Espanholismos No Atlas Linguístico do Paraná - ALPR

download Espanholismos No Atlas Linguístico do Paraná - ALPR

of 6

Transcript of Espanholismos No Atlas Linguístico do Paraná - ALPR

  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    1/6

    Trabalho publicado no IV Encontro Cientfico do Curso de Letras - Desafio das Letras, eventorealizado na Faculdade ParanaenseFACCAR, RolndiaPR, no ano de 2006. Textodisponvel em Anais eletrnicos:.

    TRAOS LINGUSTICOS DO ESPANHOL NA FALA RURAL PARANAENSE

    RODRIGUES, Rosa E.de S.B. (FACCAR/PGUEL)VASCONCELOS, Celciane Alves (PGUEL)

    Introduo

    Estudar o vocabulrio de uma lngua uma das formas de perceber as influncias que

    compuseram o grupo ao qual essa lngua serve de meio de expresso, pois nela estar sempre

    aparente a formao histria de um povo e sua cultura, entendida como atuao do homem

    sobre o mundo.Partindo desse princpio, e levando em considerao o contato da linguagem

    paranaense com outros falares sulistas, este artigo toma por objetivo analisar a presena de

    traos do espanhol na fala rural paranaense, a partir de levantamento lexical efetuado no

    glossrio do Atlas Lingustico do Paran (ALPR), de autoria da Prof Dr Vanderci de Andrade

    Aguilera, editado em 1994. Para esta pesquisa, buscamos subsdios no projeto Para a Histria

    do Portugus Paranaense: nas veredas do Atlas Lingustico do Paran PHPB, que prope

    buscar a correlao do registro lexical no ALPR com os fatos e momentos histricos da

    ocupao do territrio paranaense e, assim, contribuir para a escritura de uma histria do

    portugus do Brasil e do Paran.

    Como se sabe, por fora de fatores histricos, o portugus alou posio de lnguadominante obviamente no s no sul como em todo o pas mas manteve um substrato

    bastante heterogneo influenciado por lnguas de diversas origens, entre elas o espanhol. No

    estudo da fala rural do Paran, registrou-se uma considervel frequncia de palavras de

    origem espanhola, o que nos remete situao antiga de contato ntimo, de convivncia

    estreita entre o espanhol e o portugus na regio sul do Brasil.

    Neste momento, ser apresentada apenas a fase inicial da pesquisa que visa a descrever

    esse contato e suas consequncias. Inicialmente sero abordados aspectos relevantes da

    colonizao e do povoamento do Paran, sendo apresentados os dados e discutidos os

    resultados em seguida.

    1. O Povoamento do Paran

    O Estado do Paran foi colonizado a partir do litoral, segundo Cardoso e Westphalen

    (1986), em trs ondas sucessivas que se diferenciam basicamente atravs da data de

    povoamento, pela regio atingida e por mudanas na base produtivo-econmica. No dizer de

    Martins (1995:273): a minerao, a criao e o comrcio de gado e finalmente a roa,

    formaram sucessivamente os trs ciclos do povoamento de nosso territrio.

    O chamado Paran tradicional, resultado da primeira das trs ondas colonizadoras

    citadas por Cardoso e Westphalen, teve sua ocupao iniciada no sculo XVII a partir da

    extrao do ouro e firmada no sculo XVIII, com base na pecuria, estendendo-se at o sculo

    XIX, atingindo desde a regio litornea at os planaltos internos. As atividades preponderantesdo ltimo perodo so extrativas: comrcio exportador de erva-mate e de madeira. Diversos

    http://www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2006_g/index.htmlhttp://www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2006_g/index.htmlhttp://www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2006_g/index.html
  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    2/6

    grupos fizeram parte dessa ocupao, principalmente paulista e, mais tarde, gachos. A

    segunda onda de ocupao formou o que se denomina Paran moderno, ocupado j no sculo

    XX e compreendendo as regies: i) Norte, cujo povoamento fruto da intensa atividade

    cafeeira que se desenvolveu por quase todo esse sculo no norte do Paran na regio ocupada

    por imigrantes europeus e por migrantes paulistas; ii) Sudoeste e Oeste, considerada a terceira

    onda colonizadora. Essa regio foi povoada por migrantes gachos e reimigrantes europeus,principalmente italianos, alemes, poloneses e ucranianos, cujas principais ocupaes eram o

    plantio de cereais e a criao de sunos.

    Essas etapas na colonizao estiveram, pois, associadas a grupos diversos, tendo

    imprimido tambm, como no poderia deixar de ser, caractersticas diversas s regies

    paranaenses, Wachowicz (1972) chama a ateno para essa diversidade do Paran,

    considerado o maior laboratrio tnico do Brasil.

