Doença de Chagas

43
Doença de Chagas (Trypanosoma cruzi) Patologia, ciclo- epidemiológico, profilaxia e diagnóstico laboratorial. Prof° Marcos Gontijo da Silva

description

Doença de Chagas - Trypanosoma cruzi

Transcript of Doença de Chagas

Page 1: Doença de Chagas

Doença de Chagas(Trypanosoma cruzi)

Patologia, ciclo-epidemiológico, profilaxia e diagnóstico

laboratorial.

Prof° Marcos Gontijo da Silva

Page 2: Doença de Chagas

Carlos ChagasDr. CARLOS RIBEIRO

JUSTINIANO DAS CHAGAS

(1879-1934)

Page 3: Doença de Chagas
Page 4: Doença de Chagas
Page 5: Doença de Chagas

Classificação• Reino: Protista• Filo: Sarcomastigophora• Ordem: Kinetoplastida• Família: Trypanosomatidae• Gênero: Trypanosoma• Espécies:

– T. congolense evolução anterior picada– T. vivax evolução anterior picada– T. evansi sem evolução picada– T. equinum sem evolução picada– T. equiperdum monoxeno coito– T. rangeli evolução posterior e anterior picada– T. b. brucei evolução anterior picada– T. b. gambiense evolução anterior picada– T. b. rhodesiense evolução anterior picada– T. cruzi evolução posterior contaminativo

• Seção Stercoraria• Seção Salivaria

Page 6: Doença de Chagas

Tripanossomíase Humana

• Doença de Chagas – T. cruzi– 16 a 18 milhões– 80 milhões sob risco– 4º. Doença de maior impacto

• Doença do Sono – T. b. gambiense, T. b. rhodensiense– Mosca tsé-tsé (Glossina) - África– 20 mil casos/ano– 50 milhões sob risco

Page 7: Doença de Chagas

Distribuição

T. cruziT. rangeli

T. b. rhodesienseT. b. gambiense

Page 8: Doença de Chagas

Doença de Chagas

• 1908 – Carlos Chagas

• Trypanosoma cruzi - Polimorfismo

Epimastigota Amastigota Tripomastigota

Page 9: Doença de Chagas

Morfologia

Page 10: Doença de Chagas

Ciclo Biológico

Page 11: Doença de Chagas

Ciclo Biológico

Page 13: Doença de Chagas

No vertebrado

Page 14: Doença de Chagas

• INVASÃO múltiplos passos– Interação parasito-hospedeiro– Secreção e/ou expressão de moléculas– Ativação de vias de transdução de sinais

• Depende :– Estrutura do parasito– Estágio de desenvolvimento– Tipo de célula alvo– Moléculas envolvidas

• Mecanismo de invasão mobilização do Ca intracelular e recrutamento do lisossomo

Page 15: Doença de Chagas

Sinalização• Tripomastigotas metacíclicas

– Gp 82– Gp 35/50– Trans-sialidases, SSp-3 e Tc 85 laminina

e citoqueratina 18

• Amastigotas– Receptores agonistas bradicinina, TGF

– Oligopeptidase B

• Célula hospedeira– PC IP3 Ca lisossomos

PTK PC

Page 16: Doença de Chagas

Transmissão

• Vetor

• Transfusão sanguínea

• Congênita

• Acidentes de laboratório

• Oral

• Transplante

Page 17: Doença de Chagas
Page 18: Doença de Chagas
Page 19: Doença de Chagas
Page 20: Doença de Chagas

Triatoma infestans

Page 21: Doença de Chagas

Panstrongylus megistus

Page 22: Doença de Chagas

Aspectos epidemiológicos

• Ciclo silvestre, paradoméstico e doméstico

• Triatomíneos (silvestres, peridomiciliares e

domiciliares)

• Hospedeiros vertebrados (silvestres,

domésticos e reservatórios).

