Energiasolar fev2015

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Energia Solar 2015

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Brazilian Journal of Solar Energy 3

O sol em 2015POR: CLAUDIO LOUREIROEngenheiro pela Escola Politécnica da USP e MBA pela Cranfield School of Management – Reino Unido.Como executivo, no setor passou pela Canadian Solar, GE e pelo Conselho da [email protected]

P ara os envolvidos no setor de geração deenergias renováveis, é absolutamente conhe-cido o fato de nosso país ter imenso po-

tencial, muito além da base hidrelétrica: eólica, bio-massa e solar sempre fizeram parte das avaliaçõese debates quando se trata de expandir, comple-mentar e diversificar a matriz elétrica.

ALGUMAS MENÇÕES:· “Temos uma Itaipu adormecida nos canavi-

ais”, é uma frase conhecida daqueles que tra-balham com geração de biomassa, principal-mente a de cana-de-açúcar;

· “O local de menor irradiação no Brasil tem maispotencial que o melhor local na Alemanha”,menção amplamente utilizada quando compa-ramos a penetração da fonte entre os dois paí-ses;

· “As energias eólica, biomassa e solar comple-mentam nosso regime hidroelétrico pois têmseu pico de produção no período de seca”,uma confirmação de que estas podem per-feitamente auxiliar na manutenção de nossosreservatórios.Historicamente, a adoção destas fontes tem

ocorrido de forma mais lenta que desejado, even-tualmente devido a razões culturais, de estruturade comércio exterior e obrigatoriedade de locali-zação. Pelo lado cultural, uma vez que as tecnolo-gias não são oriundas de nosso país – a exceçãoda biomassa de cana - a tendência seria maximi-

zar o uso do que conhecemos e sabemos, como ahidroeletricidade. No mundo empresarial, isso seriaequivalente à not-invented here syndrome (síndrome donão-fui-eu-que-inventei), onde as soluções importadastendem a ser contestadas antes de sua adoção emlarga escala. Quanto ao comércio exterior, a im-portação sempre foi um tema complexo no país,tanto pelas tarifas quanto pelos procedimentos.

Além disso, temos poucas ilhas de excelênciano tema exportação no âmbito corporativo, o que

leva o Brasil a ser considerado um país de difícilacesso e protecionista no exterior. Por fim, pro-dução local para a geração de emprego e a reno-vação do perfil dos empregos é intensamente al-mejada por empresários, empreendedores, po-líticos e associações. Com objetivo de minimizara exposição do Real a moedas estrangeiras, nos-sa estratégia de oferta de baixos juros para pro-jetos de energia demanda a contrapartida de naci-

Aldemir Batista (Editora Exceuni)[email protected] (41) 3657-2864

COLABORADORES:Angela Perondi Pitel; Claudio Loureiro – ABSO-LAR; Waldemar Avritscher; Gerson Sampaio –presidente Teknergia; Rafic Hambali – CEOSwissINSO; Stéphane Boudon – CEO AIM Luxem-bourg e Mônica Carpenter

CHEFE DE EDIÇÃO:Carlos A. F. Evangelista

Paula Schamne

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar4

onalização de componentes e produtos. Isto, en-tretanto, na grande maioria das vezes tornamo custo mais elevado e nem sempre totalmenteimune à exposição cambial.

Entretanto, é dada como certo o aumentode tarifas elétricas e isto certamente impulsiona-rá estes setores que tem por base insumos quenão necessitam ser importados – vento, bagaçoe sol. Entrando no tema da energia solar, e maisobjetivamente, a fotovoltaica, tivemos em 2014 umgrande avanço e incentivo, além de grandes marcos:

· Fundação de uma entidade focada no se-tor fotovoltaico, a ABsolar, a qual atingiu a partirdas 10 empresas fundadoras o total de 67 asso-ciados no final de 2014;

· O lançamento pelo BNDES de uma me-todologia de financiamento para equipamentos,seja para geração centralizada ou distribuída, da-das condições de localização de componentescom datas específicas.

· O primeiro leilão federal de energia de re-serva por fonte, onde 31 projetos fotovoltaicostotalizaram 1 GWp a serem conectados até 2017;

· A isenção de ICMS em alguns estadospara sistemas conectados à rede segundo a re-solução 482 da ANEEL;

Estas condições propícias levam a crer que2015 deverá ser um ano de grande avanço nonúmero de instalações conectadas e registradas,além de maior adoção de projetos de autopro-dução e eventualmente maior penetração no sis-tema isolado, o qual tem sido tradicionalmente ofoco nacional nos últimos anos. Pelos númerosda ANEEL, há hoje aproximadamente 20 MWpinstalados entre geração distribuída e centraliza-da – pode-se arriscar dizer que esta base no mí-nimo dobraria em 2015.

Quais seriam então os pontos principais deatenção para que a fonte pudesse deslanchar?

· Financiamento atrelado a conteúdo lo-cal ainda não disponível

- Hoje, a única fonte de financiamento parageração centralizada e distribuída é o BNDES, sen-do que as demandas de conteúdo local como condi-ção base devem ser atendidas a partir de 2016;

- Bancos comerciais com experiência neste

processo no exterior, os quais não teriama demanda de conteúdo local, recém ini-ciam avaliações com taxas de juros e oprazo de financiamento ainda não ajusta-dos às condições necessárias;

· Custo de CAPEX e impostos im-pactando o retorno dos projetos

- Os principais componentes aindaserão importados ao longo de 2015 e

pode-se considerar que os principais fornecedoresglobais se estabelecerão no país;

- Com a decisão de redução de ICMS paraos sistemas conectados pela resolução 482 ca-bendo a cada estado, pode-se chegar a ter bene-fícios adicionais durante 2015;

· Disponibilidade de componentes paranovos sistemas e reposição

- A cadeia industrial encontra-se em fase deestabelecimento no país, sendo que os principaisprovedores de equipamentos recém iniciam suasoperações com materiais importados;

- Os canais de distribuição que tradicional-mente manteriam o inventário para entrega ime-diata praticamente inexistem;

· Massa crítica de mão de obra para ins-talação e assistência

- É fundamental considerar a formação demão de obra especializada para a rápida ex-pansão da tecnologia; as estruturas de ensi-no técnico têm de rapidamente incorporarem sua grade as disciplinas e treinamentosnecessários;

- Não se pode desconsiderar o fato que ocrescimento de mão de obra e a criação de em-pregos no setor virá do segmento de instalaçõese serviços, e não da manufatura. Nos EUA, maisde 100.000 empregos vieram do segmento, en-quanto apenas 250 vieram da manufatura.

As condições estão postas para que o ano de2015 seja o primeiro de muitos anos de crescimentopara o setor fotovoltaico. Em todos os países ondeesta tecnologia foi adotada, se as previsões fo-ram mais conservadoras que os dados efetivosde crescimento, por que não no Brasil?

For those acquainted to the Brazilianrenewables Market, there has always beenconsiderations on other renewable sources on topof hydro, such as biomass, wind and solar. A fewcommon mentions relate to the huge generationpotential of sugarcane biomass, solar – boththermal and PV- and how these sources can helpthe electrical matrix by reduce hydro need duringthe local dry season.

Why then does the Brazilian electricitymatrix is still holds 80%+ of hydro despitethe huge potential of other sources? Somepoints might be considered in this analysis:· Culture: doing what you know best always

establishes the question “why change?”, sothe adoption of new technologies has alwaysfaced resistance from mature established ones;

· Complexity on imports: it is widely known thecomplexity on processing imports in thecountry, as well as the duty/tax structureadopted; Brazil is still perceived as a protectedeconomy;

· Local content demand: the drive for jobs andnew industries - always of interest ofpoliticians, entrepreneurs, industry associations– as well as reducing the exposure of BrazilianReal to foreign currencies have always beenpart of the Industrial Policy strategy.Nevertheless, in 2014 several advances can

be reported, such as:· the foundation of the Brazilian PV Association

– ABSolar· the disclosure of a local content plan to use

low interest funding by the NationalDevelopment Bank – BNDES

· the exemption of ICMS – our VAT – inequipment and systems connected to the gridin specific states of the FederationWe might risk forecasting that the 20MWp-

installed base in the country can easily growabove 2x+ in 2015 in an exponential growth trend.

There is however, a lot of ground to coverin 2015 as well, since there are requirementsto be addressed in order to create of a full-scale market:· Financing for distributed generation in the

commercial/ residential markets· Capex cost, impacted by import duties and

taxes and, in a second phase, the costs relatedto scale and learning upon local manufacturing;

· Equipment availability, as 100% of equipmentis currently supplied from abroad, mostlyEurope and China;

· Labor development: the sine-qua-non need fortrained and certified technicians/ engineers todeploy the technology across; for the record,this exceeds by far the potential job creationin manufacturing jobs.Building on foreign experience, the PV

installations have always exceeded the forecastspresented early in the year, so why can we notexpect this in Brazil for 2015?

The sun in 2015

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Sistema solar reduz contas de energia,além de eliminar oscilações e falhas

em equipamentos eletrônicosum grande complexo comercial, haviauma preocupação constante com a ener-gia, fator importante para qualquer

empresa.Havia uma percepção de que as contas de

energia eram muito altas, e equipamentos ele-trônicos falhando constantemente indicavamproblemas em lojas e escritórios.

Negociações com a concessionária, tra-balhos de manutenção e reformas nãoresolveram, levando a empresa a con-tratar empresa especializada em me-dições e projetos para economia deenergia.

Feito um ciclo de medições, e estudo de dis-tribuição de cargas, verificando que os altoscustos e problemas eram originados por baixaisolação dos cabos de energia em várias áreas,especialmente nos estacionamentos e jardins.Ocorriam perdas e fugas de energia, alem defreqüentes curtos-circuitos, gerando falhas ge-neralizadas, especialmente em maquinas de car-tões de crédito e caixas eletrônicos.

A maioria dos problemas com energia estáligada diretamente com a infra-estrutura elétri-ca. Assim, você tem que considerar a instala-ção elétrica como parte do problema toda vezque equipamentos apresentarem comportamen-to inadequado.

Faça uma medição diária da tensão em suaempresa. As portarias da ANEEL, desatualiza-das com a realidade das máquinas e computa-

dores atuais, estabelecem que uma concessio-nária pode fornecer tensão com variações deaté 7,5% para menos e 5% para mais. Estas va-riações provocam paradas de sistemas, e falhasoperacionais, sem que o cliente tenha uma so-lução fácil para o problema.

Mesmo que a tensão esteja dentro do esta-belecido pelos manuais de seus equipamen-

tos, ainda há ruídos e harmônicos que alte-ram a qualidade da operação. Lembre que

nos aviões chegou-se ao extremo deproibir, em todo o mundo, o uso de

equipamentos eletrônicos nos pou-sos e decolagens.

Para entender melhor isto, lembre que umeletrônico ou computador pode interpretarqualquer sinal de alta freqüência como infor-mação ou dado de entrada. Toda vez que vocêfor surpreendido por ações inesperadas de com-putadores, provavelmente seja por um sinaldestes.

Para solucionar os problemas, foi feito umprojeto para substituição parcial dos cabos deenergia, e no estacionamento externo e jardinsoptou-se por eliminar as velhas instalaçõesinundadas por chuva e com pontos em curto-circuito, por moderno sistema solar, que resol-veu em definitivo os problemas.

Em cada poste de iluminação instalamos KitSolar e nova iluminação com LED indicadopara altura máxima de 12 metros. Os kits fo-ram fornecidos com luminária, painel solar fo-

tovoltaico, suporte articulado para fixação dopainel, caixa de controle com eletrônica e bate-ria incorporada, protetores e fotossensor.

Foram feitos adaptadores para as cabeçasdos postes, de modo a evitar a troca, com gran-de economia de dinheiro e tempo.

O sistema está em plena operação, e o resul-tado do projeto foi um sucesso, com economiana conta de energia de 28 %, já consolidadaapós seis meses em operação, e eliminação to-tal dos problemas técnicos anteriores.

Em resumo, contrate empresa especializadae determine a cada seis meses a qualidade doseu sistema, com medição das harmônicas e er-ros existentes em sua instalação. Com isso, vocêevitará pesados investimentos em estabilizado-res e No-Breaks que muitas vezes acabam nãocorrigindo o problema, somente mascarandoou reduzindo sua influência.

É importante checar os aspectos múltiplosda interferência harmônica, tanto da energiacomo de campos eletromagnéticos e aterramen-to. Os resultados de medidas devem ser avalia-dos por um experiente engenheiro, especialmen-te se os resultados são ambíguos ou confusos.

Muitas vezes, falhas em equipamentos cominterferência de Harmônicos podem produzirresultados conflitantes e você pode precisarchamar um engenheiro especializado. Na reali-dade, algumas vezes falhas de energia podemestar sendo geradas em edifícios vizinhos quepodem estar a quilômetros de distancia.

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In a large shopping complex, with constant problems of energy,there was a perception that the bills were very high and electronicequipment constantly failing indicated problems in shops and offices.

Made a cycle of measurements, and study load distribution, notingthat the high costs and problems were caused by poor insulation ofpower cables in various areas, particularly in car parks and gardens.Occurred losses and energy leaks , in addition to short-circuitingfrequently , generating widespread failures , especially on machinesof credit cards and ATMs.

To solve the problems, a project for partial replacement of powercables was done, and the external parking and gardens it was decidedto eliminate the old facilities flooded by rain and points short-

circuited by modern solar system, which decided in definiteproblems.

In each lamppost installed Solar Kit and new lighting with LEDindicated for maximum height of 12 meters. The kits were providedwith lamps , photovoltaic solar panel, articulated support forpanel mounting, control box with electronics and built-in battery,protective and photo sensor. Adapters were made for the heads of theposts, so as to avoid exchange with great savings in time and money.

The system is fully operational, and the outcome of the projectwas a success, with 28% savings in energy bill, already consolidatedafter six months in operation, and total elimination of the abovetechnical problems.

GERSON SAMPAIO – presidente Teknergia

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Autoconsumo de eletricidade PVSTÉPHANE BOUDON (CEO - AIM Luxemburgo \ 51 Av JF Kennedy -. L-1855 LUXEMBURGO - AIM Luxemburgo é um especia-lista em financiamento de energia verde, com sede em Luxemburgo que, opera em nível mundial)

ste artigo discute algumas questões relaci-onadas com o autoconsumo de eletricida-de produzida a partir de instalações de ener-

gia fotovoltaica (FV) de propriedade do consumi-dor. Menciona alguns aspectos e características domercado brasileiro.

