DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · implantação de novas tecnologias na gestão de...
Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · implantação de novas tecnologias na gestão de...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES NO INSTITUTO NACIONAL DE
CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE
Por: FÁBIO MOURA BORGES
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2013
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES NO INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em. Logística Empresarial
Por: Fábio Moura Borges.
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Expedito Bandeira Borges e
Terezinha Moura Bandeira Borges, e irmão
Denis de Moura Borges pelo amor e apoio.
Ao meu grande amor da minha vida, minha
esposa, Márcia Barros Alves Borges por
toda paciência, amor e compreensão em
toda essa trajetória.
Agradeço pelo orientador Jorge Tadeu Vieira
Lourenço por toda compreensão e apoio
constante durante o todo trabalho.
6
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar, identificar os fatores que
determinam e/ou contribuem para o gerenciamento de estoques no Instituto
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz –
INCQS- FIOCRUZ; ressaltando a visão operacional da gestão de estoques,
considerando os aspectos suprimento demanda. É primordial a aplicação de
conceitos e métodos, que criem novos procedimentos que reduzem os
investimentos em capital de giro associados aos níveis de estoque e minimizem os
riscos de ausência de materiais. Os procedimentos metodológicos utilizados foram à
pesquisa bibliográfica, instrução normativa nº 205, de 08 de abril de 1988 e livros
que engloba gestão de estoques. Este trabalho acadêmico proporciona, portanto o
entendimento do funcionamento das atividades do Serviço de Armazenagem e
Distribuição do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, através do
Procedimento Operacional Padrão (POP) nº 65.2230.002 e toda fundamentação
teórica, sua abrangência desde tipos de classificação, métodos, documentos
utilizados, política de estoque, custo, planejamento, objetivos e possíveis problemas
a não adoção das rotinas de trabalhos dentro das diretrizes conceituais.
7
METODOLOGIA
Os métodos utilizados para realização deste trabalho se deu com base no
emprego de pesquisa bibliográfica a partir de material já publicado como livros com
o referido assunto de administração, especialmente gerenciamento de estoques,
revistas especializadas e pesquisas na internet. Outro método utilizado foi à
pesquisa documental, através do Procedimento Operacional Padronizado do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e a Instrução Normativa nº
205, de 08 de abril de 1988 para construir a análise e chegar à construção mais
ampla do problema delimitado, pois com isso estabelecer uma questão de
abordagem qualitativa.
8
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 – Diagrama Conceitual de Almoxarifado ..................................................... 20
Figura 2 – Organograma padrão funcional de um Almoxarifado............................... 21
Figura 3 – Diagrama Conceitual de Recebimento..................................................... 24
Figura 4 – Curva Total de Custo ............................................................................... 38
Figura – 5 Investimento em estoque para diversos níveis de serviços ..................... 39
Figura 6 – Consumo Constante (ECC) .................................................................... 47
Figura 7 – Evolução de Consumo Sazonal (ECS) ................................................... 48
Figura 8 – Evolução de Consumo com Tendência ................................................... 49
Figura 9 – Característica do sistema de controle de estoque máximo ..................... 51
Figura 10 – Lote econômico de compra ................................................................... 55
9
LISTAS DE QUADROS
Quadro 1 – Exemplo de Aplicabilidade do Cálculo do Retorno de Capital ............... 41
Quadro 2 – Exemplo 2 de Aplicabilidade do Cálculo do Retorno de Capital ........... 42
Quadro 3 – Exemplo 3 de Aplicabilidade de Giros de Estoques ou Rotatividade ... 44
Quadro 4 – Demonstração do Cálculo de Tempo de Reposição ............................. 52
10
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz
INCQS - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Sáude
ANVISA - Agência de Vigilância Sanitária
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
MS - Ministério da Saúde
SEAD - Serviço de Armazenagem e Distribuição
DA – Departamento de Administração
SAM - Serviço de Administração de Materiais
SOS – Subunidade Organizacionais
I.N. – Instrução Normativa.
POP.- Procedimento Operacional Padronizado
ECC – Evolução de Consumo Constante
ECS – Evolução de Consumo de Sazonal
ECT – Evolução de Consumo de Tendência
TR – Tempo de Reposição
PP – Ponto de Pedido
11
Emax – Estoque Máximo
Emin – Estoque Mínimo
C – Consumo
ES – Estoque de Segurança
CA - Consumo Anual
CC – Custo de Compra
CPA – Custo de Preço de Armazenagem
LEC – Lote Econômico
MGR – Método do Grau de Risco
K – Coeficiente
JIT – Just In Time
� – Desvio Padrão
12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13�
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 14�
CAPÍTULO II – GERENCIAMENTO DE ESTOQUES ............................................... 29�
CAPÍTULO III –FERRAMENTA DO SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUES ......... 63�
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 72�
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 73�
ANEXOS ................................................................................................................... 76�
ÍNDICE ...................................................................................................................... 87�
13
INTRODUÇÃO
Considerando o aumento da competitividade no cenário mundial, a
implantação de novas tecnologias na gestão de estoques poderá ser um fator
determinante para manter e/ou obter destaque em mundo competitivo. A adoção de
metodologias eficazes com análise na ótica custo – benefício é crucial para uma
redução de custo e uma melhor aplicação de recursos no instituto, obtendo
resultados financeiros satisfatórios para administração do Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde.
O objetivo deste trabalho deste trabalho demanda a compreensão da visão
operacional da gestão de estoques, considerando os aspectos de suprimento,
demanda e fornecimento realizado pelo Serviço de Armazenagem e Distribuição do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
O Capítulo I é mais conceitual, trata da apresentação do Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde, gestão de estoques, almoxarifado e suas funções
básicas.
O Capítulo II trata do gerenciamento de estoque propriamente dito,
ressaltando sua importância, sistemas de planejamento de estoques, classificação
de estoques, giros de estoques, custo e objetivo do custo.
O Capítulo III trata das ferramentas do sistema de gestão de estoques,
destacando as peculiaridades de cada uma delas.
14
CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - Apresentação do INCQS
O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) é uma das
unidades gestoras integrantes da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) que, através
do ensino, pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de laboratório,
atua no controle da qualidade dos insumos, produtos, ambiente e serviços sujeitos à
fiscalização e ação da Vigilância Sanitária.
O INCQS tem como missão:
Contribuir para a promoção e recuperação da saúde e a prevenção
de doenças; atuando como referência nacional para as questões
científicas e tecnológicas relativas ao controle da qualidade de
produtos, ambientais e serviços vinculados à vigilância sanitária.
O INCQS tem como visão:
Ser reconhecido como instituição pública de referência para as
questões científicas e tecnológicas relativas ao controle da qualidade
de produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária.
15
As atividades do INCQS são:
Executar ações analítico-laboratoriais previstas na legislação
sanitária ou por demanda de órgãos oficiais; desenvolver, adequar
ou implantar metodologias analíticas aplicadas à verificação da
qualidade de produtos de saúde; promover a contínua discussão,
atualização, aprimoramento e divulgação dos conceitos e
metodologias em sua área de atuação; emitir pareceres sobre
questões técnico-científicas relacionadas à Vigilância Sanitária;
elaborar normas técnicas e procedimentos operacionais
padronizados relacionados ao controle da qualidade de produtos,
ambientes e serviços; Inspecionar e avaliar indústrias e laboratórios
em conjunto com a Anvisa, as Vigilâncias Sanitárias
Estaduais/Municipais e o Inmetro; avaliar tecnicamente e emitir
pareceres sobre requerimento de registro de produtos para o
Ministério da Saúde (MS); Estabelecer e distribuir substâncias
químicas e microorganismos de referência; promover e participar de
comparações interlaboratoriais incluindo os ensaios de proficiência;
formar e desenvolver recursos humanos através da promoção de
seminários, cursos de atualização especialização, mestrado e
doutorado; Participar de comissões, comitês e grupos técnicos
vinculados ao setor saúde; assessorar os laboratórios da Rede
Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária; e participar das
discussões e da elaboração da legislação sanitária.Contribuir para a
promoção e recuperação da saúde e a prevenção de doenças;
atuando como referência nacional para as questões científicas e
tecnológicas relativas ao controle da qualidade de produtos,
ambientais e serviços vinculados à vigilância sanitária
Dentre os diversos Setores integrantes na estrutura organizacional do
Instituto, há o Serviço de Armazenagem e Distribuição (SEAD), que é responsável
pela armazenagem, ressuprimento e distribuição dos materiais. Este Setor integra-
se ao Departamento de Administração (DA) que tem a função de dar suporte de
gestão para que todos os Departamentos possam realizar suas atividades de melhor
maneira possível.
16
O almoxarifado do INCQS possui espaços separados para inflamáveis, meios
de cultura, materiais de escritório, limpeza hospitalar, insumos de laboratório,
vidraria, equipamentos de manutenção hidráulica, refrigeração, marcenaria, elétrica,
câmara fria e sala climatizada para cartuchos e também fazem o controle de
processos, carta de cobrança para fornecedores, entrega de materiais controlados
pela Polícia Federal.