    2. A criao e o comrcio de gado no desenvolvimento do Paran

    Neste trabalho, vamos olhar mais cuidadosamente as implicaes lingsticas dacolonizao iniciada no sculo XVII, denominada Tradicional. O que acontece que, por volta

    de 1640, com o incio da explorao do ouro no litoral e nos sertes da baa de Paranagu

    (primeiro ciclo econmico do Paran) por portugueses e brasileiros vindos da regio sul do

    atual Estado de So Paulo e do Rio de Janeiro, inicia-se o povoamento do litoral, embora os

    primeiros desbravadores litorneos j mantivessem comrcio com os ndios desde 1554.

    A extrao do ouro paranaense, apesar de pouco expressiva, trouxe consequncias

    positivas, como a abertura de caminhos rumo ao litoral e incentivo ao seu povoamento, a

    fundao de Paranagu e o desbravamento do primeiro planalto. Alm disso, subindo a Serra

    do Mar para o primeiro planalto, atrs do ouro, esses mineradores deram origem a arraiais,

    onde, mais tarde, surgiria Curitiba, capital do Estado.

    A descoberta de jazidas aurferas mais produtivas na regio de Cataguases e de Cuiab

    terminou por esvaziar a minerao no Estado do Paran, ficando a regio em situao de

    extrema pobreza, (...) antes que se estruturasse nos Campos Gerais a economia campeira

    (CARDOSO;WESTPHALEN 1986, p. 9).

    Ao surto de novos descobrimentos de ouro noutras regies do pas, nas

    Minas gerais, principalmente, a criao [de gado] se desenvolveu, e aos

    Campos de Curitiba, vinham aventureiros da Vila de Santa Ana do Parnaba,

    centro de compra e venda de ouro e de formao de bandeiras

    descobridoras, buscar o gado preciso para suas entradas e permanncia nos

    sertes de Sabar e de Ouro Preto. (MARTINS, 1995, p.266)

    Os novos centros mineradores necessitavam de vveres, uma vez que seus habitantes

    no se dedicavam pecuria nem agricultura, por isso iniciou-se o abastecimento dessas

    populaes com bovinos vindos do nordeste brasileiro e do Rio Grande do Sul pelos tropeiros.

    Neste ltimo caso, o abastecimento deu-se, a partir de 1731, via Estrada da Mata, denominada

    posteriormente Caminho de Viamo, que ligava Viamo (RS) feira de Sorocaba (SP), de onde

    se despachavam os muares e bovinos para Minas Gerais e outras regies aurferas.

    Durante o sculo XVIII e incio do sculo XIX, ao longo dessa estrada, na verdade, um

    caminho antigo que ia ter a So Paulo ao norte e ao sul penetrava nas savanas do rio da

    Prata (MARTINS, 1995, p. 268) comerciantes se estabeleceram para assistir as tropas, e

    povoados foram nascendo a partir do desenvolvimento de um ativo comrcio entre as vilas do

  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    3/6

    interior paulista (Sorocaba e outras) e gacho, alm de outras regies do pas. O territrio

    paranaense beneficiou-se intensamente com o movimento na estrada que ajudou a

    desenvolver os Campos Gerais.

    O tropeiro desempenhava o trabalho do correio, trazia as notcias e era o portador de

    bilhetes, recados e intermedirio de muitos negcios (WACHOWICZ, 1972, p.73), trazendo

    tambm a influncia espanhola (fruto do contato portugus-espanhol na regio do Prata),sobretudo lingstica, para as terras paranaenses.

    Dessa forma, pode-se dizer que os espanhis retornariam ao Paran, aps a presena

    frustrada no sculo XVI (Jesutas), por via indireta, vinda do Rio da Prata. Essa colonizao,

    apesar de j fortemente mestiada, portanto, sensivelmente transformada no sangue, lngua

    e costumes, sem nenhuma sombra de dvida se fez sentir, de maneira inconfundvel, (...) at

    modificando as falas, em mais de uma provncia ou estado (RIBAS, s.d, p.102).

    A comercializao do gado, entretanto, iniciada no sculo XVIII, esgotou-se dcada de

    1870, poca da entrada em operao das estradas de ferro, em So Paulo, as quais,

    transportando sobretudo o caf, fizeram com que os animais de carga perdessem sua funo

    econmica, repercutindo sobremaneira na economia paranaense, embora ainda fossemencontrados tropas no Paran at o sculo XX, segundo Wachowicz (1972).

