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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia Ariélen Camaçari Thomaz Daiyane Akemi Morimoto ELABORAÇÃO DE UM SOFTWARE EDUCATIVO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MOTORA SEM LINGUAGEM ORAL LINS – SP 2016

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pedagogia

Ariélen Camaçari Thomaz

Daiyane Akemi Morimoto

ELABORAÇÃO DE UM SOFTWARE EDUCATIVO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MOTORA SEM

LINGUAGEM ORAL

LINS – SP

2016

ARIÉLEN CAMAÇARI THOMAZ

DAIYANE AKEMI MORIMOTO

ELABORAÇÃO DE UM SOFTWARE EDUCATIVO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MOTORA SEM LINGUAGEM ORAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxílium, curso de Pedagogia, sob a orientação do Profª Dra Fabiana Sayuri Sameshima e orientação técnica da Profª Ma. Fatima Eliana Frigatto Bozzo.

LINS – SP

2016

ARIÉLEN CAMAÇARI THOMAZ

DAIYANE AKEMI MORIMOTO

A ELABORAÇÃO DE SOFTWARE EDUCATIVO PARA ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA MOTORA SEM LINGUAGEM ORAL

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título de graduação

do curso de Pedagogia.

Aprovado em ________/________/________

Banca Examinadora:

Prof (a) Orientador(a): Dra Fabiana Sayuri Sameshima

Titulação: Doutorado em Educação pela Unesp/ Marília

Assinatura: _________________________________

1º Prof(a): Marcos José Ardenghi

Titulação: Mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo.

Assinatura: _________________________________

2º Prof(a): Sonaria Cristina da Silva Azevedo

Titulação: Especialista em formação de professores para o exercício do

magistério e o atendimento de alunos com necessidades educacionais

especiais, com ênfase na deficiência intelectual pela Unifac/ Botucatu

Assinatura: _________________________________

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe, Nair Pereira Camaçari Thomaz, por me apoiar desde minha decisão do curso e por ser a minha maior incentivadora e exemplo para que concluísse a minha graduação.

Ariélen Camaçari Thomaz

Dedico esse trabalho a minha mãe e minha filha, que são as duas peças-chaves que permitiram o cumprimento de mais um objetivo, a realização de um sonho.

Daiyane Akemi Morimoto

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar sabedoria e discernimento durante todos esses quatro anos, na realização de um sonho.

Aos meus pais, Nair e Osmar, minha irmã Aline, minha madrinha Darci e ao meu namorado Junior por sempre me apoiar, compreender e incentivar para que este sonho se tornasse real e possível.

A todos os professores que contribuíram para a minha formação, em especial a querida orientadora, professora Drª Fabiana Sayuri Sameshima, por não medir esforços para que este trabalho se findasse e a professora Ma. Fatima Eliana Frigatto Bozzo por todo o empenho na orientação técnica.

Aos meus amigos de sala, que durante quatro anos convivemos e compartilhamos muitas situações. Em especial minha amiga, Daiyane Akemi Morimoto, que desde início se dedicou e não mediu esforços, para que juntas, concretizássemos mais um sonho em nossas vidas.

Está vitória é nossa! Ariélen Camaçari Thomaz

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que tiveram paciência, me

proporcionando a capacidade de conseguir concluir a segunda graduação.

Aos meus professores, obrigada por cada ensinamento passado, principalmente a Profª Dra Fabiana Sayuri Sameshima, pela orientação e dedicação ao nosso trabalho aqui apresentado e a Profª Ma. Fatíma Eliana Frigatto Bozzo por toda orientação técnica.

Ao meu marido, obrigada por superar e entender minha ausência, o nervosismo e a ansiedade.

A minha filha, obrigada por me animar todas as manhãs, me mostrando quão bom é, e deveríamos ser, felizes todos os dias.

A minha irmã que me ajudou, tanto com minha filha, quanto com o computador, emprestando sempre que necessário.

Ao meu pai, por me dar um presente que ninguém pode roubar, o conhecimento, sem contar toda a formação humana e moral, que desejo repetir, educando minha filha nos mesmos moldes que assim o recebi.

A minha mãe, onde dedico um agradecimento em especial, pois foi esta mulher que me ajudou a entender o que é cair e se levantar, mesmo machucada, continuar lutando sem perder as esperanças, esperanças estas de que eu conseguiria e me deu forças para seguir em frente, além disso, me ajudou por muitos e muitos dias cuidando da Daniella, minha amada filha, para que eu conseguisse estudar e trabalhar. Ela que estava sempre pronta e disposta a qualquer pedido de socorro, sem nenhuma remuneração e /ou mesmo sem um carinho de retribuição, por todo este cuidado, carinho e determinação que estava sendo dedicado à minha pequena, minha sincera e eterna gratidão.

Muito obrigada, mãe!

Daiyane Akemi Morimoto

RESUMO

O uso de softwares educativos para alunos com deficiência são excelentes ferramentas que facilitam o processo de ensino- aprendizagem, assim como, um importante recurso pedagógico que proporciona o desenvolvimento de habilidades orais, de leitura e escrita. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo elaborar um software educativo para o desenvolvimento da consciência fonológica de alunos com deficiência motora sem a linguagem oral, além de analisar a concepção dos docentes sobre a importância da utilização de softwares educativos na sala de recurso multifuncional. Participaram da pesquisa, 6 professoras especialistas em Educação Especial com idades entre 23 a 54 anos, atuantes nas Sala de Recursos Multifuncionais, de uma cidade no interior de São Paulo. Foi elaborado um questionário contendo 12 perguntas abertas de acordo com o tema da pesquisa, contemplando aspectos sobre o uso de softwares educativos no atendimento educacional especializado. A análise dos dados identificou que apenas uma professora não faz o uso desta ferramenta na sua prática diária, e que a inserção do software educativo traz muitos benefícios para o aprendizado da criança com deficiência, tornando a aula atraente e lúdica, suprindo as necessidades e contemplando as competências e habilidades dos conteúdos pedagógicos planejados pelo professor. De acordo com os resultados foi possível elaborar procedimentos para a criação de um software especifico no desenvolvimento da consciência fonológica. O software é composto por 30 atividades, confeccionadas com o apoio do Boardmaker. Conclui- se que a elaboração do software demostrado neste trabalho, pode ser utilizada no contexto educacional fazendo parte de uma metodologia diferenciada no auxilio da alfabetização de alunos com deficiência sem linguagem oral. Palavras-chave: Consciência fonológica. Software. Tecnologia Educacional.

ABSTRACT The use of educational software for students with disabilities are excellent tools that facilitate the teaching-learning process, as well as an important pedagogical resource that provides the development of oral, reading and writing skills. In this sense, this research had as objective to elaborate educational software for the development of the phonological awareness of students with motor deficiency without the oral language, besides analyzing the conception of the teachers on the importance of the use of educational software in the multifunctional resource room. Participated in the research, 6 special education teachers with ages ranging from 23 to 54 years, working in the Multifunctional Resources Room, a city in the interior of São Paulo. A questionnaire containing 12 open questions was elaborated according to the theme of the research, contemplating aspects about the use of educational software in the specialized educational service. The data analysis identified that only one teacher does not use this tool in their daily practice, and that the insertion of educational software brings many benefits for the learning of the child with disabilities, making the classroom attractive and playful, supplying the needs and contemplating The skills and abilities of the pedagogical contents planned by the teacher. According to the results it was possible to elaborate procedures for the creation of specific software in the development of phonological awareness. The software consists of 30 activities, made with the support of the Board maker. It is concluded that the elaboration of the software demonstrated in this work can be used in the educational context as part of a differentiated methodology in the aid of the literacy of students with disabilities without oral language. Keywords: Phonological awareness. Software. Educational technology.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Exemplo de rima............................................................................ 19

Figura 2: Exemplo de aliteração.................................................................... 20

Figura 3: Exemplo de consciencia sílabica ................................................ 21

Figura 4: Exemplo de subtração de sílaba.................................................... 21

Figura 5: Exemplo de consciência fonêmica................................................. 22

Figura 6: Síntese fonêmica............................................................................ 23

Figura 7: Exemplo de análise de fonemas................................................... 23

Figura 8: Exemplo de síntese fonêmica........................................................ 24

Figura 9: Exemplo de adição e subtração de fonemas................................. 24

Figura 10: Exemplo de invenção de fonemas............................................... 25

Figura 11: Atividade de rima.......................................................................... 47

Figura 12: Palavras inventadas..................................................................... 47

Figura 13: Manipulação sílabica.................................................................... 47

Figura 14: Manipulação fonêmica................................................................. 47

Figura 15: Jogo de pares fonológicos........................................................... 47

Figura 16: Consciência de sílabas................................................................ 47

Figura 17: Cadastro aluno............................................................................. 49

Figura 18: Cadastro professor...................................................................... 49

Figura 19: Menu de atividades...................................................................... 50

Figura 20: jogo de rimas................................................................................ 50

Figura 21: Manipulação de fonemas............................................................. 51

Figura 22: Estatística..................................................................................... 51

Figura 23: Pesquisa de equipamento............................................................ 51

Figura 24: Seja bem vindo! Juba esperto...................................................... 52

Figura 25: Relatório....................................................................................... 52

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Software disponível no mercado...................................................31

Quadro 2: Software de consciência fonológica............................................. 34

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................10

CAPÍTULO I – NECESSIDADES EDUCACIONAIS PARA ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA MOTORA SEM LINGUAGEM ORAL........................................13

1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E RECURSOS EDUCACIONAIS.......... 13

1.1 Habilidades de Consciência Fonológica......................................................17

CAPÍTULO II – O USO DE SOFTWARE COMO FERRAMENTA

EDUCACIONAL................................................................................................27

1 SOFTWARE COMO FERRAMENTA..................................................................27

CAPÍTULO III – A PESQUISA..........................................................................40

1 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS.........................................40

3.1 Análise de Dados.........................................................................................40

3.2 Resultados...................................................................................................46

CONCLUSÃO....................................................................................................54

REFERÊNCIAS.................................................................................................55

APÊNDICE .......................................................................................................58

Apêndice A- Questionário para os professores.................................................59

10

INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, com os avanços tecnológicos, a globalização tomando

conta da sociedade, a informática tem um papel fundamental na educação,

esta, auxilia os processos de alfabetização por meio de diferentes tecnologias,

assim como, se constitui uma ferramenta na qual os profissionais da educação,

propõem acesso a programas que chamem mais atenção das crianças por

suas cores, sons, apresentações e dinâmicas (OLIVEIRA, 2009; SPINARDI,

2009).

