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Vol. XVIII • N° 316 • Montreal, 9 de outubro de 2014 Cont. na pág 14 Editorial Confraria Bédard Por Carlos DE JESUS É ric Bédard é o advogado princi- pal da firma de consultores Fasken Marti- neau. Filho do antigo ministro da Justiça do governo pequista, Marc-André Bédard, em 1994, jovem advogado, já fazia parte do gabinete de Jacques Parizeau, então primeiro-ministro do Quebeque. Quando Lucien Bouchard substitui Parizeau, Éric Bédard continua nas boas graças do go- Foto LusoPresse MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 O RESTAURANTE DO MOMENTO! GRELHADOS Galinha, febras, chouriço, lulas, etc... PASTÉIS E RISSÓIS camarão, carne, chouriço, galinha... BOLO “Ma Poule Mouillée” E A GRANDE SURPRESA a «Poutine» à portuguesa! 969, rue Rachel est Tel.: 514-522-5175 www.MaPouleMouillee.com facebook.com/MaPouleMouillee #MaPouleMouillée Temos os melhores preços SUMO GALO 100% PURO DA CALIFORNIA 39 99$ + tx LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA

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Vol. XVIII • N° 316 • Montreal, 9 de outubro de 2014

Cont. na pág 14

Editorial

Confraria Bédard• Por Carlos DE JESUS

Éric Bédard é o advogado princi-pal da firma de consultores Fasken Marti-neau. Filho do antigo ministro da Justiçado governo pequista, Marc-André Bédard,em 1994, jovem advogado, já fazia partedo gabinete de Jacques Parizeau, entãoprimeiro-ministro do Quebeque. QuandoLucien Bouchard substitui Parizeau, ÉricBédard continua nas boas graças do go-

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Filipa Cardoso• Adelaide Vilela• Jules Nadeau• Osvaldo Cabral• Onésimo Teotónio Almeida• Inês Faro• Lélia Pereira Nunes• Daniel Pereira

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:

• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda a sexta-feira,das 17h00 às 18h00.(Ver informações na páginas 8 e13)

Alice da Bibliotecadas Maravilhas

• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA Eu estava na 3ª classe e, no ano à mi-nha frente, uma aluna da Escola Femininaganhou um prémio. Não faço ideia se era anível de Escola, se de Concelho, de Distrito,ou se Nacional. Mas o facto deixou-me dequeixo caído: duas prateleiras de livros!

Tenho quase a certeza de que a moça sechamava Alice, era morena e de cabelo preto,mais baixa do que eu e de olhos escuros. Fa-lava-se dela na freguesia como uma alunamuito inteligente e lamentava-se não ter po-dido continuar a estudar, mas os pais não ti-nham posses. Hoje revejo-a bem moirinha,de olhar penetrante mas recatado porque eraessa a obrigação das meninas. Morava naCanada da Maria do Céu, que era ladeada deterrenos cultivados, mais fundos do que opiso do caminho. Depois, a primeira casa àesquerda (não havia habitações do lado direi-to) era a da Alice (Alice, quase de certeza,mas talvez Maria Alice). Era uma casa cor-de-rosa, de chão térreo, coberto de junco, tu-do pobre mas impecavelmente limpo. Estoua ver as duas fileiras de livros junto à parededo fundo no espaço aberto, à esquerda, e queservia de cozinha, casa de jantar e sala.

Como é que eu sei desses pormenores?Porque o prémio – uma coleção de livros daCNPED – Campanha Nacional para a Edu-cação de Adultos – implicava a obrigação dedisponibilizar os livros para quem na fregue-sia quisesse lê-los.

Não faço a menor ideia se lá a casa iamais alguém, mas fui regularmente buscar li-vros. Li não sei quantos, um atrás do outro.Lembro-me, por exemplo, de um sobre abe-lhas, outro sobre o Condestável, e ainda deoutro sobre diversos heróis nacionais intitu-lado Virtudes Que Vêm de Longe. Esse li-o quando fiquei de cama em casa, com saram-po, e por isso não fui à escola. A professoramandava por um aluno “os deveres” para osdoentes não se atrasarem. No primeiro dia,esperei em vão pelos meus colegas de classeme quebrarem aquela monotonia horríveltrazendo-me o meu quinhão de trabalhos decasa; no entanto, a onda do barulho da rapazi-ada à saída da escola passou-me pela portasem ninguém bater. Fiquei desolado.

No dia seguinte mandei recado a lembrarà professora Zélia Bremonte e ela mandoudizer que não me preocupasse e tratasse deme curar. A minha desolação duplicou. Eentão só tinha os livros da Alice para me en-treter.

A verdade é que sonhava ganhar o pré-mio dela quando também terminasse a mi-nha 4ª classe. Ter aquelas duas prateleiras delivros em casa dava-me voltas ao miolo.

Foi um grande desapontamento. Nin-guém recebeu nada, nem nunca mais se falounaquele prémio. Até hoje. Mas a Alice e aquelariqueza que ela tinha ali naquele quarto emduas improvisadas tábuas cheias de livroscarregava mais magia e sabia-me bem melhorque os milhares de livros que hoje tenho emcasa, nas prateleiras e no chão.

Como se destrói um país

Aleluia! Cavaco Silva ressuscitou!• Por Osvaldo CABRAL

O Presiden-te da República levouoito longos anos aperceber o que todosos cidadãos se vêmqueixando há longotempo.

A coisa é tão ma-is grave se olharmosainda mais aquém dosdois mandatos. É queCavaco Silva está nopoder desde 1985, al-tura em que conquistou a sua primeira maioriaabsoluta como líder do PSD.

Agora, quase a terminar o mandato – e acarreira – é que se lembrou de fazer o ato decontrição. Sim, porque o político de Boliquei-me é tão pecador como a restante classe, nestesistema político podre, que ele resolveu criticarna oração litúrgica republicana do 5 de outu-bro.

Ao tempo que tanta gente vem alertandopara a incompetência da nossa classe políticae para o perigo deste sistema, que apenas prote-ge os partidos e desdenha a cidadania.

Nunca uma classe política foi tão incom-petente como esta que nos governou na últimadécada.

Deram cabo de tudo e nunca vimos nin-guém ser responsabilizado por isso.

Em 40 anos, como muito bem lembrouNicolau Santos, tivemos ganhos históricosem termos económicos, sociais e culturais.

É inegável o avanço que a nossa sociedadealcançou com o início do regime democrático.

Construímos um país novo de norte asul e nas regiões autónomas, tivemos o melhorsistema de saúde alguma vez alcançado, empre-sas inovadoras, revolucionamos as telecomu-nicações, tivemos grandes investigadores, atéprémios Nobel, multinacionais portuguesas,proteção social segura, grandes bancos, imen-sos cérebros, natalidade equilibrada, uma fortetransportadora aérea, um bom serviço públicode televisão, grande riqueza na agricultura, pes-cas e outros setores.

Hoje o que somos?Completamente irrelevantes.Um punhado de terra queimada pelos

mercados, um país de gente contorcida pelascontas domésticas vigiadas por gente de fora.Um país que não é para velhos nem para no-

vos. Uma soberania perdida para a voragemdos investidores abutres. Uma sociedadeonde apenas perdura uma classe que enri-quece, a política, ao mesmo tempo que seenvolve nas maiores trapalhadas de abusosde dinheiros, lugares para os familiares eamigos, o carreirismo e tantas outras imora-lidades.

Temos uma saúde cada vez mais cara eà base de listas de espera, um ensino tro-glodita, uma justiça tão vergonhosa quãocaótica, uma banca falida e com gestorescorruptos, uma empresa de telecomunica-ções completamente destruída e desgraçadapela ambição pessoal de dois homens (Zei-nal e Granadeiro) que nem são chamados àresponsabilidade, empresas públicas ven-didas ao desbarato, interior do país e ilhasmais pequenas desertificadas, mais horasde trabalho e menos dinheiro, mais velhoscom menos pensões e mais novos com aemigração no horizonte, um parlamentoinconsequente, um PR moribundo, um go-verno trapalhão, partidos incapazes, regu-ladores que não regulam (a começar peloBaco de Portugal), PME’s a falir como do-minós, desempregados ao magote, famíliasdestroçadas, gestores de empresas públicasincompetentes, uma classe dirigente cujomérito é de ordem geneológica-política,gestores e administradores sem moral...

A nível partidário não vamos melhor.Os partidos estão todos em crise: os

políticos do mesmo partido apunhalam-se pelas costas uns aos outros, a velharadanão arreda pé e a tralha mais recente quenos levou ao buraco espreita a oportu-nidade para mais um assalto, o sistema elei-toral definha-se, a cidadania não se revê noregime, a oligarquia não permite que elege-mos diretamente os nossos representan-tes, não permite que cidadãos independen-tes ocupem cargos de eleição e não se va-loriza o mérito profissional e o caráter decada um, mas sim o cartão de filiação e ograu de bajulamento político.

É um balanço triste.No meio disto tudo, os únicos otimis-

tas são os políticos.São os únicos que não emigram, que

não empobrecem e não se reduzem (nemnos governos, nem nos parlamentos).

Pelo contrário, aumentam a despesapública e os lugares políticos para a família,e ainda vão ao nosso bolso para cobrir odéfice crónico.

São 4 milhões a trabalhar e apenas me-tade paga IRS.

São 2 milhões a pagar quase 13 mi-lhões de euros de impostos de rendimento,quando em 2000 pagavam apenas metade.

Dois milhões a sustentarem o aumen-to permanente da despesa do “monstro”.

Dois milhões de oprimidos em im-postos, leis absurdas e abusos de austeri-dade.

Podem vir novos governos, novos lí-deres, novos deputados, novos consulto-res, novos assessores, nova troika.

Mantendo-se o sistema, a receita serásempre a mesma.