Page 23: Doença de Chagas

Patologia• Diversidade do parasito

• Fatores dependentes do hospedeiro

• Fase aguda:

– assintomática – 90 a 98%

– Sintomática – 2 a 10% (febre, astenia, aumento do fígado e baço, sinal

de Romanã e chagomas de inoculação)

• Fase crônica:

– Indeterminada – 50 a 69% (oligossintomáticos)

– Cardíaca – 13%

– Digestiva – 10% (megaesôfago e megacólon)

– Mistas – 8 %

• Nervosa crônica

Page 24: Doença de Chagas
Page 25: Doença de Chagas
Page 26: Doença de Chagas
Page 27: Doença de Chagas
Page 28: Doença de Chagas
Page 29: Doença de Chagas
Page 30: Doença de Chagas
Page 31: Doença de Chagas

Patologia no Feto

►Infecção

►Disseminação do parasito

►Agressão dos tecidos

►Infiltrado Inflamatório

►Necrose

►Fibrose

Page 32: Doença de Chagas

Quadro Clínico• RNs de baixo peso.• Os síntomas podem ocorrer logo após o

nascimento ou meses ou anos após.• Hepatoesplenomegalia em todos os casos.• Anemia, Icterícia.• Manifestações cardiácas.• Pneumonite.• Comprometimento do SNC.• Lesões oculares.• Manifestações digestivas.• Edema.• Retardo no desenvolvimento neuropsicomotor.• Crescimento abaixo do normal.

Page 33: Doença de Chagas

Quadro Laboratorial

• Hemoglobina e número de hemáceas

abaixo do normal.

• Dosagens de bilirrubina acima do normal.

• Hipoalbuminemia.

• Hipergamaglobulinemia.

Page 34: Doença de Chagas

• Radiografia do torax detecta a pneumonite

interticial.

• Radiografia do crânio em duas posições,

detecta calcificações.

• Ultra-sonografia de crânio e tomografia

computadorizada, detecta hidrocefalia.

• Estudo radiográfico do tubo digestivo, detecta

sintomatologia digestiva.

Quadro Radiológico.

Page 35: Doença de Chagas

Diagnóstico• Clínico• Laboratorial

– Fase aguda:

• Parasitológico - gota espessa, esfregaço sanguíneo, cultura,

método de Strout, xenodiagnóstico e hemocultura.

• Sorologia - reação de precipitação, inoculação em camundongo

RIFI, ELISA

– Fase crônica:

• Parasitológico – xenodiagnóstico, inoculação em camundungos e

hemocultura.

• Sorológico – RFC, RHA, RIFI, ELISA

• PCR

Page 36: Doença de Chagas

Diagnóstico

► Histopatológico- HE- PAS

Tratamento

►Nifurtimox►Benzonidazol

Page 37: Doença de Chagas
Page 38: Doença de Chagas

DOENÇA DE CHAGAS

• TRATAMENTO ESPECÍFICO• BENZONIDAZOL (Efeito apenas contra as formas sanguíneas)

Adultos 5 mg/kg/dia, durante 60 dias.

Crianças 7-10 mg/kg/dia, durante 60 dias A quantidade diária deve ser tomada em 2 ou 3

ocasiões, com intervalos de oito ou doze horas. Efeitos colaterais cefaléias, tonturas, anorexia, perda de peso, dermatites, deplação das células da série vermelha.

Page 39: Doença de Chagas

DOENÇA DE CHAGAS

• TRATAMENTO ESPECÍFICO• NIFURTIMOX (Age contra as formas sanguíneas e parcialmente formas teciduais até 90 dias)

Adultos 8-10 mg/kg/dia, durante 60 a 90 dias.

Crianças 15 mg/kg/dia, durante 60 a 90 dias. A quantidade diária deve ser tomada em três ocasiões, com intervalo de 8 horas (no momento

está fora do mercado) Efeitos colatarais anorexia, emagrecimento,

depressão medular.

Page 40: Doença de Chagas

DOENÇA DE CHAGAS

• TRATAMENTO SINTOMÁTICO• FORMAS CARDÍACAS Cardiotônicos, diuréticos,

antiarrítmicos, vasodilatadores, etc., em alguns

casos, indica-se a implantação de marcapasso.

• FORMAS DIGESTIVAS uso de dietas, laxativos ou

lavagens. Em estágios mais

avançados, impõe-se a dila-

tação ou correção cirúrgica

do órgão afetado.

Page 41: Doença de Chagas

Profilaxia

• Combate ao barbeiro

• Controle de doador de sangue

• Melhoria de habitações rurais

• Controle da transmissão congênita, acidental e

transplantes

• Educação sanitária e comunitária (regiões

endêmicas)

Page 42: Doença de Chagas
Page 43: Doença de Chagas

Obrigado!!!