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A N I V E R S Á R I O . . º º 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Vol. XXI • N° 372 • Montreal, 8 de junho de 2017 Cont. na pág 4 Na Place des Arts: António e Cleópatra... Para Montreal ver • Leia artigo de Humberta Araújo, pág 8 Futebol: Final Impacto x Toronto FC • Leia texto de Norberto Aguiar, pág. 14 POLIMENTO DE SOALHOS Instalação de pisos de madeira MIRANDA Telefone: 514-272-0519 La vie est plus radieuse sous le soleil Manuel Resendes 514-895-1649 [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective †Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie La Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life. © Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017. Seguro de Vida Seguro de Hipoteca Invalidez e Doenças Criticas Investimentos REER CELI Seguro de saúde Fundo mutualista Editorial Simples de espírito Por Carlos DE JESUS A maior parte das conjeturas so- bre as motivações do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para le- var adiante a sua política de isolacionismo e protecionismo, em nome, alegadamen- te, dos interesses supremos do país, pare- cem estar erradas. Segundo o jornal alemão, Der Spie- gel, todos os outros dirigentes do G-7, na última reunião, tentaram, em privado, um a um, fazer-lhe ver as vantagens eco- nómicas, políticas climáticas que os Esta- dos Unidos iriam tirar do acordo de Paris sobre o clima. Em vão. Donald Trump, manteve-se cético até ao fim. Dir-se-ia que nem um comité das maiores sumidades mundiais o poderia convencer. De volta ao país, foi a primeira coisa que fez, assinar um decreto em que retirava os Estados Unidos do Acordo de Paris. Claro que para muita gente bem-pen- sante, a motivação desta medida está no facto de que Donald Trump está enfeuda- do à indústria do petróleo e do carvão. Não esqueçamos que o seu Secretário de Estado – ministro dos Negócios Estran- geiros – é nenhum outro que Rex Tiller- son, que foi, durante dez anos e até Trump o ter chamado, o grande patrão da maior empresa petrolífera no mundo, a Exxon Mobil Corporation. Toda a classe científica estadunidense está contra esta política. Mesmo muitas empresas das mais capitalizadas na bolsa estão contra.

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ANIVERSÁRIO

..ºº

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Vol. XXI • N° 372 • Montreal, 8 de junho de 2017

Cont. na pág 4

Na Place des Arts:António e Cleópatra...Para Montreal ver• Leia artigo de Humberta Araújo, pág 8

Futebol:Final Impacto x Toronto FC• Leia texto de Norberto Aguiar, pág. 14

POLIMENTODE SOALHOS

Instalaçãode pisos de madeiraMIRANDATelefone: 514-272-0519

La vie est plus radieuse sous le soleil

Manuel Resendes [email protected] www.sunlife.ca/manuel.resendes

Conseiller en sécurité financière, Distribution Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de services financiers Représentant en épargne collective, Placements Financière Sun Life (Canada) inc.†, cabinet de courtage en épargne collective†Filiales de la Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vieLa Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie est membre du groupe Financière Sun Life.© Sun Life du Canada, compagnie d’assurance-vie 2017.

Seguro de Vida • Seguro de Hipoteca

Invalidez e Doenças Criticas

Investimentos • REER • CELI

Seguro de saúde • Fundo mutualista

Editorial

Simples de espírito• Por Carlos DE JESUS

A maior parte das conjeturas so-bre as motivações do atual presidente dosEstados Unidos, Donald Trump, para le-var adiante a sua política de isolacionismoe protecionismo, em nome, alegadamen-te, dos interesses supremos do país, pare-cem estar erradas.

Segundo o jornal alemão, Der Spie-gel, todos os outros dirigentes do G-7,na última reunião, tentaram, em privado,um a um, fazer-lhe ver as vantagens eco-nómicas, políticas climáticas que os Esta-dos Unidos iriam tirar do acordo de Parissobre o clima. Em vão.

Donald Trump, manteve-se cético atéao fim. Dir-se-ia que nem um comité dasmaiores sumidades mundiais o poderiaconvencer. De volta ao país, foi a primeiracoisa que fez, assinar um decreto em queretirava os Estados Unidos do Acordode Paris.

Claro que para muita gente bem-pen-sante, a motivação desta medida está nofacto de que Donald Trump está enfeuda-do à indústria do petróleo e do carvão.Não esqueçamos que o seu Secretário deEstado – ministro dos Negócios Estran-geiros – é nenhum outro que Rex Tiller-son, que foi, durante dez anos e até Trumpo ter chamado, o grande patrão da maiorempresa petrolífera no mundo, a ExxonMobil Corporation.

Toda a classe científica estadunidenseestá contra esta política. Mesmo muitasempresas das mais capitalizadas na bolsaestão contra.

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Página 28 de junho de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

12, rue Rachel Ouest (coin St-Laurent) Montréal, Québec, H2W 1G1514.507.9996

A partir de domingo, dia 21 de maio

Aberto ao domingo, das 11h00 às 15h00

Ementa estilo “brunch”

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A atmosfera que favorece o apetite!

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Página 38 de junho de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Fazer história da... História

De surpresa em surpresa

Foi com uma autorização de 15 dias que deixei o gabinetedo agente de imigração. E fiquei todo feliz porque tinha a possibi-lidade de poder abraçar meus pais e irmãos. É que muitos rapazescomo eu chegaram ao aeroporto e nem dele sairam se não paratomar outro avião de volta. Devem ter sido momentos terríveis,de muita angústia e desânimo, sabendo-se que muitos chegarama investir tudo o que tinham para cá ficarem... Mas, bom, a vidanão protege todos da mesma maneira.

Quando saí da aerogare, de casaco no braço – o tal de quenão gostava e que tinha sido enviado para os Açores – a primeirasurpresa: estava um frio de rachar e neve por todo o lado! Como carinho habitual, senão reforçado por anos de ausência, a mi-nha querida mãe, altiva e decidida como era, manda-me vestir ocasaco porque «Está muito frio e podes constipar», borrifando-se para o facto de eu gostar ou não daquela peça de roupa.

Contrariado, mas rendendo-me à evidência, lá vesti pelaprimeira vez o casaco. Embora fosse de carro até a casa dos me-us pais, na rua Saint-Dominique, não muito longe da rua Duluth,a verdade era que eu precisava de me agasalhar...

No trajecto para casa, a segunda surpresa são os casariosescuros, feios para mim se comparados com a claridade das ca-sas açorianas. As escadas enroladas nas fachadas das mesmascasas e as estradas larguíssimas, de várias faixas. Eu que só co-nhecia a beleza da Avenida Dom Afonso Henriques em PontaDelgada, então única cidade da ilha de São Miguel e que tinhatrês ou quatro faixas de rodagem... Dos enormes edifícios nãofalo porque naquele dia de chegada não deu para me aperceberdeles. A viagem para casa ainda me pareceu demorada, por longa,o que não é para admirar para quem três ou quatro quilómetrosna ilha era distância enorme.

Naquele dia 2 de março de 1975, na rua Saint-Dominique,em casa de Carlos Correia Aguiar e Noémia Marques há festa ri-ja! Muita gente, alguns são parentes, por parte de minha mãe, aFamília Rebelo, primos que eu nunca tinha conhecido, e que aju-daram na vinda de meu pai anos antes. Sobre a mesa, muitasiguarias, pois havia que brindar a chegada do filho tão desejado.