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

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Página 39 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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A 29 de novembro

LusaQ TVfesteja 1°aniversário

Para os telespectadores portugueses,luso-descendentes e lusófilos de Montreal earredores a LusaQ TV apareceu no panoramatelevisivo local em meados do mês de dezem-bro de 2013. Mas para os seus criadores, ahistória começa a 28 de setembro do mesmoano quando Pedro Querido, antigo produtordo «Luso Québécois» aproxima em nome deSam Norouzi Norberto Aguiar para se tornarprodutor do novo programa de televisão, emPortuguês, a levar a cabo no Canal ICI Inter-national, também criado poucos meses an-tes.

É, pois, desta maneira que a LusaQ TVtem duas datas importantes na sua curta vidade programa de televisão: o dia 28 de setem-bro, altura em que Norberto Aguiar decidiuassumir a responsabilidade da produção deum novo programa de televisão na comuni-dade, e o dia 11 de dezembro, momento emque foi para o ar a primeira emissão.

Passado esse primeiro ano, Norberto A-guiar e a sua equipa decidiram organizar umafesta de 1° aniversário que servirá simulta-neamente de ocasião para comemorar igual-mente o 18° aniversário do LusoPresse (aquié no dia 1 de dezembro). O dia escolhido foio dia 29 de novembro próximo, nas insta-lações da Associação Portuguesa do Canadá.

De forma a dar brilho à festa, foi convi-dado o Ministro das Finanças do Quebeque,o nosso compatriota Carlos Leitão, que agirácomo Presidente de Honra da mesma.

Neste preciso momento é igualmenteimportante informar que o produtor da Lu-saQ TV, Norberto Aguiar, está construindoo programa da noite do dia 29 de novembro,esperando-se por isso mais novidades nos

Bilhete de LisboaFim de semana de agosto 2014

• Por Filipa CARDOSO

Num dos fins de semana de agostopassado senti-me uma verdadeira turista.

No sábado, pela manhã, fui passear norenovado passeio da Ribeira das Naus, do Caisdo Sodré ao Terreiro do Paço (em Lisboa).

Houve um avanço de cerca de 18 metrosda margem, de rampa em pedra que desce parao Tejo, a Doca Seca, onde eram recuperadasembarcações desde o século XVII, está a desco-berto, a Doca da Caldeirinha que remonta a1500 foi recuperada, respeitando o traçado préexistente, e através de um passadiço de madeirapodemos chegar ao Terreiro do Paço.

Ao longo do rio, em frente ao Edifício daMarinha, foram criados agradáveis espaços ver-des que evocam as rampas de varadouro (quepermitiam o acesso das embarcações ao rio)de outros tempos.

Os arquitetos João Nunes e João Gomesda Silva foram os responsáveis por este projetoque propicia o contacto dos cidadãos com orio Tejo.

No Terreiro do Paço fui visitar uma expo-sição que está patente no Torreão Poente, inti-tulada “Maresias – Lisboa e o Tejo 1850-2014”.

É uma viagem muito interessante ao lon-go de século e meio na Lisboa à beira-rio, entreXabregas e Santos, em que se observa a evolu-ção da paisagem da cidade e das embarcaçõesque a serviam.

Estava a chegar a hora do almoço e nadamelhor que ir ao Restaurante “Can the Can –Canned Food goes Gourmet”, ali mesmo noTerreiro do Paço. Experiência agradável, querpela decoração, quer pelos bons petiscos quepor lá se podem degustar. Neste restaurante asconservas tradicionais são elevadas a produtogourmet...

Uma nota breve à existência de um enor-me lustre construído com cerca de três mil latasde conserva.

No dia seguinte fui até Salvaterra de Ma-gos, a cerca de 50 km de Lisboa.

Fui visitar a Falcoaria Real, situada numedifício do século XVIII que sofreu obras derecuperação e que, atualmente, conta com umauditório, espaço destinado à exposição de aves– falcões e águias – reproduzidas em cativeiro,e um pombal da época.

À entrada assisti a um filme sobre aves derapina e falcoeiros.

Passei depois para a zona onde estão asaves que são “apresentadas”, uma a uma, peloseu falcoeiro e terminei a visita com uma de-monstração de um voo em liberdade. Foi mui-to interessante!

Parti depois em direção a Escaroupim, lu-gar onde apanhei a embarcação para fazer umpasseio pelo rio.

Foi uma viagem inesquecível em que sepode ter uma imagem do rio Tejo cheia de vidae muita beleza natural.

Fiquei também a conhecer, melhor, as vá-rias aves que nidificam naquele vasto espaço.

O passeio terminou já depois do pôr-do-sol e segui para o moderno Benavente VilaHotel, em Benavente, onde passei a noite.

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Página 49 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Pedra de Toque

Cartas de Amor de Maria Amélia• Por Lélia Pereira NUNES

“... deu-lhe a nossa direção e contactos e assimcá chegou a encomenda de inúmeras cartasde amor, guardadas durante 52 anos...”M.A. 2014

Quando hámeses recebi um tele-fonema de uma queri-da amiga que vive emWindsor (CAN) fuitomada de grandesurpresa. É bem ver-dade que não era seuprimeiro telefonema.Desde que nos co-nhecemos, em 1994,durante um Curso deVerão na Universida-

rado Balthazar, o Furriel Miliciano 1506, quan-do estava a lutar na Guerra de Angola em 1961– ele foi um dos tantos jovens infantes açoria-nos que combateu no Ultramar. A Guerra deÁfrica que se desenrolou entre 1961 e 1974nos três teatros – Angola, Moçambique, Gui-né, deixou um rastro de dez mil mortos, maisde 30 mil mutilados e um número maior de fe-ridos. E a memória? Desconcertante, incómo-da. É um vento forte que mexe com os senti-mentos de uma geração que esteve na África ecarrega seus cheiros e sua imagem tatuada n’al-ma, suas cicatrizes no corpo e na mente, oudaqueles que não machucaram a carne e nãochoraram a guerra colonial. Urbano Betten-court em “De mangas e bolanhas” (in: ÁfricaFrente Verso, 2012:80), vigoroso texto conta-minado de África por todos os poros, faz daescrita a tela maculada, testamento iniludívelda terra morena, desvendando o rastro da guerradentro de cada um. Nas palavras de remate, aexpressão de verdadeiro sentir: “Saberás, en-tão, que esse é o teu íntimo cheiro de África,aquele que vais querer guardar para lá de tu-do, mesmo quando a memória dos lugares,dos corpos e do sangue se for diluindo na espes-sura dos dias.”

Em respeito a essa singular história e peloseu maior significado, resolvi contá-la no “Pe-dra de Toque” página que assino já alguns anosno Portuguese Times, no Açoriano Orientale, mais recentemente, no LusoPresse, jornaisque não só acolhem meus escritos como há a-nos vão ao encontro dos portugueses espalha-dos no mundo pelas rotas da emigração. Elamerece ser repartida neste espaço, onde costu-mo botar a palavra como num delicioso “batepapo” entre amigos em noites de verão, sentin-do a maresia beijar a pele, extravasando senti-mentos díspares da alegria à tristeza, de maneiraapaixonada e em diapasão com minhas crençase paixões.

Quase como um conto de fadas, o enredotraz a aura do romantismo e a magia das cartasde amor enviadas ao namorado no campo debatalha. Doce remédio para a dor pungente da

saudade e para amenizar a solidão dos dias enoites de angústia e de esperança repartidascom o amigo – o cabo Marques Creado, com-panheiro de luta.

Ferido em combate, o Furriel Tavares, re-gressa a casa, em Ponta Delgada, nos Açores.Para trás, fica a África dilacerada, tempo de vi-olência, o zunir das balas, o grito do massacre,o silêncio exausto da caserna, os sonhos. Paratrás, esquecidas sob o travesseiro, o maço decartas da mulher amada.

Já casados e sem perspectiva de uma vidamelhor no seu Mundo-Ilha, os jovens emigra-ram para o Canadá, fixando residência em Win-dsor, Ontário. Nasceram os filhos. Vieram osnetos... Na roda da vida, o tempo rodou apres-sado e trouxe lá do passado, 52 anos depois,as cartas de amor perdidas na Guerra da Ango-la. No entanto, elas estavam bem guardadascom o cabo Marques Creado que faleceu semconseguir devolvê-las ao amigo Furriel Tavares.Contudo, antes de morrer, pediu à esposa paracontinuar a sua busca e não desistisse até en-contrar o companheiro de farda ou sua família.

Certo dia, lá na Amadora, no continenteportuguês, Maria Isabel Creado, viúva do caboMarques Creado, assistia a um programa naRTP quando viu divulgado, no écran, um nú-mero de telefone disponibilizado para quemdesejasse localizar ex-combatentes da Guerrade Angola. Sem perder tempo, a senhora MariaIsabel discou o referido número e, ao vivo,perguntou se alguém sabia do paradeiro de Bal-thazar Tavares Silva, o Furriel Miliciano. Porcoincidência, a açoriana Gina Resendes, amigada família Tavares Silva, também assistia ao mesmoprograma. Pronto, um breve telefonema entre asduas mulheres e, finalmente, estabelecia-se o eloperdido nas canadas do tempo.

Assim, num belo e invulgar gesto de soli-dariedade humana e lealdade, as cartas de amorde Maria Amélia, velhas frases que o seu cora-ção apaixonado ditou há 52 anos, fizeram,mais uma vez, os caminhos do mar, retornan-do às mãos do casal – destinatário e remetente– carregadas de promessas e sonhos inundadosdo fulgor da juventude que o tempo tratou desalvaguardar.