Os procedimentos para armazenagem e distribuição deverão estar de
conformidade com a I.N. nº 205, de 08 de abril de 1988, na Administração Pública,
além de seguir o Procedimento Operacional Padronizado (POP) nº 65.2230.002;
elaborado pelo Chefe do Setor de Administração de Materiais (SAM) à época,
Dagoberto Domingos de Araújo.
O POP foi elaborado com o objetivo de: “estabelecer os procedimentos a de
armazenagem e distribuição de materiais as Subunidades Organizacionais (SOs).
17
1.2 - Gestão de Estoques
Viana (2010) menciona quando as características físicas e os detalhes de
comportamento do estoque são conhecidos, em geral, pode-se tratar e formular a
demanda e o suprimento por meio de modelos estatísticos reconhecíveis. Nesse
enfoque, pode-se programar o custo de manter-se ou de recompor-se o estoque,
considerando-se, ao mesmo tempo, os custos de aquisição, da posse e da falta de
estoques para suprir os consumidores, a fim de atingir as metas que maximizem os
lucros ou benefícios.
A gestão de estoques é uma das atividades mais importantes para qualquer
negócio, pois o estoque é uma das atividades mais importantes para qualquer
negócio, pois o estoque tem uma característica ambígua, uma vez que sua
existência, se por um lado tranquiliza a empresa quando ás flutuações de demanda
e a manutenção do nível de serviço, por outro é fonte de constante atrito em função
do capital investido (Arbache, et al. 2011)
Ching (2008), afirma que quando a gestão de estoque não é colocada como
conceito integrado, esses diferentes estágios são gerenciados geralmente por
departamentos diferentes.
Viana (2000) afirma que a gestão dos estoques é um conjunto de atividades
que visa atender as necessidades da empresa, com o máximo de eficiência e ao
menor custo, através do maior giro possível para o capital investido em materiais,
tendo como objetivo fundamental a busca do equilíbrio entre estoques e consumo.
Ballou (2006) assinala que se a demanda for previsível não é necessário
manter estoques, isto é, quanto mais precisa for a previsão de demanda, mais
simples de controlar os estoques. No entanto, como praticamente não existe
18
previsão de demanda exata, as empresas utilizam estoques para reduzir os efeitos
causados pelas variações de oferta e procura.
Há razões para manter estoques, tendo em vista que o armazenamento de
mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da instituição. A
situação ideal seria a perfeita sincronização entre a oferta e a demanda, de maneira
a tornar a manutenção de estoques desnecessária, Entretanto, como é impossível
conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão
disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a
disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e
distruibuição.
Na verdade, estoques servem para uma série de finalidade. Ou seja, eles
• Melhoram o nível de serviço;
• Incentivam economias na produção;
• Permitem economias de escala nas compras e no transporte;
• Agem como proteção contra aumentos de preços;
• Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de
ressuprimento; e
• Servem como segurança contra contigências.
19
1.3 - Conceito de Almoxarifado
Não se pode admitir que um sistema funcione sem local próprio para a
guarda de materiais. Logo, fica claro que o almoxarifado é o local, devidamente
apropriado para armazenagem e proteção dos materiais da empresa.
Atualmente, restou muito pouco a visão de depósitos, quase sempre pior e
mais inadequado local da empresa, onde os materiais eram acumulados de
qualquer maneira, através de mão-de-obra não capacitada e totalmente
despreparada.
Por meio de recursos a moderna técnicas, essa situação primitiva originou
sistemas de manuseio e armazenagem de materiais bem sofisticados, o que
provocou redução de custos, maximizando a produtividade e maior credibilidade nas
operações de controle, com a obtenção de informações precisas em tempo real;
conforme VIANA diz que:
Almoxarifado como local destinado à fiel guarda e conservação de
materiais, em recinto coberto ou não, adequado a sua natureza,
tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item
aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização,
equipamentos e disposição interna condicionados à política geral de
estoques da empresa (VIANA, 2010, p.272).
Impedir divergências de inventário e perdas de qualquer natureza é objetivo
fundamental de qualquer almoxarifado, o qual deve conter condições para garantir
que o material adequado, no quantitativo preciso, estará no local certo, quando
necessário, através de armazenagem de materiais, de acordo com normas
adequadas, objetivando resguardar, além da preservação da qualidade, as exatas
quantidades.
20
Figura 1 – Diagrama Conceitual de Almoxarifado (extraída de VIANA, 2010, p.273).
1.4 - Eficiência do Almoxarifado
Podemos afirmar que a eficiência do almoxarifado relaciona-se essencialmente:
• Redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente
aumento das viagens de ida e volta;
• O aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
• Melhor utilização de sua capacidade volumétrica.
21
1.5 - Organização do Almoxarifado
Podemos estabelecer como organograma funcional de um determinado
almoxarifado, conforme demonstrado na figura abaixo:
Figura 2 – Organograma padrão funcional de um Almoxarifado (extraída de VIANA, 2010, p.274).
22
Por meio da análise da figura acima, podemos sintetizaras as principais
atribuições do almoxarifado:
• Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;
• Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da
empresa;
• Manter atualizados os registros necessários.
1.6 – Controle
Segundo COSTA, EPPRECHT E CARPINETTI, diz que:
O controle permanente dos processos é condição básica para
a manutenção da qualidade de bens e de serviços. Não existe
na literatura uma definição única e universal para qualidade
(COSTA, EPPRECHT e CARPINETTI, 2005, p. 15).
Em que pese, não exista referência na estrutura organizacional do Almoxarifado,
referente à figura 02, o controle dos estoques está diretamente relacionado a um
sistema eficiente, o qual deve fornecer, a qualquer momento, as quantidades que se
encontram à disposição e onde estarão localizadas, as compras em processo de
recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas.
Para maior agilidade das atividades, especialmente das funções referentes ao
Almoxarifado, não se pode esquecer de que o controle deve fazer parte de um
23
conjunto de atribuições de cada setor envolvido, qual seja, recebimento,
armazenagem e distribuição.
1.7 – Recebimento
Cury (2000) define o sistema aberto de uma empresa como um processo de
insumos que envolvem pessoas, matérias-primas e energia; de produto sob a forma
de mercadorias e serviços; e de transformação onde a organização absorve do seu
meio ambiente os insumos necessários para posteriormente realizar a
disponibilidade dos produtos e serviços, a fim de manter-se ativa. Assim, os
sistemas abertos, com seus elementos inter-relacionados desenvolvem funções
para alcançar objetivos, que estes levam a empresa a receber algo, processá-lo
e/ou transformá-lo, e ter saída deste produto e/ou serviço. Com abordagem neste
conceito, para participar deste sistema, o setor de recebimento está inserido para a
recepção destas mercadorias, utilizando mão de obra, desta forma, inserindo-se
como parte deste processo.
De acordo com Francischini e Gurgel (2004, p. 112) “a função básica do
recebimento de materiais é assegurar que o produto entregue esteja em
conformidade com as especificações constantes no Pedido de Compra”.
Podemos dar inúmeras definições sobre recebimento. Uma delas, Moura (1998
p.11), é a seguinte: Em muitas organizações é no local destinado ao recebimento de
materiais onde se inicia a baixa produtividade. Mesmo em empresas modernas a
descarga é realizada manualmente. Os métodos de trabalho não são planejados e
as atividades são lentas. Atrasando muitas vezes os próximos passos de processo.
As atividades relacionadas ao recebimento abarcam desde a recepção do
material na entrega pelo Fornecedor até a entrada nos estoques. Abrangem
também os materiais com política de ressuprimento e os com política de aplicação
imediata, submetendo-se a critérios de conferência quantitativa e qualitativa.
24
Segundo VIANA, diz recebimento:
“Intermedia as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo
sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à
empresa” (VIANA, 2010, p.281).
A função de recebimento de materiais corresponde a um módulo de um
sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transporte. Ela
se caracteriza como interface entre o atendimento do pedido pelo Fornecedor e os
estoques físico e contábil, conforme demonstrada na figura 3
Figura 3 – Diagrama Conceitual de Recebimento (extraída da Fonte de VIANA, 2010, p.276).
25
1.8 – Armazenagem
O termo armazenagem está interligado ao processo de guarda e movimentação
de produtos em uma instalação.
As instalações de armazenagem desempenham papel fundamental no processo
logístico de uma empresa. Seu planejamento e formatação terão impacto importante
no desempenho da distribuição dos produtos. Por esse motivo, a armazenagem
requer um gerenciamento moderno com a adoção de processos aplicados a
movimentação e estocagem, mudando a visão tradicional de que uma instalação de
armazenagem seja um local destinado à guarda de produtos (Arbache, et AL. 2011).
Segundo, Ballou (1993 p.152) “armazenagem e manuseio de mercadorias são
componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas”.
Devem-se tomar cuidados especiais no que se refere à disposição dos materiais
no Almoxarifado.
Nele, podem existir produtos perecíveis, inflamáveis, tóxicos e outros, que
adicionados à variedade total, irão definir os meios de armazenagem.
Observa-se que a guarda segue a critérios definidos no sistema de instalação
utilizado, bem como no layout.
Desta forma, proporcionam-se condições físicas, as quais preservam a qualidade
dos materiais, de acordo com o plano de armazenagem, com o intuito de realizar a
ocupação plena do edifício, assim como a ordenação da arrumação.