Embasado em Schaff (1995), defende que sempre existiu informações

sobre as diferentes tecnologias educacionais no ambiente escolar, o que difere

é a velocidade na qual ela se propaga. Em relação a isso, o mesmo autor,

alerta para diferenças e divisões da sociedade (política, social e racial) que

sofrem influências no que diz respeito ao conhecimento da informação e sua

propagação.

A formação de professores para o apoio de recursos tem grande auxílio

nos meios de comunicação, como internet, softwares e demais aplicativos,

estes permitirão “trazer para a sala de aula a interatividade, a

interdisciplinaridade, a interação social e a perspectiva intercultural para se

fazer capaz de evoluir e adaptar- se as novas necessidades”. (PAIS..., 2005, p.

23).

Além desses contextos, por meio da informática, ainda é possível

transmitir e ensinar conteúdos acadêmicos de diferentes disciplinas, assim

como habilidades importantes para a aquisição da leitura e escrita, como a

consciência fonológica, transmitir sons associados às letras são precisamente

os mesmos sons da fala e muitas outras habilidades que vão surgindo com o

decorrer das aulas; essa noção não surge de forma natural ou fácil em seres

humanos.

Em crianças a dificuldade é encontrar formas para notarem os fonemas,

descobrirem sua existência e a possibilidade em separá-los. “Há muitas

atividades que envolvem rima, ritmo, escuta e sons que são ideais para este

propósito, de desenvolver a consciência fonológica.” (ADAMS et al., 2006, p10.

48).

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Neste sentido, a elaboração de software educativo baseado em

consciência fonológica facilitaria a alfabetização de alunos com deficiência

motora, sem linguagem oral?

Para isso que foi desenvolvida esta pesquisa, no intuito de elaborar um

software educativo para o desenvolvimento da consciência fonológica de

alunos com deficiência motora sem linguagem oral. Em relação aos objetivos

específicos podemos destacar a análise e a concepção dos professores sobre

a importância da utilização de softwares educativos e a elaboração de

atividades de consciência fonológica com o auxílio do software Boardmaker,

baseadas no currículo escolar e o futuro desenvolvimento do software

educativo com parceria de instituições especializadas.

A literatura aponta para a importância do desenvolvimento das

habilidades de consciência fonológica como facilitador para a aquisição da

leitura e escrita. Alunos que apresentam dificuldades na fala articulada expõem

déficits nessa área e necessitam de estimulação para facilitar a aprendizagem.

Desse modo, trabalhar com a consciência fonológica de alunos com

deficiência motora sem linguagem oral por meio de um software educativo

poderá auxiliá-los nas questões acadêmicas propostas em sala de aula e

consequentemente, nos ganhos com a alfabetização.

Dessa forma o trabalho fora dividido em três capítulos.

No primeiro capítulo "Necessidades educacionais para alunos com

deficiência motora sem linguagem oral" houve uma discussão a respeito da

dificuldade de alfabetizar uma criança com deficiência motora sem linguagem

oral, utilizando recursos educacionais para que os professores possam se

aperfeiçoar nos seus atendimentos favorecendo, também, o uso das

habilidades de consciência fonológica.

O segundo capítulo "O uso de software como ferramenta

educacional" ressalta o uso de software como ferramenta educacional para que

o professor possa trabalhar de forma diferenciada com seus alunos.

No último capítulo, "A Pesquisa" foi desenvolvida por meio de um

questionário composto por 12 perguntas, na qual foi possível identificar e

ratificar nossa ideia, que o uso de software educativo dentro da sala de recurso

é uma ferramenta facilitadora para o processo de ensino e aprendizagem,

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assim como os procedimentos para a elaboração do software, validando nossa

teoria.

Dessa forma, usando essa ferramenta durante os atendimentos com

frequência, o processo de ensino- aprendizagem do aluno irá evoluir trazendo

benefícios, não só para a vida do usuário, mas para a sociedade.

13

CAPÍTULO I

NECESSIDADES EDUCACIONAIS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MOTORA SEM LINGUAGEM ORAL

1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E RECURSOS EDUCACIONAIS

Nesse capitulo será abordado sobre a dificuldade de alfabetização de

crianças com deficiência motora sem linguagem oral, visando auxiliar o

profissional e o aluno no desenvolvimento das atividades realizadas em da sala

de aula/sala de recursos, enfatizando a importância da consciência fonológica

e a aquisição da leitura e escrita, favorecendo estratégias e recursos que

auxiliem no processo da alfabetização.

Segundo Barros e Oliveira (2012), a formação de professores e a

inclusão de alunos com deficiência em classes regulares devem funcionar

como um trabalho de mão dupla, atendendo não só alunos sem dificuldades,

mas também, alunos com necessidades especiais. Os professores muitas

vezes não estão preparados para lidar com alunos que demandam uma melhor

atenção, desta forma, encontram

[...] algumas dificuldades que estão ressaltadas pelos próprios professores para lidar com esta nova realidade. São elas: “a eficácia da metodologia aplicada; a falta de recursos e de infra-estrutura; as péssimas condições de trabalho; as jornadas de trabalho excessivas; os limites da formação profissional e o número elevado de alunos por sala de aula; [...] o despreparo para ensinar seus alunos” (FACION et al, 2008 apud BARROS; OLIVEIRA, 2012, p. 4).

Quando se tem alunos com deficiência em classes regulares, acontece

que existem professores em busca de uma formação adequada onde busca

cumprir as exigências e necessidades educacionais dos alunos.

Na literatura de Brennan, (1998, apud PAULO, 2001), encontra que

existe uma necessidade educativa especial,

Uma deficiência (física, sensorial, intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas) afeta a aprendizagem até tal ponto que são necessários alguns ou todos os acessos especiais ao currículo especial ou modificado, ou a umas condições de aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno seja educado adequada e eficazmente. A necessidade pode apresentar-se em qualquer ponto de um continuum, que vai desde a ligeira a grave: pode ser

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permanente ou ser uma fase temporária no desenvolvimento do aluno. ( p.26).

Por sua vez, Casanova (1990 apud PAULO, 2011, p.26) entende que as

necessidades educativas especiais são,

Aquelas que têm certos alunos com dificuldades maiores que o habitual (mais amplas e mais profundas) e que precisam, por isso, de ajudas complementares especificas. […]. Determinar que um aluno apresente necessidades especiais supõe que para atingir os objetivos educativos necessita de apoios didáticos ou serviços particulares e definidos, em função das suas características pessoais

Em Ferreira (2011), também é importante que a família da criança saiba

que o estímulo deve ser inserido na vida desta desde cedo para que consiga se

desenvolver em todas as potencialidades, promovendo a autoestima, o

desenvolvimento global, aumentando as informações verbais da criança, entre

outros, buscando ajuda e recursos, conhecendo suas limitações para que

consiga auxilia- lá no seu desenvolvimento.

Ferreira (2011) relata da dificuldade em aceitar um filho com deficiência,

no qual causa a ruptura entre a família, existe a preocupação da família em

encontrar profissionais adequados e com responsabilidades que atendam essa

criança, não a enxergando apenas como meio de ganhar dinheiro e sim como

uma cidadã que é merecedora de todo respeito, estamos falando de

profissionais em vários campos de atuação, daquele que proporcione o lazer

até os de tratamentos específicos.

Dentre essas, existem maior dificuldade em encontrar para a

alfabetização de crianças com Deficiência Motora Sem Linguagem Oral

(DMSLO), isso se dá pela carência e a precariedade ou ausência de recursos

encontrados nas escolas. Percebemos tal fato no momento da matricula na

escola, a falta de materiais para se trabalhar com esses alunos e acessibilidade

ao local.

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001,

as escolas devem se preparar instrumentalmente para a matrícula e

atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais,

assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para

todos.

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Com isso a escola precisa se adequar a atender a necessidade desses

alunos com deficiência, favorecendo assim o seu desenvolvimento no ambiente

escolar. Esses ambientes podemos citar alguns para melhor elucidar, adaptar

os banheiros, adicionar rampas e corrimões, proporcionar carteiras e cadeiras

que se adequem as necessidades das crianças, entre outros. Esses promovem

acessibilidade assim como os recursos de Tecnologia Assistiva que vão desde

um lápis engrossado, dando maior área de contato com os dedos, facilitando o

manuseio no momento da escrita, como os recursos de alta tecnologia, os

computadores com os sistemas de comunicação alternativa instalada.

(CADERNO..., 2012).

[...] comunicação alternativa e/ ou suplementar vem sendo utilizada

para designar conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala. (MANZINI, 2006, p. 4)

Estes recursos não necessitam de investimento financeiro para serem

desenvolvidos e utilizados, se levado em conta as individualidades e

necessidades de cada aluno para que consiga utilizar e se beneficiar destes

recursos (CADERNO..., 2012).