Antes do ponto final...A história contada traz estórias por entre-

meio e ganha contorno particular ao ser recon-tada, como “As Cartas de Amor de Maria Amé-lia” que a oportunidade me fez mandatária.Por Iansã, tomara que tenha a granulometriaprecisa de uma “pedra de toque” e contribuapara a difusão dos arquivos da memória coletivade homens e mulheres na grande aventura deserem felizes.

de dos Açores, não nos afastamos de todonesse interregno de vinte anos. A amizade ini-ciada num breve e agradável convívio em PontaDelgada não desapareceu nas andanças do tem-po e nem arrefeceu a lembrança daquela mulherpequena, serena, olhos claros, brilhantes e fa-lantes, sorriso largo, voz suave, que os anosde emigrante na América não apagaram “o so-taque corisco” da Ilha de São Miguel, seu berçonatal. Aliás, tem sido alimentada por cumpri-mentos de Boas Festas ao longo desses anos.São daquelas amizades nascidas num instantee guardadas para sempre no lado esquerdo dopeito, mesmo que o tempo e a distância digamnão, como na “Canção da América” do brasi-leiro Milton Nascimento.

A surpresa está na história que me foi en-tregue, a viva voz, com jeito desprendido egentil. Dias depois, recebia uma longa e minu-ciosa carta postada no correio de La Salle, On-tário. Junto, um envelope amarelado, ainda se-lado, onde se pode ler o carimbo de postagem:“8 de novembro de 1961, Ribeira Grande”.Nem acreditei que uma história tão linda mefora confiada de mão beijada. Ali estava umprecioso achado que, por obra do acaso, caiude paraquedas no meu colo. Senti-me como“Sophie”, a protagonista do encantador filmeamericano Cartas para Julieta (Letter’s to Juliet)de Gary Winick, lançado em 2010. O român-tico enredo conta a história de Sophie (AmandaSeyfried) que encontra nos muros de Verona,sob o balcão de Romeu e Julieta, uma carta es-crita em 1957 pela jovem Claire. Sophie respon-de a carta. A senhora Claire (Wanessa Redgrave),50 anos depois, volta à Itália e sai à procura deLorenzo (Franco Nero) seu grande amor. Comcerteza, nem por sonhos, a arte imita a vida.Maria Amélia acabara de compartilhar a suahistória que nada tem de ficção. É real! É a vidado jeito que ela corre no leito do destino.

Confesso que ao conhecer a incrível histó-ria de Maria Amélia fiquei atónita, corroída pelacuriosidade, aturdida. Maravilhada, talvez sejaa palavra certa para definir a sensação de euforiaque me abraçou.

Imaginem... Alguém receber cartas de a-mor, um maço delas, escritas por ela própria,há 52 anos. Pois, foi exatamente isso que acon-teceu. Maria Amélia recebeu lá na sua casa, emWindsor, as cartas que escrevera ao seu namo-

L P

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Página 59 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Da Costa e Richard Desjardins juntos no palco• Por Inês FARO

«Rien n’est plus vivant qu’un souve-nir», não há nada mais vivo do que uma memó-ria, foi o mote para um espetáculo onde a vida,a poesia e a música de Federico García Lorcafoi celebrada nas noites de 17 e 18 de setembro.Richard Desjardins, Alexandre Da Costa e Ale-xandre Éthier juntos no palco do teatro Outre-mont onde uma sala cheia aplaudiu de pé oconcerto literário Soleil d’Espagne – Vieset poésies de Lorca. Olé!

O palco simples, um cenário escuro comum cortinado de veludo vermelho, a remeterpara o universo espanhol, dos espetáculos deflamengo, das touradas e do sangue derramadode Lorca, o poeta assassinado pelos franquistasem 1936. Em cima do longo cortinado, Ale-xandre Éthier à guitarra e Alexandre Da Costaao violino. Ao microfone Richard Desjardins,o músico e realizador que emprestou a voz àspalavras de Lorca.

Um espetáculo que pusesse em destaque apoesia de Lorca já era garantia de uma noitebem passada, mas Soleil d’Espagne ganhouem conseguir articular numa hora e meia a vidae a poesia de um dos mais importantes poetasespanhóis com os acontecimentos históricosdo país. Desta combinação destacou-se a vidade um humanista, mais do que um homemque se afastou sempre da política (ironicamentemorreu às mãos dos franquistas). Em destaqueesteve também a música de Lorca, um melóma-no, que como Desjardins disse em tom humo-rístico, se devia ter dedicado só à poesia. Real-mente não foi a sua música que sobreviveu aopassar dos tempos, mas neste concerto literárioas suas peças escritas para piano e adaptadaspara guitarra foram combinadas com a músicad’Albeniz, de Manuel de Falla (amigo e colabo-rador de Lorca), de Gaspar Sanz et de PabloSarasate (compositores contemporâneos), en-chendo a sala com a beleza, entre outros, doCanto Profundo e da poesia cigana.

A partir de uma ideia de Alexandre da Cos-ta, um espanhol adotado – Da Costa, viveu 14anos em Espanha, Soleil d’Espagne foi criadoa partir de um outro concerto literário que DaCosta preparou em Londres e que pôs em des-taque a riqueza cultural de Espanha. Já no Que-beque, o violinista de ascendência portuguesa

falou com Alexandre Éthier que acabou porsugerir Richard Desjardins que trabalhou o ma-terial de forma inédita.

A quadratura Lorca, Desjardins, Da Costae Éthier foi sem dúvida um encontro muitobem conseguido. Melhor, melhor era só ver amesma fórmula aplicada à poesia do nossoPessoa.

O espetáculo Soleil d’Espagne - Vieset poésies de Lorca foi uma colaboraçãocom o Festival international de la littérature(FIL). Mais infos aqui: http://www.festival-fil.qc.ca/MM14/soleil-despagne-chansons-lorca/

Da esquerda para a direita, Richard Desjardins, Alexandre Éthier e Alexandre daCosta.

L P

Jantar de homenagem

Pela primeira vez no Canadá simulta-neamente dois luso-canadianos ocupam oprestigioso lugar de ministro das Finanças emduas das mais importantes províncias do Ca-nadá.

Como é do conhecimento público trata-se dos Senhores Carlos Leitão no Quebeque eCharles Sousa no Ontário, sendo que, no quediz respeito ao Quebeque, é também a primeiravez que um português atinge a craveira de mi-nistro.

Para sublinhar o acontecimento um pe-queno grupo de portugueses decidiu formaruma Comissão para organizar um Jantar deHomenagem aos dois responsáveis de umapasta de tamanha responsabilidade.

O evento terá lugar no próximo dia 31 deoutubro pelas 19h00 no Centre des Congrèset Banquets Renaissance, situado no 7550 boul.Henri-Bourassa Est, Montréal, Québec H1E1P2.

Todos os que queiram adquirir bilhetespoderão fazê-lo nos escritórios da JOEM, 4242boul. St-Laurent, suite 201, Montreal QC,H2W 1Z3.

Para mais informações Tel.: (514) 233-3762 ou (514) 577-5536.

Resta-nos acrescentar que eventuais lu-cros que se apurem deste evento serão entreguesà campanha do cabaz de Natal da “ConferênciaS. Vicente de Paulo”. L P

35 anos

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Página 69 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O filme «Hope»:

A dura realidade dos migrantes africanos do Saara• Por Jules NADEAU

A soirée de abertura do Festival doFilme Black com tapete vermelho foi a oportu-nidade para um encontro animado com váriosrepresentantes da comunidade negra e de sim-patizantes de todos os meios, na outra semana,no Cinema Imperial. Alguns representantesdo LusoPresse e da LusaQ TV juntaram-secom prazer aos convidados de honra. Não es-quecer que o LusoPresse e a LusaQ TV colabo-raram com este festival. Foi também a ocasiãode ver o filme coup-de-poing do realizador BorisLojkine, descrevendo as aventuras dolorosasde numerosos migrantes africanos tentandoentrar na Europa transitando por Marrocos ea Espanha.

«É esta a realidade», exclamou a minha vi-zinha (ela mesma ex-residente de Angola) nofim da projeção. O outro vizinho acrescentou:«Muito duro!» De facto, estas duas afirmaçõesresumem bem a miséria, o sofrimento e o cal-vário que conhecem os que procuram uma vidamelhor ao preço da sua própria vida. (Dramacomparável ao dos migrantes que transitampela Líbia a caminho da ilha italiana de Lampe-dusa.)

A história desta longa-metragem premiadaem Cannes é simples. Um camaronês chama-do Leonard condói-se de uma jovem nigeriana,Hope, durante uma longa marcha através doSaara. A caminho de Melilla, o enclave espa-nhol em território marroquino, ela aceita pros-tituir-se para arranjar rapidamente um poucode dinheiro ao casal – unido apesar de tudo na

sua procura de felicidade. Em cada escala, nosguetos da rede de passadores, são brutalizadose enganados pelos seus próprios semelhantes.Contudo, os dois caminhantes enamoram-see partilham o mesmo sonho. Dezenas de mi-lhares de Africanos tentam todos os anos esca-lar o muro fronteira de seis metros de altura.

Um pedido a Donald JeanBoris Lojkine pronunciou umas palavras

de boas-vindas antes do filme. (Os nossos lei-tores podem ver a entrevista que ele deu aonosso programa LusaQ TV.)

O realizador conseguiu vencer um grandedesafio em se atacando a um tal assunto, semnunca cair na choraminguice nem no miserabi-lismo. Também não há arrastamento de situa-ções. Muito bem estruturado. Um filme comose vêm poucos na produção americana ou eu-ropeia para um vasto público. Para o autor de45 anos, ex-professor de filosofia, trata-se deuma primeira obra de ficção sobre um temaafricano. O filme é apresentado com legendaspara melhor compreensão da mistura de francêse de inglês dos atores.

Os organizadores deste festival estão deparabéns por terem feito um excelente trabalhocom a projeção de tantos filmes que dificil-mente teríamos ocasião de ver nas grandes sa-las comerciais. A alma deste evento cultural,Fabienne Colas, deu uma entrevista que foi di-fundida no boletim de notícias de France 2 naTV5. Foi por ocasião da visita a Montreal docineasta Spike Lee. Excelente sucesso mediá-tico do Festival.

