmente a todas as
disciplinas. Não trata de questões minuciosas ou específicas, mas de aspectos gerais.
Didática Especial.Procura aplicar os princípios gerais da DIDÁTICA no campo específico de
uma matéria, como História, Geografia, etc. Neste curso, veremos a DIDÁTICA especial, direcionada especificamente para o Ensino Religioso.
EVOLUÇÃO DA DIDÁTICA
Com o decorrer dos anos, A Didática sofreu um grande desenvolvimento, no intuito de melhorar sua ação no âmbito do ensino-aprendizagem. Ítala Ferreira 14 sugere o seguinte:
FASES
ELEMENTOS
DIDÁTICA
TRADICIONAL
TRANSIÇÃO
(ESCOLA
DIDÁTICA
COTEMPORÂN
12 Os itens 2 a 9 foram adaptados de NÉRICI, 49.13 NÉRICI, Didática Geral Dinâmica, 75.14 FERREIRA, Ítala. Ação Didática - Elementos Básicos, Editora Rio, Rio de Janeiro, 1976, pág. 14.
NOVA) EA
PROFESSOR Agente principal do processo de ensinar.
Cumpridor de programa.
Autocrata.
Valorizador do processo ensino-aprendizagem.
Facilitador da ação educativa.
Orientador da aprendizagem
ALUNO Receptor passivo.Valorizado em função da inteligência, mente, intelecto e capacidade de reter ensinamentos.
Centro do processo ensino-aprendizagem.
Autor da própria aprendizagem.
OBJETIVO Desligado da realidade do aluno.
Tentativa de informar para a vida.
Estabelecidos com base na realidade do aluno.
CONTEÚDO Rol completo de informações a serem estudadas pelo aluno.
Acúmulo de dados considerados como verdades absolutas.
Fonte de conhecimento.
Conjunto de assuntos da experiência do aluno.
Selecionado e programado numa perspectiva dinâmica.
Interessado no desenvolvimento harmônico do aluno, nas áreas cognitiva, afetiva e psicomotora.
Tendo em vista o ajustamento e auto-realização do aluno no meio em que vive.
MÉTODO Apelo à Aprender a Antecipação
memorização.
Aprender repetindo.
fazer fazendo. e preparo dos procedimentos ou condições úteis à aprendizagem pessoal e integradora.
O ENSINO E A APRENDIZAGEM.
AS ANTERIORES DEFINIÇÕES DE DIDÁTICA GIRAVAM SEMPRE EM
TORNO DOS TERMOS ENSINO E ENSINAR. ACREDITAVA – SE QUE A
FINALIDADE DA ESCOLA ERA ENSINAR.
AOS ALUNOS, A TAREFA DO PROFESSOR ERA ENSINAR À SUA CLASSE,
DE ACORDO COM O “PROGRAMA DE ENSINO”.
O MESTRE ENSINAVA: OS ALUNOS APRENDIAM SE QUISESSEM OU
SE PUDESSEM. A GRANDE FINALIDADE DO PROFESSOR ERA “DAR O
PROGRAMA”: SE,AO FIM DO ANO,O PROGRAMA ESTIVESSE TODO DADO, O
MESTRE RESPIRAVA ALIVIADO: CUMPRI COM O MEU DEVER !
ORA, A ESCOLA É PARA A CRIANÇA, E O QUE EXISTE DE MAIS
IMPORTANTE É A APRENDIZAGEM DO ALUNO.
HOUVE, ASSIM, UM DESLOCAMENTO DE ÂNGULO, DE PONTO DE
VISTA: AQUILO QUE OLHÁVAMOS DO PONTO DE VISTA DO PROFESSOR, E SE
CHAMAVA ENSINO, PASSOU A SER ENCARADO DO PONTO DE VISTA DO
ALUNO, RECEBENDO O NOME DE APRENDIZAGEM.
PROFESSOR CONTEÚDO ALUNO
ENSINO CONHECIMENTOS
APRENDIZAGEM
ATITUDES
HÁBITOS
ENSINO E APRENDIZAGEM, UM SÓ FENÔMENO.
ASSIM COMO UM PRATO APRESENTA O LADO CÔNCAVO E O
CONVEXO, NÃO SENDO POSSÍVEL SEPARAR O CÔNCAVO DO CONVEXO, POIS
NA REALIDADE SÃO UMA COISA SÓ.
ASSIM TAMBÉM, O CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO APRECIADO PELO
LADO DO PROFESSOR É O ENSINO E APRECIADO PELO LADO DO ALUNO É A
APRENDIZAGEM, CONSTITUINDO ENSINO E APRENDIZAGEM DOIS ASPECTOS
DE UM ÚNICO FENÔMENO. DAÍ, A DENOMINAÇÃO
MAIS CERTA: PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM.
PORTANTO, O QUE EXISTE DE IMPORTANTE NA ESCOLA É A
APRENDIZAGEM DO ALUNO. PODE A ESCOLA TER UM ÓTIMO PRÉDIO,
MAGNÍFICO MATERIAL DIDÁTICO, GRANDES CARTAZES NO SEU CORPO
DOCENTE:
TUDO ISSO DE NADA VALERÁ SE SEUS ALUNOS NÃO TIVEREM UMA BOA
APRENDIZAGEM. A MESMA COISA SE DIRÁ DE UM HOSPITAL: PODE POSSUIR
GRANDE PRÉDIO, EQUIPAMENTOS SUPERMODERNOS, MÉDICOS DE RENOME
INTERNACIONAL; MAS SE OS DOENTES AÍ INTERNADOS NÃO FICAM CURADOS,
ENTÃO, ESSE HOSPITAL NÃO VALE NADA (SALVO, É CLARO, SE FOREM
DOENTES INCURÁVEIS..).
OS DOIS CONCEITOS DE APRENDIZAGEM:
FIRMADO O PRINCÍPIO DE QUE A ESCOLA EXISTE PARA A
APRENDIZAGEM DO ALUNO, CHEGOU O MOMENTO DE PERGUNTARMOS:
O QUE É APRENDIZAGEM?
PSEUDO - APRENDIZAGEM:
DE ACORDO COM A ESCOLA ANTIGA, TRADICIONALISTA, APRENDER
ERA “GUARDAR”, ERA “SABER DE COR”, ERA “TER DE CABEÇA”. SABER
PORTUGUÊS ERA SER CAPAZ DE CONJUGAR DE COR OS MAIS REBARBATIVOS
VERBOS IRREGULARES E ANÔMALOS. SABER GEOGRAFIA ERA CONHECER DE
CABEÇA OS NOMES DE QUINHENTOS ACIDENTES GEOGRÁFICOS.
A ESCOLA ANTIGA ERA PROFUNDAMENTE INTELECTUALISTA:
OCUPAVA – SE QUASE QUE, TOTALMENTE, APENAS, DAS
FACULDADES INTELECTUAIS DO ALUNO. SEU OBJETIVO MAIOR ERA
TRANSMITIR CONHECIMENTOS. COMO OS CONHECIMENTOS SE TRANSMITEM
ATRAVÉS DA PALAVRA ( ESCRITA E FALADA ), A ESCOLA SE TORNOU
ESSENCIALMENTE VERBALISTA, PALAVROSA;REPETINDO O POETA, PODEMOS
DIZER QUE O ENSINO SE RESUMIA EM:
PALAVRAS - PALAVRAS - PALAVRAS,
NADA ALÉM DE PALAVRAS.
