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Estudos urodinâmicos e esclerose múltipla Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Sara Bastos, Simão Serrano, João Paulo Branco, Iolanda Veiros

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Estudos urodinâmicos

e esclerose múltipla

Serviço de Medicina Física e de Reabilitação

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

Sara Bastos, Simão Serrano, João Paulo Branco, Iolanda Veiros

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Introdução

50 a 90% dos doentes com EM têm sintomas urinários

Sem correlação com sintomas motores

Alterações urodinâmicas mais frequentes na EM

Hiperactividade do detrusor

Dissinergia vesico-esfincteriana

Hipoactividade do detrusor

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Objectivos

Caracterizar os doentes com EM que realizaram EUD

Padrões urodinâmicos mais frequentes

Comparação do padrão urodinâmico dos doentes com

mais do que um EUD

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Métodos

Revisão dos EUD realizados pelos médicos do Serviço de

Medicina Física e de Reabilitação desde 2008

Selecção dos casos com diagnóstico de EM

EUD realizados entre Maio de 2008 e Julho de 2012

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Caracterização

40 EUD de 29 doentes com diagnóstico de EM

16 ♀

13 ♂

Idade média – 45,5 anos ± 8,6

EDSS média – 3,8 ± 2,1

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Resultados

Surto remissão

57%

Secundariamente

progressiva

29%

Desconhecido

7%

Primariamente

progressiva

7%

Diagnóstico

14,3%

21,4%

32,1% 32,1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

< 1 ano 1-5 anos 5 - 10 anos > 10 anos

Tempo de diagnóstico

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Resultados

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Sintomas urinários

Série1

13,8% com história de ITU de repetição

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Resultados

69%

17,20%

41,40% 37,90%

20,70%

10,30% 6,90% 6,90% 6,90%

3,50%

62,10%

3,50% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Alterações EUD

Urofluxometria

Cistomanometria

Perfilometria uretral

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Resultados

66,7%

14,3%

50,0%

39,1%

83,3%

56,5%

66,7% 69,6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Urgência IUU Dificuldade em inicia a micção Sensação de micção incompleta

Alterações EUD por sintomas

Hiperactividade Detrusor

Hipertonia uretral

Resíduo PM

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Resultados

3,4

2,7

3

4,4 4,6

4,2

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

Hiperactividade Detrusor Hipertonia uretral Resíduo PM

EDSS

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Resultados

44,8%

37,9%

10,3% 10,3%

6,9%

3,5% 3,5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Alfuzosina Oxibutinina Algaliações

intermitentes

Micção por

horários

Tansulosina Cloreto de

tróspio

Reabilitação

pavimento pélvico

Tratamento prescrito após EUD

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Resultados

9 doentes realizaram mais do que 1 EUD

Intervalo médio entre exames – 20 meses

Exames sobreponíveis – 2 casos

Melhoria – 5 casos

Agravamento – 2 casos

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1º EUD Tratamento 2º EUD Tratamento 3º EUD

1 Hiperactividade do detrusor Oxibutinina

Igual Aumento da

dose Igual

Hipertonia uretral Alfuzosina

2 Hipoactividade vesical Desclampagem mais

frequente da sonda

vesical Igual Mantém

Hipertonia uretral

3 Normal X Hiperestesia vesical X

4 Hipertonia uretral Alfuzosina Hipertonia uretral Alfuzosina

Hiperactividade do

detrusor Oxibutinina

5 Hiperactividade do detrusor Oxibutinina Normal Mantém

6 Hiperactividade do detrusor Oxibutinina Hiperactividade do

detrusor Mantém

Hipertonia uretral Alfuzosina

7 Hipertonia uretral Tansulosina Normal Mantém

8 Hiperactividade do detrusor Oxibutinina Hiperactividade do

detrusor Mantém

Hipertonia uretral Alfuzosina

9 Hiperactividade do detrusor Oxibutinina Hiperactividade do

detrusor Mantém

Hipertonia uretral Alfuzosina

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Discussão

Apenas 7% dos doentes não tinham alterações

urodinâmicas

Limitação - Electromiografia e diagnóstico de dissinergia

vésico-esfincteriana

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