Ao comunicar as minhas impressões a

Fabienne Colas e aJoyce Fuerza (quenão tinham visto asua passagem naTV5), perguntei-lhesse o nosso amigoDonald Jean se ocu-pava com energia defazer a promoçãodeste festival, ele queprega tão bem oevangelho da «diver-sidade». Segundo aopinião de Fabienne,exceto talvez paraum ou dois artigos,ele deveria fazer mui-to mais e estar pre-sente com mais fre-quência pois trata-sedo mesmo combate.«Você devia escreveristo, em sua inten-ção» para o persuadirde fazer mais, disseao LusoPresse a pro-motora de origemhaitiana falando doPDG de Média Mo-saïque, também damesma origem. É umfacto! A união faz aforça!

L PA alma dirigente e inspiradora do FIFBM, Fabienne Colas,na companhia do realizador do filme «Hope», Boris Lojkine,que veio especialmente de França para assistir à soirée de es-treia «Tapete Vermelho» do Festival.

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Página 79 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Jacinta AmâncioTrezentos mil dólares para a Casa de Portugal

• Entrevista de Carlos DE JESUS

Em entrevista à emissão “Personalida-des da nossa comunidade” da LusaQ TV, aDiretora-geral da Caixa Desjardins Portuguesa,Jacinta Amâncio, disse-nos que a Caixa podiadar 300 mil dólares por ano a uma possívelCasa de Portugal.

«Os portugueses não sabem o poder quetêm. O retorno (ristourne) individual podiatransformar-se num retorno coletivo para (ca-so houvesse) a chamada Casa de Portugal deque tanto se fala e que nunca mais apareceporque as pessoas não se conseguem entender»– segundo as suas próprias palavras.

A entrevistada daquele programa, prova-velmente uma das portuguesas mais conheci-das de toda a comunidade, visto o papel queocupa há várias décadas na Caixa Portuguesa,deu-nos a conhecer um pouco do seu percursopessoal, desde a sua vida em Angola até à suachegada ao Canadá, passando pelas vicissitudesdos retornados em Portugal.

Em Angola viveu no Lobito. Seu pai eralá funcionário público. Em 1975, após o inícioda descolonização, quando se começou a ouvirque havia tropas da África do Sul a avançar, re-solveram fugir para Luanda só com a roupaque traziam no corpo.

Claro que ficou marcada com os gritosque os negros lhe lançavam no cais de embar-que: “Colono vai para a tua terra!” – «Issomarca uma pessoa, mas é assim que a gente seforja a sua vida».

Em Portugal, onde esteve de 1975 a 1979,com o seu diploma de bacharelato em Históriaa Jacinta, embora nativa das Beiras, foi dar au-las para o Liceu de Guimarães, já que o seu ma-rido é natural dali perto, de Braga.

Felizmente nunca lhe faltou trabalho. Des-de que o seu filho nasceu, doze dias depoisvoltou às lides de professora e nunca teve umdia de desemprego. Diz-se uma pessoa comsorte, de tal modo que cada vez que pedia umatransferência, havia sempre alguém no ministé-rio para lha conceder e foi assim que nos últi-mos tempos lecionava no Algarve, onde sesentiu muito bem.

O marido, porém, achava que Portugalnão tinha futuro. Sentia-se muito magoado

com a forma como tinha sido feita a descoloni-zação, muito embora estivesse de acordo queela tinha de se fazer. E foi assim que ambospensaram emigrar. A dúvida era se seria para oBrasil ou para o Canadá.

Finalmente optaram por este último, jáque várias pessoas lhes tinham dito que o Brasilera pouco seguro. Quis também o acaso queum colega, ao saber da sua intenção de emigrarpara o Canadá lhe disse que tinha um irmãoem Montreal, que era o Padre Fatela.

E foi assim, que a Jacinta, com o marido eo filho arribaram a estas terras.

Com a carta de recomendação para o PadreFatela que lhe tinha dado o seu colega, foi àIgreja de Santa Cruz para ver o que se podia ar-ranjar como trabalho. E embora o Pe. Fatela jánão fosse o pároco, mas sim o Pe. José Manuelde Freitas o qual, depois das apresentações, lo-go ali a contratou para começar a dar aulas nosábado seguinte na Escola de Santa Cruz.

Entretanto surgiu também a oportunidadede vir a substituir a secretária da paróquia quetinha entrado de licença por maternidade e, aofim de um ano, ei-la a enviar um pedido de em-prego para a Caixa de Economia dos Portugue-ses de Montreal.

Apesar dos administradores que a entrevis-taram se tivessem mostrado reticentes devidoao facto de ela se candidatar para um lugar decaixa, portanto, com habilitações literáriasmuito superiores ao que o posto exigia, ela láconseguiu convencê-los, visto que tudo o queela queria era trabalhar e tanto mais que adoravalidar com o público. Para lá entrou e lá está!

Está lá ainda, mas nunca deixou de subirde posto até chegar ao lugar máximo que hojeocupa, o de Diretora-geral.

Para isso teve a humildade necessária dereconhecer que os seus diplomas em Histórianão eram suficientes para analisar em porme-nor um relatório de contas ou um pedido de fi-nanciamento arriscado e vai daí não hesitouem fazer uma formação intensiva em econo-mia.

Esta formação era tanto mais necessáriaquanto as atividades da Caixa, integradas noamplo movimento cooperativo da Desjardins– o maior grupo cooperativo de todo o Canadáe, em termos de segurança financeira, o quartogrupo na América do Norte – exigiam um pro-

Jacinta Amâncio, diretora-geral da Caixa Desjardins Portuguesa quando nos estú-dios da LusaQ TV era entrevistada por Carlos de Jesus, diretor do LusoPresse.

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fissionalismo que o das antigas estruturas dire-tivas deixava a desejar.

Foi nesta qualidade de Diretora-Geral daCaixa que a senhora Jacinta Amâncio se pro-nunciou durante aquela entrevista para a LusaQTV sobre o papel social daquela instituição fi-nanceira, da política dos retornos individuais,que podem andar à volta de 200 ou 300 dólaresanuais mas que, está convencida, podiam, comum voto dos membros, reverter para a tal tãoalmejada Casa de Portugal que ainda não te-mos.

Tal como ela, o LusoPresse lamenta esteimpasse travado pela mesquinhez dumpequeno grupo que, incapaz de levar a cabouma tal obra, resolveu sabotar a iniciativa queeste jornal tinha posto em marcha nesse sen-tido, à vista e com a participação de todos.

Daí a história dos caranguejos (1) portugue-ses que contei no meu «Ponto de Vista» naLusaQ TV da semana passada.

(1) Um pescador de caranguejos nunca ta-pa o balde em que vai colocando os caranguejosque apanha. Isto ad-mira toda a gente àsua volta. Alguém lhepergunta um dia:

– Porque nãotapas o balde em quetens os carangue-jos??? Não tens medoque fujam???

Ao que o pesca-dor calmamente res-ponde:

– Não é preciso...são caranguejos portu-gueses: quando umtenta subir, os outroslogo o puxam parabaixo!!!... L P

Jacinta Amâncio com Carlos de Jesus eDaniel Pereira antes de entrar nos estú-dios da LusaQ TV.

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Página 99 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Pedro Ribeiro, premiado com foto na BBC Magazine

“Turismo de mergulho é pilar fundamental nos Açores”• Por Osvaldo CABRAL

Uma foto subaquática obtida no marda ilha de Santa Maria, em agosto passado,acaba de ser premiada com a sua publicação nafamosa revista “BBC Wildlife Magazine” destemês de outubro.

A foto é de autoria de Pedro Ribeiro, a re-sidir nos Açores há oito anos, tendo-se apaixo-nado pela fotografia de mergulho.

“Cheguei em agosto de 2006 para traba-lhar numa empresa de construção civil e, desdeentão, comecei a dar os primeiros passos nomergulho com escafandro”, conta ao nossojornal.

Pedro Ribeiro depressa se entusiasmou,fazendo desta atividade a sua principal ocupa-ção dos tempos livres.

Desde então, já mergulhou mais de 300vezes, mas não só nos Açores.

Pedro Ribeiro mergulhou em diversos paí-ses, como a Tailândia, Cabo Verde, Egito (portrês vezes), Itália (Sardenha), mas é nos Açoresque mais gosta de mergulhar, “pois é aqui quetemos, sem sombra de dúvidas, um mar maravi-lhoso e cheio de riqueza”.

Começou a fotografar há quatro anos comuma máquina compacta, para poder mostraras fotos aos amigos e família, ficando fascinadocom a beleza dos mergulhos e corrigindo al-guns erros de fotografia, até ganhar uma naturalevolução, agora compensada internacional-mente.

“Tenho tido a sorte de poder aprendercom grandes fotógrafos nacionais e estran-geiros, que na sua grande maioria têm mostradomuita disponibilidade em me ensinar e dar dicas,

assim como criticar os trabalhos que vou fa-zendo”, explica Pedro Ribeiro.

A sua dedicação, tão evidente, foi compen-sada em 2013, quando um conhecido fotógraforusso o convidou a fazer um “liveaboard” co-mo fotógrafo convidado no Mar Vermelho.

“Este foi o momento de viragem no meutrabalho fotográfico”, acrescenta.

Quanto aos Açores, já mergulhou em SãoMiguel, Santa Maria, São Jorge e Flores. Aindanão mergulhou nas outras ilhas, apesar de játer estados em todas as outras.

A foto agora publicada na “BBC Wildlife

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Magazine” foi obtidaem Santa Maria, “de-pois de a ter subme-tido a um concursoque decorria no siteda BBC e foi destaforma que, interna-mente, a mesma che-gou à revista. Fuicontactado pela revis-ta para saber mais in-formações sobre a fo-to e eis que foi publi-cada”, conta ao nos-so jornal.

Pedro Ribeiro

sente-se orgulhoso pelo reconhecimento, massobretudo pelo facto de ser uma foto dos A-çores.