O ENSINO ANTIGO PASSAVA PELAS ETAPAS :
INTELECTUALISMO
VERBALISMO
DECORAÇÃO
DO INTELECTUALISMO À DECORAÇÃO:
O ALUNO GUARDAVA AS PALAVRAS “DE CABEÇA” ATÉ O FIM DO
EXAME. DEPOIS, POR NÃO AS EMPREGAR MAIS, IA ESQUECENDO. E CHEGAVA-
SE A ESTA DOLOROSA CONCLUSÃO:
A ESCOLA ENSINAVA CONHECIMENTOS PARA O ALUNO TER O
TRABALHO DE GUARDAR E ... ESQUECER !
A VERDADE É QUE SÓ APRENDEMOS, REALMENTE, UMA COISA,
QUANDO A INTEGRAMOS EM NOSSO EU, EM NOSSA VIDA.
DAÍ, O NOME DE PSEUDO-APRENDIZAGEM QUE OS EDUCADORES
CONCEDEM AO ENSINO DO TIPO ANTIGO, ACIMA DESCRITO.
APRENDIZAGEM AUTÊNTICA:
A VERDADEIRA APRENDIZAGEM, REPETIMOS, É AQUELA QUE SE
INCORPORA A NOSSA VIDA. NÃO APRENDEMOS APENAS PARA SABER,MAS
PARA MELHORAR EM QUALQUER SENTIDO, PARA CRESCER, SEJA NO FÍSICO,
NA SAÚDE, NO INTELECTO, NA VIDA MORAL OU SOCIAL, OU ECONÔMICA, OU
ARTÍSTICA.SURGE,ENTÃO, O NOVO CONCEITO DE APRENDIZAGEM
APRENDER É MODIFICAR-SE NA ESCOLA E NA VIDA.
D I D Á T I C A: PARTE II
Princípio Teórico – Metodológicos da Prática Docente
Pedagogia Tradicional
Conteúdo de ensino – São o conhecimentos e valores sociais
acumulados pelas gerações adultas e repassadas ao aluno como verdades. As
matérias de estudo visam preparar o aluno para a vida, são determinadas pela
sociedade e ordenadas na legislação. Os conteúdos são separados da
experiência do aluno e das realidades sociais, valendo pelo intelectual, razão
pela qual a pedagogia tradicional é criticada como intelectual e, às vezes,
como enciclopédia.
Métodos – Baseiam-se na exposição verbal da matéria e/ou
demonstração. Tanto a exposição quanto a análise são feitas pelo professor,
observados os seguintes passos: a) preparação do aluno (definição do
trabalho, recordação da matéria anterior, despertar interesse; b) apresentação
(realce de ponto-chave, demonstração); c) associação (combinação do
conhecimento novo com já conhecido por comparação e abstração); d)
generalização (dos aspectos particulares chega-se ao conceito geral, é a
exposição sistematizada); e) aplicação (explicação de fatos adicionais e/ou
resoluções de exercícios). A ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos
ou fórmulas na memorização visa disciplinar a mente e formar hábitos.
Relacionamento professor - aluno – Predomina a autoridade do
professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer
comunicação entre eles no decorrer da aula. O professor transmite o conteúdo
na forma de verdade a ser absorvida; em conseqüência, a disciplina imposta é
o meio eficaz para assegurar a atenção e o silêncio.
Pressupostos de aprendizagem – A idéia de que o mesmo consiste
em repassar os conhecimentos para o espírito da criança é acompanhada de
uma outra: a de a capacidade de assimilação da criança é idêntica à do adulto,
apenas menos desenvolvida. Os programas, então, devem ser dados numa
progressão lógica, é idêntica à do adulto, apenas menos desenvolvida. Os
programas, então, devem ser dados numa progressão lógica, estabelecidas
pelo adulto, sem levar em contas as características próprias de cada idade. A
aprendizagem, assim, é receptiva e mecânica, para o que se recorre
freqüentemente à coação. A retenção do material ensinado é garantida pela
repetição de exercícios sistemáticos e recapitulação da matéria. A
transferência de aprendizagem depende do treino; é indispensável à retenção,
a fim de que o aluno possa responder às situações novas de forma semelhante
às respostas dadas em situações anteriores. A avaliação se dá por verificação
de curto prazo (interrogatórios orais, exercícios de casa) a de prazo mais longo
(provas escritas, trabalhos de casa.)
Pedagogia Nova
CONTEÚDOS DE ENSINO – Como o conhecimento resulta da ação a
partir dos interesses e necessidades, os conteúdos de ensino são
estabelecidos em função de experiências que o sujeito vivencia frente a
desafios cognitivos e situações problemáticas. Dá-se, portanto, muito mais
valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que a conteúdos
organizados racionalmente. Trata-se de “aprender a aprender”, ou seja, é mais
importante o processo de aquisição do saber do que propriamente dito.
MÉTODO DE ENSINO -A idéia de "aprender fazendo" está sempre
presente Valorizam-se as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta,
o estudo do meio natural e social, o método de solução de problemas. Embora
os métodos variem, as escolas ativas ou novas (Dewey, Montessori, Decroly,
Cousinete e outros) partem sempre de atividades adequadas à natureza do
aluno e às etapas do seu desenvolvimento. Na maioria delas, acentua-se a
importância x trabalho em grupo não apenas como técnica, mas como
condição básica do desenvolvimento mental. Os passos básicos do método
ativo são: a) colocar o aluno numa situação de experiência que tenha um
interesse por si mesma; b) o problema deve ser desafiante, como estímulo à
reflexão; c) o aluno deve dispor de informações e instruções que lhe
permitam pesquisar a descoberta de soluções; d) soluções provisórias devem
ser incentivadas e ordenadas, com a ajuda discreta do professor; e) deve-se
garantir a oportunidade de colocar as soluções a prova, a fim de determinar
sua utilidade para a vida.
Pedagogia Tecnicista
CONTEÚDOS DE ENSINO - São as informações, princípio científicos,
leis, etc., estabelecimentos e ordenados numa seqüência lógica e psicológica
por especialistas. É matéria de ensino apenas o que é redutível ao
conhecimento observável e mensurável; os conteúdos decorrem, assim, da
ciência objetiva, eliminando-se qualquer sinal de subjetividade. O material
instrucional encontra-se sistematizado nos manuais, nos livros didáticos, nos
módulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais etc.
MÉTODOS DE ENSINO – Consistem nos procedimentos e técnicas
necessárias ao arranjo e controle das condições ambientais que asseguram a
transmissão/recepção de informações. Se a primeira tarefa do professor é
modelar respostas apropriadas aos objetivos instrucionais, a principal e
conseguir o comportamento adequado pelo controle do ensino; daí a
importância da tecnologia educacional. A tecnologia educacional é a
“aplicação sistemática de princípios científicos comportamentais e
tecnológicos a problemas educacionais, em função de resultados efetivos,
utilizando uma metodologia e abordagem sistêmica abrangente”. Qualquer
sistema instrucional há uma grande variedade deles) possui três componentes
básicos: objetivos instrucionais operacionalizados em comportamentos
observáveis e mensuráveis, procedimentos instrucionais e avaliação.
Pedagogia Cognitiva
CONTEÚDOS DE ENSINO - Denominados "temas geradores", são
extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos
tradicionais são recusados porque cada pessoa, cada grupo envolvidos na
ação pedagógica dispõem em si próprios, ainda que de forma rudimentar, dos
quais se parte. O importante não é a transmissão de conteúdos específicos,
mas despertar uma nova forma da relação com a experiência vivida. A
transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é considerada como
"invasão cultural" ou "depósito de informação", porque não emerge do saber
popular. Se forem necessários textos de leitura, estes deverão ser redigidos
pelos próprios educandos com a orientação do educador.