No final do século 20, o processo de liberaliza-ção lançado no setor da energia em muitos paísesteve um grande objetivo: garantir preços acessíveisda energia a todos os consumidores e empresas,dando-lhes a possibilidade de escolher livrementeos seus fornecedores de energia com base na com-petitividade. Processo semelhante aconteceu comas indústrias de Telecomunicações, o que garantiureduções significativas dos preços. Este processoestá em andamento e será totalmente concluída ape-nas quando os consumidores e as empresas foremlivres para escolher entre um fornecedor público ea si mesmos; em outras palavras, quando eles pu-derem produzir e consumir a própria eletricidade,processo que é chamado de “autoconsumo”, umavez que tal opção se torna competitiva em relaçãoà oferta da rede de energia elétrica.

Os benefícios do autoconsumo são simples:- Manter os custos da rede sob controle através

de uma redução dos picos.- Se projetado corretamente, o autoconsumo

pode facilitar o planejamento e operação de redesde distribuição. O autoconsumo reduz a quantida-de de eletricidade instantaneamente injetada na redeao meio-dia, aparando assim picos de produção dePV. Por vezes, evita os reforços dispendiosos darede.

- Direcionar a conservação de energia no níveldo consumidor.

- O autoconsumo recompensa diretamente osesforços dos consumidores para otimizar o consu-mo de energia. Ele acelera a absorção de aplica-ções de otimização de energia, tais como o monito-ramento em tempo real com aplicações de merca-do.

- A alavancar investimentos privados.- Desencadeando o potencial de autoconsumo

em todo o mundo, a partir de uma perspectiva re-gulatória, pode desbloquear “pools” de capital efazer uma contribuição significativa para o financi-amento da transição energética. Esta tendência jácomeçou. O investimento privado na energia reno-vável distribuída foi a segunda mais importante fon-te de financiamento de energias renováveis, depoisfinanciamento de ativos no G-20, em 2010.

Estes desenvolvimentos reposicionarão o con-sumidor no centro da produção, e nos trará de vol-ta a um tempo em que toda a energia era distribuí-da, e nenhuma grande empresa estatal ou nacionalcontrolava a produção e os custos de eletricidade.Lembre-se o tempo em que Edison inovou entãocom um sistema completo para fornecer energia a

grandes áreas que utilizam seus dínamos. Sua Com-panhia de Iluminação Edison (fundada em 1882) nabaixa Manhattan construiu o primeiro sistema degeração de energia elétrica e distribuição comercialdos EUA para alimentar uma área residencial e denegócios a uma milha. Ele ofereceu iluminação aseus clientes de forma mais eficiente e mais eco-nômica.

Mas as barreiras e os desafios em direção a essarevisão e reformulação da cadeia de produção ain-da estão, no Brasil e também na maioria dos paíseslíderes em instalações solares fotovoltaicos: O prin-cipal problema hoje é a falta de sensibilização emotivação dos consumidores a mudar.

Mais especificamente no Brasil, apesar dosníveis relativamente altos de irradiação PV,LCOE (Custo Nivelado de Energia) é maior noBrasil do que em outros países. Os principaismotivos são:

- Preços de instalação altos causadas por im-postos e taxas aduaneiras incidentes sobre equipa-mentos PV e pela imaturidade do mercado de PVque permite a ineficiência e margens elevadas aolongo de toda a cadeia de valor.

- A maior taxa de desconto utilizada no cálculoLCOE, o que reflete as altas taxas de inflação lo-cais e altas taxas de expectativas de retorno.

Um regulamento net-metering para sistemasde energias renováveis até 1 MWpestá em vigor desde janeiro de2013; com as seguintes caracte-rísticas principais:

- O usuário só vai pagar a dife-rença entre a energia consumida eaquela injetada na rede.

- A compensação será realizadadentro do mesmo período de taxa(horário de pico e fora de pico)

- Excedentes de energia podemser compensados durante um perí-odo de 36 meses ou em outras uni-dades de consumo (outros edifíci-os), desde que eles pertençam aomesmo proprietário e estejam loca-lizados dentro do âmbito geográfi-co da mesma distribuidora.

Uma análise interessante e mais detalhada foipublicada por Gilberto de Martino Jannuzzi e Con-rado Augusto de Melo pela Universidade Estadualde Campinas, UNICAMP propondo uma visão pros-pectiva da rede de sistemas solares fotovoltaicos(PV) conectada nas famílias brasileiras.

Existem diferentes tipos de mecanismos políti-cos para promover as energias renováveis, que têmsido implementadas em todo o mundo. O mecanis-mo de política historicamente mais utilizado a ní-vel nacional é a tarifa feed-in de prêmio que foiintroduzida em 20 países da UE.

Eles analisam três mecanismos políticos hojeexistentes fora do Brasil para promover esta tecno-logia e compará-los: net metering, incentivos emdinheiro e compra da energia produzida (feed-in).Eles também estimaram o potencial de penetraçãono mercado de energia solar fotovoltaica em áreasde concessão selecionadas, o potencial de geraçãode energia solar PV e da linha de base e os custosem diferentes cenários.

De acordo com a análise do mecanismo de me-dição, parece ser uma opção adequada para o mer-cado brasileiro, especialmente em áreas de conces-são com maior incidência de radiação solar. De acor-do com estimativas, o país poderia chegar a umacapacidade instalada de 703 MWp no ano de 2030,que é cerca de 38% da capacidade de corrente dosEstados Unidos. No entanto, considerando os cus-tos atuais de tecnologia solar fotovoltaica e tarifas,em outras áreas são necessários incentivos adicio-nais para ampliar a difusão desta tecnologia. Neste caso,o mecanismo de incentivo em dinheiro seria mais ade-quado que as tarifas feed-in porque tem custos maisbaixos para a sociedade como um todo, o que significa-ria, por exemplo, a redução da necessidade de au-mento das tarifas nessas regiões. Neste caso, umtotal de 572 MWp poderia ser instalado até 2030, aum custo total de US$38,37 milhões.

A principal conclusão do estudo é que a cria-ção de um mercado de consumidores para energia

solar fotovoltai-ca vai enfrentarcustos adicionaisiniciais, que de-vem de fato re-sultar em bene-fícios futuros.No caso de in-centivos e dosprogramas feed-in, deve ser limi-tada em tamanhoe duração paraajudar o merca-do na transiçãopara a paridadede rede.

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Outra questão importante na adoção de umacompanhamento específico ou uma combinaçãode mecanismos de apoio é o sistema adotado paragarantir a sua funcionalidade, estabilidade e conti-nuidade. É crucial também planejar uma estratégiade saída para que esses mecanismos para que pos-sam ser retirados no futuro e a PV solar possa com-petir com as outras fontes do mercado.

Em um estudo divulgado em 2014, Robert McIn-tosh do Rocky Mountain Institute e Kolben Ca-lhoun, do Georgia Tech Research Institute, anali-saram os métodos práticos para reduzir os custosintangíveis PV solar e permitir uma discriminaçãodos grupos-chave. A eficiência operacional e efici-ência da indústria desempenham também um gran-

de papel em relação aos recursos e preços.Os autores observaram vários fatores que po-

dem aumentar substancialmente a eficiência combase em observações e análises de práticas de ins-talação na Austrália, Alemanha e nos EUA:

- Otimizar o processo de pré-instalação.- Reduzir o tempo gasto em instalações de base,

especialmente para telhados de telha de barro.- Prosseguir projetos ferroviários que minimi-

zam o trabalho de instalação.- Reduzir o número de medidores instalados

em cada sistema elétrico para monitorar a saída PV.- Visualizar a meta de instalação de um dia como

uma oportunidade para reduzir o tempo gasto ematividades não-produção, tais como refeições, via-gens, paradas, configuração e limpeza.

Concluindo, a fim de maximizar a implantaçãode renováveis, incluindo a energia solar fotovoltai-ca para o autoconsumo, os principais fatores a seobservar são:

- Recurso renovável (irradiação e sua qualida-de: indireta vs. irradiação direta)

- Preços de tecnologia, tanto locais como inter-nacionais e os impostos

- A qualidade do projeto (orientação do painel,minimização de fio de cobre)

- Custos leves, como a eficiência de instalação(tempo gasto), qualidade de manutenção técnica.

- Taxa de desconto e retorno esperado sobre otempo de vida do projeto, custo da dívida

- Fatores técnicos como o estado atual da redeelétrica local

Self Consumption of PV electricitySTÉPHANE BOUDON (CEO - AIM Luxembourg \ 51 Av. JF Kennedy - L-1855 LUXEMBOURG - AIM Luxembourg is a specialistfor green energy finance, based in Luxembourg, active worldwide)

T his Article discusses a few issues relatedto the self-consumption of electricityproduced from Photovoltaic (PV)installations owned by the consumer.

Mentions a few aspects and characteristics ofthe Brazilian market.

In the end of the 20th century, theliberalization process launched in the energysector in many countries had one majorobjective: ensuring affordable energy pricesfor all consumers and businesses, while givingthem the possibility to choose freely theirenergy suppliers on the basis of competitiveoffers. This happened with similarities to theTelecom Industry, which ensured substantialprice decreases. This process is under way andwill be completed fully only when consumersand businesses are free to choose between aUtility supplier and themselves; in otherwords, when they can produce and consumeheir own electricity, a process that is called“self-consumption”, once such an optionbecomes competitive with the grid electricityoffer.

The benefits of self-consumption aresimply:

- To keep grid costs under control througha reduction of peaks

- If properly designed, self-consumptioncan ease the planning and operation ofdistribution grids. Self-consumption reduces theamount of electricity instantaneously injectedinto the grid at midday, thus shaving peaks ofPV production. It sometimes avoid costly gridreinforcements.

- To drive energy conservation atconsumer level

- Self-consumption directly rewardsconsumers’ efforts to optimize energyconsumption. It accelerates the market uptakeof energy optimization applications such as

real-time monitoring and in-house displayapplications.

- To help leverage private investments- Unleashing the full potential of self-

consumption across the World from a regulatoryperspective will unlock pools of capital and makea significant contribution to finance the energytransition. This trend has already started. Privateinvestment in small distributed renewable energywas the second most important source ofrenewable energy finance after asset finance inG-20 nations in 2010.

These developments will reposition theconsumer at the center of production, and bringus back to a time where all energy wasdistributed, and no large nationwide or regionalUtilities state or country-wide where ruling theproduction, and costs of electricity. Rememberthe time when Edison then innovated acomplete system to deliver power to large areasusing his dynamos. His Edison IlluminatingCompany (formed in 1882) in lower Manhattanconstructed the first U.S. commercial electricpower generation station and distribution systemto power a mile square residential and businessarea. He offered his customers more efficientlighting more cost effectively.

But the barriers and challenges toward thatrevision and reshaping of the production chainare still there, in Brazil, but also in most of theleading countries in solar PV installations: mainlydue to a lack of consumers awareness andmotivation to switch is the main problem today.

More specifically in Brazil, despiterelatively high irradiation levels, PV(Levelized Cost of Energy) LCOE is higherin Brazil than in other countries; mainly dueto:

- Higher installation prices caused bycustoms duties levied on PV equipment and bythe immaturity of the PV market, which enables

inefficiency and high margins throughout theentire value chain.

- A higher discount rate used in the LCOEcalculation, which reflects high local inflationrates and thus higher return expectations amongBrazilians

A net-metering regulation for renewableenergy systems up to 1 MWp is in placesince January 2013; with the following maincharacteristics:

- Users will only pay for the differencebetween the energy consumed and the one fedto the grid.

- Compensation will be held within the samerate period (peak - peak / off-peak - off-peak).

- Energy surpluses can be compensatedduring a 36-month period or in otherconsumption units (other buildings) as long asthey belong to the same owner and are locatedwithin the geographical scope of the utility(remote net metering).

An interesting and more detailed analysis hasbeen published by Gilberto de Martino Jannuzziand Conrado Augustus de Melo fromUniversidade Estadual de Campinas, UNICAMP1 proposing a prospective view of gridconnected solar photovoltaic (PV) systems inthe Brazilian household sector.

There are different kinds of policymechanisms to promote renewable energy thathave been implemented around the world. Thehistorically most applied policy mechanism atthe national level is the premium feed-in tariffswhich have been introduced in 20 EUcountries.

They analyze three policy mechanismsexisting today outside of Brazil to promote thistechnology and compare them: net metering,cash incentives and feed in tariffs. They alsoestimate the potential of solar PV market

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penetration in selected concession areas, thesolar PV energy generation potential and thebaseline and induced scenario costs.

According to their analysis the net meteringmechanism seems to be an appropriate optionfor the Brazilian market, especially inconcession areas with higher incidence ofsolar radiation. According to estimates thecountry could reach an installed capacity of703 MWp by the year 2030 which is about 38%of the US current capacity. However,considering the current costs of solarphotovoltaic technology and tariffs, in otherareas additional incentives are required forlarger diffusion of this technology. In this casethe cash incentive mechanism was moreappropriate than the feed-in tariffs because ithas lower costs for the society as a whole,which would mean, for example, a reducedneed for increase in tariffs in these regions. Inthis case a total of 572 MWp could beinstalled up to 2030 at a total cost of US$38.37 million.

The main conclusion of their study isthat in order to create a market for solar PVcustomers will face initial additional costs,which should in fact result in futurebenefits. In the case of cash incentives andfeed-in tariffs the programs should belimited in size and duration assisting the

market in the transition to grid parity.Another important issue in the adoption of a

specific or a mix of mechanisms is monitoringand supporting the system adopted to guaranteeits functionality, stability and continuity. It iscrucial as well to plan an exit strategy so thatthese mechanisms can be withdrawn in the futureand solar PV can compete with the other sourcesin the market.

In a study2 released in 2014, Robert McIntoshfrom Rocky Mountain Institute and KolbenCalhoun from Georgia Tech Research Instituteanalyze the practical methods to reduce the solarPV soft costs3 and provide a breakdown of thekey groups. Operational efficiency and efficiencyof the Industry plays also a great role aside theevident resource and price issues.

