Edição extra Mostratec 2012

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Mais uma Mostratec desembarca nos Pavilhões da Fenac e promete trazer a solução dos nossos problemas e a reflexão para pensarmos em novas alternativas Um mundo de criatividade e pesquisa ao alcance dos olhos E stá oficialmente aberta a 27ª Mostratec! Até o dia 26 de outubro os visitantes terão a oportunidade de conferir de perto nada menos que 350 projetos de 20 países e de todos os estados brasileiros numa grande mostra organizada e realizada pela Fundação Liberato em parceria com o Go- verno do Estado do RS. São ideias vindas da mente criativa de milhares de jovens empenhados em pensar soluções para os problemas atuais e futuros do nosso mundo. É incrível pensar que esses jovens cientistas têm pouco menos de duas décadas de vida e já criam ferramentas, aparelhos e ideias capazes de mudar a nossa rotina, melhorar o nosso dia-a-dia. Além dos trabalhos expostos, o visitante poderá ainda conferir torneios esportivos, atividades de robótica e um intercâmbio cultural sem precedentes. Em jogo, 34 prêmios, que somados chegam à quantia de mais de 1 milhão de reais, que podem mudar a vida desses jovens que mesmo com pouca idade, já refletem sobre o nosso futuro. Mas o que eles, e nós, ganhamos com essa feira é muito mais do que números, são sensações, reflexão e a esperança que a tecnologia, a criatividade e a inovação podem nos levar muito além. Esses jovens cientistas são a prova real disso! Agende-se 27ª Mostratec Exposição de projeto até o dia 26 das 14 às 21 horas nos Pavilhões da Fenac – Novo Hamburgo Entrada franca www.mostratec.com.br Alguns destaques da programação 24/10 – Intercâmbio Cultural dos Países (das 21 às 23 horas) 24/10 – Torneio de Xadrez (8 às 19 horas) 25/10 – Torneio de Futsal (das 8 às 22 horas) 26/10 – Festival de Tênis de Mesa (14 às 21 horas) 26/10 – 1ª Cerimônia de Premiação (21 horas) 27/10 – 2ª Cerimônia de Premiação (20h30)

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O Jornal O Polvo acompanha a abertura da Mostratec 2012 e apresenta alguns trabalhos e atividades da feira

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Page 1: Edição extra Mostratec 2012

Mais uma Mostratec desembarca nos Pavilhões da Fenac e promete trazer a solução dos nossos problemas e a reflexão para pensarmos em novas alternativas

Um mundo de criatividade e

pesquisa ao alcance dos olhos

Está oficialmente aberta a 27ª Mostratec! Até o dia 26 de outubro os visitantes terão a oportunidade de conferir de perto nada menos que 350 projetos de 20 países e de

todos os estados brasileiros numa grande mostra organizada e realizada pela Fundação Liberato em parceria com o Go-verno do Estado do RS. São ideias vindas da mente criativa de milhares de jovens empenhados em pensar soluções para os problemas atuais e futuros do nosso mundo. É incrível pensar que esses jovens cientistas têm pouco menos de duas décadas de vida e já criam ferramentas, aparelhos e ideias capazes de mudar a nossa rotina, melhorar o nosso dia-a-dia. Além dos trabalhos expostos, o visitante poderá ainda conferir torneios esportivos, atividades de robótica e um intercâmbio cultural sem precedentes. Em jogo, 34 prêmios, que somados chegam à quantia de mais de 1 milhão de reais, que podem mudar a vida desses jovens que mesmo com pouca idade, já refletem sobre o nosso futuro. Mas o que eles, e nós, ganhamos com essa feira é muito mais do que números, são sensações, reflexão e a esperança que a tecnologia, a criatividade e a inovação podem nos levar muito além. Esses jovens cientistas são a prova real disso!