Em nenhum momento o inspirador e mentor da pedagogia libertadora,
Paulo Freire, deixa de mencionar o caráter essencialmente político de sua
pedagogia, o que, segundo sua próprias palavras, impede que ela seja posta
em prática, em termos sistemáticos, nas instituições oficiais, antes da
transformação da sociedade. Daí porque sua atuação se dê mais a nível da
educação extra-escolar. O que não tem impedido, por outro lado, que seus
pressupostos sejam adotados e aplicados por numerosos professores.
MÉTODOS DE ENSINO - "Para ser um ato de conhecimento o processo
de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma
relação de autêntico diálogo; aquela em que os sujeitos do ato de conhecer se
encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido" (...) "O diálogo engaja
ativamente a ambos os sujeitos do ato de conhecer: educador- educando e
educando- educador.
Assim sendo, a forma de trabalho educativo é o "grupo de discussão", a
quem cabe autogerir a aprendizagem, definindo o conteúdo e a dinâmica das
atividades. O professor é um animador que, por princípio, deve - "descer" ao
nível dos alunos, adaptando-se as suas características e ao desenvolvimento
próprio de cada grupo. Deve caminhar "junto", intervir o mínimo
indispensável, embora não se furte, quando necessário, a fornecer uma
informação mais sistematizada.
Pedagogia Crítica
CONTEÚDOS DE ENSINO - São os conteúdos culturais universais que
se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos,
incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às
realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades
exteriores ao aluno, que devem ser (assimilados e não simplesmente
reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Não
basta que os conteúdos sejam apenas ensinados; é preciso que se liguem, de
forma indissociável, à sua significação humana e social.
Essa maneira de conceber os conteúdos do saber não estabelece
oposição entre cultura erudita e cultura popular, ou espontânea, mas uma
relação de continuidade em que, progressivamente, se passa da experiência
imediata e desorganizada ao conhecimento sistematizado. Não que a primeira
apreensão da realidade seja errada, mas é necessária a ascensão a uma forma
de elaboração superior, conseguida pelo próprio aluno, com a intervenção do
professor.
MÉTODOS DE ENSINO – A questão dos métodos se subordina à dos
conteúdos: se objetivo privilegiar a aquisição do saber, e de um saber,
vinculado às realidades sociais, é preciso que os métodos favoreçam a
correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos, e que estes
possam reconhecer nos conteúdos o auxilio ao seu esforço de compreensão da
realidade (prática social). Assim, nem se trata dos métodos dogmáticos de
transmissão do saber da pedagogia tradicional, nem da sua substituição pela
descoberta, investigação ou livre expressão das opiniões, como se o saber
pudesse ser inventado pela criança, na concepção da pedagogia renovada.
Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem,
então, de um saber artificial, depositando a partir de fora, em do saber
espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno,
confrontada com o saber trazido de fora. O trabalho docente relaciona a
prática confrontada com o saber trazido de fora. O trabalho docente relaciona
a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor,
momento em que se dará a "ruptura" em relação à experiência pouco
laborada. Tal ruptura apenas é possível com a introdução explícita, pelo
professor, dos elementos novos de análise a serem aplicados criticamente à
prática do aluno. Em outras palavras, uma aula começa pela constatação da
prática real, havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de
referi-las aos termos do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a
experiência do professor. Vale dizer: vai-se da ação à compreensão e da
compreensão à ação até a síntese, o que não é outra coisa senão a unidade
entre a teoria e prática.
COMPARAÇÃO DOS DOIS SISTEMAS DE ENSINO
PREPARA PARA A UNIVERSIDADE PREPARA PARA A VIDA, INCLUSIVE A UNIVERSIDADE
PROPEDÊUTICO: Prepara para o próximo estágio (grau escolar)SELETIVO: Seleciona quem presta e quem não presta para a Universidade.
FORMAÇÃO INTEGRAL: Prepara em todas as matérias; orienta a se virar naquilo que pode ser feliz e capaz.ORIENTADOR: Não seleciona, mas orienta o aluno no seu potencial.
OBJETIVO DE ESTUDO
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
A MATÉRIA A PESSOA
OBJETIVO DE ESTUDO
FUNÇÃO DO PROFESSOR FUNÇÃO DO PROFESSOR
ESPECIALISTA EM MATÉRIAS
EDUCADOR, FORMADOR DE PESSOAS
Material adaptado da palestra proferida por Antony Zabala, no Seminário Internacional de Educação, no dia 02 de outubro de 2000, em Sorocaba-SP.
MODELO TRADICIONAL MODELO IDEAL
DOIS MODELOS DE AULA
MODELO TRADICIONAL MODELO IDEAL
- Prof. começa a aula com um incidente ou situação motivadora (p.e. um assunto de capa da VEJA, ou uma história empolgante).
- Prof. faz uma exposição oral, muito bem feita, com o uso de Power Point, retroporejetor,etc..
- O prof. apresenta as conclusões sobre o tema.
SABER
(Informação)
- Prof. começa a aula com um incidente ou situação motivadora (p.e. um assunto de capa da VEJA, ou uma história empolgante).
- O professor faz uma rápida exposição oral sobre o assunto, para contextualizá-lo.
- Prof. levanta problemas decorrentes do incidente ou situação apresentado.
- Os alunos vão ao livro texto, lêem e contrastam com as explicações do professor.
- Estudam e fazem um resumo da lição e da aula.
- Prova escrita.
FAZER(Atividades)
- Respostas intuitivas (opinião).
- Debate em pequenos grupos (estudo de caso, questionário, etc.).
- Pesquisa bíblica e bibliográfica sobre o tema (o prof. fornece versículos e bibliografia).
- Cada um elabora respostas próprias, e chegam a um consenso, respeitando a individualidade.
- Um representante do grupo expõe aos colegas as descobertas do grupo.
- Em duplas, um fala para outro suas conclusões pessoais.
- Consulta o livro texto, para buscar mais idéias. Comentar as idéias.
- O professor faz um resumo com as principais idéias expostas.
- Conclusões sobre o assunto: o que a Bíblia diz?
- Ficar atento na aula.
- Respeitar os colegas e o professor.
- Ser responsáveis entregando
SER(Atitudes)
- Ouvir com atenção aos colegas.
- Autonomia e responsabilidade na pesquisa pessoal.
o resumo da lição.
- Autocontrole e honestidade: não copiar a tarefa do colega.
- Respeito às idéias do professor e às idéias dos colegas; Tolerância com as idéias não tão boas de alguns.
- Respeito pela autoridade bíblica.
Material adaptado da palestra proferida por Antony Zabala, no Seminário Internacional de Educação, no dia 02 de outubro de 2000, em Sorocaba-SP.
TIPOS DE PROFESSOR
Volte à sua época de aluno do Ensino Básico e lembre: que tipo de
professor você teve? Qual era o mais comum: o mandão, o passivo, o coitado,
etc.? Escreva isso num papel e tente lembra com qual deles você aprendeu
mais. Esse exercício é interessante pois preparará você para a inversão de
papéis: agora você é o professor. A propósito, que tipo de professor você é ou
pretende ser? O escritor Içami Tiba, em sua obra "Ensinar Aprendendo",
sugere uma lista interessante 15. Analise-a e veja qual é o melhor modelo a
seguir por um professor.
Professor "aluno faz a média".
É o tipo de professor que não se abala quando 39 alunos tiram nota
baixa, contanto que um tire 8. "Não estudaram", diz ele. "Se a prova estivesse
difícil, ou se eu não tivesse explicado bem a matéria, todos teriam tirado nota
baixa", conclui ele. Esse professor não tem nenhuma qualidade (o aluno que
tirou 8 pode ter aprendido sozinho e não em sala de aula!). Seu principal
defeito é que a maioria dos alunos não consegue aprender com ele. È claro
que este professor não terá a simpatia dos alunos, justamente por causa das
notas baixas.
