dinamica de grupo - resumo

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1AS PESSOAS SO DIFERENTES Todo profissional que lida com pessoas e grupos deve compreender os fenmenos de grupo, para ter melhores condies de constituir equipes e administrar os fenmenos advindos desse processo relacional. As pessoas vivem sempre sob fortes influncias de emoes , sentimentos , desejos etc. Muitas das quais o indivduo sequer tem a clareza do quanto inconscientemente governam as suas aes rotineiras ou os seus projetos de vida , transformando-se em verdadeiras variveis governantes do seu comportamento. Saber ou no dessa realidade uma coisa , neg-la impossvel , e compreend-la a nossa obrigao, j que lidamos com seres humanos todos os dias . Dinmica de grupo uma ferramenta que age em busca de um objetivo especfico . A dinmica de grupo se prope a refletir atitudes e relaes nos planos consciente e pr- consciente, enfatizar a autonomia do grupo e modificar a conduta do indivduo no plano da relao interpessoal. COMO A DINMICA PODE AVALIAR SE OS CANDIDATOS ESTO APTOS OU NO PARA O CARGO EM ABERTO? Quando se aplica uma dinmica de grupo em seleo, queremos agilizar o processo de escolha de um candidato para alguma vaga. A eficcia desse mtodo consiste em colocar o candidato em situao de grupo, para que se envolva em diferentes tarefas, podendo desempenhar um papel de forma autntica. Ao iniciar o processo seletivo, o selecionador j sabe quais so as caractersticas profissionais e pessoais (Perfil Profissiogrfico) que a empresa est buscando no mercado de trabalho. Portanto, a dinmica de grupo auxilia a revelao das caractersticas dos profissionais que esto participando do processo. O candidato deve ser espontneo e coerente com seus objetivos pessoais e profissionais, no h um comportamento pr-definido . Em primeiro lugar, o candidato deve perceber quais so seus limites e suas potencialidades para que possa respeitar a si mesmo e aos outros, independentemente da participao no processo seletivo. Para isso, o ideal ser espontneo, coerente e objetivo, flexvel porm sem deixar de colocar suas idias e opinies, ser disponvel para participar das atividades propostas, utilizar este processo para o crescimento pessoal e profissional. J no treinamento, ela pode ser usada como recurso didtico, buscando mudanas de atitude ou no que se refere a aprender, aperfeioar ou qualificar as aes j existentes. O jogo dramtico gera um campo relaxado no treinamento, favorecendo um maior aprendizado atravs do ldico. No existe uma atividade especialmente utilizada nas dinmicas de grupo, existe a definio do objetivo do trabalho e a melhor tcnica que atende este, bem como ao estilo do profissional. EQUIPES As equipes rompem a rigidez hierrquica das empresas baseada em compartimentos, facilitando o processo de comunicao interna, renem conhecimentos de vrias reas, aproximando pessoas diferentes, proporcionando a todas crescimento, atravs da equipe o conhecimento flui melhor, e sabemos o conhecimento tem que rolar para encontrar outro e produzir um terceiro, s assim h inovao. A participao em equipes desperta o lder que h em cada pessoa, criando oportunidades de exerccio da liderana, mais alm disso, trabalhar em equipe gera comprometimento, cooperao, aprendizagem e transformao. GRUPO CONCEITO: Em princpio, grupo seria um conjunto de pessoas com objetivos em comum. o comeo de tudo, um conjunto de pessoas com objetivos. MAS PARA QUE SERVEM OS GRUPOS? Grupo vem da palavra italiana GRUPPO, pode ser compreendido como um conjunto de objetos que se vem de uma vez, reunio de coisas que formam um todo, ou reunio de pessoas unidas para um fim comum um conceito que foi concebido na matemtica para designar um conjunto de elementos com uma determinada composio que satisfaz certas condies. As pessoas diferem na maneira de perceber, pensar, sentir e agir. As diferenas individuais so, portanto, inevitveis com suas conseqentes influncias na dinmica interpessoal. As diferenas entre as pessoas no podem ser consideradas inerentemente boas ou ms. Algumas vezes, trazem benefcios ao grupo e ao indivduo, outras vezes, trazem prejuzos, reduzindo-lhe a eficincia. Portanto, as diferenas individuais