A dado momento acho-me cansado, com vontade de dor-mir. Nem sequer penso que 22 horas de Montreal já significam3 horas da madrugada na ilha... Enquanto a festa continua, euesgueiro-me para cima de um sofá. Penso em descansar. Os pre-sentes continuem a festejar, comendo e bebendo. Minha mãeprocura atender a todos – como sempre fez na ilha, como contareinoutra ocasião. Meus irmãos Luís e Mariana entretêm-se comos seus amigos adolescentes, falando da escola e outras coisasda idade deles. Por momentos, reflito que talvez aquele já nãoseja o meu mundo. Estou junto da família, é certo, mas ao mesmotempo começo a pensar no quem deixei atrás, a começar pelanoiva e amigos...

Vendo o meu distanciamento perante a festa em família,minha mãe percebe que no meu intímo há algum problema queme aflige. Digo que não, que estou cansado da viagem; que já étarde para mim. Mas ela, que sempre foi muito perspicaz, diz-me para me alegrar, que é normal eu estar triste, pois chegastesagora; não conheces estas pessoas. Quando as conheceres vaisgostar e a adaptação vai se normalizar.

Pouco tempo depois as pessoas começaram a sair. E emboraestivesse muito cansado e com sono, fiz um esforço grande para es-tar de pé. Queria falar com os meus pais e irmãos a sós, saber o queeles tinham para me dizer, para me perguntar e eu tinha intenção defazer o mesmo. Mas as coisas não se passaram assim.

– Meu rico filho vai te deitar que estás muito cansado. Ama-nhã falamos.

Se por um lado era verdade que estava muito cansado e comvontade de ir dormir, não é menos verdade que queria falar com elesnaquela hora de maneira a tirar outros pensamentos da cabeça.

Não tive outro remédio senão me ir deitar depois de minhamãe me indicar o quarto respetivo. «Sim, sim, amanhã temosmuito tempo para as novidades», concluiu ela.

Norberto AguiarL P

Carta de um LeitorSr. Carlos de Jesus

Resolvi escrever-lhe porque no seuEDITORIAL de 27 de abril há duas afirmaçõescom as quais discordo em absoluto.

«Estamos a viver um dos períodos maislongos da história da humanidade sem guerra»,escreveu o senhor. De facto, a humanidadenunca esteve em paz plena e verdadeira desdeque o mundo é mundo. Simplesmente a guerrahoje é diferente. Não envolve milhares de sol-dados, com aquelas máquinas que conhecemosdos livros, não se luta corpo a corpo em trin-cheiras, menos vistosa senão invisível, nãotraz doenças através dos gases químicos orautilizados, porque a medicina está lá para oscontrolar, nem se luta pelo controlo do territó-rio (por enquanto). A guerra hoje é cirúrgica,visa pontos estratégicos preestabelecidos e umúnico terrorista (há quem prefira lobo solitá-rio) é capaz de por um País inteiro a dançar enão há exército que o consiga controlar. Aguerra física combate-se, a ideológica ninguéma vence. E, se chamarmos guerra mundial àquelaque envolve vários (muitos) países, atualmentetemos mais países em guerra que em qualquerdos dois conflitos mundiais.

Chama de «escaramuças insignificantes»os acontecimentos terroristas (peço desculpase o termo «terrorista» é muito pesado para si)da última meia dúzia de anos. Recapitule Sr.Carlos de Jesus e foque-se apenas nos aconteci-mentos das últimas semanas, seja nas Filipinas,em Cabul ou em Londres, e fique atento paraos próximos acontecimentos. Porque enquan-to os líderes mundiais, tal como o senhor,não se convencerem que estamos perante umaguerra declarada num só sentido, nada irá mu-dar. Será que para si guerra é apenas quando hámilhões de mortos e doenças incuráveis? Poisdesejo sinceramente que nunca uma dessas«escaramuças» lhe venha bater à porta, para eunão ter que dizer que é só boato. Não o farámudar de ideologia, mas mudará de discurso,tenho a certeza.

Melhores cumprimentos,Manuel Martinho – Montreal

PS – Se o jornal LusoPresse tiver por hábito dar voz aos seus leitores,tem a minha permissão para publicar.

Resposta de Carlos de JesusSenhor Manuel Martinho

Obrigado pelo seu comentário que agradeço e aprecio.Quanto à ideia que me faço da guerra, só posso dizer-lhe que não

falo de cor. Fiz a guerra colonial durante dois anos e meio, no princípioda guerrilha de Angola. Perdi muitos amigos. Mortos e feridos.

Nasci no princípio da Segunda Guerra Mundial e tenho lido imensosobre os conflitos mundiais. Posso dizer-lhe que sou uma testemunhaocular do século passado. Lembro-me da Guerra da Coreia e da Guerrado Vietname, país que visitei há meia dúzia de anos e onde as cicatrizesdo confito estão presentes de norte a sul.

A razão pela qual eu disse que as guerras atuais são «escaramuçasinsignificantes» foi comparando-as com o número de vítimas de outrasguerras do passado.

Sem ser exaustivo, deixo-lhe aqui alguns números dos conflitoscom mais de 10 milhões de mortes, que pode confirmar numa rápidapesquisa.

Segunda Guerra Mundial: 60 a 85 milhõesConquistas e invasões mongóis: 40 a 70 milhõesGuerra dos Três Reinos (China): 36 a 40 milhõesSegunda Guerra Sino-Japonesa: 25 milhõesConquista da dinastia Ming (China): 24 milhõesRebelião de Taiping: 20 a 100 milhõesPrimeira Guerra Mundial: 20 milhõesRebelião de An Lushuan: 13 a 36 milhõesConquista da América: 8 a 130 milhõesRevolta Dungan: 8 a 20 milhõesConquista do Tamerlão: 8 a 20 milhõesNúmero de guerras com mais de 1 milhão de mortes: 19

Por outro lado, embora não tenha encontrado estatísticas segurassobre o número de mortes devido ao terrorismo, encontrei um quadrocompilado pelo jornal britânico Daily Mail, onde vem indicado o nú-mero de mortes desde o ano 2000.

O maior número de mortes foi o ano passado com cerca de 30 mildevido à guerra na Síria. Até àquela altura o número de vítimas anuaisandava abaixo dos 10 mil.

Como vê, não se podem comparar o número de vítimas de hojecom o número de vítimas das guerras do passado.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3322308/Number-people-killed-terrorists-worldwide-soars-80-just-year.html L P

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Página 48 de junho de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Humberta Araújo• Luciana Graça• Osvaldo Cabral• Lélia Pereira Nunes

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00; domingo: 17h00(Ver informações: páginas 5 e 13)

EDITORIAL...Cont. da pág 1

Esta atitude, que para muitos é irracional e baseadaem informações incompletas ou positivamente erra-das, como a da reforma do seguro de doença, da exclu-são dos países muçulmanos de terem entrada nos Es-tados Unidos, são uma prova que Donald Trump andaao mandado dos lóbis do dinheiro.