Professor "super exigente".
Dá sua aula só com silêncio absoluto. É ameaçador, e chega a apavorar
seus alunos. Usa sua toda sua "autoridade" em sala de aula, não permitindo
interação e participação. Sua qualidade é que cria um clima de silêncio,
adequado à aprendizagem. Seu defeito é que conduz uma aula sem vida, sem
interação, prejudicando tremendamente a aprendizagem.
Professor "estuprador mental".
Passa sobre os alunos como um rolo compressor; despeja informação e
matéria, e não para um segundo para saber qual a condição do aluno no
momento. É verdade que passa toda a matéria, mas o rendimento é
prejudicado pela rapidez com que ensina. Os alunos aproveitam a aula para
fazer trabalhos de outras matérias. Na hora da prova, decoram tudo e pronto.
Professor "carrasco".
Sempre exige mais do que ensinou. Usa a prova como recurso para
prender o aluno. E pergunta na prova justamente aquele exercício que não
15 Içami Tiba, Ensinar Aprendendo (São Paulo: Editora Gente, 1998), 141 a 150.
21
ensinou na aula. Seu lema é: "Dez é para Deus, oito para o professor, e para o
aluno, só de seis para baixo. Provoca no aluno a superação. Mas também corre
o risco de o aluno odiar a matéria. Para superar este professor, o aluno xeroca
a matéria do melhor aluno da classe; ou, muitas vezes, cola.
Professor "tanto faz".
"Se o aluno estudou ou não, se o aluno fez o trabalho ou não, se o aluno
aprendeu ou não, o problema é do aluno; dou zero e pronto". É assim que
pensa o professor "tanto faz". Sua qualidade é não incomodar o aluno. Seu
defeito é não fazer a diferença na vida de nenhum aluno.
Professor "crânio".
Sabe tudo, mas não consegue transmitir a matéria. É uma pérola dentro
da ostra. Uma virtude dele talvez seja a de servir de enciclopédia par o aluno.
Seu defeito é querer exigir que o alunos saiba tanto quanto ele. Os alunos, no
desespero, tender a colar para tirar boa nota.
Professor "vítima".
Sofre com a classe; todos zombam dele; ninguém o leva a sério. Não tem
nenhuma virtude, e seu pior defeito é que não consegue passar a matéria,
estimulando a indisciplina.
Professor "crédulo".
É excessivamente compreensivo e democrático; acreditando em todas
as desculpas do aluno, e dá oportunidades sem fim. Este professor é muito
querido pelo aluno justamente pelo seu lado humano. Entretanto, corre o risco
de ser manipulado.
Professor "super atual".
Está sempre bem informado, usando e abusando das novidades,
Internet, jornais, revistas, etc. Desperta grande interesse na classe justamente
por ser atual. Sua virtude é promover a participação dos alunos, que se
interessam por sua aula. O problema é que muitas vezes sai do foco da lição,
perdendo bastante tempo em coisas interessantes mas supérfluas.
Professor "atualizado, competente, relacionável e ético".
É o professor que, usando episódios práticos e atuais, apropriados aos
alunos, consegue aliar teoria com dia a dia. Desperta no aluno o prazer de
saber. Na minha opinião, este é o professor ideal.
ALGUNS OUTROS TIPOS DE PROFESSOR
22
James Proctor 16 classifica os professores em outros modelos bastante
interessantes.
Orador.
Fala alto e muito sobre qualquer coisa relacionada com a matéria. Não
costuma planejar suas aulas, com o pretexto de que isso é para “gente
bitolada”. Como fala muito, às vezes não percebe os alunos que roncam e
aqueles que contam piadas. Tem uma “grande paixão” pela sua bela voz.
Talvez seja por isso que fala bastante.
Comodista
Consegue ensinar qualquer assunto sem se levantar da cadeira. No dia
de entregar tarefas e trabalhos, os alunos fazem fila diante de sua
escrivaninha. Levanta-se apenas para sair da sala. Aliás, costuma ser o
primeiro a sair da sala.
Simpático
É um perfeito cavalheiro, de grande elegância; é amigo de todos, um
bom camarada; mas ensina pouco, quase nada. Socialmente é um sucesso;
profissionalmente, um fracasso.
Pensador
Ás vezes está tão distraído que nem ouve as perguntas dos alunos,
respondendo, conseqüentemente, qualquer coisa. Outras vezes é inacessível,
do tipo que o aluno tem medo de falar para não interromper o “gênio”.
Exibicionista
Gosta de dar umas boas gargalhadas. E por ser muito espalhafatoso,
muitas vezes acaba perdendo o respeito do estudante.
Falso
Parece que ensina com autoridade, mas basta uma pergunta séria para
mostrar que é pura casca. Questionado, sai pela tangente, e dá uma boa
“enrolada” no aluno.
O Professor de Verdade
É simpático, entusiasta, conhece bem o assunto, tem um plano e se
mantém fiel a ele, sem perder a flexibilidade. Expõe o assunto de maneira
simples, profunda e interessante, provocando interesse nos alunos,
16 James O. Proctor, Ensinando a Ensinar (São Paulo: Record, 1963), 32 a 38.
23
interagindo com eles. Tem confiança em sua capacidade profissional, e é um
eterno aprendiz.
ALGUMAS DICAS DO PERFIL DE PROFESSOR
As dicas abaixo relacionadas são uma adaptação daquilo que Endricks17
e Proctor 18sugerem a respeito da postura de um professor. Hendricks fala
especificamente do professor cristão, enquanto Proctor refere-se ao professor
em geral. É claro que aqui essas características estão devidamente adaptadas.
Não pára de crescer.
O professor deve assumir a postura de eterno aprendiz; deve-se
considerar um estudante ensinando estudantes. E o crescimento acontece
participando de cursos, mantendo leitura sistemática, trocando experiências
com gente experiente, etc.
Está se perguntado sempre: Como posso melhorar meu ensino?
Isto implica em novas tentativas, novas técnicas, novas abordagens,
nova roupagem para a "velha e feliz história". O professor jamais deve admitir
dar aos seus alunos a água estagnada de uma lagoa; deve dar aos seus alunos
as águas limpas e correntes de um rio; não menos do que isso.
Sente escolhido para o trabalho.
Não faz um trabalho por acaso, por circunstâncias ou por outras razões.
Encara seu ensino como um sagrado ministério.
É um bom ouvinte.
Sabe escutar e fazer o aluno sentir que está sinceramente interessado
em seu problema. Encoraja os alunos a falarem. É paciente e compreensivo.
Sempre tem tempo para seus alunos.
É um bom vendedor.
O professor tem o melhor “produto” do mundo para vender: o
conhecimento. E como bom vendedor, o professor deve esclarecer ao
“comprador” como esse produto poderá ser útil.
É um bom conselheiro.
Aconselhar o deprimido, dar uma palavra de conforto a quem perdeu um
familiar, animar a garota que terminou o namoro, são algumas das situações
que o professor enfrentará em seu dia a dia. E deve estar preparado para essa
rotina.
17 Howard Hendricks, Ensinando para Transforma Vidas (Venda Nova, MG: Betânia, 1991), 15 a 18.18 Proctor, 40 a 44
24
É um sujeito atualizado, progressista.
Ensinar envolver criatividade e constante ação. O professor, deve,
portanto, estar sempre à procura de novos métodos para não cair na rotina.