2podem ser consideradas intrinsecamente desejveis e valiosas, pois propiciam riqueza de possibilidades, de opes para melhores e piores maneiras de reagir a qualquer situao ou problema. AS FASES DA VIDA DE UM GRUPO SO : INDIVIDUALISTA: aquela onde o grupo no chega junto, os componentes necessitam se conhecer. IDENTIFICAO: Interao com formao de subgrupos (panelinhas cliques). INTEGRAO: Quando os componentes do grupo j se conhecem, e o alcance do objetivo um processo constante. FORAS ATUANTES QUE INTERFEREM NA AO DE UM GRUPO Grupo um processo de mudana no qual se encontram em ao foras internas e externas.

Fora interna Fora externa COMPONENTES RELEVANTES DOS PROCESSOS DE UM GRUPO DE TRABALHO

Quando se deseja estudar um grupo em funcionamento e compreender sua seqncia de eventos, modalidades de interao e conseqncias, necessrio identificar os componentes relevantes dos processos de um grupo de trabalho. Analisa-se, ento o tamanho ,composio, organizao e atravs de sua dinmica os componentes que constituem foras em ao e que determinam os processos de grupo (movimentos de progresso ou dificuldades/retrocesso grupal) TAMANHO Grande : Dificuldade de participao de modo funcional , causa disperso, as coisas no so to claras, falta de interesse e causa resistncia (alguns participam e outros no). Pequeno : H pouco contato e existe pouca possibilidade de interao, o que no significa que no seja ideal em algumas situaes. Os grupos mpares (5 ou 7) oferecem mais probabilidades de xito que os pares (4 a 6). Na hora da deciso, eles se fracionam e facilitam a resoluo de problemas sem que haja disperso. Ideal : Para um grupo de trabalho eficiente o ideal que seja de 5 a 7 componentes, mantm a ateno das pessoas do grupo, alm de ser impar, a quantidade de componentes mais satisfatria. COMPOSIO GRUPO HOMOGNEO E GRUPO HETEROGNEO A experincia tem provado que num grupo homogneo, h mais identificao com a autoridade , tarefas de grupo facilitadas , integrao mais rpida , menos criatividade e menos vigilncia nas manipulaes e num grupo heterogneo, pode-se verificar que a integrao mais lenta, mas se faz com maior profundidade , a identificao com a autoridade e a realizao da tarefa mais lenta , h mais momentos de tenso e de conflito, mais riqueza de experincias e mais complementaridade , mais resistncia s presses de uniformidade , os elementos exercem maior vigilncia sobre as tentativas de manipulao e h maior criatividade. GRUPO DE TRABALHO (GT) Lder formalmente definido: Cada participante representa seu setor, defende seu espao e se manifesta em nome dele , o trabalho intermitente, produto de trabalhos individuais, segue diretrizes e metas organizacionais realizando reunies formais, buscando eficincia e avalia-se a partir dos resultados da organizao discutindo, decidindo e delegando. Equipes liderana compartilhada: o participante se integra equipe e procura agregar conhecimentos o trabalho contnuo, produto de trabalhos coletivos, impe-se suas prprias metas e estimula-se nas

3reunies o dilogo, praticam-se dinmicas para soluo de problemas, tem avaliao direta de seus produtos dialogando, decidindo e implementando aes em conjunto.