Agende-se27ª MostratecExposição de projeto até o dia 26das 14 às 21 horas nos Pavilhões da Fenac – Novo HamburgoEntrada francawww.mostratec.com.br

Alguns destaques da programação24/10 – Intercâmbio Cultural dos Países (das 21 às 23 horas)24/10 – Torneio de Xadrez (8 às 19 horas)25/10 – Torneio de Futsal (das 8 às 22 horas)26/10 – Festival de Tênis de Mesa (14 às 21 horas)26/10 – 1ª Cerimônia de Premiação (21 horas)27/10 – 2ª Cerimônia de Premiação (20h30)

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2/3 Outubro de 2012EDIÇÃO EXTRA

Lívia Miranda, 17 e Mariane Soares, 17

De onde vêm: Imperatriz do Maranhão, MAO projeto: Casa ecológica

De onde veio a ideia: “Poucas pessoas sabem o impacto ambiental que causa

uma construção. Pesquisamos e vimos que é possível fazer uma casa com recursos

menos poluentes e ainda assim fazer dela uma edificação economicamente viável,

muitas vezes mais barata do que uma casa convencional”, explica Lívia.

Porque é importante: “Nunca se construiu tanto no Brasil. A nossa proposta é usar os recursos naturais sem agredir o meio

ambiente. O tijolo que criamos, menos nocivo que o tijolo normal, não precisa de

cimento para rejuntar. O rejunte é feito com cola branca e a casa fica perfeita. O ser humano precisa pensar numa forma

de usar esses recursos naturais, pensar no meio ambiente, mas sem perder qualidade

de vida”, conta Mariane.

O futuro é logo ali!Em sua 27ª edição, a Mostratec traz aos pavilhões da Fenac os jovens cientistas que com ideias inovadoras pensam o nosso futuro, com muita criatividade e pesquisa

Isaque HoffmeisterDe onde vem: Fundação Liberato, Novo Hamburgo/RSO projeto: Um simulador tridimensional para Fisio-terapia (um computador lê três faixas coloridas no braço do paciente. Através da tecnologia, o paciente interage com o computador através de jogos, ao mesmo tempo em que faz o exercício recomendado)De onde veio a ideia: “Sempre achei que fazer fisioterapia seria algo monótono, sem graça. Pensei em criar um jogo onde o paciente brincaria e faria o movimento ao mesmo tempo.”Porque é importante: “Muitas pessoas recorrem à fisioterapia para tratar lesões. As crianças são as mais complicadas quando o assunto é se concentrar no exercício. É preciso ter paciência e penso que de forma lúdica seria mais fácil para os pequenos.”

Axel Nicolás, 15, Gabriel Delorme, 15 e Oliver Berguer, 15

De onde vêm: Assunción, ParaguaiO projeto: Através do gengibre, os alunos cri-aram uma substância capaz de limpar bacté-rias existentes nos nossos telefones celulares

De onde veio a ideia: “Pesquisamos e percebe-mos que o celular é uma forma de contrair

doenças. Nele ficam instaladas bactérias que podem causar diarréia, resfriados, entre

outros”, afirma Axel.Porque é importante: “É importante sempre estarmos livres dessas bactérias que podem nos trazer doenças. Às vezes não nos damos conta do quanto um pequeno aparelho pode ser nocivo para os seres humanos. Com essa limpeza poderemos prevenir doenças como a

Gripe A e outras do nosso dia-a-dia, me-lhorando a qualidade de vida das pessoas”,

ressalta Oliver.

Andressa Schneck, 18, Morgana Kronbauer, 17, Nathâna Garcia, 17 e Cleiton Boufleuher, 20De onde vêm: Dois Irmãos, RSO projeto: A criação de desinfetantes através da utiliza-ção da casca da bergamota De onde veio a ideia: “Na nossa região a bergamota é uma fruta bem abundante. Queríamos encontrar uma maneira de utilizar a casca da fruta, que é descartada. Através de estudos descobrimos que o óleo extraído da casca e a própria casca seca poderiam nos fornecer um potente antibactericida”, conta Morgana.Porque é importante: “Ainda não começamos a pro-duzir em escala comercial, mas acreditamos que seria um produto de fácil acesso para as pessoas, financeira-mente falando. Sem contar que estaríamos contribuin-do para o meio ambiente com um produto totalmente sustentável”, finaliza Cleiton.

