Eleições 2014 - 26 de outubro de 2014

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Especial MANAUS, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Hoje, eleitores vão definir quem será o responsável por comandar o Estado pelos próximos 4 anos Governo do AM nas mãos de 2 milhões de eleitores O dia do segundo tur- no chegou e agora é hora do eleitor definir de fato que será o responsável por comandar o Estado nos próximos quatro anos. A disputa posta entre os candidatos José Melo (PROS), que concorre à reeleição e Eduardo Braga (PMDB), que briga por um terceiro mandato à frente do Executivo estadual, está nas mãos de mais de 2 milhões de eleitores aptos a votar. O resultado apertado nas urnas do primeiro turno, que registrou 670.067 dos vo- tos (42,93%) destinados a José Melo e 665.800 (42,66%) para Eduardo Braga, tende a rumar pelos mesmos caminhos, já que os próprios candidatos já ad- mitiram estar protagonizando o pleito mais difícil de suas vidas políticas. Em fase das campanhas mar- cadas por intensa rivalidade, o esquema de segurança monta- do para o bom andamento do processo, conta com um novo fator. Hoje, quem comanda todo o sistema de segurança pública do Amazonas, é a pre- sidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), desem- bargadora Socorro Guedes. A decisão anunciada na última quarta-feira (22) visa resguar- da as polícias civis e militares de suspeitas de participação inde- vida na campanha eleitoral. Com mais uma atribuição, So- corro Guedes comanda, hoje, um efetivo de 3,8 mil policiais, que foram destacados para resguardar o pleito. Além, disso ela tem á disposição ho- mens que atu- am nas forças armadas, que têm a missão de acompanhar as urnas nos 62 municípios do Estado. ‘Cola eleitoral’ Mesmo tendo o número de candidatos reduzidos, após o termino do processo de escolha dos deputados estaduais, fede- rais e senadores, os eleitores devem estar atentos para as determinações e normas im- postas pela Justiça. Dentre as permissões dadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está a manifestação de preferên- cia por candidato, partido ou coligação com uso de broches, bandeiras e adesivos de forma silenciosa e individual; a famosa “cola eleitoral” usada pelo elei- tor como lembrete em frente à urna também é liberada. Contudo, é vedada a mani- festação de preferência cole- tiva por candidato, partido ou coligação, com uso de bandei- ra, vestuário padronizado; uso de alto-falantes e amplifica- dores de som ou a promoção de comício ou carreata; di- vulgação de qualquer espécie de propaganda de candidato, partido político ou coligação “boca de urna”, incluindo a distribuição de “santinhos”; fornecimento de alimentação e transporte a eleitores no dia da eleição por candidatos ou partidos políticos, seja na cidade ou no interior. JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO Para consolidar os votos, em uma das 6,5 mil urnas espalhadas pela capital e interior, o eleitor terá que apresentar um documento oficial com foto (carteira de identidade ou identidade funcional, certificado de re- servista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habi- litação). O uso do documento com foto é necessário até para os eleitores dos sete municípios do interior, que passaram pelo recadastra- mento biométrico. Na hora do cara a cara com a urna, ainda é proibi- do portar aparelho celular, câmeras fotográficas, fil- madoras, aparelho de radio- comunicação ou qualquer outro instrumento que viole o sigilo do voto. No Amazonas os espaços de votação que abrirão das 8h às 17h, estão divididos por 165 escolas. O centro de ensino com o maior contin- gente de eleitores registra- dos é a escola estadual Eldah Bitton, localizada no bairro Compensa 3, Zona Oeste de Manaus. No local segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), devem votar 10,9 mil eleitores. Manaus se firma como o maior colégio eleitoral do Estado, concentrado mais de 1 milhão de eleitores, 55,8% do eleitorado. Parin- tins segue a lista, com 64 mil votantes, Itacoatiara com 55 mil, Manacapuru, 52 mil e Coari com 46 mil. Unidos a instituições como Polícia Federal (PF), Minis- tério Público do Estado do Amazonas (MPE), Comissão de Fiscalização de Propagan- da do TRE-AM, entre outros, os mesários figuram como os principais atores da organi- zação do pleito. Eles somam hoje, uma frente de trabalho formada por 27 mil homens e mulheres, distribuídos por 6.883 secções eleitorais. Obrigatório Como o voto é obrigató- rio aos cidadãos brasileiros maiores de 18 anos e faculta- tivo para analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e idosos com mais de 70, quem está fora de seu colégio eleitoral, precisa estar atento, para jus- tificar a falta, que pode acar- retar no cancelamento do título de eleitor, documento indispensável para quem de- seja participar de concursos públicos, editais, emprestar dinheiro em bancos, emissão de passaportes entre outras sanções impostas. Leia mais: o eleitor pode encontrar a sua zona e a seção onde vai votar no por- tal do EM TEMPO (www. emtempo.com.br). Documento só com fotografia Eleições deste domingo (26) é um tempo reservado à democracia, onde dois candidatos disputam o comando do Estado do Amazonas por 4 anos RAIMUNDO VALENTIM ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 24/10/2014 22:25:53

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Espe

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Hoje, eleitores vão defi nir quem será o responsável por comandar o Estado pelos próximos 4 anos

Governo do AM nas mãos de 2 milhões de eleitores

O dia do segundo tur-no chegou e agora é hora do eleitor defi nir de fato que será o

responsável por comandar o Estado nos próximos quatro anos. A disputa posta entre os candidatos José Melo (PROS), que concorre à reeleição e Eduardo Braga (PMDB), que briga por um terceiro mandato à frente do Executivo estadual, está nas mãos de mais de 2 milhões de eleitores aptos a votar. O resultado apertado nas urnas do primeiro turno, que registrou 670.067 dos vo-tos (42,93%) destinados a José Melo e 665.800 (42,66%) para Eduardo Braga, tende a rumar pelos mesmos caminhos, já que os próprios candidatos já ad-mitiram estar protagonizando o pleito mais difícil de suas vidas políticas.

Em fase das campanhas mar-cadas por intensa rivalidade, o esquema de segurança monta-do para o bom andamento do processo, conta com um novo fator. Hoje, quem comanda todo o sistema de segurança pública do Amazonas, é a pre-sidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), desem-bargadora Socorro Guedes. A decisão anunciada na última quarta-feira (22) visa resguar-da as polícias civis e militares de suspeitas de participação inde-vida na campanha eleitoral.

Com mais uma atribuição, So-corro Guedes comanda, hoje, um efetivo de 3,8 mil policiais, que foram destacados para

resguardar o pleito. Além, disso ela tem á disposição ho-mens que atu-am nas forças armadas, que têm a missão de acompanhar as urnas nos 62 municípios do Estado.