ORGANIZAO DO GT ESTRUTURA DE PODER E ESTRUTURA DE TRABALHO Na estrutura de trabalho , as linhas de atividade se estabelecem nos modos como as tarefas so distribudas e na maneira como os papis so definidos. Na estrutura de poder (autoridade), estabelecem-se os tipos de lideranas - autocrtica (aspira o poder total/completo/ absoluto sobre os outros - eu sou o poder), democrtica (cooperativa, assume e distribui autoridade - o grupo o poder) ou permissiva (no assume responsabilidades, deixa as decises para o grupo - o poder so os outros). LIDERANA No interior dos grupos estabelece-se uma diviso de funes e relaes de cooperao entre os seus membros. O tipo de tarefas, estrutura, organizao e normas variam. Contudo, h um elemento comum a quase todos os grupos - a existncia de um coordenador, de um lder. Mesmo nos grupos menores, h a tendncia para se escolher entre os seus membros um elemento que coordene atividade coletiva, para melhor atingir os objetivos definidos, para afirmar o prprio grupo. Desde o grupo de amigos, aos partidos polticos, aos bandos, aos grupos religiosos, s empresas e instituies, existem indivduos que desempenham funes de liderana de forma espordica ou continuada, de modo formal ou informal. Freqentemente, os grupos tm dois ou mais lderes, normalmente com funes diferentes. Podemos dizer que inerente ao grupo a organizao, a liderana. Subjacente a este conceito est o de influncia interpessoal: o lder influencia, isto , age de modo a modificar o comportamento dos elementos do grupo. as funes e o poder do lder variam com o tipo de grupo. ESTILOS DE LIDERANA No existe um estilo nico de liderana: h diferentes formas de um lder exercer a sua influncia e poder, de se relacionar com os elementos do grupo. Os diferentes estilos de liderana geram atitudes no interior dos grupos, diferentes comportamentos individuais. Voc ver em seguida alguns tipos de liderana mais comuns. Cada um deles tem os seus prs e contras. A personalidade de quem dirige interfere em muito, na maneira de liderar. Aparentemente o melhor estilo a liderana situacional. O importante que voc encontre a sua maneira de liderar, que seja a mais adequada a sua realidade e viso do trabalho. LIDERANA AUTOCRTICA Este estilo de liderana caracteriza-se pela confiana na autoridade e pressupe que os outros nada faro, se no lhes dor ordenado, o lder que toma decises sem consultar o grupo e geralmente no se importa com o que os liderados pensam alm de desestimular inovaes. A produtividade elevada, mas a realizao das tarefas no acompanhada de satisfao. LIDERANA LIBERAL o tipo de liderana chamada de "Laissez-faire" (traduzindo do francs para o portugus: "deixa fazer"). o chamado "deixa como est para ver como que fica". Este lder acha que seu principal trabalho a manuteno do que j foi conseguido. No d ordens, no traa objetivos, no orienta os liderados, apenas deixa correr. comum encontrarmos liderados inconformados com esta atitude. O lder funciona como elemento do grupo e s intervm se for solicitado.

4LIDERANA DEMOCRTICA PARTICIPATIVA Na liderana democrtica o grupo participa na discusso da programao do trabalho, na diviso das tarefas, sendo as decises tomadas coletivamente. A produtividade boa e, sobretudo, constatou-se uma maior satisfao e criatividade no desempenho das tarefas, uma maior interveno pessoal, bem como o desenvolvimento da solidariedade entre os participantes. Neste estilo de liderana, todo o grupo pode e deve contribuir com sugestes. A responsabilidade do lder, dirigir estas opinies para que, na prtica, atinjam os objetivos esperados. O lder, com sua experincia, deve alertar sobre pontos difceis e idias que j foram tentadas no passado, mas sem sucesso. A esperana neste caso, fazer com que o grupo entenda que atingir objetivos responsabilidade de todos e no apenas da liderana. LIDERANA SITUACIONAL Baseia-se no fato de que cada situao requer um tipo de liderana diferente, para se alcanar o melhor dos liderados. Um lder situacional deve ser verstil e flexvel, sabendo adequar seus estilo, de acordo com a pessoa com quem trabalha e com a situao. Este lder, utiliza o que h de melhor nas lideranas AUTOCRTICA, LIBERAL e DEMOCRTICA e aplica, dependendo do grupo que tem mo e da circunstncia. O lder situacional pode escolher entre quatro tipos de ao: a) Direo: Esta ao usada, principalmente, com pessoas inexperientes, mas de bom potencial para aprender. b) Treinamento: Esta ao utilizada com pessoas inexperientes, mas que perderam seu interesse inicial. c) Apoio: Esta ao para ser utilizada com pessoas inexperientes, mas que apreciam um estilo mais participativo. d) Delegao: Esta ao apropriada para pessoas experientes, que sabem como se portar diante de crises e problemas, achando, por si mesmas, as solues criativas. ALGUMAS REGRAS ESSENCIAIS DA DINMICA DE GRUPO COMO FACILITADOR 1. 2. Inicie o trabalho apresentando-se para o grupo. No incio do trabalho, nunca fornecer todas as informaes para no causar resistncia na participao. Esclarecer as etapas ao seu devido tempo. 3. Dizer o que fazer e no como fazer. 4. Saber chamar ateno. Pedir silncio pode parecer indelicado. 5. Fazer com que todos participem, criar um motivo para tal. 6. Evitar perguntas que cause mal estar. 7. Impor ou escolher um participante para iniciar a atividade tambm pode causar mal estar. 8. Distribuir o material necessrio para a realizao da tarefa(papel, lpis, tesoura). 9. No deixar dvidas. 10. Eliminar riscos , como pedir aos participantes que guardem relgios, culos, ou qualquer objeto que possa oferecer risco no decorrer da dinmica. 11. Ao final, fechar em plenrio, fazer perguntas, encaminhar para respostas objetivas e o agradecimento pela participao de todos. COMO PARTICIPANTE 1. 2. 3. Saber ouvir uma arte e uma disciplina. Por isso, oua o outro atentamente, na mesma intensidade, freqncia e simultaneamente. No se deve interromper o outro antes de ele concluir sua idia ou argumento. Evite conversas paralelas. Fale um de cada vez Mantenha pelo outro um interesse sincero, procurando conhec-lo. Esteja fundamentado quando argumentar. No tire concluses precipitadas. Estude o assunto que vai ser discutido, e que as palavras tenham o mesmo significado.