Estas conclusões, aparentemente evidentes, estão,se analisarmos bem o personagem, erradas.

Senão vejamos.Donald Trump nasceu numa família rica, como

um bebé mimado com um ego incomensurável. Sem-pre teve tudo o que quis. Especializou-se na compra evenda de propriedades. Sempre usou de mentiras e ar-timanhas para tirar o máximo proveito das transações.Foi muitas vezes levado a tribunal por vigarices e con-denado. Fez muitas vezes bancarrota. Muitas das suasempresas foram à falência.

Um repórter do New York Times, Timothy L.O’Brien, publicou um livro sobre o império de DonaldTrump, “Trump Nation”, no qual escrevia que ele nãoera bilionário e a sua fortuna estava muito aquém da-quilo que ele clamava aos quatro ventos. Segundo oautor, a fortuna de Trump, na altura, devia situar-seentre 150 e 250 milhões, depois de ter calculado o va-lor das propriedades em nome dele. O visado, sentin-do-se ofuscado pela denúncia, intenta uma ação emjustiça, de 5 mil milhões de dólares, por difamação,contra o autor do livro. Um tribunal do New Jersey,em 2009, descartou o processo porque Donald Trumpnão foi capaz de demonstrar ao juiz que os cálculosdo jornalista estavam errados.

Apesar do crash da bolha imobiliária ele continuaa investir, mas desta vez com empréstimos de bancosestrangeiros controlados pelo governo russo. Tudoindica que os novos dinheiros começaram a vir dosoligarcas russos desejosos de porem as suas fortunasa salvo, na América. Os seus próprios filhos confessa-ram publicamente este facto.

Mas, nem mesmo a nova fortuna de DonaldTrump, nem as suas relações com os magnates da fi-nança americana, justificam as suas tomadas de posi-ção em matéria de política interna e externa.

Trump carbura na vaidade e no dinheiro. Mas nãosó. Exemplos e mais exemplos têm vindo a público dasua desconsideração pelos negros. Para ele sempre lhefoi insuportável a ideia de ter um presidente de origemafricana. Gastou milhões a difamar Barack Obama, acu-sando-o de ser um muçulmano nascido no Quénia. Don-de a campanha dos “birthers” que nunca acreditaram nocertificado de nascimento em que constava que o presi-dente tinha nascido em Honolulu, no Havai.

Mas para além da vaidade, do dinheiro e do racis-mo, há também uma outra faceta de Donald Trumpque não devemos descurar. Numa entrevista de 2016,dada pelo multibilionário e fundador do grupo Virgin,Sir Richard Branson, esse traço de personalidade estábem descrito neste excerto duma conversa que tiveramambos – “Ele disse-me que, depois da última falência,tinha pedido a cinco pessoas para o ajudarem e todasse negaram. Foi aí que me disse iria gastar o resto davida para arruinar a vida daqueles cinco”.

No ano passado durante o jantar da imprensa emWashington, Barack Obama aproveitou para ridicula-rizar Donald Trump por causa da história do certifica-do de nascimento que este tinha posto em causa. Evi-dentemente que um homem que adora odiar, não ia fi-car de braços cruzados. Quando se apanhou mais fol-gado com o apoio dos russos, o seu maior desejo foivir a ser presidente para se vingar de Obama e desfazertudo quanto o seu antecessor tinha feito. Se fizermosa lista de todas as decisões que tem tomado, todas vãonesse sentido. Afinal, as coisas são mais simples doque parecem. E, Donald Trump, no fim é um homemsimples… de espírito. L P

L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

AFETOS PRESIDENCIAIS E POUCO MAIS• Por Osvaldo CABRAL

A visitado “Presidente dosAfetos” foi issomesmo: uma visitade afetos.

Nisto, Marce-lo é um especialistaassumido e todosconcordamos queeste “universo deafetos” trouxe “uma viragem política funda-mental”, como ele próprio reconhece, numpaís que estava perdido em termos psicoló-gicos.

Marcelo também tem razão quando dizque hoje é impossível fazer política na baseapenas da cabeça; também é preciso coração.

Esta é a principal mensagem que se po-derá retirar do balanço da visita do Chefe deEstado.

Marcelo trouxe muitos afetos, fez a ób-via exaltação das Autonomias Regionais,mas fugiu a sete pés dos problemas que pos-sam constituir contencioso com o Estado.

Alegando ser “um pacificador”, recusouintrometer-se em matérias que pertencem aoutros órgãos de soberania, mas não se es-quivou a dar conselhos e a comentar assun-tos de mera natureza interna, como o im-pacto ambiental do crescimento do turismoou uma maior atenção às áreas sociais.

Sendo estas matérias da exclusiva res-ponsabilidade das autoridades açorianas, nãose percebe então o critério do PR, que fazaconselhamentos sobre elas, mas naquelasque pertencem ao Estado, empurra-as paraos outros.

Teria sido uma visita muito mais subs-tancial, do ponto de vista das expectativasrelativas às questões do Estado, se Marcelotivesse, também, ousado aconselhar os ór-gãos regionais em matérias como a gestãopartilhada do mar, a questão da Base das La-jes ou a falta de recursos nos serviços doEstado nesta Região.

O PR passou ao lado de todos estesproblemas, preferindo não levantar ondas esublinhar o seu registo habitual de “pacifica-dor” e nunca “provocador”.

Certamente que ninguém estaria à esperaque Marcelo revelasse qual a sua opinião so-bre a extinção ou não do cargo de Represen-tante da República.

Não é a sua missão, não é assunto queesteja na agenda nacional e fez bem em nãocair na tentação de professor de DireitoConstitucional.

O elogio que fez ao desempenho dePedro Catarino foi de circunstância, mas aosublinhar a “missão ingrata” do Represen-tante da República, já deixa antever que ocargo não é lá grande coisa no conceito queos políticos têm de gratidão na representa-ção do Estado.

Até o próprio Pedro Catarino está mais“suave” na avaliação da figura que representa,dizendo que se trata de uma competência daAssembleia da República e que “é perfeita-mente legítimo que haja um debate sobre a

questão, sobre a reforma institucional”.É que há cerca de dois anos, Pedro Ca-

tarino desenvolveu uma tese muito pessoalsobre esta matéria, mostrando-se “firme-mente convicto de que a existência desta fi-gura constitucional representa uma soluçãomais descentralizadora e autonomista do quea sua própria extinção, uma vez que esta acar-retaria inevitavelmente – no quadro de umEstado de Direito democrático – a transfe-rência para Lisboa dos respetivos poderes,mormente de controlo da constitucionali-dade e da legalidade da normação regional.Em vez de exercidas localmente, numa rela-ção de proximidade com a realidade insular,passariam a ser exercidas à distância, nos ga-binetes dos órgãos de soberania, tendo co-mo único respaldo os critérios jurídicos for-necidos pelas respetivas assessorias”.

É muito provável que os “afetos” pres-denciais tenham ajudado o Representanteda República a suavizar o discurso em defesado seu próprio cargo...

À parte estes episódios, a visita de Mar-celo teve, também, o condão de Vasco Cor-deiro mostrar quais são os limites da partici-pação cívica na vida regional: toda a partici-pação é bem-vinda, mas... são os eleitos quetêm a primazia, porque foram exatamenteeleitos para isso.