Deve estar ciente de que está fazendo um bom trabalho, mas não deve se
satisfazer com pouca coisa. Precisa crescer continuamente.
É um amigo de verdade.
Amigo dos alunos e dos colegas de trabalho. É assim que conquistará o
respeito de todos: com profissionalismo e bom relacionamento.
TIPOS DE ALUNOS
No livro “Ensinar Aprendendo”, Içami Tiba afirma que “qualquer
adolescente que deseja aprender de verdade o faz com professores, sem
professores ou apesar dos professores”. Uma prova disso, argumenta ele, é
que os alunos vão bem nas matérias que despertam interesse, enquanto são
um desastre naquelas que não gostam.
A partir da observação do cotidiano escolar dos adolescentes, Içami Tiba
sugere onze tipos de aluno. 19
a. . Esponja. Absorve tudo. Anota tudo, mas não significa que aprende
tudo o que anota.
b. . Peneira. Sabe filtrar a informação. Ouve tudo, mas só anota o que
lhe interessa. Quer saber apenas o que vai caria na prova.
c. . Funil. Anota tudo, mas em casa repassa tudo com calma e fica com
o melhor.
d. . Salteado. Aposta na sorte. Como não sabe o que vai cair na prova,
abre o livro e estuda a página que deu na sorte. Seja o que Deus quiser!
e. . Sorteado. Tem muita fé, e acredita que aquilo que ele estudou vai
cair na prova. “Vai cair na prova? Pergunta ele com freqüência” .
f. . Última-horista. Só estuda na véspera da prova e faz trabalhos no
recreio. Um reflexo da maior parte das pessoas.
g. . Ausente mas de corpo presente. Aproveita a aula para olhar as
fotos, organizar a agenda (preparar sermão!), fazer leitura, desenhar, fazer
cartão para a namorada, etc. Nunca presta atenção na aula. E ainda acha que
sabe tudo. Coitado!
19 Içami Tiba, 135-137.
25
h. . Sintonia fina. Está sempre desligado da aula, mas sua antena está
sempre pronta para captar a piada, fofoca ou qualquer outro assunto.
i. . Autodidata. Não presta atenção na aula, falta muito, não se
esforça para realizar os trabalhos escolares. Mas na véspera de tudo, pega o
livro e dá um jeito. Aprende por conta própria, muitas vezes “apesar” do
professor.
j. Chupim. É como o passarinho preto que bota seus ovos para o tico-
tico chocar e criar. Não presta atenção nas aulas, não anota nada. Mas no dia
da provam, cola do mais esperto da classe e pronto. Participa dos melhores
grupos de trabalhos só para tirar nota. É um sangue suga (e sem vergonha!).
k. Abelha. Faça chuva, faça sol, está sempre ativo, trabalhando.
Sempre tem o seu mel. Muitas vezes, os “ursinhos” roubam o seu mel (ou seja,
dá cola para os outros, empresta o trabalho para o vagal copiar, e etc.)
OUTROS TIPOS DE ALUNOS
COMPORTAMENTO MÉTODOSTipo de aluno Objetivo da pergunta O que os profissionais
recomendamO Eterno
Perguntador.Pergunta para atrapalhar.
Deseja saber sua opinião.
Deseja que você apoio o ponto de vista dele.
Devolver a pergunta ao grupo.
Não tomar partido.
Manter-se neutro.O Sabe Tudo. Quer exibir-se.
Quer impor sua opinião.
Às vezes está bem informado, mas outras vezes é simplesmente um tagarela, convencido de que sabe tudo.
Dar a ele uma função para que fale.
Evitar que domine o grupo.
Levar o grupo a julgar suas objeções.
Interrompa-o dizendo: “É um detalhe interessante, mas vamos ver o que os colegas pensam disso.
Lançar uma pergunta difícil para limitá-lo.
O Tímido. Não tem coragem ou habilidade para expressar suas idéias.
Teme a crítica e o julgamento “duro” dos colegas.
Fazer-lhe perguntas fáceis para vencer a baixa auto-estima.
Fazer com que o grupo valorize sua participação.
26
Necessita de ajuda.O Obstinado. Ignora sistematicamente o
ponto de vista alheio.
Não cede.
Nada quer aprender com os outros.
Passe o seu ponto de vista para o grupo.
Leve-o a compreender que a maioria está certa.
Peça para aceitar, por um instante, o ponto de vista do grupo.
O Legal. Sempre pronto a ajudar.
Não foge às dificuldades.
Encara as dificuldades esportivamente.
Sabe aceitar os colegas como são.
Recebe sem mágoas as críticas que lhe fazem.
Usá-los em momentos oportunos.
Não exagerar sua participação.
O Orgulhoso Trata o grupo com desprezo.
Não se integra no grupo.
Critica duramente os outros.
Coloca-se num pedestal.
Não ferir sua susceptibilidade.
Não criticá-lo.
Usar a técnica duvidosa: “Sim...mas.”
Concordar mas depois ponderar, conduzindo-o a uma reflexão.
O Impulsivo Não se faz de rogado para manifestar sua opinião.
Diz o que pensa.
É bem humorado.
Fala com simplicidade.
É simpático com todos.
Usá-lo quando houver tensão no grupo.
O Introvertido. É naturalmente modesto.
É prudente e reservado.
Procure integrá-lo lentamente, sem que ele perceba.
MANEIRAS DE AGRADECER A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO.
Que ótimo! Bom trabalho! Muito obrigado! Gostei de sua idéia! Você foi muito claro em sua idéia! Que legal! Muito interessante o que você disse! Muito interessante o que você fez! Você está no caminho correto! Obrigado por...
27
Continue assim! Que pergunta inteligente! Que trabalho caprichado! Fiquei impressionado com sua colocação! Esperava que você tivesse uma boa resposta, mas hoje você
foi demais! Na semana passada vocês foram nota dez. Espero que hoje
mantenham o nível!
COMO ESCOLHER UM MÉTODO?
Ao preparar uma aula, qual método devemos escolher? Qual é o melhor? Vai
depender de alguns itens.
1. qual o propósito ou objetivos da minha aula?
Se o objetivo da minha aula é que o aluno interprete a profecia de Daniel 8:14,
usar o método da discussão em grupo não será apropriado, pois eles
provavelmente não tenham muito conhecimento sobre a profecia. O melhor
método, é o expositivo, no qual o professor terá a oportunidade de explicar os
pormenores do referido assunto. Então, após a apresentação expositiva pode-se
organizar discussão em grupos a fim de discutir as implicações dessa profecia
para nós seres humanos, ou para discutir a importância dessa profecia em nossa
vida.
2. Quais minhas habilidades? quais métodos domino melhor?
Se minha voz não ajuda muito, ou se num dia estou resfriado, é melhor não usar
o método expositivo, a fim de poupar minha voz e meus alunos. Também, se
percebo que com determinada sala não tenho o domínio adequado, é melhor não
usar com muita freqüência discussão em grupos, pois tudo vai virar uma
verdadeira “Babel”.
3. Quais as habilidades de meus alunos?
É claro que numa turma fraca academicamente não daria muito resultado usar o
método de “tempestades de idéia”. Se os alunos de outra classe perdem
facilmente a concentração, é melhor usar o método do ensino cooperativo.
4. quantos alunos tenho em minha sala?
Se a turma tem apenas 12 alunos, é produtivo dividi-la em dois grupos. Mas se a
turma tiver 45 alunos, dividi-la em dois grupos vai causar muito tumulto.
28
5. Quanto tempo tenho?
A técnica de estudo em grupos coma apresentação de relatório funciona melhor
se tenho duas aulas seguidas, pois assim haverá tempo para a apresentação do
relatório de todos os grupos. Caso algum grupo ficar para a próxima aula, se
perderá o efeito da técnica.