“O mercado de turismo de mergulho temde ser encarado como um pilar fundamentalnos Açores”, afirma o fotógrafo, “pois bastaver outros mercados (como no Egito) ondequase cidades inteiras vivem de e para esse tipode turismo; podemos ter aqui nos Açores umproduto muito interessante e cada vez maisprocurado”.

Pedro Ribeiro chama a atenção para o fac-to de, “regra geral, os mergulhadores/fotógra-fos que têm a sorte de vir aos Açores ficaremfascinados com o que aqui temos e não é divul-gado. Embora reconheça que se está a fazerum esforço enorme, mas ainda temos um cami-nho longo a percorrer, na consolidação daoferta e qualidade da mesma e nas relações comos pescadores e comunidade local”.

Pedro Ribeiro aproveita para dizer que vaicontinuar a fotografar nas suas viagens e, casoos leitores estejam interessados em seguir asua atividade, basta ir ao site da internet com oendereço

www.pedroribeirophoto.com

Pedro Ribeiro.

L P

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L P

No OntárioPortuguesa candidata a ‘mayor’

TORONTO, Ontário - A portuguesaRosalinda Garcia justifica a sua candidatura àCâmara canadiana de Whitby com a necessidadede contrariar o desemprego jovem, um proble-ma que também afeta a segunda geração deimigrantes.

Rosalinda Garcia, natural de Arrifes, SãoMiguel (Açores), emigrou para o Canadá coma sua família aos sete anos de idade, e está acandidatar-se ao cargo de presidente da Câmarade Whitby, uma cidade localizada a leste de To-ronto

“Adoro a cidade onde resido há 14 anos, eestou a candidatar-me porque é necessário mu-dar a mentalidade da forma como pensam emfazer as coisas”, começou disse Ros Whitby,nome como é conhecida.

A empresária de 47 anos, caso seja eleita a27 de outubro, pretende criar “parcerias” comoutras autarquias para trocar experiências,mostrando-se “confiante” na vitória no sufrá-gio municipal e pretendendo levar a melhorentre os cinco candidatos ao cargo, mostrou-se ainda preocupada com a “falta de emprego”para a juventude.

“É necessário fazer algo, quando olho paraos mais novos na escola, na universidade, vejo

que no futuro não terão empregos, é precisofazer algo, criando parcerias com as empresas”,sugeriu.

Dada a sua experiência no setor empresa-rial, Ros Whitby pretende um maior envolvi-mento naquele setor com as pequenas e médiasempresas “atraindo novos negócios para a ci-dade”.

A candidata também não esqueceu os cer-ca de dois mil portugueses e lusodescendentesresidentes em Whitby: “Sinto-me muito orgu-lhosa, pois dão-me muita confiança com oapoio demonstrado, têm sido fantásticos”.

No entanto, Rosalinda Garcia reconheceque é necessário votar “para se fazerem mudan-ças”, até porque a adesão dos eleitores nas últi-mas eleições municipais, em 2010, não foi fa-mosa, apenas 25 por cento exerceu esse direito.

Whitby é uma cidade metropolitana deToronto, localizada na região de Durham, a 15km do leste de Toronto, localizada nas margensnorte do lago Ontário. Existem cerca de 125mil habitantes, cerca de dois mil são portu-gueses e lusodescendentes.

Em Kingsville, a cidade mais a sul do Ca-nadá, o presidente da câmara Nelson Santos éportuguês, e também há lusodescendentes nasautarquias de Toronto e Cambridge - Ana Bai-lão e Frank Monteiro, que se vão recandidatar.

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«The Soccer Diários» de Michael AgovinoComo o futebol se tornou em 30 anos um desporto adulto nos Estados Unidos

• Por Jules NADEAU

Tratar-se-á da autobiografia dum faná-tico de futebol? Duma tese de antropologiadesportiva? Dum livro de humor à americana?Duma pequena bíblia para não-iniciados? Umacoletânea de novelas? Pensando bem, é tudoisto ao mesmo tempo. Maravilhosamente bemescrito com um vocabulário cheio de fantasia.A escrita dum mestre, tocando também o cine-ma, as artes e a Wurste mit Senf (salsichascom mostarda). Trezentas páginas para sabo-rear devagarinho durante um fim de semana deoutono.

O nova-iorquino Michael J. Agovino con-seguiu uma façanha ao colecionar todas as suasrecordações de futebol numa centena de textos.Mais concretamente, sob a forma de um diárioíntimo que começa em 1982 quando o seu pai,Hugo, «acidentalmente» o fez mergulhar noseu primeiro jogo. Então, adolescente dumaquinzena de anos de idade. Um jogo FIFA-UNICEF no Estádio dos Giants de Nova Ior-que (Nova Jersey). Como Obélix que caiu napoção mágica, ele caiu na marmita do futebol enunca mais saiu dela.

Observador meticulosoCom fervor, o homem do Bronx fez a

história do «parente pobre do futebol» que ob-teve a respeitabilidade ao longo das três últimasdécadas. A sua evolução e como foi compre-

endido. No momento em que os jogos nãoeram difundidos nos Estados Unidos senãopor cabo e em língua espanhola. Apesar dasua popularidade quase planetária. Desportonegligenciado até 1994, «o ano zero», quandoo Mundial teve lugar no seu país. Para o autor(que não é um exagerado), é uma causa nobre.Quase uma religião, que organiza uma parte dasua vida, os seus amigos e as suas viagens.«Gosto do futebol. Gosto de escrever», diz oapaixonado jornalista.

Para poder ir até 1982, ou bem MichaelAgovino possui uma memória de elefante oubem ele escreve nos seus blocos de notas dehora a hora, porque o seu opúsculo está cheiode pormenores. Alucinante! O seu sentido deobservação faz-me pensar no sueco HenningMankell ou no franco-americano Paul Thé-roux: nada lhes escapa. «The Soccer Diaries,An American’s Thirty-Year Pursuit of theInternational Game», dirige-se a um vastopúblico.

Michael Agovino interessa-se a tudo oque diz respeito, de perto ou de longe, a estaatividade humana. Evidentemente, às grandesvedetas como Sócrates, Pélé, Eusébio, Marado-na, Zidane e Messi (não necessariamente nestaordem). Mas também à cor das camisolas edos lenços de pescoço, aos documentários, àspublicações especializadas, aos bares para ini-ciados, aos cartazes históricos das Taças doMundo (World Cups) e a todo o arraial litúrgi-co. Ainda como os novos estádios aqui e ali.

Quando veio a Montreal em 1980, fez uma vi-sita guiada no nosso Estádio Olímpico.

O reflexo da vidaCom o tempo, a sua profissão de fé to-

mou forma. «Cheguei ao futebol por puro aca-so, uma curiosidade ilimitada, e o sentido dumafraternidade populista internacional, do tipounderground, explica ele. Apaixonei-me peloespetáculo (o jogo de abertura de 1982); o ritual(os uniformes das equipas nacionais imitamas bandeiras), a troca de medalhas, as fotosdas equipas, as celebrações de cada golo...» Econtinua: «O futebol reflete a vida, quanto amim, mais que qualquer outro desporto. É pro-vavelmente a mais universal das línguas». In-felizmente, não diz grande coisa sobre Portu-gal, exceto sobre o Benfica que foi «outroraum grande clube» (como o Ajax da Holanda eo Étoile Rouge de Belgrado) e algumas men-ções secundárias a respeito de Cristiano Ronal-do. Nada sobre o nosso amigo Pauleta.

Ainda jovem, confrontado com clubescom nomes exóticos como o Cameroun, como Atlas Britannica na mão, documentou-seem geografia. (Tão bem que um jogador nige-riano será mais tarde identificado pelo nomeda sua etnia, um igbo – como as famosas escul-turas.) Mais tarde, como complemento à suaamericanidade, ele transporta-nos a algunsgrandes centros europeus como Zurique, Ro-ma, Londres e Munique. Resumindo, num pla-neta de sete países em dois continentes, elevai longe para satisfazer a sua imensa curiosi-dade. Em Londres, num aparte, leva-nos aoenigmático Parque Maryon que MichelangeloAntonioni filmou no seu memorável Blow-Up (1966).

Agora quadragenário, Agovino é um vete-

rano na matéria. Grande nómada, poucoatraído por um posto estacionário numarevista, o profissional é freelancer um pou-co por todo o lado. Já escreveu no prestigi-oso New York Times, Esquire e num certonúmero de publicações especializadas. A-firma ter impressionado vários especialistascom a sua erudição, o que é decerto verdade.As suas reportagens e análises são por vezesverdadeiras acrobacias. Num caso exceci-onal, a exceção que confirma a regra, contacom humor como não conseguiu superar aintimação dum coreano do sul e um coreanodo norte empregados do FC Bale. Um Parkversus um Pak. Cómico como tudo!

Há mesmo um pouco de emoção aolongo das trezentas páginas. Agovino fazparticipar a irmã, a mãe e o pai, cujos genesitalianos explicam a inclinação do filho parao clube Roma. O livro começa com a inicia-ção do jovem e termina com a morte do paiem março de 2012 (dia do aniversário do fi-lho). «Comecei a chorar», confessa o autor.A dedicatória vai para a sua irmã Adria. Arelação com Andrea, a namorada (menoscontagiada por este desporto), e os seusoutros amigos (todos mais contaminadospela coisa) testemunham do ser sensívelque é Michael.

Politicamente corretoO nosso homem é politicamente cor-

reto, pode afirmar-se sem ambiguidade. Dizter amado rapidamente o futebol porque éum «desporto do Terceiro Mundo, das gen-tes pobres. Por isso, ainda gostava mais».Qualificou de erro a «invasão do Iraque...que não tinha nada a ver com o 9/11». Troçado Sha do Irão – que não merecia senãouma «revolução». Honesto e imparcial, nãohesita sublinhar o problema da violênciano futebol e os gangues de hooligans.