Samantha Karpe, 17 e Letícia Padilha, 18De onde vêm: Fundação Liberato, Novo Ham-burgo/RS O projeto: Substituição do piche do asfalto por elementos sustentáveis (as meninas criaram um revestimento para o asfalto feito com P.A.D, en-contrado em embalagens de produtos de limpeza)De onde veio a ideia: “Vimos que o asfalto con-vencional é bem menos resistente do que esse que criamos. Sendo assim, ele sofre menos com o impacto dos veículos, fazendo com que dimunuam os buracos nas rodovias”, conta Samantha.Porque é importante: “O fato dos buracos nas rodovias é o ponto principal. Tivemos uma ajuda da Sultepa, uma empresa da região, que até nos indicou que esse novo asfalto seria ideal em pistas de aeroportos onde o impacto é muito grande por causa do peso dos aviões.”

Gabriel Costa, 16 e Nicolas Alves, 15De onde vêm: Recife/PE

O projeto: Criação de um exoesqueleto para auxiliar pessoas com problemas de locomoção

De onde veio a ideia: “Notamos que as pessoas com necessidades especiais são excluídas. Mesmo quem usa ca-deira de rodas não consegue fazer muitas coisas. Com esse

protótipo damos mais liberdade para a pessoa fazer uma grande quantidade de atividades”, explica Gabriel.

Porque é importante: “O protótipo foi todo desenvolvido com material reciclado, o que reduz o custo. Assim, qualquer

pessoa pode ter acesso ao invento. Acreditamos que com mais pesquisas, esse trabalho pode ajudar muitas pessoas

que sofrem hoje com problemas para andar”, conta Nicolas.

Lucero Martinez, 18, Sonia Lucio, 18 e Jesus Agullar, 18De onde vêm: MéxicoO projeto: A fabricação de um álcool através de uma planta típica do paísDe onde veio a ideia: “Esse tipo de cactus é muito comum em todo o México. Ele quase não tem ne-nhuma utilidade e pensamos em estudar as possíveis contribuições que ele poderia dar para o ser humano e descobrimos esse álcool”, conta Lucero.Porque é importante: “Nas nossas pesquisas vimos que esse produto poderá ser usado tanto na indús-tria farmacêutica quanto como biocombustível em automóveis. Seria uma maneira mais sustentável, que não agredisse tanto o meio ambiente”, explica Sonia.

Talia Rion 15De onde vem: Entre Rios, ArgentinaO projeto: Os jovens e a subcultura

japonesaDe onde veio a ideia: “Quis saber o motivo de tantos jovens gostarem

de anime na Argentina. Fiz questio-nários, conversei com muita gente e

percebi que existem muitas razões para essa paixão. A maior delas é

esse mundo de sonho criado pelas revistas e desenhos vindos de lá.”

Porque é importante: “Estudando o comportamento dos jovens a gente

pode saber muitas coisas sobre o lugar onde vivemos. No meu caso, o meu país. Os jovens são o futuro, e

sabendo das suas vontades, gostos, atitudes, fica mais fácil pensar mais

para frente.”

Um “paitrocínio” sempre cai bemFazer um projeto requer muitas horas de estudos, gastos com aparelhos, pesquisa, viagens! Os alunos que expõem na Mostratec, por exemplo, vêm dos mais distintos lugares do Brasil e do Mundo. E quem paga a conta de hospedagem, alimentação, passagens? Alguns têm a ajuda das escolas, outras da cidade e do estado. Outros ainda, recorrem à família, que não mede esforços para ver o trabalho dos seus filhos reconhecido!