6. quais os equipamentos e recursos que tenho?
Não adianta querer usar a técnica de filmagem se nem a escola e nem meus
alunos não tiverem filmadora.
VERIFICANDO O OBJETIVO ANTES DE ESCOLHER O MÉTODO
Às vezes, uma aula foi bem pesquisada, mas na hora de apresentá-la, não
atingiu o impacto que esperávamos. Muitas vezes é porque não usamos o
método adequado. Por isso, o método deve ser escolhido dependendo do
objetivo da aula. Veja isso no quadro abaixo.
OBJETIVO MÉTODO / TÉCNICA
Conhecimento do grupo, quebrar gelo.
• Apresentação simples.• Apresentação em duplas.• Complementação de frases.• Desenhos em grupo.
Aquisição de conhecimentos.
• Leitura de textos.• Leitura com roteiro de questões.• Excursões.• Aulas expositivas com recursos audiovisuais.• Aulas expositivas dialogadas.• Estudo de caso.
Desenvolvimento de habilidades.
• Dramatização.• Atividades em grupos.• Grupo de observação/grupo de verbalização.• Painel integrado.• Pequenos grupos para formular questões.• Grupos de oposição.
Desenvolvimento de atitudes.
• Debate em pequenos grupos com posições diferentes.• Estudo de caso.• Excursões.• Dramatização.
Confronto com a realidade.
• Excursões a asilos, clínicas de recuperação, orfanatos, creches, hospitais.• Pesquisa de opinião.• Estudo de caso.
Desenvolvimento da capacidade de trabalho
em equipe.
• Pequenos grupos com uma só tarefa.• Pequenos grupos com tarefas diferentes.• Painel integrado.
29
• Grupo de observação/grupo de verbalização.Iniciativa na busca de
informações, comparação de informações.
• Projeto de pesquisa (tipo monografia).• Estudo de caso.• Seminários.• Simpósios.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
São ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para
colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhe
possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos. 20 Os
procedimentos dividem-se em Técnicas e Recursos.
Técnicas.
São maneiras específicas de provocar a atividade dos alunos no processo
de aprendizagem. As técnicas podem ser:
(1)em grande grupo: exposição oral dialogada, conferência ou
palestra, simpósio, etc.
(2)em pequenos grupos: aprendizagem cooperativa, seminário,
painel, etc.
(3) individualizadas: estudo dirigido, leitura silenciosa, questionários,
etc.
Toda técnica de ensino deve provocar no estudante o desejo de
aprender, interagir, crescer. O aluno deve ser conduzido pelo professor num
crescendo, de maneira que, no decorrer da aula ou atividade, ele possa
assimilar aquela a informação e tomar uma atitude em relação a ela.
Para a efetivação de um ensino criativo, no qual o aluno de fato aprenda,
Richard 21 sugere os seguintes passos:
20 Turra, 36.21 Richards, 75.
30
REAÇÃO
RELACIONAME
NTO
Habilidade
para relacionar
verdades
bíblicas com a
vida diária,
respondendo a
questionament
os que possam
surgir em
decorrência
disso.
Habilidade
para aplicar
verdade
bíblicas na vida
diária.
VERBALIZAÇ
ÃO
Habilidade
para
expressar ou
relatar
conceitos
bíblicos e seu
significado.
RECONHECIME
NTO
Habilidade para
reconhecer
conceitos
bíblicos.
31
Memorização
Habilidade para
repetir, embora
sem emitir
significado.
FATOSConhecimento dos fatos. (O que aconteceu? Onde? Como? Quando?)
SIGNIFICADO
Conhecer o significado do fato (Por que aconteceu? Para que aconteceu?
SIGNIFICADOConhecer o fato e seu significado, e aplicá-lo à vida como um todo e à sua experiência pessoal (E daí? O que eu tenho a ver com isso? Onde entro eu nessa história? O que vou fazer?
Portanto, ao preparar sua aula, o professor deve procurar ir num crescendo,
atingindo cada um desses cinco passos. Agora, a pergunta neste ponto é: Como
atingir cada um desses passos? Turra não dá uma dica direta, porque ela não
trabalha especificamente com a Didática, mas ela sugere algumas coisas, que
podemos adaptá-las, e que podem ser muito úteis.
PASSOS O QUE FAZER PARA ATINGI-LOS?Memorização
eReconhecimento
Ler o livro texto, cópia, etc.
Atentar para a explicação do professor.
Escrever a resposta ou informação.
Observar uma encenação.
Ouvir um diálogo.
Questionar o professor.
Verbalização Analisar a informação.
Reescrever e repetir a informação.
Reorganizar a informação.
Relacionamento Relacionar a informação com uma situação atual,
32
conhecida.
Listar semelhanças entra a informação bíblica e os
fatos de hoje.
Dizer como seria aquela cena bíblica caso acontecesse
hoje.
Parafrasear a história bíblica.
Recontar a história bíblica, usando linguagem atual.
Reação ou Resposta
Usar a informação para resolver um caso atual (estudo
de caso)
Usar a informação e conhecimento para criar um
problema e resolvê-lo.
Colocar-se como personagem da história, e dizer como
reagiria numa situação semelhante.
Listar razões pelas quais a história bíblica é útil hoje.
Listar atitudes que posso tomar após estudar a lição.
Decidir o que vou fazer a curto prazo a fim de seguir o
princípio bíblico aprendido.
D I D Á T I C A: PARTE III
PLANEJAMENTO
O planejamento é uma tarefa que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de
ensino. O planejamento é um meio para se programar as: ações docentes, mas
é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a
avaliação.
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento é um processo de racionalização, organização e
coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a
problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são
33
integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio
escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que
caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do
planejamento escolar - objetivos, conteúdos,métodos -estão recheados de
implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão,
o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e
ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses
dominantes na sociedade. A ação de planejar ,portanto, não se reduz ao
simples preenchimento de formulários para o controle administrativo; é, antes,
a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em
opções político pedagógicas, e tendo como referência penanente as situações
didáticas concretas ( isto é, a problemática social, econômica política e cultural
que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que
interagem no processo de ensino).
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação,
devem ser como um guia de orientação e devem apresentar ordem
seqüencial, objetividade, coerência, flexibilidade.
Falamos das finalidades e das características do planejamento. Resta
dizer que há planos em pelo menos três níveis: o plano da escola,; o plano de
ensino e o plano de aula. O plano da escola ( ou plano de curso) é um
documento! mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um
lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as
ligações do projeto pedagógico da escola com os de ensino propriamente
ditos. O plano de ensino ( ou plano de unidades) é a previsão dos objetivos e
tarefas do trabalho docente para um ano ou semestre; é um documento mais
elaborado, dividido por unidades seqüenciais, no qual aparecem objetivos
específicos, conteúdos e desenvolvimento :metodológico. O plano de aula é a
previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou :conjunto de
aulas e tem um caráter bastante específico.
A cada etapa do processo de ensino convém que o professor vá
registrando no plano de ensino e no plano de aulas novos conhecimentos,
novas experiências. Com isso, vai criando e recriando sua própria didática, vai
enriquecendo sua prática profissional e ganhando mais segurança. Agindo
34
assim, o professor usa o planejamento como oportunidade de reflexão e
avaliação da sua prática, além de tomar menos pesado o seu trabalho, uma
vez que não precisa, a cada ano ou semestre, começar tudo do marco zero.
ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
São quatro as etapas do planejamento de ensino:
a) Conhecimento da realidade.
b) Elaboração do Plano.
c) Execução do Plano.
d) Avaliação e Aperfeiçoamento do Plano.