The authors noted several factors that mayincrease substantially efficiency based onobservations and analysis of installationpractices in Australia, Germany, and theU.S.:

- Optimizing the pre-installation process- Reducing time spent on base installations,

especially for clay-tile roofs- Pursuing rail designs that minimize

installation labor- Reducing the number of meters installed

in each electrical system to monitor PV output- Viewing the one-day installation goal as an

opportunity to reduce time spent on non-production activities such as meals, travel,breaks, setup, and cleanup

In conclusion, in order to maximize thedeployment of renewable, including solarPV for self-consumption, the main factors towatch are:

- Available renewable resource (Irradiationand its quality: indirect vs. direct irradiation)

- Technology prices, both local andinternational, and taxes

- Design quality (panel orientation, copperwire minimization…)

- Soft costs, like installation efficiency(time spent…), quality of technical maintenance

- Discount rate and expected return overthe lifetime of the project, cost of debt

- Technical factors such as current state ofthe local grid

(FOOTNOTES)1 Grid-connected photovoltaic in Brazil: Policies

and potential impacts for 2030 - Energy forSustainable Development 17 (2013) 40–46 - Elsevier

2 Lessons From Australia: Reducing Solar PVCosts Through Installation Labor Efficiencyhttp://www.rmi.org/Knowledge-Center/Library/2014-11_RMI-AustraliaSIMPLEBoSFinal

3 http://www.rmi.org/simple

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Gálio e silício com suas células solaressão aliados estratégicos para a economia

de energia e redução do efeito estufagálio metálico é um material estratégi-co que há décadas vem chamando aatenção de cientistas e profissionais da

área tecnológica por suas aplicações principal-mente no campo das telecomunicações. 0s mi-crocircuitos (conhecidos como chips) constru-ídos em arseneto de gálio operam de formamuito mais veloz e com grande economia deenergia em relação aos construídos em silício.Por isso foram inicialmente empregados emequipamentos de uso militar e depois nos sis-temas de telefonia celular.

Em anos mais recentes as aplicações doscompostos de gálio, particularmente do nitre-to de gálio, têm aumentado ainda mais sua im-portância. Seus LEDs apresentam inúmeras

aplicações nasáreas de ilumi-nação e laser.Investimentosde centenas demilhões de dóla-res durante anostêm se refletidoinclusive nospreços interna-cionais do metale na procurapor novas fon-tes de abasteci-mento.

Ao contráriodo que possa pa-recer, o gálionão é um metalraro como oouro ou atémesmo o mer-cúrio. Suas con-centrações na

crosta terrestre são semelhantes às do chumboe do arsênio. Mas devido às suas propriedadesquímicas o gálio não ocorre na forma de jazi-das de altas concentrações. Trata-se sim de um

metal de obtenção relativamente complexa. Asprincipais fontes em todo o mundo são as jazi-das de alumínio e zinco de onde o gálio é obti-do como subproduto.

PROPRIEDADES DO GÁLIODesde sua descoberta o gálio chamou a aten-

ção dos pesquisadores por suas propriedadesfísicas absolutamente não usuais. Chamam aatenção seu baixo ponto de fusão (29,70 C) e oalto ponto de ebulição (22000C).

Chama também a atenção sua capacidade dese manter em estado de superfusão. Apesar deretornar ao estado sólido em temperaturas abai-xo de 29,7ºC é relativamente fácil mantê-lo noestado líquido mesmo a 0ºC. Como a água, e

diferentemente da maioria dosmetais, o gálio aumenta devolume ao se solidificar e, por-tanto, apresenta densidademenor no estado sólido doque no estado líquido. Na so-lidificação ocorre uma expan-são de 3,2%. Uma proprieda-de marcante do gálio é seucomportamento anfotérico,reagindo com ácidos e bases.Graças a esta propriedadeexistem hoje em dia métodosde extração e purificação dometal sem o uso de mercúrio.

A principal fonte de gálio,atualmente, em todo o mun-do é a indústria do alumínio,de onde é extraído como sub-produto, e, em menor escala,dos minérios de zinco. O pro-cesso Bayer para obtenção dealumina pura a partir da bau-xita consiste em dissolver ominério em excesso de sodacáustica, cristalizar a aluminapura e reciclar a solução desoda. Nesse processo 70% do

gálio presente no minério são extraídos, masapós a dissolução a maior fração do gálio nãoprecipita junto com a alumina e é reciclada coma soda. Ocorre assim uma concentração de gá-lio no ciclo bauxita — solução alcalina de alu-minato — precipitação da alumina. A soluçãode soda cáustica, após a precipitação da alumi-na e, portanto, com uma relação Ga/Al maisfavorável, é desviada para a recuperação do gá-lio antes de ser devolvida ao processo para novadissolução de bauxita. Como a solução alcalinaé reciclada para o aproveitamento dos altos te-ores de hidróxido de sódio presentes, os teoresde gálio aumentam até sua concentração atin-gir o equilíbrio (0,20g/L)

Para a obtenção de gálio metálico são histo-

O

A foto mostra o Prof. Alcidio Abrão (1925 – 2011) operandouma coluna de 200 mm de diâmetro contendo resina de

amidoxima produzida nos laboratórios da USP sendocarregada com “soda fraca” originária da CBA.

Desde suadescoberta ogálio chamou aatenção dospesquisadorespor suaspropriedadesfísicasabsolutamentenão usuais.Chamam aatenção seubaixo ponto defusão (29,70 C) eo alto ponto deebulição(22000C).

WALDEMAR AVRITSCHER

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar14

ricamente importantes os métodos que utiliza-vam sua deposição sobre um cátodo de mer-cúrio ou um amálgama de sódio. Este métodopermite depositar gálio diretamente do licor deBayer. A Hungria chegou a produzir muitas to-neladas de gálio por este processo. Além doproblema ambiental criado pelo uso do mercú-rio, o gálio obtido não oferecia a mesma pure-za que os métodos atuais. Os minérios de bau-xita encontrados nos continentes americanoscontêm muita matéria orgânica e não se pres-tam a esse processo.

No Japão grande centro de produção de gá-lio metálico de alta pureza, os processos atual-mente utilizados evitam o uso de mercúrio. Apatente da Sumitomo utiliza resinas de trocaiônica e o processo francês uti-liza extração por solventes.

Nos laboratórios do Depar-tamento de Minas e de Petróleoda Escola Politécnica da USPfoi desenvolvida uma tecnolo-gia para produção de gálio me-tálico de alta pureza com oapoio da FAPESP e da Com-panhia Brasileira de Alumínio– CBA do Grupo Votorantim.A tecnologia empregada foi aextração do gálio com resinasde troca iônica quelantes comradicais de amidoxima. O pro-cesso para síntese da resina foidesenvolvido pelos laboratóri-os do IMA – Instituto de Ma-cromoléculas Eloisa Mano daUniversidade Federal do Rio deJaneiro.

A BUSCA PELOAPROVEITAMENTOTECNOLÓGICO DAENERGIA DO SOL E

SIMULTÂNEAREDUÇÃO DA EMISSÃO

DE POLUENTES GERADOS PORFONTES CONVENCIONAIS DE

ENERGIAOs altos custos da energia em todo o mun-

do provocaram o interesse dos cientistas e em-presários para a busca de alternativas para osmétodos convencionais de produção de ener-gia.

Já nos anos 50 a tecnologia do silício per-mitiu a construção de junções p-n com um

comportamento fotovoltaico muito melhor. Asprimeiras células solares, em 1954, construídasem silício eram capazes de converter energia

solar com uma eficiência de6%. Essa eficiência gerava umaenergia muito cara, mas já cha-mava a atenção para a capaci-dade das células solares gera-rem energia, principalmenteem regiões inacessíveis às fon-tes convencionais.

GÁLIO VERSUS SILÍCIOE SEMICONDUTORES

COMPOSTOS POROUTROS ELEMENTOS

QUÍMICOSNesta época havia indica-

ções teóricas de que semicon-dutores construídos com sul-feto de cádmio, como tambémcompostos fotovoltaicos de ar-seneto de gálio, fosfeto de ín-dio e telureto de cádmio seri-am capazes de oferecer rendi-mentos melhores na conversãoda energia solar.No entanto ascélulas solares construídas emsilício se mantiveram e se man-tém como o elemento maisbarato e eficiente no aprovei-

tamento da energia solar.O silício além de ser um elemento abun-

dante na face da terra, tem as vantagens de sermuito facilmente processado e purificado,transformado em mono cristais e capaz dereceber dopagem por compostos de fósfo-ro, tornando-se assim um composto nega-tivo ( o n do símbolo) ou dopagem de boro,tornando-se assim um composto positivo(p - e portanto uma substância p-n). O equi-

pamento mostrado mais adian-te, o Chochralski se presta tan-to para a geração de silíciomonocristalino quanto do ar-seneto de gálio.

Já os semicondutores com-postos de gálio não apresentamnenhuma dessas vantagens dosilício. No entanto suas carac-terísticas físicas permitem umaelevadíssima absorção de ener-gia (97%). Sua mobilidade su-perior ao do silício permite afabricação de sistemas de alta

frequência. Assim, embora o silício continuedominando o mercado de compostos para aprodução de células solares, os laboratórios emtodo o mundo buscam aperfeiçoar os compos-tos de gálio. Recentemente, cientistas na Suíçainformaram obter um rendimento recorde de20,4% para umacélula solar defilme fino cons-truído por umdos compostosmais pesquisa-dos atualmentede cobre-indio-galio-disselene-to, conhecidocomo (CIGS).Esse compostoé pesquisado emmuitos laborató-rios, mas suacomplexidadeainda dificulta ocrescimento deseu consumopelo mercado.

Após a extra-ção, o gálio eraremovido da re-sina com ácidoclorídrico 0,5M,processado paraa remoção dosresíduos orgâni-cos, concentrado e depositado sobre eletrodosde aço inoxidável 316L previamente polidos me-cânica e eletricamente. As análises realizadastanto no Brasil como no exterior indicam umproduto de altíssima pureza – 6N a 8N(99,9999% a 99,999999% de pureza) teor ne-

Gálio metálico logo após a eletrólise

A tecnologiaempregada foi aextração do gáliocom resinas detroca iônicaquelantes comradicais deamidoxima. Oprocesso parasíntese da resinafoi desenvolvidopeloslaboratórios doIMA – InstitutodeMacromoléculasEloisa Mano daUniversidadeFederal do Riode Janeiro

Recentemente,cientistas na

Suíçainformaram

obter umrendimentorecorde de

20,4% para umacélula solar de

filme finoconstruído por

um doscompostos mais

pesquisadosatualmente de

cobre-indio-galio-

disseleneto,conhecido como

(CIGS)...

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cessário para a aplicação para fins eletrônicos.Após sua purificação o gálio em mistura com

arsênio ou com fósforo ou com índio é deposi-tado sobre uma estrutura monocristalina. Aforma de deposição é chamada de deposiçãoepitaxial, por obedecer à mesma orientação cris-talina da base. Uma das técnicas mais comunsde deposição é a VPE (vapor-phase epitaxy –deposição epitaxial através de um composto noestado de vapor)bastante versátil.Atualmente usa-se a deposiçãopor meio de va-pores dos com-postos orgânicosdos metais comoo trimetilgalio eos compostosanálogos trimeti-lalumínio ou tri-metilindio. Estatécnica é conhe-cida como MetalOrganic Vapor-Phase Epitaxy

(MOVPE – deposi-ção epitaxial de umcomposto organo-metálico no estadode vapor)

O equipamentomostrado na figuraacima é um Czo-chralski (pronuncia-

PRODUÇÃO DO ARSENETO DE GÁLIO PELO MÉTODODO PUXAMENTO DO LÍQUIDO ENCAPSULADO

se Chocralsqui) e é atualmente um dos méto-dos mais empregados para a produção de mo-nocristais. a) Cristal semente de GaAs; b) En-capsulador, B2O3; c) GaAs fundido (ou gálio earsênio misturados) d) Cadinho de PBN (cerâ-mica ferroelétrica de niobato de bário e chum-bo) e) Resistência aquecedora f) Parede isolan-te g) Câmara.

O fluxo de nitrogênio e hidrogênio mos-trado na parte superior do esquema é com-plementar e se destina a forçar o TMG (tri-metilgálio) para a deposição sobre a placa(substrato)

Método para a produção de MOCVD

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Scientists all over the world are lookingfor better processes for producing cleanerenergy. Solar cells of silicon or gallium areimportant strategic allies in saving energyand reducing the greenhouse effect in ourplanet.

In this purpose gallium and silicon andalso other groups of chemical elements areimportant for constructing photovoltaicmaterials, making possible the productionof solar cells, which collect solar radiation

Abstractover the soil and converts it in electricity orheat. The best understood and widely usedand suitable for solar energy conversion aremonocrystalline silicon. Among III-Vchemical elements there is gallium arsenide(GaAs). Other relevant materials of III-Vchemical elements exhaustively studied areindium phosphide (InP), gallium antimonide(GaSb) and cadmium telluride (CdTe).

The two best performing photovoltaicmaterials are monocrystalline silicon and

gallium arsenide. Solar cells marketcontinues to be dominated by crystallinesilicon. A Swiss laboratory recently achieveda record of 20,4% efficiency with thecomplex gallium compound CIGS (copper— indium — gallium — diselenide). Soindustry experts believe that because of itsexceptional efficiency it would compete inthe market, but the complexity of CIGSproduction make it still difficult to competewith silicon compounds.

Saiba quanto cada aparelhogasta na sua casa

Ar condicionadode parede 12000 BTU(1400 Watts de potên-cia) ligado sete horaspor dia gasta 294kWhpor mês o que equivalea R$ 127,63 mensais R$4,25 por dia.

Ar condicionado12000 BTU Split(1120 Watts de potência) ligado sete horas por dia gasta 235,20kWh pormês, o que equivale a R$ 102,11 mensais e R$ 3,40 por dia.

Dois ventiladores (150 Watts de potência) ligados por sete horaspor dia gastam 63kWh por mês, o que equivale a R$ 23,17 e R$ 0,77 pordia.

Chuveiro verão (frio) (3200 Watts de potência) em um banho de 15minutos gasta 24kWh por mês, o que equivale a R$ 8,83 mensais e R$0,29 por dia.

Chuveiro inverno (quente) (5400 Watts de potência) em um banhode 15 minutos gasta 40,50kWh, o que equivale a R$ 14,89 e R$ 0,50.

Um secador de cabelo (2000 Watts de potência) usado em 15minutos gasta 15kWh por mês, o que equivale a R$ 5,52 e R$ 0,18por dia.

Um computador (200 Watts de potência) ligado por 5 horas diáriasgasta 30kWh por mês, o que equivale a R$ 11,03 e a R$ 0,37 por dia.