Tecnologia assistiva é uma expressão utilizada para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover vida independente e inclusão. Ainda, de acordo com Dias de Sá, a tecnologia assistiva deve ser compreendida como resolução de problemas funcionais, em uma perspectiva de desenvolvimento das potencialidades humanas, valorização de desejos, habilidades, expectativas positivas e da qualidade de vida, as quais incluem recursos de comunicação alternativa, de acessibilidade ao computador, de atividades de vida diárias, de orientação e mobilidade, de adequação postural, de adaptação de veículos, órteses e próteses, entre outros. (BRASIL, 2006 apud SCHIMER et al, 2007p. 31).

Segundo Paulo (2011), é necessário colocar o aluno de forma que os

seus interesses e necessidades estejam no centro do processo educativo, e é

a escola a responsável a se adaptar à realidade dos seus alunos, criando

possibilidades e não apenas cumprindo legislações que restringem e retiram

direitos dos educandos ou aqueles que necessitam de maior atenção. É

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preciso uma escola mais aberta para a prática da realização de atividades com

tais alunos, se responsabilizando em criar estratégias diferenciadas

proporcionando a inclusão para.

Segundo Paulo (2011, p.41) que diz,

Depois de feita uma reflexão sobre o que foi dito pelos diferentes autores, baseados em estudos por eles realizados podemos dizer que, a linguagem oral é formada por um conjunto de símbolos fonológicos com correspondência gráfica, regidos por normas que representam objetos ou conceitos, claramente dependentes de processos cognitivos, físicos emocionais e sociais que usam a fala e a língua como ferramentas. A linguagem existe não só virada para o exterior onde o emissor e o receptor trocam alternadamente de papel, existe também virada para o interior do individuo quando este usa a memória para relembrar determinados atos, momentos ou palavras e reflete sobre a linguagem, a memória é muito importante no desenvolvimento da linguagem, é sem dúvida uma componente fundamental neste processo.

Embasado na fala do autor, percebe-se que a comunicação e oralidade

são vistas de maneira associadas, ao falar de comunicação pensa-se em

alguém que fala e outro que escuta, mas nem sempre a comunicação é

realizada desta forma.

Existem outras formas de linguagens como escrita, pictográfica, gestual,

corporal, dentre outras. Em relação à linguagem oral e escrita, o estudo desta é

visto como forma a compreender as dificuldades que podem surgir no período

de aquisição das mesmas e as influências no momento de aprendizado na

criança e/ou no adulto, e a partir destes estudos é possível descobrir novas

formas de prevenção e intervenção no desenvolvimento da fala durante este

período de aprendizagem.

Ao pesquisar esses meios de linguagens, encontra- se algumas

dificuldades no tocante a oralidade, quer seja de caráter temporário ou

permanente, não sendo na maioria das vezes abrangido por legislação e pelos

artigos ao qual este pertence, sendo atestado por fonoaudiólogos especialistas

e exames neurológicos comprovativos de que a criança tenha dificuldade de

linguagem e a sua funcionalidade se encontra comprometida de forma

permanente.

O professor trabalha com turmas com mais de vinte alunos e nessas

turmas cheias e que possuem uma ou mais crianças com dificuldade de

linguagem, fazem com que o professor se sinta impotente diante desta

17

situação. Não importa a quantidade de crianças na sala, esta necessita de

atenção especial, pois será o futuro de uma nação, nação esta que está a

mercê da insignificância e da ignorância funcional, motivo este que leva a

sociedade aos caoses educacionais; estas crianças estão a reproduzir o que

estão vivenciando, tais necessitam de atendimento educacional especializado.

Sobre o Atendimento Educacional Especializado encontra- se em Batista

(2006) no que,

[...] refere-se ao que é necessariamente diferente da educação em escolas comuns e que é necessário para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, complementando a educação escolar e devendo estar disponível em todos os níveis de ensino (p.9)

Esse atendimento deve ocorrer preferencialmente nas unidades

escolares, em horários distintos das aulas, os professores necessitam ser

habilitados para trabalhar nessas salas, entre outras características.

Em alunos com encefalopatia crônica infantil não progressiva, a

alteração dos tônus musculares prejudicará também as funções

fonoarticulatórias, onde a fala se apresentara alterada ou ausente quando a

criança tem dificuldades na comunicação, havendo regressão na avaliação

cognitiva dessas crianças (FERREIRA, 2011).

Os transtornos do desenvolvimento da fala e da linguagem que podem ser determinadas por perturbações graves do controle dos órgãos motores bucofonatórios, que podem afetar a execução (disartria) ou a própria organização do órgão motor (Apraxia). Como consequência alterar em maior ou menor grau a inteligibilidade da língua falada ou podem impedi- lá por completo. (BASIL, 2004 apud FERREIRA 2011 p.15).

Assim sendo, crianças que não possuem a linguagem oral terão pouca

experiência em atividades de consciência fonológica, pois, por não falarem,

não executarão exercícios de articulação e compreensão da fala, dificultando o

desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem.

1.1 Habilidades de consciência fonológica

A Consciência Fonológica é uma habilidade fundamental para a

aquisição da leitura e escrita. É vista como uma habilidade metalinguística de

18

forma que pronuncie a palavra de forma correta, possuindo diversos sons

envolvendo reflexão e operação das silabas, sendo segmentadas em unidades

menores. Visto a importância desta Consciência nas palavras do autor Baia,

(2007) apud Bimont, (2008) demonstrando que:

A importância da Consciência Fonológica está no fato dela colaborar para uma alfabetização bem sucedida, ou seja, ela prepara a criança para o processo de decodificação da língua (processo de converter letras e sons), por meio do estudo de grafemas, sons, sílabas, palavras etc. Portanto, o sucesso na inicialização dos primeiros passos da leitura e da escrita depende dentre outros fatores, de um determinado nível de Consciência Fonológica adquirido anteriormente pela criança; seja de maneira formal ou informal (BAIA, 2007 apud BIMONTI, 2008, p.21).

Com isso, as crianças ao utilizar os fonemas no processo de

alfabetização sentirão maior facilidade na leitura e escrita no decorrer das

atividades. Ao realizar as ditas atividades, a criança associará o som de cada

letra e sílaba corretamente, obtendo uma maior compreensão. Assim, a

utilização da Consciência Fonológica será outro recurso, e muito ideal que o

ajudará no seu processo de aprendizagem.

Segundo Adams et. al.(2006, p. 21),

Sabendo que tantas crianças carecem de consciência fonológica e que ela é fundamental para aprender a ler e a produzir escrita alfabética, começamos a ver a importância de dar lugar a sua instrução. Na verdade, as pesquisas mostram claramente que a consciência fonológica pode ser desenvolvida por meio da instrução e, mais do que isso, fazê-lo significa acelerar a posterior aquisição da leitura e da escrita por parte da criança.

De acordo com Baia (2007, apud BIMONT, 2008), para que ocorra uma

alfabetização De e Com qualidade, é importante que haja a consciência

fonológica, na qual é esta que prepara a criança para o processo de converter

letras e sons (decodificação da língua) por meio do trabalho com grafemas,

sons, sílabas, palavras, etc. Para a realização desse processo é importante

que saibamos quais são as habilidades da consciência fonológica. Vejamos

alguns exemplos destas Consciências para melhor entender esta premissa.

A Consciência da palavra, esta se entende por meio da consciência da

palavra, a criança por sua vez, usa de suas habilidades para perceber que as

palavras são formadas por letras, as palavras formam as frases que vão

construir um texto em um contexto e segundo as autoras Almeida e Duarte

19

(2003, p. 34), “as atividades práticas levam a criança perceber que as frases

são formadas por palavras e que as frases podem ter diferentes números de

palavras”. Com base no escrito das autoras, a criança terá seu entendimento

ou noção de cada palavra surgindo de acordo com a percepção de cada um,

do tamanho da palavra, grande ou pequena, em relação ao nome e/ou a

escrita.

Em relação à rima, as mesmas autoras citadas acima, relatam o uso da

rima em diversas atividades, como exemplo, os poemas, trava-línguas, entre

outros, fazendo com que a criança perceba o final de cada palavra e note a sua

combinação.

No quadro abaixo, é relatado um exemplo claro de atividade podendo

ser usada em sala de aula, esta atividade leva a criança a perceber as

tonalidades silábicas, palavras e os sentidos das frases. Nestas atividades de

rimas, além das crianças memorizarem com maior facilidade estas citadas, as

auxiliam em sua dicção, além de praticarem as habilidades de discriminar e

categorizar as palavras, tornando as aulas mais agradáveis e atrativas.

Figura 1: Exemplo de Rima

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.9)

20

Outra habilidade é a aliteração, entendida de forma que a criança

consiga perceber outros meios de como formar palavras e ver as diferentes

representações grafêmicas que existem. Identificando os sons iguais das

silabas iniciais, agrupando as palavras num mesmo conjunto.

Figura 2- Exemplo de aliteração

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.23)

Com a rima e a aliteração Almeida e Duarte (2003), abordam a junção

de ambos, fazendo com que a criança reconheça a rima que tem a mesma

terminação das palavras que apresentem o mesmo som inicial, conseguindo

enfatizar a rima, seja no inicio das palavras ou no final das mesmas, com a

identificação dos sons idênticos.

Dando continuidade as habilidades de consciência fonológica, cita-se

ainda que a consciência de sílabas, leva em consideração a quantidade das

mesmas que formam as palavras. A criança, a partir deste pressuposto,

começa a criar uma noção da síntese silábica, entender que ao separar as

mesmas, não obrigatoriamente, terá o mesmo tamanho entre as silabas,

21

verificando que palavras maiores têm mais sílabas, e consequentemente, os

menores são constituídos por menos.