    3. Traos do espanhol no lxico registrado no Atlas Lingstico do Paran

    Embora seja possvel encontrar traos lexicais de diversas origens no portugus rural

    paranaense, o levantamento lexical no glossrio do ALPR demonstra que os de origem

    espanhola tm uma frequncia bastante alta em relao s outras lnguas europias. A partir

    da consulta ao Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa de Aurlio Buarque de Holanda (1986),

    considerado como referncia para o portugus brasileiro, foram encontrados 27 vocbulos de

    origem espanhola:apero (apeiro): conjunto das peas de montaria;

    balana: gangorra, brinquedo infantil;banhado: lugar muito mido e/ou prprio para cultura do arroz, brejo ou vargem;borboia (borbulha): bolha dgua (no corpo);cancha: caixa de madeira onde se coloca o feijo para ser batido e descascado;carona: pea de couro usada sob o lombilho;carretia (caretilha): sarilho de poo (cilindro disposto horizontalmente, no qual se enrola corda(...) de levantar pesos);chincha (cincha): faixa de couro que passa por baixo da barriga da cavalgadura para segurar asela;

    corgo (crrego): rio pequeno;coxonio (coxonilho): manta de couro de carneiro que se coloca sobre a sela;curnio (colmilho): dente canino, dentes molares;granizo: chuva de pedra;guampa: corno, chifre;guaxo (guacho): espiga mal formada ou com poucos gros;librina (neblina): tambm chuva mida e demorada;lumbio (lombilho): sela feminina;pai: (paiol): lugar onde se guardam os gros da colheita;pandorga: papagaio, brinquedo de papel;pelego: manta de couro usada sobre a sela;

    pendo: corao da banana;pinch (pinchar): atirar, arremessar;

  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    4/6

    porvadera (polvadeira): munha, cisco de feijo batido;rengo: que tem as pernas arqueadas, cambaio, coxo;rodilha: rtula (osso do joelho);rumo: picada, caminho no mato;sanga: rio pequeno, crrego;

    sio (silho): sela feminina.

    Com o objetivo de averiguar a procedncia desses vocbulos, foram consultados ainda oGrande Dicionrio da Lngua Portuguesa de Antnio Morais Silva (1949), de origem lusitana tambm referncia, sobretudo por registrar o uso de determinadas formas vigentes apenas noportugus de Portugal e o Dicionrio Crtico Etimolgico de la Lengua Castellana, de JoanCorominas, editado em Madrid (1976). Consultas complementares ao Dicionrio da RealAcademia Espanhola (1997) indicaram as mesmas acepes da fala rural para certo nmerode palavras como apero, carona, curnio/colmilho, granizo, guampa, guaxo (guacho), rengo,rodilha e sio. Muitas lexias so, pois, ainda utilizadas no espanhol e apenas trs tm seussignificantes ausentes neste ltimo dicionrio: paiol (pallol), encontrado como paja/pajar

    (stio donde se guarda la paja), epolvadera, dicionarizada comopolvaredo.

    O exame dos dados, at o momento, permitiu as seguintes consideraes:

    a. Quanto aos campos semnticos do ALPR:

    O questionrio utilizado no ALPR foi elaborado com base em dois campos semnticos: terra e

    homem, envolvendo os sub-campos: natureza, fenmenos atmosfricos, flora, fauna, partes

    do corpo, vesturio e calados, agricultura, brinquedos e jogos infantis, lendas e supersties.

    Os espanholismos correspondem: ao campo semntico da agricultura (tambm ligada explorao do mate, atividade bastante produtiva na regio): cancha, carretia/carretilha,

    guaxo, paio/paio, pendo, porvadera; montaria de equinos: apero, carona, coxonilho,

    lombilho, pelego, sio/silho(bovinos: guampa); a denominaes do mundo natural; banhado,

    corgo/crrego, librina/neblina, granizo, sanga, rumo: s denominaes para brincadeiras de

    crianas: balana e pandorga; ao corpo humano: rengo, rodilha, borboia/borbulha,

    curnio/colmilho.

    b. Quanto morfologia:

    Tomando por base a completa adaptao morfolgica das palavras, elas so de entrada

    antiga, o que confirma os dados fornecidos pelos historiadores sobre a poca de uso dessaslexias na fala paranaense (sc. XVIII/XIX). A transformao morfolgica mais comum a da

    forma final llo no espanhol para lho no portugus padro e io na fala rural. A maior

    parte dos itens lexicais de substantivos, o que corresponde aos resultados de Wouk (1981)

    que encontrou uma porcentagem de 70% de emprstimos para essa classe de palavras. Tal

    fato parece perfeitamente explicvel, pois os substantivos designam as coisas que so

    emprestadas, junto com os nomes.

    c. Quanto fonte do lxico e dicionarizao:

    Dos vinte e sete espanholismos analisados, treze formas vm do espanhol platino, isto

    , falado na regio do rio da Prata, na divisa do atual Estado do Rio Grande do Sul com oUruguai. interessante notar que as acepes dadas pelo dicionrio portugus de Morais

  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    5/6

    (1949) so freqentemente registradas como brasileirismos do Sul ou do Paran e/ou do Rio

    Grande do Sul. No caso de paiol, brasileirismo do Norte de Minas Gerais e So Paulo, o registro

    ainda permite a remisso ao sul, uma vez que a ligao entre essas duas regies, o Paran e o

    Rio Grande do Sul era feita pelos tropeiros com o objetivo de transportar gado e vveres para a

    rea mineradora.