Um ferro de passar (1000 Watts de potência) ligado por 15 minutosgasta 0,25kWh a cada uso, o que equivale a R$ 0,09.

Um micro-on-das (1400 Watts depotência) funcio-nando por 15 mi-nutos gasta 10,50kWh por mês, o queequivale a R$ 3,86e a R$ 0,13 por dia.

Um refrigerador de322 litros (50 Watts de potên-cia) ligado 24 horas diárias gasta 36kWh por mês, o que equivale R$13,24 e R$ 0,44 por dia.

Duas televisões tubo de 20 polegadas (150 Watts de potência)ligadas 7 horas por dia gastam 63kWh por mês, o que equivale a R$23,17 e R$ 0,77 por dia.

Uma lavadora de roupas de 10 litros (600 Watts de potência) liga-da 2 horas por dia gasta 36kWh por mês, o que equivale a R$ 13,24 e R$0,44 por dia.

Um carregador de celular (1 Watt de potência) ligado por 7 horaspor dia gasta 0,21kWh por mês, o que equivale a R$ 0,08.

Uma chapinha (52 Watt de potência) ligada por meia hora por diagasta 0,78kWh por mês, o que equivale a R$ 0,29 mensais.

Um barbeador (3 Watt de potência) l igado por 15 minu-tos por dia gasta 0,02kWh por mês, o que equivale a R$ 0,01mensais.

Um videogame (20 Watts de potência) ligado por 3 horas por diagasta 1,80kWh por mês, o que equivale a R$ 0,66 mensais.

Com a ajuda deste simulador, saiba quanto se consome – em quilowatt-hora (kWh) e no valor daconta – ao utilizar os principais eletrodomésticos e eletrônicos de uma casa.

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Energia solar ganha corpo no BrasilPOR: MÔNICA CARPENTER (Mônica Carpenter é diretora da ArandaEventos, empresa coorganizadora da Intersolar South America)

O Brasil enfrenta a pior crisehídrica da sua história, especial-mente na região Sudeste. Rios erepresas que antes transbordavame davam à sua população a segu-rança e conforto provenientes des-se recurso, hoje se mostram leitospraticamente vazios e têm prog-nósticos nada animadores quantoà reversão desse quadro, que afetadiretamente o povo e o desenvol-vimento do país como um todo.

Os reflexos da falta de água vãoalém da adoção de medidas de ra-cionalização e de uso consciente.A seca causa impactos negativos naeconomia do país, diminuindo oritmo da produção de empresas,por exemplo, impactando direta-mente na efetivação de negócios,na geração de empregos e, em mui-tos casos, força as companhias abuscarem a estabilidade hídrica emoutros estados, configurando umaperda sem precedentes para a re-gião afetada.

Umbilicalmente ligada a estacrise está á questão energética dopaís. Isso porque quase 70% daenergia elétrica produzida por emnosso país vem das hidrelétricas,de acordo com o Ministério deMinas e Energia. O dado revelauma deficiência em nosso sistema,carente de políticas públicas queobjetivem a diversificação de nos-sa matriz energética e diminua avulnerabilidade de nosso sistemaelétrico a questões climáticas, so-bretudo, que colocam em chequeo crescimento do Brasil e o con-forto de sua população.

Pensar nessa diversificação énecessário para avançarmos e oBrasil tem atributos importantesque podem ser de grande valia nes-se processo de pluralização da ma-

triz de energia. O Brasil é privile-giado geograficamente, banhadopelo sol praticamente o ano todo,um ambiente perfeito para tornaros raios solares aliados nessa em-preitada. Inclusive, a energia solarna América Latina é cada vez maisdiscutida como a principal fontede energia para o futuro. Muitospaíses planejam ou já estabelece-ram incentivos para estimular essemercado e o Brasil é um deles.

Em 2014, o Brasil realizou oprimeiro leilão público nacional deenergia com participação expres-siva de empreendimentos de ener-gia solar, com resultados ampla-mente favoráveis: fo-ram contratados 1048MW de capacidadefotovoltaica instaladaem 31 usinas. Na oca-sião, o preço-médiopara essa fonte ficouem R$ 215,12 por me-gawatt-hora (MWh),o que significou um

desconto médio de 17,89% em re-lação ao preço “teto” de R$ 262reais, de acordo com a Empresa dePesquisa Energética (EPE) e a Câ-mara de Comercialização de Ener-gia Elétrica (CCEE).

Em iniciativas paralelas ao Lei-lão, em 2014, o governo do Esta-do de São Paulo isentou do Im-posto sobre Circulação de Merca-dorias e Prestação de Serviços(ICMS) bens e equipamentos usa-dos na geração de energia por meiode fontes renováveis, incluindoenergia solar. Por meio dessas eoutras iniciativas, o Governo Pau-lista pretende atingir 69% de par-

ticipação de fontes renováveis emsua matriz energética até 2020.

Isso sem contar estados comoRio de Janeiro, Minas Gerais,Bahia, Goiás, Tocantins e Piauí,que possuem grande potencial paraa rápida disseminação da energiasolar – em função da elevada tari-fa de energia elétrica e da grandeincidência de sol durante todo oano – e nos quais a questão já étrabalhada de forma mais intensa.

O Brasil possui um mercadointerno promissor e é reconheci-do por especialistas como a futurapotência em energia solar da Amé-rica Latina, com a melhor perspec-tiva para esse segmento no longoprazo.

É necessário ampliar o debatesobre o tema e mostrar para o pú-blico em geral que a energia solarno Brasil já é uma realidade. Inici-ativas como a Intersolar SouthAmerica – exposição e conferên-cia – são uma enorme oportuni-dade para que empresas e profissi-onais do setor de energia solar de-batam tendências, façam contatose troquem informações sobre de-senvolvimentos tecnológicos, mé-todos de produção eficientes, fi-nanciamento e planejamento deprojetos, além de mostrarem suassoluções ao mercado especializa-do.

A demanda por energias reno-váveis cresce a cada dia, e o Brasil,país em pleno desenvolvimento ede grandes recursos naturais, tema responsabilidade de seguir e mes-mo liderar essa tendência. Deman-da para isso existe. Existe vontadepolítica e a população já deu a suacontrapartida com demonstraçõesde apoio à energia solar. Quem ga-nha com isso somos todos nós.

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Solar energy gaining ground in BrazilBrazil currently faces the worst water crisis

in its history, particularly in the Southeast.Rivers and reservoirs that once overflowed andprovided confidence and well-being to theirdependent population are now nearly emptybeds whose future prospect is far fromencouraging. This context directly affects thepopulation and the development of thecountry as a whole.

The consequences of the water shortage gomuch beyond what can be confronted throughrationing and intelligent use. The drought willimpact negatively on the country’s economy –for instance, slowing down industrial output,the effect of which spreads out to businessdeals and job creation. Several companies feelforce to move out to other states, seekingstability in their water supply and triggeringunprecedented losses in the blighted region leftbehind.

The country’s energy issue is inextricablylinked to this crisis. Nearly 70% of the Brazilianpower output comes from hydroelectric plants,according to the Ministry of Mines andEnergy. This is an evident deficiency in oursystem, which has lacked governmentinitiatives aiming to diversify our energysources and reduce our vulnerability to climatevariables.

If Brazil is to fully use the attributes thatmake it a natural multiplier of energy sources,we must push forward on diversification. Brazilis geographically privileged. Bathed in sunshinenearly all year round, it is a perfect environmentto turn the sun’s rays into allies in thisendeavour. Also, Latin American solar energy isincreasingly regarded as the main future energysource in the region. Many countries areplanning to provide, or have already provided,incentives to stir this market.

Brazil is one of them. In 2014, the countryheld its first nation-wide public energy auctionand a significant share of solar energy projectscame up, with very favourable results: a total of1048 MW of installed photovoltaic capacity in31 plants were contracted. At the time, theaverage price for this source was set atR$215.12/MWh, which meant an averagediscount of 17.89% on the ceiling price ofR$262, according to the Energy ResearchCompany (EPE) and the Electricity TradeChamber (CCEE).

In a parallel 2014 initiative, the governmentof the State of São Paulo exempted productsand equipment used in renewable powergeneration, including solar energy, from thestate-wide Tax on Sales and Services. Through

this and other initiatives, the São Paulo governmentaims to have renewable sources reaching a 69%share in the state’s energy mix by 2020.

This goes along with the states of Rio deJaneiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantinsand Piauí, which –due to their high electricityfees and abundant exposure to sunshinethroughout the year– have great potential forthe rapid spread of solar energy, and where theissue is already being more intensely dealt with.

Brazil has a promising domestic market andis touted by experts as a future leader in solarenergy in Latin America, with the bestperspective for this segment in the long run.

We need to broaden the debate on thissubject and show the general public that solarenergy already is a reality in Brazil. Initiatives

such as the Intersolar South AmericaExhibition and Conference are a hugeopportunity where solar industry companiesand professionals can network, discuss trends,and exchange information about technologicaldevelopments, efficient production methods,financing and project planning. And, of course,they can also exhibit their solutions to a highlyspecialized public.

The demand for renewable energy has beengrowing every day, and Brazil, a country in fulldevelopment, with great natural resources, hasa responsibility to follow and even lead thistrend. The demand is there. The political will isfavourable and the population is playing a hugepart with their open support for solar energy.We all stand to benefit from it.

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Internacional

Espanha privatiza o sol e proíbegerar energia para autoconsumosol foi privatizado na Espanha: se autori-dades espanholas surpreenderem algum ci-dadão espanhol instalando placas de luz

solar para consumo próprio poderão aplicar-lhemulta de até 30 milhões de euros.

Na Espanha, as companhias de eletricidademorrem de medo de uma desestabilização do con-sumo de energia elétrica. Cometer o sacrilégio dese tornar independente, energeticamente falando,pode custar muito caro.

O sol agora é só para poucos privilegiados comoex-presidentes e ex-ministros, os quais são conse-lheiros oficiais destas empresas captadoras de luzsolar.

A União Espanhola Fotovoltaica (UNEF), queagrupa 300 empresas e representa 85% do setor,assegura que se alguém resolve implantar recepto-res de luz do sol isso sairia mais caro do que recor-rer ao consumo convencional.

Porém, na Espanha, o sol foi privatizado sem aconsulta aos seus cidadãos, ao sistema solar ou aouniverso etc. A possibilidade de produzir tua pró-pria eletricidade utilizando recursos renováveis —placas solares ou pequenos moinhos eólicos insta-lados em uma propriedade privada — é algo muitoatrativo para os lares espanhóis.

“De cada 50 chamadas telefónicas ao mês, 35são de particulares interessados no autoconsumo”,assegura Francesc Mateu, gerente da Sol Gironés,empresa especializada em energia renovável e pio-neira neste setor.

O Governo espanhol se propôs implantar o autoconsumo energético pouco a pouco sem que sealtere o sistema elétrico vigente. Para isso se reser-va o direito de elevar e baixar as taxas, ou “pedági-os” (pedágios?) específicos, que denominam “derespaldo”, conforme o setor evoluir. “Nós vamosimplantar um “pedágio” para a energia recebida dosol”, resume Mario Sorinas da empresa Electrobin,

com mais de 20 anosde experiência emenergia solar.

A autarquia deenergia é mais do queconsolidada em paísescomo os EUA ou o Japão. “É o futuro”, dizem osespecialistas em energia. Gerar sua própria eletrici-dade com energia renovável e dar uma pausa parao meio ambiente e o bolso.

Há também a possibilidade de transferir o ex-cesso de energia para utilitários e recuperá-loquando necessário ou vender diretamente, oque é conhecido como o consumo de líquidoequilibrado.

Agora, na Espanha, você pode produzir energiaprivada e consumi-la na hora. A legislação mais re-cente é de 2011. Antes não era rentável. Houveuma redução de até 80% de energia fotovoltaicanos últimos cinco anos e o aumento das contas deenergia elétrica tornaram-se uma opção de poupan-ça muito interessante em tempos de crise. Quandonão há sol ou vento, você tem que se envolver narede e pagar a fatura normal.

Dom Gironés, por exemplo, com 14 funcionári-os, está se dando bem com o consumo instantâneo.“Ele está trabalhando bem, especialmente com fri-goríficos de carne que dependem da armazenagema frio, e no qual a conta de luz leva pelo menos15% dos seus custos fixos anuais”, diz o gerente.

Com estes novos sistemas a economia pode serentre 20% e 30% do consumo, e até agora, não sepagam impostos de qualquer espécie para este tipode geração de energia.

O Yacht Club Estartit, localizada em Pals (Gi-rona), é um dos seus clientes. Eles elaboraram umplano de cinco anos para que 20% do seu consumoseja de forma renovável. Atualmente, painéis sola-res geram 7%. “Estamos muito perto de um parque

natural com um grande impacto sobre o meio am-biente”, diz Eugeni Figa, o seu diretor. Seus planostambém incluem moinhos de vento.

Na Galiza, os irmãos Dominguez detêm a lide-rança de energias renováveis desde 1998. “Nóséramos quatro maltrapilhos”, diz Manuel. Em 2007,eles fizeram os seus próprios escritórios para o for-necimento com um painel solar.

Embora o consumo tenha projetos na Espanha,a maior parte do seu mercado está fora do país, emgrandes parques do Chile, México, Roménia e In-glaterra.

A reforma energética se aqueceu enormementeem energias renováveis. “De todos os cenários pos-síveis, este é o pior”, fala José Donoso, presidenteda Fotovoltaica União Espanhola (UNEF), que re-presenta 85% da atividade do setor.

“Mas ainda nada específico foi aprovado para oconsumo”, acrescenta ele. Donoso refere-se aoaumento da parcela fixa da conta de energia elétri-ca, e representará um aumento de 77% nesta seçãopara obter uma taxa, algo interno que os produto-res nacionais não podem prescindir, e uma quedade 23% no consumo, o que reduz a autoprodução.

Com as mudanças conhecidas até agora, o tem-po de retorno da energia fotovoltaica cresce consi-deravelmente. Se antes da reforma era necessário12 anos para recuperar o investimento em uma ins-talação residencial de 2,4 quilowatts de potênciaagora vai exigir 23, de acordo com estimativas daUNEF.

No entanto, há sempre alguém que já trabalhaolhando e percebendo tudo ao redor. Sun Gironésgarante que seus clientes estão reduzindo o con-trato de energia, que registrou maior aumento naconta, porque o consumo instantâneo permite queeles tenham suas necessidades energéticas cober-tas. Outro de seus objetivos é fazer o consumointerno rentável.