O melhor modo de guardar é aquele que aperfeiçoa o espaço disponível nas 3
dimensões das instalações: comprimento, largura e altura
26
A conservação exige conhecimentos gerais sobre o comportamento de cada
material, ou seja, de seus tipos, pesos, formas físicas, etc.
1.9 – Distribuição
As funções anteriormente relacionadas, ou seja, receber e guardar ficarão sem
sentido se a distribuição ao usuário e/ou cliente não se concretizar. Assim, deve-se
destacar que os materiais devem ser distribuídos aos interessados por meio de
programação de pleno conhecimento entre as partes envolvidas.
A distribuição de produtos é uma das principais atividades das empresas, pois
define o sucesso no processo de atendimento dos seus clientes, garantindo sua
satisfação e criando condições para que alcancem à eficiência e a confiabilidade no
serviço. Além disso, representa um considerável elemento de redução de custo,
quando bem planejada, em toda atividade comercial e industrial da organização
(ENOMOTO E LIMA, 2007). Este planejamento é bastante importante, uma vez que
os custos de transporte correspondem de um a dois terços do total dos custos
operacionais das empresas (BALLOU, 2006).
Conforme Enomoto e Lima (2007), o gerenciamento da distribuição de produtos
acabados se dá em três níveis: estratégico, tático e operacional. No nível estratégico
são considerados aspectos que levam em conta o número e a localização de
instalações produtivas e de armazenamento, tais como fábricas, armazéns e
centrais de distribuição; os canais de distribuição; os meios de transporte e tipos de
veículo a serem utilizados; o sistema de processamento de pedidos e faturamento.
No nível tático há um planejamento de médio e curto prazo, de forma a assegurar a
maior eficiência na operação do sistema de distribuição, bem como na utilização dos
equipamentos, dos veículos e das instalações, definidas no nível estratégico. O nível
operacional engloba a programação, execução e controle das atividades diárias, de
forma a assegurar o deslocamento dos produtos para os canais de distribuição ou
diretamente para os mercados consumidores, no tempo correto.
27
Podemos detectar que a distribuição física vem sofrendo grandes modificações,
à medida que as empresas adotam sistemas de gestão de logística e operações
globais integradas, demandando maior qualidade dos serviços e recursos a nível
estratégico, tático e operacional, exigindo deste segmento uma melhoria contínua
para que seja atendida a crescente demanda.
1.10 – Documentos utilizados
Por fim, cabe registrarmos que, basicamente, para atendimento das diversas
rotinas de trabalho, alguns documentos devem ser utilizados no Almoxarifado, tais
como:
• FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE (EMPRESAS AINDA NÃO
INFORMATIZADAS): documento destinado a controlar manualmente o
estoque, através de apontamentos de quantidades correspondentes às
entradas e saídas, como também propiciar o input para reposição, quando
o nível atingir o ponto de ressuprimento.
• FICHA DE LOCALIZAÇÃO (EMPRESAS AINDA NÃO
INFORMATIZADAS): documento utilizado para indicar as localizações
onde o material está guardado, sendo ordenadas por ordem de código,
em arquivos próprios.
• FICHA DE ASSINATURA CREDENCIADA: documento utilizado para
identificar os funcionários autorizados a movimentar o estoque,
28
constando, além da assinatura do credenciado, sua qualificação na
empresa.
• COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES OU INCONFORMIDADES:
documento utilizado para esclarecer ao Fornecedor os motivos da
devolução, com divergências na quantidade e na qualidade.
• RELATÓRIO TÉCNICO DE INSPEÇÃO: documento utilizado para definir,
sob o aspecto qualitativo, o aceite do material comprado do fornecedor.
• REQUISIÇÃO DE MATERIAL: documento utilizado para a retirada de
materiais do almoxarifado.
• DEVOLUÇÃO DE MATERIAL: documento utilizado para devolver ao
estoque do almoxarifado as quantidades de materiais porventura
requisitadas além do necessário.
29
CAPÍTULO II
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
Podemos dizer que os estoques são materiais e suprimentos de uma
organização, que são mantidos para vender ou para suprir insumos para o processo
de produção. O controle de estoques é parte essencial do composto logístico, pois
estes podem consumir de 25 a 40% dos custos totais, representando um fragmento
substancial do capital da organização. A armazenagem de mercadorias prevendo a
utilização no futuro exige investimentos por parte organização. A situação ideal seria
um perfeito sincronismo entre demanda e ofertas, de maneira a tornar a
conservação de estoques desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer
exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão
disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para garantir a
disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e
distribuição.
Segundo Bowersox e Closs (2001) estoque é a acumulação estocada de
recursos transformados de uma operação. Os gerentes de produção usualmente
têm uma atitude ambivalente em relação a estoques. Por um lado, eles são
custosos e representam riscos, mas por outro lado, proporcionam certo nível de
segurança em ambientes complexos e
Segundo Slack e et al (1997), “o estoque é definido como acumulação
armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas
vezes, estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado. Não
importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele esta posicionado
na operação; ele existira porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre
fornecimento e demanda”.
30
Segundo Conforme Bowersox e Closs, dizem que
Gerenciamento de estoque é o processo integrado pelo qual são
obedecidas às políticas da empresa e da cadeia de valor com
relação aos estoques. A abordagem reativa ou provocada usa a
demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio dos canais
de distribuição (BOWERSOX E CLOSS, 2001, P.254-255).
Uma filosofia alternativa é a abordagem de planejamento, que projeta a
movimentação e o destino dos produtos por meio dos canais de distribuição, de
conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos produtos.
Uma terceira abordagem, híbrida é uma combinação das duas primeiras,
resultando numa filosofia de gerenciamento de estoques que responde aos
ambientes de mercados e produtos.
Logo, gerir estoques economicamente consiste essencialmente na procura da
racionalidade e equilíbrio com o consumo, de tal maneira que: a)as necessidades
efetivas de seus consumidores sejam satisfeitas com mínimo custo e menor risco de
falta possível; b)seja assegurada a seus consumidores e continuidade de
fornecimento; c)o valor obtido pela continuidade de fornecimento deve ser inferior a
sua própria falta (VIANA, 2002 p. 118).
Podemos dizer que o gerenciamento de estoque é um total planejamento de
materiais da organização, focando exatamente nas necessidades para determinar
as áreas de estocagem, objetivando em manter o equilíbrio entre estoques e
consumo.
31
2.1 – A Importância da Administração de Estoques
Martins (2000) comenta que administrar estoques é de suma importância para a
empresa, pois estes servem de reguladores do fluxo de material, visto que a
velocidade com que chegam na empresa é diferente da velocidade coml que saem.
Manter estoques é vantajoso para empresa no que se refere ao ponto
atendimento do cliente, mas tem sua desvantagem no que se refere aos custos de
manutenção. O papel do administrador é encontrar o ponto de equilíbrio adequado à
empresa.
Pozo menciona que:
A importância da correta administração de materiais pode ser mais
facilmente percebida quando os bens necessários não estão
disponíveis no momento exato e correto para atender às
necessidades de mercado (POZO, 2010, p.27).
Cabe ressaltar que é desnecessário dizer que requisitos de nível de serviço são
particularmente altos para suprimento de matéria-prima, até mesmo quando todos
os requisitos de produção são deferidos, podendo-se notar a existência de uma
administração inadequada de estoques.
A administração integrada pode melhor o gerenciamento das atividades e reduzir
o custo administrativo, e o futuro da administração de materiais, a logística, orienta-
nos a delegar responsabilidades da administração de materiais e da distribuição
física dentro da organização, minimizando os custos e maximizando os recursos.
32
2.2 – Políticas de Estoques
Viana descreve:
Entende-se por política de estoque o conjunto de atos diretivos que
estabelecem, de forma global e específica, princípios, diretrizes e
normas relacionadas ao gerenciamento. Em qualquer empresa, a
preocupação da gestão de estoques está em manter o equilíbrio
entre as diversas variáveis componentes do sistema, tais como:
custos de aquisição, de estocagem e de distribuição, nível de
atendimento das necessidades dos usuários consumidores, etc.
(VIANA, 2000, p.119).
Dias (1993) escreve que administração central da empresa deverá determinar ao
Departamento de Controle de Estoques, o programa de objetivos a serem atingidos,
isto é, estabelecer padrões que sirvam de guia aos planejadores e também de
critérios para medir a performance do Departamento. Estas políticas são as
seguintes:
a) Metas de empresas quanto ao tempo dos produtos aos clientes;
b) Definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista de
materiais a serem estocados nele;
c) Até que níveis deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa
das vendas ou uma alteração de consumo;
d) Até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo compra
antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior
para obter desconto;
33
e) Definição da rotatividade dos estoques.
A finalidade de planejar e controlar estoque são fator fundamental numa boa
administração do processo produtivo. Podemos destacar os problemas quantitativos
e financeiros dos materiais, sejam eles matérias-primas, materiais auxiliares,
materiais em processo ou produtos acabados.
Compete a esse setor o controle das disponibilidades e das necessidades totais
processo produtivo, envolvendo não só os almoxarifados de materiais-primas e
auxiliares, como também os intermediários e os de produtos acabados. Seu objetivo
não é permitir ausência de material ao processo de fabricação, evitando alta
imobilização aos recursos financeiros. Embora isso pareça contraditório, as
modernas filosofias japonesas mostram-nos como conciliar perfeitamente tal
situação.