Em cada página do diário é preciso estaratento ao desfecho. Muitas vezes sublimesde tal modo são engraçados: por exemplo,o da classe operária que ele salpica com asua escrita, quando ele próprio se faz salpi-car numa paragem de elétrico. Noutro lado,um enorme quarto de hotel em Marbella,em Espanha, onde a casa de banho era qua-se tão grande como o seu apartamento deNova Iorque. Depois, acrescenta a auto iro-nia pelo tamanho do seu nariz (que não éevidente nas fotografias). Algumas palavrasvulgares italianas sobre o clube de Bale: «Ba-sile, Basile, va fanculo!» E a linguagem ordi-nária siciliana que a sua mãe compreendiaperfeitamente sem nunca traduzir nada.

Algumas reticências? (Sorry, Michael!)Não percebo que a capa do livro seja mono-cromática verde-verde-verde, como umaplantação de espinafres, quando tantas fo-tografias-choque poderiam vantajosamenteilustrar o título. Será que foi a escolha dasEdições da Universidade de Nebraska? Nointerior, algumas boas imagens teriam em-belezado o texto. E um indexe – de que oslivros americanos costumam tão bem serdotados – ajudaria o neófito (como eu) de-sejoso de se servir do livro como obra dereferência. Mas não são queixas grandes nostrês casos.

Enfim, dum outro autor, a definiçãoque diz tudo. «O futebol é um jogo simples.Vinte e dois homens correm atrás dumabola durante noventa minutos, e são sem-pre os alemães que ganham».

Michael Agovino - foto cortesia do au-tor.

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Marco Ramos jogou no Mónaco,no Lusitanos de Créteil, no Châteauroux, noLens e agora alinha no Auxerre. Entretanto,neste momento, Marco Ramos, que nasceu emFrança mas é, como se pode ver, de origemportuguesa, está de passagem pelo Canadá para,diz-se, assinar contrato com o Fury de Otava,equipa da Segunda Divisão norte-americana eque tem como treinador o nosso jovem luso-descendente Marc dos Santos.

Marco Ramos, antes de demandar a capitaldo Canadá para negociar o possível contrato,passou por Montreal, onde teve contactos como LusoPresse e LusaQ TV. De resto, a LusaQTV apresentará num dos seus próximos pro-gramas uma entrevista com o conhecido fute-bolista.

E conhecido porque Marco Ramos, paraalém de ter jogado nalgumas das melhoresequipas de futebol de França, como o Mónacoe o Lens, também foi jogador do Sporting Clu-be de Braga, onde chegou em 2010/11, comum contrato de duas épocas e meia. Além dessapassagem pelo valoroso clube minhoto, Marco

Marco Ramos no Canadá...Para assinar contrato com o Fury de Otava?

• Por Daniel PEREIRA

Ramos também teve a honra de ser seguidopelo staff da Seleção Nacional, quando eraCarlos Queiroz o seu timoneiro-mor. Nessaaltura, o jovem Ramos teve o privilégio dechegar a fazer parte de um grupo de 30 jogado-res que estagiaram em Rio Maior na perspetivade qualificação para o Campeonato do Mundode Futebol de 2010, na África do Sul.

Agora, com 31 anos e a jogar nos france-ses do Auxerre (2ª Liga), Marco Ramos achaque é tempo de tentar uma nova experiência,daí esta sua saltada até ao Canadá, um país noqual o futebol está a dar grandes passos. Paraalém disso, o futebolista português – sim, eleem devido tempo optou pela nacionalidadedos pais – está ansioso por trabalhar comMarc dos Santos, um jovem treinador muitocompetente e já com um percurso deveras im-portante.

Da nossa parte, desejamos ao nosso ami-go Marco Ramos sucesso nas negociaçõescontratuais com o clube da cidade capital, oFury do treinador Marc dos Santos, de maneiraa poder ficar por cá a fazer aquilo que maisgosta e que é jogar futebol.

ANTÓNIO PAULO1930 – 2014

Faleceu em Montreal no dia 28 de setembro de 2014, com 84 anos de idade, António Pau-lo, natural de Portugal, esposo de Franca Catarinacci.

Deixa na dor a sua esposa Franca, os/as seus/as enteados/as, os/as seus/as netos/as, as-sim como restantes familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo deMAGNUS POIRIER Inc.7388 Boul. Viau, St-LéonardTel.: 514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntónio RodriguesCell. 514-918-1848O velório, teve lugar na quarta-feira dia 1 de outubro de 2014 das 19h às 22h, e na quinta-

feira dia 2 de outubro a partir das 11h.Seguiu-se a cerimónia, às 14h na Capela do Complexo Funerário, sendo sepultado no

Cemitério de Laval, 5505 Ch. Bas St-François.A família vem por este meio agradecer, a todas as pessoas que, de qualquer forma, se lhes

associaram neste momento de dor. A todos o nosso obrigado pelo vosso conforto. BemHajam.

Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général: 514 727-2847 / 1 888 727-2847Télécopieur: 514 322-2252Ligne directe: 514 727-2828 poste [email protected]

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Página 129 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

(514) [email protected]

Em ténis de mesaPortugal campeão da Europa

• Por Norberto AGUIAR

No Vale de Okanagan…Emílio Aguiartem pinta de jogadorLUSOPRESSE – O jovem Emílio A-

guiar, filho do montrealense Luís Aguiar, estáa dar que falar no Vale de Okanagan, onde jogafutebol desde menino, ele que agora está àsportas da adolescência.

Depois de aprender com o pai, que tam-bém foi jogador de mérito quando novo e viviaem Montreal, onde integrou algumas das me-lhores equipas de futebol do Quebeque, EmílioAguiar não só faz parte da equipa United Gla-diators, da cidade de Kelowna, como alinhapela Seleção de toda aquela região, numa de-monstração das suas vastas qualidades de fute-bolista.

Com um físico soberbo para a sua idade,Emílio Aguiar joga de preferência como pontade lança, posição que lhe permite marcar mui-tos golos.

Se continuar dedicado a esta modalidade,sim, porque Emílio Aguiar tem igualmente vo-cação para o basquetebol, futebol americano...,mas dizíamos, se continuar assim estaremosna presença de um atleta com futuro no futeboldeste país, podendo mesmo dizer-se que pode-rá chegar a profissional.

Com 12 anos de idade, bem sabemos queé cedo para se fazer afirmações dessas, mas aver pelo talento, muitas vezes, as coisas acabempor dar certo.

No desporto, Portugal sempre foivisto como um país de futebol. As grandes

conquistas internacionais fizeram-se atravésdesta modalidade, vide o caso do Benfica, pri-meiro, do Porto, depois, com as Taças euro-peias. O Sporting também lá chegou, se bemque em menor escala. Houve também algum

impacto internacional com o Joaquim Agos-tinho. Mais tarde apareceram Carlos Lopes eRosa Mota, entre alguns outros, com as suasmedalhas olímpicas.

Entretanto, houve um período que pode-mos classificar de indesejada acalmia. Os gran-des títulos internacionais fugiram-nos... Feliz-mente que ultimamente tem havido modali-dades que nos têm honrado com algumas con-quistas muito queridas. No remo houve e hácampeões da Europa e do Mundo! Pode dizer-se que nesta modalidade as coisas estão a correrde feição. Para continuar? Cremos que sim por-que há valores muito bons e enquadrados paracontinuarem a fazer furor.

Mais recentemente, queremos dizer, finaisde setembro, Portugal esteve em foco numamodalidade que nunca foi de atrair grandes êxi-tos para o nosso país, bem pelo contrário.Estamos a falar do ténis de mesa que deu aPortugal o título de campeão da Europa, umavitória incrível, sabendo-se que neste conti-nente há países que são verdadeiros glutões,como a Alemanha, por exemplo, a finalistavencida e campeã no decorrer dos últimos seisanos!

O Campeonato da Europa disputou-seem Lisboa e, na final, Portugal derrotou a Ale-manha por 3-1. O ponto decisivo foi alcan-çado por Marco Freitas diante de Timo Boll(12-10, 5-11, 11-6 e 11-9).

A acompanhar o excelente jogador madei-rense, o quarto a nível europeu, estiveram JoãoMonteiro e Tiago Apolónia. Diogo Chen, queainda é júnior, agiu como suplente.

No final da competição, o presidente daFederação de Ténis de Mesa diria que «Foi ahistória perfeita. Parece um conto de fadas!»

No Mundial de PonferradaRui Costa perde mundial por sete segundos!...

• Por Norberto AGUIAR

Depois de ter conquistado, comalguma surpresa, o Campeonato do Mun-do de Ciclismo de Estrada o ano passado,em Itália, Rui Costa, este ano, em Ponferra-da (Espanha), não foi além de um 23° lugar,muito pelo facto de ter deixado que os seuscolegas favoritos fugissem a cerca de 300 me-tros da última subida antes da meta, e semque o nosso compatriota tivesse podido fa-zer o que quer que fosse para continuar amanter vestida a camisola arco-íris nas cor-ridas velocipédicas em 2015.

Foi pena, como ele disse na ocasião,que Rui Costa não tivesse podido agarraraquele grupo da frente de maneira a que, nofim, pudesse pelo menos tentar, no sprintfinal, a disputa de tão ambicionada camisola.

Foram só sete segundos de diferença!Mas que diabo, sete segundos que pesarammuito no espírito do ciclista da Lampre/Me-rida que, à falta de melhor sempre pensouque, pelo menos, esperava ficar entre os 10primeiros classificados.

Quase como Rui Costa em 2013, esteano o vencedor foi outra surpresa, visto nin-guém esperar que o polaco Michal Kwiatko-wski, que fugiu ao pelotão a 14 voltas dofim dos 254,8 quilómetros sem nunca maisser agarrado, fosse o campeão de 2014.

Nos lugares imediatos ficaram duasgrandes figuras do ciclismo mundial, comosejam o australiano Simon Gerrans, meda-lha de prata a um simples segundo do pola-co, e do espanhol Alejandro Valverde, queconquistou a medalha de bronze pela ter-ceira vez consecutiva.