Essa é a primeira vez de Esra Nur Sekin, 17, e Muhammed Yagatekin, 17, no Brasil. A dupla de jovens cientistas veio da Turquia para a Mostratec. Ao todo foram mais de 14 horas de viagem, sem contar os gastos com hotel, alimentação e possíveis pas-seios que os jovens pretendem fazer no RS. “O governo nos auxilia muito. Quase tudo é pago por eles, como transporte, o dinheiro que precisamos para nos mantermos também vem de lá”, conta Muhammed. “Mas a nossa família nos deu o suficiente para ficarmos tranquilos no Brasil. Como é um país diferente é importante a ajuda dos nossos pais nesse momento. Somos jovens e esse suporte é fundamental”, afirma Esra.

Saul Sanchez, 17, saiu do México para apre-sentar seu projeto na Mostratec. Essa é a primeira vez do jovem em solo brasileiro. O custo da viagem, que segundo ele não foi tão baixo assim, foi dividido entre a escola em que ele estuda e a sua família. “Meus pais não medem esforços. Quando soube que fui selecionado, na hora, me apoiaram no que precisei. Eles sempre me incentivaram nos estudos, sabem que é importante para o meu futuro”, conta.

Um laboratório aberto O Instituto Butantã, apesar de não ser um colégio de Ensino Médio ou Técnico, foi o local escolhido por Pedro Machado de Godoy, 17, aluno do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo, para desenvolver a sua pesquisa. Isto porque a sua escola não ofe-recia a estrutura necessária para que ele pudesse fazer todos os testes necessários com um animalzinho de nome bem estranho, o diplópode, ou simplesmente

piolho-de-cobra. Depois de enviar um e-mail, ter a sua primeira ideia rejeitada pelo orientador, o professor Pedro Ismael da Silva Júnior, ele acabou encontrando o apoio necessário à sua pesquisa. E um ano depois, conseguiu credenciamento para a Mostratec. Aí, é claro, chegou a vez do famoso “paitrocínio”, que bancou as despesas para que ele

pudesse conhecer Novo Hamburgo e mostrar o que descobriu.

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2/3 Outubro de 2012EDIÇÃO EXTRAEDIÇÃO EXTRAEDIÇÃO EXTRA

Lívia Miranda, 17 e Mariane Soares, 17

De onde vêm: Imperatriz do Maranhão, MAO projeto: Casa ecológica

De onde veio a ideia: “Poucas pessoas sabem o impacto ambiental que causa

uma construção. Pesquisamos e vimos que é possível fazer uma casa com recursos

menos poluentes e ainda assim fazer dela uma edificação economicamente viável,

muitas vezes mais barata do que uma casa convencional”, explica Lívia.

Porque é importante: “Nunca se construiu tanto no Brasil. A nossa proposta é usar os recursos naturais sem agredir o meio

ambiente. O tijolo que criamos, menos nocivo que o tijolo normal, não precisa de

cimento para rejuntar. O rejunte é feito com cola branca e a casa fica perfeita. O ser humano precisa pensar numa forma

de usar esses recursos naturais, pensar no meio ambiente, mas sem perder qualidade

de vida”, conta Mariane.

O futuro é logo ali!Em sua 27ª edição, a Mostratec traz aos pavilhões da Fenac os jovens cientistas que com ideias inovadoras pensam o nosso futuro, com muita criatividade e pesquisa

Isaque HoffmeisterDe onde vem: Fundação Liberato, Novo Hamburgo/RSO projeto: Um simulador tridimensional para Fisio-terapia (um computador lê três faixas coloridas no braço do paciente. Através da tecnologia, o paciente interage com o computador através de jogos, ao mesmo tempo em que faz o exercício recomendado)De onde veio a ideia: “Sempre achei que fazer fisioterapia seria algo monótono, sem graça. Pensei em criar um jogo onde o paciente brincaria e faria o movimento ao mesmo tempo.”Porque é importante: “Muitas pessoas recorrem à fisioterapia para tratar lesões. As crianças são as mais complicadas quando o assunto é se concentrar no exercício. É preciso ter paciência e penso que de forma lúdica seria mais fácil para os pequenos.”

