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    Nc leo de Educao em Urgnc ias de Santa Catar ina Bras i [email protected] ou [email protected] 1

    NCLEO DE EDUCAO EM URGNCIASSANTA CATARINA

    DOR TORCICA

    Dr. CRYSTIAN JOSU THOLLEnf. MARA MELISSA MEIRA

    GRAU DE URGNCIA

    Quando for tpica, de insuficincia coronariana, embolia pulmonar, disseco artica e

    pneumotrax, a ativao deve ser em cdigo 1, podendo ser ativado inicialmente uma unidadede suporte bsico de vida, em funo do tempo-resposta, seguindo-se a ativao da USA.

    Quando for tpica de dor muscular, ventilatrio dependente, pode ser ativado emcdigo 2 ou orientado por telefone de acordo com outros parmetros.

    DICAS

    Atentar para as possveis causas de dor torcica: Disseco artica, doena do refluxogastro-esofgico, doena pptica, insuficincia coronariana, infeco de vias areas inferiores,

    tromboembolismo pulmonar, derrame pericrdico / derrame pleural, pneumotrax, doenaosteo-articular cervical.

    Atentar para intensidade da dor: embora este critrio possa ser considerado subjetivo,

    muito importante para avaliar o curso do quadro clnico, podendo ser solicitado ao paciente

    para graduar a intensidade da dor numa escala de 0-10, estas avaliaes repetidas a intervalos

    regulares podem ajudar na avaliao da evoluo do quadro.

    Antes da chegada da equipe podem ser orientadas medidas gerais que levem ao alvio

    da dor, sejam repouso, decbito dorsal se tolervel ou com pequena elevao, ambiente

    calmo, arejado, afrouxar as vestes, orientar a fazer uso das medicaes coronarianas, caso o

    paciente as tenha consigo, sob orientao da regulao mdica.

    O QUE LEVAR

    Mochilas vermelha, verde e azul;

    Monitor/desfibrilador (lifepak);

    Cilindro de oxignio

    Oxmetro de pulso.

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    A CONFIRMAO CLNICA DO DIAGNSTICO:

    Sinais / Sintomas Etiologia provvel Exames no Pr-hospitalar

    Localizada, ntida, reproduzida pela pressona rea dolorosa

    Dor costocondral, ou na paredetorcica ex. fsico, ausculta

    Dor ntida, distribuio radicular, exarcebada

    com movimerntos do pescoo

    Doena na coluna cervical ou

    torcica ex. fsico

    Associada a disfagia ou refluxo gstrico,melhora com anticidos Dor esofgica ou gstrica ex. fsico

    Intolerncia a alimentos gordurosos, base dotrax direito Dor biliar ex. fsico

    Precipitada por esforo ou emoes, alt. isq

    do ECG Insuficincia coronariana ex. fsico, ausculta, ECG

    Dor dilacerante ou cortante do trax podeirradiar para reg. posterior Disseco da aorta ex. fsico, ausculta

    Dor pleurtica, sbita, associada a tosse /hemoptise Embolia pulmonar ex. fsico, ausculta

    Dor pleurtica sbita, dispnia Pneumotrax ex. fsico, ausculta

    Subesternal e epigstrica intensa, associada a

    vmitos/hematmese Ruptura do esfago ex. fsico, ausculta

    PROTOCOLO DE TRATAMENTO:

    No Domiclio

    Conforme j citado anteriormente (item 2), medidas que promovam alvio dos

    sintomas e preparo do ambiente em que esta o paciente.

    Pelo SAMU

    Nos atendimentos prestados pelas equipes de suporte bsico as mesmas devem

    explicar os procedimentos que esto sendo realizados, como verificao de sinais vitais,acesso venoso perifrico, caso solicitado pelo mdico regulador. Proceder, no menor tempo

    possvel, o contato com o mdico regulador informando do estado do paciente, sinais vitais,relato das queixas do paciente e retorno de chamada ao mdico regulador no caso de agravo

    dos sintomas. Se necessrio o transporte do paciente at servio de emergncia, deve-se

    observar durante todo o transporte a manuteno do acesso venoso permevel, a oferta de

    oxignio e caso necessrio, monitorizao contnua dos sinais vitais complementando osregistros do atendimento.

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    Quando o atendimento prestado por uma unidade de suporte avanado a mesma deve

    realizar avaliao imediata com anamnese e exame fsico breves e direcionados, sinais vitais,

    monitorizao cardaca contnua, oxmetria de pulso, eletrocardiograma e acesso endovenoso.

    O tratamento deve ser direcionado conforme a principal hiptese diagnstica:

    Infarto agudo do miocrdio: com a regra mnemnica (MONA) que morfina EV (sedor aps nitrato Sub Lngual), oxignio (4 L/min), nitrato SL, aas (160 325 mg) e

    betabloqueador (metoprolol 5 mg); primeiro nitrato, depois O2, depois morfina caso a dor

    persista........

    Pneumotrax: proceder a toracocentese sob selo dgua;

    Disseco aguda da aorta: controlar a presso arterial reduzindo-a se o paciente estiver

    hipertenso;

    Embolia pulmonar: devido ao quadro de hipoxemia proceder com oferta de oxignio

    seja por cateter de oxignio ou intubao oro-traqueal;

    Doena do refluxo ou pptica: uso de anti-cidos, anti-emticos e anti-espasmdicos;

    Dor musculoesqueltica: ofertar analgsicos e anti-inflamatrios.