O objetivo principal é demonstrar como é importante o planejamento de estoque
para o resultado financeiro de uma empresa, e visualizar seu alto impacto no custo
do produto. Dentro das múltiplas atuações do planejamento dos estoques e pelo
fato de sua atual configuração está acompanhando pari passu os volumes e
projeções de vendas e o processo de manufatura, é essencial que o sistema seja
atualizado de forma constante e que tenha flexibilidade para acompanhar as
constantes mudanças de mercado.
Segundo Pozo (2010, p.28) os objetivos do planejamento e controle de estoque
são: “Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material auxiliar, peças e
insumos ao processo de fabricação; manter o estoque o mais baixo possível par
atendimento compatível às necessidades vendidas; identificar os itens obsoletos e
defeituosos em estoque, para eliminá-los; não permitir condições de falta ou
excesso em relação à demanda de vendas; prevenir-se contra perdas, danos,
extravios ou mau uso; manter as quantidades em relação às necessidades e aos
registros; fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de
curto, médio e longo prazos, das necessidades de estoque; manter os custos nos
34
níveis mais baixos possíveis, levando em conta os volumes de vendas, prazos,
recursos e seu efeito sobre o custo de venda do produto”.
2.3 – Tipos de Estoques
Segundo Pozo (2010, p.29) ressalta a existência de diversas nomenclaturas de
estoques, que podem ou não ser mantidos em um ou diversos almoxarifados.
Frequentemente, as empresas possuem em sua organização cinco almoxarifados
básicos, são eles:
• Almoxarifado de matérias-primas – É o material básico que irá receber um
processo de transformação dentro da fábrica.
• Almoxarifado de materiais- auxiliares – É agregado que participam do
processo de transformação de matéria-prima dentro da fábrica. São materiais
que auxilia e participa na execução e transformação do produto, porém não
se agrega a ele, mas imprescindível no processo de fabricação.
• Almoxarifado de manutenção – Esse estoque é onde estão as peças que
servem de suporte à manutenção dos equipamentos e edifícios.
• Almoxarifado intermediário – Este estoque também é conhecido como peças
em processos, os mesmo podem ser restritos ou não, isto é, possuir espaços
delimitados e controlados. Estes estoques normalmente são resultantes de
planejamento do estoque de matéria-prima e do planejamento da produção.
• Almoxarifado de acabados – Este estoque dos produtos prontos e embalados
que serão distribuídos ao consumidor final. O resultado do volume desse
35
estoque é função da credibilidade de atendimento da empresa e do
planejamento dos estoques da matéria-prima e em processos.
2.4 – Custo de Estoque
Podemos dizer que sem sombra de dúvida, que a função do controle de
estoque e dos materiais está relacionada com a administração de níveis de
estoques, e lógica e racionalidade podem ser aplicadas com êxito para resolução
dos problemas de estoque. Devemos, porém, usar com profundidade o formalismo e
a racionalização em nossas soluções dos sistemas analíticos.
Pozo (2010, p.31) considera os três custos abaixo como os mais importantes
na formação dos estoques: 1- Custo do pedido: A cada pedido ou requisição é
emitido, incorrem custos fixos e variáveis referente a esse processo. Os custos fixos
são associados aos salários do pessoal envolvido na emissão dos pedidos e não
são afetados pela política existente de estoque. Os custos variáveis constituem nas
fichas de pedidos e nos processos de enviar esses pedidos aos fornecedores, bem
como, todos os recursos necessários para tal procedimento. Portanto, o custo de
pedido está diretamente determinado com base no volume das requisições ou
pedidos que ocorrem no período. 2- Custo de manutenção de estoque: Incluem
custos de armazenamento como altos volumes, demasiados controles, enormes
espaços físicos, sistema de armazenamento e movimentação de pessoal alocado,
equipamentos e sistemas de informação específicos; custos associados aos
impostos e seguros de incêndio e roubo de material alocado; custos sujeitos a
perdas, roubos e obsolescência; aumentando ainda mais os custos em mantê-los
em estoques e 3- Custo por falta de estoque: Esse custo ocorre quando as
empresas buscam reduzir ao máximo seus estoques, podendo acarretar no não
cumprimento do prazo de entrega, proporcionando uma multa por atraso ou
36
cancelamento do pedido do cliente. Além disso, a imagem da empresa se desgasta
e isso acarreta um custo elevado e difícil de medir.
Pozo menciona que:
Temos, portanto, que dimensionar adequadamente as necessidades
de estoques em relação à demanda, às oscilações de mercado, às
negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente,
otimizando-se os recursos disponíveis e minimizando os estoques e
custos (POZO, 2010, p.31).
2.5 – Sistema de Planejamento de Estoques
Segundo Bertaglia (2003), uma visão realista do negócio é o primeiro passo a
ser desenvolvido no processo de planejamento estratégico. Estabelecer objetivos
viáveis e passíveis de serem alcançados é o grande desafio. Uma visão de sucesso
deve ser breve, enfocar um futuro melhor com objetivos e resultados positivos, além
de inspirar entusiasmo.
O planejamento estratégico é um esforço para produzir decisões que
orientarão as ações da organização. Deve ser simples e claro, e conter a missão, os
princípios, as metas e os objetivos da empresa, e se basear nas premissas e
variáveis internas e externas.
A finalidade de manter estoques está relacionada com a previsão de seu em
um futuro imediato. E sabemos que é praticamente impossível conhecer a demanda
futura; torna-se necessário manter determinado nível de estoque, para garantir
disponibilidade de produtos às demandas, bem como minimizar os custos de
produção, movimentação e estoques.
37
2.6 – Objetivo do Custo
Segundo Horngren, Foster e Datar (1997, p.19) é a seguinte: para guiar suas
decisões, os gestores sempre desejam saber quanto custa determinada coisa (como
por exemplo, um novo produto, uma máquina, um serviço ou um processo). Tal
coisa chama-se de objeto de custo, pois se necessita de mensuração, para definir o
quanto custa produzi-lo.
Conforme Pozo, diz que:
O volume de estoque e sua localização são apenas uma das ações
do sistema logístico. Devemos buscar um balanceamento dos custos
de armazenagem, de pedidos e da falta para melhor atender à
demanda de mercado e aos anseios dos acionistas (POZO, 2010,
p.32).
Segundo Pozo (2010) menciona que quando há um aumento na quantidade
estocada, consequentemente aumentará o custo de manutenção. Maior estoque
requer menor quantidade de pedidos, com lotes de compra maiores, o que remete
em menor custo de aquisição e menores problemáticas de ausência ou atraso e,
logo, menores custos também. Esses três modelos de custos implicam no
planejamento de estoque, iremos obter uma curva de custos, conforme a figura 4. A
finalidade é minimizar o custo total, que é a somatória dos três custos que incidem
sobre a manutenção do estoque.
38
Figura 4 – Curva Total de Custo (extraída de POZO, 2010, p.32).
2.7 – Objetivo de Nível de Serviço
Conforme Ballou (1993, p.73), nível de serviço logístico é a qualidade com que
o fluxo de bens de serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços
logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no
atendimento dos pedidos.
Bowersox et al (1986), agruparam os elementos do serviço ao cliente e os
classificaram de acordo com sua importância relativa em quatro diferentes grupos. O
primeiro comporta as medidas de disponibilidade de produto que é a capacidade de
fornecer produtos no momento desejado pelos clientes.
39
O nível de serviço tem a finalidade de atender às necessidades do cliente em
relação o prazo estabelecido e à presteza de entrega dos pedidos. Esse modelo
leva em consideração os estoques para cumprir a qualquer solicitação do mercado,
determinando um percentual de grau de atendimento.
Podemos destacar que quanto maior for o grau de atendimento, maior será o
custo de manutenção de estoque. O aumento do custo de armazenagem tende a
ser exponencial em relação à proximidade de 100%, ocasionando os custos a
valores insuportáveis para a organização. Na figura 5, comprova a curva de
crescimento do custo de manutenção de estoques à medida que aumenta o grau de
atendimento.
Figura 5 – Investimento em estoque para diversos níveis de serviços (extraída de POZO, 2010, p.33).
Sabemos que há inúmeras maneiras de planejar e controlar estoques, alguns
com simplicidade, outros com alto grau de complexidade. Cada metodologia há uma
aplicação diferenciada e determinada e que não pode ser utilizada indistintamente
por todo o sistema.
40
Mencionamos os sistemas:
• Quantidade econômica de requisições;
• Lote econômico;
• Lote padrão de requisição;
• Estoque mínimo
• Estoque de equilíbrio.
Cabe ressaltar que o modelo ideal para cada organização é que considera às
especificidades de cada organização, sempre levando em conta o custo do estoque,
e os melhores resultados obtidos pelas empresas vencedoras são fundamentadas
no perfeito planejamento de seus recursos na Logística.
2.8 – Retorno de Capital
De acordo com ROSS, WESTERFIELD, JORDAN (2000, p.262), “Se você
comprar um ativo de qualquer tipo, seu ganho (ou perda) no investimento será
denominada retorno sobre o investimento”.
