Ensaio de blocos cerâmicos
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Alessandra Teixeira
Fernanda Palhão
Laís Yone Oyama
Leandro Morais Cunha
ENSAIO TECNOLÓGICO Nº 01/2010
CARACTERIZAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO PRODUZIDOS NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ
Relatório apresentado a disciplina de
Materias de Construção 1 do curso de
Engenhria Civil da Universidade
Estadual de Londrina.
Professor Francisco Morato Leite.
Série/Turma: 2ª / 1000
Londrina - PR
9 de julho de 2010
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1 Introdução------------------------------------------ --------------------------------------------03
2 Objetivo------------------------------------------------------------------------------------------04
3 Normas Técnicas de referência-------------------------------------------------------------05
4 Montagem Experimental---------------------------------------------------------------------06
4.1 Equipamentos utilizados-------------------------------------------------------------------06
4.2 Procedimento---------------------------------------------------------------------------------07
5 Resultados --------------------------------------------------------------------------------------08
5.1 Tabelas----------------------------------------------------------------------------------------09
5.2 Análises----------------------------------------------------------------------------------------10
6 Conclusão---------------------------------------------------------------------------- -----------11
7 Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------------12
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1. Introdução
Os blocos cerâmicos são um dos componentes básicos de qualquer construção de
alvenaria, seja ela de vedação ou estrutural.
Tais blocos são produzidos a partir da argila, geralmente sob forma de um
paralelepípedo, possuem coloração avermelhada e apresentam canais/furos ao longo de seu
comprimento.
Os blocos de vedação são aqueles destinados à execução de paredes que suportarão
o peso próprio e pequenas cargas de ocupação (armários, pias, lavatórios) e geralmente são
utilizados com os furos na posição horizontal.
A melhoria da qualidade e desempenho das alvenarias, afeta diretamente os demais
subsistemas do edifício como estruturas, instalações, esquadrias, revestimentos e
impermeabilização, possibilitando aumentar a vida útil e minimizar custos de execução e
manutenção das edificações. Por isso antes da utilização de blocos cerâmicos faz-se
necessária a verificação das suas características físicas e mecânicas para determinar suas
condições de aplicação.
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2. Objetivo
Os ensaios foram feitos com o objetivo de determinar as características
geométricas, físicas e mecânicas dos blocos cerâmicos para alvenaria de vedação
comercializados na região de Londrina – Norte do Paraná – Olaria Cidade Nova, assim
como a verificação da conformidade destes produtos com as especificações das normas
técnicas da ABNT vigentes e, a avaliação do desempenho deste material através da análise
dos resultados obtidos.
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3. Normas Técnicas de Referência
NBR Ano Título
15270-1 2005 Componentes cerâmicos. Parte 1: blocos cerâmicos para a alvenaria
de vedação – terminologia e requisitos.
15270-3 2005 Componentes cerâmicos. Parte 3: blocos cerâmicos para a alvenaria
estrutural e de vedação – métodos de ensaio.
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4. Montagem Experimental
4.1 Equipamentos utilizados
Para a realização dos ensaios foram utilizados os seguintes equipamentos :
• 13 Blocos cerâmicos de vedação;
• 1 Trena metálica com leitura mínima de 1 mm;
• 1 Paquímetro com leitura mínima de 0,05 mm;
• 1 Esquadro;
• 1 Balança com graduação de 0,1 g;
• 1 Estufa ventilada;
• 1 Tanque com água;
• Pasta de cimento e água;
• 1 Nível;
• 1 Prensa Universal.
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4.2 Procedimento
Uma amostra com 13 blocos cerâmicos de vedação foi levada para o laboratório de
materiais de construção.
Primeiramente foram analisadas as características geométricas determinando-se as
dimensões por corpo de prova. Mediu-se o comprimento, largura e altura, septo, espessura
da parede externa, utilizando-se uma trena e paquímetro. Com o uso esquadro e
paquímetro, foram calculados o desvio em relação ao esquadro e a planeza das faces ou
flechas.
Após, foram avaliadas as características físicas. Pesou-se o bloco obtendo-se a
massa úmida, para posteriormente calcular a massa unitária (densidade aparente).