CONHECIMENTO DA REALIDADE
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às
necessidades do aluno é preciso, antes de mais nada, saber para quem se vai
planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do
processo de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações,
necessidades e possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo
uma Sondagem, isto é, buscando dados.
ELABORAÇÃO DO PLANO
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo
diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançar, como
fazer para alcançar o que julgamos possível e como avaliar os resultados.
Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:
Determinação dos objetivos. Seleção e organização dos conteúdos. Seleção e organização:dos procedimentos de ensino. Seleção de recursos.
35
Seleção de procedimentos de avaliação. Estruturação do plano de ensino.EXECUÇÃO DO PLANO
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada,
todas as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no
desenvolvimento das atividades previstas. Na execução, sempre haverá o
elemento não plenamente previsto. Às vezes, a reação dos alunos ou as
circunstâncias do ambiente exigirão adaptações e alterações no planejamento.
Isto é normal e não dispensa o planejamento, pois, uma das características de
um bom planejamento deve ser a flexibilidade.
AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO PLANO
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o
próprio plano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do
ensino-aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de
avaliar os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade
do nosso plano, a nossa eficiência como professor e a , eficiência do sistema
escolar.
COMPONENTES BASICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Todo plano de ensino deve conter as seguintes indicações:
Os objetivos ou os resultados a serem alcançados pelos alunos,
mediante a aprendizagem da matéria programada.
O esquema essencial do programa da matéria a ser estudada
( matéria -conteúdo ).
O tempo, o local e os recursos disponíveis para os alunos realizarem
sua aprendizagem.
O método a ser aplicado com as respectivas técnicas e
procedimentos didáticos.
As sucessivas etapas a serem realizadas pelos alunos de modo a se
processarem os trabalhos escolares.
COMO PLANEJAR POR COMPETÊNCIAS?
36
AO SE PENSAR NUM PLANEJAMENTO POR COMPÊNCIAS FAZ – SE
NECESSÁRIO:
- Esclarecer e estabelecer um conceito claro e consensuado de
competências com os professores;
- refletir como e de que forma os alunos desenvolvem
competências;
- Decidir coletivamente os fins educativos da escola e qual o perfil
de cidadão se quer formar. Definir portanto:
. O que significa preparar para a cidadania e o trabalho aqueles
alunos naquela comunidade;
. Quais as competências que traduzem essa preparação para a
cidadania e o trabalho;
. Quais os conteúdos curriculares que deverão contribuir para a
constituição dessas competências.
- Partir sempre das competências para selecionar o conteúdo
curricular. Uma mesma competências pode estar ancorada em
vários conteúdos, é o caso de “ ler e interpretar tabelas e gráficos
” que poderá ser desenvolvida em geografia, matemática, ciências.
- Definir o tipo de organização curricular, podendo se optar:
. Por um bloco de competências comuns ( as chamadas
competências transversais ), as quais teriam a função de integrar
as disciplinas ou as diferentes áreas.
. Por tema ou por projetos integrado disciplinas ou áreas do
conhecimento.
- Ter em mente que não importa o tipo de organização curricular
que se opte, o tratamento metodológico empregado,
37
contextualizando e interligando o conhecimento é que propiciará o
desenvolvimento de competências.
- Lembrar que para desenvolver competências é preciso
trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas que
desafiem e motivem os alunos a mobilizar os conhecimentos que já
possuem e a ir em busca de novos conhecimentos. Competências
se desenvolvem sempre em “ situação ”, em um contexto. Trata –
se segundo Philippe Meirieu ( 1996 ) “ aprender, fazendo, o que
não se sabe fazer ”.
Pressupõe uma pedagogia dinâmica que transforme a sala de
aula num espaço privilegiado de aprendizagens vivas e
enriquecedoras na qual o aluno participa ativamente na construção
do seu conhecimento. O conteúdo é um meio e não mais um fim em si
mesmo.
Pressupõe um currículo integrado e não mais fragmentado,
norteado pelos princípios pedagógicos da transposição didática,
interdisciplinaridade e contextualização.
PLANEJAMENTO DA AÇÃO DIDÁTICA
1- Distinção entre planejamento e plano
O planejamento é um processo mental que supõe analise, reflexão e
previsão. O plano é resultado do planejamento
Do ponto de vista didático, planejar é prever os conhecimentos a serem
trabalhados e organizar as atividades e experiências de ensino-aprendizagem
consideradas mais adequadas para a consecução dos objetivos estabelecidos,
levando em conta a realidade dos alunos, suas necessidades e interesses.
II- Porque é importante o planejamento?
38
1. Evita a improvisação
2. Ajuda a prever e superar dificuldades
3. Contribui para a consecução dos objetivos estabelecidos com
economia e eficiência na ação
“Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenda a resultados
definidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um
plano distinto, e saber o que precisamente deseja conseguir. Não deve ficar
satisfeito com a apresentação de qualquer assunto...”
III- Função do planejamento das atividades didáticas
1- Prever as dificuldades que podem surgir durante a ação docente, para
poder superá-las com economia de tempo;
2- Evitar a repetição rotineira e mecânica de cursos e aulas;
3- Adequar o trabalho didático aos recursos disponíveis e ás reais
condições dos alunos.
4- Adequar os conteúdos, as atividades e os procedimentos de avaliação
aos objetivos propostos
5- Garantir a distribuição adequada do trabalho em relação ao tempo
disponível
IV- Tipos de planejamento
No campo da educação e do ensino há vários tipos de planejamento, que
variam de acordo com o seu grau de abrangência:
1- Planejamento de um sistema educacional
O planejamento de um sistema educacional é feito a nível sistêmico, isto
é, a nível nacional, estadual e municipal. Consiste no processo de analise e
reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para delimitar suas
dificuldades e prever alternativas de solução. A partir dessa constatações é
possível então definir propriedades e metas para o aperfeiçoamento do
sistema educacional, estabelecer formas de atuação e calcular os custos
39
necessários a realização das metas. O planejamento de um sistema
educacional reflete a política de educação adotada.
2- Planejamento escolar
O planejamento geral das atividades de uma escola é o processo de
tomada da decisão quanto aos objetivos a serem atingidos a previsão das
ações, tanto pedagógicas como administrativas que devem ser executadas por
toda a equipe escolar, para o bom funcionamento da escola.
O resultado desse tipo de planejamento é o plano escolar, que deve ser
elaborado e executado por toda a equipe da escola.
Ao realizar o processo de planejamento geral de suas atividades, cada
escola segue um esquema de ação, mas, em geral, as etapas são as
seguintes:
1. Sondagem e diagnostico da realidade da escola:
1.1 Características da comunidade1.2 Características da clientela escolar1.3 levantamento 1.4 avaliação da escola como um todo no ano anterior (evasão,
repetência, percentagem de aprovação, qualidade do ensino ministrado, dificuldades e problemas superados e não superados)
2- Definição dos objetivos e prioridades da escola
3- Proposição da organização geral da escola no que se refere a:
3.1 quadro curricular e carga horária dos diversos componentes do
currículo;
3.2 calendário escolar
3.3 critérios de agrupamento dos alunos
3.4 definição do sistema de avaliação, contendo normas para a
adaptação, recuperação, reposição de aulas, compensação de ausência e
promoção dos alunos
4- Elaboração de plano de curso contendo as programações das
atividades curriculares
40
5 - Elaboração do sistema disciplinar da escola, com a participação de
todos os membros da escola, inclusive o corpo discente
6 - Atribuição de funções a todos os participantes da equipe escolar:
direção, corpo docente, corpo discente, equipe pedagógica, equipe
administrativa, equipe de limpeza e outros.