Axel Nicolás, 15, Gabriel Delorme, 15 e Oliver Berguer, 15

De onde vêm: Assunción, ParaguaiO projeto: Através do gengibre, os alunos cri-aram uma substância capaz de limpar bacté-rias existentes nos nossos telefones celulares

De onde veio a ideia: “Pesquisamos e percebe-mos que o celular é uma forma de contrair

doenças. Nele ficam instaladas bactérias que podem causar diarréia, resfriados, entre

outros”, afirma Axel.Porque é importante: “É importante sempre estarmos livres dessas bactérias que podem nos trazer doenças. Às vezes não nos damos conta do quanto um pequeno aparelho pode ser nocivo para os seres humanos. Com essa limpeza poderemos prevenir doenças como a

Gripe A e outras do nosso dia-a-dia, me-lhorando a qualidade de vida das pessoas”,

ressalta Oliver.

Andressa Schneck, 18, Morgana Kronbauer, 17, Nathâna Garcia, 17 e Cleiton Boufleuher, 20De onde vêm: Dois Irmãos, RSO projeto: A criação de desinfetantes através da utiliza-ção da casca da bergamota De onde veio a ideia: “Na nossa região a bergamota é uma fruta bem abundante. Queríamos encontrar uma maneira de utilizar a casca da fruta, que é descartada. Através de estudos descobrimos que o óleo extraído da casca e a própria casca seca poderiam nos fornecer um potente antibactericida”, conta Morgana.Porque é importante: “Ainda não começamos a pro-duzir em escala comercial, mas acreditamos que seria um produto de fácil acesso para as pessoas, financeira-mente falando. Sem contar que estaríamos contribuin-do para o meio ambiente com um produto totalmente sustentável”, finaliza Cleiton.

Samantha Karpe, 17 e Letícia Padilha, 18De onde vêm: Fundação Liberato, Novo Ham-burgo/RS O projeto: Substituição do piche do asfalto por elementos sustentáveis (as meninas criaram um revestimento para o asfalto feito com P.A.D, en-contrado em embalagens de produtos de limpeza)De onde veio a ideia: “Vimos que o asfalto con-vencional é bem menos resistente do que esse que criamos. Sendo assim, ele sofre menos com o impacto dos veículos, fazendo com que dimunuam os buracos nas rodovias”, conta Samantha.Porque é importante: “O fato dos buracos nas rodovias é o ponto principal. Tivemos uma ajuda da Sultepa, uma empresa da região, que até nos indicou que esse novo asfalto seria ideal em pistas de aeroportos onde o impacto é muito grande por causa do peso dos aviões.”

Gabriel Costa, 16 e Nicolas Alves, 15De onde vêm: Recife/PE

O projeto: Criação de um exoesqueleto para auxiliar pessoas com problemas de locomoção

De onde veio a ideia: “Notamos que as pessoas com necessidades especiais são excluídas. Mesmo quem usa ca-deira de rodas não consegue fazer muitas coisas. Com esse

protótipo damos mais liberdade para a pessoa fazer uma grande quantidade de atividades”, explica Gabriel.

Porque é importante: “O protótipo foi todo desenvolvido com material reciclado, o que reduz o custo. Assim, qualquer

pessoa pode ter acesso ao invento. Acreditamos que com mais pesquisas, esse trabalho pode ajudar muitas pessoas

que sofrem hoje com problemas para andar”, conta Nicolas.

Lucero Martinez, 18, Sonia Lucio, 18 e Jesus Agullar, 18De onde vêm: MéxicoO projeto: A fabricação de um álcool através de uma planta típica do paísDe onde veio a ideia: “Esse tipo de cactus é muito comum em todo o México. Ele quase não tem ne-nhuma utilidade e pensamos em estudar as possíveis contribuições que ele poderia dar para o ser humano e descobrimos esse álcool”, conta Lucero.Porque é importante: “Nas nossas pesquisas vimos que esse produto poderá ser usado tanto na indús-tria farmacêutica quanto como biocombustível em automóveis. Seria uma maneira mais sustentável, que não agredisse tanto o meio ambiente”, explica Sonia.