‘Cola eleitoral’Mesmo tendo o número de

candidatos reduzidos, após o termino do processo de escolha dos deputados estaduais, fede-rais e senadores, os eleitores devem estar atentos para as determinações e normas im-postas pela Justiça. Dentre as permissões dadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está a manifestação de preferên-cia por candidato, partido ou coligação com uso de broches, bandeiras e adesivos de forma silenciosa e individual; a famosa “cola eleitoral” usada pelo elei-tor como lembrete em frente à urna também é liberada.

Contudo, é vedada a mani-festação de preferência cole-tiva por candidato, partido ou coligação, com uso de bandei-ra, vestuário padronizado; uso de alto-falantes e amplifi ca-dores de som ou a promoção de comício ou carreata; di-vulgação de qualquer espécie de propaganda de candidato, partido político ou coligação “boca de urna”, incluindo a distribuição de “santinhos”; fornecimento de alimentação e transporte a eleitores no dia da eleição por candidatos ou partidos políticos, seja na cidade ou no interior.

JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

Para consolidar os votos, em uma das 6,5 mil urnas espalhadas pela capital e interior, o eleitor terá que apresentar um documento ofi cial com foto (carteira de identidade ou identidade funcional, certifi cado de re-servista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habi-litação). O uso do documento com foto é necessário até para os eleitores dos sete municípios do interior, que passaram pelo recadastra-mento biométrico.

Na hora do cara a cara com a urna, ainda é proibi-do portar aparelho celular, câmeras fotográfi cas, fi l-madoras, aparelho de radio-comunicação ou qualquer outro instrumento que viole o sigilo do voto.

No Amazonas os espaços de votação que abrirão das 8h às 17h, estão divididos por 165 escolas. O centro de ensino com o maior contin-gente de eleitores registra-dos é a escola estadual Eldah Bitton, localizada no bairro Compensa 3, Zona Oeste de Manaus. No local segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), devem votar 10,9 mil eleitores.

Manaus se fi rma como o maior colégio eleitoral do Estado, concentrado mais de 1 milhão de eleitores, 55,8% do eleitorado. Parin-

tins segue a lista, com 64 mil votantes, Itacoatiara com 55 mil, Manacapuru, 52 mil e Coari com 46 mil.

Unidos a instituições como Polícia Federal (PF), Minis-tério Público do Estado do Amazonas (MPE), Comissão de Fiscalização de Propagan-da do TRE-AM, entre outros, os mesários fi guram como os principais atores da organi-zação do pleito. Eles somam hoje, uma frente de trabalho formada por 27 mil homens e mulheres, distribuídos por 6.883 secções eleitorais.

ObrigatórioComo o voto é obrigató-

rio aos cidadãos brasileiros maiores de 18 anos e faculta-tivo para analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e idosos com mais de 70, quem está fora de seu colégio eleitoral, precisa estar atento, para jus-tifi car a falta, que pode acar-retar no cancelamento do título de eleitor, documento indispensável para quem de-seja participar de concursos públicos, editais, emprestar dinheiro em bancos, emissão de passaportes entre outras sanções impostas.

Leia mais: o eleitor pode encontrar a sua zona e a seção onde vai votar no por-tal do EM TEMPO (www.emtempo.com.br).

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Eleições deste domingo (26) é um tempo reservado à democracia, onde dois candidatos disputam o comando do Estado do Amazonas por 4 anos

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Agenda dos candidatos

Candidato deverá votar às 9h na escola estadual Hermes da Fonseca, no conjunto Cophasa, na Ponta Negra.

EDUARDO BRAGA

Candidato votará pela manhã na escola estadual Ângelo Ramazzoti, no conjunto Adrianópolis.

JOSÉ MELO

Estrutura pronta para as eleiçõesUrnas e equipes, além de todo alicerce para realização do segundo turno do pleito estão prontos

Depois de uma cam-panha eleitoral mar-cada por trocas de acusações, suspeita

de compra de votos e apresen-tação de propostas, Manaus prepara-se para realizar hoje um inédito processo eleitoral no Estado. São esperados 2 milhões eleitores – na maior parte, com idades entre 45 a 59 anos. Nas engrenagens das votações, de um extremo ao outro da cidade, trabalharão perto de 3,5 mil de pessoas, entre mesários, servidores públicos, policiais e militares. Isso, sem contar os militantes e fi scais partidários.

Para conduzir os eleito-res aos seus locais de vo-tação, a Prefeitura de Ma-naus colocou a disposição 1.407 ônibus, de 217 linhas. A gratuidade do transporte está garantida, por meio de acordo junto ao TRE-AM.

O embarque gratuito será liberado de 4h à meia-noi-te de hoje, e não se aplica aos transportes executivo e alternativo, como explica o superintendente da Supe-rintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho. “Como es-ses dois modais ainda estão sendo regulamentados, não há contrato assinado com a prefeitura. Somente com um contrato de permissão seria possível fazer o ressarcimen-to dos custos oriundos da

g r a t u i d a -de”, disse.

P a r a acessar os c o l e t i v o s , os usuários devem pas-sar normal-mente pela catraca. Toda a operação de transporte está sendo coorde-nada pela SMTU, que manterá 40 fi scais nas garagens, termi-nais de bairro e de integração.

Será intensifi cada a fi scaliza-ção no horário de 12h às 14h quando se dá a troca de turno dos motoristas e cobradores para coibir atrasos na saída dos ônibus.

No caso de descumprimen-to, a gratuidade e qualquer outra reclamação sobre o transporte, usuários poderão ligar para o SAC da SMTU, no número 118, ou procurar um dos fi scais de transportes.

Na área de segurança, por

exemplo, a Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM) fi scalizará 199 locais de vo-tação na capital e 1.018 no interior. Um forte esquema de segurança, que consiste na revista de quem esteja carregando mochilas e bolsas, será montado no perímetro das escolas, a fi m de evitar o que ocorreu no primeiro turno, quando foi encontrado um suposto artefato explosivo numa escola de Manaus.

As Tropas Federais estarão nas escolas fazendo a segu-rança das urnas a partir das 7h30 de amanhã. Assim que chegarem, os soldados farão uma varredura nos locais, para que, no dia do pleito, a votação transcorra com tranquilidade.

Por sua vez, a Polícia Federal, que atua como Polícia Judici-ária Eleitoral, em apoio com as demais polícias, fará um trabalho preventivo, atuando, principalmente, nos portos e aeroportos do Estado, bus-cando, com isso, coibir o uso de recursos públicos para a captação ilícita de sufrágio.

A Polícia Civil disponibilizará duas equipes para atuarem junto ao juizado que funciona no TRE - Nilton Lins, além de outras duas equipes do grupo Fera, que estarão a postos para garantir a ordem. No interior, 76 Delegados de Polícia assegurarão o clima de paz e segurança durante as eleições.

