Estudo mostra má distribuição da arborização

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http://correio.rac.com.br/correio-popular/noticias-- correio-popular/125355/2012/09/30/estudo-mostra-ma- distribuicao-da-arborizacao.html Estudo mostra má distribuição da arborização Região Norte tem mais árvores nas vias públicas 30/09/2012 - 20h53 . Atualizada em 01/10/2012 - 06h00 Luciana Félix Ciclista em rua do Parque das Universidades (Foto: André Montejano/Especial para a AAN) O Censo da Embrapa revelou a má distribuição da arborização em Campinas. Os bairros que ficam localizados ao Norte da cidade são os que mais possuem árvores nas vias públicas, já os da região central e Sul são os menos verdes. “Há bairro muito bem arborizado, mas sofrendo pressão para corte e, bairros que nunca foram arborizados devido a uma rápida ocupação sem planejamento”, analisou o coordenador do Censo,

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Estudo mostra má distribuição da arborizaçãoRegião Norte tem mais árvores nas vias públicas 30/09/2012 - 20h53 . Atualizada em 01/10/2012 - 06h00

Luciana Félix    

Ciclista em rua do Parque das Universidades(Foto: André Montejano/Especial para a AAN)

O Censo da Embrapa revelou a má distribuição da arborização em Campinas. Os bairros que ficam localizados ao Norte da cidade são os que mais possuem árvores nas vias públicas, já os da região central e Sul são os menos verdes. “Há bairro muito bem arborizado, mas sofrendo pressão para corte e, bairros que nunca foram arborizados devido a uma rápida ocupação sem planejamento”, analisou o coordenador do Censo, Ivan Alvarez. Pelos dados do levantamento, a Cidade Universitária é a que possui o maior número de árvores por quilômetro no município: 49. Na sequência vêm os distritos de Barão Geraldo com 48 árvores a cada quilômetro, e Joaquim Egídio, com 44. O Real Parque possui 43 a cada quilômetro e a Vila Brandina 42. O Parque das Universidades e o Jardim Santa Cândida têm cada 41 árvores por quilômetro. A Nova Campinas tem 39, o Jardim Chapadão e Flamboyant têm 34. O Castelo e Parque São Quirino têm 33. A quantidade ideal de arborização para cada quilômetro e de 100 árvores. Os bairros com menos vegetação são o Nova Aparecida, Padre Anchieta e o Centro, com 5

árvores para cada quilômetro. O Distrito Industrial, Jardim Mercedes, Campo Grande e Jardim Florence têm 7. O Parque Valença tem 9. “A quantidade de árvores em toda malha urbana é muito baixa. O déficit é absurdo e evidencia uma má distribuição da arborização. É vergonhoso”, analisou o coordenador, que afirmou que a cada ano o número de árvores vem sendo reduzido na cidade. “Teve locais em que contamos em dezembro e, quando voltamos agora, as árvores haviam sumido. Elas foram cortadas ou tiveram o manejo errado pela Prefeitura. Em fevereiro, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) afirmou que o município está sendo omisso no cumprimento da legislação de arborização urbana e vem cometendo crime ambiental há pelo menos duas décadas contra as árvores plantadas, por envenenamento, mutilação por podas, cortes na base do tronco e queimadas. Os autores do crime, segundo o órgão são a Prefeitura, a concessionária de energia elétrica e a própria população. O pesquisador afirmou que moradores cortam árvores por falta de segurança. “Têm bairros em que as pessoas mandam tirar por medo de que bandidos se escondam nelas. Isso é um absurdo. Não pode, esses locais deveriam ser melhores iluminados.” Ele contou que em Marigá, no Paraná, os postes de iluminação tiveram a altura reduzida para não causar esse tipo de ação. “Lá é exemplo”.