O remoque aos parceiros sociais e aDuarte Freitas, que pediu mais “sociedade”e menos “política”, poderá ter passado des-percebido no meio do cerimonial da Horta,mas está lá escrito: “(...) por muito legítimosque sejam os interesses setoriais e as suas di-versas formas de representação, eles não dei-xam de ser isso mesmo, setoriais, e o méritoda sua intervenção não pode derivar, auto-maticamente, do simples facto de serem ex-ternos à política ou, melhor dito, externoaos partidos”; (...) a resposta não está emtermos menos Política, mas em termos, noverdadeiro sentido do termo, mais Política,mais aperfeiçoada, com maior capacidade deresposta, com cada vez maior transparênciae menos sujeita ou dependente de fatoresestranhos e, porventura, adversos da linearrelação que se deve estabelecer entre represen-tantes e representados”.

De resto, há um ponto que é inegável:Marcelo vai, certamente, muito mais infor-mado e conhecedor sobre como vamos vi-vendo nestas ilhas.

Terá informação suficiente para digeriraté outubro, altura em que, na visita a S. Mi-guel e Santa Maria, esperemos que traga algode mais substancial e concreto em matériade intervenção do Estado nesta Região.

Só “afetos” não é o suficiente.

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Feliz Natala todos!

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NO DIA DOS AÇORES (2.ª FEIRA), EM LAVAL

MEGHAN BENFEITO RECEBEU MEDALHA DO QUEBEQUE• Por Norberto AGUIAR

Meaghan Benfeito, a jovem lusoca-nadiana que é estrela do desporto neste país,recebeu segunda-feira passada, por sinal Diados Açores, a Medalha da Assembleia Nacionaldo Quebeque das mãos do deputado liberal dacircunscrição de Vimont-Auteuil, Jean Rous-selle. A cerimónia teve lugar na cidade de Laval,onde Meaghan vive com os pais, Arthur Benfei-to e Margarida Correia, e as suas duas jovensirmãs, Alícia e Chelsea. Juntamente com Mea-ghan Benfeito foram galardoadas outras 10pessoas, todas elas com carreiras e pergami-nhos de muito valor, como foi focalizado pelasduas apresentadoras, Julie Landreville e AnabelaMonteiro, ambas assessoras políticas de JeanRousselle.

Apresentada como um modelo para a ju-ventude do Quebeque – e do Canadá muitoclaramente – Meaghan Benfeito recebeu tãomeritório reconhecimento com um largo sor-riso, quase pedindo desculpa por ali estar e porser quem é – uma atleta de cariz mundial, mercêdos seus feitos desportivos.

Com efeito, Meaghan Benfeito, de 28 a-nos, é uma atleta titulada em campeonatos doCanadá, nos Jogos Pan-americanos e da Com-monwealth, em provas e campeonatos mundi-ais, quer como pranchista individual, quer co-mo pranchista em equipa (duo). No top de tu-do, Meaghan Benfeito é ainda medalhada olím-pica por três vezes, uma como individual e du-as em duo, fazendo equipa com a sua compa-nheira de sempre, Rosaline Fillion.

Foi em Pequim que Meaghan Benfeitofez o seu batismo olímpico, isto já depois de

ter disputado provas em praticamente o mun-do inteiro, da Austrália ao México, da Hungriaaos Estados Unidos, do Japão à Coreia, Itália,Grã-Bretanha e por aí adiante. Ali, os Jogosserviram como rampa de lançamento para oque havia de vir... No entretempo, MeaghanBenfeito e Rosaline Fillion foram conquistan-do medalhas atrás de medalhas, com o senãode terem como princiapis adversárias as atletaschinesas, grandes competidoras e por isso comalguma vantagem em relação ao duo canadiano.

E vieram os Jogos de Londres. Já entãomais maduro, o duo Meaghan/Fillion acaboupor realizar o sonho de ganhar uma medalha.Foi a de bronze como podia ter sido a de prata,pois que a de ouro era (foi) impossível. Outravez por causa das chinesas...

Veio mais um ciclo de quatro anos e asprovas internacionais continuaram a ter o duocanadiano a disputar sempre os primeiros lu-gares. Muitas vitórias, algumas derrotas, sobre-tudo quando o duo chinês mais famoso entravana competição. Mas a tenacidade e espírito devencer das duas jovens canadianas nunca asdeixou esmorecer na certeza de que o caminhoera sempre em frente.

Com 2016 veio também o terceiro ciclo deJogos a disputar pela nossa lusodescendente esua respetiva companheira. Para Roseline Fillionera o tudo por tudo; para Meaghan era apenasmais uns Jogos Olímpicos, por sinal a disputarnum país que aficionava, acreditamos que por ra-zões de ordem cultural, digamos assim.

Para a atleta lusodescendente, os JogosOlímpicos do Brasil correram de feição. Nãosó porque Meaghan Benfeito e Roseline Fillionrepetiram a Medalha de Bronze conquistadaem Londres, como porque a nossa jovemcompatriota, pela primeira vez competindo anível individual a partir da mesma prancha, ade 10 metros, acabou por arrebatar outra Meda-lha de Bronze! Uma grande vitória para a jovemmontrealense de origem portuguesa.

Foi tão grande o êxito no Brasil que Mea-ghan Benfeito, ao invés da sua companheirade duo (Roseline Fillion) decidiu prosseguir asua carreira por mais quatro anos, o que repre-senta mais um ciclo olímpico.

Mas para que isso fosse possível – estáem marcha o processo – os responsáveis daFederação de Natação, os seus treinadores e aprópria Meaghan tiveram que encontrar a cole-ga ideal para este projeto que levará, pela quartavez consecutiva, a nossa compatriota a parti-cipar noutros Jogos Olímpicos – os de Tóquioem 2020!

«Sim... Já tenho par. Ela chama-se CaeliMackays, tem 17 anos e é natural de Calgary,

em Alberta». E os treinos, como é que vão ser, sendoela do outro extremo do Canadá, pergunto de novo.«Não há problema. Tudo foi arranjado. A Caeli já es-tá a viver em Montreal», atalha-nos.

Porque o centro principal de treinamento dossaltos para a água é em Montreal, soubemos de segui-da, então a nova parceira de duo da Meaghan, que de-ve ter sido escolhida a dedo, pois o Canadá não querperder a força do seu melhor par na prancha de 10metros, teve de se deslocar para Montreal... Uma gran-de volta na vida de uma jovem de apenas 17 anos...Mas é assim quando se quer fazer desporto de altacompetição.

A Medalha do Quebeque que a Meaghan Benfeitorecebeu na segunda-feira passada é fruto dos muitosêxitos desportivos que ela conquistou nos mais diver-sos palcos internacionais. Mas é também resultadoda sua bela personalidade. Meaghan Benfeito é forte,determinada, perseverante, generosa, um modelo, co-mo foi descrita pelas apresentadoras da cerimónia.Além disso, Meaghan Benfeito é também uma moti-vadora junto dos mais jovens, principalmente daque-les que procuram os seus conselhos de maneira a po-derem realizar os seus sonhos desportivos.