ESTRUTURA Para conduzir os eleitores, a Prefeitura de Manaus colocou a disposição 1.407 coletivos. Na seguran-ça, 1.018 homens da Polícia Civil e Militar também estarão nas ruas Está expressamente proi-

bida a venda e o consu-mo de bebidas alcoólicas em lugares abertos ou públicos desde as 22h de ontem. O período de proi-bição se estenderá até as18h de amanhã.

A proibição, chamada po-pularmente de Lei Seca, está prevista na portaria conjun-ta 003/2014, assinada no dia 9 deste mês e publi-cada no Diário de JustiçaEletrônico (DJE).

O descumprimento da determinação caracteriza-rá crime de desobediência, previsto no Código Eleitoral (lei 4.737/65), com puni-ção que varia entre deten-ção de três meses a um ano e pagamento de 10 a 20 dias de multa.

Os fl agrados infringindo a legislação serão encaminha-dos para o auditório da Uni-versidade Nilton Lins, bair-ro Parque das Laranjeiras, Zona Centro-Sul da cidade. O

local é o mesmo usado pela Justiça no primeiro turno.

SaúdePara atender o público em

geral estão em funcionamen-to 24 horas os hospitais e prontos-socorros da cidade, além dos Serviços de Pron-to Atendimento, conhecidos como (SPAs) e maternidades. As policlínicas e Centros de Atenção Integral à Criança (Caics) funcionarão normal-mente amanhã.

Venda de bebida será fi scalizada

Serviço emergencial, como as ambulâncias, estarão de prontidão para atender aos eleitores

A concentração dos serviços para o segundo turno deste pleito acontecerá na sede provisória do TRE, que foi preparada dentro da universidade Nilton Lins

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O perfil dos candidatos apresentado ao eleitor José Melo e Eduardo Braga travam uma disputa ao governo do Amazonas histórica no pleito deste ano

O segundo turno da histórica disputa pelo governo do Amazonas fi naliza

hoje, entre o senador Eduardo Braga (PMDB) e o governador José Melo (Pros). Durante as últimas três semanas, após o resultado apertado visto no primeiro turno, os adver-sários concentraram esfor-ços em acenar para públicos estratégicos, reforçando a presença em zonas de baixo desempenho e buscando o voto dos indecisos.

Eduardo Braga priorizou acenos para o eleitorado jo-vem. O senador peemede-bista se desdobrou nas úl-timas semanas para fazer ecoar propostas como 60 mil bolsas universitárias em ins-tituições particulares, a cria-ção de uma versão local do programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras, cré-dito de fi nanciamento para jovens empreendedores e até uma secretaria estadual para cuidar da juventude.

O pacote de propostas teve o objetivo de estancar a migração dos votos obtidos

pelo terceiro lugar no pri-meiro turno, d e p u t a d o Marcelo Ra-mos (PSB), para José Melo. A mo-vimentação envolveu ainda propostas de poupança para jovens, am-pliação do ensino técnico e integral e até o apoio aos movimentos que lutam pelo Passe Livre, proposta que foi carro-chefe da campanha do PSD da ex-presidenciável, Marina Silva.

Exposição Já o candidato à reeleição,

José Melo, continuou alavan-cando a exposição da propos-ta do “Banco do Povo”, para fi nanciamento de empreendi-mentos. O governador repetiu no segundo turno a proposta de criar mais 30 escolas de tempo integral e construir 47 mil moradias na capital e no interior. Melo também explo-rou a recente iniciativa de promover a recuperação da Santa Casa de Misericórdia.

O governador, no entanto, não levou para o seu progra-ma, nem para os palanques,

o apoio do PSB de Ramos. José Melo continuou alavan-cando a parceria com o PSDB do prefeito Arthur Virgílio, que teve mais espaço para divulgar a candidatura do presidenciável tucano, Aécio Neves, no programa de Melo. O ex-governador eleito sena-dor, Omar Aziz (PSD), também continuou exposto.

Além dos intensos ataques vistos durante as últimas se-manas, os candidatos se des-dobraram para mostrar lados positivos. Braga se mostrou mais humanizado, destacando o convívio com a família e a sua história pessoal. A estratégia foi repetida na campanha de Melo, que continuou exploran-do o seu passado no interior.

Ambas campanhas tentaram descontruir a imagem e o dis-curso dos adversários.

Ataques pessoais O segundo turno da dispu-

ta pelo governo foi marcado pelo aumento dos ataques pessoais entre Eduardo Bra-ga e José Melo. Os adversá-rios submeteram os eleitores a uma maratona de peças publicitárias com acusações diversas. A guerra foi vista até no último debate entre eles, anteontem. Para eleito-res ouvidos pela reportagem do EM TEMPO, no entanto, a postura não agradou e não ajudou na decisão.

“Gostaria de ter visto mais propostas. O que vi foram agressões assustadoras. No fi nal, fi camos com a sensação de que estamos votando no menor pior”, disse a estu-dante de jornalismo, Paula Cecília. Já o professor Jorge Medeiros declara que a demo-cracia perde com os ataques entre os candidatos. “Ambos incentivaram o radicalismo e seja quem for que chegue ao poder terá que enfrentar as consequências do que plan-tou. A população foi deixada de lado”, disse.

RAPHAEL LOBATO Equipe EM TEMPO

ATAQUES Segundo turno da dis-puta pelo governo foi marcada pelo aumen-to dos ataques entre Eduardo Braga e José Melo. Os adversários submeteram os eleito-res a uma maratona de peças publicitárias

No 2º turno, o candidato José Melo continuou alavancando suas proposta do “Banco do povo” Já Eduardo Braga priorizou acenos para o eleitoral jovem nesta etapa de reta fi nal do pleito

No próximo governo, pretendo introduzir educação ambiental, educação para o trânsi-to, além das escolas inte-grais. Quero melhorar ainda mais a vida da população do Amazonas”

Pretendemos elaborar o Plano Emer-gencial de Segurança Pública, incorporan-do metas estruturan-tes como combate ao tráfi co e di-minuição de homicídios”

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- 60 mil bolsas universitárias- Crédito para jovens empreendedores- Adicional de R$ 50 no Bolsa Família- Crédito para família

Eduardo Braga

José Melo - Banco do Povo- 47 mil moradias- 30 escolas de tempo integral- Obra da avenida das Flores

Proposta dos candidatos

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4 MANAUS, SÁBADO, 25 DE OUTUBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Raphael Lobato e Asses-sorias

REVISÃOGracycleide Drumond e João Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Leonardo Cruz e Pablo Filard

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Resposta do PT é censura, afi rma Aécio sobre a ‘Veja’Tucano mencionou a reportagem de capa da revista ao afi rmar que Dilma e Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras

O candidato do PSDB à Presidência da Re-pública, Aécio Neves, disse ontem (24) que a

única resposta do PT às denún-cias de corrupção na Petrobras é a “censura”. O tucano mencionou a reportagem de capa da edi-ção desta semana da revista “Veja”, sobre o mais recente depoimento do doleiro Alberto Yousseff em que ele afi rma que tanto a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), quanto o ex-presidente, Luiz Iná-cio Lula da Silva (PT), sabiam de todo o esquema de corrupção na Petrobras.