Selecionou-se, aleatoriamente, 6 corpos-de-prova para serem colocados em estufa
ventilada com temperatura controlada, por 24 horas. Então pesou-se, novamente, para
adquirir a massa seca.
Para calcular a absorção de água inicial (sucção),os blocos cerâmicos foram colados
em uma bandeja mergulhando-os por aproximadamente 3mm durante 1 minuto. Logo, eles
foram pesados.
Em seguida, mergulhou-se os blocos no tanque com água por 24 horas e foram
pesados novamente, com objetivo de obter a massa saturada para o cálculo da absorção de
água (AA).
Para a análise da característica mecânica, foi realizado um teste de resistência a
compressão. Inicialmente, fez se o capeamento de todos os corpos-de-prova com pasta à
base de cimento e água da face superior. Então, espalhou-se a pasta na placa de vidro
untada com óleo mineral e colocou-se o corpo-de-prova. Com o auxílio do nível, nivelou-
se o bloco, afim de manter o paralelismo das faces capeadas. Esperou-se endurecer, então
o procedimento foi repetido na outra face. Posteriormente imergiu-se em água, novamente,
para adquirir-se a pior situação do corpo-de-prova para o rompimento.
Finalmente, enrolou-se os corpos-de-prova em filmes plásticos para que no
rompimento os estilhaços não atinjam os alunos. Colocou-se o corpo-de-prova, um a um,
na prensa universal com uma placa de metal na face superior para a distribuição de carga e
testou-se a resistência a compressão.
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5. Tabelas e Análises
Características Geométricas
Tabela 1 – Dimensão das faces
Bloco cerâmico Largura (mm) Altura (mm) Comprimento(mm)
Bloco 1 88,50 138,50 186,00
Bloco 2 90,00 141,00 189,00
Bloco 3 91,50 138,50 181,50
Bloco 4 92,00 140,00 189,50
Bloco 5 91,00 138,00 182,50
Bloco 6 89,50 139,00 186,50
Bloco 7 88,50 139,00 188,00
Bloco 8 90,50 139,50 190,00
Bloco 9 89,00 137,00 185,50
Bloco 10 86,00 137,50 182,00
Bloco 11 90,00 138,00 184,50
Bloco 12 89,00 135,00 184,00
Bloco 13 86,50 140,00 187,50
Média 89,38 138,54 185,88
Desvio Padrão 1,77 1,53 1,77
Coeficiente de Variação 0,02 0,01 0,01
Tabela 2 – Tolerâncias Dimensionais
Tolerâncias Dimensionais :
Grandezas Controladas Tolerância Individual (mm)
Largura (L)
Altura (H) ± 5
Comprimento ( C)
Grandezas Controladas Tolerância (mm)
Largura (L)
Altura (H) ± 3
Comprimento (C)
Tabela 3 – Aceitação e rejeição de unidades não-conformes
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Analisando a tabela ,1 obtida pelo experimento de tolerância individuais e
comparando com as tolerâncias relacionadas às medições individuais admitidas pelas
normas da ABNT (tabela 2), observou-se que a altura e a largura dos blocos cerâmicos
ensaiados encontram-se dentro dos padrões. No entanto, o comprimento possui 5 corpos de
prova que não atendem à norma técnica portanto, o lote é rejeitado.
Com a média calculada, os corpos de prova não são aceitos no comprimento, pois
ultrapassam a tolerância de ±3mm.
Tabela 4 - Dimensões especificas dos corpos-de-prova
Bloco cerâmico Septo (mm) Espessura da
parede externa(mm)
Desvio em relação ao esquadro(mm) Flecha (mm)
Bloco 1 5,90 5,43 0,00 2,57
Bloco 2 5,20 4,88 2,00 2,92
Bloco 3 5,40 4,38 0,50 0,64
Bloco 4 4,00 6,08 0,31 4,45
Bloco 5 4,10 5,63 0,00 3,60
Bloco 6 4,00 4,88 1,03 4,54
Bloco 7 4,80 5,38 0,75 3,74
Bloco 8 4,00 6,07 0,50 0,60
Bloco 9 4,30 5,87 1,35 4,65
Bloco 10 4,63 4,68 1,08 3,85
Bloco 11 3,50 4,28 1,44 1,94
Bloco 12 3,80 4,77 1,00 1,18
Bloco 13 4,25 5,17 0,75 1,14
Média 4,45 5,19 0,82 2,76
Desvio Padrão 0,70 0,61 0,58 1,51
Coeficiente de Variação 0,16 0,12 0,70 0,55
Seguindo as exigências da NBR 15270-1, a espessura dos septos deve apresentar no
mínimo 6 mm e as paredes externas 7mm.