O

INTERNATIONAL

Spain privatizes the sun and prohibits generate energy for self.The sun was privatized in Spain: Spanish

authorities surpreenderem is a Spanish citizeninstalling solar light plates for their own accountmay impose upon him a fine of up to 30 millioneuros.

In Spain, the electricity companies areterrified of a destabilization of electricity

consumption. Commit sacrilege to becomeindependent, energetically, can be veryexpensive.

The sun is now only for the privileged few asformer presidents and former ministers, who areofficial advisors of these companies obtainers ofsunlight.

The Spanish Photovoltaic Union (UNEF),which brings together 300 companies andrepresents 85% of the sector, ensures that ifsomeone decides to deploy sunshine receptorsthat would come out more expensive than usetheir conventional consumption.

But in Spain, the sun was privatized without

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Brazilian Journal of Solar Energy 21

the consultation of its citizens, the solar systemor the universe etc. The possibility ofproducing your own electricity using renewableresources - solar panels or small wind millsinstalled on private property - is very attractivefor Spanish homes.

“Of every 50 phone calls per month, 35 areof particular interest in self-consumption,” saysFrancesc Mateu, manager of Sun Gironés,which specializes in renewable energy andpioneer in this industry.

The Spanish Government proposed todeploy the self-energy little by little withoutchanging the existing electrical system. For itreserves the right to raise and lower the rates,or “toll” (tolls?) Specific, styling “of support”as the industry evolve. “We will deploy a” toll“for the incoming energy from the sun,” saysMario Sorinas of Electrobin company withover 20 years of experience in solar energy.

The municipality of energy is moreconsolidated than in countries like the US orJapan. “It’s the future,” say the energy experts.Generate your own electricity with renewableenergy and give a break to the environmentand the pocket.

There is also the possibility to transfer theexcess energy to utilities and retrieve it whennecessary or sell directly, which is known asthe consumption of balanced liquid.

Now, in Spain, you can produce private

energy and consume it on the spot. The latestlegislation is 2011. Before it was not profitable.There was a reduction of up to 80% ofphotovoltaics in the last five years and theincrease in electricity bills have become a veryinteresting saving option in times of crisis. Whenthere is no sun or wind, you have to get involvedin the network and pay the normal bill.

Don Gironés, for example, with 14 employees,is getting along with the instantaneousconsumption. “He is working well, especiallywith cold meat that rely on cold storage, in whichthe electric bill takes at least 15% of their annualfixed costs,” says the manager.

With these new systems the savings can bebetween 20% and 30% of consumption, and sofar, they pay taxes of any kind for this type ofpower generation.

The Yacht Club Estartit, located in Pals(Girona), is one of its customers. They drew up afive-year plan for 20% of its consumption isrenewable way. Currently, solar panels generate7%. “We are very close to a nature park with alarge impact on the environment,” says EugeniFiga, its director. His plans also includewindmills.

In Galicia, the Dominguez brothers are in thelead of renewable energy since 1998. “We werefour ragged,” says Manuel. In 2007, they made theirown offices for the supply with a solar panel.

Although consumption projects in Spain, most

of your market is out of the country, in largeparks in Chile, Mexico, Romania and England.

Energy reform heated greatly in renewableenergy. “Of all the possible scenarios, this isthe worst,” says José Donoso, president of theSpanish Photovoltaic Union (UNEF), whichrepresents 85% of the sector’s activity.

“But still nothing specific has beenapproved for consumption,” he adds. Donosorefers to the increase in the fixed portion of theelectric bill, and represent an increase of 77%in this section for a fee, something internal thatdomestic producers can not do without, and a23% drop in consumption, which reduces self-production.

With the changes known so far, theturnaround time of photovoltaics growsconsiderably. If before the reform was needed12 years to recover the investment in aresidential installation of 2.4 kilowatts of powerwill now require 23, according to estimates ofUNEF.

However, there is always someone whoworks already looking and feeling all around.Sun Gironés ensures that your customers arereducing energy contract, which recorded thehighest increase in account because theinstantaneous consumption allows them to havetheir energy needs covered. Another of hisgoals is to make profitable domesticconsumption.

Page 22: Energiasolar fev2015

JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar22Figura 01: Curva Geração Solar x Consumo ( típico )

micro e minigeração distribuída terãoum papel de grande relevância na ma-triz energética brasileira, embora em

fase inicial se comparados com outros Países,aqui temos condições especialmente favoráveispara o desenvolvimento deste tipo de solução,especialmente a geração a partir do sol.

Implementado em 2012, a Resolução 482 daANEEL estabelece os critérios para o acesso arede e compensação de energia gerada por mi-crogeração e minigeração distribuída.

A compensação de energia definida atravésda Resolução foi um passo importante para oincremento da adoção da geração distribuídano Brasil, mas ajustes ainda se mostram funda-mentais para sua ampla adoção. Um dos fato-res limitantes para o rápido crescimento de ge-ração distribuída é a tributação do ICMS noconsumo da energia solar injetada na rede elé-trica. O mercado trabalha no sentido de deso-neração desta tributação, mas por enquanto, oadequado dimensionamento do sistema e ge-renciamento das cargas são alternativas impor-tantes para projetos mais viáveis.

O DESAFIOA geração de energia solar está concentrada

nos períodos de maior insolação entre 8h e 17h,por outro lado, o consumo de energia em de-terminados perfis de edifícios, sobretudo osresidenciais ocorre com maior intensidade apósas 17h (figura 1). Este descasamento entre omomento de geração solar e consumo pelas car-gas implica na necessidade de injeção da ener-gia excedente à rede.

Um sistema ideal seria aque-le dimensionado de forma aatender as demandas energéti-cas das cargas no exato momen-to da geração, reduzindo exce-dentes, reduzindo à injeção deenergia a rede, minimizando adependência e os impactos àrede.

Um sistema de gerenciamen-to de energia pode otimizar operfil de consumo deslocandodeterminadas cargas para perí-odos de maior geração solar,

Fotovoltaico + Gerenciamento de energia

P priorizando com isso o consumo instantâneodesta energia no próprio local, minimizando ainjeção.

VANTAGENS DO GERENCIAMENTOUm dos mecanismos já existentes em inver-

sores disponíveis no mercado permitem o ge-renciamento das cargas do sistema, movimen-tando assim a curva de demanda para o pico degeração de energia. (Figura 2). Estes dispositi-vos gerenciam o acionamento de cargas especí-ficas, de acordo com o nível de geração so-lar. Desta maneira atividades como lavagemde roupas, lavagem de louça, bombeamen-to de água, irrigação, climatização, carga deveículos, entre outros, podem ser realiza-dos mais próximos do período de pico degeração de energia.

A adoção desta estratégia pode trazeruma série de ganhos:

- Menor dependência da Rede Elétrica; - Contribuição para Estabilidade da Rede; - Redução da Carga Tributária; - Redução do custo médio de Energia /

Média e Alta Tensão; - Melhor Retorno do Investimento

COMO FUNCIONAO sistema de gerenciamento incorporado ao

inversor solar monitora o nível de geração deenergia. Quando esta atinge o patamar de gera-ção, o relé de gerenciamento aciona automati-camente uma determinada carga que irá con-sumir parcialmente ou totalmente a energia so-lar gerada naquele instante.

Na Região Sul do Brasil vem sendo desen-

volvido um proje-to de geração Foto-voltaica em edifícioresidencial, onde osistema de gerenci-amento fará o aci-onamento automá-tico da estação decarregamento deveículos elétricos,um bom exemplode adequação doperfil de consumoà geração de ener-gia solar.

Figura 02: Curva Geração Solar x Consumo (com gerenciamento)

Page 23: Energiasolar fev2015

Brazilian Journal of Solar Energy 23

Um dos fatores que podem facilitar a ado-ção deste conceito em instalações de micro ge-ração é justamente o baixo investimento reque-rido, já que esta funcionalidade já está presenteem alguns modelos de inversores disponíveisaqui no Brasil.

Um exemplo é o Sistema de Monitoramen-to DATAMANAGER para a linha de Inverso-res Solares, produzida pela empresa FRONIUSque traz já incorporados ao equipamento o mó-dulo de monitoramento via Wi-Fi e o sistemade gerenciamento de energia, facilitando o proje-to e implantação do gerenciamento energético.

Assim como acontece para os médios e gran-des consumidores, os consumidores residenci-ais também poderão optar pela modalidade detarifação variável conforme o horário deconsumo. Prevista para entrar em operação nospróximos anos, a Tarifa Branca Residencial in-centivará o consumo de energia fora dos horá-rios de ponta. Neste modelo, conceitos de ge-renciamento e novas tecnologias associadas àgeração distribuída serão ainda mais relevantespara um projeto viável.

Figura 03: Sistema de gerenciamento através de Inversor

Solar energy generation is concentrated in the higher insolation periods - 8h to 17h. In theother hand, the energy consumption increases after 17h, specially in residential loads.

This mismatch between Solar Generation and Consumption leads to increasing need of energyinjection to the grid.

Energy Management features already incorporated in few PV Inverters can turn on few loadswhen solar output reach pre-determined level. This automated load optimization promotes thelocal consumption, fewer grid dependence and reducing the tax paid.

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar24

Internacional

Nova fábrica de painéis solaresfotovoltaica na Guatemala

O setor das Energias Renováveis recebeucom muita satisfação a confirmação da data derealização de um dos principais eventos do se-tor de Energias Renováveis do Brasil.

Dos dias 10 a 12 de junho, o estado do Cea-rá estará recebendo a Feira Internacional deEnergias Renováveis. O estado será o centrodas atenções em nível mundial, quando o as-sunto for geração de energia por fontes limpase renováveis.

O evento será realizado no Complexo Por-

Feira Internacional de Energias RenováveisALL ABOUT ENERGY 2015 tem data definida

Milhares de painéis solaresfotovoltaicos foram instaladosna nova fábrica e terá uma vidaútil de 25 anos, de acordo como Grupo de Onyx, proprietá-rios e construtores da usina.

A planta da Horus prevêuma segunda fase para com-pletar 90 MW de capacidadeinstalada. A ideia é venderenergia por contratos de lon-go prazo, com as distribuido-ras de energia locais a partirde maio deste ano.

(Foto: AP)

Thousands of photovoltaic solar panelswere installed at the new plant and will have auseful life of 25 years, according to the OnyxGroup, owners and builders of the powerstation.

The Horus plant project envisages asecond phase to complete 90 MW of instal-led capacity. The facility is to sell energy undera longterm contract with local power distri-butors beginning May.

Guatemala undertakesphotovoltaic solar panels project

tuário Docas do Ceará, Praia Mansa.Segundo Meiry Benevides, diretora do even-

to, as expectativas são as melhores possíveis.Além do total apoio do governo do estado, ór-gãos do governo federal, parcerias estratégicase o atual cenário do setor de energia nacional,fazem com que o evento seja fundamental paradebates, apresentação de novas soluções e tec-nologias para a matriz energética brasileira.

São esperados grandes players do mercadonacional e internacional, que terão oportuni-

The Renewable Energy sector received verypleased to confirm the date of one of the main eventsof the Renewable Energy sector in Brazil.

From 10th to 12th June, the state of Ceará will bereceiving the International Fair of Renewable Energy.The state will be the center of attention worldwidewhen it is generating power for clean and renewablesources.

The event will be held in Port Complex of CearáDocks, Mansa Beach.

According Meiry Benevides, event director,expectations are the best possible. In the total state

dade de expor seus produtos, serviços e tecno-logias, para um público seleto e com interessedireto no assunto.

Para a divulgação e promoção do evento, osprincipais formadores de opinião como PortalBrasileiro de Energia solar, Jornal Brasileiro deBiomassa e Portal Eólica BR, serão alguns dosapoiadores, garantindo assim uma ampla cober-tura do evento.

Para mais informações: All About Eventos \[email protected]

Telefone/Phone: + 55 (85) 3033.4452

International Renewable Energy FairALL ABOUT ENERGY 2015 has defined date

government support, federal government agencies,strategic partnerships and the current situation of thenational energy sector, cause the event is critical todiscussions, presentation of new solutions andtechnologies for the Brazilian energy matrix.

Major players in the national and internationalmarket are expected, which will have the opportunityto exhibit their products, services and technologies toa select audience and with a direct interest in thesubject.

Wind Power, Solar and Biomass Energy, will betopics of lectures given by some of the industry

experts worldwide. This will be a unique opportunityfor new strategies, public policies can be discussed byentrepreneurs and experts, complements MeiryBenevides.

For the dissemination and promotion of theevent, key opinion leaders as Brazilian portal Solarenergy, the Brazilian Journal of Biomass and WindPortal BR, will be some of the supporters, whichensures a wide coverage of the event.

For more information: All About Events [email protected]

Telephone / Phone: + 55 (85) 3033.4452

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar26

BIPV (Construção FotovoltaicaIntegrado) - A fronteira estética

Q uer para retardaro aquecimentoglobal ou por ra-

zões econômicas, todosnós sabemos que a ener-gia solar é indispensávelpara as nossas necessida-des e que, uma vez que oinvestimento é feito empainéis solares, a manu-tenção é modesta e a vidaútil está acima de 30 anos.Não há hoje nenhumaenergia disponível quepossa substituir com asmesmas vantagens.

O crescimento em instalações solares temsido considerável ao longo de todos os últimosanos, apesar de todas as dificuldades econômi-cas e as perdas sofridas pelos fabricantes depainéis solares, e 2014 parece anunciar o iníciode uma reviravolta para a indústria e reacelera-ção do crescimento.

Uma das razões adversas à ampla dissemi-nação das instalações é a estética. Os painéissolares, até hoje, são preto ou azul escuro, trans-parentes para as células e os captores, e nãopode ser chamado de outra coisa que não feio.Nenhum arquiteto ou empresário aceita as fa-chadas de sua casa ou prédio, residencial ou

comercial, cobertas com painéisbrilhantes pretos. Apesar disso, te-mos visto nos últimos anos, a fatiade BIPV, da fatia total de mercadosolar, aumentar rapidamente emcomparação com os serviços deutilidade pública.

Após anos de pesquisa, em co-operação com a EPFL (Universi-dade Politécnica de Lausanne, Suí-ça), Swissinso desenvolveu um vi-dro solar de praticamente todas as

cores que você quiser, com um mínimo de per-da de energia devido à cor. Os painéis resultan-tes são lindos, opacos para as células e os cap-tores, e praticamente não pode ser distinguidode um telhado normal ou fachada. Agora é pos-sível cobrir telhados inteiros (por exemplo, emcor natural de telhas) e fachadas, em cinza ouverde ou azul-celeste ou qualquer outra cor ex-ceto branco e vermelho.