“Essa revelação, de que Dilma e Lula conheciam o esquema de corrupção, é extremamente grave. Sabemos que a delação premiada (instituto processual a que aderiu Alberto Youssef) só garante benefícios ao de-

nunciante se for comprovada suas afi rmações. O Supremo Tribunal Federal já homolo-gou as denúncias anteriores de Youssef e caminha para homo-logar mais esta denúncia”, dis-se Aécio, que informou também que já tomou medidas jurídicas em relação ao tema: “Eu de-terminei que hoje mesmo o PSDB ingresse na Procuradoria Geral da República, solicitando que essas investigações sejam aprofundadas em virtude da gravidade do tema”.

O candidato criticou ainda a postura do PT e da candidatura adversária em relação às novas declarações do doleiro publica-das pela “Veja”. “O Brasil merece uma resposta. Infelizmente, a única resposta do PT até agora foi a censura, foi uma tentativa jurídica de impedir a distribuição da maior revista do país. Mas o

TSE (Tribunal Superior Elei-toral) rejeitou o pedido”.

Desvios Por fi m, Aé-

cio comen-tou a denún-cia, do mesmo doleiro, de que R$ 20 milhões, frutos de des-vios e que estavam fora do país, teriam sido repatriados para serem utilizados na campanha de Dima. “Isso é extremamente grave, seria a comprovação de que houve caixa dois na atual campanha eleitoral”, fi nalizou o candidato, que deixou o hotel sem responder a nenhuma per-gunta dos jornalistas. O evento ocorreu no hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, onde o tuca-no se prepara para o debate na TV Globo.

Militantes pró-Aécio e pró-Dilma fi zeram campanha lado a lado no largo do Carioca, Rio de Janeiro, seguida de confronto, mas o embate entre as siglas terminou sem que houvesse pessoas feridas

O ministro do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga negou, ontem, o pe-dido feito pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) de retirada da repor-tagem de “Veja”, publicada no site e no Facebook da revista, que informa que Dil-ma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. A informa-ção é atribuída ao doleiro Alberto Youssef, preso des-de março por envolvimento de um esquema milionário de lavagem de dinheiro. A campanha de Dilma pede

que sejam retirados do Fa-cebook links e menções à reportagem da revista.

Neste ano, denúncias sobre irregularidades na

Petrobras surgiram na im-prensa. As investigações tomaram fôlego e pau-taram as eleições presi-denciais deste ano com a defl agração da operação Lava Jato, que chegou a prender um ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Cos-ta, por suspeita de desvio de dinheiro público. Se-gundo Costa, que realizou delação premiada, o esque-ma de lavagem de dinhei-ro envolvendo a petrolífera fi nanciou PT, PMDB e PP. A presidente e o ex-presi-dente sempre negaram que soubessem do esquema.

Ministro nega pedido de DilmaRETIRADAA informação é atribuída ao doleiro Alberto Yous-sef, preso desde março por envolvimento de um esquema milionário de lavagem de dinheiro. Dilma pede que sejam retirados do Facebook links da revista

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5MANAUS, SEXTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

TUDO PRONTO PARA AS ELEIÇÕES

Prefeitura de Manaus monta operação que garante o transporte coletivo de eleitores e limpeza das ruas no pós-eleição. Amazonas Energia vai montar um plantão para atender as emergências no dia da votação

A Prefeitura de Ma-naus vai colocar nas ruas 1.407 ônibus, de 217 linhas, para

atender gratuitamente a po-pulação no domingo (26), no 2° turno das Eleições 2014. A gratuidade do transporte foi acordada com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) ainda no último mês de julho e publicada na forma da lei 1895, de 11 de agosto, no Diário Ofi cial do Município (DOM). O embarque gratuito será de 4h à meia-noite de domingo e não se aplica aos transportes Executivo e Alternativo, como explica o superintendente da Su-perintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho.

“Como esses dois modais ainda estão sendo regula-mentados, não há contrato assinado com a prefeitura. Somente com um contrato de permissão seria possí-vel fazer o ressarcimento dos custos oriundos da gratuidade”, disse.

Para acessar os coletivos, os usuários devem passar normalmente pela catraca. Toda a operação de trans-

porte será coordenada pela SMTU, que estará com 40 fi s-cais nas garagens, terminais de bairro e de integração. Será intensifi cada a fi scali-zação no horário de 12h às 14h, quando se dá a troca de turno dos motoristas e co-bradores para coibir atrasos na saída dos ônibus.

LotaçãoO superintendente acres-

centa que apesar de toda a frota operacional estar em circulação, devido ao au-mento considerável da de-manda de passageiros nos dias das eleições por conta da gratuidade, alguns ôni-bus podem trafegar com lotação máxima em deter-minados horários.

“É um dia atípico. No 1º turno tivemos um número de passageiros 20% su-perior ao de um dia útil normal. Muitas pessoas vo-tam e depois aproveitam a gratuidade para fazer outras coisas utilizando o serviço de transporte público. Mas estaremos coordenando a operação para coibir qualquer irre-gularidade”, ressaltou.

KARLA VIEIRA/SEMCOM

O eleitor, em Manaus, vai contar com transporte coletivo gratuito no domingo (26), dia das eleições do 2º turno

Para manter a cidade limpa após a votação, a prefeitura montou um esquema de operação de limpeza similar ao adotado no 1º turno. O trabalho será realizado pela Secretaria Munici-pal de Limpeza e Servi-ços Públicos (Semulsp). A limpeza começa logo após o fechamento das urnas, a partir das 17h. Serão cerca de 300 garis da varrição noturna, que se dividirão para limpar,

inicialmente, as princi-pais vias da cidade.

A meta da prefeitura é concluir a limpeza dos 408 locais de votação, na zona urbana de Manaus, em menos tempo do que o que foi necessário no 1º turno, já que serão apenas quatro candida-tos no pleito (dois para o governo do Amazonas e dois para a Presidência da República).

A operação de limpeza do 1º turno retirou 73,5

toneladas (média de 180 Kg por local de votação) de lixo eleitoral, em qua-tro dias de trabalho em regime de plantão. Para esta ação, a Semulsp mo-bilizou 340 garis.

O custo total da ope-ração, no início do mês, alcançou o montante de R$ 207,4 mil, contabili-zando gastos com coleta e disposição fi nal de lixo no aterro, materiais, pes-soal e aluguel de veículos de apoio.