    Os vocbulos registrados pelo Aurlio (1996) como originados do espanhol platinocorrespondem, de maneira geral, a indicaes de brasileirismos em Morais (1949). Importante

    mencionar que balana, borbia, carretia, crrego, curnio/colmilho, granizo, guaxo, (guacho),

    neblina, pendo, rodilha, sioou no so indicados por Morais (1949) como brasileirismos ou

    no recebem indicao de origem, apontando para um provvel uso mais antigo, ainda no

    portugus lusitano. Cinco vocbulos tm acepo aproximada quelas encontradas no Aurlio

    (1986): banhado, cancha, carretia, (pea usada para tirar gua do poo), lombio e pendo.

    Referem-se, de modo geral, a especializaes ou generalizaes do significado dicionarizado.

    Esse resultado se repete na consulta ao Dicionrio da Academia Espanhola (1997): banhado,

    cancha, carretia (pea usada para tirar gua do poo), lumbio (o trao/para mulher/

    encontrado em silln>silho) ependo.A anlise dos dados permite tambm observar a presena de resqucios da lngua

    quchua, falada pelo povo indgena que habitou uma extensa regio da Amrica do Sul, e ainda

    hoje falada na Bolvia, Argentina, Equador e Peru. Os vocbulos cancha e guaxo(guacho) tm

    origem nessa lngua, embora tenham chegado at o portugus atravs do espanhol platino.

    Tambm se percebe a presena do castelhano e do catalo na origem de diversas palavras:

    granizo, paiol(forma dialetal do catalo).

    4. Consideraes Finais

    A anlise dos dados lingusticos e dos referentes histricos permitiu observar a

    interao das lnguas espanhola e portuguesa na formao da variante sul do portugus, nestecaso, especificamente da fala rural paranaense, bem como lanar hiptese sobre a via de

    penetrao das palavras. Etapas posteriores desta pesquisa permitiriam determinar a poca da

    insero desses vocbulos na fala paranaense e o modo como se deu essa insero. Para isso,

    so necessrias consultas sistemticas a dicionrios etimolgicos, a dicionrios uruguaios,

    paraguaios e argentinos e a vocabulrios regionais.

    At o momento, parece mesmo que a tropa, viajando em lombo das mulas, muito mais

    do que apetrechos, carregava palavras e cultura e as foram semeando pelo caminho como

    semearam cidades hoje prsperas. Se muitas palavras e formas de expresso utilizadas no Rio

    Grandes do Sul deixam clara a presena espanhola nesse estado, a ligao com o Paran,

    atestada pelos historiadores, pode explicar a presena de espanholismos na linguagem ruralparanaense. Os dados lingusticos, portanto, corresponderiam aos dados histricos de

    formao desse Estado.

    REFERNCIAS

    AGUILERA, Vanderci de Andrade. Atlas Lingstico do Paran. Curitiba: Imprensa Oficial, 1994.

    CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. Emprstimos: uma questo lingstica e/ou poltico-

    cultural?. Em: Revista Internacional de Lingstica. 5/6 (dez. 1991):9-17.

    CARVALHO, Nelly. Emprstimos Lingsticos. So Paulo: tica, 1989.

    COROMINAS, Joan. Diccionrio Crtico Etimolgico de la Lengua Castellana. Madrid: Gredos,1976.

  • 7/23/2019 Espanholismos No Atlas Lingustico do Paran - ALPR

    6/6

    FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Novo Dicionrio da Lngua. Portuguesa. 2. ed. Rio de

    Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

    MARTINS, Romrio. Histria do Paran. Curitiba: Farol do Saber, 1995.

    MORAIS E SILVA, Antnio de. Grande Dicionrio da Lngua Portuguesa. 10. ed. ver. act. por

    Augusto Moreno e outros. Lisboa: Conferncia, 1949-59. 12 v.

    MORALES, Humberto Lopz. Lenguas en Contacto. Sociolingstica. 2. ed. Madrid: EditorialGredos, 1993.

    REAL ACADEMIA ESPAOLA. Diccionario de la Lengua Espaola. 21. ed. Madrid: Real Academia

    Espaola / UNIGRAF, 1997.

    RIBAS, Jos Taborda; EL KHATIB, Faissal. Formao tnica do Paran: o elemento castelhano.

    3. ed. Em: Histria do Paran. Curitiba: Grafipar, s/d.

    WACHOWICZ, Ruy Christovam. Histria do Paran. 6. ed. Curitiba: Vicentina, 1988.

    WOUK, Miguel. Estudo Etnogrfico-lingstico da Comunidade Ucrana de Dorizon. Curitiba:

    Projeto, 1981.