A aparência colorida dos vidros solares re-sulta da reflexão de uma banda espectral estrei-ta na parte visível do espectro solar. O resto daradiação solar é transmitido para o painel solarpara ser convertido em energia. As pilhas derevestimento coloridas são otimizadas para ofe-recer a melhor relação entre a intensidade dacor e eficiência do painel solar (transmissãosolar acima de 85%).

Esta mudança de paradigma abre perspec-tivas de mercado consideráveis. Todos os edifí-cios, novos ou para retrofit, podem ser agoraprodutores de energia consideráveis. A lei naEuropa dita de zero CO2 nos edifícios em 2020.Também não acredito que o futuro vai ver aenergia produzida em locais remotos, então, sertransportada por milhas de distância para osconsumidores. Nós preferimos ver cada edifí-cio ou conjunto de edifícios que produzem assuas próprias necessidades. Há um tempo seriadifícil imaginar nossas casas, edifícios e cam-pos cobertos com estruturas pretas. Seria comocomprar hoje um televisor preto e branco? Nósrealmente acreditamos que os painéis colori-dos serão a moda. E nós somos os únicos queos produzem.

RAFIC HAMBALI – CEO SwissINSO

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Brazilian Journal of Solar Energy 27

BIPV (Building IntegratedPhotovoltaic) - The aesthetics frontier

Whether to slow the global warming or foreconomic reasons, we all know that solarenergy is indispensable to our needs and that,once the investment is done in solar panels, themaintenance is modest and the life span isabove 30 years. There is today no real availablesubstitute energy with the same advantages.

Growth in solar installations has beenconsiderable throughout all the past years inspite of all the economic difficulties the worldwent through and the losses incurred by solarpanel manufacturers, and 2014 seems to beannouncing a start of a turn-around for theindustry and a re-accelerating growth.

One of the adverse reasons to wide spreadinstallations is the aesthetics. Solar panels, tothis day, are black or dark blue, transparent tothe cells and captors, and cannot be calledanything but ugly. No architect or entrepreneuraccepts his house or building, residential or

commercial, to have its façades covered withblack shiny panels. In spite of this, we have seenin the last years the BIPV share, of the total solarmarket share, rapidly increase in comparison withthe utility installations.

After years of research, in cooperation withthe EPFL (the Polytechnique University ofLausanne, Switzerland), Swissinso has developeda solar glass of virtually any color you want, witha minimum loss of energy due to the color. Theresulting panels are beautiful, opaque to the cellsand captors, mat, and can practically not bedistinguished from a normal roof or façade. It isnow possible to cover whole roofs (for examplein terra-cotta natural tile color) and façades, ingrey or green or sky-blue or any other colorexcepting white and red.

The colored appearance of the solar glassresults from the reflection of a narrow spectralband in the visible part of the solar spectrum.

The rest of the solar radiation is transmitted tothe solar panel to be converted into energy. Thecolored coating stacks are optimized to offer thebest compromise between color intensity and solarpanel efficiency (solar transmittance above 85%).

This paradigm shift opens considerablemarket perspectives. All buildings, new or toretrofit, can now be a sizeable energyproducers. The law in Europe dictates zeroCO2 of the buildings by 2020. We also do notbelieve that the future will see energy producedat remote locations then transported miles awayto the consumption ones. We rather see eachbuilding or group of buildings producing theirown needs. One has a hard time imagining ourhouses, buildings and fields covered with blackstructures. Would one buy today a black andwhite TV set? We truly believe that coloredpanels will be the norm. And we are the onlyones producing them.

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar28

Governo estuda dar incentivos parageração própria de energia. Energia

Solar é destaque no projeto!

O governo brasileiro tem buscado alter-nativas para enfrentar a atual crise ener-gética. Atualmente esta na pauta a pos-

sibilidade de conceder incentivos às mini e mi-cro gerações feitas pelos próprios consumido-res em suas residências, que podem “devolver”eletricidade à rede das distribuidoras e obtercréditos nas contas de luz dos meses seguintes.

Segundo Romeu Rufino, diretor-geral da(Aneel), existem negociações para fazer comque o modelo avance finalmente no País.

Dentro das novas ações destaca-se autori-zar as distribuidoras de eletricidade a pagar maiscaro por essa eletricidade, inclusive preços aci-ma do Valor de Referência (VR) - a média pra-ticada nos últimos leilões de energia.

As empresas de distribuição podem adqui-rir até 10% da sua demanda dos próprios con-sumidores. “Se as empresas puderem pagar va-lores acima do VR, isso estimulará que maisconsumidores adotem o modelo de geraçãoprópria”, disse.

Ainda estudasse a criação de uma linha definanciamento aos equipamentos de geraçãocaseira, como placas solares, turbinas eólicas,conversores e os leitores bidimensionais - quemedem quanta energia é recebida pelo consu-midor e quanta eletricidade é devolvida por eleà rede. “A energia solar tem viabilidade maisimediata, mas em fazendas, por exemplo, há es-paço para outras fontes. Mas é necessário sefinanciar este tipo de investimento”.

Outra ação negociada pelo governo é noâmbito do Confaz - que reúne todos os secre-tários estaduais de Fazenda - a isenção da co-brança do ICMS sobre a devolução da energiapelos consumidores às redes das distribuido-ras. Isso porque, não ocorre uma troca comer-cial no modelo, mas sim a geração de um crédi-to que é abatido na fatura do mês seguinte.“Minas Gerais já isentou o modelo de ICMSpor cinco anos”. Isso ajuda a incentivar a au-mentar a adesão ao modelo.

(Foto meramente ilustrativa)

Government is considering givingincentives to own power generation.

Solar energy is highlighted in the project!The Brazilian government has sought alternatives

to face the current energy crisis. Currently this onthe agenda the possibility of granting incentives formini and micro generation made by the consumersthemselves in their homes, they can “return” to theelectricity network of distributors and get credits onbills of following months.

According Romeo Rufino, director general of(Aneel), there are negotiations to make the modelfinally go in the country.

Within the new shares stands out allow electricitydistributors to pay more for that electricity,including prices above the Reference Value (RV) -the average practiced in recent energy auctions.

Distribution companies can acquire up to 10% of thedemand of consumers. “If companies can pay amountsabove the VR, it will encourage more consumers toadopt the self-generation model,” he said.

Also study the creation of a line of financing for

home-generation equipment such as solar panels,wind turbines, converters and two-dimensionalreaders - which measure how much energy isreceived by the consumer and how much electricityis returned by him to the network. “Solar powerhas more immediate viability, but on farms, forexample, there is room for other sources. But it isnecessary to finance such investment.”

Another initiative negotiated by the governmentis under Confaz - bringing together all statesecretaries of Finance - exemption from thecollection of ICMS on the return of energy byconsumers to the distribution networks. This isbecause, there is no commercial exchange in themodel, but the generation of a claim which iswritten in the following month’s invoice. “MinasGerais has already exempted the ICMS model forfive years.” This helps to encourage the increaseadherence to the model.

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Brazilian Journal of Solar Energy 29

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar30

Desenvolvimento do Mercado de GeraçãoDistribuída nos Estados Unidos: Algumas

Lições para o Mercado Brasileiro

JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar30

Even with very different realities,Brazil would greatly benefit from theUnited States’ successes in developingthe Solar Photovoltaic (PV) industryand in particular, the Residential Dis-tributed Generation (DG) market. Ha-ving smart and effective public policiesin place, a rapid decline in residentialsystems’ prices (making solar energyfully cost-competitive with traditionalenergy sources), and innovative finan-cing models (including third -party ow-nership approach) their DG market de-velopment strategies can give emergingmarkets countries, like Brazil, the oppor-tunity to leapfrog, and grow in the ri-ght direction.

SOURCES:(1) The American Petroleum Institute

(API’s) annual “State of AmericanEnergy Report” - January, 2015. / So-lar Energy Industries Association(SEIA) - www.seia.org

(2) National Renewable Energy Labora-tory (NREL), “U.S. Residential Pho-tovoltaic (PV) System Prices, Q4 2013Benchmarks: Cash Purchase, Fair Ma-rket Value, and Prepaid Lease Tran-saction Prices” - October, 2014.

(3) Inter-American Development Bank(IDB), Worldwatch Institute, “Studyon the Development of the Renewa-ble Energy Market in Latin Americaand the Caribbean” - November 2014.

POR: Angela Perondi Pitel (BusinessDevelopment Manager - Jinko Solar, Brasil)

minha experiência profissional na área deEnergia Solar Fotovoltaica (FV) inclui aoportunidade de contribuir para o cres-

cimento exponencial do mercado americano, naárea de Geração Distribuída, desenvolvendo pro-gramas de incentivos e subsídios para o fomen-to do mercado do estado de Connecticut, de2005 à 2010. Entre alguns programas dos quaiscontribui, posso citar o Solar PV Rebate Pro-gram e principalmente o Solar Lease Program,ferramentas importantes para o rápido cresci-mento do mercado residencial.

No último relatório publicado pelo Ameri-can Petroleum Institute (API), em Janeiro de2015, pela primeira vez na história, foi incluídauma seção abrangente sobre o rápido crescimen-to da indústria de energia solar nos EUA e seuimpacto na economia do país. API, relata que aenergia solar é a fonte de energia renovável quemais cresce nos Estados Unidos, com 7.4 GWde capacidade instalada em 2014, um crescimentode 42% em relação a 2013.(1)

“A indústria solar nos EUA levou 40 anospara instalar 20 GW de energia solar. Agora, va-mos instalar o próximo 20 GW nos próximosdois anos. De fato, durante cada semana de 2015,vamos instalar mais capacidade do que o quefizemos durante todo o ano de 2006. Sob qual-quer angulo que você olhe, a energia solar estápagando dividendos enormes para a economia,o meio ambiente e o futuro do país.”

Rhone Resch, Presidente e CEO, SEIA (1)Se considerarmos apenas o mercado residen-

cial, a energia solar é agora mais acessível do quenunca no mercado americano. A empresa depesquisa SEIA / GTM Research revela que ospreços médios nacionais de sistemas residenci-ais caíram 53 % desde 2010 (1).

Preço Médio do Sistema FV Instalado (1)Este rápido declínio dos preços de sistemas

residenciais é devido à queda dos custos de har-dware, especialmente de módulos e inversores,como também a uma melhoria na produtivida-de dos negócios do setor, incluindo instalaçõesde sistemas, devido á experiência adquirida. Nosúltimos anos, o mercado residencial também de-monstrou um crescimento substancial do mo-delo financeiro de “‘third-party ownership” parasistemas solares FV, aonde o cliente em vez de

efetuar a comprar de um sistema, pode alugar osistema ou pagar pela energia que o sistema pro-duz, em ambos os casos, o sistema solar é pro-priedade de um terceiro. (2) Este modelo foimuito bem aceito e se expandiu rapidamente nosetor residencial devido a razões econômicas, etambém porque se desenvolveu um ambiente de‘negócio’ aonde se vende um pacote completode serviços, com qualidade, e não apenas equi-pamento. Esta mentalidade é vista também emtoda a cadeia produtiva do setor, incluindo a pro-dução e venda de hardware, como módulos porexemplo. Este modelo gera uma ‘praticidade’enorme para o cliente final.

No caso do Brasil, o mercado de GeraçãoDistribuída ainda é incipiente e oferece grandesoportunidades, inclusive a de aprendizado demodelos de desenvolvimento de mercado que fun-cionam. Algumas das principais barreiras que aindadevemos enfrentar no mercado brasileiro são:

a) Barreiras do Setor Financeiro: Riscos cam-biais, inadequação de produtos financeiros, etc.

b) Barreiras Política: Falta de uma sinalizaçãoclara por parte do governo sobre a demandarequerida para o setor em curto, médio e longoprazo, etc

c) Barreiras de Mercado : Falta de economiade escala, etc (3)

Políticas publicas bem definidas, com visãode longo prazo são fundamentais para o cresci-mento sustentável do setor e a criação consis-tente da demanda para energia solar no país.

Nos Estados Unidos, a indústria de energiasolar emprega 143 mil americanos e insere maisde USD$ 15 bilhões por ano na economia. Estenotável crescimento é devido, em grande parte,às políticas públicas inteligentes e eficazes, comoo Solar Investment Tax Credit (ITC), Net Ener-gy Metering (NEM) e Renewable Energy Stan-dards (RES). (1)

Mesmo tendo realidades muito diferentes, oBrasil se beneficiaria da aprendizagem dos EUAno desenvolvimento do mercado de GeraçãoDistribuída. Para a criação de um mercado sóli-do com um desenvolvimento progressivo e sus-tentável, varias lições aprendidas pelo mercadoamericano poderiam ser estudadas e absorvidas.O conhecimento pode e deve ser transferível,nas devidas proporções.

A Distributed Generationin the USA: Lessons

Learned for theBrazilian Market - Part I

ANGELA PERONDI – business manager Jinko / ex-developer USA

Page 31: Energiasolar fev2015

Brazilian Journal of Solar Energy 31

Energia fotovoltaica na EuropaA Europa ainda é referência

mundial quando se fala decapacidade instalada. De

acordo com relatório da Associa-ção de Indústrias Fotovoltaicas Eu-ropeias (EPIA, na sigla em in-glês), a região contava com 81,3GW instalados no final de 2013,representando 59% da capaci-dade fotovoltaica (FV) acumu-lada no mundo.

Mesmo assim, o desenvol-vimento no setor caiu no ter-ritório europeu, em uma com-paração com os anos anterio-res. Os 10,4 GW instalados em2013 representam metade doíndice de 2011.

A procura por energia FVreduziu em muitos países daregião em função das políti-cas públicas e dos impostos,decepcionando investidores.O mercado alemão, por exem-plo, caiu do primeiro para oquarto lugar mundial, com o

crescimento de 3,3 GW depois detrês anos registrando crescimentoem torno de 7,6 GW, de acordocom o Relatório Estado Globaldas Renováveis 2014, produzidopela REN 21. De qualquer manei-ra, a geração de energia FV conti-nua crescendo, com a Alemanha se-guindo à frente desse mercado.