Operação ruas sem sujeiraO plano de contingência

da Eletrobras Amazonas Energia para o 2º turno das eleições, com a defi nição das medidas que serão adotadas pela empresa para garantir a confi abi-lidade e a segurança no fornecimento de energia elétrica durante a votação do próximo domingo (26), está pronto. Ao todo, se-rão 345 equipes (275 em picapes e lanchas e 70 em caminhões). A capital contará com 169 equipes de linha-viva, pesadas e leves, que estarão a postos, distribuídas por zona em pontos de fácil desloca-mento, para atender qual-

quer tipo de ocorrência. Equipes extras também fo-ram providenciadas para compor o contingente de atendimento emergencial. Os serviços nos sistemas de distribuição serão man-tidos pelas equipes pró-prias e terceirizadas, com plantões das equipes de operação e manutenção.

PlantãoUma equipe do plantão

fi cará de prontidão para atender a sede do Tribu-nal Regional Eleitoral (TRE) das 6h até as 23h59 do dia 26. Para reforçar as ações de segurança do serviço de energia elétri-

ca, a Eletrobras Amazonas Energia suspendeu todos os serviços de interrup-ções programadas para o dia das eleições 2014. A exceção será apenas para serviços emergenciais.

O interior do Estado também contará com um Plano de Contingência es-pecífi co para os 62 muni-cípios atendidos pela dis-tribuidora. Para garantir a segurança das 103 usinas termoelétricas, 176 equi-pes irão atender as pos-síveis ocorrências. A Ele-trobras Amazonas Energia atende atualmente cerca de 334 mil consumidores no interior do Estado.

Plano para garantir energiaKARLA VIEIRA/SEMCOM

Esquema vai intensifi car a limpeza das ruas com aproximadamente 300 garis

Amazonas Energia vai montar um plantão para garantir energia nas eleições

DIVULGAÇÃO

Administração pública em discussãoO enfrentamento de crises mu-

nicipais, como a queda da arreca-dação do Fundo de Participação dos Municípios, a melhor gestão e a utilização de novas tecnolo-gias para a administração pública serão alguns dos temas tratados pelos prefeitos dos 62 municípios do Amazonas durante o “Diálogo

Municipalista 2014”, evento que a Associação Amazonense dos Municípios (AAM) vai realizar em parceria com a Confederação Na-cional dos Municípios (CNM) entre os dias 30 e 31 de outubro, no auditório do hotel Caesar Busi-ness, em Manaus. “Esse encontro é fundamental para a troca de ex-

periências entre os gestores, além de criar um vínculo dos prefeitos com a Associação Amazonense dos Municípios e membros da Confederação Brasileira dos Mu-nicípios. Juntas, essas entidades têm conseguido grandes vitórias para a gestão pública municipal”, afi rmou o presidente da AAM e

prefeito de Boca do Acre, Iran Lima. O encontro vai contar com a presença de toda a diretoria da CNM, que dentre outras novi-dades apresentará aos gestores o URBEM, uma nova ferramenta tecnológica que está sendo ofere-cida gratuitamente aos municípios do Amazonas para que haja uma

otimização da gestão municipal. Por meio desse sost ware será

possível a realização de diagnós-ticos, organização e dinamização dos processos internos, e os ges-tores municipais terão signifi ca-tivo auxílio no planejamento e na tomada de decisões, de maneira clara e objetiva.

PREFEITOS/INTERIOR

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6 MANAUS, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Petrolão: gangue pou-co operou com dinheiro vivo

Na CPMI da Petrobras, a quebra de sigilo bancário do ex-diretor Paulo Rober-to Costa e do megadoleiro Alberto Youseff revela que os saques não eram muito expressivos considerando os R$ 10 bilhões que, diz a Polícia Federal, foram roubados da estatal pelo esquema do “petrolão”. Isso confi rma uma tese do juiz Sergio Moro: a maior parte do desfalque era enviada ao exterior mediante contra-tos falsos de importação.

Contratos fajutosOAS, Camargo Corrêa,

Odebrecht etc. faziam de-pósitos de valores por “ser-viços” jamais prestados. Dinheiro vivo só em casos excepcionais.

Paraísos fi scaisYoussef também transfe-

ria o dinheiro roubado para contas controladas por polí-ticos em paraísos fi scais, se eles assim o preferissem.

Presentes carosO esquema subornava

autoridades, oferecendo-lhes presentes caros, via-gens em jatinhos, carros de luxo, imóveis no exterior, lanchas etc.

Dinheiro compradoHavia casos também em

que o esquema “internali-zava” dinheiro vivo, em re-ais, comprado em bancos paraguaios, para distribuir em malas.

Bolsa Família distri-bui R$ 17,7 bilhões em 2014

O governo Dilma distri-buiu neste ano eleitoral, até setembro, quase R$ 18 bi-lhões a benefi ciários do Bol-sa Família, segundo dados do Portal Transparência. Em três meses foram injeta-

dos “na veia” dos assistidos R$ 2,5 bilhões ao mês, em média. A Bahia, onde o PT obteve sua mais importante vitória no 1º turno, é o Es-tado que mais recebeu ver-bas do programa: R$ 2,28 bilhões. São Paulo, o maior do país, R$ 1,5 bilhão.

Lula x DilmaNo último ano do governo

Lula, o ex-presidente distri-buiu R$ 14,3 bilhões com o Bolsa Família, bem menos que Dilma.

Bolsa de valoresDesde que assumiu a

Presidência em 2011, os valores gastos com a Bol-sa Família cresceram em média 17% ao ano. Em bilhões, claro.

PrevisãoEm 2013, o governo dis-

tribuiu um total de R$ 24,9 bilhões. Se o ritmo deste ano continuar, o total de 2014 deve passar dos R$ 27 bilhões.

Perspectivas sombriasFerido de morte na era

PT, o Itamaraty terá o tiro de misericórdia em 2015: continua sob domínio taca-nho do aspone Marco Au-rélio Top-Top Garcia ou do embaixador tucano Rubens Barbosa. Ninguém merece.

Mapa da minaVice de Marina no 1º turno,

Beto Albuquerque (PSB-RS) acredita que o tucano Aé-cio Neves tem chance de ganhar se mantiver 65% das intenções em São Paulo, e continuar crescendo em Minas e no Sul.

Cenário DilmaO gaúcho Gilson Dipp, mi-

nistro aposentado do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ), é cotadíssimo para ocupar o cargo de ministro da Jus-tiça, em eventual segundo governo Dilma.

Cenário AécioEliana Calmon e Carlos Ve-

loso, ministros aposentados no STJ e no Supremo, são cotados para o Ministério da Justiça em eventual go-verno Aécio. Outro citado é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

PDT dividido Assim como os deputados

do PMDB na Câmara, os do PDT também ignoram so-lenemente a desmoralizada direção nacional e chegam divididos neste domingo: re-eleger Dilma ou eleger Aécio, eis a questão.