Figura 3- Exemplo de consciência silábica

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.46)

No caso da consciência de sílabas e síntese silábica, essas incentivam a

criança a descobrir qual palavra está sendo lida/dita sem que esta seja

pronunciada por completo e sim sílaba a sílaba pausadamente.

Em relação à consciência de sílabas, adição e subtração de sílabas é a

retirada ou a colocação de uma sílaba dentro de uma palavra podendo surgir

outras, como no exemplo a seguir.

Figura 4- Exemplo de subtração de sílabas

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.51)

22

Outra habilidade a ser trabalhada diz respeito a consciência fonêmica

que é a percepção do inicio das palavras com mesmo som, é importante

corrigir os sons falados pelas crianças erroneamente e ensiná-las que os sons

podem ser alterados, mas nem sempre resultará em palavras da língua.

Figura 5 – Consciência Fonêmica

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.63)

Na identidade fonêmica será possível propiciar à criança uma percepção

onde o mesmo som pode aparecer no início de várias palavras diferentes,

nesta situação, o importante é enfatizar o som de cada letra e não o seu nome.

Em relação a sínteses de fonemas, podemos entender a formação de

novas palavras ao realizar a segmentação das mesmas, acrescentando sons

no início, meio e fim destes segmentos, mostrando a criança que é possível

formarem novas palavras.

23

Figura 6- Síntese fonêmica

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.72)

A análise e contagem de fonemas se caracteriza na assimilação da

quantidade de fonemas que contém na segmentação das palavras, que as

crianças devem aprender a identificar, como exemplo a atividade da figura 7.

Figura 7- Exemplo de análise de fonemas

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.76)

Em contrapartida, a síntese fonêmica consiste em segmentar a palavra

em duas partes, da sua parte inicial separadamente para a palavra por

completo. Ao juntar o restante da palavra, resultará na montagem da palavra

principal, como vemos no exemplo abaixo.

24

Figura 8- Exemplo de síntese fonêmica

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.77)

Em relação a adição e subtração de fonemas, ocorre a adição e

consecutivamente a retirada de letras, formando assim, novas palavras, como

ilustra o exemplo da atividade na figura 9.

Figura 9- Exemplo de adição e subtração de fonemas

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.83)

A inversão de fonemas ocorre na percepção da criança, na tentativa de

falar ao contrário, estimulando outras palavras muitas vezes são inexistentes.

25

Figura 10- Exemplo de inversão de fonemas

Fonte: Almeida; Duarte (2003, p.87)

Para que haja sucesso nestes primeiros passos com leitura e escrita,

vão depender de um nível de consciência fonológica adquirido de maneira

formal e informal, anteriormente como as suas vivências.

Santos e Navas (2002, apud BIMONTI, 2008), defendem que aprender a

linguagem e adquirir a escrita é o ápice na colaboração no desenvolvimento da

oralidade, essas habilidades precisam ser evoluídas de forma simultânea, para

que em conjunto, desenvolvam estratégias importantes para tais habilidades e

competências.

Para o desenvolvimento da leitura e escrita mais consistente é preciso

encontrar maneiras e formas diversas de recursos pedagógicos, tornando-os

mais atraentes e de fácil assimilação, fazendo com que a criança crie um

interesse maior pela atividade. Desta forma, a utilização de jogos é um recurso

muito usado na sala de Atendimento Educacional Especializado, assim como

uma forma lúdica, mas de extrema importância para a alfabetização.

Esta citada é uma das melhores formas de chamar a atenção da criança

e desenvolver uma determinada atividade por meio da tecnologia educacional,

pois, a mesma proporciona um maior rendimento, até mesmo, por serem

recursos utilizados cada vez mais pelas próprias crianças. Essas tecnologias

estão no convívio direto da maioria das famílias.

26

De acordo com Oliveira (2009), a informática nos dias atuais, tem papel

fundamental no auxilio da alfabetização, e traz o maior número de itens

podendo auxiliar os professores, viabilizando o acesso a programas que

chamariz da atenção das crianças, por suas cores, sons e apresentações

dinâmicas.

Com toda evolução e a globalização ascendente e iminente que vem

acontecendo na educação, é possível usar desta como meio para o

desenvolvimento e a aplicação didática na alfabetização, principalmente para

crianças com algumas limitações; para que haja melhor assimilação dos

conteúdos propostos, podem-se adaptar materiais didáticos para cada

realidade, tais adaptações podem ser encontradas nas redes sociais, relatando

e ensinando o que pode reutilizar em um material, sem a necessidade da

disposição de alto custo, ou a aquisição de um novo.

Com o crescimento tecnológico ascendente, demanda que os

professores se reciclem ou se atualizem constantemente, pois, nossas crianças

estão nascendo em um mundo que é tecnológico e suas brincadeiras não são

mais bonecas e carrinhos feitos de plásticos ou madeiras, assim, o professor

precisa estar acompanhando a tecnologia que cresce diariamente, e utilizando

desses meios, além de ajudar no preparo de suas aulas, auxiliará no processo

aprendizagem da criança, como por exemplo: um software educativo.

27

CAPITULO II

O USO DE SOFTWARE COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL

1 SOFTWARE COMO FERRAMENTA

Na década de 1950, Skinner (1950, apud NUNES, 2008) acreditava que

a educação só se desenvolveria se houvesse um sistema de premiação, neste

sentido desenvolveu um material no qual seriam os programas trabalhados nos

computadores, e que dariam respaldos positivos. Era um material que

possibilitava estimulação por utilização individual, sem acompanhamentos de

um profissional orientador. Ao mesmo tempo inicia-se a utilização do

computador como um recurso de aprendizagem no qual chamava muita

atenção, primeiro, por ser um equipamento que trabalhava e desenvolvia o

lúdico, e em seguida, o interesse por parte do aprendizado com a assimilação.

Houve um estudo feito por Mioduser e Tur- Kaspa (2000 apud NUNES,

2008, p.42) que fez uma comparação entre os recursos de multimídias e os

convencionais (livros, impressos e aqueles que trabalham a consciência

fonológica), e os resultados valorizaram o uso de recursos de multimídias no

desenvolvimento da aprendizagem da criança, pois ao utilizar os

procedimentos auditivos, táteis e visuais, favoreciam o entendimento e a

relação entre letra e o som, isso sem contar na motivação das crianças ao

realizar atividades com recursos tecnológicos.

Segundo ASHA (2008) (American Speech Language Hearing

Association),

[...] sugere a utilização de programas computacionais que incluem estratégias top-down, isto é, estratégias cognitivas, metacognitivas e lingüísticas. O treinamento da Consciência Fonológica em atividades de fechamento, segundo relatores da ASHA, com uso associado do computador, pode funcionar efetivamente por ser uma ferramenta de estimulação multissensorial com feedback atrativo. (ASHA, 2005, apud NUNES, 2008, p.45)

Ao ver a necessidade do professor de trabalhar algo diferenciado e com

o intuito de melhorar o processo de ensino aprendizagem, iniciou- se o uso de

softwares no contexto escolar. Isso se deu devido ao aumento da frequência de

uso das tecnologias na sociedade, sendo este um recurso na maioria das

28

vezes de baixo custo e de fácil acesso, podendo estar a disposição de todos,

tornando assim, o uso de ferramentas multimídias dentro da sala de aula uma

novidade e chamariz. Essa medida faz com que as aulas se tornem mais

agradáveis, dinâmicas e com bons resultados, trazendo maiores benefícios,

para os alunos e professores.

Segundo Ayres (2009, apud CANAL; OLIVEIRA 2009), a ideia de

revolucionar a educação dentro da sala de aula, levando um maior interesse

por parte dos alunos, é apostada desde a seleção de livros e salas

estruturadas até aos meios informatizacionais como o computador, que pode

proporcionar o acesso as redes sociais, de informações e a utilização do

software educativo.

Está se falando do software, mas ainda não se entrou em sua etimologia

e de acordo com o Dicionário de Inglês Michaelis, a definição da palavra

software se resume em “Conjuntos de programas, métodos e procedimentos,

regras e documentação relacionados com o funcionamento e manejo de um

sistema de dados.” (MICHAELIS, 2016, p. 136).

É importante lembrar que softwares serão considerados como

programas educacionais, a partir de que sejam projetados através de uma

metodologia que insira o programa numa contextualização do processo ensino-

aprendizagem, assim, os softwares educativos são recursos mais atualizados

existentes no ambiente escolar e estão cada dia mais, sendo utilizados pelos

profissionais da educação, despertando a curiosidade e o interesse no

desenvolvimento da atividade.

Existe uma gama de softwares educativos que podem ser utilizados para

auxiliar o processo ensino aprendizagem, sendo um complemento na didática

pedagógica do professor, tornando a aula, como já foi relatado, mais atrativa e

facilitando a compreensão por parte dos alunos, além de facilitar a abordagem

das habilidades e competências de cada aula ministrada. Sendo assim, “os

professores avaliam as mais variadas formas e desempenhos dos alunos,

proporcionando a estimulação do raciocínio lógico, enriquecendo a autonomia

dos mesmos”. (BONA, 2009 apud SANTOS, et all, 2012, p.2).

Ao “optar a desenvolver atividades utilizando essa ferramenta, o

professor precisa se capacitar para manejar com sucesso e alcançar todos os

objetivos de sua aula”. (VALENTE, 1993, apud SANTOS, et all, 2012, p.2).

29

Sanmya E Tajra afirmam que:

As escolas que se utilizam dessa modalidade optam pelos diversos softwares disponíveis no mercado, conforme os interesses dos professores que se utilizam da tecnologia da informática como recurso didático pedagógico. “Os professores buscam no mercado os softwares que se adaptam à sua proposta de ensino, sem a preocupação dos repasses de conteúdos tecnológicos.” (2001 apud SANTOS, et all, 2012, p.05).