E tudo começou quando Meaghan tinha seteanos. Primeiro experimentou a natação pura. Nãogostou e deixou-se levar pela admiração que nutriapela prancista canadiana Émilie Heymans. Depois,treinando no duro, foi subindo cada degrau até chegara atleta olímpica. Neste patamar já arrecadou três meda-lhas. Participou em três Jogos Olímpicos, sonho dequalquer atleta. E prepara-se para os seus quartos Jo-gos, coisa que poucos atletas conseguem. Em Tóquio,em 2020, Meaghan Benfeito estará acompanhada poruma jovem 10 anos mais nova. E para que luta? Parafazer(em) o seu melhor, se possível bater-se por outramedalha olímpica.

Nota de rodapé:Meaghan Benfeito, além da Medalha do

Quebeque, já foi agraciada pela Câmara Mu-nicipalde Ribeira Grande, terra dos seus avós paternos, epelo Governo dos Açores com a Insígnia deReconhecimento.

Em janeiro passado, o nosso jornal discer-nou-lhe o Prémio de Personalidade do Ano 2016.

E temos promessa de que as homenagens não seficarão por aqui. Mas a ver vamos... L P

Meaghan Benfeito, feliz, na companhia dos pa-is, irmãs, e do deputado Jean Rousselle. FotoLusoPresse.

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“António e Cleópatra”

Teatro feito em Portugal para Montreal ver• Por Humberta ARAÚJO

Sala cheia para um traba-lho de artistas portugueses paraquem o teatro continua a ser umlugar para reinventar e celebrar ashistórias. De Plutarco a Shakes-peare, passando pelo cinema, a re-lação do famoso casal “António eCleópatra” não se perdeu notempo.

O mito e o real confundem-se nos tempos, mas a paixão entreo general romano e a rainha egíp-cia continua a fazer parte do ima-ginário global. Esta encenação deTiago Rodrigues do Teatro D. Ma-ria II, agora na Place des Arts, ésem dúvida um ato de coragem,humildade e sobretudo de aventuraao reinventar “António e Cleópa-tra”, um amor que marcou a his-tória de dois grandes impérios.

Já não estamos no ano 41 AC,ano em que uma fatia do impérioRomano é dado a um general repu-blicano, fatia esta que inclui o Egi-to, sob o comando de uma jovemrainha, que para salvaguardar aindependência do seu povo vai aoencontro do general. Entre elesnasce uma relação de 10 anos.

E entre a realidade e a ficção fica o caminhopara a reinterpretação de uma história que des-tila uma intimidade única, marcada pela infan-

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PRECISA-SEDama de companhia

portuguesaPrecisa-se de dama de companhia, portu-

guesa, que saiba cozinhar e que tenha experiên-cia e vocação para lidar com idosos. As funçõesincluem preparar as refeições e fazer companhiaa uma senhora que mora na Ville Mont-Royal. Ohorário será de três horas por dia, entre 4 ou 5dias por semana, a acordar mutuamente, bemcomo as condições salariais que serão discutidasna entrevista. Como se trata de um cuidado querequer muita sensibilidade, todas as interessadasdeverão apresentar referências.

Favor de contactar Paula de Vasconcelos:514-527-6400.

L P

tilidade de dois amantes, pela crueldade dos tempos em que vivem e pe-las realidades político-estratégicas da época. Vivem um presente comdestino marcado.

Esta participação do Teatro Nacional D. Maria II no Festival Trans-Amériques, em Montreal, decorre na Place des Arts – Cinquième Sallenos dias 28 e 29 de maio. “António e Cleópatra” é uma peça encenadae escrita por Tiago Rodrigues, com os atores Sofia Dias e Vítor Roriz.

Diretor artístico do Dona Maria II, Tiago Rodrigues para além deator é autor, diretor e um produtor já com uma carreira bem definida.

Com “António e Cleópatra” o mito toma de novo outra forma, moder-nizando-se sem contudo deixar de ser fiel à possibilidade de uma huma-nidade tocante entre dois amantes. É através dos gestos, da comple-mentaridade de dois seres que se completam e se distinguem, que “An-tónio e Cleópatra” oferece momentos de grande profundidade emo-cional e psicológica.

Em Montreal esta é uma oportunidade para se dar a conhecer aopúblico desta cidade um pouco do teatro que se faz em Portugal. Estapresença portuguesa no Festival TransAmériques conta com o apoio

do Camões – Instituto da Cooperação e daLíngua.

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Português ao raio X• Por Luciana GRAÇA

(Leitora de português do Camões- Instituto da Cooperação e da Língua,na Universidade de Toronto).

Rubrica produzida em colaboraçãocom a Coordenação do Ensino Portuguêsno Canadá/Camões, I.P.

Caso: «factos reais» ou «factos»?• «A Impostora» – Inspirada em

FACTOS REAIS, aborda temas perti-nentes da sociedade […]. (Portal Na-cional, 2016-09-12)

• Baseado em FACTOS, e não emopiniões […]. (BTime, 2016-08-31)

Comentário:• «factos» (e não «factos reais»):

um facto designa já «o que existe», «aquiloque é real».

Em síntese:• factos reais X• factos V

AIII! MEU SENHOR SANTO CRISTO!

NADA NA VIDA É POR ACASO...• Por Lélia Pereira NUNES

Passados quase trinta anos de ir e viraos Açores (a completar em 2018) estudandoa cultura açoriana, a produção literária e artística,o exuberante patrimônio imaterial representa-do, sobretudo pelo Culto em Louvor ao Espíri-to Santo, numa constante intervenção semprea ligar os dois lados do Atlântico, maravilho-me diante dos testemunhos da imperecível fédos açorianos ao Senhor Santo Cristo dos Mi-lagres. Expressos pelos moradores da Ilha deSão Miguel, das outras ilhas açorianas ou che-gados das ilhas da diáspora, inclusive do Brasil.Surpreende-me os milhares de peregrinos quese deslocam para Ponta Delgada para rendergraças ao Senhor da esperança infinita, de seperderem naquele olhar de complacência, demisericórdia, de humanidade. Recordo as sá-bias palavras do saudoso escritor da Maia, Da-niel de Sá, em Senhor Santo Cristo – o olharhumano de Deus (DVD, 2007): “Felizes aque-les que acreditam sem ver. Mas os nossos olhosprecisam de imagens como esta que nos lembremalguém que tanto nos amou. E de multidõescujo exemplo de fé nos leve a confiar também.A dor acompanhada é menos triste, o amorpartilhado é mais forte”.