Comparando a tabela 4 com as exigência da norma, nenhum dos blocos atendem às
normas em relação aos seus septos e às espessuras da parede externa.
Ainda na norma NBR 15270-1, o desvio em relação ao esquadro e a flecha devem
ser de no máximo 3mm.
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Estudando os resultados obtidos na tabela 4, o desvio em relação ao esquadro, todos
os corpos-de-prova não seguem os parâmetros estipulados pela norma. Já na análise de
flecha, 6 corpos-de-prova ultrapassaram a norma. Assim, pela tabela 3, conclui-se que o
lote é rejeitado.
Características Físicas
Tabela 5 - Cálculo de Massa Unitária
Bloco cerâmico Massa úmida (g) Massa seca (g) Massa
saturada(g) Massa úmida sucção
(g) Bloco 1 1710 1710 1960 1740
Bloco 2 1750 1750 2010 1770
Bloco 3 1770 1770 2020 1790
Bloco 4 1740 1730 2040 1760
Bloco 5 1720 1730 2000 1750
Bloco 6 1710 1710 1980 1740
Média 1733 1733 2001,67 1758
Desvio Padrão 24 23 29 19,41
Coeficiente de Variação 0,01 0,01 0,01 0,01
Tabela 6 -
Bloco cerâmico Massa unitária
(g) Absorção de água (AA%)
Absorção de água inicial
(sucção) (AAi%) Bloco 1 0,75 19,59 0,18
Bloco 2 0,73 20,09 0,12
Bloco 3 0,77 20,19 0,12
Bloco 4 0,71 20,39 0,17
Bloco 5 0,75 19,99 0,12
Bloco 6 0,74 19,79 0,18
Média 0,74 20,01 0,15
Desvio Padrão 0,02 0,29 0,03
Coeficiente de Variação 0,03 0,01 0,22
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Características Mecânicas
Tabela 7 – Cálculo de Resistência à compressão
Considerando o k= 23,2108
Bloco cerâmico Carga (N) Área (mm²) fc (Mpa) Bloco 1 64,00 16461,00 0,89
Bloco 2 65,00 17010,00 0,87
Bloco 3 64,00 16607,25 0,88
Bloco 4 63,00 17434,00 0,82
Bloco 5 53,00 16607,50 0,73
Bloco 6 81,00 16691,75 0,72
Bloco 7 100,00 16638,00 1,11
Bloco 8 29,00 17195,00 1,32
Bloco 9 49,00 16509,50 0,40
Bloco 10 69,00 15652,00 0,71
Bloco 11 75,00 16605,00 0,95
Bloco 12 40,00 16376,00 1,04
Bloco 13 15,00 16218,75 0,56
Média 59,00 16615,83 0,85
Desvio Padrão 22,28 442,17 0,24
Coeficiente de Variação 0,38 0,03 0,28
Posição dos furos fc(MPa)
Para blocos usados com furos na horizontal ≥ 1,5
Para blocos usados com furos na vertical ≥ 3,0
Pela análise dos resultados obtidos na tabela 7, no teste da resistência à compressão, conclui-
se que o lote seria todo rejeitado, pois os resultados obtidos dos valores da resistência dos
corpos de prova, foram abaixo dos valores especificados na norma com blocos com furos na
horizontal.
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6. Conclusão
Foram analisados resultados de medidas, e testes, para a aceitação ou não do lote de
blocos cerâmicos, pela amostragem de 13 blocos cerâmicos, retirada de um lote,
Através da norma NBR – 15270-1 – nas suas diversas especificações sobre os blocos
cerâmicos, foram praticadas avaliações dos corpos de prova, em relação às dimensões,
absorção de água dos produtos e resistência dos materiais em questão. Com os resultados
obtidos em todos os seguimentos, a análise das medidas e dos testes, obtêm-se que o lote
seria rejeitado, com base na norma.
7. Bibliografia