Segundo Sancho (1998) apud Juca (2006), os softwares são divididos

em algumas categorias; tutorial, exercício e prático, programas de simulação,

software de demonstração, jogo e monitoramento.

A categoria Tutorial permite acessar por meio de ícones, o conteúdo

didático. Essa programação auxilia o aluno passando informações e

questionando para a verificação de aprendizagem e fixação. Assim irá garantir

que o aluno interaja de forma não passiva. Ao errar ou acertar, o programa

averigua como processo de aprendizagem.

Esse software implica nos momentos em que o aluno avança ou quando

precisa repetir as lições. Estes programas são indicados para alunos que

possuem dificuldade de aprendizado, podendo ser repetido várias vezes o

mesmo exercício quando o aluno encontrar alguma dificuldade. O problema é

que este software se limita a exercícios, este não consegue abordar as

necessidades ou abordagens do professor, também, não abrindo campos para

melhorar o mesmo, dentro de suas fragilidades e necessidades. Com

desvantagem de este ter baixo potencial de interação do e com o aluno,

acabam se auto limitando e se estagnando a dados pré-determinados.

Na categoria Exercício e Prático, funcionam como programas que

aplicam questões de uma determinada disciplina, para que os alunos resolvam.

Este permite interação através de perguntas e respostas. É possível, também,

que através de outra tecnologia o professor trabalhe em sala de aula um

determinado conceito e após sua abordagem, execute exercícios que permitam

a memorização com o software. Este mantém registro das respostas certas ou

erradas detecta os erros e auxilia a corrigi-los se adaptando ao ritmo dos

alunos e graduando os níveis de dificuldade.

Nos programas de Simulação, situações reais são apresentadas com

imagens e gráficos, podendo trazer uma proximidade do real e possibilitando

que os alunos tomem decisões e verifique qual será a consequência. Este

30

software auxilia aprimorar habilidades de matemática, lógica e resolução de

problemas.

No Software de demonstração é desenvolvido um sistema de baixa

interatividade, pois, apenas demonstra ao individuo as visualizações, no qual

este não poderá interferir. Alguns exemplos são demonstrações de leis da

física, inclusão de gráficos, formula química e dentre outros nas mais variadas

disciplinas.

Na categoria Jogo, também pode ter a nomenclatura de educativo ou

heurístico, onde na maioria das vezes o jogador conhece algumas regras, usa

personagens e cria estratégias para alcançar um objetivo pré-determinado.

Este é utilizado para que os iniciantes se familiarizem com o computador.

Os tipos de softwares na maioria das vezes são vídeo games de

habilidades manuais e rápidas, trabalhando com o individuo dificuldades de

lateralidade ou deficiência motora. Também existem os exercícios projetados

na forma de competição, os de estratégias, como o gamão ou xadrez, por

exemplo, no qual o competidor oposto pode ser o computado, os de aventuras,

fazendo com que os usuários sejam o protagonista de um espaço geográfico

ou histórico.

O Software de Monitoramento faz com que o professor tenha uma noção

de como o seu aluno está se desenvolvendo em uma determinada atividade, e

o que está realmente contribuindo para o seu processo de ensino-

aprendizagem, este ocorre de forma individualizada.

Sendo o objetivo do trabalho, desenvolver um software da categoria de

jogos educacionais, no qual tem como principal alvo a motivação e desafiar o

aluno a cada atividade proposta, onde cada celeridade possui habilidades

específicas, como associação de ideias, comparações lógicas, raciocínio, entre

outras, foi possível identificar alguns softwares disponíveis no mercado que

podem ser utilizados na educação.

Ao se trabalhar de forma lúdica aplicando jogos e brincadeiras contidas

em software educativo, é proporcionado o ensinar enquanto divertimento,

prendendo a atenção das crianças e as auxiliando no desenvolvimento do

indivíduo investigativo e criativo.

Veja o quadro abaixo e suas indicações.

31

Quadro 1 – Software disponível no mercado.

NOME DO SOFTWA-

RE

O QUE TRABALHA

TIPO DE ATIVIDADES

PÚBLICO ALVO

PAGO/ GRATUI

-TO

AQUISI ÇÃO

Rãs e Insetos

Raciocínio lógico.

Cognição com diversão potencializada e fixa a assimilação.

Crianças maiores de 7 anos.

Gratuito http://sitededicas.ne10.uol.com.br/ras-einsetos.htm

Jogo da memória da Mônica

Atenção, organização, estéticas, proporções, a capacidade de associação visual e coordenação motora.

Associação entre duas figuras, ou ilustrações iguais.

Todas as faixas etárias.

Gratuito http://sitededicas.ne10.uol.com.br/software_jogo_memoria.htm

Jogo das sombras

Atenção, capacidade de associação visual e coordenação motora.

Fazer associações de figuras em suas respectivas silhuetas.

Não indicado para crianças menores de 7 anos.

Gratuito http://sitededicas.ne10.uol.com.br/jogo-das sombras.htm

Pedro no parque de diversões

Consciência fonológica.

Segmentação, síntese, contagem, identificação, inclusão, exclusão, substituição, transposição.

Todas as idades.

Pago http://www.profala.com/lj/software/26-pedro-no-parque-de diversoes-.html

Memomix Memória, Atenção e Processamento ortográfico

Palavras são aleatoriamente apresentadas em qualquer posição no espaço, assim o leitor proficiente terá que ser capaz de ler as palavras na horizontal, de cabeça para baixo, na vertical e até de modo espelhado.

A partir do 7 ano de idade.

Pago http://www.profala.com/lj/software/221-memomi.html

Pedro no acampa-mento

Habilidades Neurocognitivas

As atividades apresentam níveis variados de complexidade, com estímulos visuais e auditivos. Cada lugar do acampamento é

Crianças a partir de 5 anos de idade.

Pago http://www.profala.com/lj/software/222-pedro-no-acampamento.html

32

possível executar. Sem ruído.

BabySpeak

Desenvolvimen-to da linguagem oral.

Aumentar o vocabulário, através de animações e conhecer os sons produzidos por objetos e animais e rimas; -Associação auditiva/visual e também lógica; - Discriminação e memória auditiva; - Atenção, concentração, e memória através de histórias Infantis. -Atividades de colorir, que permitem aprimorar a coordenação motora fina e limitação espacial; - Conscientização fonológica com a possibilidade de gravar e ouvir a vocalização da criança.

Pago http://www.profala.com/lj/software/204-babyspeak.html

Fonte: Os dados descritos pertencem às autoras dessa monografia.

Embasado em Nunes (2008),

O desenvolvimento dessa ferramenta deve ser de forma que interajam com a informação, sendo este construído contendo texto, gráficos, clips, sons, músicas, imagens, entre outros. Na maioria das vezes o aprendizado funciona a partir de associações, aprendendo os caminhos e levando em conta a organização de estruturas com valor educacional. (p.46)

É importante ressaltar o uso do ensino da consciência fonológica como

educação de atenção dirigida, no qual o aluno precisa se interessar por pontos

sonoros da fala e consequentemente da derivação da escrita. Assim, o

33

professor usara a consciência fonológica a favor do aprendizado, no qual a

escola acredita que este não seja de forma espontânea, desta forma, a escola

precisará utilizar de sequencias didáticas que façam com que os alunos reflitam

sobre a palavra da língua e entendam que os textos e as palavras são objetos.

(BASSO, 2008 apud NUNES, 2008).

O trabalho do professor com os alunos que possuem deficiência sem

oralidade deve ser laborado de maneira a beneficiar na qualidade da

alfabetização e no desenvolvimento do aluno em relação ao conteúdo

trabalhado. Em muitos dos casos as crianças que possuem deficiência devem

ser incluídas no âmbito social, “pois muitas vezes é isolada pelo tratamento que

recebe tanto na escola, quanto na família e isso faz com que o aluno se sinta

diferente e desmotivado e tornam- se indivíduos isolados do mundo”.

(PANSANI, 2004, p.4).

Os softwares que possuem consciência fonológica são os mais

indicados para se trabalhar a alfabetização de crianças que apresentam

dificuldades na leitura e escrita, podendo-se pontuar alguns.

No quadro podemos ver vários meios de desenvolvimento e este fora

dividido em vários campos, dentre eles estão os nomes dos softwares, no que

trabalha, os tipos de atividades, o público alvo, se ele é gratuito ou tem algum

custo e sua aquisição.

Com ele, o quadro irá ter uma noção de como o professor pode

trabalhar, abordar e devolver as competências e as habilidades dos alunos,

dentro dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Com a ajuda do

computador, ajudará o aluno a desenvolver suas atividades motoras e

capacidade de interpretação, pois os softwares trabalhará o lúdico de maneira

impar e diferente, fazendo com o que a criança memorize cada vez mais os

conteúdos abordados.

No quadro abaixo alguns softwares, suas funções e trabalhos e se

analisarmos bem cada um, vimos que todos podem ser trabalhados em

qualquer disciplina, abordando as competências e habilidades.

34

Quadro 2- Software de consciência fonológica.

NOME DO SOFTWA-

RE

O QUE TRABALHA

TIPOS DE ATIVIDADES

PÚBLICO ALVO

PAGO/ GRATUI-

TO

AQUISI-ÇÃO

Participar

Alfabetização de pessoas com deficiência intelectual.

Estimula a participação de pessoas com deficiência intelectual e exercícios sobre regras de acentuação e pontuação.

Pessoas com deficiência intelectual.

Gratuito www.projetoparticipar.unb.br#sthash.mqnWtHS4.dpuf

Alfa + Legal

Alfabetização

Jogo da memória, relacionar palavras, caça palavras, entre outros.