Com a instalação de pelo me-

nos 1,5 GW em 2013, o ReinoUnido emerge como a região como mercado mais fortalecido paraprojetos de larga escala, atraindoinvestimentos de toda a Europa.Outros líderes do mercado euro-peu no ano foram Itália (com 1,5GW), seguida por Romênia(1,1GW) e Grécia (1GW). Mesmose mantendo entre os líderes, a Itá-

lia registrou queda de mercado, oque também ocorreu na Bélgica,Dinamarca e França.

Mas essa fonte renovável tematendido a uma fatia significativada demanda, alcançando cerca de7,8% da demanda de eletricidadeanual na Itália; 6% na Grécia e 5%na Alemanha.

Informações do site América do Sol

Europe is a world reference whenit comes to capacity. According to areport by the European PhotovoltaicIndustry Association (EPIA, theacronym in English), the region had81.3 GW installed at the end of 2013,representing 59% of the PV capacity(FV) accumulated in the world.

Still, the development in the sectorfell in Europe, in comparison with pre-vious years. 10.4 GW in 2013 repre-sent half of the 2011 index.

The demand for photovoltaics re-duced in many countries in the regionin relation to public and taxation poli-cies, disappointing investors. The Ger-man market, for example, fell from thefirst to the fourth largest, with growthof 3.3 GW after three years recordinggrowth of around 7.6 GW, accordingto the Global Status Report on Re-newable 2014 produced REN 21. Ei-ther way, the PV power generation con-tinues to grow, with Germany follo-wing the forefront of this market.

With the installation of at least 1.5GW in 2013, the United Kingdomemerged as the region with the moststrengthened market for large-scaleprojects, attracting investments fromall over Europe. Other leaders of theEuropean market in the year were Italy(1.5 GW), followed by Romania(1,1GW) and Greece (1GW). Evenstaying among the leaders, Italy recor-ded market fall, which also occurredin Belgium, Denmark and France.

But this renewable source has meta significant share of the demand, rea-ching about 7.8% of the annual elec-tricity demand in Italy; 6% in Greeceand 5% in Germany.

Site Information Sol Americawww.allaboutenergy.com.br

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar32

Lançamento

1º Anuário Brasileiro de Energia SolarSerá lançado em agosto de 2015, a primei-

ra publicação técnica e empresarial do setorde Energia Solar no Brasil. Trata-se do Anuá-rio Brasileiro de Energia Solar.

Empresas como; FRONIUS, WEIDMUL-LER, SICES, SOLAR & VENTO, VISTE-CHNOLOGY, MINASOL, entre outrasque já estão confirmadas neste importan-te projeto.

O setor de Energia Solar não para de mos-trar sua força a cada dia.

A necessidade de preservação dos recur-sos naturais do planeta e a busca por fonteslimpas e renováveis para geração de energiadevem fazer com a geração de Energia pelafonte solar, ganhe cada vez mais destaque namatriz energética brasileira.

Este cenário positivo apresenta as melho-

Will be released inAugust 2015, the firsttechnical publishing andbusiness of Solar Energysector in Brazil. This is theBrazilian Yearbook of SolarEnergy.

Companies like; FRONIUS,WEIDMULLER, SICES,SOLAR & WIND,VISTECHNOLOGY,MINASOL, among others thatare already confirmed thisimportant project.

The Solar Energy sectornot to show his strength everyday.

The need forconservation of naturalresources of the planet and

Release

1st Brazilian Yearbookof Solar Energy

the search for clean,renewable sources for powergeneration should do with thegeneration of energy by thesolar source, increasinglyblaze in the Brazilian energymatrix.

This positive scenariopresents the best conditionsfor the development of theindustry’s first publication atthe national level, whichbrings a wide and complete,information, statistics, mapsand registration of industriesand companies in the solarenergy sector in Brazil.

More information by phone 55(42) 3086.8588 / 42 3025.7825

res condições para o desenvolvimento da pri-meira publicação do setor em nível nacional,que traga de forma ampla e completa, infor-mações, estatísticas, mapas e cadastro das in-dústrias e empresas do setor de Energia Solarno Brasil.

Mais informações pelo fone 55(42)3086.8588 / 42 3025.7825

Nota

Page 33: Energiasolar fev2015

Brazilian Journal of Solar Energy 33

microgeração fotovol-taica de energia elétri-ca por meio de painéis

solares é uma alternativa demenor custo do que a aqui-sição de energia no mercadoconvencional, como mostrauma pesquisa do Instituto deEnergia e Ambiente (IEE)da USP. Conforme demons-trado pelo trabalho do pes-quisador Rennyo Naka-bayashi, a legislação atualpermite que o consumidor,venda para a rede elétrica oexcedente da energia produ-zida, gerando assim créditosem energia. Conforme dados apontados no es-tudo, a microgeração fotovoltaica tem ganha-do força pela queda no custo dos equipamen-tos, além dos sucessivos aumentos das tarifasde energia elétrica.

“A geração de energia por meio de célulasfotovoltaicas ocorre quando há exposição deum material semicondutor dopado, geralmentesilício, à radiação solar, ocasionando desloca-mento de elétrons e, portanto, corrente elétri-ca”, descreve Nakabayashi. “Os sistemas foto-

Microgeração fotovoltaica é opçãode menor custo segundo pesquisa

A

voltaicos conectados à rede são formados porconjuntos de painéis fotovoltaicos associadosa inversores, os quais realizam a conversão decorrente contínua para corrente alternada”.

Os sistemas fotovoltaicos utilizam a radia-ção solar como insumo, um recurso abundanteno Brasil e não poluente”, ressalta o pesquisa-dor. “Além disso, no âmbito da micro e mini-geração fotovoltaica, há a vantagem de se gerara energia elétrica nos centros de consumo, ali-viando a carga nos sistemas de transporte de

Foto: George Campos / USP Imagens energia e, com isso, reduzin-do as perdas no sistema elé-trico”.

Segundo o Banco de In-formações de Geração (BIG)da ANEEL, o Brasil possui134 Gigawatt (GW) de po-tência instalada para a gera-ção de energia elétrica, sen-do que a micro e minigera-ção fotovoltaica, equivale amenos de 0,003% do total.“Por conta de diversos fato-res, o Brasil ficou defasadoem relação aos países euro-peus e, atualmente, não exis-te uma indústria fotovoltai-

ca plenamente consolidada no país, pois atéentão a demanda não justificava a presençamassiva de investidores e da indústria nestaárea”, afirma Nakabayashi. “Entretanto, no LER2014 (fotovoltaico) foram cadastrados 400 pro-jetos, somando 10.790 MW de potência instala-da. Foram contratados 202,1 MWmed, totali-zando uma potência (CC) de 1.048,2 MWp, oque demonstra um grande interesse dos agen-tes. O contexto é favorável para que a energiasolar fotovoltaica decole”.

Brazilian Journal of Solar Energy 33

Photovoltaic micro option is less costly according to researchThe photovoltaic microgeneration of

electricity through solar panels is a lower costalternative than the energy purchase in theconventional market, as shown in a survey bythe Institute for Energy and Environment(IEE) at USP. As demonstrated by the work ofresearcher Rennyo Nakabayashi, the currentlegislation allows the consumer, selling to thegrid the surplus energy produced, thusgenerating credits for energy. As data pointed inthe study, the photovoltaic microgeneration hasgained strength by the fall in the cost ofequipment, and the successive increases inelectricity rates.

“The energy generation by solar cells occurswhen there is exposure of a doped

semiconductor material, usually silicon, solarradiation, causing displacement of electrons andthus electrical current,” describes Nakabayashi.“The grid-connected photovoltaic systems consistof sets of photovoltaic panels associated withinverters, which perform DC conversion AC”.

Photovoltaic systems use solar radiation as aninput, an abundant resource in Brazil and clean,“says the researcher. “In addition, under themicro and photovoltaic minigeneration have theadvantage of generating electricity inconsumption centers, easing the load on powertransmission systems and, thus, reducing losses inthe electricity system”.

According to the Bank of GenerationInformation (BIG) Aneel, Brazil has 134

Gigawatt (GW) of installed capacity forelectricity generation, and the micro andphotovoltaic minigeneration, equivalent to lessthan 0.003% of the total. “Due to severalfactors, Brazil was lagged behind the Europeancountries and currently there is no fullyconsolidated photovoltaic industry in thecountry, because until then the demand did notjustify the massive presence of investors andindustry in this area,” says Nakabayashi.“However, in LER 2014 (PV) were registered400 projects, totaling 10,790 MW of installedcapacity. 202.1 average MW were contracted,with a total power (DC) of 1048.2 MWp, whichdemonstrates strong interest from agents. Thecontext is favorable for solar PV take off.

Page 34: Energiasolar fev2015

JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar34

FEVEREIROMiaGreen 2015 Expo & Conference - 7th Edition

Data:11 a 12 de fevereiroLocal: Miami Airport Convention

Center – Miami – U.S.Ahttp://www.miagreen.com/

Treinamento: PV Hands ON- Energia Solar na Prática

Data: 27 e 28 de Fevereiro de 2015Local: Centro de TreinamentoEnova Solar- São Paulo/SP

http://www.enovasolar.com.br/event/treinamen-to-pv-handson-2/

MARÇOSEE Solar - South-East European

Solar Exhibition 2015Data:11 a 13 de março

Local: 147, Tzarigradsko shosse, Sofia (Bulgária)http://www.eeandres.viaexpo.com/en/seesolar

28ª FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚS-TRIA ELÉTRICA, ELETRÔNICA, ENERGIA

E AUTOMAÇÃOData: 23 a 27 de março

Local: Anhembi – São Paulo - SPhttp://www.fiee.com.br/

Treinamento: PV Hands ON- Energia Solar na Prática

Data: 27 e 28 de Março de 2015Local: Centro de TreinamentoEnova Solar- São Paulo/SP

http://www.enovasolar.com.br/event/treinamen-to-pv-handson-3/

ABRILEnergy Hannover

Data: 13 a 17 de abril de 2015Local: Deutsche Messe AG Hannover

– Hannover - Alemanhahttp://www.hannovermesse.de

Treinamento: PV Hands ON- Energia Solar na Prática

Data: 24 e 25 de Abril de 2015Local: Centro de TreinamentoEnova Solar- São Paulo/SP

http://www.enovasolar.com.br/event/treinamen-to-pv-handson-4/

MAIOFECONATI

Data: 28 a 31 de maioLocal: Atibaia - SP

http://www.feconati.com.br/

IV SIGERA - Simpósio Internacional sobreGerenciamento de Resíduos Agropecuários e

AgroindustriaisData: 5 a 7 de maio

Local: Rio de Janeiro - RJwww.sbera.org.br/sigera2015

Treinamento: PV Hands ON- Energia Solar naPrática

Data: 29 e 30 de Maio de 2015Local: Centro de Treinamento Enova Solar- São

Paulo/SPhttp://www.enovasolar.com.br/event/treinamen-

to-pv-handson-5/

JUNHOALL ABOUT ENERGY

Data: 10 a 12 de junho de 2015Local: Centro de Eventos do Ceará.http://www.alllaboutenergy.com.br

21St EUROPEAN BIOMASSCONFERENCE AND EXHIBITION

Data: 23 a 26 de JunhoLocal: Bella Center – Copenhague/Dinamarca

http://www.conference-biomass.com

Treinamento: PV Hands ON- Energia Solar na Prática

Data: 26 e 27 de Junho de 2015Local: Centro de TreinamentoEnova Solar- São Paulo/SP

http://www.enovasolar.com.br/event/treinamen-to-pv-handson-6/

JULHOENERSOLAR +BRASIL

Data: 15 a 17 de JulhoLocal: São Paulo – SP.

http://www.enersolarbrasil.com.br/

Biotech Fair - Feira Internacional de Tecnologiaem Bioenergia e Biocombustíveil

Data: 15 a 17 de julhoLocal: São Paulo/SP

http://biotechfair.com.br/

EcoEnergyData: 15 a 17 de JulhoLocal: São Paulo – SP.

http://www.feiraecoenergy.com.br/

AGOSTOReciclação - Feira de Reciclagem

& Meio Ambiente IndustrialData: 27 a 30 de agosto

Local: Parque de exposição Vila Germânica /

Setor Nº 3 / Blumenau - SChttp://www.montebelloeventos.com.br/

Guangzhou InternationalWind Energy Exhibition 2015

Data: 21 a 23 de agostoLocal: Guangzhou, China

http://www.gzwee.com/en/

6ª GREENBUILDING BRASILData: 11 a 13 de agosto

Local: EXPOCENTER – São Paulohttp://www.expogbcbrasil.org.br/2015/

SETEMBROINTERSOLAR SOUTH AMERICA

Data: 1 e 3 de setembroLocal: Expocenter Norte – São Paulo - SP

http://www.intersolar.net.br

Husum Wind EnergyData:15 e 18 de setembro

Local: Kielsburger Str. 8 - 10 25813 Husum,Husum (Alemanha)

http://www.husumwind.com/husumwind/de/

13ª LATIN AMERICAN UTILITY WEEKData:23 a 25 de setembro

Local: São Paulohttp://www.latin-american-utility-week.com/

?langId=pt

OUTUBROSNPTEE - Seminário Nacional de Produção e

Transmissão de Energia ElétricaData: de 18 a 21 de outubroLocal: Foz de Iguaçu - PR

www.xxiisnptee.com.br

RENEXPOData: de 1 a 4 de outubro

Local: Messezentrum Augsburg - Alemanhahttp://www.renexpo.de/

NOVEMBROXV FIMAI - Feira Internacional de

Meio Ambiente Industrial e SustentabilidadeData: 16 a 18 de novembro

Local: Pavilhão Azul, do Expo Center Norte - São Paulo/SP

http://fimai.com.br/

EMART EnergyData: 18 a 19 de novembro

Local: Barcelona, Spainhttp://www.emart-energy.com/

Page 35: Energiasolar fev2015

Brazilian Journal of Solar Energy 35

Vale a pena a Monitoraçãode “String” fotovoltaico?

obtidas. O cálculo do índice de desempenho en-volve a utilização de dados de medidores de irra-diação que normalmente têm erros maiores que1%. (os valores serão desprezados por estaremdentro dessa faixa de erro).

Como conclusão do referido acima, as con-sequências do mau desempenho (de um módu-lo ou de uma string) resulta num desempenhoperdido e invisível até que uma quantidade gran-de de módulos de strings falharem no mesmoMPPT. Normalmente, sem a monitoração dostring nenhuma ação é tomada até que o maudesempenho DC atinja cerca de 5% a 10% dovalor total de uma entrada MPPT do inversor.