Sob o tema “Fazei tudo o que Ele vos dis-ser”, as Festas de 2017 vêm, mais uma vez,corroborar a mística da entrega total à fé nacerteza de que, ao fazer o que Ele quer, teremos

um mundo melhor, com mais amor, compre-ensão e tolerância às diferenças. A multidãoque acorre ao Santuário manifesta devoção eafeto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres – enesta dimensão da fé – depositam todas asaflições, os anseios, as perdas queridas, os de-sencontros e, também, as alegrias, as vitórias,os sonhos. “É uma fé que não se esgota norespeito pela imagem. Que nem sequer se esgotaem si mesma, porque é feita sobretudo tendo aesperança como pilar,” Uma vez mais voltoao pensamento de Daniel de Sá, pinçado doPeregrinos do Senhor Santo Cristo dos Mila-gres (2009), ao narrar a origem remota do culto,a sua expansão e popularidade, bem como adata da primeira Procissão em 11 de abril de1698, há 319 anos. Sua escrita espiritualizadadeixa assomar a força da fé na sua essência. Apropósito, o escritor Emanuel Jorge Botelhoem “Crônicas” (2008) puxa da memória da in-fância e juventude lembrando a porta centralda igreja do Senhor Santo Cristo dos Milagres,coberta de bilhetinhos e preces escritas emépoca da festa, numa bela imagem da fé popular“[...] A lápis ou estereográfica, a fé, uma fé demãos e de silêncio, fazia com que tudo se rogasseao Senhor Santo Cristo; a cura de um filho,a proteção para um marido ausente, uma boanota no exame que se aproximava. Às vezesa fé é assim. Às vezes até tem caligrafia.”

Ponta Delgada vive dias de festa. Um cli-ma de grande comoção foi abraçando a cidadeno desenrolar da intensa programação coroada

por momentos de fervor e respeito à centenáriatradição. Rituais simbólicos ansiosamenteaguardados, como a mudança da imagem desdea saída do Convento da Esperança, quando asirmãs da Congregação de Maria Imaculada en-tregam a “Vara” ao Provedor da Irmandadeconfiando-lhe a rica Imagem do Senhor SantoCristo dos Milagres.

A Procissão do Senhor Santo Cristo fazparte da História dos Açores, guardada na me-mória coletiva dos antepassados, transmitidasaos seus descendentes e contadas às novas ge-rações. É patrimônio cultural das Ilhas, com-ponente da identidade açoriana. A magníficaImagem coroada de espinhos, olhar triste atransbordar amor e bondade, ganha as ruas dePonta Delgada, no domingo à tarde, em gran-diosa Procissão que, passo a passo, percorreas artérias da cidade baixa. É arrebatador! Seuolhar pungente revela o sofrimento resignado,mas também redenção, salvação, alento. Guar-do na memória a imagem daquele povo alimen-tado pela força da fé, junto ao campo de SãoFrancisco, e a emoção sentida no meu cami-nhar na Procissão de 2005 e 2008. Fecho osolhos, revivo.

Enquanto escrevo nesta tarde chuvosa efriorenta de domingo, dia 21 de maio, tudo is-so está acontecendo na outra margem atlântica,de forma deslumbrante, num turbilhão de fes-tas, bandeiras, mastros, fogos-de-artifício, pro-messeiros e promessas, círios enormes, filar-mônicas, uma profusão de flores a se perdernum mar de fiéis agradecendo os milagres re-cebidos, dando voltas no campo de São Fran-cisco lindamente iluminado por 150 mil lâm-padas distribuídas com arte pelas mãos dedica-das do senhor Humberto Moniz. Fico a ima-ginar Ponta Delgada impregnada pelo climade comovida religiosidade, vestida da “festa”que envolve a cidade, seu povo, a Ilha, o arqui-pélago e ganha o mundo por caminhos daemigração “por mundo repartidos”, comobem retrata o emblemático quadro “Os Emi-grantes” de Domingos Rebelo, indelével sím-bolo identitário.

Na Festa deste ano, duas presenças ilustreschamam a minha especial atenção por sua reve-rência aos valores culturais entrelaçados e vi-venciados na celebração do Senhor Santo Cris-to dos Milagres. A participação do Presidenteda República de Portugal, Marcelo Rebelo deSousa, integrando a solene Procissão por 5horas até o seu final ao pé do Santuário da Es-perança, num sinal inequívoco de respeito àstradições do povo açoriano e a do Bispo deFall River, Dom Edgar Cunha, presidindo, pelaprimeira vez, às Festas do Senhor Santo Cristo.Gostei muitíssimo de saber que o senhor Bispoé brasileiro e baiano. Da Bahia, onde o Brasilcomeçou. Terra do ritmo gostoso do axé, daarte e de escritores que dão cor e sabor a nossaliteratura. Terra impregnada de religiosidade efé abençoada pelo Senhor do Bonfim.

Aiii! Meu Senhor Santo Cristo! Nada navida é por acaso... No momento em que oquerido Brasil e os milhões de brasileiros, moí-dos na sua dignidade, precisam tanto da Tuamisericórdia vejo, na palavra pastoral do bra-sileiro Dom Edgar, um sinal do Senhor da Es-perança. Sua mensagem pacificadora exorta aimportância da vivência da fé a ser alimentadae levada à frente como uma bandeira, no abriro coração e no inquestionável reconhecimentoda presença de Deus no entrelaçar de todas asculturas.

Não pode reinar a desesperança para nossagente que tão somente clama por justiça e pelodireito de viver a felicidade do hoje e sem medo

do amanhã. Há de ter uma bendita saída! Porquebem no fundo do túnel brilha a luz – esperançade vida – para onde todos se movem pela forçada fé.

Florianópolis, Ilha de SantaCatarina.

L P

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Página 118 de junho de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Convite para uma conferência de tema histórico

PIONEIROS VINDOS DE PORTUGAL

Dentro do quadro das atividades do seu 20º aniversário, o jornal LusoPresse e a LusaQ TV convidam-vos a vir escutar CARLOS TAVEIRA falar dos primeiros Portugueses chegados à Nova França a partir dos séculos XVII e XVIII. Epopeias pouco

comuns. A começar por Maria Angélica, uma escrava negra com um destino trágico, até João Rodrigues das Fontes, um corsário aristocrata de Viana do Castelo. Uma narração surpreendente e instrutiva!

Depois de longas pesquisas em vários arquivos, o apaixonado de História CARLOS TAVEIRA publicou várias obras de ficção sobre este assunto que interessa públicos de todas as origens.

Nascido em Angola e instalado deste lado do Atlântico desde 1985, o informático Carlos Taveira é autor de «Mateus da Costa e os trilhos de Megumagee» (Texto, Lisboa, 2006), «La traversée des mondes» (L’Interligne, Ottawa, 2011), «Mots et marées – Tomes 1 et 2» (L’Interligne, Ottawa, 2014 e 2015), «De la racine des orages» (L’Interligne, Ottawa, 2014), e ainda de outras obras de poesia.

Antes da conferência, que será bilingue, falar-se-á da história dos jornais comunitários relativamente ao LusoPresse.

Preço: o almoço está fixado em 30$ (bebidas não incluídas)Sítio: O Bitoque, 3706 Notre Dame Oeste, Montreal, tel. (514) 303-6402

(Excelente restaurante português perto do Mercado Atwater)

Para mais informações, Norberto Aguiar, LusoPresse, telemóvel (514) 835-7199.

ConferênciaLusofonia na Nova França

Uma organização do jornal LusoPresse

Domingo, dia 18 de junho, às 12h30 (Almoço)Restaurante Bitoque - Sala Porto

www

Éditeur etrédacteur en chef :

Directeur :

Maria Angélica Mateus da Costa

A N I V E R S Á R I OSESSÃO CULTURAL

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Página 128 de junho de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Club Portugal de Montreal4397, Boul. St-LaurentMontréal, Québec H2W 1Z8

(514) 844-1406

A Direcção do ClubePortugalde Montreal desejaa todos os seusassociados e amigos,assim comoa toda a comunidade,um Dia de Portugalmuito feliz!