41
Quadro 1 - Exemplo 1 de Aplicabilidade do Cálculo do Retorno de Capital (adaptada de POZO, 2010, p.34)
42
Quadro 2 – Exemplo 2 de Aplicabilidade do Cálculo do Retorno de Capital (adaptada de POZO, 2010, p.33).
43
2.9 Giros de Estoques ou Rotatividade
Segundo Pozo (2010, p.35) Giros de Estoques ou Rotatividade é uma
avaliação do capital investido em estoques comparado com o custo das vendas
anuais (R), ou da quantidade média de materiais em estoque dividido pelo custo
anual das vendas. A rotatividade, este é o termo mais comumente utilizado tanto
pelas empresas multinacionais como pelas nacionais, é expressa pr meio da
quantidade que o valor de estoque gira ao ano, ou seja, o valor investido em
estoque ou sua quantidade de peças que atenderá um determinado período de
tempo.
Ainda conforme Pozo (2010, p.35) menciona para calcularmos a rotatividade,
é necessário possuirmos o valor dos estoques e dividirmos pelo custo anual das
vendas. O valor de estoque pode ser utilizado em quantidades monetárias ou
quantidades de peças. O custo anual das vendas representa o valor anual das
vendas menos a mão-de-obra e as despesas gerais, que praticamente se resumem
nos custos dos materiais comprados no ano.
44
Quadro 3 – Exemplo 3 de Aplicabilidade de Giros de Estoques ou Rotatividade (adaptada de POZO, 2010, p.35).
45
2.10 Previsão de Estoques
Pozo menciona que:
A previsão de estoques, normalmente, é fundamentada nos informes
fornecidos pela área de vendas onde são elaborados os valores de
demandas de mercado e providenciados os níveis de estoque.
(POZO, 2010, p.39).
O Setor de Logística, em específico a Administração de Materiais, precisa
providenciar com os fornecedores volumes precisos para atender a uma demanda
que ainda não foi estabelecida ou acertada pela área de vendas, mas que o sistema
de suprimentos necessita processar. Então compete ao administrador de estoque
prever a demanda e informar aos fornecedores de materiais para que o processo
produtivo não sofra processo de descontinuidade e, assim, possamos atender a
nossos clientes. A previsão que se deve levar em consideração são os fatores que
influenciam no ambiente e na mobilização dos clientes.
Para determinar as quantidades e prazos estabelecidos devemos considerar
informações básicas e confiáveis de mercado.
No processo de previsão, como apresenta Dias (1996, p. 32 - 33), devemos
considerar duas categorias de informações a se utilizarem: quantitativas e
qualitativas.
Os dados quantitativos são referentes a volumes e decorrentes de condições
que podem afetar a demanda, tais como:
• Influência da propaganda;
46
• Evolução das vendas no tempo;
• Variações decorrentes de modismos;
• Variações decorrentes da situação econômica;
• Crescimento populacional.
Os Dados qualitativos são referentes às fontes de obtenção de dados para
serem obtidos valores confiáveis de variáveis que podem afetar a demanda. É a
busca de informes mediante pessoas com grande conhecimento do assunto e
especialistas, tais como:
• Opinião de gerentes;
• Opinião de vendedores;
• Pesquisa de mercado
2.11 - Evolução de Consumo Constante (ECC)
Conforme Pozo (2010, p.40) O volume de consumo permanece constante,
sem grandes variações no decorrer do tempo, e não sofre influências conjunturais,
ambientais e mercadológicas, mantendo-se médio no decorrer do tempo. Como
exemplo, estão todas as empresas que se mantêm com suas vendas estáveis, seja
lá qual for seu produto, mercado ou competidores, como mostrado na figura 6.
47
Figura 6 - Evolução de Consumo Constante - ECC (extraída de POZO, 2010, p.40).
2.12 – Evolução de Consumo Sazonal (ECS)
Conforme Pozo (2010, p.40 - 41) O volume de consumo passa por oscilações
regulares no decorrer do certo período ou do ano, e é influenciado por fatores
culturais e ambientais, acarretando desvios de demanda superiores a 30% de
valores médios. Como exemplo, podemos citar produtos tais como sorvetes,
cervejas, enfeites de natal, fogos de artifícios e outros, como mostrado na Figura 7.
49
2.13 – Evolução de Consumo de Tendência (ECT)
Segundo Pozo (2010, p.41) O Volume de consumo aumenta ou diminui
drasticamente no decorrer de um período ou do ano, e é influenciado por fatores
culturais, ambientais, conjunturais e econômicos, acarretando desvios de demanda
positiva ou negativamente. Como exemplo, podemos citar desvios negativos,
produtos que ficam ultrapassados no mercado (enceradeira, máquinas de escrever)
ou que sofrem forte ação dos concorrentes, perdendo mercado (globalização) ou por
motivos financeiros, fazendo com que a empresa perca seu crédito e passe a
reduzir sua produção. Como desvios positivos, temos as indústrias de hardware e
software (computadores). Na figura 8, temos a visão do comportamento dessa
demanda.
Figura 8 – Evolução de Consumo com Tendência (+ computadores, ascendente) e (- enceradeiras,
descente) – ECT (extraída de POZO, 2010, p.41).
50
2.14 – Avaliação dos Níveis de Estoques
Podemos dizer que há uma mesclagem de vários fatores para que possa
determinar um nível de estoque que seja o mais viável e econômico para
organização.
Segundo Pozo (2010, p.51) os custos de estoques são influenciados por
diversos fatores, tais como volume, disponibilidade, movimentação, mão-de-obra e o
próprio recurso financeiro envolvido, e, dependendo da situação, cada variável tem
pesos que podem ter diversas magnitudes em razão da situação específica.
Ainda conforme Pozo (2010, p.51) pode utilizar o sistema máximo-mínimo é
visto esquematicamente na Figura 9, e tem a seguinte ação: cada produto ou
material receberá quatro informes básicos – estoque mínimo que se deseja manter
(Emin), o momento em que novas quantidades da peça devem ser compradas (PP),
tempo necessário para repor a peça (TR), a quantidade de peças que devem ser
compradas, ou seja, o lote e compras (LC), e quando este lote comprado chega à
fábrica, temos o estoque máximo (Emax). E isto nos possibilita a manutenção dos
níveis de estoques estabelecidos e que configurem um sistema automático de
suprimentos da manutenção de estoques onde novas ordens são emitidas, em
função das variações do próprio nível de estoque. Assim toda vez que o estoque
fique abaixo do nível de ponto de pedido é emitida uma requisição de compras para
a peça em específico.
51
Figura 9 – Característica do sistema de controle de estoque máximo (extraída de POZO, 2010, p.51).
Onde:
TR = Tempo de Reposição da peça
PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra
LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque Emax = Volume
máximo de peças em estoque
Emax = Volume máximo de peças em estoque
Emin = Volume mínimo de peças em estoque.
52
2.15 – Tempo de Reposição
Segundo Ballou (2006), o Tempo de Ressuprimento é o tempo decorrido
entre o momento de identificação da necessidade e o momento em que o item será
incorporado ao estoque. Neste trabalho, considera-se o TR como o tempo entre o
momento do pedido e a incorporação no estoque. Este tempo pode ser estimado
com base em históricos de compra ou definido em contrato com o fornecedor. O TR
baseado em históricos das ocorrências de compra tem o inconveniente de, por ser
uma média, incorporar em seu cálculo os diversos problemas que podem ter havido
com o fornecedor, isto é, representa a média de sua administração das entregas.
Quadro 4 - Demonstração do Cálculo de Tempo de Reposição (adaptada de POZO, 2010, p.52).
53
2.16 – Ponto de Pedido (PP)
Segundo Pozo diz que:
Ponto de Pedido é quantidade de peças que temos em estoque e
que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de
continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra,
durante o tempo de reposição. (POZO, 2010, p.52).
Seu cálculo considera o tempo de reposição e pode ser obtido pela seguinte
equação
Onde: PP = Ponto de Pedido
C = Consumo normal da peça
TR = Tempo de Reposição
S = Estoque de Segurança
2.17 – Lote Econômico de Compra
Segundo Pozo (2002, p.153), quando temos estoque-reserva toda vez se
aumenta a quantidade a ser comprada, aumentamos o estoque médio de nossa
PP = (C X TR) =ES
54
empresa, e isso propicia, também aumento de custos de manutenção de
armazenagem, juros, obsolescência, deterioração e outros. Por outro lado,
aumentando-se as quantidades de lote de compra, diminuem-se os custos de
pedido de compra, o custo por unidade comprada, de mão-de-obra e manuseio. O
resultado é que teremos dois focos de forças nos afetando, ou seja, duas fontes
opostas, uma encorajando estoques para facilidade de atendimento, porém com
custos críticos e outra desencorajando em face desses custos. O lote econômico de
compra é a quantidade que equilibra o custo do pedido e o custo de armazenagem.
Conforme Viana (2010, p. 158) suponhamos que o abastecimento de
determinação material deva ser feito à razão de 20.000 unidades por ano. Far-se á
uma compra da quantidade total ou em parcelas mensais, trimestrais ou
semestrais? Qual será, então, a freqüência das compras? Teoricamente, as
alternativas são infinitas. Torna-se impraticável efetuar uma aquisição diariamente,
como também a compra única dependerá da capacidade de armazenamento. Entre
esses dois extremos, é necessário um critério para decidir a quantidade e a
periodicidade.