Razão nº 2: A caixa de monitoração daWeidmüller permite um melhor planejamen-to da manutenção e deslocamento às insta-lações.

Conforme foi explicado anteriormente, a in-formação sobre o mau desempenho DC estádisponível graças à prévia monitoração em cai-xas combinadas. Isto é uma grande vantagempor que:

I. O planejamento da manutenção pode serfeito numa situação “calma” antes que os níveisde mau desempenho se tornem em uma “Emer-gência”;

II. A Dimensão do “nível dostring”, permite que as equipes demanutenção tenham conhecimentocom antecedência quais zonas espe-cíficas na instalação fotovoltaica te-rão de solucionar. Em outras pala-vras, a manutenção DC é muito maisrápida e efetiva;

III. Desde que os pequenos ní-veis de mau desempenho possam ser tratadosantes que se tornem maiores, a solução de pro-blemas no lado DC pode ser efetuada com ou-

O Monitoramento de Strings é um investi-mento pequeno em relação a toda instalação fo-tovoltaica.

Conheça 10 razões importantes e de qualida-de, para auxiliá-lo a tomar uma correta decisãosobre a monitoração de strings.

Razão nº 1: A caixa de monitoração daWeidmüller permite a detecção precoce deum mau desempenho DC.

Existem muitos fatores no lado DC da insta-lação fotovoltaica que podem provocar a redu-ção da energia gerada.

Alguns são defeitos na qualidade do produto(caixa de junção em curto ou aberto, células da-nificadas, sujas, entre outros). Sendo assim, al-guns defeitos são de qualidade da instalação (li-gação com mau contato ou má conexão, entreoutros) e alguns estão relacionados com o ambi-ente (sujeira nos módulos, sombreamento parci-al, entre outros).

Quando o mau desempenho afeta uma string(~5 kW para cristalino ) ou, em casos piores,onde afeta um módulo fotovoltaico (~259 Wpara cristalino), é impossível detectá-lo atravésda análise dos dados de monitoração de um in-versor central (vamos supor um de 500 kWMPPT). E isso ocorre por que:

I. Fazendo a comparação instantânea entreo MPPT afetado e um MPPT sem alterações, adiferença de potência DC será de ~0,05%, nocaso de defeito a nível de módulo, e será de ~1%,no caso de defeito num nível de string. Essesvalores são mais baixos do que o total de erro demedição de corrente DC nas entradas do inver-sor (os valores serão desprezados por estaremdentro da faixa de erro de medição);

II. Fazendo a comparação dos índices de de-sempenho entre o MPPT afetado e o MPPTsem alterações, as conclusões não podem ser

tras atividades de manutenção: como a limpezados módulos fotovoltaicos e a substituição deproteção de protetores de Surto.

De forma geral, um melhor planejamento namanutenção significa menor custo de funciona-mento (e níveis mais baixos de stress!).

Razão nº 3: A caixa de monitoração daWeidmüller detecta e avisa sobre dispositi-vos de proteção contra sobretensão (prote-tores de surtos), quando estes chegam aofim da sua vida útil.

Os dispositivos de proteção contra sobreten-sões (protetores de surtos) contém dispositivosde limitação de tensão (varistores) que podemchegar ao final da sua vida útil, quer seja devidoa uma única sobretensão acima do que é nor-mal, ou devido à repetitivas sobretensões. Emambos os casos os dispositivos de proteção desobretensões não irão proteger mais o lado DC.Um sistema de monitoração Transclinic + estásempre a supervisionar o status dos dispositivosDC SPDs (dispositivos de proteção de surtospara área DC ) e, portanto, o risco de sobreten-sões danificarem os componentes do lado DCna instalação é significativamente muito maisbaixo.

Razão nº 4: Uma caixa de monitoraçãoda Weidmüller pode detectar riscos de in-cêndio.

AUTOR: ARNAU SUMPSI-COLOM is the Global Product Manager for PV solutions at WeidmüllerInter face GmbH & Co. KG. He is in charge of managing the current portfolio of combinerboxes and monitoring devices, understanding the trends and the changing market needs andcoming up with the right solutions. He can be reached

Esquema de um DC SPD (protetor de surtos DC) daWeidmüller que possui contatos auxiliares.

Page 36: Energiasolar fev2015

JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar36

O Transclinic + dentro da caixa combinado-ra da Weidmïller não só mede a corrente e a ten-são do string, como também mede a tempera-tura do ar no interior da caixa. Se uma conexãoperdida cria um foco (ou seja, um fio de stringcom mau contato), haverá um alarme de sobre-aquecimento que irá desencadear uma reação rá-pida antes do foco se tornar num incêndio.

Razão nº 5: A caixa de monitoração daWeidmüller pode detectar um módulo decorrente negativo.

O Transclinic + lê correntes negativas comozero para não “desperdiçar” a gama de medição(conseguindo assim uma maior precisão). O Sis-tema SCADA pode ser programado para criaralarmes quando a corrente na medição do stringcom Transclinic cai para zero e volta ao normaldurante o dia. Este é um sintoma de uma cor-rente inversa: Se deriva de um fusível queimado,em seguida a corrente não irá “recuperar”. Acorrente inversa detectada é um sinal de módu-los em curto-circuito ou falhas de aterramentodo lado DC.

Razão nº 6: Uma instalação fotovoltaicacom a caixa de monitoração da Weidmülleraumenta a valorização da sua planta foto-voltaica em caso de revenda.

Mesmo que não haja uma relação quantitati-

va entre o valor total da instalação e o existentena monitoração de strings, a verdade é que nostermos e condições de aquisição de instalações

fotovoltaicas, ogrupo de compraimpõe certas mé-tricas de desempe-nho para estar dis-ponível antes de aaquisição ocorrer.A monitoraçãodo string numa ampla instalação fornece umatransparência no desempenho DC que ajuda aassegurar a compra da instalação de um sistemafotovoltaico com maior valorização.

Razão nº 7: Na Alemanha (mercado foto-voltaico com maior experiência), praticamen-te todas as novas instalações estão incluin-do monitoração de string.

A Alemanha é o país que começou a era dofotovoltaico megasolar e, portanto, é o país queacumulou muita experiência ao longo dos anosnas instalações de expansão desse serviço. Mes-mo com a diminuição dos incentivos FIT, aindahoje quase todos os profissionais desta área pre-ferem investir nas caixas de string com monito-ramento.

Razão nº 8: A instalação fotovoltaica comcaixas de strings monitoradas tem menorcusto de funcionamento e garantem umaprodução de energia mais elevada.

Como vimos nos fatos acima referidos, umavez que o investimento inicial é feito, a monito-ração de string apenas oferece benefícios que re-sultam em menores custos de manutenção e emum maior rendimento da energia gerada. Do pon-to de vista SCADA, a supervisão da instalaçãonão é tão complexa, mesmo com monitoração

individual de strings.

Razão nº 9: O In-vestimento numa ins-talação fotovoltaicacom caixas de stringsmonitoradas da Weid-müller é ligeiramentesuperior às caixas destrings sem monitora-mento (a diferença depreço é muito peque-na).

É difícil obter 100% das afirmações válidaspara qualquer sistema fotovoltaico em qualquerpaís. Em geral, podemos afirmar que a diferença

de preço entre a monitoração individual de string ver-sus a não monitoração de string é cerca de 0.15% a0.35% para toda a instalação fotovoltaica.

Esta diferença inclui não somente as caixasde monitoração, mas também o trabalho, osmateriais para o cabeamento em campo e os dis-positivos de rede necessários para a proteção doinversor.

Razão nº 10: A partir de 2013, não há ne-nhum caso de negócio independente TCOsobre a monitoração de strings fotovoltaico.

E nem mesmo se houvesse um custo totalindependente de proprietário (TCO) num casode negócio seria dificilmente aplicável a todos osprojetos de instalações fotovoltaicas em todosos países. Isto significa que cada profissional dedesenvolvimento faz o que estamos a incenti-var: A matemática com uma base caso a caso.

CONCLUSÃOVale a pena? Incentivamos muito cada pro-

fissional a decidir por si mesmo.A Weidmüller é líder de mercado em caixas

de strings monitoradas, por estarmos convenci-dos dos seus benefícios, tal como nossos clien-tes que possuem nosso produto instalado tam-bém estão convencidos.

A melhor forma de determinar se a monito-ração de string vale o seu preço, neste caso espe-cífico, é alcançar uma estimativa monetária detodos os fatos mencionados anteriormente econtatar-nos para uma avaliação do modelo ide-al para sua aplicação.

A Weidmüller Interface GmbH & Co é umfornecedor global de soluções fotovoltaicas.

É responsável pela gestão do atual portfóliode produtos (caixas de strings, dispositivos demonitoração, dispositivos de proteção, conec-torização, entre outros), possui soluções ideais eorientadas pelas tendências e as novas necessi-dades de mercado.

VALE A PENA A MONITORAÇÃODE STRING FOTOVOLTAICO?

Dispositivo demonitoração de Strings

Transclinic 14i+ daWeidmüller

Modelo Exemplo de Caixa de conexãode strings com Monitoração.

Termografia de uma caixa combinadoramostrando um potencial foco.

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Brazilian Journal of Solar Energy 37

Estado do Alagoas terá em 2016 fábricade equipamentos para energia solar

O setor de Energia Solar não para de dar sinaisde franco crescimento. A atual crise energética quevive o Brasil, abre cada vez mais espaço para novasfontes de energia. Principalmente, se estas fontesforem limpas e renováveis.

Dentre estes projetos, a Energia Solar tem tidoum destaque todo especial. Desde o último “LER”realizado em outubro do ano passado, o setor ga-nhou novo fôlego.

Não param as notícias de novos projetos, par-cerias, representações de produtos de todas as par-tes do mundo, além de empresas estrangeiras quecomeças a operar em solo brasileiro.

O estado de Alagoas através da empresa daempresa Pure Energy vai produzir painéis fotovol-taicos, responsáveis pela conversão de energia so-lar. Executivos apresentaram o projeto ao governa-dor Renan Filho, em reunião realizada no final ja-neiro.

As obras de construção da fábrica já foram ini-ciadas em uma área de 80 mil m² no Polo IndustrialJosé Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro. A fá-brica vai gerar 100 empregos diretos. Após o inícioda produção e dos processos de instalação dos equi-pamentos, segundo o executivo da Pure Energy,

Foto: Assessoria Governo Alagoas

State of Alagoas will in January 2016 anequipment factory for solar energy in Brazil

Project may be the first in BrazilThe Solar Energy sector not to give frank signs of growth.

The current energy crisis facing Brazil, opens more space fornew energy sources. Especially if these sources are clean andrenewable.

Among these projects, Solar Energy has had a very specialhighlight. Since the last “READ” held in October last year, thesector has received new impetus.

Do not stop the news of new projects, partnerships, re-presentations of products from all over the world, as well asforeign companies begin to operate on Brazilian soil.

The state of Alagoas by Pure Energy Company companywill produce photovoltaic panels, responsible for the conversi-on of solar energy. Executives presented the project to the go-vernor Renan Filho, at a meeting held in late January.

The factory construction work is already underway in anarea of 80 thousand square meters in the Industrial Pole Aprí-gio Jose Vilela, in Marechal. The plant will generate 100 directjobs. After the start of production and equipment installationprocedures, according to the executive of Pure Energy, GelsonCerutti, the perspective is that up to five thousand indirect jobswill be generated.

The new plant should start operating in January 2016, ac-cording to the forecast of responsible enterprise.

Recently, the National Bank for Economic and Social De-velopment (BNDES) released a £ 26 million funding for theimplementation of the plant within the credit line called InovaEnergy Plan, which aims to stimulate the renewable energy sec-tor in the country.

Gelson Cerutti, a perspectiva é que até cinco milempregos indiretos sejam gerados.

A nova fábrica deve começar a operar em janei-ro de 2016, segundo a previsão dos responsáveispelo empreendimento.

Recentemente, o Banco Nacional do Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES) liberou umfinanciamento de R$ 26 milhões para a implantaçãoda unidade fabril, dentro da linha de crédito cha-mada Plano Inova Energia, que visa estimular osetor de energias renováveis no país.

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JBES - Jornal Brasileiro de Energia Solar38

A Apple vai investir aproxi-madamente US$ 850 milhões emenergia de um novo parque so-lar na Califórnia para diminuirsua conta de eletricidade, anun-ciou a fabricante de iPhone en-quanto seu valor de mercado ul-trapassou os US$ 700 bilhõespela primeira vez.

A usina First Solar, com ca-pacidade para fornecer energiapara 60 mil casas, será usada parafornecer eletricidade para o novocampus da Apple no Vale do Si-lício e seus outros escritórios e52 lojas na Califórnia, disse o presidente-exe-cutivo, Tim Cook, numa conferência de tecno-logia do Goldman Sachs em San Francisco.

Cook falou a investidores enquanto o valorde mercado da Apple fechava em US$ 710,74bilhões pela primeira vez, sustentado por ven-das recordes de iPhones de telas maiores e um

Apple aposta em energia solar para sua nova sedeEmpresa comprará US$ 850 mi em energia solar

((Photo: Wikipedia))

Energia que poderia abastecer 60 mil casas será usadapara manter nova sede da Apple

lucro no trimestre encerrado em dezembro quefoi o maior na história da companhia.

A usina em Monterey County, na Califór-nia, também fornecerá energia para um centrode dados da Apple em Newark, também naCalifórnia, que já usa energia solar.

Com informações Estadão Conteúdo

Energy that could supply 60,000 homes willbe used to maintain the new headquarters of Apple.

Apple will invest approximately $ 850 millionin a new solar energy park in California to reduceyour electricity bill, announced the iPhone makerwhile their market value exceeded $ 700 billionfor the first time.

First Solar plant, with capacity to power 60,000homes, will be used to provide electricity for thenew Apple campus in Silicon Valley and its otheroffices and 52 stores in California, said the chiefexecutive, Tim Cook, a Goldman Sachs techno-logy conference in San Francisco.

Cook told investors as the market value ofApple closed at $ 710.74 billion for the first time,supported by larger screens of iPhones recordsales and profit in the quarter ended in Decem-ber that was the largest in company history.

The plant in Monterey County, California, willalso provide energy to an Apple data center inNewark, Calif, which already uses solar energy.

With information Estadão Content - Photo: Disclosure

Apple bets on solar energyfor its new headquarters

Company will purchase US $ 850 million in solar energy

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