Se bem que não tenha ganho, tinha ra-zão Rui Costa quando nos disse em entrevistano decorrer do recente Grande Prémio de Ci-clismo de Montreal que o principal favorito doMundial seria Simon Gerrans. Ele acabou pornão acertar por um pequenino segundo!

Com apenas 27 anos de idade e toda asua categoria, ainda recentemente demons-trada na prova ciclista realizada em setem-bro último em Montreal, Rui Costa tem mui-to tempo à sua frente para ganhar muitasprovas, incluindo, porque não, outro títulomundial. L P

Na Madeira existe um outro CristianoRonaldo, Marco Freitas, mas agora namodalidade de ténis de mesa. L P

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Página 139 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O novo programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO nnnnnnnnnnooooooovvvvvvoooooooo pppppppppppprrrrrrrrroooooooogggggggggrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeellllllllllllleeeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããooooooooo eeeeeeeemmmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo6:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Âme D’Afrique Jam TV6:30 Flavors Flavors7:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Mabuhay Veggie7:30 Le Temps... Pagini TV8:00 Le Temps... Il est ecrit Le Temps... Il est ecrit Le Temps... Il est ecrit8:30 Cidade Brasil Flavors Âme D’Afrique Flavors Cidade Brasil Hay Horizon Le Temps...9:00 Jam TV Bossbens Show Le Grand Magh Arabe Bloque Latino

Pagini TV Bossbens Show9:3010:00 Mabuhay Cidade Brasil Jam TV Jam TV10:30 Pagini TV Le Grand Magh Arabe

Mabuhay Hay Horizon Âme D’Afrique Veggie11:00 Pagini TV Mabuhay Lusaq TV Flavors11:30 Hay Horizon Flavors Cidade Brasil12:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show Lusaq TV12:3013:00

Bloque Latino

Cidade Brasil Cidade Brasil

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Mabuhay Cidade Brasil Hay Horizon13:30 Âme D’Afrique Jam TV

Le Grand Magh ArabeFlavors Mabuhay

14:00 Pagini TV La Voix Hellénique Pagini TVBloque Latino14:30

15:00 Bossbens Show Âme D’Afrique Bossbens Show Âme D’Afrique Lusaq TV15:30 Veggie Hay Horizon16:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Veggie Pagini TV16:30 Hay Horizon17:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Jam TV Âme D’Afrique17:30 Mabuhay Cidade Brasil18:00

Le Grand Magh Arabe Bossbens Show Âme D’Afrique Bossbens Show Bossbens Show Jam TV18:30 Pagini TV Le Grand Magh Arabe19:00 Hay Horizon Cidade Brasil Mabuhay

Bloque Latino19:30 Hay Horizon Jam TV Hay Horizon Cidade Brasil Jam TV20:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Hay Horizon20:30 Mabuhay21:00 Lusaq TV

Bloque LatinoPagini TV Bossbens Show Cidade Brasil

Le Grand Magh Arabe Bossbens Show21:30 Âme D’Afrique22:00 Âme D’Afrique Bossbens Show Hay Horizon Jam TV22:30 Flavors Jam TV Mabuhay Flavors23:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Lusaq TV Cidade Brasil23:30 Âme D’Afrique0:00 Mabuhay Bossbens Show Jam TV Mabuhay Pagini TV

Bloque Latino0:30 Hay Horizon Hay Horizon Hay Horizon1:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show1:302:00 Âme D’Afrique Pagini TV Cidade Brasil Lusaq TV Âme D’Afrique2:30 Bossbens Show Mabuhay3:00 Mabuhay Pagini TV Mabuhay

Bloque LatinoBossbens Show3:30 Jam TV Hay Horizon Jam TV Hay Horizon

4:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Sportivi 360 Pagini TV4:305:00 Mabuhay Cidade Brasil Jam TV Cidade Brasil Jam TV Cidade Brasil Hay Horizon5:30 Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps...

uuuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiaresusesus

Sexta-a feife ra SáSábSábado DDomDomingngooggÂÂme D’Aff iriquue Jaam TV

PROGRAMA SEMANAL

3204 ,Jarry Est514-729-9494

8042, St-Michel514-376-2652

5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Página 149 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág 1

verno pequista, tanto mais que o seu pai eraamigo íntimo de Bouchard.

Foi graças a este jogo de influências que oadvogado Bédard, amigo pessoal de AndréBoisclair, conseguiu fazer afastar a candidata àliderança do PQ, Pauline Marois, a favor doseu amigo. E conseguiu.

Com a derrota política de Boisclair na bo-ca das urnas, Pauline Marois consegue final-mente obter a liderança do PQ e em 2007 EricBédard foi capaz de se imiscuir entre os seusconselheiros legais e vir mesmo a ser o seu re-presentante na negociação para o debate polí-tico da campanha eleitoral de 2008.

Amigo pessoal de Julie Snyder, (ex? atual?)companheira de Pierre Karl Péladeau (PKP),Éric Bédard tornou-se também amigo íntimodeste, a tal ponto que chegou a contactar jorna-listas das empresas concorrentes para entraremna equipa dos jornais da Québecor.

André Bédard tem também um irmão ad-vogado, Maxime Bédard, e graças às suas rela-ções com o clã PKP conseguiu para este o lu-gar de vice-presidente dos assuntos jurídicosde TVA, a estação de televisão de PKP.

Foi por intermédio destes dois irmãos queo jornalista da Radio-Canada, Pierre Duchesne,se deixou aliciar para se juntar aos candidatosdo Parti Québécois nas eleições de 2012 e queveio a ser ministro do Ensino Superior com avitória do PQ naquelas eleições.

É preciso dizer-se que a confraria Bédardconta ainda com um outro advogado, Stépha-ne, que desde as eleições de 1998 tem feito par-te da “garde rapprochée” do Parti Québécois.Dizem as más-línguas que foi o seu irmão Éricque o incitou a assumir a direção temporáriado PQ, depois da derrota de Mme Marois nasúltimas eleições. Este lugar de líder temporárionão lhe permite concorrer para a direção dopartido nas próximas eleições daquela forma-ção política mas permite-lhe manejar os corde-linhos para a escolha do futuro chefe.

Pode-se dizer que ele tem alguma experiên-cia neste papel de eminência parda. Foi ele que,instigado pelo seu irmão Éric, quem puxoupelos cordéis nos bastidores para a escolha deBoisclair como chefe do partido. Da mesmaforma que o seu antigo diretor de gabinete, Si-mon Lajoie, tem andado a recrutar membrospara o clã do futuro dirigente do partido… asaber Pierre Karl Péladeau (PKP)!

Uma outra “éminence grise” do PQ éMartin Tremblay, atual vice-presidente da Qué-becor. Antigo empregado do escritório da cir-cunscrição de Stéphane Bédard foi subindo nahierarquia do partido, por sugestão do irmãoÉric e com o apoio de Stéphane, até chegar aocírculo íntimo da direção do PQ e dali dar osalto para o girão da Québecor.

Está assim posta a mesa para a eleição dePKP como futuro líder do Parti Québécois! Atal ponto que, não obstante todos os fracas-sos económicos que o patrão da Québecortem tido na sua carreira – os quais nos têmcustado milhões como contribuintes, graçasaos investimentos negativos da Caisse de Dé-pôt du Québec – ele continua a ser considerado,na opinião pública, como o grande financeiroque jamais o PQ tinha sonhado ter!

Não será que a feitura desta imagem dePKP deva muito ao empório da Québecor?Não nos esqueçamos que 40% da imprensaescrita e falada do Quebeque está nas mãos dosenhor Péladeau.

Mas a força da persuasão do dinheiro e

das influências de bastidores não podem tudo,porque a verdade é como o azeite que vemsempre ao de cima da água por mais que osagitadores nos tentem camuflá-la. E um diadestes, sobretudo se o PKP for nomeado líderdo PQ, todos os fiascos financeiros de que eletem sido responsável virão à tona.

Foi o caso ainda esta semana ao vir a públi-co que ele acabou de vender os seus jornais noCanadá inglês – que ele tinha comprado por1,5 mil milhões de dólares – pela soma insigni-ficante de 316 milhões de dólares!

«Il y a une limite à tout!»

PRATA COM AMORCasal de oiro hoje há prataPara festejar grande valor :As bodas marcadas na ataBordadas com luz e amor.

Louvemos o compromissoE que sirva de grata uniãoDiga-se então, e por isso,Que a vida é uma canção!

Nasce o Sol e dona Lua magoa,Às vezes na casa dos casais,Vem o amor e a gente perdoaE logo acontece beijos e mais.

Amor é gigante que sabe vencer,Ele sabe quem é e para onde vai,Logo, com exemplos de bem-dizer,Nunca do coração apaixonado sai.

Amados, Celene e Armindo, casalNestes momentos a saudade inebriaE o coração faz reviver muito NatalEm que o Menino para vós nascia:

Maravilha anunciada com ternuraE sentida ao jurares no altar,Afinal a beleza das coisas perduraE a família enlaçada fica para amar!

Vós triunfastes nesta vida plenaCom três estrelinhas e mais glória,Depois, no amor tudo vale a penaEi-las então para contar a história:Patrícia, Isabelle e Beatriz

Adelaide Ramos Vilela

Simpático casal, amigos: O céu está azul e cor-de-rosa, e abriu-se hoje, com alegria paraque todos pudessem festejar as bodas de prata da Celene e do Armindo Ferreira. Que do altovenham mais estrelinhas iluminar o vosso lar, que este formoso dia de FESTA se repita pormuitos mais; que se transforme em ouro e com muito amor.

Muitas felicidades ao belo casal Celene e Armindo FerreiraPelo vigésimo quinto aniversário de casamento!

Adelaide Vilela

FRANCISCO FIGUEIREDO1948 – 2014

Faleceu em Montreal no dia 23 de se-tembro de 2014, com 66 anos de idade,Francisco Figueiredo, natural de Rabo dePeixe, São Miguel, Açores, esposo de MariaAdelaide Figueiredo.