54. No trabalho de grupo todos so iguais. Portanto, tenha boa vontade para com os outros e as idias que expem. 5. Seja objetivo, claro, preciso, conciso, e evite os discursos, principalmente os vazios. 6. Evite atitudes agressivas ou hostis, e procure ajudar aos mais fracos, assim colaborando para o bom desempenho do grupo. 7. No esquea que nossa verdade apenas nossa, e no necessariamente a Verdade. Por isso, respeite e valorize a opinio alheia. 8. Seja flexvel o suficiente para mudar de opinio diante da lgica, razo e evidncia dos fatos ou, pelo menos, esteja aberto ao exame e investigao das evidncias. 9. No saia do assunto e chegue uma concluso. 10. No faa crticas destrutivas ou desnecessrias. DINMICA DE GRUPO O ser humano dos animais aquele que depende por mais longo tempo dos outros para atingir a maturidade adulta. Toda a bagagem hereditria que traz ao nascer de pouca utilidade sem o auxlio dos adultos. Desde o nascimento, o homem torna-se membro de um grupo e os efeitos dessa adoo refletem-se por toda a sua vida; s me reconheo pelo outro. Dessa forma pode-se dizer com certeza que o homem naturalmente um ser cooperativo. A dinmica de grupo constitui um campo de pesquisa voltado ao estudo da natureza do grupo, s leis que regem o seu desenvolvimento e s relaes indivduo-grupo, grupo-grupo e grupo-instituies. Portanto podemos definir a Dinmica de Grupo da seguinte forma: Quanto ao objetivo: A Dinmica de grupo capaz de modificar a conduta do indivduo no plano da relao interpessoal; Quanto ao coordenador: A nfase na autonomia do grupo, faz surgir uma liderana espontnea; Quanto aos participantes: Pessoas no problematizadas que desejam melhorar o relacionamento ou para fins de capacitao; Quanto a durao: O tempo previamente fixado; Quanto a profundidade: Como qualquer outra tcnica de avaliao psicolgica, no uma avaliao profunda. Como j visto anteriormente, examina o aqui e agora das relaes interpessoais, na tentativa de alcanar um objetivo especfico. Psiclogos em qualquer que seja sua rea de atuao trabalham sempre com hipteses. Nunca podemos afirmar que o indivduo aquilo que a tcnica nos permite ver, em um laudo psicolgico por exemplo dizemos que o indivduo no momento demonstrou certas caractersticas. Pode-se, ento, refletir que: As dinmicas de grupo seriam a expresso de uma postura metodolgica que reconhece a dimenso do ldico, do prazer como parte integrante do processo de desenvolvimento do grupo. Alm do mais, o manuseio das dinmicas no pode ser feito de forma aleatria nem por pessoas que no consigam identificar-lhes as limitaes ou compreender toda a amplitude de seus objetivos .