Ainda segundo Viana (2010, p. 158) a introdução do lote econômico, em
1915, por meio da simples idéia de encontrar uma quantidade para minimizar o
custo total de reposição. O lote econômico para compra representa a quantidade de
material, de tal forma que os custos de obtenção e de manutenção sejam mínimos.
55
Figura 10 – Lote econômico de compra (extraída de VIANA, 2010, p158).
Onde:
CA = consumo anual em quantidades;
CC = custo unitário do pedido de compra;
CPA = custo do material armazenado;
PU = preço unitário do material.
56
2.18 – Estoque Máximo
Segundo Viana (2010, p.149) define estoque máximo de estoque permitida
para o material. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual, quando da
emissão de um pedido de compra. Assim, a finalidade principal do estoque máximo
é indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual.
Conforme Pozo (2010, p.53) define estoque máximo com é o resultado de
segurança mais o lote de compra. O nível máximo de estoque é normalmente
determinado de forma que seu volume ultrapasse a somatória da quantidade do
estoque de segurança com o lote em um valor que seja suficiente para suportar
variações normais de estoque em face de dinâmica de mercado, deixando margem
que assegure, a cada novo lote, que o nível máximo de estoque não cresça e onere
os custos de manutenção de estoque.
Pozo (2010, p.54) Exemplo 2.12 (Qual é o estoque máximo de uma peça cujo
lote de compra é de 1.000 unidades e o estoque de segurança é igual à metade do
lote e compra?
Emax = ES + LC
Emax = (1.000 : 2) + 1.000
Emax 500 + 1000 = 1.500 unidades
57
2.19 – Estoque de Segurança
De acordo Pozo (2010, p.54 - 55) é também conhecido por estoque mínimo
ou estoque reserva, é uma quantidade mínima de peças que tem existir no estoque
com a função de cobrir as possíveis variações do sistema, que podem ser:
eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por nosso fornecedor, rejeição do
lote de compra ou aumento na demanda do produto. Sua finalidade é não afetar o
processo produtivo e, principalmente, não acarretar transtornos aos clientes por falta
de material e, conseqüentemente, atrasar a entrega de nosso produto ao mercado.
Um fato importante a ser explanado é referente ao valor do estoque de segurança,
visto que a o ideal é termos esse estoque igual a zero, porém, sabemos que dentro
de uma organização, os materiais não são utilizados em uma taxa uniforme, e que,
também, o tempo de reposição para qualquer produto não é fixo e garantido por
nossos fornecedores em razão das variáveis de mercado. Sob esses aspectos, fica
muito difícil estabelecer como zero o estoque de segurança, porém não impossível.
O autor destaca a situação mais cômoda é adotar um estoque de segurança
que supra toda e qualquer variação do sistema; porém, isso implicará custos
elevadíssimos e que talvez a empresa poderá não suportar. Então, a solução é
determinar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e
minimizar os custos envolvidos. Assim, teremos um estoque de segurança que irá
atender a fatos previsíveis dentro de seu plano global de produção e sua política de
grau de atendimento. Para determinarmos o nível do estoque de segurança, existem
alguns modelos matemáticos para essa finalidade. Iremos abordar três métodos. 1
Método do Grau de Risco (MGR)
Este é o método mais simples e fácil de utilizar, e não requer nenhum
conhecimento profundo de matemática. Tal modelo usa um fator de risco dado em
porcentagem, que é definido pelo administrador em função de sua sensibilidade de
mercado e informações que colhe junto a vendas e suprimentos.
58
Onde: ES = Estoque de Segurança
C = Consumo Médio no período
K = Coeficiente de grau de risco
O Segundo Método com Variação de Consumo e/ou Tempo de Reposição (MVC)
Este modelo somente é utilizado quando as variações de demanda e/ou o
tempo de reposição foram maiores que os dados definidos, ou seja, quando houver
atrasos na entrega do pedido e/ou aumento nas vendas.
Onde: ES = Estoque de Segurança
C = Consumo médio no período
K = Coeficiente de grau de risco
Este método visa determinar um estoque de segurança baseado em um
consumo médio do produto durante certo período e um atendimento da demanda
não em sua totalidade, mas em determinado grau de atendimento. Por esse
método, podemos comparar em termos percentuais e financeiros as diversas
59
alternativas de grau de atendimento, decidindo pelo que melhor atenda às políticas
da empresa e o que causará menor impacto negativo para a empresa por não
entregar todos os pedidos. Para efetuarmos o cálculo do estoque de segurança, é
necessário utilizarmos três etapas, que são:
1. Calcular o consumo médio (Cmd )
2. Calcular o desvio-pradão (�)
3. Calcular o estoque de segurança (ES)
1. Fórmula do consumo médio: C md = (� C) : n
Cmd = Consumo médio mensal
C = Consumo mensal
n = Número de períodos
� = Desvio-padrão
k = Coeficiente de risco
Podemos dizer que o estoque de segurança para atender um aumento da
demanda em determinado período e prevendo possíveis atrasos e a não entrega de
materiais por parte do fornecedor. Prevendo estes tipos de situações pode até
considerar um aumento na margem do estoque de segurança. Cabe ressaltar que a
proximidade do fornecedor ao armazenamento dos materiais; minimiza esse
aumento no estoque de segurança.
60
2.20 – Custo de Armazenagem
De acordo com Pozo (2010, p. 62 – 63)) uma das tarefas mais importantes
dentro da administração de estoques é a definição dos níveis de estoques que
podem ser economicamente mantidos e a decisão sobre as quantidades, pois
devemos levar em consideração as vantagens e desvantagens dos custos diretos e
associados a cada produto estocado. Os estoques desempenham funções
importantes no gerenciamento globo da organização. Tanto nos ajuda a compensar
possíveis falhas nas projeções de demanda como a melhor utilizar os recursos
humanos e físicos da manufatura. Outro fator é a resultante de fortes flutuações na
demanda e que com um estoque mais elevado e regulador permite-nos programar a
produção sem grandes oscilações, otimizando recurso de manufatura, logicamente
com maior estoque e custos elevados. Portanto, defrontamos-nos com fatores que
encorajam a manutenção de estoques mais elevados e outros que nos ensejam a
manter o mínimo estoque possível.
O autor ainda menciona para que possamos melhor administrar os estoques,
devemos calcular quais os custos que os afetam. Os fatores que compõem o custo
de armazenagem são:
• Custo de edificações - é o valor de todos os materiais que estão na empresa,
parados ou sendo usados para atender à demanda de mercado. Está
composto de matéria-prima, material auxiliar, material de manutenção,
material de escritório, material em processo (work in process) e produto
acabado. E o custo financeiro do dinheiro correspondente a todos esses
materiais parados.
• Custo de pessoal envolvido – É o custo mensal de toda mão de obra
envolvida em atividades de estoques, tais como pessoal de manuseio, de
controle e gerenciamento, inclusive com os encargos trabalhistas.
61
• Custo de equipamentos e manutenção – São as despesas mensais para
manter os estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos, o maquinário
aí utilizado e suas despesas de manutenção.
• Custo de edificações – É o custo correspondente ao aluguel das edificações
que são destinadas à estocagem, seus impostos e seguros.
Segundo Ainda Pozo (2010, p.63)), menciona que esses fatores
componentes do custo de armazenagem são calculados como base nos estoques
médios das matérias-primas e produtos e nas despesas mensais dos demais
componentes. O custo de armazenagem é diretamente proporcional ao tempo e à
quantidade de peças em estoque. O cálculo de Custo de Armazenagem é uma
ferramenta importante para avaliar a gestão integrada de uma organização e o
quanto está perdendo com seu capital parado em estoques. Podemos calcular o
custo de armazenagem e, quando há necessidade de calcular custos específicos de
alguns produtos, fazem-no com ajuda da Curva ABC. Apresentaremos duas
fórmulas para efetuar o cálculo do custo de armazenagem, uma parte para peças e
outra para todo o estoque.
62
Fórmula para o custo de armazenagem para peças
Onde:
ES = Estoque de Segurança
C = Consumo médio no período
K = Coeficiente de grau de risco
63
CAPÍTULO III
FERRAMENTAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUES
3.1– Just in Time
Segundo Viana (2010, p.169) é a produção na quantidade necessária, no
momento necessário, para atender à variação de vendas com o mínimo de estoque
em produtos acabados, em produtos acabados, em processos e em matéria-prima.
Em outras palavras, trata-se de filosofia de manufatura baseada na eliminação de
toda e qualquer perda e desperdício por meio da melhoria contínua da
produtividade.
Conforme Pozo (2010, p.117) a filosofia Just In Time (JIT), quando aplicada
adequadamente, reduz ou elimina a maior parte dos desperdícios que ocorrem nas
compras, produção, distribuição e atividades de apoio à produção e de qualquer
atividade produtiva. Isso é feito utilizando-se os três componentes básicos: fluxo,
qualidade e envolvimento dos funcionários. Primeiro, é preciso ter uma definição
real sobre o que é desperdício. A Toyota, que concebeu o conceito de JIT, define
desperdício como qualquer quantidade maior do que o mínimo necessário de
equipamento, materiais, componentes é tempo de trabalho absolutamente essencial
à produção.