Crianças de 5 a 10 anos de idade.

Gratuito

CD-Room http://telecentrolegal.blogspot.com.br/p/alfalegal-software-livrepara.html

Luz do Saber

Alfabetização

Através de jogos, o conhecimento dos fonemas e grafemas que compõem o nome do aluno e, paralelamente, desenvolve as competências necessárias ao uso do mouse e do teclado.

Crianças de 5 a 10 anos de idade.

Gratuito

CD-Room http://espacoeducarliza.blogspot.com.br/2013/06/softwareeducativo-paralfabeti-zacao-e.html

WinniePooh Maternal

Compreensão de letras, sequências, números e cores.

Sopa de Letrinhas da Can: reconhecimento e ordenamento de letras, Sonhos do Pooh: dedução, sequência e raciocínio, Árvore da Família Corujão: categorização, atributos, igual/diferente, Máquina de Sons do Tigrão: discriminação auditiva e musicalidade, Pinturas do Leitão: criatividades, cores, teoria da cor, compreensão auditiva, Árvore do Eco: vocabulário em português, inglês, espanhol, identificação de objetos e discriminação auditiva, Organizando a Bagunça: dedução lógica, categorização e discriminação de

Crianças com 2 a 4 anos de idade.

CD-Room http://www.softmarket.com.br/?pgID=3&soft=699

35

atributos.

Alfabetização fônica computadoriza-da

Consciência Fonológica.

-Atividades de completar frases, substituir pseudo palavras por palavras 2-Rimas; 2.1-Atividades de selecionar figuras cujos nomes terminam de uma determinada forma; 2.2-Atividades de selecionar palavras que terminam de uma determinada forma; 2.3-Atividades de selecionar figuras cujos nomes rimam com o de uma figura-alvo. 3-Aliterações; 3.1-Atividades de selecionar figuras cujos nomes começam de uma determinada forma; 3.2-Atividades de selecionar palavras que começam de uma determinada forma; 3.3-Atividades de selecionar figuras cujos nomes aliteram com o de uma figura-alvo. 4-Sílabas; 4.1-Atividades de contagem de sílabas, selecionando figuras cujos nomes são monossílabos, dissílabos, trissílabos ou tetrassílabos; 4.2-Atividades de adição silábica em palavras escritas com formas geométricas; 4.3-Atividades de subtração silábica em palavras escritas com formas geométricas; 4.4-Atividades de

Pago

CD-Roon http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=3688

36

inversão silábica em palavras escritas com formas geométricas. 5-Fonemas; 5.1-Atividades de adição fonêmica em palavras escritas com formas geométricas; 5.2-Atividades de subtração fonêmica em palavras escritas com formas geométricas; 5.3-Atividades de inversão fonêmica em palavras escritas com formas geométricas. Menu de Alfabeto 1-Vogais; 2-Consoantes; 3-Encontrando palavras; 4-Descobrindo palavras.

Desafio dos Fonemas

Fonemas

Durante a Partida, o Jogador irá responder a questões especificas para o Treinamento e Automatização dos fonemas, contendo os fonemas selecionados, subdivididas em 4 níveis de dificuldade a serem alcançados segundo a premiação obtida.

Adolescen-tes e Adultos.

Pago CD- Room http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=300

EARMIX Habilidades auditivas como figura-fundo, fechamento, análise e síntese bi natural, percepção de padrões acústicos. Possui inúmeras possibilidades de utilização, seja em provas diagnósticas, ou em

Gravando textos para serem utilizados como fala competitiva em atividades de estimulação de figura-fundo, arquivos gravados podem ser distorcidos acusticamente de diversas formas, facilitando as técnicas de fechamento auditivo

Adolescen-tes e Adultos

Pago CD-Room http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=2842

37

atividades terapêuticas, além de permitir que sejam gerados CDs em áudio para treino domiciliar.

FonoTools Auxilia a terapia dos pacientes portadores de distúrbios da comunicação, baseado em transformar a audição da própria produção da voz e da fala, como um meio de promover mudanças na comunicação oral.

-Amplificação; -Atraso; -Frequência -Inversão; -Mascaramento; -Repetição; - Ritmo.

Adolescen-tes e

Adultos

Pago CD- Room http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=950

Pluck no Planeta dos Sons

Processamento auditivo (discriminação, memória, atenção seletiva, figura-fundo e fechamento auditivo) e em especial as habilidades de consciência fonológica (análise, adição, segmentação, subtração, substituição, aliteração, reversão e rima).

-Treinamento do processamento auditivo;

-Consciência fonológica;

-Estimulação da leitura e da escrita;

-Treino com logatomas.

Crianças de 6 a 12 anos de idade.

Pago

CD- Room http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=2971

Soft BabySpea

Crianças que estejam

Desenvolvimento da linguagem oral e fala

Crianças a partir de 2

Pago CD- Room http://www.

38

Fonte: Os dados descritos pertencem às autoras dessa monografia.

k adquirindo e desenvolvendo a linguagem oral em fase pré-escolar e também com crianças com problemas neurológicos.

espontânea; - Aumentar o vocabulário, através de animações e conhecer os sons produzidos por objetos e animais (classificados por fonemas) e também através de frases curtas, longas e rimas; -Associação auditiva/ visual e também lógica; - Discriminação e memória auditiva; -Atenção, concentração, e memória através de histórias infantis e outras atividades; - Trabalho contínuo em casa de forma lúdica e agradável através de atividades de colorir, que permitem aprimorar a coordenação motora fina e limitação espacial; - Conscientização fonológica com a possibilidade de gravar e ouvir a vocalização da criança.

anos booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=4660&osCsid=qderri741mleecfns8og706h82

Soft. ABC Training

ABC Tem o objetivo de estimular e aprimorar o uso da leitura, escrita e pensamento verbal por meio de jogos, nos quais o tempo de execução das tarefas é o grande desafio.

Habilidades de nomeação rápida. O objetivo é evocar, e escrever, com a maior rapidez possível, as palavras pertencentes às categorias escolhidas e, desta forma, vencer o computador.

Público em idade escolar.

Pago CD- Room http://www.booktoy.com.br/product_info.php?cPath=2&products_id=4844

39

Embasado no quadro, Santos (1995), ainda afirma que segundo Bonilha

(1995),

[...] para que um software promova realmente a aprendizagem, deve estar integrado ao currículo e às atividades de sala de aula, estar relacionado àquilo que o aluno já sabe e ser bem explorado pelo professor. O computador não atua diretamente sobre os processos de aprendizagem, mas apenas fornece ao aluno um ambiente simbólico onde este pode raciocinar ou elaborar conceitos e estruturas mentais, derivando novas descobertas daquilo que já sabia. Isto evidencia que é possível trabalhar numa linha construtivista de aprendizagem utilizando recursos da tecnologia de informação. (SANTOS, apud BONILLA, 1995, p. 68).

Em tais premissas, ratificando essa argumentação, é de extrema

importância a utilização dos softwares educativos, principalmente na

consciência fonológica, pois, irá auxiliar o professor a dar continuidade no seu

trabalho na sala de aula, com o processo de ensino-aprendizagem dos alunos

que possuem deficiência sem linguagem oral.

40

CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Foi elaborado um questionário para professores atuantes no

Atendimento Educacional Especializado, contendo 12 questões relacionadas

ao tema da pesquisa, contemplando aspectos sobre o uso de softwares

educativos nas salas de recurso como materiais educativos, que facilitariam o

processo de aprendizagem de alunos com deficiência.

Participaram da pesquisa, 6 professoras com idades entre 23 a 54 anos,

atuantes nas Sala de Recursos Multifuncionais, de uma cidade no interior de

São Paulo.

O questionário foi entregue pessoalmente as professoras, tendo tempo

hábil para responder e entregar.

3.1 Análises de dados

Ao receber os questionários, foram organizados, lidos e analisados com

a intenção de justificá-los a seguir.

Na leitura destes, embasadas e com traços da literatura de Bona

(BONA, 2009 apud SANTOS, et all, 2012, p.2), onde aponta para o uso de

software educativo dentro da sala de recurso, facilitaria o processo de ensino e

aprendizagem, dentre estes existem vários tipos de softwares. Neste sentido os

professores foram questionados sobre o uso de softwares em seus

atendimentos e relataram:

P1: “Sim. Jogos educativos: Bolo virtual (com comando de leituras), jogo da memória (pareamento), sons de animais, associação de imagens, sequência lógica, escrita de frases e pequenos textos, ariê, figuras geométricas e cores”. P2: “Sim. Alfabetização fônica computadorizada; jogos educacionais baixados da internet; coleção dono na escola: audição, linguagem e escrita; S. Voice (libras). Mais utilizado: Alfabetização fônica computadorizada”. P3: “Sim. Ariê, jogos educativos (matemática, bubleshooter), alfabetização fonética, jogo da memória”. P4: “Não”.

41

P5: “Sim. Alfabetização fônica, jogos educativos: coordenação motora, alfabetização português, matemática, caça-palavras, cruzadinha, quebra-cabeça, memória, labirinto, ligue os pontos, colorir, jogo de meninas, jogo de meninos, fabulas, ariê 1 e 2. Há 2 anos”. P6: “Sim. Jogos da memória (cores/ alfabeto), jogo do alfabeto, jogo das vogais, jogo figura/ palavras, jogos de matemática/ jogo da divisão, jogo da adição, jogo de vamos a compra (R$). Mais utilizado: jogo do alfabeto, jogo figuras/ palavras.

Segundo a análise feita em cima das respostas da questão 1, houve

retornos afirmativas para o uso, havendo citação de uma diversidade de

softwares educativos utilizado nos atendimentos aos alunos na sala de recurso

multifuncional. Apenas uma professora (P4) não faz uso, por não possuir

nenhum software disponível em sua sala de recurso multifuncional.