Conto do vigárioA pedido de sindicalistas

do PT, o Ministério do Plane-jamento aprovou um pacote de concursos ainda este ano, a fi m de facilitar a tarefa de pedir votos para Dilma. Mas é tudo lorota: a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal proíbe aumentar despesas com pes-soal em fi nal de mandato.

EnganaçãoA “estupenda” valoriza-

ção dos carteiros na era petista deveria explicar o engajamento dos Correios na campanha de reeleição de Dilma. Em 12 anos, os salários na ECT subiram raquíticos 0,4% acima do mínimo.

Que campanha?O site do PMDB ignora o

segundo turno na medida em que seu maior representante, Michel Temer, vice-presiden-te da República e candidato à reeleição, é solenemente ignorado pela campanha de Dilma (PT).

Pergunta no PetrolãoAssim como MEC, Receita

e Ipea esconderam indica-dores negativos, o PT queria que a revista “Veja” omitisse que Dilma e Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras?

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Gazeteiros históricos

www.claudiohumberto.com.br

Não tem efi cácia””

MINISTRO ADMAR GONZAGA (TSE), ao rejeitar pedido do PT para censurar a revista “Veja”

Não é de hoje a falta de disposição dos deputados para o trabalho. Campos Salles, que presidiu o Brasil entre 1898 e 1902, enviou uma carta ao então presidente da Câmara, ex-deputado Xavier da Silveira, em que solicita sua “in-tervenção” para “obter o comparecimento dos deputados na sessão da Câmara”. Campos Salles se queixa em sua carta de 8 de abril de 1901 que “até hoje não temos um Orçamento sequer votado pela Câmara”. E adverte: “Nada pode ser mais grave do que isto”. Vai mais além: “É preciso não só que (os deputados) compareçam, mas que permaneçam durante a sessão, pois a praga é: entrar por uma porta e sair pela outra”.

Mais de um século depois, continua tudo igual.

Norma eleitoral autoriza apenas que eleitores defi cientes possam comparecer às urnas acompanhados de outros

Sigilo impede eleitor de levar os fi lhos à urna

Eleitores costumam levar os fi lhos para as cabines de votação como forma de patriotismo

O sigilo do voto é preceito constitu-cional, que acom-panha o processo

democrático de escolha dos representantes há séculos no Brasil. Discussão interessan-te, principalmente em perío-dos eleitorais, é a permissão ou proibição ao eleitor de ser acompanhado por crianças e adolescentes, normalmente fi lhos ou parentes próximos, sob o pretexto de incentivo à consciência democrática dos futuros eleitores. A ausência de um disciplinamento unifor-me (pelos tribunais regionais eleitorais e pelo Tribunal Su-perior Eleitoral) tem gerado posturas diversas nas zonas eleitorais pelo país, causando questionamentos e inciden-tes, muitas vezes mal compre-endidos pelos eleitores.

O uso criminoso desse arti-fício, por candidatos e parti-dos políticos, para viabilizar a compra dissimulada de votos, deve gerar inúmeras restri-ções a essa prática. O ponto é controvertido, principalmen-te diante da inexistência de uma norma clara e uniforme a respeito do sigilo do voto, que tem gerado as mais diver-sas interpretações. O tema demanda uma refl exão atual em prol da democracia, de

forma a viabilizar a escolha livre, pelo eleitor, de seus re-presentantes, com o objetivo de se preservar a lisura do processo eleitoral

A Constituição Federal es-tabelece, no artigo 14, que o voto é direto e secreto, com valor igual para todos. O si-gilo do voto é garantido pela Constituição para proporcio-nar ao eleitor a segurança

necessária da livre escolha de seus candidatos e a lisura do processo eleitoral. Veda-se aqui a possibilidade de infl uência, coação ou mesmo a vinculação do eleitor por quem quer que seja, no mo-mento em que emite o voto, dentro do processo eleitoral. O momento do voto é único no exercício do direito do eleitor e da cidadania, já que é atra-

vés dele que o eleitor, individual-mente, ex-terna a sua opção na escolha de seus repre-sentantes , que irão dirigir o futuro da nação. Em última análise, defi nem as políticas que irão benefi ciar ou prejudicar o eleitor e a própria sociedade como um todo.

A manipulação desse pro-cesso democrático, por ar-tifícios das mais variadas espécies, viola a livre escolha dos candidatos pelo eleitor, propicia a corrupção, a venda e compra de votos e com-promete a base do sistema eleitoral. O sigilo do voto ga-rante ao eleitor a prerrogati-va de escolha, vinculando-o a interesses imediatos dele e da sociedade. A violação do voto pode favorecer grupos políticos sem compromissos com a sociedade, em afronta ao interesse público.

O sigilo do voto constitui uma garantia ao eleitor para a escolha de seus represen-tantes de forma livre e sem infl uências externas, longe de ser uma violação à liber-dade de expressão.

SIGILO É comum o eleitor le-

var o fi lho para a sessão eleitoral, para a cabine e até para apertar o te-clado da urna eletrônica com número de candida-to e confi rmar o voto, mas essa prática não é autorizada

ATRASOS

Horário de verão muda apuraçãoA diferença de fuso horá-

rio entre Brasília e o Esta-do do Acre e a implantação do horário de verão irão atrasar em cerca de meia hora a divulgação do nome do novo presidente da Re-pública na eleição deste domingo (26). Apesar de o Tribunal Superior Elei-toral (TSE) estimar que a apuração se encerrará por volta das 19h30, o resul-tado fi nal só será divulga-do após as 20h, quando

terminar a votação noterritório acriano.

A assessoria de impren-sa do TSE informou que nenhum dos ministros da corte eleitoral terá acesso ao resultado da eleição presidencial.

O Acre tem um fuso com duas horas de diferença a menos em relação ao horário de Brasília. Além disso, devido ao horário de verão, a diferença aumen-tou provisoriamente para

três horas.Em todo o país, os lo-

cais de votação fi carão abertos até as 17h (no horário local). Desta for-ma, quando os eleitores do Acre acabarem de votar, já serão 20h nos Esta-dos que seguem o horáriode Brasília.

No primeiro turno das eleições, realizado em 5 de outubro, o horário de verão ainda não estava em vigor.

CRÉDITO DO FOTÓGRAFO

A norma eleitoral permite ao eleitor com defi ciência ou mobilidade reduzida o acom-panhamento de outrem, ao votar, e que ele “seja auxiliado por pessoa de sua confi an-ça” (artigo 90, da Resolução 23.399 de 17 de dezembro de 2013). Seria a única hipótese de o eleitor levar companhia para o voto, por razões justi-fi cadas de viabilização física do próprio voto pelo eleitor portador de defi ciência.