Talia Rion 15De onde vem: Entre Rios, ArgentinaO projeto: Os jovens e a subcultura

japonesaDe onde veio a ideia: “Quis saber o motivo de tantos jovens gostarem

de anime na Argentina. Fiz questio-nários, conversei com muita gente e

percebi que existem muitas razões para essa paixão. A maior delas é

esse mundo de sonho criado pelas revistas e desenhos vindos de lá.”

Porque é importante: “Estudando o comportamento dos jovens a gente

pode saber muitas coisas sobre o lugar onde vivemos. No meu caso, o meu país. Os jovens são o futuro, e

sabendo das suas vontades, gostos, atitudes, fica mais fácil pensar mais

para frente.”

Um “paitrocínio” sempre cai bemFazer um projeto requer muitas horas de estudos, gastos com aparelhos, pesquisa, viagens! Os alunos que expõem na Mostratec, por exemplo, vêm dos mais distintos lugares do Brasil e do Mundo. E quem paga a conta de hospedagem, alimentação, passagens? Alguns têm a ajuda das escolas, outras da cidade e do estado. Outros ainda, recorrem à família, que não mede esforços para ver o trabalho dos seus filhos reconhecido!

Essa é a primeira vez de Esra Nur Sekin, 17, e Muhammed Yagatekin, 17, no Brasil. A dupla de jovens cientistas veio da Turquia para a Mostratec. Ao todo foram mais de 14 horas de viagem, sem contar os gastos com hotel, alimentação e possíveis pas-seios que os jovens pretendem fazer no RS. “O governo nos auxilia muito. Quase tudo é pago por eles, como transporte, o dinheiro que precisamos para nos mantermos também vem de lá”, conta Muhammed. “Mas a nossa família nos deu o suficiente para ficarmos tranquilos no Brasil. Como é um país diferente é importante a ajuda dos nossos pais nesse momento. Somos jovens e esse suporte é fundamental”, afirma Esra.

Saul Sanchez, 17, saiu do México para apre-sentar seu projeto na Mostratec. Essa é a primeira vez do jovem em solo brasileiro. O custo da viagem, que segundo ele não foi tão baixo assim, foi dividido entre a escola em que ele estuda e a sua família. “Meus pais não medem esforços. Quando soube que fui selecionado, na hora, me apoiaram no que precisei. Eles sempre me incentivaram nos estudos, sabem que é importante para o meu futuro”, conta.

Um laboratório aberto O Instituto Butantã, apesar de não ser um colégio de Ensino Médio ou Técnico, foi o local escolhido por Pedro Machado de Godoy, 17, aluno do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo, para desenvolver a sua pesquisa. Isto porque a sua escola não ofe-recia a estrutura necessária para que ele pudesse fazer todos os testes necessários com um animalzinho de nome bem estranho, o diplópode, ou simplesmente

piolho-de-cobra. Depois de enviar um e-mail, ter a sua primeira ideia rejeitada pelo orientador, o professor Pedro Ismael da Silva Júnior, ele acabou encontrando o apoio necessário à sua pesquisa. E um ano depois, conseguiu credenciamento para a Mostratec. Aí, é claro, chegou a vez do famoso “paitrocínio”, que bancou as despesas para que ele

pudesse conhecer Novo Hamburgo e mostrar o que descobriu.

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4 Outubro de 2012EDIÇÃO EXTRA

Mas qual é o idioma oficial da Mostra?Veja como alguns dos expositores falariam o lema da Mostratec “Um mundo de criativi-dade é possível”:

(em bahasa, idioma falado na Indonésia)Hasan Comce, orientador

Fathul Jannah, 17, aluna“Aprendemos também a língua inglesa e o turco na escola.”