É TEMPO DE FESTA DO DIVINO• Por Lélia Pereira NUNES

A partir deste domingo, dia de Pente-coste, é tempo de Festa do Divino.

Por todo estado de Santa Catarina, a cadaano, na Missa da Coroação assiste-se a renova-ção de um compromisso de fé. São os cami-nhos do Divino abertos por naus açorianasou baleeiras aladas no distante século XVIII.Trilhá-los é reacender junto ao espelho da me-mória parte de um caminho do passado, ima-gens de realidades de agora, ancoradas nos valo-

res culturais e na religiosidade telúrica que entresignos sagrados e profanos, emerge com a for-ça de resistência nascida da alma coletiva ou,intencionalmente, (re)inventada e que, mesmoassim, tem sua relevância na construção daidentidade.

Conhecer a história do culto e das festasem honra ao Espírito Santo é o mesmo queestudar a história de um povo com suas lutas,esperanças e conquistas ante as vicissitudes davida. É penetrar numa complexa rede de inter-relacionamentos, traduzidos na unidade, naidentidade do “ser açoriano” que ultrapassam

os limites do espaço arquipelágico e alcançamas terras de emigração, nas numerosas comuni-dades da diáspora, do Brasil, dos Estados Uni-dos da América e do Canadá.

Afinal, ELE é um migrante pelo mundorepartido.

A cada novo Ciclo do Divino pode-seobservar as muitas faces dos diferentes rituaisque se reproduzem sem, contudo, se afastaremda essência do louvor ao Espírito Santo, umadevoção herdada e transmitida de geração emgeração. O celebrar será sempre singular – sejalá nos Impérios da Ilha Terceira, “na bençãodas rosquilhas” da Ilha do Pico, “nos quartosdo Espírito Santo” de São Miguel, no Impériodo Monte na Ilha das Flores, “na partilha dopão da vitória,” na cantoria dos foliões de San-ta Bárbara, na Ilha de Santa Maria; seja nas no-venas cantadas pelos foliões do Ribeirão daIlha e Pântano do Sul, na elegante coroação deSão José, na vivência da tradição em Santo A-maro da Imperatriz, na Penha, na Jaguarunaou, ainda, lá em São Joaquim, na serra catari-nense.

As mais antigas referências sobre a cele-bração da festa, em Florianópolis, datam de1773, ano da instituição da sua Irmandade e de1776, a realização da primeira Festa do EspíritoSanto. Somente em 1806 aconteceu a primeiraCoroação, sendo coroado o açoriano CapitãoManoel Francisco da Costa.

Passaram 242 anos a Festa não arrefeceu.

Cresceu e se expandiu na região da GrandeFlorianópolis e para além de sessenta municí-pios de Santa Catarina, salvaguardando a suamemória cultural. As crenças e a devoção aoDivino persistem no beijo ao estandarte ver-melho e na pomba do Divino que encima seumastro, no corte de suas fitas guardadas comouma relíquia na esperança de alcançar a graçado Espírito Santo, nos pães de promessa e abênção de seus dons.

Na Festa do Divino Espírito Santo o seupulsar e o rosto de sua identidade está na digni-dade da celebração e no respeito as tradiçõesseculares preservadas ou revitalizadas... Aí resi-de a sua permanência futura ou a sua sobrevi-vência onde quer que se realize. Aqui em SantaCatarina, pelo Brasil, nos Açores e por muitoscaminhos da emigração açoriana – Califórnia,Costa Leste, Canadá, Bermudas, Hawaii; naMadeira e suas lindas “Saloias”, Cabo Verde,Angola, Tomar, Alenquer, onde tudo come-çou; na margem de cá pelos baixios do Mara-nhão, na histórica Alcântara, com suas “caixei-ras do Divino ou na humilde Indiaroba (antigaVila do Espírito Santo), na fronteira de Sergipecom Bahia e até na catarinense Garopaba comseu Divino do Morro da Encantada. Sim, étempo de Festa do Divino e, também, de cele-brar o Dia dos Açores na segunda-feira da pom-binha.

Às Festas todas, viva!L P

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CAMPEONATO DE FUTEBOL DO CANADÁ

FINAL IMPACTO X TORONTO FC• Por Norberto AGUIAR

O caricato Campeonato de Futeboldo Canadá, disputado por apenas cinco equipas,Edmonton FC, Fury de Otava, Whitecaps deVancouver, Toronto FC e Impacto de Mon-treal, e resolvido por meio de uma competiçãode eliminatória direta, está a chegar ao final,depois de disputadas as meias-finais, e umapré-eliminatória...

A competição canadiana, que a nosso verdeveria ser chamada de Taça do Canadá, contaapenas com as cinco equipas profissionais dopaís, mas devia contar com mais, pelo menoscom os campeões de cada província, se nãopor ainda mais clubes, em tempo e compe-tições a discutir.

Assim não acontece e acabamos por cha-mar de campeonato uma prova com cinco clu-bes, a fazer lembrar o campeonato de São Mi-guel do meu tempo de adolescente. Mas SãoMiguel tinha, e tem, pouco mais de 100 milhabitantes, enquanto o Canadá tem 36 mi-lhões e centenas e centenas de clubes...

Isto só é possível porque os (poucos)grandes clubes do país não estão interessadosem perder tempo com jogos aqui e ali, despre-zando ao mesmo tempo o desenvolvimentodo futebol no Canadá, mesmo se o seu progres-so é por demais evidente, sobretudo para quem,como eu, chegou a esta terra em 1975...

Enquanto isto, «lá vamos cantando e rin-

do», aceitando que tudo está bem no reinodos que pensam que tudo sabem...

A prova começou com o jogo entre o Furyde Otava e o Edmonton FC. No conjunto dasduas mãos, venceu a equipa da Terceira Divisãonorte-americana, o Fury de Otava. Em casa, oFury bateu o seu adversário por 1-0. Quinze di-as depois, agora em casa do Edmonton FC, es-perava-se que a formação do oeste canadianofosse capaz de recuperar da derrota pela margemmínima. Engano. O Edmonton FC voltou aperder, desta feita por 2-3, sendo assim elimina-do. O mais curioso é que o Fury, vencedor dosdois jogos, pertence à Terceira Divisão do fute-bol norte-americano, como já dissemos, ao pas-so que o Edmonton FC está um patamar acima,pois disputa a Segunda Divisão...

Nas meias-finais, o Toronto FC, por tersido o clube canadiano melhor classificado en-tre os três da MLS, pelos regulamentos, ficoucom a vantagem de defrontar a equipa maisfraca das outras três apuradas: Impacto, White-caps e Fury. Assim, os acasalamentos foramToronto FC x Fury de Otava e Impacto deMontreal x Whitecaps de Vancouver.

Na primeira volta das... meias-finais, oImpacto foi perder a Vancouver, por 2-1. Já oToronto FC, grande favorito, foi a Otava per-der surpreendentemente, por 1-2!

Na segunda-mão, em jogos do tudo ou nada,o Impacto venceu bem o Whitecaps por 4-2, en-quanto o Toronto FC goleava o Fury por 4-0.