Essa abordagem busca atender a demanda com alta qualidade e sem
retrabalhos. Segundo Slack (2009, p. 474), “a abordagem enxuta de operações
tenta atender à demanda instantaneamente, com qualidade perfeita e nem
desperdício”. Dessa forma a abordagem enxuta procura dinamizar a produção,
baseada no controle para evitar os desperdícios, com o foco na qualidade.
64
Segundo Ritzman (2004, p.402) as empresas quem tendem a apresentar
processos de fabricação altamente repetitivos e fluxos de materiais bem definidos
usam, os sistemas Just-in-time, porque o método de puxar a produção permite
maior controle de inventario e da produção nas estações. Através da produção de
pequenos lotes de produtos, o sistema JIT possibilita a eliminação de retrabalhos, a
fim de obter uma produção uniforme de materiais (RITZMAN 2004, p.402), gerando
consequentemente uma produção de alta qualidade, em acordo com o planejado.
O JIT pode contribuir de forma significativa na coordenação de processos que
refletem diretamente na produção enxuta das organizações, logo eliminando os
desperdícios e consequentemente minimizando os custos das organizações.
Conforme Pozo (2010, p. 118) O JIT não é apenas proporciona às empresas
uma substancial melhoria na qualidade dos produtos que elas fabricam, mas
também permite reduzir o tempo de resposta do mercado em mais de 90%.
Produtos novos ou modificados por sugestão dos consumidores podem ser
colocados nos mercado na metade do tempo considerado normal. Ao mesmo
tempo, o equipamento requerido por tais procedimentos pode ser reduzido e os
estoques, drasticamente cortados, se não eliminados.
3.2– Kanban
Segundo Viana (2010, p. 170) que é uma técnica japonesa de gestão de
materiais e de produção no momento exato, ambas (gestão e produção) controladas
por meio visual e/ou auditivo. Trata-se de um sistema de “puxar” no qual os centros
de trabalho sinalizam com um cartão, por exemplo, que desejam retirar peças das
operações de alimentação entre o início da primeira atividade até a conclusão da
última, em uma série de atividades.
65
Segundo Moura o conceito de Kanban é:
Uma técnica de gestão de materiais e de produção no momento
exato (Just in Time), que é controlado através do movimento do
cartão (Kanban). O sistema Kanban é um método de “puxar” as
necessidades dos produtos acabados e, portanto, é oposto aos
sistemas de produção tradicionais. È um sistema simples de auto
controle a nível de fábrica, independente de gestões paralelas e
controle computacionais (MOURA, 1989, p.25).
MOURA (1989, p. 27) complementa que: "kanban é um método que reduz o
tempo de espera, diminuindo o estoque, melhorando a produtividade e interligando
todas as operações em um fluxo uniforme ininterrupto".
Uma técnica de gestão de materiais e de produção no momento exato (Just in
Time), que é controlado através do movimento do cartão (Kanban). O sistema
Kanban é um método de "puxar" as necessidades dos produtos acabados e,
portanto, é oposto aos sistemas de produção tradicionais. E um sistema simples de
auto controle a nível de fábrica, independente de gestões paralelas e controles
computacionais.
Podemos dizer que o kanban estabelece uma metodologia do sistema de
levar adiante (Empurrar), ou seja, tendo como característica de atividade primordial
atender um sistema de chamadas de material (puxar).
De acordo com que definido kanban por diversos autores, sinteticamente
podemos dizer que é um controle de estoque, através de cartões ou painéis,
puxando a produção e/ou distribuição, objetivando zerar o estoque e eliminar
possíveis desperdícios, produzindo somente a quantidade determinada.
66
3.3– Tipos de kanban
Segue a lista de tipos de Kanban, apresentados por RIBEIRO (1989)
1) Kanban de Fabricação — É o cartão na qual acompanha as peças nos
containeres durante o processo de fabricação até a montagem. Deve conter
informações que possibilitem o total acompanhamento do processo.
2) Kanban de Matéria Prima — É o cartão utilizado entre os setores de fabricação e
almoxarifado de matérias primas. Portanto, uma solicitação de material para a
produção de novo lote.
3) Kanban de Montagem - É o cartão usado entre o setor de montagem e os
inventários (supermercado de peças), representando a sequencia de programação
de montagem.
4) Kanban de Fornecedor - É o cartão utilizado entre o setor de montagem da
fábrica e o fornecedor. Os containeres de peças, junto com o cartão são expostos
juntos diretamente no local de uso, sem necessidade de inspeções, nem de
qualidade e quantidade nos prazos pré-determinados para o consumo. Os prazos de
reposição e intervalo de entrega são controlados rigidamente.
Há diferentes tipos de Kanban, sendo que todos citados por RIBEIRO
(1989, p. 45), apresenta-se através de um cartão, que é a ferramenta de
organização da produção e dos estoques.
67
3.4–Curva ABC
Viana (2010, p. 64) define a curva ABC como um método cujo fundamento é
aplicável a quaisquer situações em que seja possível estabelecer prioridades, como
uma tarefa a cumprir mais importante que a outra, uma obrigação mais significativa
que outra, de modo que a soma de algumas partes dessas tarefas ou obrigação de
importância elevada representa, provavelmente, uma grande parcela das obrigações
totais.
Pozo (2010, p.80 - 81) destaca que nesse enfoque, a área administrativa, a
Curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais diversos setores em que se
necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se
urgente. A Curva ABC é constantemente usada para avaliação de estoques,
produção, vendas, salários e outros. A Curva ABC é um método que pode ser
utilizado para qualquer atividade ou trabalho, porém, no controle de estoque, foi
aplicada pela primeira vez na General Electric, por F. Dixie e, através dos anos, tem
sido uma ferramenta útil e de fácil aplicação nos princípios de controle. Sua grande
eficácia está na diferenciação dos itens de estoque com vistas as seu controle e,
principalmente, a seu custo. Na metodologia utilizada inicialmente por Dixie, os itens
“A”, embora representassem apenas 8% dos itens de estoque, correspondiam a
75% do valor de todo o estoque. Os itens “B” representavam 25% dos itens de
estoque, porém somente 20% do custo total do estoque e, os itens”C”, embora
representassem 67% de todos os itens de estoque, correspondia a tão somente a
5% de seu valor total de estoque. O grande mérito do uso da Curva ABC é a
classificação dos itens de estoque em critérios ou classes A, B e C, em vista de
seus custos e quantidades. Os itens mais importantes são em pequenos números e
de alto valor, e devem ser controlados rigidamente. Isso é possível, visto que um
controle rígido é oneroso, porém o faremos sobre uma variedade mínima, reduzida,
de itens sobre a qual o controle rígido atuará, embora sobre uma parcela diminuta
de itens, porém sobre um valor elevadíssimo do estoque.
68
A Utilização da Curva ABC é extremamente vantajosa, porque s pode reduzir as
imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois ela controla mais
rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente, os de classe C. A
classificação ABC é usada em relação a várias unidades de medidas como peso,
tempo, volume, custo unitário etc.
Dentro da logística empresarial e mais especificamente na administração de
materiais, a Curva ABC tem seu uso mais específico para estudos de estoques de
acabado, vendas, prioridades de programação da produção, tomada de preços em
suprimentos e dimensionamento de estoque. Toda a sua tem como fundamento
primordial tomar uma decisão e ação rápida que possa levar seu resultado a um
grande impacto positivo no resultado da empresa.
Ainda segundo Pozo (2010, p. 81) ressalta a que a Curva ABC assim é
chamada em razão de dividirmos os dados obtidos em três categorias distintas,
denominadas classes A, B e C.
1) Itens da classe A – São os itens mais importantes e que devem receber toda
a atenção no primeiro momento do estudo. É nos itens dessa classe que
iremos tomar as primeiras decisões sobre os dados levantados e
correlacionados em razão de sua importância monetária. Os dados aqui
classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no
máximo 20% dos itens estudados (esses valores são orientativos, e não são
regra).
2) Itens da classe B - São os itens intermediários e que deverão ser tratados
logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A; são os segundos
em importância. Os dados aqui classificados correspondem, em média, a
15% do valor monetário total do estoque e no máximo 30% dos itens
estudados (esses valores são orientativos, e não são regra).
3) – Itens da classe C – São os itens de menor importância, embora volumosos
em quantidades, mas com valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior
69
espaço de tempo para sua análise e tomada de ação. Deverão ser tratados,
somente, após todos os itens das classes A e B terem sido avaliados. Em
geral, somente 5% do valor monetário total representam esta classe, porém,
mais de 50% dos itens formam sua estrutura (esses valores são orientativos,
e não são regra).
3.5– MRP - Material Requirements Planning
Conforme Pozo (2010, p. 109) define Material Requirements Planning
(Planejamento das Necessidades de Materiais) “é um sistema utilizado para evitar
falta de peças, que estabelece um plano de prioridades que define e mostra todos
os componentes necessários em cada processo de fabricação e, baseando-se nos
tempos de operações e no lead times, calcula os prazos para se utilizar cada um
deles”.