Não existe previsão legal ou administrativa de voto acompanhado de outrem, exceto o defi ciente ou de

mobilidade reduzida. Não há permissão de o eleitor ser acompanhado por criança e adolescente, mesmo que seja fi lho. Assim, em princípio o eleitor deve ir votar sozinho,sem companhia.

Porém, é comum o elei-tor levar fi lho para a sessão eleitoral, para a cabine e até para apertar o teclado da urna eletrônica com número de candidato e confi rmar o voto, hipótese em que mate-rialmente quem exercita ime-diatamente o voto é o fi lho e não o próprio eleitor. Como o voto é pessoal, a permissão ao

fi lho é irregular e ilícita.Embora pareça irrele-

vante à primeira vista, o fato se mostra importan-te, principalmente para se evitar condutas ilícitas, por exemplo, quando envolve a compra e venda de votos. Há relatos de que pessoas estariam usando crianças para acompanhar o elei-tor no momento da vota-ção e, depois, confi rmarem para quem ele teria vota-do, viabilizando a obtenção de vantagens pelo próprio eleitor e por terceiros cominteresses escusos.

Alguns casos podem ter mudança Apenas cadeirantes e portadores de necessidades especiais podem votar acompanhado

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AÇÃO

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7MANAUS, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

No dia das eleições, o presiden-te do Tribunal Superior Eleito-ral (STF), ministro Dias Toff oli, diz que o marketing político

foi supervalorizado nesta campanha, deixando de lado assuntos de interesse do país, como economia, segurança pública e política externa. O marketing começa a prevalecer cada vez mais sobre o conteúdo, entende o ministro. “Como cidadão, o que esperávamos, é que nos debates os candidatos apre-sentassem suas opiniões, propostas, debatessem a sociedade, ao invés de fi carem dentro de um ‘modelito’ feito pelos marqueteiros”, criticou. Para o ministro, fi cou clara no segundo turno, uma tentativa de fazer uma campanha do “vote no menos pior”.

Toff oli foi um dos defensores da adoção de uma postura mais rigorosa do TSE, para forçar os candidatos a deixarem os “ataques de baixo nível” de lado. “Qual vai ser a política externa do candidato A ou do candidato B? Eu não vi isso ser apresentado”, comentou.

Em entrevista, o presidente do TSE defendeu o barateamento das campa-nhas eleitorais, a discussão da meto-dologia das pesquisas e afi rmou que a corte pretende editar súmulas para fazer o entendimento destas eleições valer daqui para frente.

O nível das propagandas políticas melhorou depois da postura mais rigorosa do TSE?

Dias Toff oli - Os programas melho-raram qualitativamente do ponto de vista programático. É um bom motivo para repensar esse horário eleitoral gratuito. O que menos aparece, às vezes, é o candidato. Se fosse fazer uma análise de todas as campanhas, o marketing começa a prevalecer cada vez mais sobre o conteúdo.

Mas o efeito disso fi cou só para os programas do fi nal da campa-nha. Por que a estratégia não foi adotada no primeiro turno?

Toff oli - O tribunal historicamente sempre teve uma certa tolerância, quando o nível de ataque se dá em proporção muito pequena. Mas, o que ocorreu a partir do segundo turno foi uma tentativa de se fazer uma cam-panha do “vote no menos pior”, ao invés de fazer a campanha positiva, do vote no melhor. No primeiro turno não houve ataques como houve no segundo turno. Pelo menos, essa é a leitura que eu faço.

O TSE está pensando em mudar as regras da propaganda eleitoral?

Toff oli - Podemos editar súmulas. Estamos fazendo estudos para depois do segundo turno simularmos as teses

que prevaleceram ao longo das elei-ções. Com isso, dar maior segurança na interpretação das leis para toda a Justiça Eleitoral.

Pode então virar uma súmula o entendimento de que não podem ser usadas matérias de jornais nas propagandas eleitorais para atacar?

Toff oli - Vamos discutir isso na corte depois das eleições. Isso é o que eu falo de lavagem da notícia. Vem a notícia de um jornal e você coloca no seu horário eleitoral gratuito. Aí se diz: a responsabilidade não foi minha.

O senhor diz que o eleitor tem discernimento para analisar as cam-panhas eleitorais. Por que então este novo entendimento do Tribubal Superior Eleitoral?

Toff oli - A questão é a proporção que isso assumiu. Uma coisa é uma propaganda que tem 90% de atuação programática e uma crítica mais ácida de 10%, 5%. Outra coisa é candidaturas abandonarem toda uma proposição de programa de governo. Qual vai ser a política externa do candidato A ou do candidato B? Eu não vi isso ser apre-sentado. Deixa-se de dizer qual vai ser o seu programa social, qual vai ser o seu programa econômico, qual vai ser o seu programa de área de segurança, de política internacional.

Qual eleitor foi alvo das campa-nhas no segundo turno?

Toffoli - A disputa não estava na-queles que já têm a opinião formada. Estava em desconstruir a imagem do outro, para aqueles que ainda não tinham opinião. Isso é uma consequ-ência do segundo turno. Parte-se do pressuposto de que quem votou em A continuará a votar em A. Quem votou em B, continuará a votar em B. Então, o que faz o marketing? Ao invés de continuar uma campanha propositi-va, vai disputar o voto dos indecisos que não votaram naqueles candida-tos. Eles têm duas opções: ou tentar conquistar os votos dos indecisos ou tentar fazer com que o indeciso não vote no adversário.

Essa estratégia tem reflexos nos debates?

Toffoli - Os debates foram dirigi-dos muito menos pelos candidatos e muito mais pelos marqueteiros. Como cidadão, o que esperamos, é que nos debates os candidatos apresentem suas opiniões, propostas, debatam a sociedade, ao invés de ficarem dentro de um “modelito” feito pelos marqueteiros. O modelo de marketing atual está supervalorizado. O debate tem de ser uma questão de convicção das ideologias e não algo que é feito só para o momento eleitoral.

Como resolver isso?Toff oli - Temos de baratear as cam-

panhas. É preciso limitar os gastos de campanha, vedar fi nanciamento de campanha por pessoas jurídicas e estabelecer um teto de doação em valores fi xos, não em valores proporcio-nais. No Brasil, os limites são propor-cionais. Então, uma grande empresa pode doar mais do que uma pequena empresa. Com um teto, teríamos uma participação mais equânime.

É necessário fazer mudanças nas pesquisas eleitorais?

Toffoli - Em muitos casos teve uma diferença muito grande (entre pesquisas e resultados). O ministro Gilmar Mendes e o ministro Henrique Neves me provocaram para que após a eleição chamemos os principais institutos para ouvir sobre a meto-dologia. Existem pesquisas que têm margens de erros diferenciadas. Será que isso é admissível? Uma pesquisa tem o universo de 2 mil eleitores, outra tem universo de 4,6 mil. Será que dá para divulgar isso como sendo a mesma coisa?