Conforme a pesquisa realizada no capítulo II foi encontrada softwares

disponíveis gratuitamente e outros com custos, sendo de baixo, médios e

outros relativamente altos. Dessa maneira as professoras foram indagadas

sobre a origem dos softwares utilizados, obtendo as seguintes respostas.

P1: “São gratuitos, instalados nos computadores das salas de recursos”. P2: “São instalados no computador, notebook, tablet e celular”. P3: “Gratuitos/ sala de recurso”. P4: “Não faço uso de software, porque não estão disponíveis em minha sala de recurso”. P5: “São gratuitos e estão disponíveis na sala de recurso”. P6: “São gratuitos e estão disponíveis na sala de recurso”.

De acordo com as respostas da questão 2, as professoras relataram que

os softwares que utilizam são gratuitos e estes estão disponíveis nas salas de

recurso multifuncionais, facilitando assim o rendimento no atendimento dos

alunos, apenas uma professora (P4) não o faz uso destes, por não possuir

nenhum software disponível em sua sala de recurso multifuncional.

Com o avanço da tecnologia, a tendência da frequência na utilização

aumenta a cada dia, com isso incentiva-se que os professores utilizem cada

vez mais esse recurso, desta forma na questão 3, foi questionado sobre a

frequência da utilização dos softwares educativos.

P1: “Às vezes uma vez na semana, às vezes quinzenal”. P2: “Mais ou menos 10 ou 15 dias”. P3: “Semanalmente”. P4: “Se absteve”.

42

P5: “São utilizados praticamente em todos os atendimentos”. P6: “Utilizo os softwares frequentemente, geralmente procuro sempre utilizá-los, pois com eles consigo muitos progressos com os alunos, tornar o atendimento mais interessante e produtivo”.

Analisando a resposta das professoras, afirmar que a utilização de

softwares educativos é frequente e vem de encontro a hipótese levantada

nesta pesquisa.

De acordo com a literatura pesquisada, existem softwares educativos

indicados para auxiliar o processo de ensino aprendizagem de crianças com

deficiência (BRENNAN, 1988, apud PAULO, 2011), dando embasamento para

a questão 4, cuja formulação versou sobre o conhecimento da professora

acerca da indicação do software.

P1: “É uma estimulação para a área cognitiva, e o uso correto do mouse abrange a coordenação motora fina”. P2: “Para crianças com problemas fonoaudiológicos e crianças com deficiência auditiva”. P3: “Não”. P4: “Se absteve”. P5: “Não”. P6: “Não”.

Ao verificar as respostas nota-se que os softwares utilizados não são

exatamente para alguma deficiência especifica, 48% dos professores utilizam

sem corresponder com a deficiência, apenas 36% utilizam com

correspondência para uma deficiência especifica que não é a mesma descrita

pelo fabricante.

Estas respostas pontuam a necessidade de capacitação sobre o uso

adequado dessa ferramenta educacional, que na maioria das vezes são

instalados por técnicos, sem ao menos uma explicação para o professor.

Segundo a pesquisa realizada no capítulo anterior, conforme

apresentado nas duas tabelas, os softwares têm classificação indicativa de

faixa etária e níveis a serem trabalhadas, assim, as professoras foram

questionadas para qual faixa etária aplicam o software dentro da sala de

recurso.

P1: “De 4 a 10 anos, que são a idades que eu atendo”. P2: “De 5 a 11 anos, mais ou menos”. P3: “Não tem idade”. P4: “Não uso”. P5: “4 a 10 anos”. P6: “Alunos de 3 anos, 9 anos, 10 anos... Utilizo com todos alunos que frequentam a sala de recursos”.

43

Analisando as respostas dos professores, verifica-se que a faixa etária

utilizada é bem abrangente dos que utilizam com crianças de três a onze anos,

com a exceção de apenas uma professora (P4), que não faz uso por não

possuir nenhum software disponível para o uso em sua sala de recurso

multifuncional.

Tendo em vista o estudo realizado, ”todos os softwares têm um objetivo

especifico, cabe ao professor escolher o software para que o seu objetivo seja

alcançado” (VALENTE, 1993, apud SANTOS, et all, 2012, p.2), dessa forma,

nas questões 6 e 7, as professoras foram questionadas para quais objetivos

são utilizados e se realmente conseguem atender e evoluir segundo os

objetivos planejados. Observe as respostas das professoras:

P1: “Socialização, recreação, coordenação motora fina, atenção, concentração, percepção, alfabetização, interação-áreas motoras e cognitivas”. P2: “Contribuir para a percepção auditiva dos sons associando-os ao grafema”. P3: “Coordenação motora, memória, atenção e raciocínio lógico”. P4: “Não faço uso”. P5: “Com o objetivo de tornar o momento da aprendizagem mais dinâmica e lúdica”. P6: “Com o objetivo de sanar as dificuldades apresentadas na área em defasagem”. P1: “Sim”. P2: “Totalmente não”. P4: “Se absteve”. P3: “Sim”. P5: “Sim”. P6: “Sim”.

Em relação às respostas das questões 6 e 7, vimos que cada professor

trabalha com as necessidades individualizadas de cada aluno, onde na maioria

das vezes, seu objetivo é alcançado, apenas uma professora não conseguiu

atingir o seu objetivo.

Dentre todos os softwares pesquisados, existem alguns que permitem

um trabalho interdisciplinar e que pode ser utilizado para trabalhar múltiplas

funções dentro de um mesmo programa (Sancho, 1998 apud Juca, 2006), e

embasado nesta segunda afirmativa, na questão 8, foi perguntado aos

professores se o software utilizado atende todas as necessidades do seu

aluno.

P1: “Todas as necessidades não. Sempre é conveniente lançar mão de outros recursos para um atendimento mais completo”.

44

P2: “Não, porque é necessário trabalhar a contextualização, então são trabalhados outros recursos”. P3: “Sim”. P5: “Não, eles apenas complementam o processo de ensino aprendizagem”. P6: “Sim”.

Analisando as respostas, verifica- se que duas professoras se sentem

satisfeitas com o uso destes, em favor do aluno. Uma professora diz ser

parcialmente satisfeita, pois acreditam que deve utilizar outros recursos, duas

professoras exibiram respostas negativas, onde relatam que o uso do software

é um complemento para o ensino.

Como desenvolvido no primeiro capitulo, existem algumas dificuldades

que os professores encontram ao trabalhar com softwares, alguns fatores são,

a dificuldade no manuseio da máquina (computador), a indisponibilidade do

mesmo (FACION et al. apud OLIVEIRA e BARROS 2012, p. 4), desta forma,

perguntou-se na questão 9, as dificuldades encontradas.

P1: “Quando é adequado para aquela necessidade, nenhuma dificuldade”. P2: “Como são complementadas com demais atividades, não encontro dificuldade”. P3: “Nenhum”. P4: “Não faço uso”. P5: “Nenhum”. P6: “Não encontrei dificuldade para utilizá-los”.

Em relação às respostas apresentadas, quatro professoras não

possuem nenhuma dificuldade, uma das professoras tem dificuldade quando o

software não é adequado para a necessidade do aluno e apenas uma

professora (P4) não faz uso destes, por não possuir nenhum software

disponível para o uso em sua sala de recurso multifuncional.

Por ser da área da tecnologia, os softwares estão em constantes

mudanças e evoluções. Na questão 10, questionou aos professores, qual a

necessidade real de melhoria nos softwares utilizados?

P1: “Sempre é interessante conhecer tecnologias avançadas, mas a gama de jogos educacionais e vídeos que temos na sala de recurso já é bastante abrangente”. P2: “Não”. P3: “Botão para repetição dos sons (fonética) ”. P4: “Se absteve”. P5: “Não”. P6: “Não”.

45

As respostas apresentadas pelas professoras mostram que não há

necessidade de melhorias, apenas uma professora que opina em relação a um

item de necessidade, sendo este de praticidade de uso do mesmo.

O software tem sido bastante utilizado por chamar a atenção dos alunos,

por suas cores, sons, imagem e seu conteúdo (OLIVEIRA e SPINARDI, 2009,

apud MORIMOTO, SAMESHIMA e THOMAZ, 2015), assim, de acordo com

esta afirmação relata aos professores na questão 11, se o aluno gosta de

trabalhar com esse software?

P1: “Gostam muito”. P2: “Sim”. P4: “Se absteve". P3: “Sim”. P5: “Sim, eles preferem as atividades que são desenvolvidas com o auxílio dos mesmos”. P6: “Sim, gosta muito”.

Concluí a partir da análise das respostas, que o uso de software é

satisfatório no decorrer da atividade, favorecendo o desenvolvimento no

momento do ensino-aprendizagem, confirmando mais uma vez a validação da

nossa hipótese.

“Os benefícios encontrados nos softwares utilizados são muito amplos,

conseguindo trabalhar de forma lúdica e/ou até profissionalmente um

determinado assunto” (NUNES, 2008, p.46). Sendo assim finalizamos nosso

questionário indagando sobre os maiores benefícios no uso do software.

P1: “A impressão que fica é que os alunos se interessam muito, porque trata- se da realidade deles. Portanto, mistura o pedagógico com o lúdico”. P2: “São atrativos, trabalham a percepção visual e auditiva e a criança aprende de forma lúdica”. P3: “Ele estimula os alunos a realizarem as atividades com mais entusiasmo”. P4: “Não uso”. P5: “O uso do software torna dinâmica e lúdica o processo do ensino aprendizagem, sai da rotina da sala de aula, proporciona aquisição de conhecimento de maneira prazerosa”. P6: “Os maiores benefícios são: - Os alunos gostar e se mostram muito interessados quando se trabalha com softwares; - As aulas se tornam mais interessantes; - “Os conteúdos são melhores assimilados através dos mesmos”.