O autor destaca que o processo de utilização do MRP baseia-se em dois
objetivos básicos que são:
• Determinar as exigências especificadas no plano mestre de produção, para
ter os materiais certos nas quantidades certas e disponíveis no momento
certo para atender à demanda de mercado;
• Com base no lead time, calcular os períodos em que cada componente deve
estar disponível, determinando o que, quando, quanto e o momento de
receber os materiais. Manter as prioridades reconhecendo todas as variáveis
que ocorrem constantemente no mercado, com fornecedores e clientes.
70
Ainda segundo Pozo (2010, p. 108 - 109) “os elementos de grande
importância para que o MRP possa funcionar eficazmente são: Programa Mestre de
Produção, Folha de Operação, Codificação dos Materiais, Controle de Estoque e
Lista de Materiais”.
• Programa Mestre de Produção – É o programa de produção a ser cumprido,
com quantidades e prazos, exigidos pelo cliente. Envolve programação das
máquinas e equipamentos e as necessidades de mão de obra.
• Folha de Operação – É o documento que mostra todos os dados de uma
peça, tais como o material de que é feita, as máquinas e os tempos
necessários para sua fabricação, pessoas envolvidas etc.
• Codificação dos Materiais – É a especificação completa de cada matéria-
prima, material ou componente que se utiliza ou será utilizado.
• Controle de Estoque – É o programa que mostra as quantidades de materiais
disponíveis no estoque.
71
3.6 – PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) – (FIFO)
Conforme Pozo define o método de PEPS como:
Este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O
procedimento de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de
entrada do material na empresa, o primeiro que entrou será o
primeiro que sairá, e assim utilizarmos seus valores na
contabilização do estoque (POZO, 2010, p.76).
3.7 UEPS (Último a entrar, Primeiro a sair) – (LIFO).
Conforme Pozo define o método de PEPS como:
Este método é baseado na cronologia das entradas e saídas, e
considera que o primeiro a sair deve ser o último que entrou em
estoque, portanto, sempre teremos uma valorização do saldo
baseada nos últimos preços (POZO, 2010, p.77).
72
CONCLUSÃO
Nesse trabalho mencionamos toda fundamentação teórica para obtermos
diretrizes para um bom gerenciamento de estoque.
Podemos dizer que a gestão de estoque é um coração de uma Instituição ou
empresa. É uma área logística de extrema importância, que armazena, distribuiu e
abastece todos os setores da organização para que possa manter bom
funcionamento. Sabemos que o estoque de uma organização, não armazena
somente materiais e sim ativo de uma empresa que podem determinar redução ou
aumento nos custos da empresa, consequentemente prejuízo, lucro, superávit e
déficit.
A logística mescla de forma estratégica a aquisição, a movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e seus fluxo de
informações, utilizando os canais da organização, atendendo seus clientes com
baixo custo, maximizando o lucro e atingir a satisfação dos clientes.
Notamos que ao longo desse trabalho a utilização de ferramentas de controle
de estoques pode auxiliar nas rotinas administrativas, que ocasionam um
desenvolvimento sistêmico da organização, trazendo benefícios e adoção de
melhorias contínuas.
Podemos concluir que no mundo extremamente competitivo é primordial a
utilização de metodologias bem fundamentadas no gerenciamento de estoques nas
organizações que podem determinar a sua existência no modo temporal ou seu total
desaparecimento no mercado.
73
REFERÊNCIAS
ARBACHE, Fernando Saba et al. Gestão de Logística, distribuição e trade
marketing. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
BALLOU, Ronald H . Logística empresarial: transportes, administração de
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
_______. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e
distribuição física. 5. ed. Porto Alegre: Bookman. 2006.
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São
Paulo: Saraiva, 2003.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística Empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
BOWERSOX, Donald. J.; CLOSS, David J.; HELFERICH, O. K. Logistical
management. New York: Macmillan, 1986.
BRASIL. Instrução Normativa nº 205, de 08 de abril de 1988. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 abr. 1988.
Seção 1. Disponível em: <http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/
in205_88.htm>. Acesso em: 12 mar. 2013.
CHING, Hong Yuh. Gestão de Logística Integrada. São Paulo: Atlas, 2008.
COSTA, F. B.; EPPRECHT, E. K.; CARPINETTI, L. C. R. Controle estatístico de
qualidade. São Paulo: Atlas, 2005.
74
CURY, Antonio. Organização & métodos: uma visão holística. 7. ed. rev. amp. São
Paulo: Atlas, 2000.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. São
Paulo: Atlas, 1996.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de matérias: uma abordagem logística. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 1993.
ENOMOTO, L. M.; LIMA, R. S. Análise da distribuição física e roteirização em um
atacadista. Produção. v. 17, n. 1, p. 94-108, 2007.
FRANCISCHINI, G. Paulino; GURGEL, F.A. Administração de materiais e do
patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de
custos. 9. ed. Rio de Janeiro: Pearson, 1997. 2 v.
INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE.
Apresentação. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www.incqs.fiocruz.br/
index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=57>. Acessado em: 16
mar. 2013.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2000.
MOURA, Reinaldo A. A simplicidade do controle de produção. 3. ed. São Paulo:
IMAN, 1989.
_______ . Sistemas e técnicas da movimentação: armazenagem de materiais.
São Paulo: Ed. IMAM,1998.
75
POZO, Hamilton, Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma
abordagem logística. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
_______ . Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem
logística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, Paulo Décio. As Técnicas KANBAN. Belo Horizonte: UFMG, 1989.
RITZMAN, Larry P. Administração da Produção e Operações. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004.
ROSS, Stephen A.; WETERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D., Princípios
de Administração Financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Roberth. Administração da
produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SLACK, Nigel. et al. Administração da produção. São Paulo: Ed. Atlas 1997.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. 10. reimpr.
São Paulo: Atlas, 2010.
87
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ................................................................................................... .2
DEDICATÓRIA .......................................................................................................... .3
AGRADECIMENTO ................................................................................................... .4
EPÍGRAFE ................................................................................................................ .5
RESUMO..................................................................................................................... 6
METODOLOGIA ......................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 8
LISTA DE QUADROS ............................................................................................... .9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................. .10
SUMÁRIO ................................................................................................................ .12
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ .13
CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. .14
1.1 Apresentação do INCQS................................................................................. .14
1.2 Gestão de Estoques ........................................................................................ 17
1.3 Conceito de Almoxarifado ............................................................................... .19
1.4 Eficiência do Almoxarifado .............................................................................. .20
1.5 Organização do Almoxarifado ......................................................................... .21
88
1.6 Controle ........................................................................................................... 22
1.7 Recebimento .................................................................................................... 23
1.8 Armazenagem .................................................................................................. 25
1.9 Distribuição ...................................................................................................... 26
1.10 Documentos Utilizados .................................................................................. 27
CAPÍTULO II
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES ........................................................................ 29
2.1 A Importância da Administração de Estoques ................................................. 31
2.2 Políticas de Estoques ....................................................................................... 32
2.3 Tipos de Estoques ........................................................................................... 34
2.4 Custo de Estoques ........................................................................................... 35
2.5 Sistema de Planejamento de Estoques ........................................................... 36
2.6 Objetivo do Custo............................................................................................. 37
2.7 Objetivo de Nível de Serviço ............................................................................ 38
2.8 Retorno de Capital ........................................................................................... 40
2.9 Giros de Estoques ou Rotatividade .................................................................. 43
2.10 Previsão de Estoques .................................................................................... 45
2.11 Evolução de Consumo Constante .................................................................. 46
2.12 Evolução de Consumo Sazonal ..................................................................... 47
89
2.13 Evolução de Consumo de Tendência ............................................................ 49
2.14 Avaliação dos Níveis de Estoques ................................................................. 50
2.15 Tempo de Reposição ..................................................................................... 52
2.16 Ponto de Pedido ............................................................................................ 53
2.17 Lote Econômico de Compra .......................................................................... 53
2.18 Estoque Máximo ............................................................................................ 56
2.19 Estoque de Segurança................................................................................... 57
2.20 Custo de Armazenagem ................................................................................ 60
CAPÍTULO III
FERRAMENTAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUE ................................. 63
3.1 Just In Time ..................................................................................................... 63
3.2 Kanban ............................................................................................................. 64
3.3 Tipos e Kanban ................................................................................................ 66
3.4 Curva ABC ....................................................................................................... 67
3.5 MRP – Material Requirements Planning .......................................................... 69
3.6 PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) –(FIFO) .......................................... 71
3.7 UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) – (LIFO) ............................................ 71
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 72
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 73
90
ANEXO A – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO .......................... 76
ANEXO B – FORMULÁRIO: MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL ............................. 84
ANEXO C – FICHA DE CONTROLE DE PRATELEIRA - FRENTE ......................... 85
ANEXO D- FICHA DE CONTROLE DE PRATELEIRA - VERSO ............................. 86
ÍNDICE ...................................................................................................................... 87
FOLHA DE AVALIAÇÃO .......................................................................................... 91
91
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Universidade Candido Mendes
Projeto a Vez do Mestre
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Titulo da Monografia
“Gerenciamento de Estoque no Instituto Nacional de Controle de Qualidade
em Saúde”.
Data da entrega: ____________________________________________________
Avaliado por: _________________________________Grau: _________________