(em espa-nhol, idioma falado na Colômbia)José Miguel Garzón Vargas,

16, aluno“Há outros idiomas indígenas falados na Colômbia, mas em

Medel l in , onde moro, só falamos espanhol.”

(em turco, idioma falado na Turquia)Serdar Çetin, 17, alunoSemih Irfan Uruç, 17, aluno“Falamos turco e inglês e aprendemos um pouco de alemão na escola de ensino médio.”

(em bósnio, idioma falado na Bósnia)Hata Botonjiá, 17, aluna“Falamos também turco e inglês na escola.”

Que língua é esta?Visitar a Mostratec é também descobrir que o idioma pode ser uma barreira ou pode aproximar pessoas que moram em locais comple-tamente diferentes. Grande parte da responsabilidade em fazer com que todos se comuniquem é tarefa dos tradutores. O aluno da Liberato Lucas Petry Heck, 15, estava estreando na função e, de cara, teve o desafio de entender uma dupla de alunos turcos. Serão seis dias de convivência em que o inglês será a língua oficial do trio. “Só preciso acompanhar eles na exposição, mas a gente acaba estabelecendo uma relação de amizade que é bem legal”, explica.

Satu dunia kreatifitas dan penelitian

Un mundo de creatividad es possible

Araçtirmanin ve Yaraticiligin Dünyasi

Jedan svijet kreativnosti i perspektive

Romulo Renner Maciel, 17, São Leo-poldo“Um robô organizador, que arrume o meu quarto.”

Alisson Soares, 16, São Leopoldo“Braços robóticos para que as pessoas possam carregar coisas muito pesadas sem fazer força alguma.”

Augustin Ezequiel Gazagne, 18, Argen-tina“Algo que garantisse ou auxiliasse o tratamento de muitas doenças ainda sem cura.”

O que falta ser inventado?Thais Abella, 14, Feliz“Um robô bom em física que possa me ajudar nas provas da matéria.”

Evellyn Palharine, 16, Sapucaia do Sul“Um robô que cozinhe, lave louça e cuide de todas as tarefas de casa. Um faz tudo!”

D i e n i f e r D a i a n e Pereira, 15, Sapiranga e Gabriela Borges, 16, Parobé“Uma espécie de ‘estufa’ muito grande que tire toda a poluição do planeta, e que não permita com que ele fique mais poluído.”

Robôs de todos os tamanhosA robótica educacional tem um lugar privilegiado nos Pavilhões da Fenac. Vários projetos, simuladores, competições e oficinas dominam o espaço. As batalhas começam na quarta (24), mas desde segunda-feira as equipes par-ticipantes já estão reunidas no local, combinando a melhor estratégia. No “Intercolegial de Robôs – Lego”, cada robô de Lego deverá retirar objetos de uma quadra. E na “Competição para o Ensino Médio Seguidor de Linha – Plataforma Livre”, a tarefa é mais complexa: os robôs deverão percorrer um trecho guiado por seus sensores e uma linha guia, realizando tarefas.

Lixo tecnológico ou matéria-primaDe Santa Maria, do Centro Marista de Inclusão Digital, vieram alguns exemplos de como o nosso lixo tecnológi-co pode servir como matéria-prima para vários outros produtos. A pedagoga Tatiane da Cruz Alves trouxe uma turma de alunos que já descobriram que tudo pode ser reaproveitado. De máquinas caça-níqueis, novos computadores são produzidos e até um “guitar hero”. E de peças que sobraram destas invenções, uma nova forma de arte. É a metarte, orientada pela educador Luciano da Silva.

Wellerson dos Santos, 17, Leonardo Jardim da Costa, 14, Gabriel Severo, 15, Tatiane da Cruz Alves e Luciano da Silva

ExpedienteEdição Extra do Jornal O PolvoEdição e diagramação: Alexandra KorndorferReportagem: Gisele Santos e Elen GuimarãesFotografia: Homero Schuch