O resultado da pesquisa interfere no voto do eleitor?

Toffoli - Se não fosse trazer algum benefício, o marqueteironão colocaria.

Dias TOFFOLI

‘Houve tentativa DE SE FAZER UMA CAMPANHA do vote no menos pior’

Como cidadão, o que esperávamos é que nos debates os candidatos aos cargos executivos apresentassem suas opiniões, propostas, debatessem a socieda-de, ao invés de fi carem dentro de um ‘modelito’ feito aos moldes dos marqueteiros

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Podemos editar sú-mulas. Esta-mos fazen-do estudos para depois do segundo turno si-mularmos as teses que preva-leceram ao longo das próximas eleições

Quem votou em B, conti-nuará a votar em B. Então, o que faz o marketing? Ao invés de continuar uma campa-nha propositi-va, vai dis-putar o voto dos indecisos que não vota-ram naqueles candidatos

Toff oli prepara uma série de propostas para mudar a propaganda eleitoral

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8 MANAUS, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Raphael Lobato, Luana Dávila e Assessorias

REVISÃODernando Monteiro,Gracycleide Drumond e João Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Kleuton Silva,Klinger Santiago e Mário Henrique

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Internet: Aécio lidera, mas Dilma cresce na reta fi nalPresidenciáveis não se atacam só no “cara a cara”, mas utilizam as mídias sociais para duelarem a serviço do voto do internauta

O Airstrip, empresa especializada em pesquisa de merca-do social analytics,

realizou entre os dias 5 e 23 de outubro mais uma pesqui-sa sobre as intenções de voto declaradas pelos internautas nas redes sociais. De acordo com o novo levantamento, o candidato Aécio Neves (PSDB) lidera com 53%, en-quanto a candidata à ree-leição Dilma Rousseff (PT) possui 47% das intenções de voto declaradas. No total, o Airstrip analisou 85.050 posts no Facebook e no Twit-ter durante todo o período do 2º turno.

O pico das declarações de voto ao candidato do PSDB aconteceu em dois momen-tos: logo após o 1º turno das eleições e no dia 12 de outubro, quando Marina Silva, do PSB, declarou apoio a Aécio neste 2º turno. Já a candidatura de Dilma vez passando por um crescimen-to nos últimos dias. Inclusive, no dia 23 de outubro – a quinta-feira anterior à elei-ção – Dima fi cou com 52% dos votos declarados, contra 48% de Aécio.

Em outro levantamento, da Broadcast Político, mostrou que, até as 17 da última quarta-feira (22), Dilma fez 11 postagens no Twitter e 12 no Facebook, incluindo as compartilhadas de outras páginas. O número é pare-cido com o do tucano, que, desde o início do dia, postou 14 mensagens no Twitter e dez no Facebook. Na batalha por seguidores, o tucano leva vantagem no Facebook, com 3.151.182 seguidores contra 1.764.480 que acompanham as postagens da presidente. Já no Twitter, Dilma lidera com folga: tem 2.901.805 seguidores contra 192.447 do tucano, que aderiu às men-sagens instantâneas desta plataforma bem mais tarde do que a presidente.

Dilma aproveitou, por exemplo, sua passagem por Uberaba (MG) para lançar a hashtag #DilmaPraMudar-Minas. A investida da petista

no Estado tenta conter um possível avanço do tucano em um território considera-do estratégico para ambos. Dilma tem explorado com frequência o fato de ter ven-cido Aécio em Minas Gerais no primeiro turno e argu-menta que “quem conhece não vota nele”.

EconomiaCom mensagens publica-

das pela assessoria de im-prensa em seu perfi l pessoal, a presidente voltou a atacar o ex-presidente do Banco Cen-tral Armínio Fraga, que foi apontado por Aécio como eventual futuro ministro da Fazenda e disse que ele “acha que o salário mínimo

está alto demais”. “Nessa campanha é importante lem-brar como foi o governo do PSDB. Eles desempregaram 11 milhões de brasileiros”, escreveu a petista.

Já Aécio aproveitou o Twit-ter para continuar reforçan-

do o seu discurso contra a economia e garantir que não acabará com programas so-ciais do PT. “Cada mês, a desconfi ança é maior em relação à economia”, pos-tou o tucano. “Reafi rmo meu compromisso com os progra-mas sociais, como o Bolsa Família, e o fortalecimento dos bancos públicos”.

CompromissosO tucano aproveitou ainda

para escrever sobre o que chamou de “compromisso pessoal” com os aposentados e voltou a dizer que se eleito vai rever o fator previdenciá-rio. Ele destacou também que vai continuar lutando contra “as mentiras do PT”.

No Facebook, a aposta dos candidatos foi desde vídeos próprios até exaltação de ar-tistas que estão os apoiando. Aécio aparece em duas men-sagens gravadas. Em uma delas, pede mobilização e repete que “falta muito pou-co tempo para a libertação do Brasil”. Em outro vídeo, o tucano destaca que “o Brasil merece um governo decente, efi ciente, qualifi cado”.

No quesito artistas, Aécio destacou o depoimento da cantora Paula Toller e, logo na sua primeira postagem de hoje, colocou um vídeo do cantor Xandy, vocalista da banda Aviões do Forró, com uma paródia da música Festa, de Ivete Sangalo.

Ao longo de toda campanha, as redes sociais tornaram-se importante ferramen-tas de comunicação. No pleito passado, a força dessas comuni-dades virtuais ainda não tinha relevância, mas nas eleições de 2014 definitivamente elas tiveram um papel muito importante.

InovaçãoPara o doutor em co-

municação e profes-sor de mídias sociais do Mackenzie Celso Figueiredo, ao longo do processo eleitoral, a campanha de Dilma tem sido mais consis-tente e com melhor nível técnico. No en-tanto, Aécio tem sido o mais inovador.

“O Aécio foi o mais inovador ao usar o WhatsApp e incenti-var a disseminação de seu vídeo, mas de uma maneira geral a dis-tribuição de assuntos da campanha da Dil-ma é maiscompleta”,afirmou.

Maior presençaPara o professor, a

petista tem um estru-tura mais consistente por trás de sua can-didatura, mas nesta reta final é o tucano que tem conseguido marcar uma presen-ça maior nas redes. “Agora no final tenho visto Aécio mais pre-sente, com apoios e vídeos que vão desde o depoimento de FHC até de Chitãozinho e Xororó”, disse.

A força da campanha virtual

REAÇÃOO pico das declarações de voto ao candidato do PSDB aconteceu em dois momentos: logo após o 1º turno das eleições e no dia 12 de outubro, quando Marina Silva, do PSB, declarou apoio a Aécio

Intenção de votos nas redes sociais

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Decisão voto a voto: PT X PSDB

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