3-Planejamento Curricular
O planejamento de currículo é a previsão dos diversos componentes
curriculares que serão desenvolvidos ao longo do curso, com a definição dos
objetivos gerais e a previsão dos conteúdos programáticos de cada
componente.
Assim sendo, para que o conhecimento constitua um todo orgânico e
coerente, é preciso garantir o relacionamento dos componentes de uma
mesma serie (ordenação horizontal) e a seqüência desses componentes ao
longo das diversas series, isto é, ao longo do curso (ordenação vertical).
Na elaboração geral do plano curricular devem ser seguidas as diretrizes
fixadas:
Pelo conselho Federal de Educação para a organização curricular a
nível nacional, no que se refere ao estabelecimento dos componentes mínimos
e obrigatórios (núcleo comum)
Pelo Conselho Estadual de Educação, que relaciona os componentes
que a escola pode escolher para formar a parte diversificada do currículo.
A escola pode, também, propor ao conselho de educação de seu estado
outros componentes para a parte diversificada. Caso sejam aprovados,
poderão ser incluídos no currículo da escola.
O plano de currículo é elaborado pela escola, por todos aqueles que
participam do processo pedagógico.
4. Planejamento didático ou de ensino
O planejamento de ensino é a previsão das ações e procedimentos que o
professor vai realizar junto a seus alunos, e a organização das atividades
41
discentes e das experiências de aprendizagem, visando atingir os objetivos
educacionais estabelecidos. Nesse sentido, o planejamento de ensino ou
didático é a especificação e operacionalização do plano curricular.
A culminância, ou melhor, o resultado do processo do planejamento da
ação docente é o plano didático. Existem três tipos de planejamento didático
ou de ensino, que relacionamos a seguir, de acordo com seu nível de
especificidade crescente.
4.1 - PLANEJAMENTO DE CURSO
Planejamento de curso é a previsão dos conhecimentos a serem
desenvolvidos e das atividades a ser realizada em uma determinada classe,
durante um certo período de tempo, geralmente durante o ano ou semestre
letivo.
O resultado desse processo é o plano de curso, que é a previsão do
trabalho docente e discente para o ano ou semestre letivo. O plano de curso é
um desdobramento do plano curricular. Em geral, o planejamento de curso
segue a seguinte sistemática:
1. Levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma
sondagem inicial.
2. Propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem
atingidos durante o período estipulado.
3. Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período
4. Estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem
adequados aos objetivos e conteúdos propostos.
5. Selecionar e indicar os recursos a serem utilizados.
6. Escolher e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os
objetivos definidos e os conteúdos a serem desenvolvidos.
4.2 - PLANEJAMENTO DE UNIDADE
A unidade didática reúne várias aulas sobre assuntos correlatos,
constituindo uma porção significativa da matéria, que deve ser dominada em
suas inter-relações.
Ao planejar a unidade de ensino, deve-se estabelecer três etapas:
42
Apresentação
Desenvolvimento
Integração
4.3 - PLANEJAMENTO DE AULA
No planejamento de aula, o professor especifica e operacionaliza os
procedimentos diários para a concretização dos planos de curso e de unidade.
Ao planejar uma aula o professor:
Prevê os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimento,
habilidades, atitudes);
Especifica os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados
durante a aula;
Define os procedimentos de ensino e organiza as atividades de
aprendizagem de seus alunos (individuais e em grupo);
Indica os recursos (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados)
que vão ser usados durante a aula para despertar o interesse, facilitar a
compreensão e estimular a participação dos alunos.
Estabelecer como será feita a avaliação das atividades.
V - CARACTERISTICAS DE UM BOM PLANO:
1- Coerência e unidade: é a conexão entre objetivos e meios, pois os
meios devem ser adequados para atingir os objetivos propostos. No que se
refere ao plano didático, trata-se da convergência, da correlação entre os
objetivos, os conteúdos, os procedimentos de ensino e aprendizagem e as
formas de avaliação.
2- Continuidade e Conseqüência: é a previsão do trabalho de forma
integrada do começo ao fim, garantindo a relação existente entre várias
atividades.
3- Flexibilidade: é a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às
situações não previstas. O plano deve satisfazer os interesses e as
necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem
desenvolvidos. Isto quer dizer que o plano “deve permitir a inserção sobre a
marcha, de temas ocasionais, subtemas não previstos e questões que
43
enriqueçam os conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração –
restrição ou supressão – dos elementos previstos de acordo com as
necessidades e/ou interesses dos alunos”
4- Objetividade e funcionalidade: Consiste em levar em conta a analise
das condições da realidade, adequando o plano ao tempo, aos recursos
disponíveis e às características da clientela (possibilidades, necessidades e
interesses dos alunos). Assim, os conhecimentos a serem trabalhados e
assimilados devem atender aos interesses e necessidades dos alunos de forma
funcional, efetiva e prática.
5- Clareza e precisão: O plano deve apresentar uma linguagem simples
e clara: os enunciados devem ser exatos e as indicações precisas, pois não
podem ser objeto de dupla interpretação.
IV - CONCLUSÃO
O Planejamento didático não deve ser apenas uma formalidade ou uma
mera atividade ritualista, que visa simplesmente a elaboração de um plano
vazio e sem sentido, para satisfazer uma exigência burocrática, mas sim um
processo que visa tornar o ensino mais eficiente, mais ajustado às
necessidades dos alunos.
44
45
PLANEJAMENTO DA UNIDADE 1 DA 6ª SÉRIE
Objetivo Geral: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Conteúdo Objetivos específicos Aulas Técnicas Recursos Avaliação
46
PLANO DE AULA DA LIÇÃO..................................
Escola: ...........................................................................................Curso: ...........................................
Matéria: Professor: .......................................................................
47
Série: ............................................. Data: .........................................
Assunto Geral: Duração Provável:
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos Conteúdo Cron Habilidades, Atitudes, Valores
Procedimentos
Técnicas e Recursos
Avaliação
PLANO DE AULA DA LIÇÃO.................................
Série: ....................................... Data: .........................................
Assunto Geral: Duração Provável:
48
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
SABER (Cognitivo, informações): ..................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................FAZER (Psico-motor, atividades): ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................SENTIR (Afetivo, atitudes, valores, comportamento): .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
PARTES DA LIÇÃO MÉTODOS / TÉCNICAS RECURSOS AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO
CONTEÚDO
APLICAÇÃO
49
AVALIANDO O ALUNO COMO UM TODO.
Ao avaliar o aluno, vale lembrar qual o propósito da avaliação. As avaliações
devem ser constantes e variadas. No quadro abaixo há uma sugestão de como
avaliar os diferentes objetivos.
O QUE AVALIAR TÉCNICA/ESTRATÉGIAObjetivos Cognitivos • Prova dissertativa.
• Prova com questões de completar.
• Prova com questões de relacionar.
• Prova com afirmações para explicar.
• Prova com consulta.
• Testes rápidos.
• Chamada oral.
• Trabalhos e pesquisas.
• Solução de casos (simulados ou reais).
Objetivos de Habilidades • Observação com roteiro e registros (numa
clínica, asilo, orfanato, etc,)
• Relatórios (de livros, filmes, dramatizações,
programações, etc).
Objetivos Afetivos e
Atitudes
• Estudo de caso.
• Observação (de grupos, seminários, etc.)
• Chamada oral.
Objetivos de um Programa,
Excursão, Passeio.
• Questionários.
• Debates.
• Testes escritos.
• Relatórios e
Objetivos Psico-motores • Maquete
• Dinâmica ativa em grupos
50