Numa competição que dá direito ao vence-

dor representar o Canadá na Liga dos Campe-ões da CONCACAF, que por sua vez depoisenvia o seu campeão ao Campeonato do Mun-do de Clubes, não se percebe que as equipas alinhemcom jogadores de segunda linha, como fez o White-caps em Montreal... Queriam os vancovoenses eli-minar o conjunto de Montreal, para mais fora de ca-sa e com apenas uma vitória por apenas um golo,com o adversário a ter até a vantagem de ter marcadoum golo fora, apresentando somente um dos seushabituais titulares?

Deram boa réplica os jovens da ColômbiaBritânica. Mas foram incapazes de fazer o traba-lho que lhes era pedido: eliminar o Impacto,que de resto se apresentou na sua máxima força.

Agora, na final, prevê-se uma grande jo-gatana. Por um lado, Giovinco, Altidore, Bra-dley, e por outro, Piatti, Dzemaili, Ciman ecompanhia. Prever o resultado desta eliminató-ria, só mesmo com uma tripla...

A primeira-mão disputa-se, em Montreal,no dia 21 de junho. O segundo e decisivo jogoé no dia 28, também de junho, mas desta vezem Toronto. L P

CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE

IMPACTO VENCE PODER• Por Norberto AGUIAR

Mais uma jornada, a 12.ª para oImpacto, quando os dois líderes de zona, To-ronto FC (Este) e Sporting Kansas City (Oes-te) já vão na 15.ª, foi disputada, e de novo noEstádio Saputo. Aconteceu sábado passado,sendo o antagonista dos montrealenses a po-derosa equipa do Red Bull Nova Iorque.

Com o estádio praticamente cheio – falta-ram mil adeptos para isso... –, o Impacto tevede bater-se denodadamente para vencer a for-mação de Jesse March, que foi, como os nossosleitores devem estar lembrados, o primeirotécnico do conjunto quebequense quando esteingressou nesta cada vez mais espetacular Ma-jor League Soccer. Basta atentar no resultadoverificado, uma vitória por um golo apenas,isto apesar das oportunidades se terem equi-valido no decorrer dos 90 minutos.

Mas porque os guardiões, Evan Bush, pe-lo Impacto, e Louis Robles, pelo Red Bull, ti-vessem feitos defesas de encher o olho, a ver-dade é que o placar, no final, acusou um só go-lo, e este obra de dois jogadores de classe inter-nacional, como são Nacho Piatti, que foi quempreparou a jogada, e Blerim Dzemaili, o autordo golo. Aqui também se pode dizer que osavançados dos dois times também tiveram umaquota-parte de responsabilidades, por teremfalhado alguns lances de possível golo. Noentanto, sabe-se que em 90 minutos, raramente

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NDR: Com pedido de publicação, transcrevemos a seguinte carta do Professor Dr. Luísde Moura Sobral

Meu Caro Amigo,Obrigado uma vez mais pela atenção.

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E SOCCER

ROSO ADVERSÁRIO!se marcam todas as oportunidades que surgem,pelos motivos mais díspares e que não cabemaqui e agora neste texto.

Com esta vitória (1-0) sobre um candidatoao título, o Impacto prova que tem jogadorese equipa com categoria para ombrear com osmelhores, agora que se reforçou com mais umbelo jogador, o suíço Dzemaili, que de restoacaba de ser convocado para representar o seupaís na corrida ao Mundial da Rússia. Não seesqueça que a Suíça faz parte do grupo de Por-tugal, aparecenndo mesmo como líder nestepreciso momento.

Os próximos três jogos do Impacto serãofora de portas. Os adversários, nada fáceis, se-rão, sucessivamente, Sporting Kansas City (lí-der do Oeste), Orlando City e Columbus Crew,estas duas formações estão acima da linha quedá acesso à competição de fim de ano, com di-reito a disputar o título de campeão. Assimsendo, prevê-se três embates de fazer faísca ede onde o Impacto não pode vir de mãos aabanar, isto sob pena de recuar na tabela classi-ficativa, deixando assim os seus adversáriosfugirem tabela acima...

Mas se o Impacto conseguir, pelo menos,uma vitória e um empate nesta difícil viagemde três semanas, então a formação de MauroBiello pode começar a pensar que sim, as eli-minatórias de fim de temporada são possíveis.

Resultados completos:• Revolution da Nova Inglaterra x TorontoFC, 3-0

• Sporting Kansas City x Minnesota United,3-0• Whitecaps de Vancouver x Atlanta United,3-1• DC United x La Galaxy, 0-0• FC Dallas x Real Salt Lake, 6-2• Rapids Colorado x Columbus Crew, 2-1• Orlando City x Chicago Fire, 0-0• Sounders de Seattle x Dynamo de Houston,1-0• Timbers de Portland x San Jose Earth-quake, 2-0• Nova Iorque City x Filadélfia, 2-1• Impacto de Montreal x Red Bull Nova Ior-que, 1-0

Nestes resultados, a maior surpresa pode-rá estar na derrota, logo por 3-0, do líder To-ronto FC, diante do Revolution, apesar de tersido em casa deste. Também os números (6-2)do jogo FC Dallas x Real Salt Lake impressio-nam... No resto, resultados praticamente nor-mais, com a saliência do Orlando City ter resis-tido ao nóvel Chicago Fire durante mais demeia parte, primeiro com 10 jogadores e, nosúltimos 20 minutos com nove... Foi bonitode se ver o esforço dos jogadores do Orlandopara resistirem à máquina trituradora do Chi-cago. L P

Dzemaili chegou agora e já está de aba-lada para a Seleção da Suíça.

Sobre os artigos sobre o mural de azule-jos. Primeiro, estranho bastante que não se ti-vesse mencionado o nome do artista, do cria-dor da obra, Paulo Jones, o que, se me permite,constitui uma falha de informação numa re-portagem como a que publicaram.

Sobre os símbolos do Canadá e do Que-beque, não foi exactamente assim que as coisasse passaram. O Júri sugeriu, só sugeriu, que setirasse a folha do ácer por não achar necessário.Quando falei nisso com o Paulo Jones ele tinhaoutras razões para a incluir, razões pessoais,que não tinham nada a ver aliás com a «feuilled’érable» da bandeira do Canadá. Acontece po-rém que, já da parte da Quinqaillerie Azores asobjecções eram de outro tipo: eles temiam que,pelas razões que se sabe, a «feuille d’érable»viesse a provocar gestos de vandalismo sobreo edifício…

Já agora, acho curioso ter o Nelson Fi-gueiredo visto símbolos maçónicos na obra,

coisa que mais ninguém viu, pelos menos nojúri, mas enfim, nesta coisa de interpretações,cada qual vê o que quer, pois assim polissémicassão, por natureza, as obras de arte…

Uma vez mais, obrigado.Cumprimentos,

Luís de Moura Sobral

Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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Dia de Portugal10 DE JUNHO 2017

A Caixa Desjardins Portuguesa convida-vos.Venham numerosos!

Cerimónia oficial de entrega do mural de azulejos

SÁBADO | 10 DE JUNHO | 15 H 9 - 11 DE JUNHO

Festival PortugalInternacionalde Montreal