Os professores descrevem que o maior beneficia é a junção do conteúdo

com a ludicidade obtendo, desta forma, um maior aproveitamento do tempo de

46

atendimento em sua sala de recursos multifuncionais, e apenas uma

professora (P4) não faz uso destes, por não possuir nenhum software

disponível para o uso em sua sala de recurso multifuncional.

A análise dos questionários foi norteadora para os resultados

apresentados e para a defesa de nossa hipótese, na construção de um

software específico no desenvolvimento da consciência fonológica de alunos

com deficiência sem linguagem oral. Frente a fatores positivos no uso de

ferramentas tecnológicas e frequente uso por parte dos professores, este

software se fez necessário.

3.2 Resultados

Por meio do questionário aplicado com as professoras atuantes na sala

de recurso multifuncional, foi possível constatar que as mesmas fazem uso de

um número muito restrito de softwares específicos que auxiliam no processo de

alfabetização de alunos com deficiência, podendo citar a Alfabetização fônica e

jogos educativos. Relataram que ao fazer uso de outros softwares e jogos que

são instalados pela prefeitura, não são adaptados e as necessidades de alunos

com deficiência.

Embora existam vários softwares no mercado, há falta de capacitação e

orientações para os professores, sobre como e quando utilizar cada

ferramenta, além da falta de conhecimento sobre os mesmos.

Após a análise dos softwares identificados no capítulo II, foram

identificadas as reais necessidades sobre os contextos de alfabetização dos

alunos com deficiência, dessa forma, foram elaboradas 70 atividades, divididas

por categorias, categorias estas sendo as atividades de rima, jogos de pares

fonológicos, manipulação de fonemas, manipulação de sílabas, consciência

silábica, palavras inventadas, jogos de escrita. As categorias foram distribuídas

em um menu principal, de sete itens, contendo dez atividades para cada

categoria.

Inicialmente as atividades foram elaboradas com o auxílio do software

Boardmaker no Power Point, como demostra as imagens a seguir:

47

Figura 11: Atividade de Rima Figura 12: Palavras inventadas

Fonte: Próprias autoras. Fonte: Próprias autoras.

Figura 13: Manipulação silábica Figura14: Manipulação fonêmica

Fonte: Próprias autoras. Fonte: Próprias autoras.

Figura 15: Jogo de pares fonológicos Figura 16: Consciência de sílabas

Fonte: Próprias autoras. Fonte: Próprias autoras.

48

Após a elaboração das atividades, foi firmada parceria com a Faculdade

de Tecnologia (FATEC) de Lins e sistematizados encontros com dois alunos da

Instituição de Ensino, do curso de Tecnologia em Banco de Dados, Ana

Carolina Simplício Boschete e Thiago Henrique Honorato Da Silva, que foram

os responsáveis pela elaboração do software.

A elaboração do CD-ROM fora baseada nas fases de desenvolvimento

de design instrucional, propostos por Filatro e Piconez (2004), onde contempla

as fases de planejamento de ensino e aprendizagem em estágios distintos,

podendo destacar:

* Análise: Identificação das necessidades de aprendizagem e a definição

de objetivos instrucionais. Na fase de análise é definido o tema, o objetivo do

material e o público-alvo, além do conteúdo que será organizado sob o ponto

de vista bibliográfico, reunindo aspectos mais relevantes sobre o tema.

* Design e desenvolvimento: Delimita o planejamento da instrução e

elaboração dos materiais e produtos instrucionais. Nesta fase é discutido como

o conteúdo será apresentado, a maneira como o participante terá acesso aos

conteúdos e a apresentação do material, para ser estimulante à aquisição de

novos conhecimentos, isto a partir de textos, figuras, vídeos e sons.

* Implementação: capacitação e ambientação a proposta de design

instrucional e a realização de ensino e aprendizagem propriamente ditos. Nesta

fase o material é apresentado aos professores que atuam na sala de recurso,

onde avaliam minuciosamente o material para a versão final.

* Avaliação: Acompanhamento, revisão e a manutenção do sistema

proposto.

A avaliação de um material instrucional é a etapa de fundamental

importância para assegurar que os objetivos e metas propostos sejam

atingidos. Para esta etapa fora elaborado um instrumento de avaliação que

abordou aspectos como, apresentação e qualidade do conteúdo, qualidade

audiovisual, adequação ao público-alvo e importância na aquisição de novos

conhecimentos

Inicialmente foi pensado a necessidade de telas de cadastro dos

professores e profissionais que utilizarão o software, além de cadastro dos

alunos-usuários, como demonstram as telas abaixo:

49

Figura 17: Cadastro aluno

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Figura 18: Cadastro professor

Fonte: Próprias autoras – 2016.

50

Esses cadastros se tornam importantes, pois o software irá armazenar

dados de acesso, controle de atividades realizadas a cada dia, o número de

vezes que o software foi acessado pelo aluno e a quantidade de atividades

realizadas pelo mesmo.

Em um segundo momento, os alunos transferiram as atividades que

haviam sido planejadas e executadas no PowerPoint, para o software.

Como as imagens utilizadas eram de um software já existente, tomou-se

o cuidado de solicitar autorização para os criadores do software que detém o

direito das imagens, o uso das mesmas imagens no nosso software.

Devido ao direito de imagens, os responsáveis não autorizaram o uso de

todas as imagens e das 70 atividades elaboradas, só puderem ser

concretizadas 30. A seguir o menu das atividades.

Figura 19: Menu de atividades

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Figura 20: Jogo de rimas

Fonte: Próprias autoras - 2016

51

Figura 21: Manipulação de fonemas

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Outros menus foram pensados, como por exemplo, estatística, o uso de

tecnologia assistiva para o acesso ao computador, relatório final e busca de

alunos. Esse menu foi denominado Menu de pesquisa.

Figura 22: Estatistica

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Figura 23: Pesquisa do equipamento Tecnologia Assistiva

Fonte: Próprias autoras – 2016.

52

Figura 24: Seja bem vindo! Juba Esperto

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Figura 25: Relatório

Fonte: Próprias autoras – 2016.

Após a finalização do software, foi realizada uma avaliação pelas

professoras e a coordenadora de pedagogia do Núcleo de Apoio Integrado ao

Atendimento Educacional Especializado (N.A.I.A.E.E), para a versão final do

software. Necessário foram algumas adequações em relação ao tamanho de

fonte, cores utilizadas, gravação de voz envolvendo pronúncia correta e

impostação vocal.

Todas as atividades foram elaboradas com o apoio das imagens do

sistema Picture Communication Symbols, figuras sistematizadas e de uso

diário nas salas de recursos participantes da pesquisa, que facilitará a

53

assimilação das atividades, por parte dos usuários de comunicação alternativa,

público este, que apresenta maior dificuldade no processo de alfabetização.

54

CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada, foi concluído que a utilização do software

educativo para alunos com deficiência, trará inúmeros benefícios, como a

facilidade e acessibilidade no entendimento do aluno para com o conteúdo

apresentado, o interesse passa a ser maior por meio desse recurso

tecnológico, pois os sons e suas cores farão com que haja um destaque e

cative a criança; as imagens chamativas, abordando o lúdico, despertarão nas

crianças a curiosidade, trabalhará a coordenação motora fina, atenção e

interpretação, tornando a atividade lúdica e prazerosa.

Por meio dessa ferramenta desenvolvida com o auxilio da consciência

fonológica, o aluno inicia a ter noção do conteúdo proposto pelo professor e

passa a desenvolver a articulação da fala.

O professor precisa fazer e ser o intermediário do e com os alunos para

que o haja uma evolução no desenvolvimento do ensino- aprendizagem, para

que assim, alcancem o objetivo proposto.

Desta forma, os professores vendo um avanço significativo ou

simplesmente um pequeno desenvolvimento de seu aluno, durante os

atendimentos, se sentirão motivados e seu trabalho terá maior resultado

fazendo com que busquem cada dia mais usar essa ferramenta durante as

aulas e se aprofundarem nos conteúdos, adequando assim na necessidade de

cada aluno e tendo sucesso em seus atendimentos.

Este trabalho necessita de futuras intervenções e aplicação prática por

parte dos professores e público alvo. Somente com a avaliação dos usuários

será possível adequar aspectos de forma e conteúdo como tamanho e cores de

letras, ilustrações, gravação da voz, comtemplando pronúncia e impostação

vocal, motivação e interesse ao tema gerador, assim como acessibilidade,

manuseio e compreensão das atividades desenvolvida.

55

REFERÊNCIAS

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58

APÊNDICE

59

APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES

Idade:

Formação:

Tempo atuação na sala de recurso multifuncional:

1- Você utiliza softwares educativos em seus atendimentos? Quais? E deste

qual você mais utiliza?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2- Os softwares que você utiliza são pagos ou gratuitos? Estão disponíveis na

sala de recurso ou são particulares?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3- Qual a frequência de utilização?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4- São indicados para alguma deficiência específica?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5- Para qual faixa etária e deficiências você utiliza esses softwares?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6- Com que objetivos são utilizados?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7- Os softwares atendem seus objetivos?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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8- Esses softwares atendem todas as necessidades do seu aluno? Se não, por

quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9- Quais as dificuldades encontradas para utilizar esse software?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10- Há necessidade de melhorias em relação a algum aspecto, como

ilustração, cores, som, conteúdo de alfabetização ou acessibilidade?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

11- E o seu aluno, gosta de trabalhar com softwares?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

12- Quais os maiores benefícios no uso do software?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________