    No Hospital

    Ao chegar ao hospital de destino, a unidade do SAMU dever se reportar ao mdico

    que receber o paciente informando toda a evoluo do atendimento desde a solicitao at a

    chegada ao hospital com as drogas e procedimentos utilizados, sinais vitais e evoluo do

    quadro clnico.

    Nos casos em que um procedimento de realizao no pr-hospitalar no tenha sido

    executado, proceder a realizao do mesmo na chegada ao hospital, na sala de emergncia do

    hospital.O que pode ser orientado ao acompanhante que nos casos de ferimento torcico

    com exteriorizao de sangue o orifcio dever ser comprimido com um tecido limpoqualquer.

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    OS PRIMEIROS EXAMES COMPLEMENTARES

    Na unidade hospitalar se dar prosseguimento ao atendimento e investigao

    diagnstica seja atravs da realizao de novo eletrocardiograma, radiografia de trax,gasometria, dosagem de enzimas, tomografia computadorizada de trax, cintilografia.

    Etiologia provvel Testes confirmatrios

    Dor costocondral, ou na parede

    torcica Rx coluna torcica e trax

    Da na col. Cervical ou torcica Rx coluna cervical e torcica

    Dor esofgica ou gstrica Endoscopia digestiva alta

    Dor biliar USG Abdmen

    Insuficincia coronariana Rx trax, ECG, Enzimas cardacas, Cinecoronariografia

    Disseco da aorta Rx trax, Ecocardiograma transesofgico, RNM, TC, Angiografia artica

    Embolia pulmonar Gasometria, Cintilografia pulmonar, Angiografia pulmonar

    Pneumotrax Rx trax

    Ruptura do esfago Rx trax, endoscopia dig. alta

    MACETES E ARMADILHAS

    No atendimento a pacientes com suspeita diagnstica de infarto agudo do miocrdio e

    com instabilidade eltrica, extra sstoles por exemplo, a equipe deve estar preparada para o

    pronto atendimento a eminente parada cardiorespiratria, ou ainda a necessidade de utilizao

    de marcapasso transcutneo nos pacientes que evolurem com bloqueio atrioventricular e

    instabilidade hemodinmica. Para a utilizao do marcapasso transcutneo o paciente deveestar sedado e em ventilao mecnica.

    Sempre questionar o uso de medicao para tratamento da disfuno ertil (viagra,cialis, vivanza, levitra), pois estas drogas potencializam o efeito hipotensor dos nitratos,

    que esto contraindicados nestes casos.

    Posicionamento do paciente: na suspeita de pneumotrax manter o paciente em

    decbito dorsal, na doena do refluxo gstrico manter decbito dorsal com cabeceira elevada,

    na embolia pulmonar evitar a mobilizao dos membros inferiores e quadril.

    Teste teraputico: nos casos de insuficincia coronariana poderemos ter alvio da dor

    com o uso de nitrato sub-lingual, isto no significa que a ausncia de resposta ao nitrato deva

    descartar a hiptese diagnstica anterior (baixa sensibilidade e alta especificidade), tambmpoderemos ter em poucos casos alvio dos sintomas de dor torcica por espasmo do crdia e

    pela sndrome de Tietze com uso de nitrato; nos casos de dor secundria a doena do refluxo

    gstrico e esofagite temos o rpido alvio dos sintomas aps uso de anticidos.

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    OUTRAS POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO

    Podero ser aventadas a nvel intra-hospitalar conforme cada quadro, por exemplo, ouso de balo de contrapulsao intra-artico na insuficincia coronariana.

    ALGORITMO DE DOR TORCICA

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    REFERNCIAS

    SECRETARIA DE ESTADO DA SADE. Apostila do Servio de Atendimento Mvel

    de Urgncia. Ncleo de Educao em Urgncia (NEU) de Santa Catarina e Escola deSade Pblica de Santa Catarina, 2005.

    CINTRA, Eliane Arajo et al. (org). Assistncia de Enfermagem ao paciente gravementeenfermo. So Paulo: Editora Atheneu, 2003.

    MELTZER, Lawrence E. Enfermagem na Unidade Coronria: bases, treinamento,prtica. So Paulo: Editora Atheneu, 2001.

    MENEGAZZO C, ORTIZ M. Protocolo de Atendimento ao Paciente com Dor Torcica Unidade de Dor Torcica Hospital das Clnicas Universidade Federal do Paran.

    2006

    BASSAN R, PIMENTA L, LEES PE, TIMERMAN A, et al. I Diretriz de Dor Torcicana Sala de Emergncia

    Autores:Dr. Crystian Josu ThollMdico Cirurgio CardiovascularMdico do SAMU Florianpolis

    Enf. Mara Melissa MeiraEnfermeira do SAMU Florianpolis

    Contatos:Dr. Crystian Josu Tholl e-mail: [email protected]. Mara Melissa Meira e-mail: [email protected] de Educao em Urgncias e-mail: [email protected]

    Aprovado pelo Grupo de Rotinas do Ncleo de Educao em Urgncias de SantaCatarina (NEU-SC) em 23/07/2007

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