Deixa na dor a sua esposa Maria Ade-laide, as suas filhas Fernanda (Vincent Cris-tiano) e Jennifer (Fabiano Amato), o seufilho Brian (Rebecca Ly), os/as seus/asnetos/as Julianna, Alessandra, Francesco,Stefano, Victoria e Adelicia, os/as seus/asirmãos/ãs, os/as seus cunhados/as, so-brinhos/as, primos/as e restantes fami-liares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargo deMAGNUS POIRIER Inc.6825, Sherbrooke Est, MontréalTél.514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntónio RodriguesCell. 514-918-1848

O velório teve lugar na quinta-feiradia 25 de setembro de 2014, das 14h às17h e das 19h às 22h, e na sexta-feira dia 26de setembro 2014, a partir das 8h.

Seguiu-se a missa de corpo presente,na sexta-feira dia 26 de setembro de 2014,às 10h na Igreja Santa Cruz, sendo sepulta-do no Cemitério Le Repos St-Françoisd’Assise.

As doações na Igreja Santa Cruz paramissas à sua memória ou à fundação ‘So-ciété Alzheimer de Montréal’ serão apre-ciadas.

A família vem por este meio agradecera todas as pessoas que, de qualquer forma,se lhes associam neste momento de dor.A todos o nosso obrigado pelo vossoconforto. Bem Hajam.Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général: (514) 727-2847/1 888 727-2847Télécopieur: (514) 322-2252Ligne directe: (514) 727-2828 - poste 1313

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MANUEL AUGUSTO ALBERTO DE ALMEIDA1930 – 2014

Faleceu em Montreal, no dia 26 de setem-bro de 2014, com 84 anos de idade, ManuelAlmeida, natural de São João da Madeira, espo-so de Durbalina Rosa de Pinho.

Deixa na dor a sua esposa Durbalina, os/a seus/ua filhos/a Avelino, Mario, Maria (RuiJoão), falecido Vicente e Emanuel Luis, os/asseus/as netos/as Sara Monalisa, Tammy-Lynn, Michael, Jayden e Vanessa, a bisneta Pa-prika, os seus irmãos Candido, Delfim, Joa-quim, falecido Serafim, Fernando e Vicente,o/as seu/as cunhado/as, sobrinhos/as, pri-mos/as e restantes familiares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargo deMAGNUS POIRIER Inc.6825, Sherbrooke Est, MontréalTél.514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntónio RodriguesCell. 514-918-1848

O velório, em presença das cinzas, tevelugar na segunda-feira dia 29 de setembro de2014, a partir das 16h. Seguiu-se a cerimónia,às 18h na Capela do Complexo Funerário.

A família vem por este meio agradecer a

todas as pessoas que, de qualquer forma, selhes associaram neste momento de dor. A to-dos o nosso obrigado pelo vosso conforto.Bem Hajam.Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général: 514 727-2847 / 1 888 727-2847Télécopieur: 514 322-2252Ligne directe: 514 727-2828 - poste [email protected]

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Página 159 de outubro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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A três jogos do fim…

Impacto joga fuga ao último lugar• Por Norberto AGUIAR

Quando faltam apenas três jogos pa-ra que o campeonato da Major League Soccertermine, o Impacto de Montreal assenta a suaclassificação no último lugar. Isto para queminiciou a época cheio de ambições, não se falavanoutra coisa senão no apuramento para as eli-minatórias de fim de temporada, quando nãomesmo lutar pela Taça, nada mais deprimentedo que ver o Impacto na 19ª posição da tabelaclassificativa...

Quem se deve rir neste momento deve sero ex-treinador, Marco Schalibaum, que, no anopassado, por esta altura, estava em plena corridaàs eliminatórias, que foram conseguidas, istopara gáudio dos adeptos montrealenses. Ape-sar disso, o suíço foi mandado embora, aliás,como já tinha sido Jesse March, que no primei-ro ano de MLS também acabou por fazer oque consideramos bom trabalho, mesmo seteve de construir uma equipa em poucas sema-nas, com jogadores vindos das mais dísparesprocedências.

Este ano, com condições que não tiveramaqueles dois técnicos, por maior investimentoem jogadores, Frank Klopas, quanto a nós,fez mau trabalho, sendo o principal respon-sável pela equipa estar na posição incrível emque está: última entre 19!

Para justificar a péssima carreira do Im-pacto, a direção decidiu demitir Nick Di Santisde diretor-desportivo a meio da temporada. Ese bem que muitos apontem o dedo àquele an-tigo técnico, e já agora, igualmente jogador, averdade é que Nick Di Santis não marcava go-los nem tampouco alinhava o onze para cadajogo... Se cometeu erros e se estorvava na suaação de diretor-desportivo? Claramente quesim. Mas os problemas mais prementes daequipa tinham e têm a ver com a direção técnicada responsabilidade de Frank Klopas.

Mas para os defensores do heleno-ameri-cano, o problema da equipa estava no montre-alense de origem italiana, que consideravamque detinha muito poder.

Depois da saída – não totalmente porquelhe foi criado um novo posto para sair nãosaindo... – de Nick Di Santis, o Impacto nãomelhorou a sua prestação e a prova está à vistacom a descida ao último lugar da tabela classi-ficativa.

É verdade que o Impacto já está apuradopara a Liga dos Campeões da CONCACAF,eliminatória que se disputa já em 2015, poucassemanas antes de começar a nova época daMLS, prevista para a segunda semana de março.Mas mesmo aqui não se pode dizer que o apu-ramento foi fora do esperado... É verdade queo Impacto jogou e venceu os três jogos dispu-tados até agora, primeiro batendo o DeportivoFAS (El Salvador) lá (3-2) e cá (1-0) e de seguidarecebeu o Nova Iorque, no Estádio Saputo,também vencendo (1-0) os nova-iorquinos,não tendo culpa que os homens da Nova A-mesterdão viessem até Montreal desfalcados.Para além disso, recentemente o Red Bull vol-tou a dar uma ajudinha ao ir até El Salvador,defrontar o mesmo Deportivo, onde não foialém de um empate (0-0)... quando o Impactode lá trouxe uma vitória.

Tudo isto para dizer que o Impacto nãose pode dar por totalmente feliz esta épocapor ter ganho o Campeonato Canadiano –prova disputada pelas cinco equipas profissio-nais do Canadá, Whitecaps de Vancouver, Im-pacto de Montreal, Toronto FC; e as duas da2ª Divisão, Edmonton FC e Fury de Otava – econseguido obter aquelas três vitórias em ou-tros tantos jogos que a classificam para a elimi-natória seguinte da CONCACAF. (Falta o últi-mo jogo do grupo, dia 22, em Nova Iorquemas que já não tem influência para o apura-mento – o Impacto termina sempre em pri-meiro lugar, seja qual for o resultado.) Havia aobrigação de fazer mais e melhor por razõesconhecidas dos que acompanham a equipa...

E agora?Não fica nada bem ao Impacto terminar

este ano o Campeonato em último lugar. Pri-meiro porque é uma organização estável, ondeapesar de só ter três anos de atividade já está àaltura das boas organizações da Liga, financeirae desportivamente. Segundo porque mesmofutebolisticamente falando o Impacto temuma excelente estrutura e um staff de jogadoresde nível muito razoável, como já deu mostrasem muitas ocasiões, no Campeonato da MLS,no Campeonato do Canadá, nas provas daCONCACAF e mesmo a nível internacional,quando mediu forças com equipas como a Fio-rentina, Boca Juniors, Bordeaux, etc...

Para não ficar no incómodo último lugardesta forte Liga, o Impacto tem de ganharpontos já sábado, quando defrontar, em casa,o Revolution, uma das melhores formaçõesda Major League Soccer e que está na segundaposição da sua zona, ainda com hipóteses dechegar ao primeiro lugar...

Para os portugueses de Montreal e arre-dores, trata-se de uma ocasião única de veremem ação A.J. Soares (luso-americano) e JoséGonçalves (lisboeta) sob as cores da equipada Nova Inglaterra.

Depois desta partida, o Impacto vai a To-ronto defrontar a equipa local, que está emplena luta para se apurar. O jogo é no sábado,dia 18. Logo a seguir, no sábado dia 25, o Im-pacto recebe o DC United (atual primeiro clas-sificado da Zona Este, a do Impacto), marcan-do nesse dia o final da sua participação naprova deste ano 2014.

No entretanto, e a contar para a Liga deCampeões da CONCACAF, o Impacto vai aNova Iorque no dia 22 de outubro defrontaro Red Bull em jogo só para cumprir calendário.

Di Vaio regressa a ItáliaJogou na Lázio de Roma, equipa da sua

cidade natal, na Juventus, no Valença, no Mó-naco, na Seleção de Itália, e veio terminar acarreira no Impacto. Por onde passou, MarcoDi Vaio deixou cartel como jogador e comohomem. O Impacto de Montreal vai sentir afalta, pelo menos nos primeiros meses da pró-xima época, deste ótimo jogador, uma inspira-ção para muitos dos seus jovens colegas e paragrande parte da juventude do Quebeque.

Marco Di Vaio realiza o seu último jogoem solo canadiano no dia 25 de outubro diantedo DC United. Para quem nunca o viu jogar,esta é uma bela ocasião para dizer «arriverdecci»

a um futebolista de eleição e que também ajudoua cimentar o futebol desta terra!

Últimos resultadosImpacto – San Jose, 2-0Columbus Crew – Impacto, 2-0Chicago – Impacto, 0-0

Próximos jogosDia 11, Estádio Saputo16h00: Impacto – RevolutionDia 18, BMO14h00: Toronto FC – ImpactoDia 25, Estádio Saputo16h00: Impacto – DC United

Taça CONCACAFDia 22, Red Bull ArenaRed Bull Nova Iorque – Impacto.

Marco Di Vaio prepara-se para arrumar as botas e regressar à sua Itália natal.

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